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Índice 
Introdução	3
1.Teste de toxicidade com a espécie de alga Pseudokirchneriella subcapitata	4
1.1.Em que consiste o Teste	4
1.1.2. A finalidade do teste	5
1.1.3. Procedimentos do teste (Princípios básicos do teste)	6
1.1.4. A resposta da manifestação do teste	7
1.1.5. Tempo de exposição em que o organismo é submetido ao teste	7
1.1.6. Vantagens e desvantagens do teste	8
Conclusão	10
Bibliografia	11
Introdução 
 O presente trabalho aborda sobre o teste de toxicidade com a espécie da algas Pseudokirchneriella subcapitata. Portanto, no desenrolar do mesmo, abordar-se-á diversos aspectos que solidificam o tema. O teste constitui um ensaio para a avaliação da toxicidade crônica de amostras de efluentes líquidos, águas continentais superficiais ou ou subterrâneas para as microalgas Pseudokirchneriella subcaptata.
 A alga P. subcapitata encontra-se geralmente em águas doces, é uma alga verde unicelular, com um único cloroplasto longo e de cor verde brilhante. Esta cor brilhante deve-se essencialmente á presença de clorofila. Esta reproduz-se assexuadamente através de auto-esporos.
Objetivos 
Geral 
· Avaliar a eficácia de teste de toxicidade com a espécie de alga Pseudokirchneriella subcapitata.
Específicos 
· Descrever o teste de toxicidade com a espécie de alga Pseudokirchneriella subcapitata e a sua finalidade;
· Identificar os princípios básicos do teste de toxicidade usando microalgas da espécie Pseudokirchneriella subcapitata;
· Explicar o tempo de exposição em que o organismo é empregue ao teste;
· Mencionar as vantagens e desvantagens que o teste de toxicidade apresenta 
1. Teste de toxicidade com a espécie de alga Pseudokirchneriella subcapitata
 “A toxicidade de uma substância a um organismo vivo pode ser considerada como a capacidade de lhe causar dano grave ou morte, sendo indispensável à interação do agente químico com o organismo (HOBOLD, 2007).” 
 “O ensaio de toxicidade aguda pode ser definido como aquele que avalia os efeitos, em geral fortes e rápidos, sofridos pelos organismos expostos ao agente químico, em curto período de tempo (ARAGÃO; ARAUJO, 2006).”
 “Testes de toxicidade aguda são experimentos de baixo custo e curta duração, que proporcionam rápidas respostas na estimativa dos efeitos tóxicos letais de produtos químicos sobre organismos aquáticos (RUBINGER, 2009).”
 Num estudo para avaliara os efeitos do cromo em organismos fitoplantonicos foram realizados ensaios ecotoxologicos crónicos em organismos−teste P. subcapitata e C. vulgaris. Os testes consistiram na exposição de células de P. subcapitata e C. vulgaris na fase exponencial de acréscimo, a uma densidade de 105 e 104 cel.mL−1, respetivamente, aos tratamentos controle e contaminado com 0,05 mg.L−1 de cromo, por um período de 96 horas.
1.1. Em que consiste o Teste 
 Teste de toxicidade por método de ensaio com algas (Chorophyceae) a Pseudokichneriella subcapitata consiste na exposição de organismos-teste a várias diluições da amostra, por um período de 96h. O efeito tóxico é determinado pela inibição do crescimento da biomassa de algas nos recipientes - teste comparado com o controle, sob as mesmas condições.
 Este teste constitui um ensaio para a avaliação da toxicidade crônica de amostras de efluentes líquidos, águas continentais superficiais ou subterrâneas para as microalgas Pseudokirchneriella subcaptata. O método permite também determinar se a amostra exerce um efeito algicida ou algistático sobre as células.
 Este teste Permite efetuar uma análise de risco, identificando os efeitos adversos, em resultado da exposição do ecossistema a um ou a mais factores de stress ambiental. Para isso, são utilizados bioindicadores, isto é, organismos que reagem a alterações ambientais, que são passíveis de serem observadas, avaliadas e medidas. Nestes testes podem ser utilizados organismos do reino protista conhecidas como alga de nome Pseudokirchneriella subcapitata.
