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Pelve, Joelho, Perna e Pé

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Pelve - Moore, cap. 3 e cap.5 
 A pelve é a parte do tronco posteroinferior ao abdome, uma área de 
 transição entre o tronco e os membros inferiores circundada pelo 
 cíngulo do membro inferior (pelve óssea). A pelve é subdividida em 
 pelve maior (falsa), circundada pela parte superior do cíngulo do 
 membro inferior e ocupada pelas vísceras abdominais inferiores, e 
 pelve menor, circundada pela parte inferior do cíngulo do membro 
 inferior, que forma a estrutura óssea dos compartimentos da 
 cavidade pélvica e do períneo no tronco. 
 A parte externa da pelve é coberta ou envolvida pela parede abdominal anterolateral inferior anteriormente, 
 a região glútea do membro inferior posterolateralmente, e o períneo (área da superfície do tronco entre as 
 coxas e as nádegas, que se estende do cóccix até o púbis) inferiormente. 
 ! Pelve falsa : a pelve maior é considerada “pélvica” em virtude de seus limites ósseos, porém, em termos de 
 conteúdo é considerada abdominal. 
 Cíngulo do Membro Inferior 
 O cíngulo do membro inferior (pelve óssea) é um anel formado pelo sacro e pelos ossos do quadril direito e 
 esquerdo unidos anteriormente na sínfise púbica. 
 Ossos do Quadril 
 O osso do quadril maduro é o grande osso pélvico plano formado pela fusão de três ossos primários: ílio, 
 ísquio e púbis. 
 - O ílio é a parte superior (forma de leque) do osso do quadril, composto por asa, corpo, cristas, fossa e 
 espinhas ilíacas. 
 - O ísquio auxilia na formação do acetábulo, sendo composto por 
 corpo e ramo. 
 - O púbis é um osso angulado que tem um ramo superior, que 
 ajuda a formar o acetábulo, e um ramo inferior, que ajuda a formar o 
 forame obturado (abertura do osso do quadril). O arco púbico é 
 formado pelos ramos isquiopúbicos (ramos inferiores conjuntos do 
 púbis e do ísquio) dos dois lados. 
 Os dois ossos do quadril são unidos anteriormente na sínfise 
 púbica, uma articulação cartilagínea secundária e articulam-se, 
 posteriormente, com o sacro nas articulações sacroilíacas para 
 formar o cíngulo do membro inferior. 
 Sacro 
 Comum ao esqueleto axial e ao cíngulo do membro inferior, é formado pela fusão de 
 cinco vértebras sacrais, originalmente separadas. 
 ! Em lactentes e crianças, os ossos do quadril são formados por três ossos separados 
 por uma cartilagem trirradiada no acetábulo (depressão na face lateral que se articula 
 com a cabeça do fêmur). Após a puberdade, o ílio, o ísquio e o púbis fundem-se para 
 formar o osso do quadril. 
 !! Os cíngulos dos membros inferiores de homens e mulheres diferem em vários 
 aspectos relacionados, principalmente, com a constituição mais pesada e aos músculos 
 maiores da maioria dos homens e à adaptação da pelve (sobretudo a pelve menor) nas mulheres para o 
 parto. 
 Cavidade Pélvica 
 Espaço limitado perifericamente pelas paredes e assoalho ósseos, ligamentares e musculares da pelve, 
 tendo como funções principais a transmissão do peso do corpo aos membros inferiores, a conexão entre 
 esqueleto axial e apendicular e a proteção das partes terminais dos ureteres, bexiga urinária, reto, órgãos 
 genitais pélvicos e das vísceras pélvicas distintas (alças de intestino delgado e apêndices). 
 Articulações da Pelve 
 As principais articulações do cíngulo do membro inferior são as articulações sacroilíacas e a sínfise púbica. 
 O peso corporal é transferido da coluna vertebral para o cíngulo do membro inferior, através das articulações 
 sacroilíacas, e do cíngulo do membro inferior para os fêmures através das articulações do quadril. 
