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Latim Em Dez Licoes - Spencer Vampré

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p
LATH Ei DEZ LiQOE
y,
(Introduc^ao ao estudo do
Corpus Juris Civilis, aesiinada aos esiudantes e)e
aireito e aos aauogados)
PELO
DR. SPENCER VAMPRE
Professor 3a fsculdaOe de Direlto flz S. Peulo
RIO m: JAKEIRO
JACIXTHO RIBTCIKO UOS SANTOS
iiditoi:
82 — Kuii S. ><.'*£ — 83
1920
<5to enviiientc- SitesIn c clmig-o
mTRODucgno
Ocioso seria justificar.a necessidade de estudarem latim os ad-
vogados
.
Todo o direito modemo, publico ou privado, achou no romano as
suas forties inspiradoras. Onde quer que, portanto, o estudo se apro-
funde, haveremos de encontrar scmprc os textos do direito romano,
para cuja comprehensao se faz mister o estudo do latim.
Daqui nasceu este livrinlw, que se destina a encaminhar os estu-
diosos para o Corpus Juris, inspirando-lhes gosto pela latinidadc e
pela obra dos jurisconsultos romanos (1).
Em regra se aprende mal o latim, porque se.u ensino jamais se
orientou por processos racionaes. Aprende-se a lingua pela gramma-
tica, quando se deveria aprender a grammatica pela lingua.
. Bern se ve que este modesto livrinho nao visou sinao orientar o
estudo. Nem constitue repositorio de regras grammaticaes, nem iraz
a pretensao de ser completo.
Leiam quotidianamente, qnantos queiram aproveitar de nossas
Hgoes, por Urn ou dois quartos de hora, uma passagem das Institutas.
Leiam-na mentalmente, scm traduzir, procurarido pensar em latim,
comprehendendo-a em sua construcgao synlactica, em sen genio.
Nos primeiros dias, o trabalho parecerd inutil. Todavia, nada
aproveita a intelligencia como o esforco persistentc. Nada se mostra
tao fecundo como um quarto de hora de estudo e de reflexao, todos
os dias.
(1) Imitft-mos, na disposigao das materias, o .precioso livro do Salomon Pj:i-
NACH — ConicTlc ou he Latin sans Larmcs, donde bebemos nao poucos ensina-
mentos.
IN'TRODUCCaO
Si cada homem reflectissc, diariamente, quinzc minutos, a huma-
nidade progrederia em um seculo, mais do que em todos os millenios
preccdenles.
Mini do Corpus Juris i-e nos aprescnta comparativamentc mais
facil do que o Mini classico.
Segue o assumpto, o rigor do raciocinio, antes que os arroubos da
phanlasia; emprcgani-sc as expressoes no sentido proprio, scm meta-
phoras ou circumloquios; as ideas, que os textos exardni, correspon-
dent, no fundo, as ideas juridicas hodiernas; coincide a tcchnica ro*
mana, em substancia, com a do direito contemporaneo, e, finalmente,
a revisao, feita por Triboniano e seus companheiros, uniformizando
todo o direito conlido no Digesto e no Codigo, aplainou as diffcrencas
linguislicas mais assignaladas.
A sijntaxc grammatical sc approxima alii visivelmente da ordem
divecta, dc tal arte que phrases se podem traduzir lilteralmente, sem
necessidade de grundes transposigocs.
Por ultimo, dois tercos do vocabulario latino sao o nosso proprio
vocabulario, e pouquissimo cusla a memoria retel-o em breves mezes.
Sob o ponto de vista utiliUu-io, cousa alguma pode ser msis pro-
ficiente a educagao juridica que a leitura do Corpus Juris: o dissenso
entre a theoria e a pratica do direito cessarao, disse Eisele, no dia
em que cada pratico souber ler o Digesto (2) .
Sob o ponto de vista literario, sob o ponto de vista da educagao
juridica, nada pode haver mais bello que ler os textos romanos.
Meditem-se eslas palavras de Ferrini : "Do mesmo modo que, quern
visita uma galeria de es'atuas gregas, embora em parte gastas pelos
annos, e pclas vicissitudes, em parte deturpadas por infelizes restau-
ragoes, fica subjugado ante a extraordinaria potencia daquella arte
maravilhosa, assim tambem quern percorre o Digesto, e le as paginas
dos grandes jurisconsultos (ainda que ndo raro mutiladas, ou, — o
que e peor, — inlcrpoladas), ndo pode deixar dc ficar assombrado,
deante de producgao lao extraordinaria, tao inexhaurivel e galharda,
-
(2) E' a mesma idCa do Bavigny — (Systhem das Rcetiiijschcn Rcchts,
§ V, nota 6) ; Ferrini, Digesto, Preja^wnc. )
INTRODUCCAO
tao grandiosa nas suas linhas geraes, tao fina e elegante
nos sens mi-
nimos detalhes.
Nenhuma pagina de outros jurisconsultos de qualquer tempo, ou
paiz, pode competir com ellas; a arte do direito parece ter
desappare-
cido, ou quasi, da face da terra, depois de se ter manifestado
de modo
tao surprehendente. No Digesto aperfcicoara o pralico o
senso juridico,
e se habituara a concisao, e a precisao da forma. No
Digesto, como
o ariisia ante as ruinas do Partenon, on ante o Moijscs de
Miguel An-
gelo, se inspirard o homem de sciencia, porque tambem a sciencia
tern a sua inspiracao. Foi esse livro que soube resuscilar a
sciencia ju-
ridica todas as vczes que cahio na lethargia,
on no somno da\
morle..." (3)
Que os esludanles patricios recordem estas palavras, e saibam
dessedentar-se nas aguas vivas do Digesto, para que o direito
romano
florcsga entre nos, honrando e dignificando o Brasil!
(3) FEniuKi, II Digesto, pag. 2.
F-
Primeira Hgao
}
Pronunciamos o latim tal qual o eserevemos, dando a cada uma das vogaes,
ou dos grupos consonataes, a pronuncia correspondente d nossa lingua.
O mesmo fazem em gerai as nagoes estrangeiras, de modo que differs nvuito
o latim de -urn. inglez, de um francez, de urn allemao, ou de urn italiano.
O allemao, por exemp'.o, pronuncia o g com o som d,e quo, e diz prestiguium
*m vez da'prcstijium (prestigium). Pronuncia a palavra pagi (da aldeia).
Wmo si se oscnrvessa pagui; Kikoro em vez de Cicero, e iiuiticta em vez da
justicia.
Nesta ultima maneira de pronunciar, acompanha-o o italiano.
O francez costuma dar ao u latino o som de u peculiar & lingua franceza,
e 'deslocax o accento tonico.
Tacs variantes se afastam da verdadeira pronuncia latina. Sao convencfonaes,
e, si esta, ou aquella, se appioxima um pouco, nenhuma p6de pretender reprodu-
zir a cxacta prosodia xomana.
DaH a conc'lusao de dever pronunciar-sd o latim tal qual se cscreve em nos-
ea lingua.
Todavia, a tradigao estabeleceu, em nossas escolas, as seguintes regras:
1) o t, no fim das palavras, tern o som de d. Assim laudat (Ioimjo)
se pro-
nuncia laudad; caput (cabcca) se pronuncia capud.
2) o t, antes de la, io ou in, so pronuncia como <;.
Assim justitia Ulrica)
so pronuncia justicia; conditio (condlqao) se:
pronuncia coMicio; palatium (»o-
Zacio) ee pronuncia pala-cium.
A respeito da syllaba tonica e grande a difficuldade. Tao grande e, que s6
a pratica orienta seguramente. A accentuacSo da tonica provero
de razoes ety-
mologies, e, em parte, do uso, - o que impossibilita a
formacao de regras
ab=olutas, que os grammaticos se tern debalde esforcado cm
formuh.r O melhor
nek, de aprender a pronunciar o latim « lel-o
perante quem conheea a exacia
accentuagao, ou consultar os diccionarios.
w
12 N0C5ES DiI3 PROSODIA
O accento tonico jamais cae na ultima syllaba: cae na penultima ou na an-
tepenultima. O latim nao conhece palavras corao as segu^ntes : lavanjal, samburd,
ripo.
Cae o accento na penultima syllaba, quando csta fi longa, e na antepenultima.
quando a penultima e breve.
Assim, so diz justitia, porciue a penultima syllaba ti e breve, e se diz ser-
vorum, porque a penultima syllaba vo 6 longa. 'Os diccionarios marcam a syllaba
longa corn o signal - e a syllaba breve com o signal „.
As duas palavras referidas se acham assim escriptas nos diccionarios
jiistitia, svrvdriKm.
Nao daremos, portanto, as regras da prosodia. Molhor se aprendem na pra-
tica.
Tres preceitos, porem, sao de recordar-se:
1) a vogal, antes de outra vogal, e breve. Assim justitia, torn o ultimo i
breve, porque 6 uma vogal seguida de outra vogal (a).
2) a vogal, antes de 'duas consoantes, C- longa, salvo si as duas con'soantes
pertencem d syllaba seguinte. Assim,na palavra servoruii, o e e longo porque
o seguem duas consoantes (r e v). Mas, em tsn'EBRa o segundo E tS brave, porque
o seg'uem duas consoantes (b e r), ambas pe.rtencentes a syllaba seguinte.
A regra de que a vogal e longa, antes de duas consoantes, o verdad.eira, mes-
mo quando uma das consoantes pertcnce a syllaba seguinte. Assim, na palavra
qudmdiu (por qnanto tempo) formada de qvam e dill, a vogal a >e longa, porque
6 seguida de duas consoantes (m erf).
Vojamos algumas sentengas, para que taes regras se fixem. Accentuamos as
palavras afim de habituar o leitor &s tonicas:
Naturalia jura, divina quadam Providentia eonslituta, seutycr firma dtquo
imnmtabilia permanent (Inst. liv. I, tit 2, § 11, de jure naturali, gentium et
civili).
— Os direitos naturaes, constituidos pela divina Provid&icia, pcrmanecem
sem-pre jirmes e immutaveis (Inst. liv. I, tit 3, § 11, do direito natural, daa
gentes e civil).
Outro preceito, no mesmo sentido, mostrando a supremacia. dos principios
phllosophicos sobre as leis
:
Civilis ratio na-tiurdlia jiira corriimpcra non potest (Gains, Fr. 8, liv. 4, tit. 5,
de cap. minut. ) .
— A razdo aivil (a logica do direito civil) nao pode con-omper os direitos
natitro.es (Gaius, Fr. 8, liv. 4, tit. ">. da aiminuigao da capacidade).
V
CITAOAO DO '•CORPUS JURIS"
13
)
vinda uma regra juridica, a revelar o
sentlmento philosophic do direito:
ttricti ^s «*«*.««. (Const. 8, Constantly et Licinus,
liv. 3, -tit. 1.
^'^•o 3„e on, toaas as oovsas » «,-o to i* * *» *« te'
'
p,CTWeccr - ao pe da ,letra: e
precipua) sotre a razao io <lireito estate.
(Const.
8, liv. 3, tit 1, dos juizos). -
O primeiro dos textos, extrahimol-o- das
Institute*.
^ Inatimas, uma das auatro partes do Co.vus
Juns, se div.dem em *uatfo
ZW oada llvro em «««*; e cada titulo. Uiue -tern urn cabe.amo, chamado
i-it&rica), em paragraphos.
V*lm o Primelro exomplo citado toi cxtrahido do
**«> I, MvAo 2, | 11, das
J„*K*7a,, tendo o titulo 2 a rubrica a, iurc
naturali gentkon et ,i^, (do d.re.-
to natural, das gentes p civil).
Poder-se-la indicac o texto rorerido
tandem dos scgumte.s modos. Inst I -.
§ W: ou /»*. * ,u,-, no.*-. ffo„, et
c*. (I. 2. 1 m) 3 ou I«rf. *, *.« «at. „«*.
^
tm^a.', -as cities so indue a rubric* de cada
titulo, nao so paraue
ajuda a mom,ria, mas tambcrn ,«,». possible
procurar o -xto <^d° ™J
d ce Si procumrnvos. no indice das Institute,
a letra J, ou melhor, I, la
encontra
remoso titulo *, ^ -«l«~« ,«»««» -« «**«. <°m ^^ *" *"
que se aclia.
O segundo exemplo adduzido, ext.-ahimol-o
to Vigcslo. e e devido ao jurtscon-
6Ult
°^;st0 6 divide em 50 Uvros, cada livro em Utulos, cada titulo
cm
;,«,!":: cada tra.mento em var^o, Cada. titulo tern
tambem uma
se a'lT- I~,o o«™ oo * «*"». Utulo ,»i«o, «. ruuru* <Ze
«-*-
A indica.ao do *x«o se poderia tazer tambem *°™«""^-^ *££
ou IV 8 <lc ca„. v^. ; ou Fr. 8, *, c,^.
vnnnt. (IV, ,) , ou X, 8 D. (IV. o)
A le'tra I- significa !e« e a letra- D signilica
Digesto.