 “A alga Pseudokirchneriella subcapitata (anteriormente designada de Selenastrum capricornutum ou mais recentemente como Raphidocelis subcapitata) pertence á Classe das Cloroficeas, uma das classes de algas verdes. Esta alga ocorre em ambientes oligotróficos e eutróficos (BLAISE E VASSEUR, 2005) apud (LUCCA, 2016) ”
 A alga P. subcapitata encontra-se geralmente em águas doces, é uma alga verde unicelular, com um único cloroplasto longo e de cor verde brilhante. Esta cor brilhante deve-se essencialmente á presença de clorofila. Esta reproduz-se assexuadamente através de auto-esporos. Outras características que tornam a alga um organismo-teste ideal, são o seu ciclo de vida curto e a facilidade de crescer em condições de toxicidade. 
 O cultivo desta alga exige certas condições ambientais de luz, oxigénio, temperatura e disponibilidade de nutrientes. Meios pobres em oxigénio, e a ausência de luz, limitam o desenvolvimento desta alga. A alga P. subcapitata é capaz de viver em meios pobres em nutrientes. O fósforo e o azoto são os principais factores limitantes do seu crescimento. A temperatura óptima para o desenvolvimento desta alga é de 24 ºC (Cerejeira et al., 2005) citado por (BASTOS, 2016) . 
 “As algas verdes e unicelulares de água doce a Pseudokirchneriella subcapitata é frequentemente utilizada em testes de toxicidade porque cresce rapidamente e sua cultura é facilmente mantida em laboratório (SHAW; CHADWICK, 1998) apud (RAGASSI, et al, 2017) ”
1.1.2. A finalidade do teste
 “ Os testes ecotoxicológicos têm vindo a ser reconhecidos como uma das formas mais eficazes na avaliação do impacte ambiental de substâncias químicas (Timbrel, 1995) apontado por (LUUCA, 2016).” 
 A utilização desses organismos como bioindicadores de agrotóxicos em ambientes aquáticos é relevante, pois as algas são produtores primários e são a base da cadeia alimentar aquática. Assim, qualquer alteração na dinâmica dessas comunidades pode afetar níveis tróficos superiores do ecossistema. 
 “Vários estudos mostraram que as algas possuem uma sensibilidade mais elevada, relativamente aos invertebrados e aos peixes, para vários tipos de efluentes tóxicos, combustíveis, tintas, herbicidas ou detergentes (GEIS et al., 2000) referido por (BASTOS, 2016)”
 A Pseudokirchneriella subcapitata é um organismo-teste, de grande importância para os ensaios ecotoxicológicos por se tratar de um produtor primário, compondo a base da cadeia alimentar. É uma alga representativa de águas doces eutróficas e oligotróficas, tendo sido demonstrada a sua sensibilidade a diversos compostos tóxicos, o que favorece o seu uso como indicador fiável de fitotoxicidade.
 “Os estudos apresentados anteriormente, realizados com a alga verde P. subcapitata, mostraram que essa alga tem um metabolismo capaz de indicar presença de metais pesados em água doce. Portanto, esta espécie pode ser considerada um excelente biomarcador da qualidade de vida aquática (VANNINI et al., 2009) apud ( REGASSI et al, 2017) ”.
 P. subcapitata é uma alga verde, unicelular, apresenta uma estrutura em forma de “C” e não têm tendência para se agregar. É uma alga imóvel e não apresenta polimorfismo, isto é, retêm a mesma forma ao longo do ciclo celular.
1.1.3. Procedimentos do teste (Princípios básicos do teste)
 O primeiro princípio básico na escolha de organismos-teste refere-se à sensibilidade: é preciso que a espécie seja sensível a uma diversidade de agentes químicos, sendo esta relativamente constante, de maneira que possibilite a obtenção de resultados precisos, garantindo, assim, boa exatidão e reprodutibilidade dos resultados.
 Portanto, torna-se necessário o conhecimento prévio da biologia da espécie, como reprodução, hábitos alimentares, fisiologia e comportamento, tanto para o cultivo quanto para a realização dos testes. Além disso,o uso de espécies de pequeno porte e ciclo de vida não muito longo se mostra ideal aos estudos ecotoxicológicos em laboratório (DOMINGUES; BERTOLETTI, 2006). 
 De acordo com RAND E PETROCELI (1985) a espécie utilizada no teste deve ser sensível e ecologicamente representativa do ambiente.