 Articulação do Quadril 
 É a conexão entre o membro inferior e o cíngulo do membro inferior , 
 sendo uma articulação sinovial do tipo esferóide . Nessa articulação, mais da 
 metade da cabeça do fêmur se encaixa no acetábulo, graças a presença do 
 lábio do acetábulo , uma orla fibrocartilaginosa fixada ao limbo do acetábulo, e 
 do ligamento transverso do acetábulo , uma continuação do lábio que transpõe 
 a incisura do acetábulo. 
 A articulação do quadril caracteriza-se por ser a nossa articulação mais 
 estável devido à sua arquitetura esferóide completa (profundidade da 
 cavidade), à resistência de sua cápsula e às fixações de músculos que 
 atravessam a articulação. 
 Articulação Sacroilíaca 
 Classificada como articulação mista , por ser formada por uma articulação sinovial anterior (entre as faces 
 auriculares do sacro e do ílio, cobertas por cartilagem articular) e uma sindesmose posterior (entre as 
 tuberosidades desses ossos), possui mobilidade limitada em consequência de seu papel na transmissão 
 de peso da maior parte do corpo para os ossos do quadril, sendo essa transferência estabilizada pelos 
 ligamentos sacroilíacos (sacrotuberal e sacroespinhal). 
 Sínfise Púbica 
 Articulação cartilaginosa secundária (sínfise), consiste em 
 um disco interpúbico fibrocartilagíneo e ligamentos 
 adjacentes que unem os corpos dos ossos púbis no plano 
 mediano, sendo geralmente mais largo em mulheres. Os 
 ligamentos que unem os ossos são espessos nas margens 
 superior e inferior dessa sínfise, formando os ligamentos 
 púbicos superior e inferior . 
 Articulação Lombossacral 
 As vértebras LV e SI articulam-se na sínfise intervertebral anterior formada pelo disco LV/SI entre seus 
 corpos no intuito de impedir o deslizamento anterior da vértebra lombar sobre a inclinação do sacro. 
 Articulação Sacrococcígea 
 Uma articulação cartilagínea secundária que une o ápice do sacro à base do cóccix. 
 ! Articulações cartilagíneas são estruturas unidas por cartilagem hialina (primárias/sincondroses) ou 
 fibrocartilagem (secundárias/sínfises) . 
 !! Sindesmoses são articulações fibrosas, ou seja, unidas por tecido fibroso. 
 Gravidez 
 A cavidade maior do disco interpúbico nas mulheres aumenta de tamanho durante a gravidez, o que 
 contribui para aumentar a flexibilidade da sínfise púbica . Níveis aumentados de hormônios sexuais e o 
 hormônio relaxina causam relaxamento dos ligamentos pélvicos durante a segunda metade da gravidez, 
 permitindo maior movimento das articulações pélvicas e tornando menos eficaz o mecanismo de encaixe 
 da articulação sacroilíaca, processo que promove a postura lordótica adotada com frequência durante a 
 gravidez. O único diâmetro que não é afetado é o diâmetro verdadeiro (obstétrico) entre o promontório da 
 base do sacro e a face posterossuperior da sínfise púbica. 
 Ligamentos da Pelve 
 Articulação do Quadril (Coxo-Femoral) 
 - iliofemoral 
 - pubofemoral 
 - isquiofemoral 
 - transverso do acetábulo (continuação do lábio) 
 - ligamento da cabeça do fêmur (interior) 
 Sínfise Púbica 
 - ligamentos púbicos superior e inferior 
 Articulação Sacroilíaca 
 - ligamentos sacroilíacos 
 Músculos da Pelve 
 Região Anterior da Coxa 
 O grande compartimento anterior da coxa contém os músculos anteriores da coxa, os flexores do quadril e 
 os extensores do joelho. 
