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Resumo de Etica para OAB

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Atividade de Advocacia
São atividades privativas do advogado:
a) Assessoria e Consultoria da Advocacia: As atividades de assessoria e consultoria jurídica, seja em empresa pública ou privada, são privativas de advogados, não podendo ser praticadas por bacharéis em Direito, ainda que se trate de um bacharel já aprovado no Exame de Ordem.
Vale lembrar que a aprovação no Exame de Ordem é apenas um dos requisitos para se obter a inscrição como advogado junto a OAB, devendo-se cumprir com os demais requisitos previstos no art. 8º do Estatuto da Advocacia.
Contrato social: qualquer ato constitutivo de pessoa jurídica, para ser levado a registro no órgão competente, deverá ser visado por advogado, à exceção das microempresas e empresas de pequeno porte, que têm essa dispensa prevista no Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (LC123/2006).
A exigência do visto do advogado nos atos constitutivos de pessoa jurídica não deve ser intepretada como mera formalidade, mas sim como um responsabilidade efetiva do profissional que deverá analisar, não só, a forma, mas também o conteúdo do referido documento.
Dica: Estão impedidos de visar atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas os advogados que prestem serviços a órgãos ou entidades da Administração Pública direta ou indireta, da unidade federativa a que se vincule a Junta Comercial, ou a quaisquer repartições administrativas competentes para o mencionado registro.
Divulgação e associação da advocacia com outra atividade: não se admitirá a divulgação na advocacia, nem a associação com qualquer profissão ou atividade, seja mercantil, de natureza beneficiente, lucrativa ou não lucrativa.
Dessa forma, o advogado pode anunciar os seus serviços profissionaism individual ou coletivamente, desde que observe á discrição e a moderação, somente para finalidade exclusivamente informativa, sendo vedada a divulgação em conjunto com outras atividades.
Essa vedação procura evitar a mercantilização da advocacia, afastando a captação indevida de clientela e de causas, assim como a concorrência desleal.
Atenção: O advogado pode ter ou exercer outra profissão, desde que não exerça no mesmo espaço físico que é designado para a advocacia!
Os integrantes da advocacia são elegíveis e podem integrar qualquer órgão da OAB.
Os magistrados, promotores de justiça e serventuários do Poder Judiciário, por não realizarem atividade de advocacia, estão excluídos do regime do Estatuto da Advocacia.
Nulidade dos atos praticados: serão considerados nulos todos os atos privativos de advogado praticados por pessoa não inscrita na OAB, sem prejuízo das sanções civis, penais e administrativas, assim como os atos praticados por advogado impedido - no âmbito do impedimento - suspenso, licenciado ou que passar a exercer atividade incompatível com a advocacia.
Exercício da advocacia: o efetivo exercício da advocacia se dá com a prática de 5 atividade privativas da advocacia, previstos no art. 1º do Estatuto, em causas ou questões distintas. Sendo assim, a prática de atos privativos de advocacia, por profissionais e sociedades não inscritos na OAB, constitui exercício ílegal da profissão.
b) Postulação em órgão do Poder Judiciário: a postulação exclusiva do advogado em juízo encontra-se no art. 133 da CF/88.
"Art. 133. O advogado indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei."
Porém, vale lembrar que o texto original do inc. I do art. 1º  do Estatuto da Advocacia, ao estabelecer como atividade privativa de advocacia a postulação em juízo, continha a expressão "qualquer" que foi declarada inconstitucional com o julgamento da ADIn 1.127-8. Dessa forma, em regra deve prevalecer a exigência do advogado para a postulação em órgãos do Poder Judiciário, devendo as exceções serem previstas em lei própria.
Exceções:
- Art. 1º, §1º, da Lei 8.906/94 - Habeas Corpus
- Art. 9º da Lei 9.099/95 - Juízado Especial Cível, nas causas de valores inferiores a 20 salários mínimos
- Art. 10, caput, da Lei 10.259/01 - Juízado Especial Federal
- Art. 2º, caput, da Lei 5.478/68 - Lei de alimentos
- Súmula Vinculante 5 (STF) - Defesa em processo administrativo disciplinar
Atenção: Habeas Data, Mandato de Segurança e Revisão Criminal não se enquadram no rol das exceções de atividades postulatória.
