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1 UC6 Higiene Ocupacional

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HIGIENE 
OCUPACIONAL
SÉRIE SEGURANÇA DO TRABALHO
HIGIENE 
OCUPACIONAL
SÉRIE SEGURANÇA DO TRABALHO
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Robson Braga de Andrade
Presidente
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA - DIRET
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor de Educação e Tecnologia
Julio Sergio de Maya Pedrosa Moreira
Diretor Adjunto de Educação e Tecnologia 
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI
Robson Braga de Andrade
Presidente do Conselho Nacional
SENAI – Departamento Nacional
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor-Geral
Julio Sergio de Maya Pedrosa Moreira
Diretor Adjunto de Educação e Tecnologia 
Gustavo Leal Sales Filho
Diretor de Operações
SÉRIE SEGURANÇA DO TRABALHO
HIGIENE 
OCUPACIONAL
SENAI
Serviço Nacional de 
Aprendizagem Industrial 
Departamento Nacional
Sede
Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto 
Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317-9001 
Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br
© 2017. SENAI – Departamento Nacional
© 2017. SENAI – Departamento Regional de Santa Catarina
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, 
mecânico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, 
por escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe da Gerência de Educação e Tecnologia do SENAI 
de Santa Catarina, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada 
por todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
SENAI Departamento Nacional
Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP
SENAI Departamento Regional de Santa Catarina
Gerência de Educação e Tecnologia – GEDUT
FICHA CATALOGRÁFICA
S491h 
 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional 
Higiene ocupacional / Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. 
Departamento Nacional, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. 
Departamento Regional de Santa Catarina. – [rev.]. Brasília : SENAI/DN, 2017. 
213 p. : il. ; 30 cm. - (Série segurança do trabalho) 
Inclui índice e bibliografia 
 ISBN 978-855054836-4 
1. Higiene do trabalho. I. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial.
Departamento Regional de Santa Catarina II. Título. III. Série. 
 CDU: 
613.6
Lista de ilustrações
Figura 1 - Médico do trabalho .....................................................................................................................................20
Figura 2 - Gerenciamento de riscos ...........................................................................................................................21
Figura 3 - Nota técnica No 110/2016/ CGNOFT/DSST/SIT/MTPS .....................................................................25
Figura 4 - Direcionamento ............................................................................................................................................26
Figura 5 - Cópia original da CLT .................................................................................................................................28
Figura 6 - Brasília ..............................................................................................................................................................31
Figura 7 - Processo de solda .........................................................................................................................................38
Figura 8 - Proteção respiratória ...................................................................................................................................40
Figura 9 - Risco biológico ..............................................................................................................................................42
Figura 10 - Produto tóxico ............................................................................................................................................42
Figura 11 - Avaliação de ruído ambiental ...............................................................................................................43
Figura 12 - Situação de risco ........................................................................................................................................44
Figura 13 - Risco ocupacional ......................................................................................................................................45
Figura 14 - Grupo de trabalhadores .........................................................................................................................47
Figura 15 - Ouvindo música com fone de ouvido ................................................................................................49
Figura 16 - Ruído direto .................................................................................................................................................50
Figura 17 - Ruído refletido ............................................................................................................................................51
Figura 18 - Ruído de fundo ...........................................................................................................................................51
Figura 19 - Partes do ouvido ........................................................................................................................................52
Figura 20 - Esboço de um ouvido...............................................................................................................................52
Figura 21 - Avião em movimento ...............................................................................................................................54
Figura 22 - Risco da exposição ao ruído ..................................................................................................................56
Figura 23 - Normas internacionais .............................................................................................................................61
Figura 24 - Dosímetro de ruído ...................................................................................................................................62
Figura 25 - Decibelímetro .............................................................................................................................................62
Figura 26 - Ruído de fundo ...........................................................................................................................................66
Figura 27 - Placa proibido buzinar .............................................................................................................................73
Figura 28 - Protetor auricular .......................................................................................................................................75
Figura 29 - Máquina utilizada na área rural ............................................................................................................77
Figura 30 - Vibração gerada por equipamento .....................................................................................................78
Figura 31 - Frequência das ondas cerebrais ...........................................................................................................80
Figura 32 - Vibrações no corpo humano ................................................................................................................81
Figura 33 - Exemplo de acelerômetros.....................................................................................................................86
Figura 34 - Dispositivos do acelerômetro para medir a vibração em partes do corpo ..........................87
Figura 35 - Medidores e acessórios para medir a vibração no corpo inteiro ..............................................88
Figura 36 - Luva e almofada antivibração ..............................................................................................................92Figura 37 - Piso com amortecimento de mola .....................................................................................................93
Figura 38 - Transferência de calor por condução .................................................................................................95
Figura 39 - Exemplo de convecção forçada ............................................................................................................96
Figura 40 - Radiação solar .............................................................................................................................................96
Figura 41 - Transpiração .................................................................................................................................................97
Figura 42 - Medidor de estresse térmico .............................................................................................................. 103
Figura 43 - Termômetro .............................................................................................................................................. 104
Figura 44 - Anemômetro ............................................................................................................................................ 105
Figura 45 - Higrômetro ................................................................................................................................................ 105
Figura 46 - Conjunto convencional para avaliação do IBUTG ....................................................................... 108
Figura 47 - Homem trabalhando em uma siderúrgica .................................................................................... 111
Figura 48 - Ábaco de determinação da temperatura efetiva para pessoas em repouso ou 
 em atividade leve e com vestimentas normais ............................................................................ 115
Figura 49 - Psicrômetro ............................................................................................................................................... 117
Figura 50 - Trabalhador da construção civil exposto ao calor do sol ......................................................... 118
Figura 51 - Balanço térmico do corpo humano ................................................................................................. 119
Figura 52 - Termômetro de globo do conjunto convencional para a determinação do IBUTG ........ 120
Figura 53 - Higrômetro ................................................................................................................................................ 121
Figura 54 - Calor em ambientes internos ............................................................................................................. 123
Figura 55 - Reposição hídrica .................................................................................................................................... 126
Figura 56 - Espectro eletromagnético – radiação não ionizante ................................................................. 130
Figura 57 - Aplicações tecnológicas de radiação não ionizante .................................................................. 130
Figura 58 - Forno de micro-ondas ........................................................................................................................... 131
Figura 59 - Uso de celular ........................................................................................................................................... 132
Figura 60 - Raio X .......................................................................................................................................................... 135
Figura 61 - Alteração genética ................................................................................................................................. 137
Figura 62 - Símbolo internacional de radiação .................................................................................................. 142
Figura 63 - Símbolo de radioatividade .................................................................................................................. 145
Figura 64 - Trabalhador exposto ao frio ................................................................................................................ 146
Figura 65 - Mapa IBGE Brasil – climas 1978 .......................................................................................................... 149
Figura 66 - Efeitos da exposição ao frio ................................................................................................................ 153
Figura 67 - Fenômeno de Raynaud ........................................................................................................................ 154
Figura 68 - Mitenes ....................................................................................................................................................... 157
Figura 69 - Termômetro .............................................................................................................................................. 160
Figura 70 - Trabalhadores com roupas de proteção para o frio ................................................................... 162
Figura 71 - Sopa quente ............................................................................................................................................. 166
Figura 72 - Trabalhadores na chuva ....................................................................................................................... 166
Figura 73 - Trabalhador exposto ao frio ................................................................................................................ 167
Figura 74 - Frostbite - como evitar queimadura pelo frio .............................................................................. 170
Figura 75 - Produtos químicos nocivos nos cosméticos ................................................................................ 172
Figura 76 - Tamanho relativo das partículas ........................................................................................................ 173
Figura 77 - Tipos de aerodispersoides ................................................................................................................... 174
Figura 78 - Aplicação de produto químicos em forma de spray ................................................................. 175
Figura 79 - Tipos de lesões ......................................................................................................................................... 176
Figura 80 - Sistema respiratório ............................................................................................................................... 178
Figura 81 - Sistema tegumentar .............................................................................................................................. 179
Figura 82 - Aparelho digestivo ................................................................................................................................. 180
Quadro 1 - Tipos de exposição de vibração ocupacional ..................................................................................82
Quadro 2 - Limites de tolerância para exposição ao calor .................................................................................99
Quadro 3 - Taxas de metabolismo por tipo de atividade ................................................................................. 100
Quadro 4 - Taxa de metabolismo .............................................................................................................................. 100