 - Iliopsoas: atua na flexão da coxa na articulação do quadril (mais forte dos flexores do quadril) e na 
 estabilização dessa articulação, sendo suprido pelo nervo femoral. 
 Região Glútea 
 A região glútea é a área proeminente posterior à pelve e inferior ao nível 
 das cristas ilíacas (as nádegas), que se estende lateralmente até a margemanterior do trocanter maior. A camada superficial dos músculos da região 
 glútea consiste nos três grandes glúteos (máximo, médio e mínimo) 
 superpostos e no tensor da fáscia lata, sendo estes, principalmente, 
 extensores, abdutores e rotadores mediais da coxa. 
 - Glúteo Máximo: estende a coxa (principalmente a partir da posição 
 fletida) e ajuda em sua rotação lateral, além de estabilizar a coxa e ajudar 
 no levantamento a partir da posição sentada, sendo suprido pelo nervo 
 glúteo inferior . 
 - Glúteo Médio e Mínimo: aduz e roda medialmente a coxa , mantém o nível da pelve quando o membro 
 ipsilateral está sustentando peso e avança o lado oposto (não sustentado) durante a fase de balanço, sendo 
 suprido pelo nervo glúteo superior . 
 A camada profunda consiste em músculos menores (piriforme, obturador interno, gêmeos superior e inferior 
 e quadrado femoral) cobertos pela metade inferior do músculo glúteo máximo. Esses músculos são 
 rotadores laterais da coxa, mas também estabilizam a articulação do quadril, atuando com os fortes 
 ligamentos da articulação do quadril para estabilizar a cabeça do fêmur no acetábulo. 
 - Piriforme: roda lateralmente a coxa estendida e abduz a coxa fletida, além de auxiliar na estabilização da 
 cabeça do fêmur no acetábulo. 
 - Quadrado Femoral: roda lateralmente a coxa e estabiliza a cabeça do fêmur no acetábulo, sendo suprido 
 pelo nervo quadrado femoral . 
 ! Quando necessário, o uso de bengalas de apoio e dispositivos semelhantes deve ser sempre prescrito 
 para o lado oposto ao da lesão (contralateral), no intuito de melhor dividir a sobrecarga no membro. 
 !! Síndrome do Corredor: condição ocasionada por atrito excessivo do trato iliotibial com a cabeça do 
 fêmur . 
 Angulação do Quadril (Varo e Valgo) 
 A região proximal do fêmur é “curva” (em forma de L) de modo que o 
 eixo longitudinal da cabeça e do colo projeta-se em sentido 
 superomedial e forma um ângulo com o corpo oblíquo. Esse ângulo de 
 inclinação obtuso é maior (quase formando uma linha reta) ao 
 nascimento e diminui gradualmente (torna-se mais agudo) até ser 
 alcançado o ângulo do adulto (115 a 140°, com média de 126° ). 
 Esse ângulo permite maior mobilidade do fêmur na articulação do 
 quadril, além de assegurar a obliquidade do fêmur na coxa, o que 
 permite que os joelhos situem-se adjacentes e inferiores ao tronco, 
 sendo todos esses aspectos vantajosos a marcha bípede . 
 Deformidades nessas angulações geram limitações nos movimentos 
 de abdução (varo) e adução (valgo) passiva do quadril e encurtamento 
 do membro inferior. 
 ! O ângulo de inclinação é menor nas mulheres em razão da maior largura entre os acetábulos 
 (consequência da pelve menor mais larga) e da maior obliquidade do corpo do fêmur. 
 !! Quando o ângulo de inclinação é reduzido , o distúrbio é denominado coxa vara e, quando está 
 aumentado , é denominado coxa valga. 
 Postura e Marcha 
 Os movimentos dos membros inferiores durante a marcha em superfície plana podem ser divididos em fases 
 alternadas de balanço e de apoio, consistindo em apenas um ciclo por membro. 