Mandato Judicial
Conceito: é o contrato pelo qual o outorgante (cliente) nomeia e constitui o outorgado (advogado) para representá-lo judicial ou extrajudicialmente. Não se admitirá a outorga de poderes para a sociedade dos advogados, sendo permitida somente aos advogados na condição de pessoa física.
Tipos de Contrato: contrato típico misto fusionado, tendo em vista que o contrato presume, além de uma relação de prestação de serviços advocatícios, uma fixação de honorários.
Início do mandato judicial:
a) Constituição do advogado pelo cliente: tem início o mandato com a assinatura do instrumento de mandato (procuração);
b) Nomeação:
 - ad hoc: nomeação para ato específico e determinado;
 - apud acta: ocorre quando a nomeação fica registrada na ata de audiência. Conhecida também como mandato tácito. Ex: art. 791, § 3º, da CLT.
Extinção do mandato:
a) Substabelecimento sem reserva de poderes ( art. 24 do Código de Ética Disciplinar - CED);
b) Revogação (art. 14 do CED);
c) Renúncia (art. 13 do CED);
d) Arquivamento dos autos ou conclusão da causa (art. 10 do CED).
Dica: O mandato judicial ou extrajudicial não se extingue pelo curso do tempo, desde que permaneça a confiança entre as partes.
O substabelecido somente poderá exigir honorários advocatícios do cliente-outorgante com anuência do substabelecente.
É direito e dever do advogado assumir a defesa criminal, sem considerar sua própria opinião sobre a culpa do acusado.
O substabelecimento sem reserva de poderes exige o prévio e inequívoco conhecimento do cliente.
Prazos:
O advogado postulará, em juízo ou fora dele, fazendo prova imediata do mandato. Afirmando urgência, pode atuar sem procuração, obrigando-se a apresentá-la no prazo de 15 dias, prorrogável por igual perído.
A urgência mencionada para a prorrogação do prazo para a apresentação do mandato possui presunção legal de veracidade a favor do advogado, bastando a sua alegação, sem que haja a necessidade de prova.
Deveres do advogado com relação ao mandato judicial:
a) O advogado não deve aceitar procuração de cliente que já tenha patrono constituído nos autos, sem prévio conhecimento deste, salvo por motivo justo ou para adoção de medidas judiciais urgentes e inadiáveis, sob pena de infração ético-disciplinar punível com censura.;
b) O advogado deve informar o cliente, de forma clara e inequívoca, quanto a eventuais riscos da sua pretensão e às consequências que poderão advir da demanda;
c) Ao fim do mandato judicial, o advogado deverá promover a devolução de bens, valores e documentos recebidos no exercício do mandato e pormenorizada prestação de contas, não excluindo outras prestações solicitadas, pelo cliente, a qualquer momento;
Atenção: O advogado deve prestar contas ao cliente sempre que solicitado a fazê-lo;
O advogado não pode deixar de prestas contas, sob a alegação de compensação de valores devidos pelo cliente;
Dica: O art. 25-A do Estatuto da Advocacia fixou prazo prescricional de 5 anos para a ação de prestação de contas, pelas quantias recebidas pelo advogado de seu cliente, ou de terceiros por conta dele.
d) O advogado não deve deixar ao abandono ou ao desamparo os feitos, sem motivo jsuto e comprovada ciência do constituinte;
e) A renúncia do patrono implica omissão do motivo e a continuidade de responsabilidade profissional do advogado ou escritório de advocacia, durante o prazo estabelecido em lei (10 dias, segundo o art. 5º, §3º, do EAOAB); não fica excluída, todavia, a responsabilidade pelos danos causados dolosa ou culposamente aos clientes ou a terceiros;
f) Os advogado integrantes da mesma sociedade profissional, ou reunidosem cárater permanente para cooperação recíproca, não podem representar em juízo clientes com interesses opostos;
g) Havendo conflito de interesse, entre seus constituintes, e não estando acordes os interessados, o advogado, com a devida prudência e discernimento, optará por um dos mandatos, renunciando aos demais, resguardado o sigilo profissional;
h) O advogado, ao postular em nome de terceiros, contra ex-cliente ou ex-empregador, judicial ou extrajudicialmente, deve resguardar o segredo profissional e as informações reservadas ou privilegiadas que lhe tenham sido confiadas;
i) O advogado deve abster-se de patrocinar causa contrária à ética, à mora ou à validade de ato jurídico em que tenha colaborado ou que tenha orientado ou conhecido em consulta; da mesma forma, deve declinar seu impedimento ético quando tenha sido convidado pela outra parte, se esta lhe houver revelado segredos ou obtido seu parecer;
j) O advogado não é obrigada a aceitar a imposição de seu cliente que pretenda ver com ele atuando outros advogados, nem aceitar a indicação de outro profissional para com ele trabalhar no processo; e
l) É defeso ao advogado funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e preposto do empregador ou cliente.