.0 tercelvo exemplo foi extrahido do
Co tUgo, c e uma Constat, ouLci,
emanada do. Imperadores Constantly o
.icinio, a q„al se acha no „« 3,
'"•
o'coS:" divide em doze „„„., c.da um dos
livros em UUaos, (tendo
cada titulo uma ruMca), e os t-.tulos em
co^MK.iSff" ou le, S .
'.;
11 CITACaO DO "CORPUS JURIS"
O mesmo texto poderia ter sid,o indicado de dififerentes modos: Const. 8,
III, 1, de jwdiciis ; ou Const. '8, III, 1 ; Const. 8, de jtidic-iis; ou L. 8, ///, 1
:
ou L. 8, C. Ill, 1 (de judiciis).
A letra L significa Lei e a letra C sigraifica Consttt-uiG&o, pois. na verdade,
tanto faz dizer Lei oitava do Cod&go, dc judiolis, como Ccmmtxiiccto oitava, de
fildiciis.
,E, para uma primeira lirjao, o que fica dicto 6 bastante.
1
Segunda H§ao
Apijwentftmos, na ligao anterior, tres exemplos tirades <las
Institute, do
Digesto e do Codigo. «,„*,.
fit accrescentarmos a estas collecgoes as
Novellas, tercmos o que Gothotra-
dus chamou do Corpus Juris CboiUs, ou Corpo do
Direito Civil.
Dessas quatro collecgoes, a primeira em data £oi o
Codigo, «ue apparcceu
em primeira edigao em .529 da nossa era. O <tue hoje
deuominamos Codigo loi
chamado Dor .Iustixiaxo, imperador bysantino que o
mandou orgamzar, _
Codex Repotitac Frelectionis lou G'/xKflo em scgunda
edivao) .
Publicou-so a segunda >edigao em '534, visando harmonisar
o Cod.go com o
Digesto, e as Institutas, organisados pelo mesmo
Imperador, « publicados em .133.
O Codigo se compoe de constituigoes, ou leis,
emanadas *». Imperadores
romanos ate Justiniano, que reinou de 537 a 5 65.
O iDigesto (do m-gerere, por em onlcm) tanrbem se
denomina Pmulcctas
(ou toro que conttm ti«to), e se eompoc do
fragments extrahidos das obras do
trinta e nove jurisconsultos, por uma commissao de
dezeseis membros, sob a pre-
sidencia de Triboniano.
A commissao teve por objective uniCormizar as
opinion, ate entao ex-
pendidas, com o direito vigente, « para
isso alterou, c reformou, muitas vezos,
os textos que attribue aos jurisconsultos.
Taes aiteragoes e reformas tern o nome de
ixterpollacoes ou emblemata Tbi-
boxiant (ao pe da letra : aperfeioomneiitos de Triboniano)
.
^ grande extensao do Digesto tornava.
porem, difficil o estudo do d.reito
aos'principiantes. Attendendo a isso, ordenou Justinian,
a Triboniano, a Theo-
ph.lo, professor da Escola de Constantinopla, e a
Dorotheo, professor da Bs-
co'a de Bpryto, fizessem urn compendio
elementar para uso academico.
"
Tomaram os tres compiladores por modclo as
Institute,, ou InsMu.coes,
do jurisconsulto Gaio, aproveitando algumas
passagens das Institutes, de U,u-
dANO Ulpiano e -Florentine o tambem do Digesto e do
Codigo.
_
Mnalmente, as Novella* Wvellae Con-stUutiones -
Novas Co nstitm,oes)
contem as constituisoes, ou leis, emanadas de
Justiniano, durante os trinta an-
16
.
AS DECLINACoES
nos em que continuou no governo. ModLKcaram varios pontos do diroito an-
terior, sobretudo quanto a. familia e as successoes.
Ahi esta, em .poucas palavras, o Corpus Juris Civilis, cujo manuselo deve
constituir diaria preoecupagao dos estudiosos.
Voltemos ao estudo da ling'ua.
!No latim, os substantivos assumem "differentes £6rmas segundo as rela-
Coes quo exprimem. Assim hora, quer dizer a hora, como sujeito da oracao
;
horam, quer dizer a hora, como objccto da onicdo; horae, quer dizer da hora,
como complcmcnto restrictive).
Taes modificagoes, que so fazem epmp-re nas desinencias, isto £>, no fim das
palavras, teem o nomo de ca-sos. Os casos suo em numero de seis:'
Nominative : a hoka, sujeito.
Genitivo: da hora, complem-cnto restriclivo.
Dativo: a' ou para a hora, complcmcnto tcrminaiivo, ou objectivo indirecto.
Accusative
:
a hora, objccto, ou complcmcnto ' objectivo diracto.
Vocativo: on hora !, cxclamativo.
Ablativo
:
com, pkla, ou na hora, complcmcnto circumstantial.
Os casos podem ser reunidos do scguinte modo, em tres grupos principaes,
cbamados a primeira, a segunda e a terceira ideclinacao :
FrimeLra dccliiunjao
Singular:
Nominativo: hora, a hora.
Genitivo : horae, da hora.
l>ativo
: horae, da ou para a hora.
Accusativo : horam,' a hora.
Vocativo: on hora, oh hora!
Ablajtivo
: hoka, na hora ou pcla hora
Plural
:
Nominativo: horae, as horas.
Genitivo : horaeuh, das horas.
Dativo : horis, a ou para as horas.
Accusative : horas, os horas.
Vocativo : oh horae / oh horas I
Ablativo : horis, nas horas ou pelas horas.
AS DECLINAC6ES
Segunda doclinasao
17
Singular
:
N. servus, o escravo.
G. servi, do escravo.
T>. servo, a on, para o
escravo.
Ac. bekvum, o escravo.
V. serve.' >'?s escravo!
Ab. servo, n„ escrow on pelo
escravo.
Plural.
IN. servi, os cscravos.
G. servorum, dosescravos.
T>. servis, «os o» para os escravos.
Ac. servos, os cscravos.
V. servi!, o7i cscravos!
A. SEnvis, «o o« 2>e!os
escravos.
Tcrcoira decVmae«o
Sinfliitei"-
N. labor, o trabalho.
G. laboris, do trabalho.
D. lab6ui, a ov. para o trabalho.
A. lab6rem, o trabalho.
V. labor! ofc. t?-aba»to.'
Ab- labOre, «o oh 2>e7o trabalho.
Plural:
N. labores, os trabalhos.
G labOrum, dos trabalhos.
D. LAB6R.BUS, o on para os
trabalhos.
AC. labores, os trabalhos.
V LAB6RKS! o/i- trabalhos!
Ab. LAB6R.BUS, «0 OH 2)C!«S
frabflll.OS.
18 AS DECLINACoES
Podemos resumir as desinencias, ou terminagOes. do eeguinte modo
:
rrimeira d<*liiiasao Sesunda declinacao Tcrceira deelinaSao
Singula* Plural Singular Plural Singular Plural
N. A • N. AE iN. us N. i N„ OR NT
. ES
G. AB G. arum G. I G.' OKDM G . ORIS G. UM
D. AE D. is D. o D. is D. i D. IB us
AC. AM Ac. AS Ac. UM Ac. os Ac. EM AC. ES
V. A V. AE V. B. V. i V. OR V. ES
Ab..A Aib. is A'b. o A'b. is Ab. E Ab . IBUS
Poderomos no tar que os accusatives terminam sempre cm m no singular,
em todas as declinagoes, e sempre em « no plural ; e que os dativos e abiativos,
no plural, sempre Isao Sguaes.
A. primeira declinagao faz o nominativo" do plural en. ab: hora, a hora;
horae, a^ horas. Dahi veio 'que as palavras italianas em a, fazem o plural *m e:
sorella, irma; sorelle, irmds.
A sesunda declinagao faz o nominativo do p'hii-a! em i : servos, o escravoj
servi, os cscravoSj
iDahi veio que as palavras terminadas no italiano em o, fazem o plural em i
:
fratello, irmao; frateli.i, irmdos.
A. tercel ra declinagao faz o nominativo do plural em cs : labor, o traba-
Iho; larores, os trabalhos.
'Dahi veio que o plural em portuguez se faz em geral accrescentanclo s,
OU CS: AMOR, AM0RES ; FACTO, FACTOS.
Todas as palavras latinas se deelinam por uma das tres formas rcferidas.
IE' nois, conveniente attentar bem para ellas, sem todavia as decorar. E'
importante reter, desde logo, as fOi-mas do nominativo e do accusativo, isto e.
do .sujeito e do objecto directo, pois, jimtamente Com o verbo, nos dao o sen-
tido geral da oragao.
As outras formas, do genitivo e do dativo, melhor se aprendem pelo sentido,
e o a'blativo 6, muitas vezes, precedido de preposigao, que, por si so, leva a com-
prehensao da phrase, sem maior esforgo.
T3', portanto, indispensavel reter estas formas:
Singular
N. hora, a hora (sujeito)
Ac. iioram, a hora (objecto)
Primoin* d^X'Una^iio
Plural
-\T
. horae, us horas (sujeito)
Ac. horas, as horas (objecto)
Ki
Singular
A JUSTICE E A JURISPRUDBNCIA
Seguadiv declinasao
Plural
19
N. servus, o cscravo (sujeito)
A. servum, o cscravo (obj^ecto)
N. servi, os escravos (sujeito)
A. servos, os escravos (objecto)
l
Singular
Tereeira doelinaciio
Plural
N. labor, o trabalho (sujeito)
Ac. laborem, o traValho (objecto)
N. labores, os IraValhos (sujeito)
A. labores, os trabalhos (objecto)
Facaraos alguns exemplos:
Jvstitia est cm.stfl.ns et perp6t-ita voluntas jus su-um c-rn^uc
trilmendi. (Inst.
do just, et jure, pr.)
— A justica e a vontade, constautc e petpetua, d-e attrib-uir a c«fa urn o
seu
direito. (Inst, de just, et jure-, pr.)
Nesta sentenca. quo as Institute, extrahiram do
Fr. 10. de UlpiaNo, do
just, et jure, retrata o jurisconsulto o caracter eminentemente
psycolog.co da
justica
.
Ella nao 6 apenas urn. idea ; S a vontade juridica, na
sua mais pura expres-
sao, no seu mais alto significado, vontade educada e
fortificada pela constancy
e penpetuidade de dar o seu direito a cada
urn.
Pois .bcm: juslitia e urn nominativo da primeira
declinacao, e. portanto, o
sujeito.
Esta outra definicao se traduz tambem 6. primeira vista:
Jurisprudence est divinarum et humanaruM re,-um notilia, justi atque
injush
scicntia. (Inst, de'just. et jure, S 1).
- A jurisprudmcia i a nobicia (o conhccimlonto) das cousas
divinas e huma-
nas e a sciencia do jitsto e do injusto.
Foi ta-irfbom tomada do jurisconsulto l'lpiano (lib. 1-Bwttonu.i: «»•
l~Oas
negras), que se acha no D.isesto (PV. 10, *» j«*t. at jure),
e signitica que o
direito scientific Uus, juris, o direito;
prudontia, o conheeimento), e a notioia,
ou conheeimento elementar das cousas divinas,
isto 6. da vontade dos deuses ma-
nlf.stada atravos de factos naturae, ou de
aueurlos. e a sciencia, ou conheci-
mento "profundo, do juslo o do injusto.
20 O DIREITO PUBLICO •
Outro fragmento do Digesto,. o Fr. 1, § 2, de just, et jure, ensina qu,e o di-
reito publico consiste no direito sagrado, dos saccrdotos e dos jnagislrados : Pu-
blicum jus in sacris, in sacerdotibus, in. » 'jistratibus consistit; e a definicao de
jurisprudent, ao falar de eousas divinas, llude certamente a essa subdivisao
do direito publico.
Mas, voltemos ao estudo grammatical da phrase
:
Jurispruclentia 6 nomLnativo da primeira declinaqao, sujeito- do verbo est, o
qual em latim, como em portuguez, nao torn objecto directo, mas ps'cdicado.
Divinarum atque humanarum rerwm
t
signlfiea do eousas divinas c Immanas.
Divinarum e humanarum sao do:.; adjectivos, da primeira declmac.ao, e desde
logo se ve que os adjectivos tambem so deciinam de accordo com os modelos
propostos.