 A fase de apoio começa com o toque do calcâneo , assim que esse toca o solo e começa a sustentar todo o 
 peso do corpo (resposta à carga), e termina com a saída da parte anterior do pé (propulsão) , compondo 
 cerca de 60% da marcha. Já a fase de balanço começa depois da propulsão, quando os dedos saem do 
 solo , e termina quando o calcanhar toca o solo , compondo cerca de 40% da marcha. 
 A fase de apoio da marcha é mais longa do que a fase de balanço, porque começa e termina com períodos 
 relativamente curtos de apoio duplo (ambos os pés tocam o solo) e com um período mais longo de apoio 
 único (apenas um pé no solo sustenta todo o peso do corpo) intermediário, enquanto o membro contralateral 
 avança. Na corrida , não há período de apoio duplo e, consequentemente, o tempo e o percentual do ciclo 
 da marcha representados pela fase de apoio são reduzidos, sendo os valores invertidos , ou seja, a fase de 
 apoio representa 40%, e a de balanço, 60% da marcha. 
 Movimentos do Quadril 
 Os movimentos do quadril são flexão–extensão, abdução–adução, rotação medial–lateral e circundução. 
 - o músculo iliopsoas é o mais forte flexor do quadril. 
 - o músculo adutor magno atua como flexor (parte anterior ou aponeurótica) e extensor (parte posterior ou 
 do jarrete), além de sua função como adutor. 
 - vários músculos participam da flexão e adução (pectíneo e grácil, bem como os três músculos “adutores”) 
 - além de abdução, as partes anteriores dos músculos glúteos médio e mínimo também fazem rotação 
 medial. 
 - o músculo glúteo máximo atua como extensor primário da posição fletida para a posição ereta (de pé), e 
 a partir desse ponto em sentido posterior, a extensão é feita principalmente pelos músculos do jarrete. O 
 músculo glúteo máximo também é um rotador lateral . 
 Osteoartrite 
 A osteoartrite ou osteoartrose (artrose) é uma doença que se caracteriza 
 pelo desgaste da cartilagem articular e por alterações ósseas , como os 
 osteófitos (bicos de papagaio). A osteoartrose pode ser classificada em 
 formas primária (ou idiopática) e secundária. Nas formas primárias, não se 
 identificam fatores predisponentes, e já nas formas secundárias, 
 distinguem-se claramente fatores locais ou sistêmicos (metabólicos, 
 anatômicos, traumáticos, inflamatórios) que modificam as características 
 articulares necessárias para o adequado desempenho funcional. 
 Joelho - Moore, cap.5 
 Região formada pela união entre a extremidade distal do 
 fêmur, a extremidade proximal da tíbia e a patela (osso 
 sesamóide do quadríceps femoral), sendo esses articulados 
 na fossa intercondilar do fêmur. É basicamente uma 
 articulação sinovial do tipo gínglimo , sendo a sua 
 estabilidade dependente da força e das ações dos 
 músculos adjacentes (principalmente o quadríceps femoral) 
 e seus tendões, e dos ligamentos que unem o fêmur e a 
 tíbia. 
 É formada por três articulações: 
 - duas articulações femorotibiais (lateral e medial) entre os côndilos laterais e mediais do fêmur e da tíbia, 
 classificada como articulação sinovial do tipo gínglimo uniaxial (diartrose). 
 - uma articulação femoropatelar intermediária entre a patela e o fêmur, classificada como uma articulação 
 sinovial do tipo plana (uniaxial). 
 A articulação do joelho possui cerca de 12 bolsas em seu entorno, sendo as 
 bolsas subcutâneas pré-patelar e infrapatelar as mais importantes, pois 
 permitem que a pele seja capaz de se movimentar livremente durante 
 movimentos do joelho. 
 Ligamentos 
 Ligamentos externos: ligamento da patela, ligamento colateral fibular, ligamento colateral tibial, ligamento 
 poplíteo oblíquo e ligamento poplíteo arqueado. 