Direitos do Advogado
Ao se estabelecer direitos aos advogados, o Estatuto da Advocacia procurou assegurar a independência do advogado diante dos órgãos e das autoridades públcias, além de assegurar o efetivo exercício profissional e garantir a aplicação da justiça.
- Exercer, com liberdade, a profissão em todo o território nacional;
Constitui direito do advogado exercer, com liberdade, a profissão em todo o território nacional. No entanto, caso pretenda atuar de forma habitual em Estado diverso do queal mantém sua inscrição principal, deverá promover inscrição suplementar no Conselho Seccional da OAB do referido Estado.
- A inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia;
A finalidade da inviolabilidade prevista no Estatuto da Advocacia é a liberdade da defesa e do sigilo profissional do cliente.
Dica: Requisitos para a quebra da inviolabilidade: presentes indícios de autonomia e materialidade de crime por parte de advogado, a autoriade judiciária competente poderá decretar a quebra da inviolabilidade em decisão motivada, expedindo mandado de busca e apreensão, específico e pormenorizado, a ser cumprido na presença de representante da OAB, sendo vedada a utilização dos documentos, das mídias e dos objetos pertencentes a clientes do advogado averiguado, bem como dos demais instrumentos de trabalho que contenham informações sobre clientes, salvo se houver entre cliente e advogado coautoria nou participação na prática do crime que deu causa à quebra da inviolabilidade.
- Comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis;
Essa prerrogativa tem por finalidade assegurar a qualquer cidadão preso o direito de ser assistido por advogado, conforme determina o art. 5º, LXIII, da CF/88.
- Ter a presença de representante da OAB quando preso em flagrante por motivo ligado ao exercício da advocacia, para lavratura do respectivo auto, sob pena de nulidade, e, nos demais casos, a comunicação expressa à seccional da OAB;
A prisão do advogado em flagrante, no exercício da advocacia, só deve ocorrer em casos excepcionais, como nos casos de crimes inafiançáveis.
- Não ser recolhido preso antes de sentença transito em julgado, senão em sala de Estado Maior, com instalações e comidades condignas, assim reconhecidas pela OAB, e, na sua falta, em prisão domiciliar (o STF, no julgamento da ADIn 1.1127-8, declarou inconstitucional a expressão "assim reconhecidas pela OAB", contida originalmente no inciso.)
- Ingressas livremente:
a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que separam a parte reservada dos magistrados;
b) nas salas e dependências de audiências, secretárias, cartórios, ofícios de justiça, serviços notarias e de registros e, no caso de delegacia e prisões, mesmo fora da hora do expediente e independentemente da presença de seus titulares;
c) em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial ou outro serviço público onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou informação útil ao exercício da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele, e ser atendido, desde que se ache presente qualquer servidor ou empregado; e
d) em qualquer assembléia ou reunião de que participe ou possa participar o seu cliente, ou perante a qual este deva comparecer, desde que munido de poderes especiais;
- Permanecer sentado ou em pé e retirar-se de quaisquer órgãos supra mencionados, independentemente de licença;
- Dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, independentemente de horário previamente marcado ou outra condição, observando-se a ordem de chegada;
- Sustentar oralmente as razões de qualquer recurso ou processo, nas sessões de julgamento, após o voto do relator, em instância judicial ou administrativa, pelo prazo de 15 minutos, salvo se prazo maior for concedido;
Dica: O STF, no julgamento da ADIn 1.105-7/DF, declarou inconstitucional o referido direito, portanto, o advogado deverá realizar a sustentação oral antes do voto do relator, seguindo a regra do art. 554 do CPC, exceto no processo disciplinar, onde poderá se manifestar após o voto do relator (art.53, §3º, do CED).
- Usar da palavra, pela ordem, em qualquer juizo ou tribunal, mediante intervenção sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos, documentos ou afirmações que influam no julgamento, bem como para replicar acusação ou censura que lhe for feita;
Procura-se atravpes desta prerrogativa impedir que injustiças ocorram em decorrência de incorreções ou equívocos causados pelos magistrados, além de garantir a liberdade de expressão do advogado, pois o uso da palavra é fundamental para o exercício da advocacia.