Keuuji 6 urn genitivo do plural da cliamada quinta declinac/io, que estuda-
remos .na licao proximo, e significa das vousas. Res sign:£ica a cov.sa, e desta
palavra, provGm as palavras real, rcalidc.de, realizar, rcpublica.
Justi atque ikjusti, significa do jv.sto e do injvsto, e sao dois genitivos
do singular da segunda declinaQiio.
1
Terceira liga©
Alem .das ires ueclinaeoes, estudadas na Sitao anterior, eastern mais duas:
& quarta e a quinta. Ambas se approximam <Ja terceira declinaoao, da qual pa-
roeem simples vairiantes.
A' quarta -declinaeao, pertendem nomcs oomo adventus (de ad .e -venire) a
che-
gada; casus, o casoj concursus (de (,'» e eurrere), o concurso ; exercitus (de
cxerccrc) o cxercito; habitus (de habere), o habito; lusus (do mclere), o
diver-
timento; METlis, o meio; manus, « mao ; partus, o »arto-; sinus, o
(/oZpfco; TD-
multus, o tumulto; trajectus (dc trans jacio), o, trajecto.
Singular
Quarto docliiM«:iio
Plural
M. currus, os carros.
G. CD-auoii, (los carros.
N. currus, o carro.
G. currus, do carro.
D. curru ou curhui, a oxt JOT o carro. D. curribus, a ou vara
os carros.
Ac. CURRUM, o carro. A. currus,
os carrcs.
V cri.r.rs!, eft co-rro! V. currus!, oh con-os.'
Ab curru, «o ou pclo com>. A. curribus, «o* carros o« i»c!o»
carnos.
M-uns names, coma acus, a affui/ui,; arcus, o arco;
uacus, o Za<7o; partus,
o porfo, razem o dativo e o ablativo .lo
plural em ubus, acubus, arcubus, lacubus,
PARTUBUS.
Bcrtencem a quinta declinaoao: res, a- cOT<s«; dies, o oh,,
unions palavras
que se declinam completamente, e mais as Regulates que,
no plural, s6 tern
nominative e accusative : fides, a 1& ; faces, a face; spes,
a cipcrangaj acies,
o game; ci.ac.es, o gelo ; species, « .««»; maces, a
magre-M; series, « serxe,
v poucas mais.
^
_
•;
.
» :
22
Singular
A QUARTA B A QUINTA DECLIxNTACoEB
Quinta. docltnacao
Plural
N. res, a cousa.
G. rei, da cousa.
D. rei, a ou para a cousa.
A. rem, a cousa.
V. kes !, oh cousa !
A. re, na cousa.
N. res, as cousas.
G. rerum, das cousas.
D. rebus, ffi o« j)a?-o as cousas.
A. res, as coxsas.
V. res ;, oh cousas !
A. rebus, nas ou pclas cousas.
i :
•Para completar o cstudo das declinagoes, diremos que ha tres generos: o
ma.sculino, o feminino e o neutro
.
Os substantivos neutros da segunda declinagao seguem esta XOrma
:
Singular
N. TEiiPLDM, o templo.
G. templi, do templo.
D. templo, a ou para o templo.
Ace. tkmplum, o templo.
V. TBMPI.UM ! oh templo!
Ab.templo, no ou pelo templo.
Plural
N. templa, os lemplos.
G. templorum, dos tcmplos.
D. iemplis, a ou para os tcmplos.
ACC. TEMPLA, OS tCViplOS.
V. templa! <Xs tcmplos!
Ab. templis, no ou pclos tcmplos.
Os substantivos neutros da terceira declinag&o scjuem esta forma:
Singular Plural
N. corpus, o corpo.
G. corporis, do corpo.
D. corpori, a ou para o corpo.
Ace. corpus, o corpo.
V. corpus! o corpo!
Ab. corpore, no on pelo corpo.
N. corpora, os corpos.
G. cCrporum, dos corpos.
D. corporibus, aos ou para os corpos
Ace. corpora, os corpos.
V. corpora! oh corpos!
Ab. corpOribus, nos ou pclos corpos.
iNote-se que essas declinagoes constituent ligeiras variantes da segunda e da
terceira.
Os nominativos, accusativos c vocativos, do singular, tern a mesma forma.
O mesmo acontece com os nominativos, accusativos e vocativos do plu-
ral, que aca.bam todos em a.
ADJECTIVOS QUALIFICATIVOS 23
Temos assim completado as declinagoes. O que e importante, ropetimos,
a reter as formas do nominativo e accus-ativo do singular e do plural. As ou-
tras se aprendem pela leitura.
Bra geral, os diccionarios apresentam os nomes polo nominativo, acompa-
nhados do genitivo.
Assim, si procurarmos a palavra mensa (que sigfinica mesa) encemtrare-
mos me-nsa, ae, que so IS mensa, mensac, e serve para indiear que e palavra
da primeira declinaoao. Do mesmo modo, procurando pileus, o barrctc, se encon-
trara pileus, i, que se 16 2>i!ews, pilci, e serve para indiear que e palavra da se-
gunda deelinagao.
Igualmente encontraremos arbor, oris (a arvorc), que se IS arbor, drboris,
c e da terceira deciinacao.
Vejan-.os algumas sen tongas em que se empregam palavras da quarta e
quirua d.cliuayoes :
Seja o /•'!'. 2, quod mclus causa. O jurisconsulto Paulo define ahi o que
seja a violencia
:
Violcnlia nutcm est majoris rei impetus, qui repclli non potest.
— Violc-iwia e o impeto da force, maior (ao pfi da letra: da cousa maior)
que ndo se podc rcpellir
.
Neste exemplo, extrahido do mesmo titulo do Digesto, se expliea que se
deve entendor por violencia a forea illegal:
SimI vim accipimus atrocem, et earn, quae adversus bonos mores fiat; non cam,
quam magisiratus recta iniulit, scilicet jure Ucito, et jure honoris, quern susti-
nct (i'Y. 3, S 1, Ui.prANUs, quod mcius causa) .
— ZSas, entendemos por violencia, a atros, e a que se fizcr contra os bons cos-
tumes; ndo a que o magistrado rectamente eccasiona, ou por forga da lei, ou por
direito do cargo que excrce
.
ADJECTIVOS QUADIFICATIVO.S
Oi adjectivos seguem a prim,»ira, a seffumla e a terceira declinaoao. Uns
tern tres terminaqoes no nominativo, uma para cada genero bonus, bom; bona,
boa; bonum (neutro) bom; pulcher, hello; pulchra, bella; pulchrum, bcllo.
Outros adjectivos tern duas terminacoes, servindo a primeira (is) para
o masoulino e o feminino, e a segnnda (k) para o neutro ; Levis, levc
(maisculi-
no a feminino) lkvb, levc (neutro).
Outros. 'finalmente, so tern uma terminac/io no singular para OS tres gone-
res, como fei.ix, feliz.
Assim diremos : servus bonus, serva bona, corpus bonum; senilis pulchcr,
24 THEORIA DOS ADJECTIVOS
servo, puU-hra, corpus pulchrum, .servus levis, servo, levis, corpus leve ; servus
felix, sa~oa /eta, corpus /eta.
GRAOS DE COMPARAC-AO
Ha do:s graos do comparaeao, como cm portuguez. Assim diremos, que
Caio e mais forte que Sempronio (coiii.iJarati-i.-o), e que Caio a o mais forte dos
soldados (superlativo) .
A mtsraii forma do superlativo serve para o superlativo absolute. Em por-
tuguez podemos dizer, com aeerto, que Coio 6 o fortissimo dos sens companhei-
r03 (superlativo relative), ou quo 6 fortissimo ( superlativo absoluto) .
Em regra, o comparativo se f6rma acerescentando ao genitivo, spm a sua
terminacao, a syllaba tor no masculino, e no fominino, e a syllaba ius no neutro.
O superlativo se forma accrescentando issimus, issima, issimum.
Assim altus fax altior (mais alto) e altissimus (o mais alto) ; gravis,
(grave), faz gkavior (uiui's </rai;e), e ghavissimus (o ma-is {/rave).
Excepeoes existem numorosas : varios adjectivos em is, como similis (seme-
llianW), facM-s (facil), fazem o superlativo em imms : — simillimus, faciUimus:
os adjectivos cm er fazem o superlativo em crrimv.s : — pulcher (belio), xmlciicr-
rimus (bellissimo) ; salicbcr (salubre), salubcrrimus. Veins (velho), cuja. f6r-
ina archaica 6 voter, faz vctorrimus.
Os adjectivos, terminados em dteus, ficus, volv.s, formam o comparative e
o superlativo, como si os genitivos fossom dieentis, ficentis, volontis. Assim
maledicus (maldizente), faz malediecnlior c maledi.ccntissimiis ; magmfic-us
(magnifico), faz magnificcntior e m.agmfiderUHssim.usj bencvolus, bcncvole-ntior
e benevolenlissimvs.
Finalmente, alguns comparativos e superlativos sao formados por palavras
de origc-ns diversas, que nao tern entre si -relacao etymologica, mas apenas logica :
noNns (bom), melior, optimus; malws (raau), pejou, pessimus ; parvus (peque-
no), minor, minimus; multi (numeroso), plup.es, plurimi.
Vejamos ftgora um expmplo, e seja a celebro sentenoa de Tacito (Annacs, III,
27), C'orruptissima repnblica plurlnv.ic leges.
Podcriiimos traduzil-a assim livremente: Quanto mais corrompido i o Tislado,
maior e o numcro de leis!
Que profunda sentence, digna em tudo da meditaeao dos nossos estadistas
e legisladores !
dlreito de um novo nao se compoe de formulas meram&nte logica.s, conti-
ADJBCTIVOS NUMERAES 25
das em .preceitos legislatives ; coiiatitue-s© de sentimento, radica-se profundamente
na alma liumana. B' inutil multlplar leis quando urn povo nao tern moralidade.
Nihil prosunt legos sine moribus ! ONada valem leis sem costumes!) es-
oreveu o incomparavet Houacio.
.ADJBCTIVOS NUMERAES
Os adjectives numeratts se distinguem cm: cardinacs, como um, dois,
tres
;
orcUnacs, como prhnciro, segundo; distributivos, como uma a unv, dois a dois.
O systerr.a numeral romar.o 6 muito mais complicado do que o arabico.
Consiste em representor os numeros por maiusculas, que adquirem um va-
lor de posioao, conforme se acham a- direita ou a tvsquerda de outra.
Eis um quadro :
1, J, unus, una, uuum .
2, II, duo, iiuac, duo.
3, III, ire's (mascl. e femin.), tria (neutro).
4, IV, qaatuor (indeclinavel, como os seguintes) .
5, V, qu-inquc.
6, VI, sea;.
7, VII, scptem.
8, VIII, octo.
9, IX, novem.
10, X, decern.
11, XI, undecim.
12, XII, duodecim.
15, XV, quindecim.
20, XX, viginti.
30, XXX, triginta.
•10, XL, quadraghUa
.
50, Li, quinqvMgmla.
60, LX, Scxaginta.
70, IjXX, scpluagtnta.
80, LXXX, octogiuta.
90, XC, nonaginta.
100, C. centum.
200, CC, ducenti, ae, a.
1000, M, mille.
2000, MM, duo millia
.
2G AS FRACQOES
Alguiis adjoctivos cardinaes se declinam
:
1. Units, una, unum; genitivo, unius, para 05 tres generos ; dativo, uni; ac-
cusative, unum, unam, unum; ablativo, uno, una, uno.
Conforme unus, se doclinam solus, a, um, (s6) ; totus, a, um (todo) ; uullus,
a, um (nenhum) ; ullus, a, um (algum) ; utcr, utra, .utrum (qual dos dois) ;
alter, altera, alteram (outro) ; neuter, tra, trum (nenhum dos 'dois).
2. 'Duo, duae, duo; genitivo, duorum, duarum, duorwm, ou duum. ; dativo,
diwbust duabv.s, duobus ; accusativo_ duos ou duo, duos, duo ; ablativo, duobus,
duabus, duobus.
O nome ambo, ambae, ambo (ambos) so declina do mesmo modo.
3. Trcs (masc. a fern.), trio- (neutro)
; genitivo, Irlum, para os tres generos;
dativo e ablativo, tribus ; accusative}, tres, tria
.
4. Utile; genitivo millium; dativo e ablativo milibus.
>5. Duccnti, ae, a se declina regularmeme, mas o genitivo e sempre em um.
Assim sexcentum librarian pondus, quer dizer peso da sciscOntas libras.
Tvao poderemos deixarde mencionar as fracQoes, pois tern grande applica-
gao no direito. A maneira de contal-as & um pouco complicada is. primeira vista.
