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APG 13 - O passo em falso do fenômeno

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1 
 
 
Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
Objetivo 
1- Estudar a anatomia dos ossos, músculos e 
articulações do membro inferior. 
Membros inferiores 
↠ Os membros inferiores sustentam todo o peso do 
corpo na posição ereta e são submetidos a forças 
excepcionais quando saltamos ou corremos. Portanto, não 
é surpreendente que os ossos dos membros inferiores 
sejam mais grossos e mais fortes do que os dos 
membros superiores. Os três segmentos de cada 
membro inferior são a coxa, a perna e o pé (MARIEB, 3ª 
ed.). 
Ossos 
↠ Cada membro inferior apresenta 30 ossos em quatro 
locais diferentes: (TORTORA, 14ª ed.). 
➢ o fêmur na coxa; 
➢ a patela; 
➢ a tíbia e fíbula na perna; 
➢ os 7 ossos tarsais no tornozelo, os 5 ossos 
metatarsais no metatarso e as 14 falanges (ossos 
dos dedos) no pé. 
ESQUELETO DA COXA 
FÊMUR 
↠ O fêmur é o único osso da coxa (MARIEB, 7ª ed.). 
↠ É o maior, mais longo e mais forte osso do corpo. Sua 
estabilidade é consequência do fato de que ele pode 
suportar tensões que podem alcançar 280 kg por cm2, 
ou 2 toneladas por polegada quadrada (MARIEB, 7ª ed.). 
↠O fêmur é envolvido por músculos volumosos que nos 
impedem de palpá-lo ao longo da coxa. Seu comprimento 
representa aproximadamente um quarto da altura da 
pessoa (MARIEB, 3ª ed.). 
↠ O fêmur posiciona-se cada vez mais medialmente, à 
medida que inclina-se em direção ao joelho. Esse 
posicionamento coloca as articulações do joelho mais 
próximas ao centro de gravidade do corpo na linha 
mediana, proporcionando assim um melhor equilíbrio 
(MARIEB, 7ª ed.). Segundo TORTORA, esse ângulo é 
denominado ângulo da diáfise femoral (ângulo de 
convergência). 
Esse trajeto do fêmur, de lateral para medial, é mais pronunciado nas 
mulheres por causa de sua pelve mais larga. Assim, há um ângulo 
grande na articulação entre o fêmur e a tíbia (um dos ossos da perna), 
que é vertical. Isso pode contribuir para a maior incidência de 
problemas no joelho em atletas do sexo feminino. (MARIEB, 7ª ed.). 
↠ Sua extremidade proximal se articula com o acetábulo 
do osso do quadril. Sua extremidade distal se articula com 
a tíbia e a patela (TORTORA, 14ª ed.). 
 
↠ A extremidade proximal do fêmur consiste em uma 
cabeça arredondada que se articula com o acetábulo do 
osso do quadril, formando a articulação do quadril. A 
cabeça contém uma pequena depressão central chamada 
fóvea da cabeça do fêmur (TORTORA, 14ª ed.). 
O ligamento da cabeça do fêmur liga a fóvea da cabeça do fêmur ao 
acetábulo do osso do quadril (TORTORA, 14ª ed.). 
 
A região proximal do fêmur é “curva” (em forma de L) de modo que 
o eixo longitudinal da cabeça e do colo projeta-se em sentido 
superomedial e forma um ângulo com o corpo oblíquo. Esse ângulo 
de inclinação obtuso é maior (quase formando uma linha reta) ao 
APG 13 – “O PASSO EM FALSO DO FENÔMENO” 
2 
 
 
Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
nascimento e diminui gradualmente (torna-se mais agudo) até ser 
alcançado o ângulo do adulto (115 a 140°, média de 126°) (MOORE, 8ª 
ed.) 
 