 - O ligamento da patela recebe os retináculos medial e lateral (expansão dos músculos vasto medial e 
 lateral), tendo papel importante na manutenção do alinhamento da patela em relação à face articular 
 patelar do fêmur. 
 - Os ligamentos colaterais do joelho , fibular e tibial, importantes para estabilização no plano coronal , 
 encontram-se tensos na posição de extensão completa do joelho, limitandoa sua rotação e contribuindo 
 para a estabilidade na posição de pé. 
 Ligamentos intrínsecos: consistem nos ligamentos cruzados 
 e meniscos. 
 - Os ligamentos cruzados cruzam-se dentro da cápsula 
 articular, mas fora da cavidade sinovial. O LCA tem 
 vascularização relativamente pequena, sendo responsável 
 por impedir o deslocamento posterior do fêmur sobre a 
 tíbia e a hiperextensão da articulação do joelho. Já o LCP , 
 impede o deslocamento anterior do fêmur sobre a tíbia 
 e ajuda a evitar a hiperflexão da articulação do joelho. Na 
 posição de joelho fletido com sustentação de peso (ao 
 caminhar em declive), o LCP é o principal fator 
 estabilizador do fêmur. 
 - Os meniscos da articulação do joelho são lâminas de fibrocartilagem presentes na face articular da tíbia 
 que aprofundam a superfície e absorvem o choque . O menisco medial está firmemente aderido ao 
 ligamento colateral tibial, sendo assim, menos móvel, já o menisco lateral , é menor e tem mais 
 mobilidade , devido ao tendão do músculo poplíteo. 
 ! Lesões que ocorrem na região frontal da tíbia ou na posição de joelho fletido tendem a afetar 
 principalmente o LCP . 
 !! A firme fixação do LCT ao menisco medial tem grande significado clínico, pois a ruptura desse ligamento 
 costuma resultar em ruptura concomitante do menisco medial , sendo frequentemente causada por um 
 golpe na face lateral do joelho estendido ou por torção lateral excessiva do joelho fletido. 
 !!! O ligamento colateral tibial limita as forças em valgo , enquanto o ligamento colateral fibular, limita as 
 forças em varo . 
 Movimentos da Articulação do Joelho 
 - Extensão: quadríceps femoral. 
 - Flexão: isquiotibiais. 
 - Rotação Medial: semitendíneo e semimembranáceo. 
 - Rotação Lateral: bíceps femoral. 
 Ângulo Q 
 Quando normal, o ângulo do fêmur na coxa situa o meio da articulação do joelho diretamente inferior à 
 cabeça do fêmur na posição de pé, sendo em média, de 11 a 17° nos homens e 14 a 20° nas mulheres. 
 A angulação medial da perna em relação à coxa, na qual o fêmur é anormalmente vertical e o ângulo Q é 
 pequeno (Q < 9º) , é uma deformidade denominada joelho varo (pernas arqueadas), a qual acarreta a 
 sustentação desigual do peso (medialmente), fazendo com que o ligamento colateral fibular seja 
 hiperdistendido com tensão excessiva no menisco lateral. Já a angulação lateral da perna (Q > 17°) em 
 relação à coxa é chamada de joelho valgo , na qual o ligamento colateral tibial é submetido à tensão 
 exagerada. 
 ! Geno recurvato: hiperextensão dos joelhos (acima de 10°), bilateral e simétrica (lesão do cruzado anterior) 
 Perna 
 A tíbia e a fíbula estão unidas pela articulação tibiofibular superior e pela sindesmose tibiofibular (tibiofibular 
 inferior). 
 Músculos da Perna 
 Compartimento Anterior 
 Os quatro músculos no compartimento anterior da perna são tibial anterior, extensor 
 longo dos dedos, extensor longo do hálux e fibular terceiro. Esses músculos seguem, 
 e se inserem, em posição anterior ao eixo transverso da articulação talocrural e, 
 portanto, são dorsiflexores da articulação talocrural, elevando a parte anterior do pé 
 e abaixando o calcanhar. 