Pode, porfim, reduzir-so
-is seguintes regras :
1. Si o numeradc-r e 1, dosigna-se a fracgao destc modo: dimidia (1|2),
tertia (l|-3), quarto, Cl|4). A fracgao 1J21 taniibem se enuncia tertia scptima.
3. As fracQoes do 12 se chamam, de conformidado com a divisao da moeda:
uncia (l|l-2), sextans (ljC), quadrans (1|-1), triens (3|3), quincunx (5|12), se-
mis (1[2), septunx (7|12), bes (2|3), dodrans (3|4), dcxtans (5|6), deunx
(11|12), sicilicus (l|-iS), a quarta parte da unvia. Dalii as expi'essoes hercs ex
tr\entc (herdeiro do Urgo), triens jugeris, triens tricntis (1|9), etc.
4
.
As outras fracgoes se exprimem como em portuguez : 4j7, quatuor septi-
mae ; 7|9, septem nonae.
Muitas vezes se decompoe. a fraceao em duas outras, de somma equivalen-
te: 3|1 pars dimidia el quarta; 2|3 pais dimUlia et sexta.
O § 5, das Inst, de heredibus instUuc-nd-is, cont6m todas as fracQoes dc 12.
Jlercditas plcrumque,, dividll'ur in duodceim uncias, quae assis appellation/;
coutincntur. llabent autcm et hue partes propria nomina ab micia usque ad os-
sein, ut puto, hacc : uncia, sextans, quadrans, triens, quincunx, semis, septunx.
bes, dodrans, dextans, deunx, as. Non aulem v.tique semper duodeeim uncias
esse opportct; nam lot uneiae aeiem rejjiciv.nl, qitot testator volucrit; ct si unum
tantum quis ex semissc, vcrbi gratia, heredem scripscrii, lotus as in semissc cri't.
Ncque enim idem ex parl tcstclus Ot ex parte inteslatus decedere .potest, nisi
sit miles cujus sola voluntas in tcstando speetcUwr. Et e contrario polest quis
in quanlascumquc volucrit plurimas uncias suam hcrcditalcm dividere.
NUMERAES ORDINAES 27
Em nossa traduccao das Institutas, assim vertemos este texto:
"A heranga se -divide geralmontc em doze partes, ou ongas, as quaes, reuni-
das, forrnam uma unidade superior, o asse. Cada uma dessas partes tern um nome
proprio, desde a onga ate o asse, a saber: uncia (1|12), sextans (1|6), quadrons
(1|4), triens (1|3), quincunx (5|12), semis (1)2), scptunx (7|12), hes (2|3), de-
rails (3|4), dxxtans (5|6), deunx (11]12). Nao e ncce&sario due haja sempre
doze ongas, porque formam o asse quantas ongas quizer o^ testado-r, e si, por exem-
plo, instituio um so herdeiro para seis ongas, estas seis oncas formarao um asse
pois ningxiem p6de morrer testado em parte, ^ em parte intestado, salvo o mi-
lltar, em cujo testamento s6 se attends a sua vontade. Inversainente, pode-se
dividir a heranga em tantas ongas quantas se quizer.
NUJ1EROS ORDINAES
Os numeros ordinaes sao adjectivos em us, a, um, que se declinam como
bonus, a, ttm :
1. Primus. "S
.
Xonus.
2. Seanndus. 10. De-cimus.
3. Terliv.s. ' 11 • Undeciinus.
4. Quartus. 12. Duodecimv.s.
5. Quintus. 20. Vicesimus.
6. Sextus. 30. Tricesinvus.
7. Septimus. 100. Cenleslmv.s.
8. Oclavus. 7 000. Millcsimus.
Dosses adjectivos ordinaes so origina grande numoro de nomes proprios ro-
manos. Quintus, Sextus, Septimius, Octavius, sao nomes conhecidos na lvlsto-
ria, e, entre os juriseonsultos, se no-tarn, Quintus Mucius Scaevola, Sextos Pa-
piiuus e Sbxtus Aelius.
A rcspeito de Quintus Mucius, narra Pomponius, no !•'?•. 2 de origine juris
(§ 41 e segs.), muitos tragos interessantes.
Sextus Papiiuus., bem como Sextus Aelius, escreveu livros sobre as for-
mulas das aegoes, os quaes exerceram tanta infiuencia que msreceram ser eha-
mados, respectivamente, oe Jus Civile r'apirianwm e Jus Civile Aelianum. (Vide
j
o i'V. 2 de origine' juris, !§ 7). j
Para terminal- esta -ligao, do mo do niais interessante, notarcmos que gran- .
de mtmero de nomes romanos representam appollidos, provenienles j ora de qua-
lidades moraes, ora de defcitos physicos.
Assim Scaevola (Quintus Mucins Scaevola) signifiea. sinistro ; Marcellus,
(Ulpius Marcellus) o martcllinho; Macei; (Aomilius Macer) o magro ; FloreN-
tinus, florco; aIarciaxus, rjucrrciro ; Pomponius :, pomposo; Labeo, bcicv.do.
Todos esses sao juriseonsultos citados no Digcsto.
!
-JL-
Qisarta !i§ao
V pimento Ugao se destina aos pranomcs. O seu
estudo 6 facil, e a prati-
ca, orlentada pelo sentido, suppre as
pequenas difflculdades das decllnaQBea.
PROKOMBS PESSOAES
Singular-
's, ego, eu.
Cx. iiEi, de mint.
U. K.'Hr, a mifii.
Ac. Mfi, )iie.
Ab. he, commigo ou 2>°>' mlm -
Plural
:
N. nos, nds.
G. nostkum on nostki, de nns.
~D. nobis, a litis.
Ac. NOS, mos.
Ab. nobis, comnosco ou 2ior nds,
Os latinos nfio empregam, commummente, os pronomes
pessoaes. Basta-lhes
o vorbo para o sentido das proposes, quando
nao vusam aftirmar com em-
phase. A»im en amci se diz amavi; ego amavi, signlflca eu «K*m«>
<m*. »u
eu antci com vehemoncia.
Singular
:
N. TO, *«.
G. tui, de ti.
D. tiei, a ti.
Ac. te, te.
Ab. te, cotniigo 'ou por ti.
Plural:
X. vos, -uds.
G. VESTKUil OU V3S-1T..', (7.U VOS.
D. vosis, « vds.
Ac. vos, vos.
Ab. vobis, comvosco o.u 2)or i;ds.
Os pronomes da terceira pessoa sc mdicam por mcio do
demonstratives,
que exporemos mais adoante.
30 PRONOME3
PRONOMB REFDEXO
O pronome roflexo nao tern nominative. <E- de tro£ generos, e p08Slte asmesmas ftirmas para o singular e o plural.
OF. sui, de si, dcllc, ou delta, dalles ou dellus.
D. sim, a si, a elle, a elhi, a dies, a ellas.
Ac. se, ,90, o, a, os, as.
Ab. se, por si, por die ou clki, por dies mi ellas.
PROXIXWCS POSSLJSSIVOS
.
Os pronomea -Meus, tuns, nostcr, vesler, su,s - ,neu, teu, sen, &OMOj se-u(Plural), so declinam como os adjectives, quo tern as mesmas tcrn.iragGe,
/»8t tfc jure natur. gent. cl CT ,. s 2 . : Scrf ^.^ ^ ^.^ ^^
«.t c. 01 tehs
,
«o, t™,„ i!( , ^,,i/,c«m KS
, ,,c,,,' ™,„. poetam aiennus, nec addunus
nomen, suoauditur apud Graeco* cgregius lion.erus, ap ud nos Virgiliurn
Sed, porem; quotient, todas as vezos cue; non, «ao ;' «W«,„«» accres-enta-
mos; «0mc », o nome; cuius, do qu al ; eivitatis, ciJade ; ,ir, seja ;'*,»*/»„»,«.
s.gmfcamos; jus, o diroito; wost ,wlIj nosso; 8 ! ei(H
, do m3smo mo(Io que . BUJ
quando; *<*„„,, teemos; ,„,«„„,, poeta
; „ec, e r,ao ; „*«,„,«,, accrescen tamos •
Homcn, o ,omc; »«&<«««»„,., subentende-se
; apud Graecos, entro os Grogos • egre-
g:us llomerus, o Egregio Home™
; apud nos, onlre nos; V.,>„Hi„,«, Virgilio
On :
-
Todas as ve.es que nao disscrmos o nome da eidade, quere.,,,0,- alludir
ao nosso proprio dirdto, assim com,,, quando alzenos poeta, e nao eitamos o
nome, se «(«.*, entre os Gregos, o egregio Uomero o, cntre n6s, VirMHo
PRO.XOMES DkWfONSTRATIVOS
Singular: p ,. ( .m? .
N. is, ea, id, c//e, eH«, es(c, csta, islo. X. n
, e.\e, ea.
G. ejus (para os trcs generos). a, eouu.m,' earum, eorum.
D. ei (para os ires gcticroa). t, ,,~ .,, „.„,,,y
''•
-
,s ° !1 E - p
- Oxn-a os ices aenerof)
Ac. EIIM, E\M id .
Al). KO, E,<, EO. «,, T„
- 10
'
I,s
-
<»i kis (JJ«ra os ii-o.s generos).
Como < Sj
,„, id, se declina o sou composto Ulcm, eiulem, «<.,„ _ mesm0
a mesma, a mama c-ousa. G. ejusdem, D. eWon, etc.
PRONOMES 31
Singular: Plural
:
N. HIC, HAEC, HOC, CStC, BSta, istO. N. HI, HAE^
HAEC.
G. hujus (para os tres generos). G. hokum, harum, horum.
D. illi (.vara os trcs generos). D. His (para os trcs
generos).
AC KUNC HANC, HOC. Ac. HOS, HAS, HAEC.
Ab. hoc, hac, hoc. Ab. his (para os tres
generos).
Hie, cstc, se oppoe a me, aquelle, como correlative. Muitus
vezes, comtudo,
J se
'emprega um pelo outro.
sentido do inc se intensifica, quando se Hie accrescenta a
particula ce.
Hicce, hujusce, haecce, significam estc mesmo, dcstc mesmo, csta masma.
.
Singular: Plural:
N. ILLE, ILLA, ILLUD, CllC OU aqUClU, X.
ILL!, II.LAE, ILLA.
Vila ou aquclla, aquillo.
D ill! U>ara or, Ire, generos).G. illorum,
ili.arum, illorum.
D ilu (vara os tresgenesor). D. illis
(para os trcs generos).
4c. ILLUM ILLAM. ILLUD.
AC. ILLOS, ILLAS, ILLA.
Ab. illis (para os tres generos).
Ab. ILLO, ILLA, ILI.O.
c tivm-
Co.no ille illa, !llud, se declinam iste, ista, istud,
esso, essa, isso,
bem ipse, ipsa, ipsuM, o mesmo, a mesma, a mesma
cousa; mas, dia-so ipsum,
em ve;: do ipsud.
PRONOaI.BS RELATIVOS
Singular: Plural:
K QUI, OUAH, QUOD QUC, O Qlial. X. QUI- QL'AE, QUAE.
G. ctuus (para os'trcs generos). G. quorum, quarum,
quorum.
D. cui (no/ra os ires generos). D. quibus (para os trcs
generos).
^C QUEM, QUAM, QUOD. AC . QU0S, QUAS, QUAE.
Ab. QUO, qua. QUO. Ab. quibus (para os
tres generos).
Como qui, quae, quod, se declinam os sens com.postos : quicunque,
quaecun,
que, quodcunque, quern quer que; quidam, quacdani, quoddam ou quiddam,
certo
;
quilibet, quaclibet, quodlibct ou qxtidlibct, qualquJr ; quwis,
qv.aevis, quodvis ou
quidvis, qualquer.
32 PK0NOM1DS
A -primeira syllaba 'de cada uma d< issas palavras se decliua como qui, quae,
quod. As outras, £icam invariavcis. Assim se diz : cujuscunque, cv.icunque, q:uem-
cumqiie, etc. ; cujusd-am, cuidam, quemdanv, «tc.
Os roti";ano3 assim condensaram os preceitos do direito:
— 'Juris pracccpta sunt haec : honestc vinxyre, alterum non laedc-re, suum
oiiiquc tribuerc (Inst. § 3, dc just, et -hire; /<V. TO, § 1, Ulpiano, dc just, el jure).
— Os preceitos do dircito silo cstcs: vivcr honeslamente, nao offender a
outran, dar o ssu a cada um.
Ksto outro texlo ensina quo ha cartas nullidades insuppriyeis
:
— Quod initio vittosum est t non potest traclu temporis convaicscere ( Fr.
29, Paulo., da regulis juris).
— que de comcco e, vicioso, nao se pode validar com o decurso do tempo.
