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Escola de Ciências e Tecnologia ECT Unidade 4 – Análise de Volumes de Controle em Regime Permanente Escola de Ciências e Tecnologia ECT ➢ CONSERVAÇÃO DE MASSA PARA O VOLUME DE CONTROLE O princípio da conservação da massa para um volume de controle pode ser expressa como: A transferência de massa líquida para ou a partir de um volume de controle durante um intervalo de tempo Δt é igual à variação líquida (aumento ou diminuição) na massa total dentro do volume de controle durante o intervalo de tempo Δt. 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜𝑟𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎 𝑛𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 𝑑𝑜 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜𝑙𝑒 𝑛𝑜 𝑖𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑡 = 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜𝑟𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑎𝑡𝑟𝑎𝑣é𝑠 𝑑𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑛𝑜 𝑖𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑡 − 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜𝑟𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑎𝑡𝑟𝑎𝑣é𝑠 𝑑𝑎 𝑠𝑎í𝑑𝑎 𝑛𝑜 𝑖𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑡 𝒅𝒎𝒗𝒄 𝒅𝒕 = ሶ𝒎𝒆 - ሶ𝒎𝒔 𝒅𝒎𝒗𝒄 𝒅𝒕 = 𝒆 ሶ𝒎𝒆 − 𝒔 ሶ𝒎𝒔 Uma entrada e uma saída Múltiplas entradas e saídas Escola de Ciências e Tecnologia ECT Escola de Ciências e Tecnologia ECT ✓ Vazão Mássica ሶ𝒎: Para calcular a vazão mássica que entra e sai de um volume de controle pode ser obtida uma expressão em termos de propriedades locais, considerando uma pequena quantidade de matéria que escoa com uma velocidade V através de uma área infinitesimal dA em um intervalo de tempo Δt. (Unidade SI: kg/s) ሶ𝒎 = න 𝑨 𝝆 𝑽𝒏 𝒅𝑨 • Vazão Mássica em termos de densidade: ሶ𝒎 = 𝝆 𝑨 𝑽 • Vazão Mássica em termos de volume específico: ሶ𝒎 = 𝑨𝑽 𝝊 Escola de Ciências e Tecnologia ECT Expressão para o princípio da conservação de massa para o volume de controle para escoamento unidimensional nas entradas e saídas. A = m2 V = m/s = m3/kg ሶ𝒎= kg/s O produto AV é denominado vazão volumétrica AV = m3/s 𝒅𝒎𝒗𝒄 𝒅𝒕 = 𝒆 𝑨𝒆. 𝑽𝒆 𝝊𝒆 − 𝒔 𝑨𝒔. 