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Miologia e controle motor - Anatomia

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anatomia	Amanda goedert
	
	
Componentes NeurAIS DO cONTROLE mOTOR
 Sistema somatosensorial
• Receptores
• Nervos
• S.N.C.
• Músculos
 O sistema somatosensorial difere de outros sistemas por apresentar receptores pelo corpo e não concentrados em locais especializados e por responder a vários estímulos que se agrupam em quatro categorias:
· Toque, temperatura, dor e propriocepção
Músculos e Tec. Conjuntivo
 As fibras musculares e o tecido conjuntivo estão intimamente interligados e formam um conjunto de funções:
· Epimísio: camada de tecido conjuntivo frouxo localizada diretamente sob a fáscia muscular (ver b), estabelece a conexão com o músculo
· Perimísio: Importante para a transferência de tensão do músculo para o tendão
 Reúne múltiplos feixes primários em chamados feixes secundários (ver a), que têm muitos milímetros de espessura e por isso, podem ser vistos a olho nu (“fibras carnosas”)
· Endomísio: bainha mais interna de tecido conjuntivo (importante para a resistência à tração do músculo)
 Envolve as células musculares individuais e combina-as em feixes primários de 200 a 250 fibras musculares (células musculares).
 Contém os ramos terminais dos axônios motores para as placas motoras finais, bem como numerosos capilares (300 a 400/mm2) - importante para a irrigação do músculo
Unidade motora
 Conjunto de todas as fibras musculares que são inervadas por uma única fibra nervosa motora (axônio de um neurônio motor da medula espinal = motoneurônio do tipo α).
 Motoneurônio alfa é o neurônio que sai da medula e vai diretamente para os músculos
 Há unidades motoras pequenas (< 100), com fibras musculares de contração predominantemente rápida
 Há grandes unidades motoras (muitos milhares de fibras musculares), com fibras musculares de contração predominantemente lenta
Placa Motora
 O axônio motor origina várias ramificações em sua terminação (um ramo por fibra muscular)
 Perde a sua bainha de mielina e faz contato fisiológico em cada um desses ramos com uma placa motora (sinapse neuromuscular)
 Ocorre a transmissão sináptica do potencial de ação do motoneurônio para a fibra muscular, por meio de um neutrotransmissor
Propriocepção & Receptores
Propiocepção:
 Conjunto de informações aferentes oriundas
• das articulações, 
• músculos, 
• tendões 
• projetados para o sistema nervoso central (SNC) para processamento, influenciando as respostas reflexas e o controle motor voluntário. 
• contribui para o controle postural, estabilidade articular e diversas sensações conscientes
Receptores:
 Têm especial relação com o controle postural por informarem continuamente ao SNC a posição de cada segmento corpóreo em relação a outro possibilitando a representação da geometria estática e dinâmica do corpo
 Fuso Neuromuscular: São mecanorreceptores localizados no interior dos músculos esqueléticos considerados a unidade contrátil reguladora, monitorando a velocidade e duração do alongamento do músculo
 Motoneurônio gama controla o fuso neuromuscular
 Órgão tendíneo de golgi: 
· Ativados pelo estiramento passivo do tendão, mas são muito mais sensíveis à contração ativa do músculo
· Importantes para fornecer a informação proprioceptiva que complementa a informação que chega dos fusos neuromusculares.
 Fuso Neuromuscular:
· A organização dos fusos lhes permite monitorar ativamente as condições do músculo a fim de comparar os movimentos pretendidos e reais
· Fornece um input detalhado para os centros espinais, cerebelares, extrapiramidais e corticais a respeito do estado do aparelho locomotor.
Arco reflexo
 A substância cinzenta da medula espinal também atua na coordenação local da atividade muscular no nível da medula espinal, sem que a consciência seja ativada
 O trajeto sensitivo para impulsos de propiocepção, exterocepção, nocicepção (dor) e viscerocepção, da periferia até a medula é a mesmo
 O arco reflexo é essencial para a manutenção do tônus muscular e na postura ereta (via inervação dos músculos posturais do pescoço, dorso e membros inferiores).
 É anatomicamente, o mais simples dos reflexos
 Mediado unicamente por um neurônio aferente e um eferente
Vias sensoriais
Circuito neural da inervação sensitiva e motora:
 Vias que levam impulsos da medula para níveis superiores do SNC.
Corpo Medula Cérebro
 Vias que levam impulsos do SNC (comandos motores) até os músculos ou outras regiões do SNC.
Cérebro Medula Músculos
Inervação Motora: 1º e 2º Neurônios Motores
 Os 1º neurônios motores ou motoneurônios (em vermelho-escuro) estão localizados no córtex motor.
 Seus axônios se agregam para formar o trato corticospinal
 Os axônios se estendem juntos através da substância branca do encéfalo até a medula espinal.
 A maioria dos axônios cruza para o lado oposto, no nível da região inferior do bulbo, antes de atingir a medula espinal
 Chamada decussação das pirâmides
 A partir daqui o trato é chamado de piramidal
 Na medula espinal, esses axônios dos 1º motoneurônios estabelecem conexões sinápticas com os 2º motoneurônios (em vermelho-claro)
 Sob estímulos, promovem a contração dos respectivos músculos esqueléticos inervados.
 Os 2º motoneurônios são influenciados em sua atividade por aferências derivadas da periferia (representadas em azul). 
 Esse circuito é caracterizado como um arco reflexo.
Lesões de motoneurônios
Superior
1º Neurônio: 
 Localizados no córtex motor. 
 Seus axônios se agregam para formar o trato corticospinal 
 Os axônios se estendem juntos através da substância branca do encéfalo até a medula espinal
 Quando um 1º motoneurônio é lesado (incluindo seu axônio) (p. ex., durante um acidente vascular cerebral), as influências do trato piramidal sobre os 2º motoneurônios (ou motoneurônios α) falham e também, consequentemente, a regulação consciente e controlada da musculatura esquelética pelo cérebro
 Além do trato piramidal, outros tratos motores suplementares (extra-piramidais), também decaem de função.
 Como consequência da lesão, estabelecem-se circuitos locais no plano da medula espinal
 Desse modo, as aferências derivadas das raízes dorsais afetam os motoneurônios α de modo isolado e sem cooperação por parte do trato piramidal.
 Esses circuitos levam a contração permanente involuntária, de natureza patológica, dos músculos situados abaixo da lesão, caracterizando o que se chama de paralisia espástica ou central 
 Ex: o músculo precisa ser movimentado pelo examinador contra uma resistência interna inconsciente oferecida pelo paciente
Inferior
2º Neurônio:
 Caso o 2º motoneurônio (ou motoneurônio α) (inclusive seu axônio) seja lesado, o resultado é paralisia flácida ou periférica
 O músculo pode ser movimentado pelo examinador sem resistência do paciente, uma vez que não há eferências que atinjam o músculo

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