Quadro 5 - Princípios dos principais sensores e parâmetros que afetam sua leitura ............................ 103
Quadro 6 - Quadro 1 do anexo 12 da NR 15 .........................................................................................................186
Figura 83 - Livreto dos TLVs da ACGIH ................................................................................................................... 182
Figura 84 - Impinger..................................................................................................................................................... 185
Figura 85 - Bomba de amostragem de agentes químicos ............................................................................. 187
Figura 86 - Porta-filtros ............................................................................................................................................... 188
Figura 87 - Calibrador de bomba de amostragem ............................................................................................ 189
Figura 88 - Tubos colorimétricos ............................................................................................................................. 190
Figura 89 - Tubos de carvão ativado ...................................................................................................................... 191
Figura 90 - Composição de um tubo adsorvente .............................................................................................. 192
Figura 91 - Amostrador com líquido absorvente (impinger) ........................................................................ 193
Figura 92 - Monitor passivo ....................................................................................................................................... 194
Figura 93 - Amostradores ativos: cassetes para avaliação de particulados em amostragem 
 contínua ..................................................................................................................................................... 196
Figura 94 - Amostragem pessoal ............................................................................................................................. 197
Figura 95 - Conceitos básicos na avaliação de agentes químicos ............................................................... 198
Figura 96 - Exemplos de pictogramas ................................................................................................................... 202
Figura 97 - Empregador discutindo resultados avaliados .............................................................................. 206
Figura 98 - Grau de risco ............................................................................................................................................. 207
Tabela 1 - Níveis de Pressão Sonora (NPS) de acordo com a NHO 01 .............................................................58
Tabela 2 - Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente da NR 15 .......................................60
Tabela 3 - Limites de tolerância para vibração localizada - ACGIH ..................................................................79
Tabela 4 - Limites de exposição a vibrações - 2002/44/EC .................................................................................79
Tabela 5 - Sintomas principais relacionados com a frequência das vibrações ............................................83
Tabela 6 - Limitação de doses provenientes de exposições controladas .................................................. 140
Tabela 7 - Restrições básicas para exposição a CEMRF, na faixa de radiofrequências 
 entre 9 kHz e 10 GHz................................................................................................................................. 141
Tabela 8 - Tabela 1 da NR 29 - exposição ao frio em trabalhos portuários para jornada de 
 trabalho em locais frigorificados .......................................................................................................... 152
Tabela 9 - Limites de exposição para regime de trabalho/aquecimento para jornadas de 4 horas 158
Sumário
1 Introdução ........................................................................................................................................................................13
2 Legislação aplicada à saúde, segurança e meio ambiente do trabalho.....................................................17
2.1 Normas regulamentadoras do ministério do trabalho ..................................................................19
2.2 Notas técnicas aplicadas à saúde, segurança e meio ambiente do trabalho ........................24
2.3 Normas brasileiras .......................................................................................................................................26
2.4 Legislação trabalhista e previdenciária ...............................................................................................28
2.5 Legislação regional aplicadas à saúde, segurança e meio ambiente do trabalho ...............31
3 Higiene ocupacional .....................................................................................................................................................35
3.1 Princípios ........................................................................................................................................................38
3.2 Terminologia técnica ..................................................................................................................................42
3.3 Grupos homogêneos de exposição a riscos ambientais ...............................................................46
3.4 Risco físico: pressão sonora .....................................................................................................................48
3.4.1 Definição ......................................................................................................................................49
3.4.2 Tipos ...............................................................................................................................................50
3.4.3 Fontes ............................................................................................................................................53
3.4.4 Níveis .............................................................................................................................................54
3.4.5 Riscos da exposição ao ruído ................................................................................................55
3.4.6 Limites de tolerância ................................................................................................................57
3.4.7 Instrumentos de medição: decibelímetro e audiodosímetro ...................................60
3.4.8 Avaliação .....................................................................................................................................63
3.4.9 Cálculos aplicados ao ruído...................................................................................................66
3.4.10 Terminologia técnica .............................................................................................................69
3.4.11 Controle .....................................................................................................................................71
3.4.12 Medidas preventivas .............................................................................................................74
3.5 Risco físico: vibração ..................................................................................................................................76
3.5.1 Definição ......................................................................................................................................76
3.5.2 Tipos ...............................................................................................................................................77
3.5.3 Limites de tolerância ................................................................................................................78
3.5.4 Exposiçãoocupacional ...........................................................................................................80
3.5.5 Instrumentos de medição: acelerômetro .........................................................................84
3.5.6 Avaliação ......................................................................................................................................87
3.5.7 Terminologia técnica ...............................................................................................................89
3.5.8 Controle ........................................................................................................................................91
3.5.9 Medidas preventivas ................................................................................................................92
3.6 Risco físico: calor ..........................................................................................................................................93
3.6.1 Definição ......................................................................................................................................94
3.6.2 Tipos ...............................................................................................................................................94
3.6.3 Riscos .............................................................................................................................................98
3.6.4 Limites de tolerância ................................................................................................................99
3.6.5 Instrumentos de medição: medidor de estresse térmico, termômetro, 
 anemômetro e higrômetro ................................................................................................. 101
3.6.6 Avaliação ................................................................................................................................... 106
3.6.7 Cálculos aplicados ao calor ................................................................................................ 111
3.6.8 Taxas de metabolismo .......................................................................................................... 113
3.6.9 Temperatura efetiva .............................................................................................................. 114
3.6.10 Temperatura bulbo úmido ............................................................................................... 116
3.6.11 Temperatura de bulbo seco ............................................................................................ 117
3.6.12 Temperatura de globo ....................................................................................................... 118
3.6.13 Umidade relativa do ar ...................................................................................................... 120
3.6.14 Velocidade do ar .................................................................................................................. 122
3.6.15 Terminologia técnica .......................................................................................................... 124
3.6.16 Controle .................................................................................................................................. 125
3.6.17 Medidas preventivas .......................................................................................................... 125
3.7 Risco físico: radiação................................................................................................................................ 128
3.7.1 Definição ................................................................................................................................... 128
3.7.2 Tipos ............................................................................................................................................ 129
3.7.3 Exposição ocupacional ........................................................................................................ 134
3.7.4 Limites de tolerância ............................................................................................................. 138
3.7.5 Terminologia técnica ............................................................................................................ 141
3.7.6 Controle ..................................................................................................................................... 144
3.7.7 Medidas preventivas ............................................................................................................. 145
3.8 Risco físico: frio .......................................................................................................................................... 146
3.8.1 Definição ................................................................................................................................... 147
3.8.2 Tipos ............................................................................................................................................ 147
3.8.3 Riscos .......................................................................................................................................... 151
3.8.4 Limites de tolerância ............................................................................................................. 155
3.8.5 Instrumentos de medição: termômetro ....................................................................... 159
3.8.6 Avaliação ................................................................................................................................... 161
3.8.7 Terminologia técnica ........................................................................................................... 164
3.8.8 Controle ..................................................................................................................................... 165
3.8.9 Medidas preventivas ............................................................................................................. 168
3.9 Riscos químicos ......................................................................................................................................... 171
3.9.1 Definição ................................................................................................................................... 171
3.9.2 Tipos ............................................................................................................................................ 172
3.9.3 Efeitos da exposição ............................................................................................................. 176
3.9.4 Limites de tolerância de órgãos nacionais e internacionais .................................. 182
3.9.5 Instrumentos de medição .................................................................................................. 186
3.9.6 Avaliação ................................................................................................................................... 194
3.9.7 Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos – FISPQ ................. 199
3.9.8 Terminologia técnica ........................................................................................................... 202
3.9.9 Controle operacional da concentração dos agentes químicos .......................... 205
3.9.10 Medidas preventivas ........................................................................................................ 208
Referencias
Minicurrículo dos autores
Índice
1
Prezado aluno!