Ksta sentenca dc Gaio consagra a inviolabilidad-o do domiciiio, com inteiiso
liberalismo :
— Domus tit-lissimum cuique rcfugktm alque reccptaculum (Fr. IS, de
in jus voc.)
— A casa (e), 2)ara. cada um, scc/urissimo rcfugio c acollttda.
Pr.ON'OirES IXTRIHtOGATIVOS
Os pronomes interrogativos sao : 1) quis; 2) os composlos de quis; 3)
utcr, qualis, quantus, quotas, quotusquisquc.
Quis, ou qui, quae ou qua,, quod on quid, se decliua como qui, quae, quod.
Ha pequena idifferenoa entre quis c qui. Pode perceber-se neslas phrase
:
Quis dieil hoc t Quern diz isso ? Qui homo est? Que homcin e? (que especie
de homem e ?)
Os composlos de quis, quisnu}ii, -e-L ecquis, tern, o sen mesmo sentido, porem
mais emphatico, e declinam, respectivamente, a primeira e a ultima syllaba, fi-
cando invariaveis as particular nam <e cc ex: eujv.snam, cuinam, quemnam, etc.
cocujus, eccu-i, ccqueru, etc.
Utcr, utra, utrum, (qual dos dois), se decliiia como unv.s, una, unum, e
tambfm quotus (de que tamanho?) quantus (de que uumero?). Quotusquisque
(quao pouco?) se decllna, simultaiieamente, como quotus e quisque, maa s6 ee
usa no nominativo e no accusative
Qualix se ck-clirui como levis.
CPRONOMES Zi
PRONOMKS INDEFTNIDQS
Os seguinte-s sao de uso mais frequente, e, por isso, .pedem mengao
:
1) Quis ou qui, quae ou qua, quid ou quod.
A. forma quis, em geral, s6 se emprcga depois das palavras si, nisi, ne.
Nos icutros casos se ernprega qui. Si quis te interroget, si alguem te intorrogar ;
nisi quis dica-i, a monos que alguem diga ; ne quis dicat, para quo ningu*m diga.
2) Aliqv.is, al-i-qua, allquid ou aliquot!. Plural: aliqui, allquae, alxqua,
al-
guem, algum, alguma cousa.
,3) Quisquam, quklquura- (sem feminino nem plural), C(«ia urn.
i) Vitus, algum. iDc-clina-se como Minis.
5) Nvllus, nenhum. Doclina-se como ullus.
Assim se -diz :
— Quod nullum est, nullum producit affectum'.
O quo 6 nulla ndo produz »«?i-/ih-hi effeito.
o) Quidam, quaedam, quoddam ou quiddam, urn c-^rto, uma corta, 'jm»
oorta cousa.
Nesta passagem das Inslifcutas se deparam muitos pronomes:
— j i. Scd ct quod prineipi placuil lcr/is kabel: vigorcm; cum lege Re-
g\a, quae da ejus imperio lata est, populuv ei el in ecu ohi-hchi i»!j/*-i».m suun
cf potcslatem concessit. Quodcumqub ergo impcrator per cpistolam constitv.it,
vol cognoseens decrevit, vcl c.diclo precepit, legem- esse constat. Hae sunt quae
constitulioues appellant ur. Plane EX his quaedam sunt personalia, quae nee ad
excmplum tra-liuntur, quoniam non hoc princeps -vult. Nam quod ai.icui ob me-
ritum indulsii, vcl si cui poencum irrogavit, vel si cui sine esempto subvenU,
personam non tramgrcditur . Aliab autcm, cum generates slnt, omxes pro-
c.d dvMto ten-en t.
.$ 7. Practorum quoqv.c edlcta non modicam obtincnt juris auctoritalem.
Hoc ctiam jus honorarium solemus appellate, quod Qui honorem gerunt, ID
est marjislralus, auclonl.atem iiuic juri dedernnt. Proiwncban-t et aediles
cuxules
edie.tv.rn de quibusdam cam-is, quod cdletum juris honorarii poWo est. (.Inst, da
jure nat. gent, ct civ.).
S G. Porcm tambcm a vonlckle do principe aibe-rci.lm.cnte: o que
agradou
t 6. Porem lambem a vontadc do principe (litcralmcnte: o que agradou.
34 PRONOMES
ao princ-ipe) tern vigor de lei; pela lei Regla, que foi promulgada a resyeito
do sous poderes, o povo Ihc conbedeu, o estabeleceu nolle, todo o sou imperio
e poder. Tudoaquillo que, portanto, o imiperador constituio por epistola, ou, co-
nliccendo, decretou, ou preceituou em edicto, torn o valor d-o lei.
Estas decisoes dos principes sdo chanuidus constituiQoes , Destas algumas
sdo pessoacs, as quaes nuo so aprescntam para examplo, pois o princtpe assim
nao o quiz; pois, si cite pcrdoou a algucm pelo scu mcrtto, oil si applicou uma
pena, ou si auxiliov, sem cxemplo, nao passa da pessou: Has, as outras consti-
tuicoes, cjmo sdo geraes, obrigam a todos, sem duvida.
g 7. Tambem os edict os dos pretores nao tern pcqxLOna autoridadc em direi-
to. Costautamos chamar a cste direito, honorario, porquc aquelle que term as
honras 'cargos publicos), isto e, os magistracies, Ihc deram autorklade. Os
cdi-s eurucs tambem propunham cd.ictos sobre certos assunfytos, e esses fa-
zem parte do direito honora-rio.
7) Alius, a-liu'., uliiul, outro. Gen. alius. Dat. alii. Declina-se corno units,
una, unum.
S) Alter, altera alteram, outro. Gen. alterius. Dat. alteri. Deoiina-se
como urtus.
9) Aliquot, alguns. E' indeclinavel, e s6 se usa acompanhado do substan-
livo plural: aliquot homines', alguns horrvens.
19) Xenio, mngiiem.
Gen. neminis. Dat. nemiini. Xao tem genitivo, -nem ablaiivo, em login- dos
qua^s servem o genitivo o o ablativo de nullus, nullius, nullo.
— iXemo igiti'.r ad Vitus maris aceedcre prohibctur, dum tamen villis ct
atonuiHcnlis el uedificiis abstinent; quia non sunt juris gentium, sicut ct ma-
rc. (Inst, dc div. rcr. § 1).
NiXGUEM, portanto, estd prohibido de chegar-sc d praia do mar, enmianto
que se abstenha (dc tocar) nas villas, monument'os c edificios ; pois, nao sdo
de direito das gentes, como o ma(r.
— Nullius autem sunt res sa<:rac et religiosae ct sanctae ; quod enim divini
juris est, id nullius in bonis est. (Inst. loc. cit. § 7.)
— Dl nixguem sdo as cousas sayradas, rcligiosas e santas; pois o que
e" de direito divino, nao cstd cntre os bens dc nir.gucm.
11) Kihil, ou nil, nada. E' indeclinayel. e se emprega corns substantive
12) Vterquc, utraquc, utrunnquC: G'>n. ulriiisquc. Dat. uiriquc. Cada um
dos dois, ou um e outro.
TRONOIIES 35
13) Neuter, neutra, neutrmn. Gen. neutrms. Dat.
nexttri. Nenhum dos dois.
14) Quantuscunque, quaMacunquc, qiiantumcumque. Quao grand* que
seja.
No titulo das .Institutas, dc divisione rermn, se encontrarao
esomplos de
to dos os pronomes estudados.
PRONOMES COHRIEI^ATIVOS
Aprondemol-os molhor por estes exemploa :
Quot capita-, tot sontentiac. (Quantas caboQas tantas santcngas).
Quantum vini, Ian turn aquae. (Tanlo <le vinho quanto de agua.).Qualis pater, talis films. (Tal pae, tal lilho).
Ait units, ncgat alter. (Urn affirma, outro nega).
Quints iigao
eomecemos e.sta V:gao p<ria leltura do »ma dn« mate
colpbres passaged
do Digcsto, o !•'>: 1, rfc jiwstiiio ct jure.
•Ulph.no que o escPBTCU no liv. 1 de suas Jnatiluffioc*,
resume ah,, numa
.vutbesa brilhante, o fundaments philosophic da
justlca e do lire, to, « esta-
b'eleee duas divides <Jo dLreito (em publico e privodo, e
em naturol, cla* gentes
.
e cto«). Que domirmm todo o pensamento jundico de
Noma.
A dislinccao -do direito em publico e privado, tal
como a lra C<w o scu ge-
nlo. 6 ainda hojo a base de todas as dlstinceBes
propostas.
_ Juri opermn daiurum pr-ius iwaso. oppovtct, «"«c
iu>»ic» *»»-.» descend
B.t autem a jusiilia appcllatum: nam, w t
rfc^cr Ceta,« dc,in«, i« 8 est ars
boni ct acqvA. ..
S 1 Cuius mcrilo qui* »o«
aaeerdotes.ai.pclW: jusHtton i.amflruc coUmus
ct boni ct acaui notitiain profitcmur:
««»»». o& *H«»o separates: l:cUw ab
i«fc««m dtocer,.c»ic8 : bonos «o» solum ,»£*.< ,««««„,
*»«*» P ,-ac,mo-
rltw „ It0 ,/IMS os/ior^o,* c/^o-e eupientes: vera;,
<».*. /«"or) ^op/uam,
«o»i sim«!rttffni, affeclaiitcs.
S 2 iHyVs St«*!« duae 6-«»t posi^oucs : publicum ct privatum.
Publicum pes
est quod ml statum rci romance spectat. Privatum q.Cod ad
singulorum utMa-
tcm- mt cirfm auacdam publico uUlia, qv.aed.am privatim. Publicum ]U* ,n
sacrte to sacerdotibus, in magistrate consislit. Privatum jus
tripcrMum est:
collcctum ctenim est ex naturalibus pracccptis, aut gentium,
aut cwiUbus.
% 3 Jus naturalc est quod ndlura omnia animalia,
decuit, nam jus islud non
humam generis proprium. scd omnium cmimalium quae in terra, quae
in marl,
natcuntur: avium quoque commune est. IJin,: descendit ma^is
atquo fcminac con-
junct, quam nos matrimonii appellamus: hine Hberorum
procreaho, tone
cducalio: videmus ctenim cactera quoque animalia, feras efiam,
fetus jkw pe-
ritia censcri.
§ 4 Jus gentium est quo gentes humanae
utuntur: quod a naturali rece-
des, facile intelligerc licet; quia illud omni&us
animalibus, hoc soils hormm-
bus inter sc commune est.
38 DIREITO E A JUSTICA
—
•
A qucm ton tie estudar o direito, convim, dcsde logo, saber dondc pro-
vem o nome diiieito (jus). E' assim chamado de justitia, p'ois, como ecua-ota-
mentc o define Celso, o direito c a arte do bom e do cquitativo.
§ 1 . Por isso, alguem nos podc chamar saccrdotes, pois cultivamos a jus-
tica, e professamos o conhecimanto do bom e do equitatwo, separando o justo
do injusto; disccmindo o Uclto do illicito,.c desejando tornar os homens bans,
ndo so pelo medo d<i& penas, mas tambem pelo attractivo dt/s prcmios, e ahne-
jando, arden toxemic, (st me ndo cngano)
:
a vcrdadeira, ndo a, apparcnlc, phi-
losophic.
§ 2. Dois sdo os aspectos deste csludo : o publico e o privado. Direito publico
6 o que conccrnc o cstado (o govemo) da republica romana. Privado c o que
conccrnc a utilidadc dos particularcs, pots alguma-s cousas ha titsis, publicamen-
te, e ou/tras, privado mentc. direito p>ublico comprehendc as cousas sagradas, dos
saccrdotes, c dos magistrados. O direito privado e tripartido, poi-s sc compoc
dc prcccitos naluracs, das gentcs c civis.
§ 3. O direito natural 6 o que a naturcsa cushion a todos os animacs, pois
cste direito ndo e propria do gencro humano, mas (e proprio) dc todos os aui-
maes, que nasccm na terra e no mar; e tambem coniinuni as aves. Dahi pM-
vem a unido do macho c da femca, que nos chamanws malrimowio ; dahi a
proa-cacao dos filhos ; dahi a educagdo: vemos, na verdadc, tambem os outros
animacs, c mesmo as feras, se govcrnarcm por esse direito.
§ -1. O direito das gentes a o dc que as gentcs humanas usam, c facilmente
sc comprehendc como sc diffcrencia do direito natural, pois aqu-cllc a commum a
todos os aniruacs, c cste somente aos hoynens.
Si houvessemos do estudar linguisticamento: este fragmenito, rauita cousa
intcressante teriamos a dizer. Salientaremos somente a extranha conslrucgao juri
opera daluriuu (que «igaifica, ao pe da Ietra. quern vti'-c dar obra ao direito),
e que traduzimos ft qucm ton dc estudar o direito, e tarrvbem a erronea refe-
renda que fazem as •ultimas palavras do texto ao direito natural e ao das
gentes.