 - Tibial Anterior e Fibular Terceiro: dorsiflexão do tornozelo e inversão do pé. 
 Compartimento Lateral 
 O compartimento lateral contém os músculos fibulares longo e curto, ambos eversores do pé. Na prática, a 
 principal função dos eversores do pé não é elevar a margem lateral do pé, mas deprimir ou fixar a margem 
 medial do pé na sustentação da fase de saída dos dedos da marcha e na corrida , além de resistir à 
 inversão acidental ou excessiva do pé. 
 - Fibular longo e curto: eversão do pé e flexão plantar fraca do tornozelo. 
 Compartimento Posterior 
 Os músculos isquiotibiais são responsáveis pelo movimento de extensão do quadril e, principalmente, flexão 
 do joelho, sendo formados pelos músculos semitendíneo (ST), semimembranoso (SM) e pelo bíceps femoral 
 (BF). 
 - Gastrocnêmio : faz a flexão plantar do tornozelo quando o joelho é estendido, eleva o calcanhar durante a 
 marcha e flete a perna na articulação do joelho. 
 - Sóleo : realiza a flexão plantar do tornozelo independentemente da posição do joelho e estabiliza a perna 
 sobre o pé. 
 - Tibial posterior : faz a flexão plantar do tornozelo e inverte o pé. 
 Pata de Ganso 
 O conjunto dos tendões de três músculos na região do joelho ( sartório, grácil e semitendinoso) é 
 chamado de "pata de ganso", sendo esses responsáveis pela flexão do joelho e pela proteção contra o 
 estresse em rotação e em valgo. 
 Inervação dos Membros Inferiores 
 Os nervos que interessam na compreensão da inervação de parte do membro inferior são: nervo femoral, 
 nervo fibular, nervo tibial e nervo ciático. 
 Nervo Femoral 
 Compõe a região do Trígono Femoral (veia, artéria e nervo), de importância clínica 
 por ser superficial e facilitar o acesso para realização de procedimentos 
 (venóclise). 
 Inerva os principais músculos extensores do joelho , logo, qualquer lesão ou fratura 
 que ocorra nessa região vai ter o comprometimento da inervação da musculatura da 
 região anterior da coxa . Além disso, ao chegar na região próxima do joelho, esse 
 nervo se torna sensitivo , transformando-se no nervo safeno , que corre toda a parte 
 medial da perna até o primeiro metatarso. 
 Consequências motoras da lesão do nervo femoral: 
 - Paralisia de quadríceps femoral (reto femoral, vasto lateral, vasto medial, vasto intermédio) 
 - Perda da extensão do joelho 
 - Fraca flexão do quadril (iliopsoas está intacto – principal músculo flexor) 
 Nervo Fibular 
 Ao passar no colo da fíbula ele é denominado nervo fibular comum, sendo posteriormente dividido em nervo 
 fibular superficial e fibular profundo , logo após ao passar pela região do joelho. 
 Fibular Comum 
 Supre a pele na parte lateral da face posterior da perna e também a articulação do joelho . Pode ser lesado 
 por fratura do colo da fíbula, deslocamento da articulação do joelho e compressão, sendo que seu 
 comprometimento gera: 
 - Atrapalha a dorsiflexão (músculos extensores) 
 - Atrapalha a eversão (responsabilidade do fibular e a inversão é responsabilidade do tibial) → pé caído e 
 em inversão. 
 Fibular Profundo 
 Supre o compartimento anterior da perna , principalmente os músculos anteriores da perna e do dorso do 
 pé . O comprometimento motor do nervo fibular profundo gera: 
 - Perda da dorsiflexão do pé e dos dedos. 
 - O pé fica em flexão plantar e invertido por causa da ação sem oposição do tibial posterior → atitude 
 referida como equinovarus. 