A Higiene Ocupacional (HO) é a ciência e a arte dedicada ao estudo e ao gerenciamento 
das exposições ocupacionais aos agentes físicos, químicos e biológicos, por meio de ações de 
antecipação, reconhecimento, avaliação e controle das condições e locais de trabalho, visando 
à preservação da saúde e bem-estar dos trabalhadores, considerando ainda omeio ambiente 
e a comunidade. 
Ela é considerada uma ciência, porque está baseada em fatos comprováveis, empíricos e 
analisáveis a partir do método científico por meio da Física, Química, Bioquímica, Toxicologia, 
Medicina, Engenharia e Saúde Pública. Contudo, considera também a individualidade de cada 
trabalhador e as características da atividade e do local de trabalho. (SANTOS et al., 2001)
Esta ciência não pode andar separada da área de Saúde e Segurança do Trabalho, é preciso 
que caminhem bem alinhadas para garantir a integridade física dos trabalhadores. 
A partir de agora, você desenvolverá capacidades técnicas, sociais, organizativas e meto-
dológicas necessárias para a execução de avaliações de riscos e estabelecimentos de medidas 
preventivas e corretivas nos ambientes laborais. 
Será capaz de executar ações preventivas em saúde, segurança e meio ambiente do traba-
lho de acordo com normas regulamentadoras, princípios de Higiene Ocupacional, responsabi-
lidade social, sustentabilidade e promoção à saúde do trabalhador com ética profissional.
Você vai ter a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos em Legislação aplicada à 
saúde, segurança e ambiente de trabalho através das Normas Regulamentadoras do Ministério 
do Trabalho e Emprego – MTE, das Normas Brasileiras, da Legislação trabalhista e previdenciá-
ria e da Legislação Regional aplicada à saúde e a segurança. 
A antecipação, o reconhecimento, a avaliação e o controle das condições e locais de traba-
lho só são possíveis se conhecidos os riscos ambientais existentes nos ambientes de trabalho. 
Neste sentido, você aprofundará seus conhecimentos no que diz respeito às definições e tipos 
de riscos químicos e físicos, nas fontes geradoras dos riscos, no efeito da exposição, quais são 
os limites de tolerância nacional e internacional para esses riscos, quais os instrumentos de 
medição utilizados em cada caso e como se quantificam os riscos.
Introdução
HIGIENE OCUPACIONAL16
Também serão apresentas a você as Normas de Higiene Ocupacional da Fundação Jorge Duprat e 
Figueiredo – Fundacentro, que são indispensáveis no que diz respeito ao uso de critérios para avaliações 
ambientais de riscos ocupacionais e para os cálculos de aposentadoria especial. Elas não têm valor norma-
tivo e sim orientativo, extremamente importantes para os higienistas ocupacionais exercerem seu trabalho. 
Com base nestas normas, é possível elaborar programas de prevenção de riscos ambientais de Saúde e 
Segurança bem fundamentado, como o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA, o Programa 
de Conservação Auditiva – PCA, o Programa de Proteção Respiratória – PPR.
Para que seja possível implantar e gerenciar um destes programas, é necessário identificar as situações 
de riscos grave e iminente, conhecer os fluxos operacionais da empresa, saber realizar avaliações quali-
tativas e quantitativas dos agentes ambientais, identificar qual método é o adequado para quantificar os 
riscos, como operar um instrumento de medição, saber identificar funções e atividades dos trabalhadores 
expostos aos riscos ambientais, agrupar estes trabalhadores de acordo com a semelhança da exposição ao 
risco. 
Muitas capacidades serão desenvolvidas ao longo dos seus estudos, enriquecidas com leituras, refle-
xões sobre as condições de trabalho e sobre os riscos ambientais. Saber atuar com prevenção é muito 
importante. A base da Higiene Ocupacional consiste na antecipação, reconhecimento, avaliação e controle 
dos riscos ambientais.
Fique sempre atento às atualizações que ocorrem na legislação trabalhista (Normas Regulamentadoras 
– NRs, Portarias, Notas Técnicas, Instruções Normativa, Ordens de Serviço, entre outros), previdenciária, nas 
Normas de Higiene Ocupacional (NHOs) e nas Normas Brasileiras (NBRs). É recomendável que, antes de 
fazer uso das leis ou normas, você confira a última versão destes documentos, consultando os respectivos 
endereços eletrônicos oficiais. Por exemplo, no site do Ministério da Fazenda, Secretaria da Previdência, 
você encontrará a legislação previdenciária e os Anuários Estatísticos de acidentes de trabalho. Já no 
site da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, você encontrará as informações referentes ao 
cancelamento, à revisão e à atualização de Normas Brasileiras. As Normas de Higiene Ocupacional estão 
disponíveis para download gratuito na biblioteca do site do Ministério do Trabalho.
Siga em frente e veja como é importante ter conhecimento área técnica.
Bons estudos!
2
Você já deve ter percebido que existem muitas Leis e Normas aplicadas à saúde, segurança 
e ambiente de trabalho, não é mesmo? Mas, você sabe quando e onde surgiu a primeira lei 
trabalhista?
Tudo começou após a Revolução Industrial, em 1802, quando a Inglaterra aprovou a pri-
meira lei que amparava os trabalhadores. Esta Lei foi chamada de Lei de Saúde e Moral dos 
Aprendizes, que estabelecia um limite de 12 horas por dia, proibia trabalho noturno, obrigava 
os empregadores a lavar as fábricas e tornava a ventilação obrigatória.
Veja como é recente a criação das Leis trabalhistas. No Brasil, isso só foi acontecer mais tarde, 
em 1919. O fato que antecedeu o primeiro Decreto Legislativo brasileiro No 3.724 foi a Encíclica 
“De Rerum Novarum1”, de 1891, na qual a Igreja se interessava pela condição de trabalho dos 
operários e, em 1884, na Alemanha, com o surgimento das primeiras Leis de acidente do tra-
balho, que foi disciplinado pelo príncipe Otto Leopold Eduard Von Bismarck-Schönhausen, um 
dos mais importantes líderes nacionais do século XIX. 
A Organização Internacional do Trabalho (OIT), a luta dos trabalhadores em seus locais de 
trabalho e as grandes manifestações referentes à organização das sociedades no século XX 
foram decisivas para as transformações que levaram à caracterização do conceito técnico e 
jurídico da Saúde e Segurança do trabalhador.
Tratar esses assuntos sempre gera muito interesse. Assim, ao final deste capítulo, você terá 
subsídios para: 
a) reconhecer legislação, normas e notas técnicas aplicáveis ao processo de trabalho e ou 
ao escopo do novo projeto;
b) correlacionar os itens exigidos na legislação, normas e notas técnicas, ao processo de 
trabalho e ou ao escopo do novo projeto;
c) reconhecer legislação, normas e notas técnicas aplicáveis ao ambiente laboral;
1 Carta escrita pelo Papa Leão XIII em 15 de maio de 1891, aberta a todos os bispos, sobre as condições das classes 
trabalhadoras em que as ideias distributivistas de Wilhelm Emmanuel von Ketteler e Edward Manning tiveram grande 
influência na sua composição. (CENTRO SOCIAL LEÃO XIII, 2010).
Legislação Aplicada à Saúde, Segurança 
e Meio Ambiente do Trabalho
HIGIENE OCUPACIONAL20
d) identificar na legislação e normas técnicas, orientações sobre registro e guarda de documentos;
e) identificar as medidas preventivas e corretivas estipuladas nos documentos de registro;
f ) identificar eventuais penalidades por ocasião do não atendimento às exigências legais.