 KNIE E LOPES (2004) afirmam que os critérios mais usuais de seleção de testes ecotoxicológicos envolvem a identificação de organismos que sejam desde o ponto de vista ecossistêmico, representantes típicos dos grupos mais importantes da biocenose aquática, levando em consideração os diferentes níveis tróficos. 
 Para DOMINGUES E BERTOLETTI (2006), um princípio importante é a disponibilidade de organismos. Espécies presentes em épocas restritas e em pequeno número devem ser desconsideradas em favor daquelas abundantes e disponíveis ao longo do ano.
Os métodos de ensaio de toxicidade normalizados por entidades de padronização de ensaios são aqueles que apresentam maior difusão no meio científico, das quais se destacam a Sociedade Americana para Materiais e Testes-ASTM; o Instituto Alemão para Normalização DIN; a Agência Canadense de Meio Ambiente- Environment Canada; a Organização Internacional para Padronização – ISSO; a Organização para cooperação e desenvolvimento econômico-OECD e a Agência Americana de Proteção Ambiental-USEPA (RUBINGER, 2009). 
1.1.4. A resposta da manifestação do teste 
 O princípio do teste baseia-se na determinação do efeito no crescimento de culturas de algas expostas a uma gama de concentrações de uma dada substância. A resposta é avaliada em função da concentração do material de exposição comparativamente a uma cultura de controlo.
 Alguns fatores podem afetar os resultados dos ensaios de toxicidade com organismos aquáticos, dente eles, os fatores bióticos, que estão relacionados ao estágio de vida, tamanho, idade e estado nutricional dos organismos, sabendo-se que os organismos jovens são geralmente mais sensíveis as substâncias tóxicas do que os adultos. Por essa razão recomenda-se o uso de organismos em estágios iniciais de vida em teste de toxicidade.
 Os principais fatores abióticos que podem interferir nos resultados dos ensaios são: Ph, temperatura, oxigênio dissolvido, condutividade e dureza, devendo por isso, também serem monitorados durante a execução do teste (ZAGATTO, 2006).
 As algas são produtores primários e vem sendo utilizado em teste de toxicidade. O teste mais empregado atualmente utiliza a clorofícea de água doce Pseudokirchneriella subcapitata. A inibição de crescimento é indicativo de toxicidade da amostra teste O teste vem sendo em frascos tipo erlenmeyers contendo 46 Ml de meio de cultura e já foi normalizado por diferentes instituições estrangeiras (USEPA, OECD) e nacionais (ABNT).
1.1.5. Tempo de exposição em que o organismo é submetido ao teste 
 “De acordo com o trabalho desenvolvido pelo LUCCA (2016), O teste de toxicidade definitivo (96 horas) foi feito de acordo com o protocolo da ABNT (2011) para o ensaio de toxicidade com algas clorofíceas. A única exceção em relação ao protocolo da ABNT (2011) foi que a solução-estoque utilizada no ensaio foi preparada em meio LC Oligo e não em água destilada. As concentrações-teste nominais das nano-TiO2 foram preparadas por meio da diluição da solução-estoque em uma faixa de concentrações-teste variando entre 16 a 512 mg L-1. 
 O controlo foi constituído apenas pelo meio de cultivo algal, sem adição das nanoTiO2. Tanto para as concentrações testadas quanto para o controle, o meio LC Oligo foi suplementado com uma fonte extra de bicarbonato de sódio (duas vezes mais) e o Ph foi ajustado para 7,5. Para evitar qualquer contaminação, o manuseio das nano partículas e das culturas foi sempre realizado em cabine de fluxo laminar.
 No experimento, alíquotas de 400 Ml das concentrações-teste ou 400 Ml do meio LC Oligo (controle) foram colocadas em frascos de polipropileno com capacidade para 500 Ml e uma concentração de 5 a 104 células de Pseudokirchneriella subcapitata Ml-1 foi adicionada em cada um deles. Três réplicas foram utilizadas para cada concentração-teste e para o controle. Os recipientes-teste foram mantidos por 96 horas em agitação leve (cerca de 130 rpm) e iluminação (2000 lux) constantes, na temperatura de 25 ± 2ºC. A cada intervalo de 24 h, alíquotas de 10 Ml de cada réplica foram retiradas para a quantificação do Ph, densidade celular e viabilidade Celular nas concentrações-teste e no controle.