𝑽𝒔 𝝊𝒔 Escola de Ciências e Tecnologia ECT ➢ CONSERVAÇÃO DE ENERGIA PARA O VOLUME DE CONTROLE A conservação de energia aplicada a um volume de controle estabelece: 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜𝑟𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎 𝑛𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 𝑑𝑜 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜𝑙𝑒 𝑛𝑜 𝑖𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑡 = 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎 𝑛𝑎 𝑞𝑢𝑎𝑙 𝑎 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑒𝑠𝑡á 𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑒𝑟𝑖𝑑𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑑𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑛𝑜 𝑖𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑡 − 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎 𝑛𝑎 𝑞𝑢𝑎𝑙 𝑎 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑒𝑠𝑡á 𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑒𝑟𝑖𝑑𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑓𝑜𝑟𝑎 𝑝𝑜𝑟 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 𝑖𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑡 + 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑎 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑒𝑟𝑖𝑑𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜𝑙𝑒 𝑗𝑢𝑛𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑐𝑜𝑚 𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 Escola de Ciências e Tecnologia ECT Escola de Ciências e Tecnologia ECT 𝒅𝑬𝒗𝒄 𝒅𝒕 = ሶ𝑸 − ሶ𝑾 + ሶ𝒎𝒆 𝒖𝒆 + 𝑽𝒆 𝟐 𝟐 + 𝒈𝒛𝒆 − ሶ𝒎𝒔 𝒖𝒔 + 𝑽𝒔 𝟐 𝟐 + 𝒈𝒛𝒔 ሶ𝑾 = ሶ𝑾𝑽𝑪 + 𝒑𝒔𝑨𝒔 𝑽𝒔 − 𝒑𝒆𝑨𝒆 𝑽𝒆 𝑨 𝑽 = ሶ𝒎𝝊 ሶ𝑾 = ሶ𝑾𝑽𝑪 + ሶ𝒎𝒔 𝒑𝒔𝝊𝒔 − ሶ𝒎𝒆 𝒑𝒆𝝊𝒆 𝒅𝑬𝒗𝒄 𝒅𝒕 = ሶ𝑸𝑽𝑪 − ሶ𝑾𝑽𝑪 + ሶ𝒎𝒆 𝒖𝒆 + 𝒑𝒆𝝊𝒆 + 𝑽𝒆 𝟐 𝟐 + 𝒈𝒛𝒆 − ሶ𝒎𝒔 𝒖𝒔 + 𝒑𝒔𝝊𝒔 + 𝑽𝒔 𝟐 𝟐 + 𝒈𝒛𝒔 𝒉 = 𝒖 + 𝒑𝝊 Escola de Ciências e Tecnologia ECT 𝒅𝑬𝒗𝒄 𝒅𝒕 = ሶ𝑸𝑽𝑪 − ሶ𝑾𝑽𝑪 + ሶ𝒎𝒆 𝒉𝒆 + 𝑽𝒆 𝟐 𝟐 + 𝒈𝒛𝒆 − ሶ𝒎𝒔 𝒉𝒔 + 𝑽𝒔 𝟐 𝟐 + 𝒈𝒛𝒔 𝒅𝑬𝒗𝒄 𝒅𝒕 = ሶ𝑸𝑽𝑪 − ሶ𝑾𝑽𝑪 + 𝒆 ሶ𝒎𝒆 𝒉𝒆 + 𝑽𝒆 𝟐 𝟐 + 𝒈𝒛𝒆 − 𝒔 ሶ𝒎𝒔 𝒉𝒔 + 𝑽𝒔 𝟐 𝟐 + 𝒈𝒛𝒔 Escola de Ciências e Tecnologia ECT ➢ ANÁLISE DE VOLUMES DE CONTROLE EM REGIME PERMANENTE 𝒆 ሶ𝒎𝒆 = 𝒔 ሶ𝒎𝒔 Taxa de entrada de massa Taxa de saída de massa 𝒅𝑬𝒗𝒄 𝒅𝒕 = 𝟎 𝟎 = ሶ𝑸𝑽𝑪 − ሶ𝑾𝑽𝑪 + 𝒆 ሶ𝒎𝒆 𝒉𝒆 + 𝑽𝒆 𝟐 𝟐 + 𝒈𝒛𝒆 − 𝒔 ሶ𝒎𝒔 𝒉𝒔 + 𝑽𝒔 𝟐 𝟐 + 𝒈𝒛𝒔 ሶ𝑸𝑽𝑪 + 𝒆 ሶ𝒎𝒆 𝒉𝒆 + 𝑽𝒆 𝟐 𝟐 + 𝒈𝒛𝒆 = ሶ𝑾𝑽𝑪 + 𝒔 ሶ𝒎𝒔 𝒉𝒔 + 𝑽𝒔 𝟐 𝟐 + 𝒈𝒛𝒔 Taxa de entrada de energia Taxa de saída de energia Escola de Ciências e Tecnologia ECT ሶ𝒎𝒆 = ሶ𝒎𝒔 Entrada 1 Saída 2 𝟎 = ሶ𝑸𝑽𝑪 − ሶ𝑾𝑽𝑪 + ሶ𝒎 𝒉𝒆 − 𝒉𝒔 + 𝑽𝒆 𝟐 𝟐 − 𝑽𝒔 𝟐 𝟐 + 𝒈𝒛𝒆 − 𝒈𝒛𝒔 𝟎 = ሶ𝑸𝑽𝑪 ሶ𝒎 − ሶ𝑾𝑽𝑪 ሶ𝒎 + 𝒉𝒆 − 𝒉𝒔 + 𝑽𝒆 𝟐 𝟐 − 𝑽𝒔 𝟐 𝟐 + 𝒈𝒛𝒆 − 𝒈𝒛𝒔 ሶ𝑸𝑽𝑪 − ሶ𝑾𝑽𝑪 + ሶ𝒎 𝒉𝒆 − 𝒉𝒔 + 𝑽𝒆 𝟐− 𝑽𝒔 𝟐 𝟐 + 𝒈 𝒛𝒆 − 𝒛𝒔 = 𝟎 Escola de Ciências e Tecnologia ECT BOCAL E DIFUSOR ✓ Bocal: É um duto com área de seção reta variável na qual a velocidade de um gás e líquido aumenta na direção do escoamento. ✓ Difusor: É um duto com área de seção reta variável na qual a velocidade de um gás e líquido desacelera na direção do escoamento. 𝑸𝑽𝑪ሶ − 𝑾𝑽𝑪ሶ + 𝒎ሶ 𝒉𝒆 − 𝒉𝒔 + 𝑽𝒆 𝟐 − 𝑽𝒔 𝟐 𝟐 + 𝒈 𝒛𝒆 − 𝒛𝒔 = 𝟎 𝒉𝒆 − 𝒉𝒔 + 𝑽𝒆 𝟐 − 𝑽𝒔 𝟐 𝟐 = 𝟎 Escola de Ciências e Tecnologia ECT (BOCAL) Exemplo: Vapor d’água entra em um bocal convergente-divergente que opera em regime permanente com p1 = 40 bar, T1 = 400 0C e a uma velocidade de 10 m/s. O vapor escoa do bocal sem transferência de calor e sem nenhuma variação significativa da energia potencial. Na saída, p2 = 15 bar e a velocidade é de 665 m/s. A vazão mássica é de 2 kg/s. Determine a área de saída do bocal em m2. p = 40 bar (vapor de água superaquecido) h (kJ/kg) 3213,6 kJ/kg p = 15 bar (vapor de água superaquecido) (m3/kg) h (kJ/kg) 0,1483 2899,3 0,1627 2992,5 0,1765 3081,9 0,1899 3169,2 Dados: Resposta: 4,9x10-4 m2 Escola de Ciências e Tecnologia ECT TURBINA ✓ Turbinas: É um dispositivo que desenvolve potência em função da passagem de um gás ou líquido escoando através de uma série de pás colocadas em um eixo que se encontra livre para girar. 𝑸𝑽𝑪ሶ − 𝑾𝑽𝑪ሶ + 𝒎ሶ 𝒉𝒆 − 𝒉𝒔 + 𝑽𝒆 𝟐 − 𝑽𝒔 𝟐 𝟐 + 𝒈 𝒛𝒆 − 𝒛𝒔 = 𝟎 Escola de Ciências e Tecnologia ECT 𝑸𝑽𝑪ሶ − 𝑾𝑽𝑪ሶ − 𝒎ሶ 𝒉𝒆 − 𝒉𝒔 = 𝟎 Se pudermos considerar a transferência de calor inevitável e pequena comparada à potência e as entalpias, temos: 𝑾𝑽𝑪ሶ − 𝒎ሶ 𝒉𝒆 − 𝒉𝒔 = 𝟎 𝑾𝑽𝑪ሶ = 𝒎ሶ 𝒉𝒆 − 𝒉𝒔 𝑷𝒐𝒕ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒅𝒂 𝑻𝒖𝒓𝒃𝒊𝒏𝒂 Escola de Ciências e Tecnologia ECT (TURBINA) Exemplo 1: O vapor d’água entra na turbina operando em regime permanente com uma vazão mássica de 4600 kg/h. A turbina desenvolve uma potência