 Fibular Superficial 
 Supre o compartimento lateral da perna , principalmente os músculos fibulares longo e curto. O 
 comprometimento motor do nervo fibular superficial gera: 
 - Perda da eversão: músculos fibulares curto e longo ficam paralisados. 
 - O pé fica invertido. 
 Nervo Tibial 
 O nervo tibial supre todos os músculos do compartimento posterior da perna , principalmente os 
 músculos gastrocnêmio, sóleo e tibial posterior . O nervo tibial passa bem rente ao maléolo medial e, 
 posteriormente, se divide em plantar medial e lateral, inervando toda a musculatura e parte sensorial da 
 planta do pé. 
 Comprometimento motor do nervotibial: 
 - Compromete todos os músculos na parte de trás da perna e da planta do pé , que ficam paralisados. 
 - O pé fica em dorsiflexão e evertido → referido como calcaneovalgus. 
 Nervo Isquiático 
 Derivado da região sacral do plexo, é composto pelo nervo fibular comum 
 e nervo tibial (músculos posteriores da coxa, perna e pé). Quando o nervo 
 ciático chega próximo à fossa poplítea , ele se separa em seus dois 
 componentes: tibial , responsável pela inervação dos flexores do joelho, e 
 fibular comum , responsável pela inervação dos extensores do joelho. 
 Apresenta relação de grande importância com o músculo piriforme (um dos 
 mais importantes na rotação lateral da articulação coxofemoral), pois a 
 contração constante desse músculo pode causar compressão desse 
 nervo , sendo esse processo denominado de síndrome do piriforme . Esse 
 problema no nervo ciático, consequência de uma rotação lateral constante, 
 acontece mais com as pessoas que possuem as condições B, C e D , 
 sendo muito raro o acometido por esse motivo em uma condição como a A. 
 Tornozelo 
 A articulação talocrural (articulação do tornozelo) é sinovial do tipo gínglimo , estando localizada entre as 
 extremidades distais da tíbia e da fíbula e a parte superior do tálus. As extremidades distais da tíbia e da 
 fíbula formam um encaixe maleolar, no qual se encaixa a tróclea do tálus, sendo que a tíbia articula-se com 
 o tálus em dois lugares. 
 Ligamentos 
 A articulação talocrural é reforçada lateralmente pelo ligamento 
 colateral lateral , responsável por estabilizar a articulação em inversão , 
 e pelo ligamento colateral medial (deltóide), responsável por estabilizar 
 a articulação em eversão , sendo ambos subdividos em ligamentos 
 menores. 
 Durante a lesão em inversão (mais comum), ocorre o acometimento 
 do ligamento talofibular anterior (LTFA) . Já as lesões em eversão , 
 ocorrem com acometimento do ligamento deltóide , sendo mais 
 associadas a fraturas do tornozelo. 
 Movimentos 
 Os principais movimentos da articulação talocrural são dorsiflexão e flexão plantar do pé , que ocorrem em 
 torno de um eixo transversal que passa pelo tálus. A dorsiflexão do tornozelo é produzida pelos músculos no 
 compartimento anterior da perna (tibial anterior e fibular terceiro) e a flexão plantar do tornozelo é 
 produzida pelos músculos no compartimento posterior da perna (tibial posterior, gastrocnêmio e sóleo). 
 Pé 
 O esqueleto do pé é formado por 7 ossos tarsais, 5 metatarsais e 14 falanges, os quais podem ser divididos 
 em três partes anatômicas e funcionais: posterior, média e anterior. 
 Articulações 
 As articulações intertarsais importantes são a articulação talocalcânea (subtalar) e a articulação transversa 
 do tarso. A articulação talocalcânea é sinovial, situada no local onde o tálus se apoia e articula com o 
 calcâneo, sendo o local onde ocorre a maior parte da inversão e eversão , ao redor de um eixo que é 
 oblíquo. Já a articulação transversa do tarso, uma articulação composta, é responsável por girar a parte 
 posterior do pé em torno do eixo longitudinal . 