A preocupação com a saúde do trabalhador vem de longa data e você poderá perceber isso ao ler o 
livro. Não é difícil identificar o que pode causar dano à sua saúde, não é mesmo? Se você estiver em um 
ambiente em que houver calor excessivo, ruído extremamente alto ou cheiro forte de produto químico, 
é possível perceber que a sua exposição a estes agentes poderá causar algum dano à sua saúde. Fique 
tranquilo! Existem medidas de controle de exposição aos riscos ambientais, normas aplicadas à Saúde e 
Segurança do Trabalho, programas de riscos ambientais que gerenciam a exposição aos riscos e profissio-
nais para cuidar da higiene do trabalho. Siga a diante e veja como a higiene ocupacional é fascinante. 
Bons estudos!
2 LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO 21
2.1 NORMAS REGULAMENTADORAS DO MINISTÉRIO DO TRABALHO
Você irá conhecer agora as Normas Regulamentadoras (NRs) do Ministério do Trabalho que regem a 
Higiene Ocupacional (HO), que devemser respeitadas e cumpridas em todas as funções no território nacio-
nal, porque elas emanam das Leis maiores e complementam toda a legislação trabalhista.
As Normas Regulamentadoras disciplinam os artigos 154 a 201 da CLT e servem de referência e de 
parâmetro técnico, tanto para empresas, quanto para as pessoas, de forma que elas atendam aos ditames 
legais. 
Atualmente existem 36 NRs mas serão abordadas somente a NR 7 – Programa de Controle Médico de 
Saúde Ocupacional (PCMSO), a NR 9 – Programas de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e a NR 15 – 
Atividades e Operações Insalubres, que tratam especificamente dos programas de saúde e segurança e dos 
Limites de Tolerância para agentes físicos e químicos.
A NR 7 obriga a “[...] elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições 
que admitam trabalhadores como empregados, do PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da 
saúde do conjunto dos seus trabalhadores.” (BRASIL, 2013a).
De acordo com o item 7.2 da NR 7:
O PCMSO é parte integrante do conjunto mais amplo de iniciativas da empresa no cam-
po da saúde dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais 
NR.
7.2.2 O PCMSO deverá considerar as questões incidentes sobre o indivíduo e a cole-
tividade de trabalhadores, privilegiando o instrumental clínico-epidemiológico na abor-
dagem da relação entre sua saúde e o trabalho.
7.2.3 O PCMSO deverá ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce 
dos agravos à saúde relacionados ao trabalho, inclusive de natureza subclínica, além 
da constatação da existência de casos de doenças profissionais ou danos irreversíveis à 
saúde dos trabalhadores.
7.2.4 O PCMSO deverá ser planejado e implantado com base nos riscos à saúde dos 
trabalhadores, especialmente os identificados nas avaliações previstas nas demais NR. 
(BRASIL, 2013a)
O empregador deve indicar, dentre os médicos dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança 
e Medicina do Trabalho (SESMT) da empresa, um coordenador responsável pela execução do PCMSO.
Segundo a NR 7, compete ao médico coordenador do PCMSO:
a) realizar os exames médicos previstos no item 7.4.1 ou encarregar os mesmos a profis-
sional médico familiarizado com os princípios da patologia ocupacional e suas causas, 
bem como com o ambiente, as condições de trabalho e os riscos a que está ou será 
exposto cada trabalhador da empresa a ser examinado;
HIGIENE OCUPACIONAL22
b) encarregar dos exames complementares previstos nos itens, quadros e anexos desta 
NR profissionais e/ou entidades devidamente capacitados, equipados e qualificados. 
(BRASIL, 2013a)
Portanto, a NR 7 trata do controle médico referente à saúde ocupacional gerenciado por um médico 
designado pelo empregador. A medicina e a segurança do trabalho devem estar sempre bem alinhadas, 
pois se a segurança identifica um risco no local de trabalho, que pode ocasionar danos à saúde do traba-
lhador, é recomendável uma análise médica da saúde deste trabalhador exposto ao risco.
Figura 1 - Médico do trabalho
Ansioso para conhecer a NR 9? Siga em frente!
A NR 9 estabelece:
[...] a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empre-
gadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de 
Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde e da integri-
dade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e conse-
quente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir 
no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos 
recursos naturais. (BRASIL, 2017a)
Esta NR estabelece os parâmetros mínimos e diretrizes gerais a serem observados na execução do PPRA. 
A NR 9 considera como riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambien-
tes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição são 
capazes de causar danos à saúde do trabalhador. 
São considerados como agentes de riscos ambientais por esta norma:
a) Físicos: as diversas formas de energia às quais possam estar expostos os trabalhadores, tais como: 
ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não 
ionizantes, bem como o infrassom e o ultrassom. 
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2 LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO 23
b) Químicos: as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via res-
piratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza 
da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou 
por ingestão. 
c) Biológicos: as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros.
O PPRA é o programa de gerenciamento de riscos ambientais mantido pela empresa com a participação 
dos trabalhadores, sendo sua abrangência e profundidade dependentes das características dos riscos e das 
necessidades de controle. Nele deve conter:
a) planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma; 
b) estratégia e metodologia de ação; 
c) forma do registro, manutenção e divulgação dos dados; 
d) periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA. 
Lembra que a medicina e a segurança devem estar caminhando juntas na preservação da integridade 
física do trabalhador? O PPRA deve estar articulado com a NR 7 e com as demais NRs.
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá incluir as seguintes etapas:
a) antecipação e reconhecimentos dos riscos;
b) estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;
c) avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;
d) implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;
e) monitoramento da exposição aos riscos;
f ) registro e divulgação dos dados.
Figura 2 - Gerenciamento de riscos
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HIGIENE OCUPACIONAL24
Este programa é de suma importância para o gerenciamento de riscos da empresa. É na NR 9 que estão 
todos os parâmetros a serem seguidos para a elaboração do PPRA. É ela que trata da avaliação dos riscos 
ambientais, das medidas de controle, das avaliações quantitativas, sobre o nível de ação2, dentre outros 
fatores. 
A NR 9 passou por atualizações recentemente com a criação do Anexo 1, aprovado pela Portaria MTE nº 
1.297, de 13 de agosto de 2014, que trata da Vibração, com o objetivo de definir critérios para prevenção 
de doenças e distúrbios decorrentes da exposição ocupacional às Vibrações em Mãos e Braços (VMB) e às 
Vibrações de Corpo Inteiro (VCI), no âmbito do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.
Para a NR 9, nível de ação é o valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas 
de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições a agentes ambientais 
ultrapassem os limites de exposição.
 FIQUE 
 ALERTA
Em 2016, houve outra atualização com repercussão entre os donos de postos de combustíveis. Agora foi 
a criação do anexo 2 aprovado pela Portaria MTb (Ministério do Trabalho) n.º 1.109, de 21 de setembro de 
2016, que trata da Exposição Ocupacional ao Benzeno em Postos Revendedores de Combustíveis.
Viu só como estas normas são importantes para prevenir os danos à saúde do colaborador exposto à 
riscos ambientais! Siga a diante com a NR 15.
A NR 15 foi publicada pela Portaria MTb n.º 3.214, de 08 de junho de 1978, e sofreu a última atualização 
em 2014. Esta norma complementa as outras duas já citadas e trata sobre atividades e operações insalubres.
Nesta norma, são definidos os limites de tolerância para ruído, calor, agentes químicos, radiações 
ionizantes e poeiras minerais através dos Anexos 1,2,3,5,11 e12. (BRASIL, 2014a).
Segundo o item 15.1.5 “Entende-se por “Limite de Tolerância”, para os fins desta Norma, a concentração 
ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposiçãoao agente, que 
não causará danos à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral.” (BRASIL, 2014a) 
O exercício de trabalho em condições de insalubridade assegura ao trabalhador a percepção de adicio-
nal, incidente sobre o salário mínimo da região, equivalente a: 
a) 40% (quarenta por cento) para insalubridade de grau máximo; 
b) 20% (vinte por cento) para insalubridade de grau médio; 
c) 10% (dez por cento) para insalubridade de grau mínimo.