de 1000 kW. Na entrada, a pressão é 60 bar, a temperatura é 4000C e a velocidade 10 m/s. Na saída, a pressão é 0,1 bar, o título é 0,9 e a velocidade é 30 m/s. Calcule a taxa de transferência de calor entre a turbina e a vizinhança em kW. p = 60 bar (vapor de água superaquecido) T (0C) h (kJ/kg) 360 3071,1 400 3177,2 440 3277,3 p = 0,1 bar (água saturada) hL (kJ/kg) hV (kJ/kg) 191,82 2584,70 Dados: Resposta: - 62,5 kW Escola de Ciências e Tecnologia ECT Escola de Ciências e Tecnologia ECT Escola de Ciências e Tecnologia ECT (TURBINA) Exemplo 2: A figura a seguir representa um tanque contendo 200 kg de uma mistura de líquido e vapor de água com título, Xi = 2% e pressão pi = 5 kgf/cm 2. Uma fonte externa fornece calor ao tanque, cuja água se vaporiza elevando a pressão interna. Quando a pressão atinge 10 kgf/cm2, a válvula abre-se automaticamente, permitindo a passagem do vapor para a turbina. Com o consumo do vapor, a quantidade de água no estado líquido dentro do tanque se reduz para 20 kg. Nesse instante fecha-se a válvula e cessa o fornecimento de calor. Supondo-se que durante o funcionamento da turbina a pressão do vapor seja 10 kgf/cm2, calcular: a) O volume do tanque; b) A massa real (líquido e vapor) no instante final; c) A massa de vapor que saiu do tanque; d) A potência desenvolvida pela turbina, em HP, sabendo- se que ela funcionou durante 3 horas. O vapor sai da turbina saturado e seco a uma pressão de 1 kgf/cm2. p = 1 kgf/cm2 (Estado Saturado) L (m 3/kg) V (m 3/kg) hL (kcal/kg) hV (kcal/kg) 0,0010 1,725 99,1 638,4 p = 5 kgf/cm2 (Estado Saturado) L (m 3/kg) V (m 3/kg) hL (kcal/kg) hV (kcal/kg) 0,0011 0,3816 152,1 655,9 p = 10 kgf/cm2 (Estado Saturado)L (m 3/kg) V (m 3/kg) hL (kcal/kg) hV (kcal/kg) 0,0011 0,1980 181,2 663,2 Dados: 1 HP = 641 kcal/h Resposta: a) 0,087 m3/kg; b) 28,7 kg; c) 57,1 kg/h; d) 2,2 HP Escola de Ciências e Tecnologia ECT Escola de Ciências e Tecnologia ECT Escola de Ciências e Tecnologia ECT Escola de Ciências e Tecnologia ECT Escola de Ciências e Tecnologia ECT CALDEIRA ✓ Caldeira: Também denominada Gerador de Vapor, é um equipamento térmico que tem a finalidade de transformar água em