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condicionamento de ar por resfriamento evaporativo

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1- RESUMO
O condicionamento de ar por resfriamento evaporativo é um método ambientalmente amigável e energeticamente eficiente, que utiliza água como fluido de trabalho e pode ser uma alternativa econômica aos sistemas convencionais de ar condicionado em muitos casos. Este trabalho apresenta os princípios básicos de funcionamento e considerações técnicas para a utilização do resfriamento evaporativo em condicionamento de ar para conforto térmico, discorrendo a respeito do modo de operação dos sistemas de resfriamento evaporativo direto e indireto, de sistemas vários estágios e de sistema híbridos, que utilizam a refrigeração por compressão mecânica como apoio. Apresenta, ainda, alguns benefícios ambientais e econômicos resultantes da utilização eficiente desses sistemas.
PALAVRAS-CHAVEResfriamento evaporativo adiabático ; energia e meio ambiente; sistemas híbridos.
2- Introdução
Alguns estudos técnicos e econômicos mostram que grande parte da energia é desperdiçada pelos sistemas de refrigeração, por apresentarem uma série de ineficiências. Isto se deve a várias causas, mas as principais são as falhas na manutenção e o projeto inadequado de seus componentes. O sistema de resfriamento evaporativo projetado trata-se de um sistema de expansão direta, seguido da abordagem de equilíbrio térmico, porém essa situação acarreta uma grande necessidade de se buscar a elaboração de um projeto que possa ter uma característica de funcionamento simples, com baixo consumo de energia, além do custo acessível, existindo também uma grande preocupação com os aspectos de alteração do meio ambiente.
O Brasil, pela sua extensão territorial e pela diversidade de clima e de recursos ambientais estabelece a necessidade de criação de recursos técnicos para contornar os problemas provocados pela carência de produção nas diferentes regiões.
Para o controle de temperatura e umidade em ambientes em que ocorram renovações do ar, aplicaremos o sistema de resfriamento evaporativo, que consiste em mudar o ponto do estado psicrométrico do ar para maior umidade e menor temperatura, mediante o contato do ar com uma superfície umedecida ou líquida, ou com água aspergida ou pulverizada no ambiente.
3- Objetivos
 	Apresentar o Sistema de Resfriamento Adiabático e citar os princípios básicos para seu funcionamento;
Citar os materiais, técnicas e processos do sistema abordado.
4- Desenvolvimento
O condicionamento de ar por resfriamento adiabático é um método ambientalmente amigável, energeticamente eficiente e econômico. Este trabalho apresenta os princípios básicos de funcionamento e citam os materiais, técnicas e processos para a utilização do sistema em condicionamento de ar para o conforto térmico.
5- Processo de Resfriamento Evaporativo
O processo de resfriamento evaporativo, embora largamente utilizado em torres de resfriamento de água, lavadores de ar, condensadores evaporativos e resfriadores de líquidos, ainda é pouco explorado e difundido para o conforto térmico humano.
As aplicações para o resfriamento evaporativo são, entre outras, grandes áreas com grande quantidade de público, áreas onde funcionam equipamentos que produzem calor, áreas de trabalho industrial em processos de manufatura, em indústrias têxteis, em alguns processos industriais que requerem um controle preciso da umidade, em minas, em abrigos de animais, no armazenamento de produtos hortifrutigranjeiros, no cultivo de plantas e para condicionamento de ar residencial e comercial .
Os equipamentos de resfriamento evaporativo podem ser de refrigeração evaporativa direta (RED) ou de refrigeração evaporativa indireta (REI).
Equipamentos de refrigeração direta resfriam o ar por contato direto ou com uma superfície líquida ou com uma superfície sólida molhada ou, ainda, através de sprays. A Figura 1 mostra esquematicamente um resfriador evaporativo direto.
Figura 1. Resfriador evaporativo direto (RED)
Assim, em um RED, a água é vaporizada dentro da corrente de ar e o calor e massa transferidos entre o ar e a água reduzem a temperatura de bulbo seco do ar e aumentam sua umidade, mantendo constante a entalpia (resfriamento adiabático). No RED, não há redução na entalpia e a mínima temperatura que se pode atingir é a de bulbo úmido do ar que entra no sistema. É possível, no entanto, obter menores temperaturas de bulbo seco e bulbo úmido na saída mas, para isso, a água re-circulada que supre o equipamento deve antes ser resfriada .
