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1 ATIVIDADE INDIVIDUAL Matriz Análise de oferta e demanda e o seu impacto nos negócios Aluno/a: Patricia Alexandra Ferreira Pereira Disciplina: Economia Empresarial Turma:0322-2_2 INTRODUÇÃO Apresente o setor econômico escolhido e fala sobre o seu trabalho em linhas gerais. O setor selecionado trata-se do Mercado do Medicamento em Portugal. Foi um dos setores que sendo atingido pela pandemia em 2020, não foi o mais prejudicado, quando comparado com outros grandes setores que viram a sua economia sendo fortemente afetada. A APIFARMA – Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica que representa as empresas farmacêuticas em Portugal, desempenharam um papel diferente dos outros setores, na medida que tiveram e aabraçaram o objetivo de lutar contra a pandemia provocada pelo novo coronavírus. É nas alturas mais dificeis que um País atravessa, que surgem também oportunidade e desafios, deste modo a indústria Farmacêutica empenhou-se em trabalhar, em estreita colaboração, com a comunidade científica e com os prestadores de cuidados, tirando partido do conhecimento existente e dos recursos disponíveis. Neste período de emergência de saúde pública, a industria farmacêutica: Garantiu fornecimento de medicamentos aos doentes que deles necessitam. Investiga e desenvolve novas vacinas, diagnósticos e tratamentos para tratar a COVID-19. Cria parcerias e apoia organizações que no terreno lutam contra a COVID-19. No contexto desta pandemia, as empresas de base industrial em Portugal tiveram um papel essencial a assegurar o fabrico e o fornecimento dos medicamentos e dispositivos médicos in vitro, contributo essencial para a Saúde em Portugal. Neste sentido é interessante analisar que apesar do país e os mais variados setores estarem a atravessar recessões, o setor da industria farmaceutica, distingue-se por não ser tão afetado, bem como ainda conseguiu crescer na conjuntura que o país travessa. Assim é interessante comparar este crescimento com outros setores no país que sofreram um decréscimo significativo nas suas atividades abalando a economia do País. CONTEXTO DO SETOR Apresente número e índices relacionados à oferta, à demanda, à produção e aos demais indicadores necessários 2 à contextualização. O coronavírus foi responsável por uma grande injeção de crescimento na indústria farmacêutica, que registrou excelente desempenho, destacando-e entre as 500 maiores do mercado pela Standard & Poors. A industria farmacêutica contribui em 2,3% para a valorização do PIB português, sendo altamente produtivo com um racio input/output de 2,1% vezes, acima da média de todos os setores em Portugal. O negócio dos medicamentos em Portugal atingiu os 2 850 milhões de euros em 2020, o que representa um crescimento de 2,5% face ao ano anterior. No mesmo ano, os medicamentos genéricos aumentaram ligeiramente a sua quota de mercado para cerca de 21%, com vendas de aproximadamente 590 milhões de euros (+3,5%). Tanto as exportações como as importações de medicamentos aumentaram, mas a balança comercial do sector apresenta um saldo deficitário, que aumentou no último ano para 1 074 milhões de euros. As exportações atingiram os 1 163 milhões de euros, mais 13,4% do que em 2019, enquanto as importações correspondem a 2.237 milhões (+7,2%). A Irlanda e a Alemanha são, a grande distância dos restantes países, os mercados externos comunitários mais importantes para as exportações portuguesas de medicamentos, com quotas do valor das exportações totais em 2020 de cerca de 17% e 16%, respetivamente. Fora da União Europeia, os Estados Unidos da América foram o principal cliente, com um peso de 12,5%. Quanto às importações, destacam-se as compras feitas à Alemanha, responsáveis por cerca de 21% do valor total, à frente da Espanha e dos Países Baixos, com quotas respectivas de 12 e 14%. O número de fabricantes de especialidades farmacêuticas manteve em 2019 a evolução crescente iniciada em 2013, situando-se em 129, mais 1,6% do que no ano anterior. Quando consideradas 37 das empresas do sector com maior facturação (incluindo fabricantes e importadores sem produção em Portugal) o volume de emprego agregado mantém uma tendência crescente desde 2015, situando-se em 2019 em cerca de 6 mil trabalhadores. Sete empresas contavam nesse ano com mais de 250 pessoas ao serviço, enquanto 21 empregavam entre 50 e 250 pessoas. Por outro lado, o capital estrangeiro predomina na maior parte dos principais operadores do sector, sendo maioritário em 35 dos 40 principais laboratórios. 