vapor, utilizando o calor obtido na queima de um combustível. - 𝑸𝑽𝑪ሶ − 𝑾𝑽𝑪ሶ + 𝒎ሶ 𝒉𝒆 − 𝒉𝒔 + 𝑽𝒆 𝟐 − 𝑽𝒔 𝟐 𝟐 + 𝒈 𝒛𝒆 − 𝒛𝒔 = 𝟎 𝑸𝑽𝑪ሶ = 𝒎ሶ 𝒉𝒔 − 𝒉𝒆 𝑭𝒍𝒖𝒙𝒐 𝒅𝒆 𝑪𝒂𝒍𝒐𝒓 𝒅𝒂 𝑪𝒂𝒍𝒅𝒆𝒊𝒓𝒂 Escola de Ciências e Tecnologia ECT (CALDEIRA) Exemplo: Calcular o fluxo de calor utilizado em uma caldeira em regime permanente, em kcal/h, para transformar do estado líquido para o estado vapor superaquecido. Suponhamos que a quantidade de vapor se a vazão mássica do vapor 15000 kg/h, que o líquido entre na caldeira saturada a 50 kgf/cm2 e que o vapor saia na mesma pressão a 5000C. p = 50 kgf/cm2 (água saturada) hL (kcal/kg) hV (kcal/kg) 274,1 667,7 p = 50 kgf/cm2 (vapor de água superaquecido) T (0C) h (kcal/kg) 400 763,6 500 820,1 600 875,5 Resposta: 8,2x106 kcal/h Escola de Ciências e Tecnologia ECT Escola de Ciências e Tecnologia ECT COMPRESSOR E BOMBA ✓ Compressor e Bomba: São dispositivos nos quais o trabalho é realizado sobre a substância em escoamento ao longo dos mesmos, de modo a mudar o estado da substância, normalmente aumentar a pressão e/ou a elevação. O termo compressor é usado quando a substância é um gás (valor) e o termo bomba é usado quando a substância é um líquido. 𝑸𝑽𝑪ሶ − 𝑾𝑽𝑪ሶ + 𝒎ሶ 𝒉𝒆 − 𝒉𝒔 + 𝑽𝒆 𝟐 − 𝑽𝒔 𝟐 𝟐 + 𝒈 𝒛𝒆 − 𝒛𝒔 = 𝟎 Escola de Ciências e Tecnologia ECT ሶ𝑸𝑽𝑪 − ሶ𝑾𝑽𝑪 − ሶ𝒎 𝒉𝒆 − 𝒉𝒔 = 𝟎 Se pudermos considerar a transferência de calor com a vizinhança secundária e desprezível, temos: ሶ𝑾𝑽𝑪 − ሶ𝒎 𝒉𝒆 − 𝒉𝒔 = 𝟎 ሶ𝑾𝑽𝑪 = ሶ𝒎 𝒉𝒆 − 𝒉𝒔 𝑷𝒐𝒕ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒅𝒂 𝑩𝒐𝒎𝒃𝒂 𝒐𝒖 𝑪𝒐𝒎𝒑𝒓𝒆𝒔𝒔𝒐𝒓 Escola de Ciências e Tecnologia ECT (COMPRESSOR) Exemplo: Ar é admitido em um compressor que opera em regime permanente com uma pressão de 1 bar, temperatura igual a 290 K e a uma velocidade de 6 m/s por uma entrada cuja área é de 0,1 m2. Na saída a pressão é de 7 bar, a temperatura é 450 K e a velocidade é 2 m/s. A transferência de calor do compressor para a sua vizinhança ocorre a uma taxa de 180 kJ/min. Empregando o modelo de gás ideal, calcule a potência de entrada do compressor em kW. Ar como gás ideal T (K) h (kJ/kg) 290 290,16 320 320,29 450 451,80 520 523,63 Dados: 1 bar = 105 Pa MM ar = 28,97 g/mol = 0,02897 kg/mol Resposta: - 119,4 kW Escola de