Um avanço na tecnologia do resfriamento evaporativo deve-se à introdução dos equipamentos de resfriamento indireto, nos quais o ar, relativamente seco, é mantido separado do ar do lado molhado, onde o líquido es tá sendo vaporizado. N o resfriador evaporativo indireto (REI), o ar que será utilizado para condicionar o ambiente (ar primário) transfere calor para uma corrente de ar secundária ou para um líquido, que foram resfriados evaporativamente. A entalpia do ar do lado seco é assim reduzida, em contraste à redução adiabática de temperatura de um refrigera- dor evaporativo direto.
A Figura 2 mostra dois sistemas de resfriamento evaporativo indireto: tipo placa (Fig. 2a) e tipo tubo (Fig. 2b) .
Figura 2. Resfriador evaporativo indireto: (a) tipo pla- ca, (b) tipo tubo.
A efetividade de um resfriador evaporativo é definida como a taxa entre a queda real de temperatura de bulbo seco e a máxima queda teórica que a temperatura de bulbo seco poderia ter se o resfriador fosse 100% eficiente e o ar saísse saturado. Neste caso a temperatura de bulbo seco na saída seria igual à temperatura de bulbo úmido do ar na entrada .
Para um resfriador ideal, isto é, com 100% de efetividade, as temperaturas de bulbo seco e de ponto de orvalho tenderiam a ser iguais à temperatura de bulbo úmido.
Refrigeração em um, dois ou três estágios
 Pode-se utilizar o sistema de resfriamento evaporativo com somente um estágio (direto ou indireto), com dois estágios (indireto/direto, indireto/apoio ou direto/apoio) ou com três estágios (indireto/direto/ apoio). A Figura 3 mostra um esquema de resfriamento evaporativo em dois estágios. O primeiro estágio corresponde ao processo indireto e o segundo ao direto.
Figura 3: Resfriamento evaporativo em dois estágios: indireto/direto
Assim, tem-se que a temperatura de bulbo seco do ar na saída do estágio evaporativo indireto é dada por:
 (1)
onde e é a efetividade da unidade indireta ), Tpe é a temperatura na entrada do ar primário, Tps é a temperatura na saída do ar primário e Tw é a temperatura da água.
Sendo Tsi a temperatura de bulbo seco do ar deixando a unidade indireta e Tsd a do ar deixando unidade direta tem-se:
 (2)
onde εd é a efetividade da unidade direta e Tsd’ é a temperatura de bulbo úmido na saída do estágio direto e é igual àquela na saída do estágio indireto pois o processo direto é adiabático.
A utilização de um estágio auxiliar com refrigeração mecânica por expansão direta ou água gelada (resfriamento de apoio) é feita quando o resfriamento evaporativo não é suficiente para atingir a condição final desejada.
A Figura 4 mostra processos de resfriamento em 3 estágios em uma carta psicrométrica. O processo 1-2 é realizado em uma unidade de resfriamento evaporativo indireto e, neste caso, não há umidificação, ou seja, a umidade absoluta permanece constante. Os processos 2-3 e 4-5 são realizados em uma unidade direta e, nestes casos, a entalpia permanece constante. O processo 2-4 equivale à refrigeração de apoio quando a serpentina é colocada antes da unidade direta e o pro- cesso 3-5 quando a serpentina é colocada após a unidade direta.
A Figura 5 mostra, esquematicamente,os equipamentos componentes de um resfriador evaporativo de 3 estágios (indireto/apoio/direto) onde a serpentina do resfriamento de apoio (auxiliar) está colocada antes da unidade direta (pro- cesso 1-2-4-5 mostrado na Fig. 4).
Figura 4. Processos de resfriamento em 3 estágios
1- Ventilador (corrente de ar primário)
2- Resfriador evaporativo interno
3- Serpentina de resfriamento auxiliar
4- Resfriador evaporativo direto
5- Corrente de ar secundário
Figura 5. Resfriador em 3 estágios
Requisitos para um bom funcionamento
São basicamente dois os requisitos para o bom desempenho dos resfriadores evaporativos:
Troca de ar
A não ser que se deseje apenas elevar a umidade do ambiente, o ar que sai do resfriador evaporativo não deve recircular pelo equipamento. Na configuração ideal, ele é embutido em uma parede. Assim, o equipamento aspira sempre ar externo e gera uma pressão positiva dentro do ambiente o que também facilita a renovação de todo o ar interno. Quando é necessário instalar o equipamento dentro do ambiente, ele deve ser posicionado em frente a uma janela, porta ou outra abertura para o exterior. O equipamento também pode ser utilizado para produzir uma região de conforto térmico pontual ao ar livre ou dentro de grandes ambientes.