- Reclamar, verbalmente ou por escrito. perante qualquer juízo, tribunal ou autoridade, contra a inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento;
- Falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou órgão de deliberação coletiva da Administração Pública ou do Poder Legislativo;
- Examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da Administração Pública em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem procuração, quando não estejam sujeitos a sigilo, assegurada a obtenção de cópias, podendo tomar apontamentos;
- Examinar em  qualquer repartição policial, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de inquérito, findos ou andamento, ainda que conclusos á autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos;
- Ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartório ou na repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais, exceto os processos sob regime de segredo de justiça, quando existirem nos autos documentos originais de díficil restauração ou quando ocorrer circunstância relevante que justifique a permanência dos autos no cartório, secretária ou repartição, reconhecida pela autoridade em despacho motivado, proferido de ofício, mediante representação ou a requerimento da parte interessada;
- Retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, pelo prazo de 10 dias, exceto processos sob regime de segredo de justiça, quando existirem nos autos documentos originais de díficil restauração ou quando ocorrer circunstância relevante que justifique a permanência dos autos no cartório, proferido de ofício, mediante representação ou a requerimento da parte interesada;
- Ser pulicamente desagravado, quando ofendido no exercício da profissão ou em razão dela;
Dica: Diante de ofensa ocorrida no territórioda Subseção em que esteja vinculado o inscrito, a sessão de desagravo pode ser promovida pela Diretoria ou Conselho da Subseção, com representação do Conselho Seccional.
- Usar os símbolos privativos da profissão do advogado:
Convém lembrar que esta prerrogativa autoriza somente o uso de símbolos da profissão não autorizando a utilização de símbolos da OAB, como, por exemplo, seu logotipo.
- Recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seka ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional;
Trata-se de prerrogativa extremamente importante que está relacionada ao sigilo profissional, sendo este um direito/dever do advogado. Sob este aspecto, o advogado, mesmo que intimado judicialmente a depor, deve manter o sigilo de todas as informações obtidas em razão do exercício de sua atividade.
Note-se que o advogado, se intimado, não pode ausentar-se da audiência, devendo comparecer e informar que por força de sua atuação profissional encontra-se impedido de prestar depoimento.
- Retirar-se do recinto onde se encontre aguardando pregão para ato judicial, após trinta minutos do horário designado e ao qual não tenha comparecido a autoridade que deva presidir a ele, mediante comunicação protocolizada em juízo;
Devemos observar que esta prerrogativa não se aplica quando o magistrado encontra-se atrasado no cumprimento da pauta de audiências.
Atenção: O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria ou difamação puníveis, qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer. O STF, no julgamento da ADIn 1.1127-8/DF, declarou inconstitucional a expressão "desacato", contida originalmente no inciso.
- O Presidente do Conselho Federal, do Conselho Seccional ou da Subseção, ao tomar conhecimento de fato que possa causar, ou que já tenha causado, violação de direitos ou prerrogativas da profissão, devem adotar as providências judiciais e extrajudiciais cabíveis para prevenir ou restaurar o império do Estatuto, inclusive mediante representação administrativa.
- O advogado contará com a assistência de representante da OAB nos inquéritos policias ou nas ações penais em que figurar como indiciado, acusado ou ofendido, sempre que o fato a ele imputado decorrer do exercício da profissão ou a este vincular-se.
Dica: O advogado somente poderá ser preso em flagrante, por motivo de exercício da profissão, em caso de crime inafiançável, na presença de um representante da OAB, sob pena de nulidade do auto de prisão em flagrante.
Inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil
Requisitos para inscrição como advogado  (art. 8º do Estatuto da OAB)
a) Capacidade civil;
A maioridade civil se comprova pelo documento de indentidade. A sanidade é presumida.
b) Diploma ou certidão de conclusão de curso;
Diante da falta de diploma regularmente registrado, o requerente à inscrição pode apresentar certidão de graduação em direito, acompanhada de cópia autenticada do respectivo histórico escolar.
c) Título de eleitor e quitação de serviço militar, se brasileiro;
d) Aprovação no exame da OAB;
e) Não exercer atividade incompatível com a advocacia (art. 28 do Estatuto da OAB);
A incompatibilidade é a proibição total para o exercício da advocacia.
f) Idoneidade Moral;
É requisito para a inscrição na OAB e para permanência como advogado. Está vinculada à prática de crime infamante. Qualquer pessoa pode suscitar a idoneidade moral de um candidato, por intermédio de pedido de declaração de inidoneidade moral, que não poderá ser anônimo, terá caráter incidental em relação ao processo de inscrição e será julgado pelo Conselho Seccional, com exigência de quórum de 2/3 (dois terços) para declaração positiva.
g) Compromisso perante o Conselho Seccional.