Ciências e Tecnologia ECT Escola de Ciências e Tecnologia ECT Escola de Ciências e Tecnologia ECT (BOMBA) Exemplo: Calcular a potência (em CV) transmitida à água por uma bomba instalada na saída do condensador destinada a bombear água para caldeira, considerando que a vazão mássica seja 15000 kg/h. A pressão do condensador é de 0,5 kgf/cm2 e da caldeira é 50 kgf/cm2. Dados: Variação de energia interna desprezível s = e = 10 -3 m3/kg 1 kcal = 427 kgf.m 1 CV = 632 kcal/h Resposta: 27,5 CV Escola de Ciências e Tecnologia ECT Escola de Ciências e Tecnologia ECT Escola de Ciências e Tecnologia ECT TROCADORES DE CALOR ✓ São equipamentos de vários tipos e configurações onde ocorre transferência de energia sob a forma de calor entre duas ou mais massas de fluido que podem ou não estar em contato direto. ✓ Os trocadores de calor têm aplicações domésticas e industriais. ✓ Um tipo comum de trocador de calor é um reservatório no qual duas correntes quente e fria se misturam diretamente. ✓ Os trocadores de calor podem possui múltiplas entradas e saídas. Escola de Ciências e Tecnologia ECT Tipos Usuais de Trocadores de Calor Escola de Ciências e Tecnologia ECT 𝟎 = ሶ𝑸𝑽𝑪 − ሶ𝑾𝑽𝑪 + 𝒆 ሶ𝒎𝒆 𝒉𝒆 + 𝑽𝒆 𝟐 𝟐 + 𝒈𝒛𝒆 − 𝒔 ሶ𝒎𝒔 𝒉𝒔 + 𝑽𝒔 𝟐 𝟐 + 𝒈𝒛𝒔 ✓ Para o VC englobando um trocador de calor o único trabalho é o de escoamento nos locais onde a matéria entra e sai, assim o termo ሶ𝑾𝑽𝑪 desaparece do balanço da taxa de energia. ✓ As energias cinética e potencial das correntes de escoamento normalmente podem ser ignoradas nas entradas e saídas. 𝟎 = ሶ𝑸𝑽𝑪 + 𝒆 ሶ𝒎𝒆 𝒉𝒆 − 𝒔 ሶ𝒎𝒔 𝒉𝒔 ✓ Embora ocorram altas taxas de transferência de energia no trocador de calor, a transferência de calor com a vizinhança é usualmente pequena o suficiente para ser abandonada, assim o termo ሶ𝑸𝑽𝑪 desaparece, ficando apenas os termos relacionados à entalpia. Escola de Ciências e Tecnologia ECT (CONDENSADOR) Exemplo: O vapor d’água entra em um condensador de uma instalação de potência a 0,1 bar e com o título de 0,95, e o condensado sai a 0,1 bar e 45ºC. A água de resfriamento entra no condensador como um outro fluxo na forma líquida a 20ºC e sai a 35ºC sem nenhuma variação de pressão. A transferência