Circulação
A troca contínua do ar ambiente por ar resfriado é fundamental para manter as condições de conforto térmico no ambiente. Assim, o ar produzido pelo resfriador evaporativo deve ter saída adequada do ambiente. O ar deve percorrer toda a região a ser climatizada e encontrar saídas naturais (portas, janelas ou outras aberturas com área compatível com a vazão de ar produzida), situadas em locais apropriado. Quando as saídas naturais forem insuficientes ou inexistentes, devem ser instalados exaustores. A localização correta das aberturas naturais ou dos exaustores é fundamental para se criar o padrão de circulação de ar desejado no ambiente.
Princípios de funcionamento do sistema evaporativo
O resfriamento evaporativo é um processo que envolve uma redução na temperatura do ar e uma elevação de umidade graças a mecanismos simultâneos de transferência de calor e massa entre o ar e a água. O diagrama abaixo mostra o processo simplificado em uma carta psicrométrica para esse sistema.
Figura 6 -Diagrama do sistema de resfriamento evaporativo na carta psicrométrica.
O ar entra com uma quantidade de calor sensível e latente (menos latente quanto mais seco for o ar) a uma temperatura , e durante sua passagem pela superfície úmida, com temperatura , do resfriador evaporativo troca calor sensível com a água que se evapora. A água agora em estado de vapor mistura-se com o fluxo de ar, umidificando e resfriando a uma temperatura 
Mistura vapor d’água e ar
Determina-se que, uma mistura de ar seco com vapor d’água é chamada de ar úmido ou de mistura binária de ar seco com vapor d’água. A quantidade de vapor d’água presente na mistura pode variar de quase zero até um valor correspondente à condição de saturação. Esse estado corresponde à quantidade máxima de vapor d’água que o ar pode suportar em determinada condição de temperatura. Com isso, define-se ar saturado como a mistura de ar seco e vapor d’água saturado, enquanto que ar não saturado é a mistura de ar com vapor d’água superaquecido.
Psicrometria
A Psicrometria estuda as propriedades do ar, tais como temperatura, umidade, entalpia e ponto de orvalho. Nas aplicações de ar condicionado, o ar não é seco, mas sim, uma mistura de ar seco e vapor de água. O ar seco é uma mistura de gases, considerada uma substância homogênea a pressão e temperatura atmosféricas, sendo diferente do vapor de água, que se encontra saturado ou superaquecido nessas condições. Os princípios da psicrometria são aplicados em cálculo de carga térmica, sistemas de ar condicionado, serpentinas de desumidificação e resfriamento, torres de resfriamento e resfriadores evaporativos.
O ar atmosférico é constituído de uma mistura de gases, de vapor d’água e uma mistura de contaminantes (fumaça, poeira e outros poluentes gasosos) presentes em locais distantes das fontes poluidoras.
Quando todos os contaminantes e vapor d’água são removidos do ar atmosférico, ele é chamado de “ar seco”. Muitos estudos têm mostrado que a composição do ar seco é constante, tendo pequenas variações na quantidade de alguns componentes com o tempo, localização geográfica e altitude.
Três propriedades do ar úmido estão diretamente associadas com a temperatura: temperatura de bulbo seco, temperatura de bulbo úmido e temperatura do ponto de orvalho.
Temperatura de Bulbo
Temperatura de bulbo é a temperatura aferida por um termômetro comum que indica a temperatura de uma região protegida de radiação intensa, úmida e que influi diretamente na temperatura de conforto térmico.
Temperatura de bulbo úmido é a temperatura indicada por um termômetro cujo bulbo foi envolvido por uma mecha úmida, e lida quando o equilíbrio térmico é atingido. Nesse tipo de termômetro, a mistura de ar seco com vapor d’água sofre um processo de resfriamento adiabático, pela evaporação da água da mecha no ar, mantendo-se a pressão constante.
Temperatura de Orvaho
Temperatura de orvalho é a temperatura abaixo da qual se inicia a condensação, à pressão constante, do vapor d’água contido no ar úmido.
Umidade Relativa
A umidade relativa, , pode ser definida como a razão entre a pressão parcial do vapor d’água na mistura (Pv) e a pressão de saturação correspondente à temperatura de bulbo seco da mistura (Pg).
