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Atividade Integrativa - Peticao Embargos a Execucao_cd1f7b041b1328c31672de3c6584d73f

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Prática Jurídica
	Acadêmico
	Nome:
	
	Disciplina:
	Prática Jurídica I
	Turno:
	Matutino
	Turma
	 A10
	Semestre/Ano
	1º/2022
	Professor(a): 
	Ma. Denisy Soares Sousa
	Carla, domiciliada em Porto Alegre, firmou, em sua cidade, com o Banco Só Descontos S/A, sediado no Rio de Janeiro, um contrato de empréstimo, de adesão, subscrito por duas testemunhas, com cláusula de eleição de foro também no Rio de Janeiro, por meio do qual obteve R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) para pagar seus estudos na faculdade. O vencimento das parcelas do empréstimo ocorreria em 05/01/2018, 05/05/2018 e 05/09/2018. No primeiro vencimento, tudo correu conforme o programado, e Carla pagou o valor devido ao Banco Só Descontos S/A. Não obstante, na segunda data de vencimento, devido a dificuldades financeiras, Carla não conseguiu realizar o pagamento. O Banco Só Descontos S/A, então, notificou Carla, em junho de 2018, sobre o vencimento antecipado da dívida. Indicou, na referida notificação, que, considerando os encargos remuneratórios e moratórios e outras tarifas, o valor da dívida totalizava R$ 250.000,00, já descontada a parcela paga por Carla. Esta, assustada com o valor e sem condições financeiras, não realizou o pagamento da dívida. Em novembro de 2018, o Banco Só Descontos S/A ajuizou ação de execução em face de Carla, na Comarca do Rio de Janeiro, indicada no contrato de empréstimo como foro de eleição, distribuída para a 1ª Vara Cível e autuada sob o nº 0000-0000XXXX, pelo valor de R$ 350.000,00 (trezentos e cinquenta mil reais), e indicou à penhora o único imóvel de Carla, no qual reside com seu marido, José. Houve decisão, determinando a citação de Carla e postergando a análise sobre o pedido de penhora e constrição de bens para momento futuro. Carla foi citada e o mandado cumprido foi juntado aos autos em 01/08/2019, uma quinta-feira. Carla procurou seu advogado a fim de analisar qual seria a melhor medida processual para, a um só tempo, afastar a penhora de seu único imóvel, em que reside com seu marido, questionar a tramitação da ação na Comarca do Rio de Janeiro, vez que tem domicílio em Porto Alegre, e questionar o valor do crédito, que, em sua visão, é excessivo. Relatou Carla que, embora reconheça a existência do contrato de empréstimo, não concorda com o valor indicado pelo Banco Só Descontos S/A, que incluiu no cálculo diversas tarifas não previstas no contrato, além de não terem aplicado na atualização monetária os parâmetros contratados, e sim taxas mais elevadas e abusivas, o que estaria claro na planilha de débito. Após consultar um contador, Carla constatou que a dívida seria equivalente a R$ 180.000,00 (cento e oitenta mil reais), valor muito inferior ao indicado pelo Banco Só Descontos S/A, e que seria comprovado mediante dilação probatória. Ainda quer impedir os atos de bloqueio de seus bens, de modo que pretende contratar seguro garantia para a referida execução. Na qualidade de advogado de Carla, elabore a peça processual cabível para a defesa dos interesses de sua cliente, indicando seus requisitos e fundamentos, assim como a data-limite para o ajuizamento, nos termos da legislação vigente. Considere que não há feriados ou suspensão de expediente forense. Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação
	
Assinatura do (a) Professor (a):________________________________________ Data: _____/_____/__________
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUÍZ DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DA CAPITAL DO RIO DE JANEIRO
 
