Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Cálculo de Reatores Márcia Dórea Conversão e Dimensionamento de Reatores Conversão Para definir conversão, se escolhe um dos reagentes como a base de cálculo e, então, relaciona-se a essa base as outras espécies envolvidas na reação. Normalmente, o reagente limitante é escolhido como base de cálculo. Ao executar uma reação química, normalmente, os reagentes não estão presentes nas suas quantidades estequiométricas. O reagente consumido em primeiro lugar em uma reação é designado reagente limitante. Reagentes em excesso são aqueles presentes em quantidades superiores às necessárias para reagir com dada quantidade de reagente limitante. Conversão Considerando a reação geral e sendo A o reagente limitante. “Quantos mols de C são formados para cada mol consumido de A?” ou “Como pode-se quantificar o progresso da reação?” Para responder essas questões, define-se um parâmetro chamado conversão. A conversão é o número de mols de A que reagiram por mol de A alimentado no sistema: Conversão Para reações irreversíveis, a conversão máxima é 1,0, ou seja, conversão completa. Para reações reversíveis, a conversão máxima é a conversão obtida no equilíbrio entre a reação direta e a reação indireta, ou seja, quando a composição do sistema não varia mais. Equações de Projeto para o Reator Batelada Lembrando que que é conhecida por equação de projeto (ou desempenho) para um reator batelada ideal, onde ocorre uma reação homogênea, que foi obtida a partir de um balanço molar para uma espécie química . Então para o reagente A, tem-se: Equações de Projeto para o Reator Batelada Lembrando que a conversão do reagente A é que pode ser reescrita na forma Substituindo esta equação na do projeto do reator batelada obtem-se que é a forma diferencial da equação de projeto de um reator batelada em termos da conversão do reagente A. Equações de Projeto para o Reator Batelada Tempo de reação Para determinar o tempo para atingir uma conversão especificada , pode-se rearranjar a última equação obtendo Esta é integrada, sabendo-se que, quando a reação começa em um tempo igual a zero, não há conversão inicialmente. Integrando, , ou seja, obtem-se o tempo necessário para atingir a conversão o tempo de reação A que é a forma integral da equação de projeto de um reator batelada em termos da conversão do reagente A. Equações de Projeto para o Reator Batelada Tempo de reação O tempo de reação é a medida natural de desempenho para reator batelada. Quanto mais tempo os reagentes são deixados no reator, maior será a conversão. Em outras palavras, quanto maior a conversão desejada, maior será o tempo de reação. Equações de Projeto para o Reator Batelada Volume reacional , nas equações de projeto de um reator batelada, refere-se à porção do volume total na qual a reação realmente ocorre. Se uma reação ocorre apenas na fase líquida, não havendo qualquer reação na fase gasosa, então, é o volume do líquido e não o volume geométrico do vaso, que inclui o espaço superior ocupado pelo gás. Por outro lado, se uma reação ocorre apenas na fase gasosa, não havendo fase líquida no reator, o gás preenche completamente o vaso reacional, então, é o volume geométrico do vaso. Equações de Projeto para o Reator Batelada Variação da temperatura com o tempo Um reator batelada ideal é dito isotérmico, quando a temperatura do meio reacional não varia com o tempo. As equações de projeto são válidas tanto para o caso isotérmico, como o não isotérmico. Não confundir com a não variação espacial da temperatura! Num reator batelada ideal, a agitação é tão vigorosa, que a temperatura num determinado instante é igual em todo o reator. Equações de Projeto para o Reator Batelada Volume constante Se o volume for constante em relação ao tempo, então, as equações de projeto de um reator batelada ideal podem ser reescritas em termos da concentração da espécie Reação homogênea onde é a concentração da espécie . Em termos da conversão, onde é a concentração inicial do reagente A. Equações de Projeto para o Reator Batelada Volume variável Se a pressão é constante, o volume do reator, na medida que a reação avança, pode variar em função da mudança do número de mols no reator; e/ou da variação da temperatura Considerando um sistema com T e p constantes, supõe-se que o volume do sistema varia por causa da mudança do número de mols ao longo da reação, de acordo com a seguinte relação linear em função da conversão Equações de Projeto para o Reator Batelada Volume variável Onde é o volume reacional em um tempo qualquer é o volume reacional inicial é a fração de variação no volume reacional entre a conversão nula e conversão total do reagente A • A : volume reacional quando a conversão é nula, ou seja, no início da reação. • A : volume reacional supondo a conversão total de A Equações de Projeto para o Reator Batelada Volume variável Considere a reação isotérmica em fase gasosa Se o reagente A for alimentado no reator PURO ou seja, um volume inicial de A resulta em uma volume final de 4 vezes o inicial. Se o reagente A for alimentado com 50% de inerte ou seja, um volume de mistura reacional (50% de A e 50% de inerte) resultam em 2,5 volumes de mistura final (2 de R e 0,5 de inerte). Equações de Projeto para o Reator Batelada Volume variável A relação entre conversão e a concentração para sistemas isotérmicos com volume variável é ou Lembrando que Equações de Projeto para o Reator Batelada Volume variável Reator batelada ideal Substituindo por Obtém-se Reator Batelada – EXEMPLO A reação de decomposição ocorre num reator batelada. Sabendo-se que a reação ocorre em fase gasosa cujo volume reacional é de 2 litros (considerado constante ao longo de toda a reação) e que a taxa de reação é [mol/L.s], calcule o tempo de reação para que o numero de mols de A inicial seja reduzido à metade. Observação: Agora use a definição de conversão e a equação de projeto correspondente.
Compartilhar