3 Gráfico 1: Crescimento das empresas do setor farmacêutico Dados: Apifarma.pt ANÁLISE MACROECONÔMICA Detalhe todos os indicadores macroeconômicos que possam auxiliar a sua análise. Os indicadores macroeconómicos do País no ano de 2020 foram fortemente impactados, registou-se a maior contracção do Pib desde 1960, -7,6%, um aumento da taxa de desempregopara os 7,1%, e a inflação ficou pelos 0%. Relativamente ao setor do medicamento, o enquadtramento legislativo foi de estabilidade, sofreu yma contracção em volume, mas manteve um ligeiro crescimento em valor. Tabela 1: Evolução do mercado farmaceutico por classe em 2020 Fonte: Boletim ADIFA, Dez 2020 Durante o ano de 2020, até ao 3º Trimestre, o mercado apresentava um crescimento de 2,4% em valor, apesar da redução em volume de -0,3%. Esta tendência é equivalente na classe de Medicamentos sujeitos a receita médica (MSRM) e medicamentos não sujeitos a receita médica(MNSRM), porém destaca-se aum aumento de volume nos medicamentos genéricos (2,8%) - Tabela 1. 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 Ano 2020 2019 2018 2017 2016 2015 2014 2013 2012 2011 2010 Nº empresas-Farmacêutico 4 Gráfico 1 – Evolução em valor (mM€) Gráfico 2: Evolução em volume (Unidades) Fonte: Boletim ADIFA, Dez 2020 O gráfico 1 demonstra o valor do mercado farmaceutico, verificamos que em 2019 apresentou um crescimento de 6,7% equivalente a 148 milhões de euros quando comprado com o ano de 2018. Tendo sido o máximo registado, segundo esta análise em 2008, correspondendo a um redução de -17,6%. Os tês primeiros trimestres de 2020, apresentam um comportamento discrepante, relativamente aos anos anteriores, devido ao efeito da pandemia. O gráfico 2 representa o volume de medicamentos transacionados, tem revelado uma tendència de crecimentosaos longo dos ultimos anos que acompanha o crescimento em valor apartir do ano de 2015.Em 2020, o primeiro trismestre demonstra um aumento significativo em volume, também explicado pela influência da pandemia. É importante salientar, nesta análise macroeconómica, os efeitos severos do confinamento nas empresas, no emprego, nos rendimentos e no consumo Entre o final de fevereiro e o final de abril, o desemprego registado aumentou de cerca de 316 000 para 392 000 (+24 por cento). De acordo com os dados do serviço público de emprego (IEFP), durante este período, o aumento do desemprego afetou mais os homens do que as mulheres, mais os trabalhadores com idades inferior a 25 anos do que os trabalhadores mais velhos, e os trabalhadores com o ensino secundário, seguidos por aqueles com o nível mais baixo do ensino secundário, mais do que os que tinham outros níveis de qualificação escolar. Os despedimentos coletivos mais do que duplicaram em abril (abrangendo 1 328 trabalhadores) em comparação com Março 2020, sendo que metade envolveu microempresas (403 trabalhadores. Muitos trabalhadores também foram forçados a deixar de trabalhar para apoiar a família depois do encerramento de escolas, jardins de infância e outros serviços. As atividades imobiliárias, administrativas e de serviços de apoio representam 40 por cento do aumento absoluto do desemprego registado em abril em relação a Março,e os serviços de alojamento e restauração 20%. Embora menor em termos absolutos, a variação relativa no desemprego registado também foi substancial nas indústrias transformadoras como a do “têxtil, vestuário e couro”, “indústria metalúrgica de base e fabricação 5 de produtos metálicos”, “equipamento de transporte”,” produtos petrolíferos, químicos, farmacêuticos, borracha e plástico”, bem como em serviços de “transportes e armazenagem” (especialmente no transporte aéreo). Gráfico 3 : Taxa de demprego por sexo nos ultimos 3 anos Dados:pordata.pt Transportes aéreos - 87,1% Fabricação e material de Transporte - 78.7% Comércio a retalho de bens não essenciais e comércio de reparação de automóveis - 74,4% Alojamento e restauração - 70,3% Fabricação de coque e de produtos petroliferos refinados - 63,0% Outros serviços (incluindo artes, entretenimento..) - 62,2% Trasnporte e armazenagem (excluindo transportes aéreos) - 52,9% Industrias Transfromadoras - 48,8% Industria Textil - 46,8% Fabricação de Artigos de borracha, matérias plásticas, e de outros produtos minerais não metálicos - 45.5% Tabela 2: Setores de atividade com a maior redução de valor acrescentado bruto (VAB) em abril 2020 ANÁLISE MICROECONÔMICA 0,00% 1,00% 2,00% 3,00% 4,00% 5,00% 6,00% 7,00% 8,00% Total Sexo Masculino Sexo Feminino 2019 2020 2021 6 Apresente como o impacto direto na oferta e demanda do setor e a estrutura de mercado a qual pertence são influenciadas pelos mercados interno