1.1.6. Vantagens e desvantagens do teste 
 Dentre as vantagens de se utilizar algas em testes de ecotoxicidade podemos destacar: sua grande sensibilidade às alterações ocorridas no meio ambiente e o seu ciclo de vida relativamente curto, o que possibilita a observação de efeitos tóxicos em várias gerações. Portanto, os testes de toxicidade com algas são indispensáveis para prever os possíveis efeitos ecotoxicológicos que os contaminantes causam nos organismos e no ambiente. 
 A utilização de testes padronizados é vantajosa principalmente porque permite a seleção de um ou mais testes uniformes e úteis para uma variedade de laboratórios, facilita a comparação dos dados contribuindo para aumentar a utilização dos dados publicados e permite a reprodução dos testes.
 “ Esta microalga é altamente sensível à contaminação de ambientes aquáticos, e por esta razão é recomendada, pela EPA (United States Environmental Protection Agency) e OECD, como um organismo padrão em testes de ecotoxicidade (VANNINI ET AL., 2011) apud (BASTOS, 2016).”
 A realização de teste de toxicidade com este organismo apresenta as seguintes desvantagem: 
· Custo;
· Necessidade de ajuste de Ph; 
· Efluente colorido interfere no resultado
Conclusão 
 De tendo em vista às abordagens referidas no desenvolvimento do trabalho convém frisar que a utilização desse organismo como bioindicador de agrotóxicos em ambientes aquáticos é relevante, pois as algas são produtores primários e são a base da cadeia alimentar aquática. Assim, qualquer alteração na dinâmica dessas comunidades pode afetar níveis tróficos superiores do ecossistema. 
 Pseudokirchneriella subcapitata é uma alga representativa de águas doces eutróficas e oligotróficas, tendo sido demonstrada a sua sensibilidade a diversos compostos tóxicos, o que favorece o seu uso como indicador fiável de fitotoxicidade.
 Outras características que tornam a alga um organismo-teste ideal, são o seu ciclo de vida curto e a facilidade de crescer em condições onde permita identificar o grau de toxicidade.
Bibliografia 
 ARAGÃO, M. A. e ARAÚJO, R.P.A. Métodos de Ensaios de Toxicidade com Organismos Aquáticos. Cap. 6, p: 117 – 152. 2006. 
 BASTOS, Sílvia Gonçalves Grund. Avaliação de Ecotoxicidade Usando Microalgas como Complemento de Estudos para a Remoção de Psicofármacos em ETARs. Porto, Novembro 2016.
 DOMINGUES, D.F. e BERTOLETTI, E. Seleção, manutenção e cultivo de organismos Aquáticos. Cap. 7, p: 153 – 184. 2006. In: ZAGATO, P.A. e BERTOLETTI, E. 2006. Ecotoxicologia aquática – princípios e aplicações. ZAGATTO e BERTOLETTI (org.) São Carlos: Rima; 2006. 
 HOBOLD, V. Avaliação de metodologias para análise toxicológica utilizando algas do tipo Scenedesmus subspicatus e Daphnia magna. Trabalho de conclusão de curso – Curso de Engenharia Ambiental, Universidade do extremo sul catarinense, Criciúma, 2007.
 KNIE, J.L.W. ; LOPES, E. W. B. Testes Ecotoxicológicos: métodos, técnicas e aplicações. Florianópolis: FATMA / GTZ, 2004. 289p, 2004.
 LUCCA, Gisele Maria de. Efeits ecotoxicológicos das nanopartículas de dióxido de titânio sobre a alga Pseudokirchneriella subcapitata e sobre o cladócero Ceriodaphnia silvestrii por diferentes vias de exposição.São Carlos - 2016
 RAGASSI, Bruna et al. Ecotoxicidade de agrotóxicos para algas de água doce. São Paulo, 2017. 
 RAND, G.M. E PETROCELLI, S.R. Fundamentals of Aquatic Toxicology: Methods and apllications. 662p. 1985.
 RUBINGER, C. F.. Seleção de métodos biológicos para a avaliação toxicológica de efluentes industriais. Dissertação de Mestrado – Programa de Pós Graduação em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2009.
 ZAGATTO (a), P. A. Ecotoxicologia. Cap. 1, p: 1 – 13. 2006. São Carlos: Rima; 2006.

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