A eliminação ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer: 
a) com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites 
de tolerância; 
2 É o valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas, de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições a agen-
tes ambientais ultrapassem os limites estabelecidos pela NR 9.
2 LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO 25
b) com a utilização de equipamento de proteção individual.
Certamente você já ouviu alguém afirmar que gostariam de receber o adicional de insalubridade ou re-
clamar por ter deixado de recebê-lo. Receber o adicional de insalubridade é uma prova de que o ambiente 
de trabalho não é sadio e que os riscos presentes no ambiente laboral podem causar algum dano à saúde. 
Portanto, não há dinheiro que pague pela saúde do trabalhador, não é possível recompensar alguém pelo 
dano que causou à sua saúde!
Faça download gratuito das Normas Regulamentadoras no site do Ministério do 
Trabalho através do link: http://trabalho.gov.br/index.php/seguranca-e-saude-no-
trabalho/normatizacao/normas-regulamentadoras.
 SAIBA 
 MAIS
Em relação à atividade insalubre a NR 15 estabelece:
15.5 a eliminação ou neutralização da insalubridade ficará caracterizada através de 
avaliação pericial por órgão competente, que comprove a inexistência de risco à saúde 
do trabalhador.
15.5.1 é facultado3 às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessa-
das requererem ao Ministério do Trabalho, através das DRTs4, a realização de perícia em 
estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou determi-
nar atividade insalubre. (BRASIL, 2014a).
Leia, a seguir, um relato interessante que está relacionado a esse assunto.
 CASOS E RELATOS
Avaliações de faz de conta
Imagine que alguém está doente de algo atualmente considerado incurável e o médico chega a ele 
e diz que tem um remédio que é extremamente eficiente. O nosso moribundo amigo pergunta então 
se há riscos e se há testes com pacientes iguais a ele. O médico responde que riscos sempre teremos 
e que todo o estudo do remédio é baseado em um único paciente, mas que ele está 100% curado.
3 Permitido.
4 Delegacias Regionais do Trabalho.
HIGIENE OCUPACIONAL26
Será que o nosso amigo doente iria aceitar facilmente tomar o remédio sabendo que o amostral 
deste estudo científico é baseado em uma única amostra? 
No desespero, talvez aceite, mas se ele tivesse alguma alternativa provavelmente não iria concordar. 
Todo estudo precisa de um número considerável de amostras para podermos ter maior confiança 
no seu resultado. E o que isso tem a ver com as pessoas em geral? 
Somente tudo! Boa parte das avaliações ambientais realizadas são feitas com apenas uma amostra 
e com base neste pobre levantamento é definido a especificação de EPIs, de EPCs, resultado de 
perícia e mesmo o pagamento ou não do adicional de insalubridade. Percebe que há uma grande 
possibilidade de muito do que é estabelecido estar totalmente errado? 
Mas, o que se pode fazer? Para um amostral mais robusto, serão necessários mais recursos finan-
ceiros. No entanto, se já é difícil conseguir os valores atuais, quanto mais será aumentar este valor. 
Concordo ser uma tarefa complicada, mas precisamos aprofundar os estudos em Higiene Ocupa-
cional, especificamente em estratégia de amostragem para ter argumentos mais técnicos e para 
tentar minimizar este imensurável erro da maioria das empresas. (Adaptado de SOBRAL JÚNIOR, 
2017).
A partir deste caso, você pôde perceber como é importante conhecer a legislação aplicada à HO para 
traçar uma boa estratégia de amostragem, evitando danos à saúde do colaborador e não deixar de atender 
aos requisitos legais como profissional da área. 
2.2 NOTAS TÉCNICAS APLICADAS À SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO
Quando as Normas Regulamentadoras podem não deixam claro em sua redação ou em seu objetivo 
legal, há a necessidade de sanar as dúvidas geradas após a publicação ou atualização da norma. Algumas 
vezes, o responsável por cumprir a determinação legal não entende ou possui dúvidas sobre o que deve 
ser cumprido por essa determinação sendo necessária a publicação de uma Nota Técnica.
Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública,
Nota Técnica é um documento elaborado por técnicos especializados em determinado 
assunto e difere do Parecer pela análise completa de todo o contexto, devendo conter 
histórico e fundamento legal, baseados em informações relevantes. É emitida quan-
do identificada a necessidade de fundamentação formal ou informação específica da 
área responsável pela matéria e oferece alternativas para tomada de decisão. (BRASIL, 
2017b).
2 LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO 27
Quando não fica claro algum item presente em Portarias, Normas etc. e se verifica a necessidade de es-
clarecimento técnico sobre esse determinado assunto, emite-se um documento técnico explicativo sobre 
a dúvida gerada, que é a Nota Técnica.
Para ter acesso as Notas Técnicas relacionadas à SST, o Ministério do Trabalho 
disponibiliza todas elas através do seu site. Faça o acesso e verifique tudo o que está 
disponível através do link: <http://acesso.mte.gov.br/seg_sau/notas-tecnicas-dsst-sit.
htm>.
 SAIBA 
 MAIS
Veja o exemplo de um trecho de uma Nota Técnica de SST disponível no site do MTE:
Figura 3 - NOTA TÉCNICA No 110/2016/ CGNOFT/DSST/SIT/MTPS
Fonte: BRASIL (2016b)
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HIGIENE OCUPACIONAL28
É preciso ficar sempre atento a essas Notas Técnicas, pois elas contêm esclarecimentos importantes e 
que devem ser seguidos em relação às Normas Regulamentadoras que geram dúvidas quando sofrem 
atualizações. A NR que possuir Nota Técnica apresenta a mesma no próprio texto.
Faça a leitura da nota técnica sobre o cancelamento da NBR 5413, que trata dos 
níveis de iluminamento. Ela está disponível em: <http://www.bedel.com.br/portal/
downloads/03b%20-%20NR17%20-%20iluminancia%20Nota%20T%C3%A9cnica%20
n%C2%B0%20224%20-%20DSST-SIT.PDF>. 
 SAIBA 
 MAIS
Por exemplo, no item 12.5 da NR 12 consta: “Na aplicação desta Norma e de seus anexos, devem-se 
considerar as características das máquinas e equipamentos, do processo, a apreciação de riscos e o estado 
da técnica. (Alterado pela Portaria MTPS n.º 509, de 29 de abril de 2016 - Vide Nota Técnica DSST/SIT n.º 
48/20016) ”. (BRASIL, 2017c).
Na sequência, serão abordadas as Normas Brasileiras.
2.3 NORMAS BRASILEIRAS
Dentro da área de SST, existem várias normas brasileiras que orientam os profissionais sobre métodos 
avaliativos, simbologia, cores etc.
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, “[...] norma é o documento estabelecido 
por consenso e aprovado por um organismo reconhecido, que fornece regras, diretrizes ou características 
mínimas para atividades ou para seus resultados, visando à obtenção de um grau ótimo de ordenação em 
um dado contexto. ” (ABNT, 2014)
Figura 4 - Direcionamento
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2 LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO 29
Veja alguns exemplos de Normas Brasileiras - NBRs relacionadas à segurança do trabalho:
a) ABNT NBR 10151:2000 (Versão corrigida 2003) – Acústica – Avaliação do ruído em áreas habitadas, 
visando o conforto da comunidade – Procedimento;
b) ABNT NBR 10152:2017 – Níveis de pressão sonora em ambientes internos a edificações;c) ABNT NBR 15848:2010 - Sistemas de ar-condicionado e ventilação - Procedimentos e requisitos rela-
tivos às atividades de construção, reformas, operação e manutenção das instalações que afetam a 
qualidade do ar interior;
d) ABNT NBR 16401-1:2008 - Instalações de ar-condicionado - Sistemas centrais e unitários - Parte 1: 
Projetos das instalações;
e) ABNT NBR 14725-4:2014- Ficha de informações de segurança de produtos químicos (FISPQ);
f ) ABNT NBR ISO 14024:2004 - Rótulos e declarações ambientais - Rotulagem ambiental do tipo l - 
Princípios e procedimentos;
g) ABNT NBR 15219:2005 – Plano de emergência contra Incêndio – Requisitos.