 (3)
Umidade Absoluta
A umidade absoluta é definida como a razão entre a massa de vapor d’água (mv) e a massa de ar seco (mAr) contidos em um determinado volume da mistura. A sua determinação pode ser feita com a equação dos gases perfeitos. Tanto o vapor d’água como o ar seco pode ser admitido como um gás perfeito para aplicações usuais de ar condicionado. O ar seco pode ser admitido como um gás perfeito porque sua temperatura é elevada em relação à temperatura de saturação, ao passo que o vapor d’água tem comportamento de gás perfeito porque sua pressão é baixa em relação á pressão de saturação. Da definição de umidade absoluta:
 (4)
Como , isolando m e substituindo na equação (4):
 (5) 
Aplicando, então, os valores que são constantes e substituindo
, tem-se:
Tabela 1 – Propriedades Constantes
	
	
	
	
 (6)
Entalpia
A entalpia da mistura ar seco-vapor d’água é a energia do ar úmido por unidade de massa do ar seco, acima de uma temperatura de referência (visto que somente diferenças de entalpia são de interesse para a engenharia). Quantitativamente, a entalpia é a soma das entalpias dos componentes da mistura, podendo ser expressa pela seguinte equação:
 (7)
Onde é o calor latente de vaporização da água.
Modelagem do problema
A figura 7 a seguir mostra o volume de controle construído em volta do painel por onde a água passa (painel molhado). Em seguida, define-se as variáveis
Figura 7 – Volume de controle do painel
Hipóteses:
O ar seco e o vapor d’água têm comportamento de gás ideal;
O ar é uma mistura de ar seco e vapor d’água;
O processo é adiabático;
Regime permanente;
As variações de energia cinética e potencial são desprezíveis quando comparadas às ;
A água de arrefecimento encontra-se a temperatura de bulbo úmido, visto que é continuamente recirculada.
Aplicando a 1ª lei da termodinâmica, obtém-se o balanço de energia do que entra e sai do volume de controle:
(8)
Para o balanço de massa de água no volume de controle, temos:
 (9)
Dividindo-se a equação acima por obtém-se:
 (10)
Onde e são as unidades absolutas do ar na entrada e saída do painel, respectivamente. 
Substituindo a equação (10) em (8), tem-se:
Considerando que a entalpia do vapor de água no ar se encontrano estado saturado:
 (12)
Uma vez que a entalpia e umidade absoluta, podem ser representadas como funções das respectivas temperaturas e como as condições de entrada do ar e vazão mássica são conhecidas, a taxa de transferência de calor é dependente apenas da temperatura do ar na saída do painel.
Visto que o resfriamento evaporativo direto por painéis de contato trata-se fundamentalmente de um trocador de calor de superfície úmida em corrente cruzada, uma teoria sobre trocadores de calor considera as diferenças médias logarítmicas de temperatura e massa específica como no método da LMTD (Log MeanDifferenceTemperature), conforme mostra a figura a seguir: 
Figura 8 - relação entre o ar e a água na transferência de calor (a) e massa (b)
Com base no esquema ilustrado na figura acima, a taxa de transferência de calor entre o ar e a água no processo de resfriamento evaporativo direto, pode ser dada por:
 (13) 
Assim, a LMTD é dada por: 
 (14) 
Substituindo a Eq. (14) em (13) e rearranjando os termos, chega-se à relação: 
 (15)
Onde a efetividade do sistema é dado por: 
 (16)
Então:
 (17)
Analisando a Eq. (16) nota-se que uma efetividade de 100% corresponde a uma temperatura de saída do ar igual à temperatura de bulbo úmido. E da Eq. (17) percebe-se que a efetividade limite requer uma combinação de uma grande área de superfície com um elevado coeficiente de transferência de calor.
Sabe-se assim que a taxa de transferência de massa na forma de vapor de água, é dada por:
 (18)
Se os valores de coeficiente de transferência de calor e massa não são conhecidos, então as Eq. (13) pode ser usada da seguinte maneira:
 (19)
Os principais números adimensionais a serem considerados no caso de transferência de calor e massa, que ocorre na camada limite fluidodinâmica presente na interface ar-superfície úmida são o Número de Prandtl, Nusselt, Schmidt e Sherwood. Prandtl fornece a razão entre as difusidades de momento e térmica. Nusselt fornece o gradiente de temperatura adimensional na superfície. Esses dois números estão intimamente relacionados com a transferência de calor. Schmidt fornece a razão entre as difusidades de momento e mássica. Sherwood fornece o gradiente de concentração adimensional na superfície. Esses dois últimos estão relacionados com a transferência de massa. O número de Reynolds relaciona as forças de inércia e de viscosidade do escoamento. No caso de transferência por convecção simultânea de calor e massa, outro número a se considerar é o de Lewis, que relaciona a difusidade térmica com a mássica.