O ângulo de inclinação é menor nas mulheres em razão da maior 
largura entre os acetábulos (consequência da pelve menor mais larga) 
e da maior obliquidade do corpo do fêmur. O ângulo de inclinação 
permite maior mobilidade do fêmur na articulação do quadril porque 
coloca a cabeça e o colo mais perpendiculares ao acetábulo na posição 
neutra (MOORE, 8ª ed.) 
↠ O colo do fêmur é uma região estreitada distal à 
cabeça. A fratura de quadril refere-se mais 
frequentemente à fratura do colo do fêmur do que à 
fratura dos ossos do quadril (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ O trocanter maior e o trocanter menor são projeções 
da junção do colo com a diáfise que servem de pontos 
de inserção para os tendões de alguns músculos da coxa 
e das nádegas (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ O trocanter maior é a proeminência palpável e visível 
anteriormente à concavidade lateral do quadril. É um 
referencial comumente usado para localizar a área de 
injeções intramusculares na face lateral da coxa. O 
trocanter menor é inferior e medial ao trocanter maior 
(TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Entre as faces anteriores dos trocanteres, 
encontramos uma linha intertrocantérica estreita. Uma 
crista chamada crista intertrocantérica aparece entre as 
faces posteriores dos trocanteres (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Inferiormente à crista intertrocantérica, na face 
posterior do corpo do fêmur, existe uma elevação vertical 
chamada tuberosidade glútea, que se funde com outra 
elevação vertical chamada linha áspera. Ambas as 
elevações atuam como pontos de inserção para os 
tendões de vários músculos da coxa (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ A extremidade distal expandida do fêmur engloba o 
côndilo medial e o côndilo lateral (formato de roda, que se 
articulam com a tíbia) (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Uma área deprimida entre os côndilos na face 
posterior é chamada fossa intercondilar (profunda, em 
forma de U, e superior a esta fossa situa-se a face 
poplítea, uma área lisa na diáfise do fêmur). A face patelar 
lisa se encontra localizada entre os côndilos na face 
anterior, articula-se com a patela (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Os epicôndilos medial e lateral (locais de fixação 
muscular) limitam os côndilos superiormente. Na parte 
superior do epicôndilo medial encontra-se uma saliência, 
o tubérculo do adutor. (MARIEB, 3ª ed.). Uma projeção 
rugosa que é local de inserção do músculo adutor magno 
(TORTORA, 14ª ed.). 
PATELA 
↠ A patela ("panela pequena") é um osso sesamóide 
triangular que fixa os músculos anteriores da coxa na tíbia 
e é envolvido pelo tendão do quadríceps (MARIEB, 3ª ed.). 
↠ Localizada anteriormente na articulação do joelho 
(TORTORA, 14ª ed.). 
↠ A larga extremidade proximal desse osso sesamoide 
incrustado no tendão do músculo quadríceps femoral é 
chamada de base; a extremidade pontiaguda distal é 
chamada de ápice (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ A face articular posterior contém duas faces, uma para 
o côndilo medial e a outra para o côndilo lateral do fêmur. 
O ligamento da patela fixa a patela à tuberosidade da tíbia 
(TORTORA, 14ª ed.). 
↠ A junção patelofemoral, entre a face posterior da 
patela e a face patelar do fêmur, é o componente 
intermediário da articulação do joelho (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ A patela aumenta o efeito de alavanca do tendão do 
músculo quadríceps femoral, mantém a posição do 
tendão quando o joelho flexiona e protege a articulação 
do joelho (TORTORA, 14ª ed.). 
 
3 
 
 
Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
 
ESQUELETO DA PERNA 
↠ Dois ossos paralelos, a tíbia e a fíbula, formam o 
esqueleto da perna, a região do membro inferior entre o 
joelho e o tornozelo. Esses dois ossos são conectados 
pela membrana interóssea e articulam-se entre si nas 
epífises proximais e distais (MARIEB, 3ª ed.) 
TÍBIA 
↠ A tíbia ("canela") recebe o peso do corpo a partir do 
fêmur e o transmite para os pés. É o segundo maior osso 
em comprimento e força (MARIEB, 3ª ed.) 
↠ Localizada medialmente (MARIEB, 7ª ed.) 
O termo tíbia quer dizer flauta, pois os ossos tibiais de pássaros eram 
usados antigamente para fazer instrumentos musicais (TORTORA, 14ª 
ed.). 
↠ A tíbia se articula em sua extremidade proximal com 
o fêmur e a fíbula e em sua extremidade distal com a 
fíbula e o tálus do tornozelo (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ A extremidade proximal da tíbia é expandida em um 
côndilo lateral e um côndilo medial. Esses côndilos se 
articulam com os côndilos do fêmur para formar a 
articulação do joelho, lateral e medialmente (TORTORA, 
14ª ed.). 
Na região inferior do côndilo lateral da tibia existe uma faceta para a 
articulação tibiofibular proximal (MARIEB, 3ª ed.). 
 
↠ Os côndilos ligeiramente côncavos são separados por 
uma projeção superior chamada eminência intercondilar. 
A tuberosidade da tíbia na face anterior é o ponto de 
inserção do ligamento da patela (TORTORA, 14ª ed.).↠ Inferiormente, em continuidade com a tuberosidade da 
tíbia, há uma crista aguda que pode ser palpada abaixo da 
pele, conhecida como margem anterior (crista) ou, 
popularmente, canela (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ A face medial da extremidade distal da tíbia forma o 
maléolo medial. Essa estrutura se articula com o tálus do 
tornozelo e forma a proeminência que pode ser palpada 
na face medial do tornozelo (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ A incisura fibular se articula com a extremidade distal 
da fíbula para formar a sindesmose tibiofibular 
(TORTORA, 14ª ed.). 
De todos os ossos longos do corpo, a tíbia é a mais frequentemente 
fraturada e, também, o local mais constante de fratura aberta 
(composta ou exposta) (TORTORA, 14ª ed.). 
FÍBULA 
↠ A fíbula é paralela e lateral à tíbia, porém é 
consideravelmente menor. Diferentemente da tíbia, a 
fíbula não se articula com o fêmur, porém ajuda a 
estabilizar a articulação do tornozelo (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ A cabeça da fíbula, a extremidade proximal, se articula 
com a face inferior do côndilo lateral da tíbia abaixo do 
nível da articulação do joelho para formar a articulação 
tibiofibular (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ A extremidade distal tem forma mais triangular e 
apresenta uma projeção chamada maléolo lateral que se 
articula com o tálus do tornozelo e forma a proeminência 
na face lateral do tornozelo (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Conforme observado antes, a fíbula também se 
articula com a tíbia na incisura fibular para formar a 
sindesmose tibiofibular (TORTORA, 14ª ed.). 
A diáfise da fíbula é bastante sulcada - a fíbula não suporta peso, mas 
vários músculos se originam a partir dela (MARIEB, 7ª ed.). Segundo 
Marieb 3ª ed., a fíbula parece ter sido torcida um quarto de volta. 
MNEMÔNICO para localizar a fíbula e a tíbia: A FÍBULA É LATERAL. 
ESQUELETO DO PÉ 
↠ O esqueleto do pé compreende os ossos tarsais, os 
ossos metatarsais e as falanges, ou ossos do dedo do pé 
(TORTORA, 14ª ed.). 
4 
 