As Normas Regulamentadoras do MTE referenciam critérios avaliativos, definições de cores, dentre ou-
tros fatores que são pertinentes ao assunto abordado na NR em questão, que estão presentes em alguma 
NBR. 
Um exemplo é item 17.5.2.1 da NR 17, que estabelece:
Para as atividades que possuam as características definidas no subitem 17.5.2, mas não 
apresentam equivalência ou correlação com aquelas relacionadas na NBR 10152, o nível 
de ruído aceitável para efeito de conforto será de até 65 dB5(A) e a curva de avaliação de 
ruído (NC) de valor não superior a 60 dB. (BRASIL, 2007).
Estar atento as NBRs e suas atualizações é fundamental para exercer suas funções na área de segurança 
do trabalho. “As normas asseguram as características desejáveis de produtos e serviços, como qualidade, 
segurança, confiabilidade, eficiência, intercambiabilidade, bem como respeito ambiental – e tudo isto a um 
custo econômico. ” (ABNT, 2014).
Na sequência, você poderá verificar a importância da legislação trabalhista e previdenciária para a prá-
tica da segurança do trabalho.
5 Os termos dB (decibéis) e escala de decibéis são usados mundialmente para medir o nível de som. A escala de decibéis é uma 
escala logarítmica, em que a duplicaҫão da pressão do som corresponde a 6 decibéis no aumento de nível.
HIGIENE OCUPACIONAL30
2.4 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA
Embora se pense que só o Ministério do Trabalho trata das questões de saúde e segurança do trabalha-
dor, a partir da instituição do Sistema Único de Saúde (SUS) pela Constituição Federal de 1988 a saúde do 
trabalhador passa a ser de competência da área da saúde também. A Previdência Social é o seguro social 
para a pessoa que contribui. É uma instituição pública que tem como objetivo reconhecer e conceder 
direitos aos seus assegurados. 
O Decreto-Lei Nº 5.452, de 1º de maio de 1943 - DOU DE 9/08/1943, aprova a Consolidação das Leis do 
Trabalho (CLT). Foi sancionada pelo então presidente Getúlio Vargas, unificando toda legislação trabalhista 
existente no Brasil. 
A imagem, a seguir, mostra a primeira Consolidação das Leis do Trabalho publicada em 1943. Imagem 
rara e que fez parte da exposição do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) durante as comemorações do 
aniversário de 70 anos da lei em 2013.
Figura 5 - Cópia original da CLT 
Fonte: Rossi (2017)
Segundo Zanluca (2017), o principal objetivo da CLT é a regulamentação das relações individuais e 
coletivas do trabalho, nela previstas. Ela é o resultado de 13 anos de trabalho - desde o início do Estado 
Novo até 1943 - de destacados juristas, que se empenharam em criar uma legislação trabalhista que 
atendesse à necessidade de proteção do trabalhador, dentro de um contexto de «estado regulamentador». 
Você sabia que o Art. 13 da CLT diz que a Carteira de Trabalho e Previdência Social 
é obrigatória para o exercício de qualquer emprego, inclusive de natureza rural, 
ainda que em caráter temporário, e para o exercício por conta própria de atividade 
profissional remunerada? Em seu Art. 14, diz que a Carteira de Trabalho e Previdência 
Social será emitida pelas Delegacias Regionais do Trabalho ou, mediante convênio, 
pelos órgãos federais, estaduais e municipais da administração direta ou indireta.
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2 LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO 31
A CLT regulamenta as relações trabalhistas, tanto do trabalho urbano quanto do rural. Desde sua pu-
blicação, já sofreu várias alterações, visando adaptar o texto às nuances da modernidade. Apesar disso, 
ela continua sendo o principal instrumento para regulamentar as relações de trabalho e proteger os 
trabalhadores.
O Decreto nº 3.048, promulgado em 6 de maio de 1999, disciplina a concessão de benefícios pela 
Previdência Social no Brasil. Nele constam os requisitos para requerimento da aposentadoria inclusive 
especial.
A Subseção IV, da Seção VI, do Decreto No 3.048 trata da Aposentadoria Especial:
§ 1o A concessão da aposentadoria especial prevista neste artigo dependerá da com-
provação, durante o período mínimo fixado no caput: (Redação dada pelo Decreto nº 
8.123, de 2013)
I - Do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente; e (Incluído pelo 
Decreto nº 8.123, de 2013)
II - Da exposição do segurado aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou a as-
sociação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física. (Incluído pelo Decreto 
nº 8.123, de 2013)
§ 2o Consideram-se condições especiais que prejudiquem a saúde e a integridade física 
aquelas nas quais a exposição ao agente nocivo ou associação de agentes presentes no 
ambiente de trabalho esteja acima dos limites de tolerância estabelecidos segundo cri-
térios quantitativos ou esteja caracterizada segundo os critérios da avaliação qualitativa 
dispostos no § 2º do art. 68. (Redação dada pelo Decreto nº 8.123, de 2013)
Art. 65. Considera-se tempo de trabalho permanente aquele que é exercido de forma 
não ocasional nem intermitente, no qual a exposição do empregado, do trabalhador 
avulso ou do cooperado ao agente nocivo seja indissociável da produção do bem ou 
da prestação do serviço. (Redação dada pelo Decreto nº 8.123, de 2013). (BRASIL, 1999).
Algumas ações do Ministério da Saúde e da Previdência Social são semelhantes em relação à saúde do 
trabalhador. Ambos recebem a notificação de agravos à saúde e os riscos relacionados com o trabalho, 
alimentado regularmente o sistema de informações dos órgãos e serviços de vigilância, assim como a base 
de dados de interesse nacional. Eles estabelecem rotina de sistematização e análise dos dados gerados 
nos atendimentos aos agravos à saúde relacionados ao trabalho, de modo a orientar as intervenções de 
vigilância, a organização dos serviços e das demais ações em relação a saúde do trabalhador. 
A Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, dispõe sobre os planos de benefícios da Previdência Social e dá 
outras providências. É nela que se encontram as definições de acidente e doenças do trabalho. 
HIGIENE OCUPACIONAL32
O Art. 21 desta Lei define o que caracteriza acidente do trabalho e o Art. 21- A, aborda a perícia médica 
do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, caracterizando a natureza acidentária da incapacidade quan-
do constatar ocorrência de nexo técnico epidemiológico - NTEP entre o trabalho e o agravo, decorrente 
da relação entre a atividade da empresa ou do empregado doméstico e a entidade mórbida motivadora 
da incapacidade elencada na Classificação Internacional de Doenças – CID, em conformidade com o que 
dispuser o regulamento. (BRASIL, 1991). 
É preciso estar atento aos conceitos trabalhista e previdenciário, às alterações na legislação para cum-
prir efetivamente o que é estabelecido. Neste caso, faz-se necessária muita leitura!
Em relação a estes temas, pesquise no site do Ministério do Trabalho através do link 
http://acesso.mte.gov.br/legislacao/ e da Previdência Social com o link http://www.
previdencia.gov.br/legislacao/, para buscar se atualizar na legislação pertinente a cada 
área.
 SAIBA 
 MAIS
As Normas Regulamentadoras - NRs, relativas à segurança e medicina do trabalho, devem ser cumpridas 
obrigatoriamente pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração diretae 
indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos 
pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.
O não cumprimento das disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho 
acarretará ao empregador a aplicação das penalidades previstas na legislação pertinente.