e internacional. De acordo com o Intituto Nacional de Estatistica, muitos foram o sectores que sofreram aumento de preços. A fruta ficou 12% mais cara do que no final de 2019, é o item campeão do aumento do custo nas compras. Os preços médios dos seguros de saúde e dos medicamentos aumentaram cerca de 5% ou mais em apenas um ano. Os dentistas, 4% mais caros, assim como os jornais e revistas. Os serviços prestados a doentes não hospitalizados também subiram de preço, mais de 2%. Os serviços financeiros, que são dominados pelos bancos, também não ficaram atrás. O preço médio neste segmento aumentou quase 3% para os consumidores. Esta situação acontece numa economia em que a inflação média em 2020 foi nula e que em dezembro a evolução dos preços (inflação homóloga) voltou a ser negativa, na ordem dos -0,23%. Os cabeleireiros, que foram obrigados a encerrar no primeiro confinamento, tentaram compensar os meses de fecho com preços mais altos, a subida em relação ao ano anterior foi de 2,6%. A seguir aos bancos, os cabeleireiros e barbeiros registam a sétima inflação mais alta da extensa lista do INE (Instituo Nacional de Estatistica). Os restaurantes e cafés subiram também um pouco os preços. Em 2020, comer no restaurante ficou mais caro 2% do que em 2019. O custo das oficinas vem logo a seguir ao dos cabeleireiros. É o oitavo mais elevado em dezembro, com um aumento de 2,5% em relação a Dezembro de 2019. Ainda no top dos mais caros surgem as obras em casa e as rendas, cujo aumento foi à volta de 2% em Dezembro. Relativamente aos medicamentos e acesso aos mesmo, os portugueses gastaram mais 10 milhões de euros em medicamentos em 2020 do que em 2019. De acordo com O INE os utentes estão a gastar mais, mas a comprar menos. Em comparação com 2019, foram vendidas menos 200 mil embalagens de medicamentos. Seguem alguns gráficos da Apifarma (Associação Portuguesa da Industria Farmacêutica), que representam a dinâmica do mercado Farmacêutico Nacional e Internacional, e a caracterização do sector farmacêutico em Portugal e na Europa. 7 Gráfico 4:Importação e Exportação de matérias primas e produtos farmacêuticos Fonte: Apifarma Gráfico 5: Racio Exportação/importacao de matérias primas e produtos farmacêuticos (%) Fonte: Apifarma CONCLUSÃO Apresente uma conclusão justificando a sua análise. Após a analise do comportamento do mercado farmacêutico em ano de pandemia, observamos que não foi tão atingido como outros setores como os, transportes, ou o turismo. No entanto é interessante verificar que em tempo de de crise, existe setores que aproveitam os desafios que surgem, e não tendo havido um crescimento linear, havendo concordância em termos de valor em euros e volume em unidades, existiu de facto um crescimento, que permitiu ao setor do medicmaneto manter-se à superficie. Neste sentido, a industria famacêutica esteve sempre no centro das atenções durante esta pandemia não só pelo medicamento que habitualmente fornece aos distribuidores, mas também pela pressão em encontrar uma solução rápida para combater o coronavirus. Dete modo o setor do medicamento, e a procura de soluções mágicas, balança entre o surgimento de oportunidades e confusão e pressão que o mundo exerceu no contexto da pandemia. 8 Inclusive, de acordo com as grandes industrias farmacêuticas como a Pfizer, de acordo com o próprio balanço da empresa, a americana Pfizer aumentou suas vendas nos três primeiros trimestres de 2021 em 91% em comparação com o mesmo período do ano anterior. A previsão de vendas para todo o ano de 2021 foi de 82 bilhões de dólares , dos quais 36 bilhões de dólares são contabilizados apenas pela vacina Comirnaty, contra covid-19, desenvolvida em conjunto com a BioNTech. Porém apesar das boas noticias para o mundo da distribuição farmacêutica, traduz-se em grandes custos que também são pagos pelos contribuintes. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Cite as fontes de consulta utilizadas de acordo com a ABNT. https://www.apifarma.pt/wp-content/uploads/2021/07/Relatorio_Actividades_2020.pdf http://adifa.pt/documents/files/Boletim%20ADIFA%20- %20n.%C2%BA%203%20%28DEZEMBRO%202020%29_P%C3%9ABLICA_vFINAL.pdf https://bpstat.bportugal.pt/dados/dominios/13/series https://www.pordata.pt/Portugal/Taxa+de+desemprego+total+e+por+sexo+(percentagem)- 550 https://www.apifarma.pt/conhecimento/indicadores/industria-farmaceutica-em-portugal/ https://eco.sapo.pt/2022/02/24/pfizer-duplica-lucros-com-vacina-covid-19/ -cxdwqontent/uploads/2021/07/Relat.apifarma.pt/wp- content/uploads/2021/07/Relatorio_Actividades_202
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