6- Processos Adiabáticos
 Um processo adiabático é definido como aquele em que não há troca de calor entre o sistema e o meio, ou seja
 Q = 0 (20)
Nesse caso, a primeira lei se reduz para 
 ∆U = W = −Pex∆V (21)
ou seja, a energia interna é alterada apenas por troca de energia na forma de trabalho. Como, numa expansão, o trabalho é negativo (o sistema perde energia), a sua energia interna diminui e consequentemente a sua temperatura. Numa compressão, por outro lado, a temperatura aumenta. 
Pela definição, um processo adiabático não envolve nenhum fluxo de calor, ou seja, não ocorre troca de energia nem por radiação, nem por condução, nem por convecção. A única forma de realizar um processo adiabático perfeito seria com um corpo branco (não absorve nem emite radiação) no vácuo, eliminando a condução e a convecção. No entanto, diversos processos mais comuns ao nosso redor são considerados adiabáticos. Eles podem ser considerados adiabáticos quando.
são tão rápidos que não há, praticamente, tempo para a troca de calor. 
Isso ocorre, por exemplo, quando o ar se comprime (num compressor, numa bomba manual) e, como conseqüência, é aquecido. Contrariamente, um botijão de gás que é esvaziado rapidamente, congela; o ar numa garrafa de refrigerante apresenta uma névoa logo após abertura: o ar expandiu, esfriou e vapor de água condensou em conseqüência. 
envolvem volumes de matéria tão grandes que a interface com o meio é relativamente pequena, não dando, praticamente, oportunidade para troca de calor .
Esse é o caso, por exemplo, quando grandes massas de ar sobem ou descem na atmosfera terrestre, resultando em variações de pressão e de temperatura. Quando o ar sobe, a pressão diminui, ocorrendo uma expansão adiabática com conseqüente redução de temperatura. 
A seguir deduziremos algumas relações de interesse para uma expansão ou compressão gasosa reversível adiabática, isto é, durante a qual não ocorre troca de calor e que é tão lento que podemos considerar que a pressão externa é igual à interna durante todo o processo, a exemplo do que vimos para o processo 
isotérmico reversível, em aula anterior. Sendo assim:
 (21)
e, substituindo essa relação na Eq. (20) temos:
 (21)
Na relação (21) substituímos os símbolos ∆ da equação (20) por d, indicando matematicamente que, no processo reversível, se trata de diferenças infinitamente pequenas e vericamos que :
 (22)
e a substituição da equação (22) na ( 21) resulta em :
 (23)
A equação (23) é uma equação diferencial de fácil resolução, pois,integrando entre o estado inicial (T1, V1) e o final (T2, V2) obtemos:
 (24)
cuja a solução é :
 (25)
Como , temos :
 (26)
O quociente é, tradicionalmente, representado pela letra grega γ e, dessa forma:
 (27)
	Sabemos também que :
 (28)
e, combinando 28 com 27:
 (29)
Da relação (27) extraímos que, para um processo adiabático reversível:
 (30)
e, da equação (29) deduzimos a relação entre P e V para o mesmo processo:
 (31)
Podemos ainda deduzir que a relação entre P e T será:
 (32) 
O coeficiente γ:
 (33)
O Trabalho de um Processo Adiabático 
Pela relação verificamos que, para um processo adiabático: 
W = ∆U
Vimos também que: 
∆U = Cv∆T
Combinando as duas relações acima, temos que: 
 W = Cv∆T (34)
7- Sistema de Resfriamento Evaporativo Adiabático 
Em um sistema de resfriamento evaporativo o ar resfriado é responsável pelo aumento da circulação influenciando uma maior eficiência do homem no trabalho quanto pelo seu conforto, principalmente nos períodos mais quentes do ano.
No entanto, o resfriamento evaporativo pode ser uma alternativa econômica em muitos casos, podendo substituir o sistema convencional sob algumas condições ou ser utilizado como pré-resfriador no sistema convencional.