 Arcos do Pé 
 Os ossos tarsais e metatarsais são dispostos em arcos longitudinais e transversos sustentados e contidos 
 por tendões flexíveis que aumentam a capacidade de sustentação de peso e a resiliência do pé . , junto ao 
 arco longitudinal lateral e ao transversal, proporcionam adaptação do pé às irregularidades do solo, 
 absorvem e redistribuem as cargas. 
 O arco longitudinal do pé é formado 
 pelas partes medial e lateral que, 
 funcionalmente, atuam como uma 
 unidade com o arco transverso do pé, 
 distribuindo o peso em todas as 
 direções. O arco longitudinal medial 
 (ALM), o maior e o mais importante, é 
 mais alto , formado pelo calcâneo, 
 tálus, navicular, três cuneiformes e 
 três metatarsais, já o lateral, mais 
 plano , é formado pelo calcâneo, pelo 
 cubóide e pelos dois metatarsais 
 laterais. O arco transverso do pé é 
 formado pelo cubóide, cuneiformes e bases dos metatarsais, sendo que as partes medial e lateral do arco 
 longitudinal atuam como pilares para o arco transverso. 
 ! O músculo tibial posterior faz a flexão plantar do tornozelo e, também, a inversão do pé, sendo o principal 
 estabilizador dinâmico do arco longitudinal . 
 A avaliação pela linha de Feiss é obtida por meio de um traçado, partindo do ápice do maléolo medial até a 
 face plantar da primeira articulação metatarsofalangiana e, com o avaliado em pé, palpa-se a tuberosidade 
 do navicular, observando sua posição. O ALM é considerado normal quando essa tuberosidade navicular 
 está localizada sob ou bem próxima a linha traçada. 
 Tubérculo navicular abaixo da linha de Feiss → pé pronado (chato/plano) 
 Tubérculo navicular acima da linha de Feiss → pé supinado (cavo) 
 Entorse 
 Grau I - estiramento do ligamento, sem ruptura, pouco edema, sem instabilidade, deambula. 
 Grau II - ruptura parcial do ligamento, edema moderado, grau de instabilidade , sensibilidade, deambula 
 com dificuldade. 
 Grau III - ruptura completa do ligamento, presença de falseio e edema significativo, não deambula , 
 articulação instável, muita dor. 
 No tratamento da entorse a redução da dor é essencial, mas a prevenção de qualquer perda de movimento, 
 força e/ou a propriocepção é igualmente importante, sendo o raio x é uma recorrência normal neste tipo de 
 lesões, pois é uma maneira de garantir que tal lesão não é uma fratura. Proteção, repouso relativo, gelo 
 (ice) , compressão e elevação ( PRICE ) são a base principal do tratamento inicial e devem ser introduzidos 
 imediatamente. 
 Inervação e Marcha 
 Na fase de apoio do calcâneo (apoio inicial): dorsiflexão do pé pelo músculo tibial anterior , que é inervado 
 pelo nervo fibular profundo (proveniente do fibular comum). 
 Na fase de impulso (apoio final): flexão plantar do pé com a ação dos músculos gastrocnêmios, sóleo e 
 tibial posterior , inervados pelo nervo tibial . 
 Troca de fases (apoio → balanço): os músculos do compartimento lateral, fibular curto e longo , auxiliam a 
 sustentação na fase de saída dos dedos da marcha e na corrida, além de resistir à inversão acidental ou 
 excessiva do pé. 
 O músculo tibial anterior é um dorsiflexor da articulação do tornozelo e um inversor do pé, sendo acionado 
 com maior intensidade quando os dois movimentos ocorrem juntos, como no ato de caminhar. Já o músculo 
 tibial posterior faz a flexão plantar do tornozelo e, também, a inversão do pé, sendo o principal estabilizador 
 dinâmico do arco longitudinal.

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