Illud (aquelle) so refere a jus gentium, quando se devcria reforir a jus
naturalc, que e a palavra mais dislante ; hoc (cste) se refere a jus gentium,
quando se deveria referir a jus naturalc, por ser mais proximo.
A traducQao literal scria pois a sesuintc:
§ '1. O direito das gentcs e o dc que todas as gentcs usam, c facilmente se
comprehendc como sc diffcrencia do direito natural, pois aquelle (isto 6, o direito
das gentcs), c commum a todos os uniynaes, e cste (isto c, o direito natural),
c somente commum uos homens.
m
pe:
THEORIA DOS ADVERBIOS 39
E' de.toda a evidencia que houve aqui >erro de copista, ou simples inad-
vertencia do jur.isconsulto.
Estudemos os adverbios:
1. De tempo. — Atandam oe derivados de dies (o dia) : Hodie (hoc die -~
este dia) fcoje; pr'ulie, a vespera; postridie, o dia .seguinte; perendie, depo:s~
d'amanha,; quotidie ou cotidic, lodos os dias ; diu, de dia, por muito tempo;
inlcrdiu, durante o dia; quandiu, por quanto tempo; tataViu, por tanto tempo;
diutine, por muito tempo ; perdudum-, ha muito t^mpo.
Existem owiros adverbios <fe di-fflerentcjs orig'ens: eras (amanha), heri
(hontem), saepe, frequentemente ; nuper, recentemenfee; nunquam, nunca; j)Os-
tea ou delude, .ctepois, em seguida ; jam, ja; nunc, agora; turn- ou tunc, entao-
I. De intekrogaqao. — Cur ou quamobrem t, porque? Quarei, Quomoda,
Como 1 An, ou amnc, ou nam, porventura?.
3. De affirmaca.o. — Etiam, tambem ; ita, assim ; certc, ou sane, ou pro-
jecto, certamente
;
quidem, ou equidem, na verdade ; scilicet, a saber ; ergo,
portanto; enUn, ou etenim, na verdade.
4. De negaqao. — Non ou hand, nao; minus, nao; minime, de modo algum.
• o. De duvida. — Forsan, ou forsitan, ou fortasse, talvez. Forte tem sen-
tido muito diverso : significa por acaso.
6. De conform wade. — Ita, assim ; tanquam! ou quasi, como; quemadmo-
dum. (quern ad modiutt), do mesmo modo que; ut, ou sic, ou sicut, ou ve-
lut, como.
A* expressoes quasi-cofitractus, quasi-scrvitits, quasi-usufructus, quasi-dcUc-
tu$, significam relacoes juridicas semelhanles ao controcto, a servidao, ao
usufructo, e ao delicto.
7. De uniao. — Simul, ou una, juntamente. Paritcr, igualmente.
8. De divisao. — Alitcr, ou alias, alias.
9. De DEMONSTRAci-io. — En, ou eece, eis.
10. De desbjo. — Utinam, oxala
!
11. De exhoktacao. — Eia, ou age, ou arjedum ! Eia ! coragem !
12. De iiodo. •— Doote, sabiamente; fortiter, valentemente ; cito, rapida-
mente. Ta-es adverbios se formam dos adjectivos quallficativos correspondentes
doctus, fortis, citus, fi sao innumeraveis, podendo-se dizer que de todo adjecti-
vo qualificativo 6 possivel formar am adVerbio.
A conheeida phrase Cito moritur s* tiaduz : Morrc-se depressa.
13. De .qUANTWADK. — Parum, pouco; paulum on pauiulum, um poueo
;
multun\ rnrto ; scitAS. bastante ; nimis, demasiaao.
14. DB logar. — A pud, junto a; ub', onde ; ibi, lfi; nusquam, nenhures
(em nenhuma parte); alictibi, algure3 ; obviam, em frente ; pone, atraz ; prope,
perto ; longe, longe ; procul, ao longe.
to
am
atn
'1
Sexta Iigao
Existem em latim quatro conjugagoes, as quaes nfio apresentam, entre-
tanto, difficuldades. Balsta conheoer-lhes o mecanismo para se lhes enttnder facil-
mente o sentido.
O qua vamos fazer aqui e o estado do mecanismo
.das conjugagoes. O es-
tudioso deve evitar, o mais possivel, decorar as i6rmas. O meio de aprendel-as
consiste em comparal-as com as portuguezas.
O estudo, orientado assim para o raciocinio, fructifica em resultados du-
radouros,como producto da elaboragao, da observagao e do raciocinio.
As terminagoes das formas verbaes possuem a maxima importancia, pois
variam, com as .possoas. os -modes, e os tempos. Quern diz, por exemplo, amavi
(amei) eignifica, do mesmo .passo, a pessoa, o modo e o tempo.
Em serai, os latinos supprimem o pronome antes do verbo — o que difficulta,
ao primeiro aspecto, a comprehensao da lingua. Da-lhe, porem, em compensagao'
mais amplitude, mais harmonia, e mais sobriedade.
As quatro conjugagoes se distinguem pela primeira e segunda pessoa do
singular do presents do indioativo, e pelo infinito.
Assim, a primeira conjugagao faz amo (eu amo), amas (tu amas), e amo-
ve (amar)
.
A segunda conjugagao: monco (eu admoesto), mones (tu admoestas),
moncre (admoestar).
A terceira conjugagao: lego (eu leio), legis (tu 15s), o legere (ler).
A quarta conjugagao: audio (eu ougo), aiidis (tu ouves), e audire (ouvlr).
Os diccionarios dao, para cada verbo, estas tres f6rmas, e mais o perfcl-
to e o supino
;
ou, simplesmente, o infinito, o perfeito e o supino.
N
Assim, no verbo amare, se encontrari.: amo (eu amo), amas (tu amas)
amavi (eu amei), amatum (amado), amare (amar), ou, .simplesmente: amar?
amavi, amatum.
44 O VERBO "SUM"
No verbo monere: moneo, monxv, mlonitum, non&re, ou, eimplesmente : monere,
monui, monltum.
No verbo legerc : lego, legis, legi,
t
lactam, legere, ou, simp'.esmente, lege-
re, logi, Uotxim.
No verbo audirc : audio, audis, atidivi, auditum, audirc, ou, simplesmente,
audire, audivi, auditum.
Ha duas vozes, activa e passiva: amo (eu amo), § voz actlva ; amor («u
sou amado), 6 voz passiva.
Existem em .portuguez trc-s auxiliares : scr, ter, e haver. Em latim ha ape-
iias um : esse, ser.
Comecemos por este -ultimo:
Sum, eu soit.
Es, tu cs.
Est, elle i.
Sumus, nos somos.
Estis, vos sois.
Sunt, cllcs sao.
Assim, disse Pomponio ho ir >". 11, dc rcgulis juris: Id quod nostrum est,
sine facto nostro ad alium. transferri non potest.
— Aqv.illo que 6 nosso, ndo podc, sem facto nosso, transferir-se a outro.
E Gaio, no Pr. 1, de his qui sui vel alieui juris sunt (dos que eao sv.i juris
ou alieni juris) :
— De jure person arum alia divisio scquitur quod quacdam pcrsonae sui ju-
ris sunt, quacdam alicno juri subjectae sunt. Videa-mil s itaquc de his, quae
alicno juri subjvctao sunt; nam si cognovcrimus quae istiw personae sunt,
slmul intelV.gcm.us quae sui juris sunt; dispiciamus Uaque de his, quae in alie-
ua poteslate sunt.
— Seguc-sc outra divisao das pessoas, pois ccrtas pessoas sao sui juris (lite-
ralmente: dc scu propria dircito), outras sujeitas ao direito allicio. Tratemos,
portanto, daquellas que sao sujeitas ao direito allicio ; porquc, si couheccrmos
quaes sao cstas pessoas, siviullancamcnte cv.toidercmos quaes sao as sui juris.
Tejamos, portanto (a respeito) daquellas que sc acham sob o -podcr allicio.
O VERBO "SUM" . . . *5
IMPERFEITO DO ECDICATIVO
EttAMj cu era.
Eras, tit. eras.
Ekat, die era.
Eramus, nos eramos.
Eratis, vos creis.
feANT, ellcs cram..
FUTURO BO INDICATIVO
Ero, serci.
Eris, scrds.
Erit, sera.
fiuiius, scremos.
fcims, scrcis.
Ekunt, serao.
E' de notar-se que o presente, e o imperfoito do indicative!, em portugucz,
piovem do presente, e do imperfeito do indicativo, latinos. N2o acontec.e o mesmo
com o futuro do indicativo, onde as f6rmas latinas so perderam, dando logar a
f6rmas compostas do verbo haver: serci — ser lici; scrcis — ser has; sera —
ser ha; scremos — ser hemos; scrcis — ser heis; serao — ser hao.
PERFEITO DO INDICATIVO
Fui, eu, fid.
Fuisti, ta foste.
Puit, elle for.
Pl'imbs, nos fomos.
Fuistis, vos fostcs.
Fuerunt on fuere, ellcs joram.
MAIS QUE RERFEITO DO INDICATIVO
FOeram, en Jura ou tinha sido.
FtiERAS, in faras.
FCerat, cUc fora.
PDDP..iMUs, nos foramos.
FuerAtis, vos foreis.
FOehant, eUcs forum.
O mais 'que perfeito fi composto do perfeito e do imperfoito do indicativo
4G O VEBBO "SUM"
; i
FUTURO BERFEITO DO INDICATIVO
Fuero, cu terei sido.
Fueris, t« terds sido.
FtrERiT, ellc tera sido.
FuiSrimus, nos teremos nido.
FuiSritis, vds tereis sido.
Fuerint, dies tcrdo sido.
O futuro perfeito 6 composto do perfeito e do futuro do indicative
FUTGRO DO SUBJUNCTIVO
Sim, cu scja.
Sis, tu eejas.
S(t, die seja.
Sim us, 116s sejamos.
S1T13, vds sejais.
Sint, elles sejam.
IMPERFBITO DO SUBJUNCTIVO
Essejm ou forem, cu fosse ou ssriai
Esses ou fores, tu fosse,-) ou serial.
Esset ou foret, die fosse ou seria.
EssiSmus, nos fossemos ou scriamos.
EssiLtis, vds fosscis ou sericis
Essent ou fohbnt, elles fosscm ou scriam.
BBRiPEITO DO SUBJUNCTIVO
FUEitiM, cu tcnlta sido.
FOeris, tu tonkas sido.
Fuerit, cllc tenha sido.
FuiSrimus, nos tenhamos sido.
FuiSritis, vds tenhais sido.
Fuerixt, dies tenham sido.
COMPOSTOS DE "SUM' 47
MAIS QUE PERFEITO DO SUBJUNCTIVO
Fuissbii, cv. tivesse ou teria sido.
Puisses, tu tivesses sido.
Fuisset, elle tivesse sido. .
Futssftiius, nos tivessemos sido.
Fuissetis, vos tivesycis sido.
Fl'issext, dies tivessem sido.
IMPERAT1VO
Es ou esto, se tu.
Esto, seja tile.
ESTE OU ESTOTE, Scde VOS.
Sunto, sejant elles.
INFINITIVO
Presente : esse, see.
Perfeito : fuisse, ter sido.
Futuro : fore, deva- scr.
PARTICIPIO
Presente: e-ns, gen. eNtis (usado somente no baixo latim e na Idade MSdia).
Futuro : futurus, futura, fhturum, o que ha de ser.
O verbo sum tern multos compostos, que como elle se conjugam:
Absum, ab-es, ab-fui, a-b-essc, estar ausente.
Adsum, ad-es, ad-fui, ad-essc, estar presente.
De-sum, de-cs, de-fui, dc-esse, faltar.
lnsum, in-es (sera perfeito) ; in esse, estar dentro.
Subsum, sub-es (sem perfeito) ; sub-cssc, -estar em baixo.
O verbo prosum e tambem composto de sum, mas, por euphonia, accrescen-
ta um d, em todais as furma-s de esse que comeeam por vogal : prod-es, pro-fui,
prod-ero, prod-essc.
O imais usado dos verbos compostos de sum e possum (por potis sum) eu
posso. Conjuga-se como sum, mas com •poquenas differenqas
:
: !
48 O VERBO "POSSUM"
INDICATIVO
Fresente: Possum, potcs, potest, pdssumus, potest^, possunt.
Impbrfeito: Potcram, potcras, poterat, poterdmits, poterdtis, poterant.
Puturo: potcro, pola-is, potent, poterimus, poteHtis, poterunt.