de calor no exterior do condensador e as variações de energia cinética e potencial dos fluxos podem ser ignoradas. Considerando o Regime Permanente, determine: a) a razão entre as vazões mássicas da água de resfriamento pelo vapor; b) A taxa de transferência de energia do vapor d’água por kJ/kg. Escola de Ciências e Tecnologia ECT Dados: Nos estados 2, 3 e 4, a h = hL(T) P hL (kJ/kg) hv (kJ/kg) T (ºC) hL (kJ/kg) 0,1 bar 191,83 2584,7 20 83,96 35 146,68 45 188,45 𝟎 = ሶ𝑸𝑽𝑪 − ሶ𝑾𝑽𝑪 + ሶ𝒎𝟏 𝒉𝟏 + 𝑽𝟏 𝟐 𝟐 + 𝒈𝒛𝟏 + ሶ𝒎𝟑 𝒉𝟑 + 𝑽𝟑 𝟐 𝟐 + 𝒈𝒛𝟑 − ሶ𝒎𝟐 𝒉𝟐 + 𝑽𝟐 𝟐 𝟐 + 𝒈𝒛𝟐 + ሶ𝒎𝟒 𝒉𝟒 + 𝑽𝟒 𝟐 𝟐 + 𝒈𝒛𝟒 𝟎 = ሶ𝒎𝟏 𝒉𝟏 − 𝒉𝟐 + ሶ𝒎𝟑 𝒉𝟑 − 𝒉𝟒 ሶ𝒎𝟏 = ሶ𝒎𝟐 𝒆 ሶ𝒎𝟑 = ሶ𝒎𝟒 ሶ𝒎𝟑 ሶ𝒎𝟏 = 𝒉𝟏 − 𝒉𝟐 𝒉𝟒 − 𝒉𝟑 Escola de Ciências e Tecnologia ECT a) ሶ𝒎𝟑 ሶ𝒎𝟏 = 𝒉𝟏 − 𝒉𝟐 𝒉𝟒 − 𝒉𝟑 h1 = 191,83 + 0,95 (2584,7 - 191,83) h1 = 2465,06 kJ/kg ሶ𝒎𝟑 ሶ𝒎𝟏 = 𝟐𝟒𝟔𝟓, 𝟎𝟔 − 𝟏𝟖𝟖, 𝟒𝟓 𝟏𝟒𝟔, 𝟔𝟖 − 𝟖𝟑, 𝟗𝟔 = 𝟑𝟔, 𝟑 b) ሶ𝑸𝑽𝑪 = ሶ𝒎𝟏 𝒉𝒔 − 𝒉𝒆 ሶ𝑸𝑽𝑪 ሶ𝒎 = 𝒉𝒔 − 𝒉𝒆 ሶ𝑸𝑽𝑪 ሶ𝒎 = 𝟏𝟖𝟖, 𝟒𝟓 − 𝟐𝟒𝟔𝟓, 𝟏 = −𝟐𝟐𝟕𝟔, 𝟔𝟓 𝒌𝑱/𝒌𝒈 Escola de Ciências e Tecnologia ECT DISPOSITIVO DE ESTRANGULAMENTO ✓ Uma significativa redução de pressão á conseguida por um estrangulamento na tubulação onde o fluxo passa. Isso é usualmente feito através da abertura parcial de uma válvula ou pela introdução de um "plug" poroso, como ilustrado nas figuras Tampão poroso Válvula parcialmente aberta Escola de Ciências e Tecnologia ECT 𝟎 = ሶ𝑸𝑽𝑪 − ሶ𝑾𝑽𝑪 + ሶ𝒎 𝒉𝒆 − 𝒉𝒔 + 𝑽𝒆 𝟐 𝟐 − 𝑽𝒔 𝟐 𝟐 + 𝒈𝒛𝒆 − 𝒈𝒛𝒔 𝟎 = 𝒉𝒆 − 𝒉𝒔 + 𝑽𝒆 𝟐 𝟐 − 𝑽𝒔 𝟐 𝟐 𝒉𝒆 = 𝒉𝒔 𝒑𝒔< 𝒑𝒆 (PROCESSO DE ESTRANGULAMENTO) Exemplo: Uma linha de alimentação carrega vapor d’água em uma mistura bifásica líquido-vapor a 300 lbf/in2. Uma pequena fração da linha é desviada para um calorímetro de estrangulamento e descarrega para a atmosfera a 14,7 lbf/in2. A temperatura do vapor de exaustão é medida como sendo 250ºF. Determine o título do vapor d’água na linha de alimentação. Escola de Ciências e Tecnologia ECT 𝒉𝒔 = 𝒉𝒆 = 𝒉𝑳 𝒆 + 𝑿 𝒆 𝒉𝑽 𝒆 − 𝒉𝑳 𝒆 Dados: P (lbf/in2) hL (Btu/lb) hV (Btu/lb) 300 394,1 1203,9 P (lbf/in2) T (0F) h (Btu/lb) 14,7 250 1168,8 Escola de Ciências e Tecnologia ECT 𝒉𝒔 = 𝒉𝑳 𝒆 + 𝑿 𝒆 𝒉𝑽 𝒆 − 𝒉𝑳 𝒆 𝑿 𝒆 = 𝒉𝒔 − 𝒉𝑳 𝒆 𝒉𝑽 𝒆 − 𝒉𝑳 𝒆 𝑿 𝒆 = 1168,8 − 394,1 1203,9 − 394,1 = 𝟎, 𝟗𝟓𝟕 = 𝟗𝟓, 𝟕%
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