O compromisso a ser prestado pelo requerente à inscrição principal no quadro de advogados da OAB é indelegável, por sua natureza solene e personalissíma.
Inscrição Principal: deverá ser realizada no Conselho Seccional onde o advogado pretenda manter seu domicílio profissional. O advogado só poderá ter uma inscrição principal.
Inscrição Suplementar: deverá ser requerida caso o advogado atue em Conselho Seccional diverso daquele no qual mantém inscrição principal, com habitualidade (em mais de cinco causas por ano).
Licenciamento de inscrição: interrupção temporária da inscrição. Será licenciada a inscrição quando o advogado:
a) requerer, desde que com motivos justificados;
b) passar a exercer, em caráter temporário, atividade incompátivel com o exercício da advocacia; e
c) sofrer doença mental curável.
Cancelamentoo de inscrição: interrupção definitva da inscrição. Será cancelada a inscrição quando o profissional:
a) assim o requerer;
b) sofrer penalidade de exclusão;
c) falecer;
d) passar a exercer, em cárater definitivo, atividade incompátivel com a advocacia; e
e) perder qualquer um dos requisitos indispensáveis para a inscrição.
Advogado Estrangeiro
Advogado estrangeiro que queira atuar no Brasil (sem requerer inscrição) - Provimento 91/2000 do Conselho Federal da OAB
- Poderá exercer somente atividades de consultoria/assessoria no direito estrangeiro correspondente ao seu país ou estado de origem;
- É vedado o exercício postulatório judicial ou de consultoria/assessoria em direito brasileiro, ainda que em conjunto com advogado/sociedade de advogados brasileiros;
- Para exercer assessoria/consultoria deverá requerer ao Conselho Seccional do local onde for exercer sua atividade profissional uma autorização (equivalente ao processo de inscrição), que terá duração de 3 anos, renovável a cada período de três anos.
Estrangeiro formado no exterior/ Brasileiro formado no exterios que pretenda ser advogado no Brasil - art. 8º, §2º, do EA
- Deverá cumprir os requisitos da inscrição (art. 8º do EA), inclusive a aprovação no Exame da OAB (o estrangeiro fica dispensado de juntar o título de eleitor e a quitação do serviço militar);
- Quando não graduado em direito no Brasil, deverá fazer prova do título de graduação, obtido pela Instituição estrangeira, devidamente revalidado por órgão oficial brasileiro.
Por força do que dispõe o Provimento 129/2008 do Conselho Federal da OAB, o advogado de nacionalidade portuguesa, em situação regular na Ordem dos Advogados Portugueses, pode inscrever-se no quadro da OAB, sem a necessidade de prestar Exame de Ordem, devendo ser observado no Princípio da reciprocidade de tratamento.
Dica: O advogado pode requerer que sejam registrados em seus assentamentos os fatos comprovados de sua atividade profissional ou cultural, ou a ela relacionados, e os serviços prestados à classe, à OAB e ao País.
Cadastro Nacional do Advogados (CNA) e Cadastro Nacional das Sociedades de Advogados (CNSA)
Compete ao Conselho Seccional da OAB alimentar, automaticamente e em tempo real, por via eletrônica, o CNA e o CNSA, mantendo as informações constantemente atualizadas.
Identidade Profissional 
Para a inscrição suplementar, o cartão é específico. Deve indicar o número da inscrição suplementar em negrito ou sublinhado.
A carteira de identidade do advogado, relativa à inscrição originária, entre outras informações, trás anotações da OAB, firmadas pela Secretário-Geral ou Adjunto, incluindo, as incompatibilidades e os impedimentos; o exercício de mandatos; as designações para comissões; as funções na OAB; serviços relevantes à profissão; os dados da inscrição suplementar pelo Conselho que a deferir.
Atenção: A carteira e o cartão emitidos pela OAB são documentos de identidade profissional de uso obrigatório pelos advogados e estagiários inscritos, no exercício de suas atividades, e equivalem a documento de identidade civil em todo o território nacional. O uso do cartão dispensa o da carteira.