Distribuição por dependência
 
Autos nº 0000-0000xxxx
Carla..., nacionalidade, estado civil, portadora do RG nº, inscrita no CPF sob o nº, endereço eletrônico..., residente e domiciliada à rua..., por meio de seu advogado constituído (procuração anexa), com endereço profissional em... e endereço eletrônico ..., vem a presença de Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 914 e 919, parágrafo 1º, do Código de Processo Civil (CPC), propor
EMBARGOS À EXECUÇÃO C/C PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO
Movida pelo Banco Só Desconto/SA, já qualificado nos autos e epígrafe, pelas razoes de fato e de direito expostas:
 
1- DOS FATOS 
A embargante firmou um contrato de empréstimo, de adesão com o banco SÓ DESCONTOS/AS subscrito por duas testemunhas, com cláusula de eleição de foro no Rio de Janeiro, por meio do qual obteve R$200.000,00 (duzentos mil reais) para pagar seus estudos na faculdade. O vencimento das parcelas do empréstimo ocorreria em 05/01/2018, 05/05/2018 e 05/09/2019. No primeiro vencimento, a embargante pagou conforme devido.
No segundo vencimento, por dificuldades financeiras a embargante não realizou o pagamento. O embargado, então, notificou-a, em julho de 2018, sobre o vencimento antecipado da dívida. Indicou, na referida notificação, que, considerando os encargos remuneratórios e moratórios e outras tarifas, o valor da dívida totalizava R$250.000,00, já descontada a parcela paga pela embargante. Devido ao valor cobrado excessivamente e sem condições financeiras, não realizou o pagamento da dívida. Em novembro de 2018, o embargado ajuizou ação de execução em face da embargante na comarca do Rio de Janeiro que é indicada no contrato de empréstimo como foro de eleição, pelo valor de R$350.000,00 e indicou a penhora o único imóvel, no qual a embargante reside com seu marido, José. Houve decisão, determinando a citação da embargante, e postergando a análise sobre o pedido de penhora e constrição de bens para momento futuro. A embargante foi citada e o mandado cumprido foi juntado aos autos em 01/08/2019.
2- DOS DIREITOS
2.1.	DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
	Declara a Embargante que, tendo em vista valor da causa, bem como sua condição financeira, requer a concessão da gratuidade da justiça, por ser economicamente hipossuficiente e estar passando por dificuldades financeiras, não podendo arcar com as custas processuais sem prejuízo do seu próprio sustento, conforme os artigos 98 e seguintes do CPC e art. 5, LXXIV da CF.
2.2. 	DA INCOMPETÊNCIA DO JUIZO
Conforme mencionado nos autos, no contrato do empréstimo consta-se como cláusula de foro de eleição a comarca do Rio de Janeiro, tratando-se de incompetência do juízo da execução, em razão da abusividade de cláusula de eleição de foro em contrato de adesão, deixando a embargante em plena desvantagem, dificultando sua defesa em seu juízo, conforme artigo 917, inciso V, do CPC, c/c artigo 54 do CDC.
2.3.	DO EXCESSO DE EXECUÇÃO
	Como relatado, a segunda parcela do empréstimo não foi paga pela embargante devido as suas dificuldades financeiras, e recebeu uma notificação do credor sobre o vencimento antecipado, considerando os encargos remuneratórios e moratórios e outras tarifas, o valor da dívida totalizava R$250.000,00, e já descontado o valor da primeira parcela paga, completamente assustada pela abusividade, não realizou o pagamento da divida e o embargado ajuizou uma ação de execução em face da embargante no valor de R$350.000,00, caracterizando um valor completamente excessivo portanto, aqui se configura o excesso de execução, art. 917, parágrafo 2, inciso I, CPC, sobre as cobranças indevidas de tarifas que não foi acordado no contrato, e aplicação de atualização monetária fora dos parâmetros contratados pela embargante, sendo as clausulas completamente abusivas desproporcionais e excessivamente onerosas e nulas de pleno direito, sendo incompatíveis com a boa-fé e equidade durante e contratação, conforme art.6, incisos IV e V e art. 51 inciso IV, ambos dos CDC.