O Decreto nº 7.602, de 7 de novembro de 2011, dispõe sobre a Política Nacional de Segurança e Saúde 
no Trabalho – PNSST e tem como objetivo e princípios:
I - A Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho - PNSST tem por objetivos a 
promoção da saúde e a melhoria da qualidade de vida do trabalhador e a prevenção de 
acidentes e de danos à saúde advindos, relacionados ao trabalho ou que ocorram no 
curso dele, por meio da eliminação ou redução dos riscos nos ambientes de trabalho; 
II -A PNSST tem por princípios:
a) universalidade;
b) prevenção;
c) precedência das ações de promoção, proteção e prevenção sobre as de assistência, 
reabilitação e reparação;
d) diálogo social; e
e) integralidade;
 III -Para o alcance de seu objetivo a PNSST deverá ser implementada por meio da articu-
lação continuada das ações de governo no campo das relações de trabalho, produção, 
consumo, ambiente e saúde, com a participação voluntária das organizações represen-
tativas de trabalhadores e empregadores; (BRASIL, 2011).
2 LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO 33
Muitas mudanças em relação à legislação trabalhista e previdenciária estavam previstas para aconte-
cer no ano de 2017. Devido à crise política instaurada neste ano em questão, estas mudanças ficaram 
pendentes.
Figura 6 - Brasília
O profissional da área de saúde e segurança do trabalho precisa conhecer muito bem a legislação tra-
balhista e previdenciária. Precisa fazer cumprir suas determinações, conhecer seus conceitos e definições.
Fique atento também às Convenções da OIT referentes à segurança e saúde do 
trabalhador.
 FIQUE 
 ALERTA
Você deve estar curioso para conhecer e aprofundar seus conhecimentos sobre a legislação aplica-
da à saúde e segurança! Na sequência, você irá aprender este conteúdo voltado para a área de Higiene 
Ocupacional na esfera regional.
2.5 LEGISLAÇÃO REGIONAL APLICADAS À SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO
Cada Estado e Município brasileiro possui Decretos, Emendas Constitucionais, Leis, Estatutos, as quais 
devem ser seguidas. É preciso estar atento à legislação regional no que diz respeito à saúde e segurança 
do trabalho.
Consultar a legislação estadual, verificar as leis municipais, órgão fiscalizadores é muito importante. Um 
exemplo é a Lei do PSIU da Prefeitura Municipal de São Paulo, que trata do silêncio urbano:
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HIGIENE OCUPACIONAL34
O Programa de Silêncio Urbano (PSIU) da Prefeitura de São Paulo, ao combater a po-
luição sonora na cidade de São Paulo, tem a missão de tornar mais pacífica a convivência 
entre estabelecimentos e os moradores da vizinhança. O PSIU fiscaliza apenas confina-
dos, como bares, boates, restaurantes, salões de festas, templos religiosos, indústrias e 
até mesmo obras. A Lei não permite a vistoria de festas em casas, apartamentos e con-
domínios, por exemplo.
Com a aprovação pela Câmara Municipal e sanção do prefeito Fernando Haddad da 
nova lei de zoneamento da cidade de São Paulo – Lei nº 16.402, de 23 de março de 2016 
-, o órgão não baseia mais suas ações nas leis da 1 hora e a do ruído. A primeira deter-
minava que, para funcionarem após a 1 hora da manhã, os bares e restaurantes deve-
riam ter isolamento acústico, estacionamento e segurança. Já a Lei do Ruído controla a 
quantidade de decibéis emitidos pelos estabelecimentos, a qualquer hora do dia ou da 
noite, inclusive em obras.
A partir da vigência da nova lei de zoneamento, foi estabelecido, em seu artigo 146, 
que fica proibida a emissão de ruídos, produzidos por quaisquer meios ou de quaisquer 
espécies, com níveis superiores aos determinados pela legislação federal, estadual ou 
municipal, prevalecendo a mais restritiva. 
O artigo 147, por sua vez, determina que os estabelecimentos que comercializem be-
bida alcoólica e que funcionem com portas, janelas ou quaisquer vãos abertos ou ainda 
que utilizem terraços, varandas ou espaços assemelhados, bem como aqueles cujo fun-
cionamento cause prejuízo ao sossego público, não poderão funcionar entre 1h e 5h da 
madrugada.
Por fim, o artigo 148 da lei estabelece as penalidades aos infratores. No caso do artigo 
146, multa de R$ 10 mil na primeira infração e intimação para cessar a irregularidade; na 
segunda, o valor dobra, R$ 20 mil, e é feita nova intimação; na terceira, a multa triplica, 
R$ 30 mil, e é feito o fechamento administrativo do estabelecimento. Em caso de 
violação do artigo 147, os valores são os seguintes: R$ 8 mil, R$ 16 mil e R$ 24 mil. E, em 
caso de descumprimento do fechamento administrativo, é instaurado inquérito policial, 
com base no artigo 330 do Código Penal. (SÃO PAULO, 2016)
Viu só como assuntos regionais são tratados em particular! Verifique no seu Estado o que determina a 
legislação.
Órgãos fiscalizadores estão atentos ao cumprimento desta legislação e, em alguns casos, estabelecem 
as suas regras. O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), por exemplo, é o órgão de fis-
calização, de controle, de orientação e de aprimoramento do exercício e das atividades profissionais da 
Engenharia, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia, em seus níveis médio e superior. 
É o órgão que pode emitir um auto de infração quando, em ação de fiscalização, verificar infringência à 
legislação que regulamenta o exercício profissional.
2 LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO 35
Outro órgão fiscalizador é a Delegacia Regional do Trabalho (DRT). De acordo com a NR 1: 
A Delegacia Regional do Trabalho - DRT, nos limites de sua jurisdição, é o órgão 
regional competente para executar as atividades relacionadas com a segurança e 
medicina do trabalho, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção dos Acidentes do 
Trabalho - CANPAT, o Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT e ainda a fiscalização 
do cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do 
trabalho. (BRASIL, 2009)
Bastante informação, não é verdade! Procure saber como encontrar esta legislação estadual, a mesma 
está disponível em meio eletrônico, nos sites das prefeituras, do Governo Estadual, federal etc.
 RECAPITULANDO
Neste capítulo, foi abordada a legislação que rege a segurança do trabalho e a Higiene Ocupacional. 
Aqui você pôde aprender a importância da lei no âmbito nacional, estadual e regional. 
Foram apresentadas as Normas Regulamentadoras do MTE, as Notas Técnicas, as NBRs, e a legislação 
regional. Dentre as Normas Regulamentadoras, foram citadas apenas três neste capítulo, mas elas 
não deixam de se relacionar com as outras e nem são mais importantes, apenas são direcionadas 
ao assunto abordado. 
Você estudou o que é e quando são elaboradas as Notas Técnicas. Nem sempre um determinando 
item normativo novo ou atualizado fica claro para o empregador ou para quem é destinado, sendo 
necessária uma nota de esclarecimento, que é a Nota Técnica. 
Outro item abordado neste capítulo foram as Normas Brasileiras, especificamente as normas 
da ABNT. Essas Normas Brasileiras fornecem regras, diretrizes ou características mínimas para 
atividades ou para seus resultados. 
Por fim, foi apresentada a organização da legislação regional, em que cada Estado e Município 
elabora Leis, Decretos, Emendas estabelecendo regras em questões regionais. Soube também que 
existem órgãos fiscalizadores, que os mesmos também ditam regras orientativas e fazem cumprir 
as demais regras.
3
A partir de agora, você começa seus estudos sobre Higiene Ocupacional, uma ciência vol-
tada à prevenção de riscos à saúde do trabalhador gerados pelo ambiente de trabalho e pela 
atividade profissional.
Muitas atividadesindustriais ou ambientes de trabalho são insalubres e colocam em risco a 
saúde dos trabalhadores. Fazendo o nexo da doença com o agente causador, o profissional da 
saúde realiza o tratamento médico adequado, possibilitando ao trabalhador retornar às suas 
funções. No entanto, ao retornar às suas atividades e se expor novamente aos riscos presentes 
no local de trabalho, a doença pode reaparecer, formando um ciclo vicioso. 