Perpeito: Polui, pohusti, potuit, potdimus, potuistis, potuerunt ou potuere
Mais que t-erfeito: Potueram, potveys, pot&erat, potx^crdmus, potnerdtis
VQtuerant. '
Puturo anterior: Potucro, potueris, potent, potuirimus, potucritis, polue-
rint.
SUB.IU:N.CTIVO
Presents: Posslm, possis, possit, pdssim'us, possitis, pdssint.
Imperfeito: Posscm, posses, posset, posscmus, possetis, possent.
Perfeito: Potuerim, potueris, polucrlt, potuerimus, potuiritis, potiierint.
Mais que perfeito: Potuissem, potuisses, potuisset, potuissemus, poluissetis,
potuisscnt.
IXFINITIVO
Presente : Posse.
Perfeito: Potv.issc.
Paulo, no Fr. 208, de rcgulis jurcs, onsina:
Hon potest vidcrl desiisse habere, qui iiv.nquam habuit.
— Xuo so podc, considerar to- perdido, quern mmea love.
E Ulpiano, no Fr. 104, do mesmo titulo :
Absentia ejus qui reipubUeae causa abest, neaue ci neque alii danmosa
esse,- debet.
-
A av.scmcM daqneUc, qua se uusvnta por causa <la RcpvMica, nem a ella,
ncm a on tram, deve scr damnosa.
E o mtimo Ulpiano, no Fr. 102, do mesmo titulo:
Ejus est actionem delegare, qui possit ct dare.
— Podc dencrjar a accdo, qxcm pode concedel-a.
(Literaimente: o deneuar a accao 6 daquelle que p6de tambem concedel-a).
.1.
Setima Ii£ao
Verbo activo amo, eu amo.
PRESENTE DO IND1CAT-IVO
Ali-o, eu cnrw.
Ah-as, tv. amas.
Am-at, ellc ama.
Aji-ajius, nos amamos.
Aiu-Atis, vos amais.
Am-ant, clles amain.
IMPERFEiTO DO INDICATIVO
Aii-Abam, cu ama I'd.
A*-Abas, tu amavas.Au-,iSAT, eHc ai?rara.
Am-abAmus, nos amavamos.
Am-abatis, ^(Js amavcis.
Am-abant, el/es nmaram.
PERPBITO DO INDICATIVO
Am-avt, cu amcl.
Axi-AVfsTij /« amastc.
AM-AVIT, CHC, (OllOlt.
Am-Avimus, )ids aindiiios.
Am-avIstis, vos amastcs.
Air-AVfciuNT ou am-aviSre, dies nmarnm.
TT
1
50 O VERBO "AMO*
MAiIS QUE IPERFEITO DO INDICATIVO
/
Am-avehaMj tinha amado ou amara.
Am-Avera3j tu tinhas amado.
Am-avekat, elle tinha amado.
Am-averajius, nos tiwhamos amado.
Am-averatis, vos tinheis amado.
Am-avekakt, elles tinliam amado.
FUTURO BO INDICATIVO
Am-abo, eu amarei.
Am-abis, tu amards.
Am-abit, elle amara.
Asi-abimus, nos a»N*reroo«.
Am-abitis, vos amarets.
Am-abckt, elles amardo.
FUTURO PASSADO
Ali-avero, cu tcrei amado.
IAm-avekis, tu tcrds amado.
Am-averit, elle tci'd amado.
Au-aviSrimus, nos tcremos amado.
Am-avkritis, vos tereis amado.
Am-averint, elles terdo amado.
MPERATIVO
Am-a ou am-ato, ama tu.
Am-ato, qua] elle ame.
Am-emus, amemos.
j
Am-ate ou am-atote, amtai.
Am-anto, que elles amem.
PRESENTS DO SUBJUNCTIVQ
Am-em, eu »i«e.
Aji-es, tu ames.
Aii-et, elle ame.
Am-emus, nos amemos.
Am-etis, vos omeis.
Am-ect elles amem.
O VERBO "AMO" 51
JMPERPE1TO DO SUBJUNCTIVO
Am-areh, eu umasse ou amaria.
Am-ares, tu amasses.
Am-aret, elle a7nasse.
AM-ARfiiius, nos ,amassi-mos.
Am-aretis, vos amasseis.
Am-arent elles amassem.
PERFEITO DO SUBJUXCTIVO
Am-ayerim, eu tenha amado.
Am-averis, tu tenhas amado.
Am-averit, elle tenha amado.
Am-averimus, nds tenhamos amado.
sAm-averitis, v6s tenhaes amado.
Am-averint, elles laiham. amado.
MAIS QUE PERlPEITO DO SUBJUNCTIVO
Am-avissem, eu tivesse amado.
Am-avisses, tu tivesses amado.
Ait-avisset, elle. tivesse amado.
Am-avissemus, nos tivessemos amado.
Am-avissetis, lids tivesseis amado.
Am-avIssent, elles tivesxcm amado.
INlPBNITIVO PRESENTE
Am-arb, amor.
INFI'NITIVK) PERFEITO
Am-avissb ter amado.
PARTICJPIO PRESENTE
Am-ans, intis, so declina como anions, amanlis, amaiite.
a
*T
52 THEORIA DAS CONJUGAC0133
PARTICIPIO DO FUTURO
Am-atOrus, ajt-atOra, am-atOiium, havendo do amar.
Declina-se como bonus, bona, bomim.
SUPINO
Am-atuji, para amar.
OBItU^DIO
Am-andi, dc amar.
Aii-andOj amando.
{ad) Ah-andum, a amar ou para amar.
O participio do prosep.te e o participio do futuro sao Cormas mrio verbaes, 9
meio nomirtaes, feto 0, tanto participam 'da naturcza <lo verbo, como da do adjecti-
vo : sao verbos quanto a. sigmficagao, e sao adjectivos quanto a forma a decll-
nagao.
iO suflino e accusativo do um substantivo verbal dosusado, auatus, que
so decHna pola quarto, declinaguo. O aceusntiv.o amatum serve para o activo. O
ablativo amatu (para scr aniado), serve para o passivo.
Inn oratum qucr dizer ir orar (de 01:0, orare, orar). Digmus jiehoratu, quer
dizer, digno de scr coiiimemorado (de jiemoro, memorare, commsmorar)
.
Estudemos, agora, a& tres outras conjugagoes comparativamente. Basta
considerar os seguint&s quadros synoptieos paira ver que todos 03 verbos so
estond»m polo mesmo padrao, com pequenas moditicagoeri. E' interessante notar
que a formagao dos modos e dos tempos obodece a um systcma tao simples,
quanlo imiiorme.
PRESENTS DO INODIOATIV-0
2» Conjugagao 3 1* IConjugagao i* Cenjugagao
EU ADMOESTO EtI OUOO
M6n-eo
Mon-cs
Uon-ct
Mon-cmus
Mon-etis
M6ih-ent
Lcg-o
Leg-is
Leg-it
Leg-imus
Lcg-itis
Leg-uvt
A ud-io
Av.d-is
Av.d-it
Aitd-imi'.s
Aud-itis
kud-iunt
THEORIA DAS CONJUGACOES
IMPERPEITO DO IMDIOATIVO
EU AD1I0ESTAVA
Mon-ebam
Mon-ebas
Mon-ebat
ilon-ebamiis
Mon-abutis
ilon-ebant
Leg-eb<>M
Log-cbas
Lcg-ebat
Leg-ebdmus
Leg-cbdti.i
Leg-chant
Aud-icbam
Aud-i'ebas
Aud-iebat
Aud-icbdmus
Aud-iebdtis
Av.d-iibant
PERPEITO DO JXDLOATIVO
MI ADMOESTEI
Mdn-ui
Moiruisti
M6ii-uit
Mon-t'iinum
Mon-uistis
Mon-uerunt ou mon-ucre
Leg-i
Leg-isti
Leg-it
Lcg-inius
Leg-istia
Leg-erunt ou leg-ire
EU ouvi
Av.d-ivi ou. aud-ii
Av.d-ivisti ou aud-isti
Aud-ivit ou aud-iit
Aud-vvimus ou aud-iimua
Aud-ivistia ou aud-iisti's
Aud-iverunt ou aud-ivere
ou aud-iere
iMAES QUE PERPEITO IDO I.VDIOATIVO
EU TIN'HA ADMOESTADO
Mon-v.cram
Mon-ueras
ilon-iierat
Mon-uerdmus
Mon-uerdtis
Mon-uerant
EU TIN'HA LIDO
Leg-cram
Leg-eras
Leg-era t
Leg-erdmus
Leg-crdtis
Leg-crant
EU TINHA OIIVIDO
Aud-icram
Av.d-icras
Aud-icrat
Aud-itrdmus
Aud-ierdtis
Aud-ierant
'PUTURO DO IiVDIOATIVO
HU AD1IOESTAREI EU LEKEI EU OUVIREI
Aud-iam
Mon-ebis
Mon-ebit
Mon-ebimua
Mon-dbitis
Aud-icnt
Legam
Lcg-es
Lcg-ct
Leg-emus
Lcg-eiis
Leg-en t
AV.d-ient
Aud-ies
Aud-ict
Aud-iemus
AvAl-ieti8
And-iani
54 TH1D0RIA DAS CONJUGATES
PUTURO FBRIFEITO DO INDICATIVO
EU TEREI ADMOESTADO
Mon-iiero
;
ilon-ueris
ilon-u-erlt
',
Mon-uerimus
i. .
I
i
Mon-ueritis
Mon-uerint
EU TEREI LIDO
Leg-cro
Leg-eris
Leg-crit
Leg-erimus
Lcg-eritls
Leg-crint
EU TEREI OUVIDO
Aud-ivcro ou oud-iero
Aud-iveris ou aud-ieris
Aud-iverit ou ad~ierit
Aud-iverim.ua ou aud-ii-
rimus
Aud-iveritis ou aud-ieritis
Aud-ivcrint ou aud-icrint
IMPE/RATEVO
ADMOESTA
Mon-e ou mon-eto
Mon-eto
Mon-etc ou mon-etote
Mon-ento
EU ADMOESTB
Mon-eam
Mdn-cas
M6n-eat
Mon-edmus
Mon-edtis
M6n-eant
LI5
Lcg-c ou Ug-ito
Leg-ito
Leg-i'tc ou leg-itote
Leg-unto
ouve
Audi ou aud-ito:
Aud-ito
Aud-itc ou aud-itite
Aud-iunto
TIRiESENTE DO SUBJUNCTIVO
EU ouca
Leg-am
Leg-as
Leg-at
Leg-dmns
Leg-dtis
Leg-ant
Aud-iam
Aiid-ias
Aud-iat
Aud-idmus
Aud-id-tis
Aitil-iant
IMPEBFTBITO DO SUBJUNCTrVO
EU ADMOESTASSE
Mon-erem
Mon-eres
Mon-iret
Mon-eremus
ifon-eretis
Mon-erent
EU LESSE EU OUTISSE
Lig-eret
Lig-eres
Lcg-crcmna
Leg-eretis
L6g-erent
UIO.IO-03'J
Aud-irem
Aud-ircs
Aud-lrtt
Aud-irdm-us
Aud-iretis
Av.d-lrcnt
THEOR'IA DAS CONJUGACoES
PERFEITO I>0 SUiBJ'UMCTIVO
55
EU TENHA ADM0E8TADO
Mon-uerim
Alon-ieris
ilon-iicrit
Mo-n-uerimus
Mon-ueritis
Mon-ticrint
EU TEN HA LIDO
Leg-crim,
Leg-cris
Leg-erit
Leg-erimxis
Leg-eritis
Leg-erint
EU TENHA OUVIDO
Aud-ierim
Aud-ieris
Aial-icrit
Aud-ierimus
Aud-t&ritis
Aud-ierint
MAIS QUE PERFEITO DO SU'BJUNCT.IVO
EU TIVESSE OU TERIA AD-
MOESTADO
Mon-uissem
ilon-uisses
Mon-uisset
Mon-uissemus
Hon-uissetis
Mon-uissent
EU TIVESSE OU TEKIA LIDO
Iscg-isscm
Leg-isscs
Leg-tesct
Leg-issemus
Leg-issvtis
LcgAssent
EU TIVESSE OU TEIIIA OU-
VIDO
Av.d-ivissou ou aud-issem.
Aud-ivUscs ou Aud-isses
Aud-ivisset ou Aud-issct
Aud-ivisscmit^ ou
Aud-issemvs
Aud-iviss6lis ou issctis
Aud-ivissent ou Atid-issent
ADMOESTAR
iPRESENTTE DO IXF-ENFTIVO
Man-ire Lcg-cre Aud-iro
TEH ADMOESTADO TEU LIDO TER OUVIDO
Mon-u\sse Lcg-issc Aud-ivissc ou ciud-iisse
ADMOESTANDO
BARTICIPIO PRBSENTE
lion-ens, sen. mon-cnt'-s, Leg-ens, gen. legcntis, Aud-inns, gen. aud-ientis,
etc. etc. etc.