	O valor que se entende correto após a embargante realizar uma consulta com um especialista, contador, constata-se que o valor devido é de R$180.000,00, conforme planilha que será comprovado por meio de delação probatória, sendo valor pedido pelo embargado excessivo, apontando-se o valor devido de R$180.000,00 conforme artigo 917, inciso III, parágrafo 3 do CPC.
 2.4.	DA IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA
A fim de garantir a execução oBanco embargado indico à penhora o único bem que Carla possui, que é o imóvel em que reside com seu esposo.
Todavia, o referido bem, se enquadra como bem de família nos termos do artigo 1º da lei é 8009/ 90, sendo, por conseguinte impenhoráveis e não respondendo por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza.
 Vê-se, pois, que a penhora está incorreta (art. 917, II c/c 833 do CPC), uma vez que o referido imóvel não pode ser objeto de contrição.
 2.5.	DO EFEITO SUSPENSIVO
	O efeito suspensivo aos embargos a execução que estabelece o artigo 919 do CPC que expressa que o juiz poderá atribuir efeito suspensivo aos embargos quando verificados os requisitos para concessão da tutela provisória e desde que a execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes, os elementos que evidenciam a atribuição do efeito suspensivo: a probabilidade do direito, o perigo de dano e risco ao resultado útil do processo. Sendo demonstrado o perigo de dano caso seja feita a penhora do seu bem familiar, aonde reside com o seu marido, José, e também toda negativação gera dado de difícil reparação e ao risco do resultado útil do processo e sendo demonstrado nos autos os elementos da probabilidade e do direito da embargante.
	2.6.	DO SEGURO DE GARANTIA
	A embargante relata que pretende contratar o seguro garantia com previsão legal nos artigos 919 c/c o art. 845 e art.848, todos do CPC.
	A penhora pode ser substituída por fiança bancária ou por seguro garantia judicial, em valor não inferior ao do débito constante da inicial, acrescido de trinta por cento.
	APONTA-SE O VALOR DO SEGURO GARANTIA sob o valor de 30% DE R$180.000,00, de acordo com artigo 848 do CPC.
3- DOS PEDIDOS
Ante o exposto, a embargante requer:
1- Sejam acolhidas as preliminares alegadas;
2- A concessão do beneficio da justiça gratuita, uma vez que não possui a embargante meios para arcar com as custas do processo, com fulcro nos arts. 98 e seguintes do CPC e art , LXXIV da CF.
3- O reconhecimento da incompetência do juízo e imediata 917, inciso V, do CPC, c/c o art. 54 do CDC.
4- Impenhorabilidade do seu bem imóvel que se considera bem de família com base nos art. 917, inciso II c/c o art. 833 do CPC e art. 1ª da lei 8009/90.
5- O reconhecimento do excesso a execução dos cálculos apresentados pelo embargado e que a execução prossiga apenas pela quantia devida de R$180.000,00, conforme cálculos apresentados pela a embargante.
6- Caso não seja acolhida as preliminares, considerando que a embargante pretende contratar seguro garantia sob o valor de 30% de R$180.000,00 como demonstrado nos autos, como expresso nos arts. 919 c/c, o art. 845 e art. 848, todos do CPC.
7- Que seja concedido o efeito suspensivo aos embargos de execução conforme art. 919 do CPC;
8- A intimação do embargado, na pessoa de seu Advogado, para que, querendo, apresente impugnação no prazo legal;
9- A condenação do embargado aos pagamentos de custas processuais e honorários de sucumbência;
PROVARÁ O ALEGADO POR TODOS OS MEIOS EM DIREITOS ADMITIDOS
DAR-SE A CAUSA O VALOR DE R$180.000.00
	Nestes termos, pede deferimento
LOCAL/ DATA
ADVOGADO(A) 
OAB Nº XXX

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