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Aula 04 - Prescrições

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ITEGO
Data:__/__/__
Disciplina: Assistência e Atenção farmacêutica
Docente: Mariana Miranda Vieira de A. Oliveira
Aluno: _________________________________
AULA 04
QUESTÃO: 
1) Prescrições são orientações a pacientes sobre sua saúde, não é um simples pedaço de papel, contudo devem ser observados alguns requisitos obrigatórios que devem estar em todas as prescrições, quais são eles?
2) Uma questão muito discutida atualmente entre a área farmacêutica é a expansão das atividades de um farmacêutico, no qual este profissional possui conhecimentos para prescrever alguns medicamentos dependentes de prescrição médica, visto que, muitas vezes a população não tem acesso fácil a médicos. Desde modo, na sua opinião, isso seria adequado?
01- Prescrição Médica:
1.1) Conceito:
A prescrição médica ou ainda receita médica é definida como a prescrição de medicamento, escrito em língua portuguesa, contendo orientação de uso a um paciente, efetuada por um profissional legalmente habilitado, quer seja de formulação magistral (preparado artesanalmente) ou de produto industrializado. Indicado a médicos, cirurgiões dentistas, médicos veterinários, e enfermeiros, a prescrição médica constitui-se na conclusão dos procedimentos de um ato médico, que envolve consulta e diagnóstico do paciente. Atualmente, alguns medicamentos, nutraceuticos e suplementos também podem ser prescritos por farmacêuticos.
1.2) Composição:
Uma receita, não é simplesmente um pedaço de papel rabiscado com qualquer nome, ao contrário, é um documento que deve seguir alguns requisitos. Assim, levando em conta a legislação elaborada sobre o assunto, uma prescrição médica deve necessariamente conter:
A) Essenciais:
· Cabeçalho – impresso, inclui nome e endereço do profissional ou da instituição onde trabalha (clínica ou hospital), registro profissional e número de cadastro de pessoa física ou jurídica; pode ainda conter a especialidade do profissional, desde que registrada em um CRM.
· Superinscrição – constituída por nome e endereço do paciente, idade, quando pertinente, sem a obrigatoriedade do símbolo, que significa “receba”; por vezes, este último é omitido e no seu lugar se escreve “uso interno” ou “uso externo”, correspondente ao emprego de medicamentos por vias enterais ou parenterais, respectivamente. 
· Inscrição – compreende o nome do fármaco, a forma farmacêutica e sua concentração. 
· Subinscrição – designa a quantidade total a ser fornecida; para fármacos de uso controlado, esta quantidade deve ser expressa em algarismos arábicos, escritos por extenso, entre parênteses. • Adscrição – é composta pelas orientações do profissional para o paciente.
· Data, assinatura e número de inscrição no respectivo conselho de classe
B) Facultativos:
· Peso, altura e dosagens específicas. O verso do receituário pode ser utilizado tanto para dar continuidade à prescrição como para registrar as orientações de repouso, dietas, possíveis reações adversas ou outras informações referentes ao tratamento.
1.3) Modelos de Receita Médica:
No Brasil, a prescrição de drogas é normatizada pelas leis federais 5.991/73 e 9.787/99 e pela Resolução 357/01 do Conselho Federal de Farmácia. Destaque-se que a receita deve ser escrita à tinta, em letra de forma, clara e por extenso. 
· Receita simples – utilizada para a prescrição de medicamentos de tarja vermelha, com os dizeres “venda sob prescrição médica” – segue as regras descritas na Lei 5.991/73. 
· Receita de controle especial – utilizada para a prescrição de medicamentos de tarja vermelha, com os dizeres “venda sob prescrição médica – só pode ser vendido com retenção da receita”, como substâncias sujeitas a controle especial, retinoicas de uso tópico, imunossupressoras e antirretrovirais, anabolizantes, antidepressivos etc. – listas “C”. 
· Receita azul ou receita B – é um impresso, padronizado na cor azul, utilizado para a prescrição de medicamentos que contenham substâncias psicotrópicas – listas “B1” e “B2” e suas atualizações constantes na Portaria 344/98.
· Receita amarela ou receita A – é um impresso, padronizado na cor amarela, utilizado para a prescrição dos medicamentos das listas “A1”, “A2” (entorpecentes) e “A3” (psicotrópicos). Somente pode conter um produto farmacêutico.
· Notificação de receita especial de retinoides – lista “C2” (retinoides de uso sistêmico); validade de 30 dias, apenas na unidade federada que concedeu a numeração; 5 ampolas. Para as demais formas farmacêuticas, a quantidade necessária para o tratamento é correspondente, no máximo, a 30 dias a partir de sua emissão. 
· Notificação de receita especial para talidomida – lista “C3”; tratamento para 30 dias; validade de 15 dias. 
· Substâncias antirretrovirais – lista “C4”. Formulário próprio estabelecido pelo Programa de Doenças Sexualmente Transmissíveis/Aids/MS. 
· Anabolizantes – a prescrição de anabolizantes, de acordo com a Lei 9.965, de 27 de abril de 2000, deve conter o código da Classificação Internacional de Doenças (CID) e o CPF do médico emissor.