É preciso tratar o ambiente e as atividades laborais6, não o trabalhador, tornando-os salubre7. 
É aí que a Higiene Ocupacional atua, na antecipação, reconhecimento, avaliação e controle das 
condições e locais de trabalho, visando à preservação da saúde e bem-estar dos trabalhadores. 
A Higiene Ocupacional é uma ciência nova, que teve seu maior desenvolvimento nas últi-
mas décadas, quando foi considerada como ciência. Teve seu maior crescimento nos Estados 
Unidos da América, onde ficou conhecida como Higiene Industrial. Lá o termo “Industrial” tem 
mais relação com toda atividade laborativa, sendo que a tradução para o português não é a 
mais adequada. Aqui, o termo “Ocupacional” é o mais real escopo para esta ciência.
No Brasil, havia uma tendência a relacionar a Higiene Industrial com Higiene do Trabalho 
devido à sua relação com as demais denominações de Medicina do Trabalho, Técnico de 
Segurança do Trabalho, dentre outras. Atualmente já é reconhecida como Higiene Ocupacional.
A visão desta ciência é antecipar e reconhecer situações que tenham um grande potencial 
de risco e aplicar medidas de controle de engenharia antes que apareçam danos à saúde do 
trabalhador.
Você deve estar muito ansioso para iniciar seus estudos neste assunto, não é verdade?
Assim, ao final deste capítulo, você terá subsídios para: 
a) identificar os riscos inerentes às atividades laborais a serem avaliados nos processos de 
trabalho e ou novos projetos;
6 Relativo a trabalho
7 Que faz bem à saúde; que contribui para a saúde; sadio, saudável.
Higiene Ocupacional
HIGIENE OCUPACIONAL38
b) identificar situações de risco grave e iminente durante a avaliação nos processos de trabalho e ou 
novos projetos, agindo de acordo com os procedimentos padrão e ou de emergência da empresa;
c) reconhecer os fluxos operacionais da empresa;
d) reconhecer as técnicas de análises quantitativas e qualitativas aplicáveis à avaliação de riscos;
e) identificar as técnicas e metodologia de avaliação adequada à classificação de riscos do objeto de 
análise;
f ) correlacionar as especificações dos equipamentos de avaliação com padrão mínimo exigido nas 
Norma Técnicas;
g) reconhecer as técnicas de registro disponibilizadas pela empresa;
h) operar equipamentos de acordo com a técnica de análise adequada à classificação dos riscos;
i) correlacionar os itens exigidos na legislação, normas e notas técnicas, ao ambiente laboral;
j) correlacionar os resultados obtidos na avaliação quantitativa com os padrões estabelecidos na 
legislação;
k) identificar os indicadores de saúde com base no relatório anual do PCMSO e a análise global do PPRA 
e demais programas relacionados à saúde, segurança e meio ambiente de trabalho;
l) identificar a descrição das funções e atribuições desempenhadas na empresa;
m) agrupar funções de acordo com a semelhança à exposição de riscos;
n) cumprir normas e procedimentos de segurança estabelecidos pela empresa para avaliação de pro-
cesso de trabalho e ou novo projeto, a fim de garantir a saúde e integridade física;
o) reconhecer novas tecnologias inerentes a prevenção da saúde e segurança do trabalho;
p) correlacionar os valores de novas aquisições com o orçamento disponível para ações de prevenção 
da saúde e segurança do trabalho;
q) identificar eventuais penalidades por ocasião do não atendimento às exigências legais;
r) identificar a relação de custo x benefício dos bens e serviços associados à saúde e segurança do 
trabalho;
s) identificar momentos de parada na produção para implementação de medidas corretivas e ou pre-
ventivas;
t) interpretar os dados das análises de saúde e segurança do trabalho, realizados na empresa;
u) correlacionar os resultados das inspeções e avaliações com a legislação vigente inerentes a SST.
3 HIGIENE OCUPACIONAL 39
Ao final deste capítulo, você terá subsídios para antecipar, reconhecer, avaliar e controlar as condições 
e locais de trabalho, com o objetivo de preservar a saúde do trabalhador através da sanidade do local de 
trabalho. É muito importante que você entenda os princípios de Higiene Ocupacional, pois é a partir desta 
ciência que o higienista, o profissional de saúde e segurança do trabalho, juntamente com as áreas fabris, 
poderão manter o ambiente de trabalho adequado às práticas laborais, sem colocar a saúde do trabalha-
dor em risco através da exposição ocupacional aos agentes de riscos ambientais. Entusiasmado para dar 
início aos seus estudos? Ao longo deste capítulo, você poderá perceber o quão interessante é estudar HO. 
Vá em frente e verifique! 
Bons estudos!
HIGIENE OCUPACIONAL40
3.1 PRINCÍPIOS
O termo higiene ocupacional foi preferido internacionalmente para definir o campo de atuação desta 
ciência, após as conclusões extraídas durante a Conferência Internacional de Luxemburgo, ocorrida de 16 
a 21 de junho de 1986, que contou com a participação de representantes da:
a) Comunidade Econômica Europeia – CEE;
b) Organização Mundial da Saúde – OMS;
c) Comissão Internacional de Saúde Ocupacional – ICOH;
d) American Conference of Governamental Industrial Hygienists – ACGIH.
A Higiene Ocupacional visa à prevenção da doença ocupacional por meio da antecipação, do reco-
nhecimento, da avaliação e do controle dos agentes ambientais. Exercitar a Higiene Ocupacional é utilizar 
conhecimentos toxicológicos, médicos, de engenharia, o monitoramento biológico através de informa-
ções seguras, corretas e confiáveis para promover a saúde ocupacional dos trabalhadores.
Agentes ambientais podem ser considerados os agentes agressivos presentes nas atividades laborais 
que possam gerar acidentes de trabalho ou provocar enfermidades, prejuízos à saúde e mal-estar, descon-
forto significativo e ineficiência nos trabalhadores ou entre as comunidades vizinhas e ao meio ambiente.
Veja, na imagem, a seguir, um exemplo de agente de risco ambiental presente no local de trabalho. A 
imagem mostra um processo de solda no qual há presença de radiação e fumos metálicos no ar.
Figura 7 - Processo de solda
A Higiene Ocupacional é responsável pela manutenção do ambiente de trabalho sadio com intuito 
de prevenir doenças ou lesões nos trabalhadores provenientes de suas atividades através da exposição a 
agentes ambientais, como o calor, ruído, vibração, manuseio de substâncias químicas e agentes biológicos. 
É uma especialização de importância crescente, pois a conscientização de que o ambiente de trabalho não 
deve causar danos à saúde do trabalhador tem-se imposto, infelizmente, às custas de muitas vidas. É uma 
das disciplinas chamadas de prevencionista, visando à preservação da segurança e da saúde do trabalha-
dor no seu ambiente de trabalho.
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3 HIGIENE OCUPACIONAL 41
Segundo a Organização das Nações Unidas no Brasil (ONUBR, 2017), se não for garantida uma gestão 
ambiental responsável de substâncias nocivas, haver uma regulação adequada e a eliminação progressiva 
do uso de alguns compostos especialmente perigosos, nós continuaremos a ver mais vidas sendo perdidas 
para a intoxicação, a contaminação e a poluição. Muitas vezes são divulgadas notícias nos meios de comu-
nicação dizendo que a poluição não é um problema apenas de países em desenvolvimento, pois países 
importantes da Europa também estão no combate aos gases tóxicos.
A Higiene Ocupacional é uma ciência multidisciplinar a qual envolve o trabalho de profissionais de 
diversas áreas de conhecimento, tais como:
a) engenharia;
b) medicina;
c) química;
d) saúde pública;
e) toxicologia e muitas outras áreas afins, que se realizam

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