Isso leva a uma redução dos custos de operação com relação aos sistemas que utilizam somente a refrigeração mecânica .
Este sistema opera utilizando fenômenos naturais através de processos induzidos nos quais a água e o ar são os fluidos de trabalho. Consiste na utilização da evaporação de água através da passagem de um fluxo de ar, provocando uma redução na temperatura do ar.
Esse processo possui como principal característica o fato de ser mais eficiente quando as temperaturas são mais elevadas, ou seja, quando a necessidade de resfriamento é maior para o conforto humano. Além disso, o aumento da umidade é benéfico em regiões secas e, em outras regiões, com a umidificação, o ar insuflado deixa de causar o desconfortável ressecamento da pele e mucosas do corpo que os sistemas convencionaisproporcionam.
O resfriamento evaporativo tem ainda como atrativos e benefícios o baixo consumo de energia, facilidades de manutenção, instalação e operação, sendo facilmente integrável em sistemas de condicionamento de ar já instalados. Por não utilizar gases CFC ou HFC não agride o meio ambiente. Por ser um sistema que opera com renovação total do ar, elimina-se a recirculação e a proliferação de fungos e bactérias, problema constante nos sistemas de condicionamento de ar convencionais, aumentando a qualidade do ar interior. Por poupar energia reduz a demanda de potência de pico e também a emissão de CO2 de plantas termelétricas.
7.1 - Funcionamento
O princípio básico de refrigeração adiabática ocorre pelo contato do ar, gerado por um ventilador mecânico, em uma superfície porosa e umedecida chamada de Painel Evaporativo. O processo é dito adiabático por não envolver troca de calor com o meio externo. A Figura 9 mostra esquematicamente um resfriador adiabático evaporativo.
Figura 9 – Funcionamento Resfriador Adiabático Evaporativo
Assim, a água é vaporizada dentro da corrente de ar e o calor transferido entre o ar e a água reduz a temperatura do ar e aumentam sua umidade, mantendo constante a entalpia (resfriamento adiabático). A redução de temperatura do ar é tanto maior quanto menor for a umidade relativa do ar ambiente, quer dizer, quanto menor a umidade relativa e maior a temperatura melhor será a eficiência do sistema.
Materiais E Características
A Tabela 2 cita alguns materiais usuais na criação do painel evaporativo. Abaixo ilustraremos cada um respectivamente.
Tabela 2 - Materiais e características
	Materiais e características 
	Materiais 
	 Características-Estrutura
	Custo 
	Durabilidade 
	Fibras de Poliéster (Aquacel Plus) 
	Requer estrutura malha com arame como suporte
	Custo intermediário
	Dois anos
	Pads de Celulose (Kool-Cel)
	Parece papelão corrugado – “Self-supporting” não precisam de estrutura
	Alto custo
	Dez anos
	Argila Expandida (Cinasita)
	Material mais adequado para processos evaporativos
	 Baixo custo 
	Bastante durável
7.3 - Tipos de Sistema de Resfriamento Evaporativo Adiabático 
7.3.1 - Pad cooling
O sistema de pad cooling é comumente utilizado em aviários climatizados que consiste de um sistema totalmente automatizado com ventilação negativa em túnel de vento. Os painéis evaporativos utilizados nesse processo são geralmente de material especial de celulose, mantidos constantemente umedecidos, através do qual o ar passa e resfria-se antes de entrar no interior do aviário
7.3.2 - Sistema tradicional
No sistema tradicional, uma tubulação de PVC com pequenos orifícios é instalada na parte superior do painel evaporativo, na qual, a água bombeada é distribuída uniformemente. A água infiltra através do painel evaporativo formando um filme que cobre a superfície interna. Possuem geometria especial para que o ar passe através de pequenas aberturas, criando condição ideal de máxima evaporação. A água não evaporada é coletada por calha e direcionada à caixa d’água, onde é bombeada para a parte superior do painel evaporativo para reutilização .
7.3.3 – Nebulização
	O sistema de nebulização é constituído de bicos nebulizadores que fragmentam a água, em minúsculas gotas, distribuindo-a no interior do aviário na forma de jato d’água. Esse sistema pode ser operado em alta e baixa pressão. Quanto maior a pressão de trabalho do sistema maior será a quebra da gota d’água. Quando a quebra do diâmetro da gota d’água é grande forma-se uma névoa, sendo assim, considerado como nebulização.