· Antimicrobianos – a RDC 44/2010, da Anvisa, regulamenta a prescrição de 93 antimicrobianos. As receitas terão validade de dez dias a partir de sua emissão e deverão ser prescritas em formulários (receita de controle especial ou comum, em duas vias) que contenham, pelo menos, as seguintes informações: - nome, telefone, endereço completo do médico emissor e número do CRM; - nome e endereço completo do paciente; - prescrição do medicamento conforme as normas vigentes. Data de emissão, assinatura e marcação gráfica (carimbo)
· 
1.4- Legislação:
E ainda, quanto a letra legível ao se prescrever, é estabelecido em lei:
Art. 11. Receitar, atestar ou emitir laudos de forma secreta ou ilegível, sem a devida identificação de seu número de registro no Conselho Regional de Medicina da sua jurisdição, bem como assinar em branco folhas de receituários, atestados, laudos ou quaisquer outros documentos médicos. (Código de Ética Médica (CEM)
Art. 43. O registro do receituário e dos medicamentos sob regime de controle sanitário especial não poderá conter rasuras, emendas ou irregularidades que possam prejudicar a verificação da sua autenticidade (Lei 5.991/73. Capítulo VI. Do Receituário).
Art. 35. Somente será aviada a receita que contiver a data e a assinatura do profissional, endereço do consultório ou da residência, e o número de inscrição no respectivo Conselho profissional (Lei 5.991/73).
2-Dispensação de medicamentos prescritos:
Como profissional de uma drogaria ou farmácia você estará sempre realizando a dispensação de medicamentos prescritos em alguma receita médica, portanto, você deve estar atento, e observar se obedece a alguns parâmetros importantes e essenciais, para desta forma, prosseguir com a dispensação. Existem legislações que tratam deste assunto, dentre ela, temos a RDC 44/2009, que propõe:
O farmacêutico deverá avaliar as receitas observando os seguintes itens:
 I - legibilidade e ausência de rasuras e emendas; 
II - identificação do usuário; 
III - identificação do medicamento, concentração, dosagem, forma farmacêutica e quantidade;
IV - modo de usar ou posologia; 
V - duração do tratamento;
VI - local e data da emissão; e 
VII - assinatura e identificação do prescritor com o número de registro no respectivo conselho profissional. 
Parágrafo único. O prescritor deve ser contatado para esclarecer eventuais problemas ou dúvidas detectadas no momento da avaliação da receita. 
Art. 45. Não podem ser dispensados medicamentos cujas receitas estiverem ilegíveis ou que possam induzir a erro ou confusão. 
Art. 46. No momento da dispensação dos medicamentos deve ser feita a inspeção visual para verificar, no mínimo, a identificação do medicamento, o prazo de validade e a integridade da embalagem. 
Art. 47. A dispensação de medicamentos genéricos, no que tange à intercambialidade, deve ser feita de acordo com o disposto na legislação específica. 
Art. 48. Para o fracionamento de medicamentos devem ser cumpridos os critérios e condições estabelecidos na legislação específica. 
Art.49. A dispensação de medicamentos sujeitos a controle especial deve atender às disposições contidas na legislação específica.
3- Prescrição farmacêutica: 
Com o surgimento da farmácia clínica e a expansão da função farmacêutica, surgiu também maior responsabilidade nos processos de cuidado ao paciente. 
Uma dessas responsabilidades atribuídas é a capacidade do farmacêutico de prescrever alguns medicamentos, temos uma resolução do Conselho Federal de Farmácia que regulamenta essa prática da prescrição farmacêutica: Resolução 585 e 586, de 2013, cujo objetivo é expandir a outro profissional a responsabilidade de prescrever, o que intensifica o cuidado ao paciente. Essa resolução nos garante o direito de prescrever, iniciar, adicionar, substituir, ajustar, repetir ou interromper a terapia farmacológica. 
Há dois tipos de prescrição pelo mundo voltadas a profissionais não médicos: a dependente e a independente. A dependente ocorre quando o médico delega essa função a outro profissional, como o farmacêutico, já na prescrição independente o profissional tem que ser habilitado a prescrever. No Brasil a prescrição é somente dependente e o profissional farmacêutico deve ser legalmente habilitado para esse fim, com registro no Conselho Regional de Farmácia de sua jurisdição.
Importante dizer que o farmacêutico não pode dar diagnóstico, quem faz isso é o médico, mas pode prescrever medicamentos isentos de prescrição, onde também há regulamentação para tal realização, para a resolução de problemas menores, que não há necessidade exclusivamente de um profissional médico. Outra opção ocorre quando há a colaboração de um médico, autorizando-o a prescrever, este caso é mais visto em ambiente hospitalar.
As regras são basicamente as mesmas passadas aos médicos: é vedada a prescrição sem a identificação do farmacêutico responsável que deve conferir a receita e a medicação prescrita e também a identificação do paciente. Essas informações não podem estar: de forma secreta, codificada, abreviada, ilegível ou com assinaturas de folhas de receituários em branco. Todos esses detalhes são verificados e conferidos posteriormente pela vigilância sanitária, cabendo ao farmacêutico a responsabilidade.
ANEXO

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