Estágio Profissional
O estágio profissional constitui requisito necessáriopara inscrição no quadro de estagiários da OAB e é meio adequado para a aprendizagem prática.
Pode ser oferecido por instituição de ensino superior autorizada e credenciada, em convênio com a OAB, complementando-se a carga horária do estágio curricular supervisionado com atividades práticas típicas de advogado e de estudo do Estatuto e do Código de Ética e Disciplina, observado o tempo conjunto mínimo de 300 horas distribuído em dois ou mais anos, conforme o art. 27, §1º, do Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB.
Atos do estagiário
Os atos da advocacia podem ser subscritos por estagiários inscrito na OAB, em conjunto como 
Isoladamente o estagiário poderá praticar os seguintes atos:
a) Retirar e devolver autos em cartório, assinando a respectiva carga;
b) Obter junto aos escrivães e chefes de secretárias certidões de peças ou autos de processos em cursos ou findos;
c) Assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais ou administrativos; e
d) Praticar atos extrajudiciais, mediante autorização ou substabelecimento do advogado.
Lembre-se o cartão de identidade do estagiário tem o mesmo modelo e conteúdo do cartão de identidade do advogado, com a indicação de "Identidade de Estagiário", em destaque, e do prazo de validade. Perderá sua validade imediatamente após a prestação do compromisso como advogado.
Sociedade de Advogados
Tipo de sociedade: sociedade civil de prestação de serviços. Não se trata de sociedade mercantil.
Administração social: as sociedades de advogados, sujeitas ao Estatuto da Advocacia e ao Código de Ética e Disciplina da OAB, poderão adotar qualquer forma de administração social, permitida a existência de sócios gerentes, desde que sejam devidamente inscritos na OAB como advogados, devendo constar no contrato social a indicação dos poderes atribuídos.
Atenção: Havendoo redução do número de sócios à unipessoalidade, a pluralidade de sócios deverá ser reconstituída em até 180 dias, sob pena de dissolução da sociedade.
Regras gerais para sociedade de advogados:
a) Registro de seus atos constitutivos junto ao Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede;
Dica: Não se registra sociedade de advogados em Junta Comercial, nem em Cartório de Registro Civil.
b) Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional;
c) O ato de constituição de filial deve ser averbado no registro da sociedade e arquivado junto ao Conselho Seccional onde se instalar, ficando os sócios obrigados a inscrição suplementar;
d) Os advogados sócios de uma mesma sociedade profissional não podem representar em juízo clientes de interesses opostos;
e) A razão social deve ter, obrigatoriamente, o nome, de pelo menos, um advogado responsável pela sociedade, podendo permanecer o de sócio falecido, desde que prevista tal possibilidade no ato constitutivo;
f) O licenciamento do sócio para exercer atividade incompatível com a advocacia em caráter temporário deve ser averbado no registro da sociedade, não alterando sua constituição;
g) O cancelamento do sócio deverá gerar alteração do contrato social, com a retirada do sócio cancelado; e
h) Além da sociedade, o sócio responde subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados aos clientes por ação ou omissão no exercício da advocacia, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar qie possa incorrer.
Não serão levadas a registro as sociedades:
- Que aoresentem formas ou características mercantis;
- Que adotem denominação de fantasia;
- Que realizem atividades estranhas à advocacia;
- Que incluam sócio não inscrito como advogado ou totalmente proibido de advogar.
Advogados associados: As sociedades poderão associar-se com advogados, sem vínculo de emprego, para a participação nos resultados. Os contratos de associação deverão ser averbados no contrato social da sociedade de advogados.
Responsabilidade civil: Os advogados sócios e associados respondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos civis causados ao cliente, nas ações em que atuou, sem prejuízo da responsabilidade criminal e disciplinar em que possa incorrer.
Dica: Não são admitidas razões sociais iguais ou semelhantes.
Nesse caso, deve prevalecer a razão social da sociedade com inscrição mais antiga.
Constatando-se semelhança ou identidade de razões sociais, o Conselho Federal da OAB solicitará, de ofício, a alteração da razão social mais recente.
No caso de conflito de interesses envolvendo sociedades em razão de identidade ou semelhança de razões sociais, em Estados diversos, a questão será apreciada pelo Conselho Federal da OAB.

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