7.3.4 – Sistema aspersão-pad
O sistema aspersão-pad, consiste do painel evaporativo tradicional de celulose instalado na entrada de ar do aviário. Duas a quatro linhas de bicos aspersores localizados em frente ao painel evaporativo aspergem água sobre esse. Para evitar que a quantidade de água não evaporada, molhe o solo próximo ao sistema, nas imediações são depositadas britas ou feito o plantio de grama
8- Aplicações 
Conforto Térmico – Industrial e Comercial
A climatização por resfriamento evaporativo é extremamente recomendável para grandes ambientes industriais ou comerciais, onde geralmente há grande geração de calor e grandes espaços abertos. Estas condições inviabilizam o uso de ar condicionado e favorecem o uso do resfriamento evaporativo, que pode ser usado inclusive para climatizar ambientes completamente abertos. Como exemplo podemos mencionar: indústrias em geral, depósitos, igrejas, lavanderias, restaurantes, casas noturnas, bingos, boliches, academias de ginástica, refeitórios industriais, auditórios, farmácias, shopping centers, salas de geradores e compressores, subestações de energia, cozinhas, fundições, supermercados, agências bancárias, aeroportos, estações de metrô, terminais de ônibus, etc.
Umidificação Industrial
Este sistema tem uma grande aplicação em ambientes que necessitam de um controle preciso de umidade, tais como as cabines de pintura de toda a indústria automobilística, indústria de papel e celulose, em tecelagens e fiações onde a umidade é fundamental para o processo de produção.
Turbinas a Gás
O rendimento da turbina depende diretamente da quantidade de ar introduzido na câmara de combustão. Em altas temperaturas, o ar apresenta baixa densidade e portanto a massa de ar fornecido à turbina se reduz. Com o uso dos sistemas evaporativos por painéis de contato, faz-se o resfriamento deste ar de entrada, sendo que há aumentos documentados de até 24% no rendimento da turbina.
Pré-resfriadores
Condensadores a ar de sistemas de refrigeração têm sua capacidade reduzida com o aumento da temperatura ou da demanda sobre eles. Essas mesmas condições seriam favoráveis ao pré-resfriador evaporativo, que reduz a temperatura do ar fornecido ao condensador na mesma proporção em que a temperatura externa aumenta. O pré- resfriamento evaporativo, de baixo custo, poderia reduzir significativamente os custos iniciais e de operação de um condensador a ar.
Estufas Agrícolas, Avicultura e Pecuária
O cultivo de legumes, plantas e flores durante todo o ano requer um controle preciso e constate de umidade, o que é conseguido com sistemas de resfriamento evaporativo.
Aviários tem sua produção e eficiência elevada à medida que com a climatização passam a trabalhar com maior densidade de animais e uma taxa de mortalidade mínima.
O conforto térmico usado em maternidade de suínos e na produção de leite contribui diretamente para o aumento de peso e da produção de leite, pois elimina o stress térmico tão prejudicial aos animais.
9- Conclusão
Com base nesse estudo, concluímos que, o sistema de resfriamento adiabático proporciona vantagens ambientais e econômicas. Quanto sua utilização ao conforto térmico, devemos considerar a umidade relativa do ar e a temperatura inicial para optarmos pela adoção do sistema
como possível solução e atenuação das altas temperaturas descritas acima, considerando as vantagens e desvantagens do mesmo. Também abordamos sobre os materiais, técnicas e processos para um sistema funcional.
10- Bibliografia 
http://www.meuclima.com.br/site/wp-content/uploads/2012/06/Catalogo-Munters.pdf
http://pt.wikipedia.org/wiki/Resfriamento_adiab%C3%A1tico
http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Resfriamento-Adiabtico/529785.html
http://www.leb.esalq.usp.br/aulas/lce1302/termodinamica3.pdf
http://books.google.com.br/books?id=796EMutjMtYC&pg=PA178&lpg=PA178&dq=TIPOS+DE+PROCESSOS+ADIAB%C3%81TICOS&source=bl&ots=VAZLY6lJzh&sig=4nNRLjw9bFyaLysv-HK8FrleSr0&hl=pt-BR&sa=X&ei=jv1hVMjsH4GoNr_Xgig&ved=0CB4Q6AEwADgU#v=onepage&q=TIPOS%20DE%20PROCESSOS%20ADIAB%C3%81TICOS&f=false
file:///C:/Users/Windows/Downloads/publicacao_t2k73x0h.pdf

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