56
. .
DEVENDO ADMOHSTAR
Mon-iturus, a, urn
LBIS B CONSTITUICoES
PAiRTIOIPPO iFUTUEO
DEVENDO LER
Lcc-turus, a, um
StTPINO
DEVENDO OUVIR
Aud-iturus, a, um
A ADHOESTAH
JtlOn-itum
A IJ5R
Jjcc-tum
GOERLTNiDrO
Aud-itum
DD ADMOESTAR -— AD"
J10ESTANDO PARA DE I,ER — LENDO
ADMOESTAR LER
Mon-enAi Leg-endi
Mon-endo Lcg-endo
(ad) Mon-endv.rn (ad) Lcg.cndum
DE OUVIR OUVIN'DO
PARA OUVIR
Aud-ieud'i
Aud-icndo
(ad) A\xd-iendum
Hodestix'o, no Fr. 7, do legions, ensina que os effeitos da lei sao impcrar,
vedo/r, pcnniltir, punir:
Lcgis virtus liado est: imperare, vetarc, permitlcre, pitnirc.
Os verbos impbrare e vetare pertoncKm & primoira conjugaejao,c se conju-
gam como aiiare. Permitterb 6 da tcrceira, c se conjuga como legeee. Puxire
6 da iciuarta, e se conjuga como audire.
INesta sentenc.a de Ulpiaxo l>.a tees verbos da tcrceira conjugayao : vi'veke
(vi-Aer), LAftDERE (lesar, offender), tribuere (attribuir, dar) :
— Juris praceepta sunt liaco : lionestc vivcre, aUeruiu non Icadcre, sumn
cnique, tribuere.
— Os preeeitos do dirc-ito sdo : viver Jionesiam-cntc, nuo offender a outrem,
dar a cada v,m o que e sen.
As Institutas, expondo as fontes do direito, (lao as se.sruinles noi;Gos :
Lex est quod populus romanus saw tore magisiratit intcrrogi.ntc, -vduti
consulc, constituf.bat. Plobi soitum est quod plebs, plcbcio magistroAu intcrro-
gante, vcluti tribv.no, constitueeat. 1'lcbs autem a populo eo difkert, quo spe-
cies a gencrc : nam appcUalione populi v.ni-urrsi eives significantur, eonnumenttis
LBIS E CONSTITUICOBS 57
etiam patriciis et senatm-lbas : plebis aiUem appellations sine- patriciis et sena-
toribus cetere elves significatur. Seel et i>lcbis scita, lege Hortensia lata, non,
minus valere, qv.am lecjes coeperunt. (Hist. § 4, do jure naturali, gentium tis
civili).
Senatus consultum est quod, sena-tus jubet alquc constituit. Nam cam
auctus est p'opulus romanus is eum modum, ul difficile sit in unum cum convo-
carc, legis sanciendac cav.ua, aequum visum est senatum vice populi consuli.
(Inst. § 5, loc cit.) .
Sod et quod principi placuit, legis habet vigorcm, cam lege, regie,, quae do
impcrio ejus lata est, populus ei et in .earn, omne suum imperiu.m et potes-
tatcm concessit. Quodcumquc iai-tur Impcrator per epistulam constituit vcl
COGNOSCBXS DECREVIT VCl CdlctO PRAECEPIT, legem ESSE CONSTAT: hUC'C SUNT qUttC
constitution.es appeli.axtur. (Inst. § 6, loc. cit.)
Asshn o traduzimos Gm nossas "Institutas do Imperador Justiniano" :
Lei £ o que o povo romano constituia, sob iniciativa de um ma-
gistrado) senador, on, <lc um consul Plcsbicito E o que a plebc co.x-
stituia, sob iniciativa dc um magistrado plcbeu, on, de um tribuno.
A" plebo differk do povo, co mo a. espficie do genero. Com o nome
dc povo sc ixdicaai todos os cidaddos, comiircheiididos tambcm os pa-
trlvios G os scnadores; com- o nvmc dc plebc, sc indicam os oiUros cida-
ddos, sem os patricios e os sctiadores. Porem, depois de pro:,hjlgada a
Lei Hortcncia, os plesbicitos comeoaf.aii a ter o mesmo valor que as lets.
Scnatusconsulto B o que o scnado iiaNda e constitue. Como tivesse
augmentado o povo romano, dc lal mode que sc tornou tlifficil cokvo-
cae-o para sanccionaR Ids, pareoeu justo coNSULTAit-SE o scnado em
logar do povo.
Porem, tambcm a vontadc do principe teji vigor dc Icij pela Lei
Rcgia, que, foi promulgada a respcito de sens poderes, o povo Ihc con-
ceded c estabeleceu ncltc, todo o sea impcrio e poder. Tudo aquillo
que. portanlo, o Imperador constituio por cpislola, on con'hecendo
decretou, ou preceituou em edicto, tem o valor de lei: Estas decisocs
dos principes sao chamadas constiluieoes.
Oitava ligao
Aprendidas as conjugates dos verbos activos, nada mais facil do que a
dos passivos.
Bastara notar que 03 tempos simples se formam dos tempos
corresponden-
tes da voz activa, accrescentando r aos terminadcs em o:
amo, amor; ama-
bo, aiwabor.
Os tempos compostos (porfeito, mais que perfeito, e future
perfeito), de
todos o, modes, se formam com o verbo sum, e se comprehendem a
primeira
vista: amatus sum — cu tenho sido amado ; avuitus ero — ev.
teroi side amado.
Eis as qua.tro conjugacoes comparativamente
:
PR-KSBNTE DO INDICATIVO
1» conjugal 2» eonjugar/io 3> conjugacdo 4« conjugacdo
EU SOU AMADO EU SOU ADMOKSTADO EU SOU LIDO
EU SOU OUVIDO
Am-or
Am-dris ou are
Am-atur
Am-dmur
Am-dm'mi
Am-dntur
Mon-cor
Mon-cris ou ero
Mon-etur
lUon-emur
Mon-cmini
HoH-entur
Leo-or
heg-cris ou ere
Lea-itur
Leg-imur
Lcg-hmni
Leg-untur
EVIBERETBITO DO INDICATIVO
EU ERA AMADO EU ERA ADMOESTADO EU ERA LIDO
And-ior
Aud-ircs ou ire
Aud-itnr
Aud-iiivur
Aud-imiwi
Aud-iuntur
EU ERA OUVIDO
Am-dbar
Am-abdris ou are
Am-abatur
Am-abdmur
Am-abdminl
Am-obdntur
Uon-ebar
Mon-ebdris ou arc
Uon-cbdtur
tron-ebdmur
Mon-cbdmini
Moii-ebdntur
Lcg-cbar
Lcg-ebdris ou are
Lcg-ebdtur
Leg-cbdmur
Lcg-cbdmini
Leg-cbdntur
Aud-iebar
Aud-iebdris ou are
Aud-iebdtur
Aiid-iebdmur
Aud-iebdmini
Aud-iebdntur
60 VERBOS SPASSIVOS
BERF1EITO DO INDICATIVO
EU FUI AHADO Ed FUI AD1IOESTAD0 EU FUI LIDO EU FUI OUVIDO
amatus sum ou munitus sion on Idptus pvjn on auditus sum on
/'» /i" fui fui
amatus cs ou fuisti, m.6n$tus cs ou lectus cs ou fuisti, auditus cs ou fuisti,
etc. fuisti etc. etc. etc.
MAiIS QUE PERFEITO DO IN'DICATIVO
EU FORA OU TINHA EU FORA OU TINHA EU FORA OU TINHA EU FORA OU TINHA
SIDO AMADO SIDO ADMOESTADO SIDO LIDO SIDO OUVIDO
Amatus er<">'- ou Monitus cram ou Lectus cram ou Auditus cram ou
filcram, etc. filcram, etc. /iiccaiii, etc. fueram, etc.
PUTURO DO INDI-CATIVO
EU SEREI AMADO EU SEKEI ADMOES- EU SEREI LIDO
TADO
Am-dbor Mon-ubor Lcg-ar
'Am-aberis ou dbcre Mon-cbcris ou cbcre Lcg-eris ou ere
Am-dbitur Mon-ebitur hcy-etur
Am-dbimur Mon-ebimur Leg-umur
Am-abimini Mon-ebimini Lcg-emini
Am- abuntur Mon-cbuntur Lcg-entur
EU SEREI OUVIDO
Aud-iar
Aud-'icris ou icre
Aud-iutur
Aud-iemur
Aud~iemini
Aud-ientur
r\
FUTURO BERFEITO
EU TEREI SIDO
AMADO
EU TEREI SIDO
AD1IOESTADO
EU' TEREI SIDO
LIDO
EU TEREI SIDO
OUVIDO
Am-atus cro ou 3t6n-itus cro ou lectus cro ou fue- Aad-ilv.s cro ou
fucro, etc. fiicro, etc. ro, etc. fucro, etc.
Sfi AMADO
Am-dre ou dtor
Am-dtor
Am-dmini
Am-antor
VERBOS PASSIVOS
IMPERATIVO
Sfi ADM.OESTADO
Mon-erc ou ctor
Hon-ctor
Mon-emini
llon-cntor
SB LIDO
Lcg-ere ou itor
Legator
Lcg-imini
kcg-imtor
61
Sfi OUVIDO
Aud-irc ou aud-
itor
Aud'itor
Aud-Unini
Aud-ivntor
PRESENTS OO SUBJUNCTIVO
^y
EU SEJA AMADO
Am-cr
Am-iris on ere
Am-ctur
Am-imwr
Avi-emvni
Am-entur
EU POSSE OU SERIA
Am-arer
Am-areris ou ere
Am-wrctur
Am-aremw
Am-ure mini
A Ki-arentiir
EU TBNHA SIOO
AMADO
Am-atus aim 01
fuerim, etc.
EU SEJA ADM.OES-
TADO
Mon -ear
Mon-cdris ou care
Mon-cdtur
Mon-edmur
Mon-cdiniiii
Mon-edntv.r
EU SEJA LIDO
heg-ar
Lcg-dris ou arc
heg-dlur
Leg-Amur
Leg-dmiiH
Leg-dntur
EU SEJA OUVIDO
Av.d-iar
Aud-idris ou idre
Aw.l-idtur
Aud-idmur
Aud-idmiixi
Av.d-idnlur
IMPBIOFIRITO DO SUBJUKCTIVO
EU FOSSE OU SEP.IA EU FOSSE OU SEUIA EU FOSSE OU
SERIA
ADMOESTADO
Mon-crer
Mon-creris ou crcre
Mon-creiur
3Ion-cremur
Slon-ercmlni
MiOn-erCniur
Leg-erer
Leg-ereris ou erere
Leg-eretur
Lcg-eremur
Leg-crcmini
Lcg-.erenl.iir
PERP1EITG DO SUBJUXCTIVO
EU TEN" HA SIDO
ADMOESTADO
Mon-itus sim o
fiicrim, etc.
EU TENHA SIDO
MOO
Lectus sim ou
fiicrim, -etc.
OUVIDO
Aud-ircr
Avd-ircris ou ircrc
Aud-iretur
Aud-iremur
Av.d-ircmini
Aud-irentv.r
EU TENHA SIDO
OUVIDO
Aud-itus sim o
fiicrim, etc.
-'.
62
i
I
VEHBOS PASSIVOS
MAIS QUE PERFBITO DO SUJ3JUKCTIVO
EU TIVESSE SIDO EU TIVESSE SIDO
AMADO ADMOESTADO
EU TIVESSE SIDO
LIDO
EU TIVESSE SIDO
OUVIDO
Am-atus essan ou ilon-itus csscm ou iec-tos „«,„» ou Aud.itus cs$Cm mfuisscm, etc. fuisscm, etc. y,te
, etc. fuisscm, etc.
INFINITIVO PRESENTS
SER AMADO
Am-ari
SER ADMOESTADO
.VoK-cVi
SER OUVIDO
Lcg-i Aud-iri
PEHFEITO DO IXFINITIVO
TER SIDO LIDO TER SIDO OUVIDO
TER SIDO AMADO TER SiDO ADMOE3
TADO
Vn-atus essc ou Mo,^l^ esse, i Lec-tus esse on Aud-itus esse ou
fuissc fuisso fuissc
EUTURO DO EyFINITIVO
fuisso
DEVEP. SER AMADO DEVER SER ADMOES-
TADO
DEVER SER LIDO DEVEP. SER OUVIDO
Am-atum

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