 
Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
↠ O pé tem duas funções importantes: ele suporta o 
peso do corpo e atua como uma alavanca para 
impulsionar o corpo para a frente durante uma caminhada 
ou corrida. Um único osso poderia servir a ambos os 
propósitos, mas teria um desempenho pobre em um 
terreno irregular. Sua estrutura multicomponente torna o 
pé flexível, evitando esse problema (MARIEB, 7ª ed.). 
TARSO 
↠ O tarso (tornozelo) é a região proximal do pé que 
consiste em 7 ossos tarsais, incluindo o tálus e o calcâneo, 
localizados na parte posterior do pé (TORTORA, 14ª ed.). 
O peso do corpo é suportado principalmente pelos dois maiores ossos 
tarsais, mais posteriores: o tálus (“tornozelo”), que se articula com a 
tíbia e a fíbula superiormente, e o robusto calcâneo (“osso do 
calcanhar”), que forma o calcanhar do pé (MARIEB, 7ª ed.). 
↠ O calcâneo é o maior e mais forte osso tarsal. Os ossos 
tarsais anteriores são o navicular, os 3 cuneiformes, 
chamados cuneiformes lateral, intermédio e medial, e o 
cuboide (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ O espesso tendão calcâneo, ou de Aquiles, dos 
músculos da panturrilha fixa-se à superfície posterior do 
calcâneo (MARIEB, 3ª ed.). 
↠ A parte do calcâneo que toca o solo é a tuberosidade 
do calcâneo, e sua projeção em forma de prateleira que 
suporta parte do tálus é o sustentáculo do tálus ("suporte 
para o tálus") (MARIEB, 3ª ed.). 
As articulações entre os ossos tarsais são chamadas articulações 
intertarsais (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ O tálus, o osso tarsal mais superior, é o único osso do 
pé que se articula com a tíbia e com a fíbula. Ele se articula 
de um lado com o maléolo medial da tíbia e do outro lado 
com o maléolo lateral da fíbula (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ A tíbia articula-se com o tálus na tróclea do tálus 
(MARIEB, 3ª ed.). 
Essas articulações formam a articulação talocrural (tornozelo) 
(TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Durante uma caminhada, o tálus transmite cerca da 
metade do peso do corpo para o calcâneo. O restante é 
transmitido para os outros ossos tarsais (TORTORA, 14ª 
ed.). 
 
METATARSO 
↠ O metatarso, região intermediária do pé, consiste em 
cinco ossos metatarsais numerados de I a V, de medial 
para lateral. Assim como os metacarpais da palma da mão, 
cada metatarsal consiste em uma base proximal, uma 
diáfise intermediária e uma cabeça distal (TORTORA, 14ª 
ed.). 
↠ Os ossos metatarsais se articulam proximalmente com 
o primeiro, o segundo e o terceiro cuneiformes e com o 
cuboide para formar as articulações tarsometatarsais. 
Distalmente, eles se articulam com a fileira proximal de 
falanges para formar as articulações metatarsofalângicas 
(TORTORA, 14ª ed.). 
↠ O primeiro metatarsal é mais espesso que os outros 
porque sustenta mais peso (TORTORA, 14ª ed.). 
 
5 
 
 
Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
↠ Os metatarsais são mais aproximadamente paralelos 
uns aos outros do que os metacarpais na palma da mão 
(MARIEB, 7ª ed.). 
↠ Distalmente, onde os metatarsais articulam -se com as 
falanges proximais dos dedos dos pés, a cabeça alargada 
do primeiro metatarsal constitui a chamada “bola” do pé 
(tuberosidade do primeiro metatarsal) (MARIEB, 7ª ed.). 
ARCOS DO PÉ 
Uma estrutura composta de múltiplos componentes só pode 
suportar peso se for arqueada. O pé tem três arcos: arco 
longitudinal medial, arco longitudinal lateral e arco transverso. 
Esses arcos são mantidos pelo formato de intertravamento dos 
ossos do pé, por ligamentos fortes e pela tração de alguns 
tendões durante a atividade muscular (os ligamentos e tendões 
também proporcionam resiliência). Como resultado, os arcos 
“cedem” quando é aplicado peso sobre o pé, depois retornam 
a sua posição original quando o peso é removido (MARIEB, 7ª 
ed.). 
Se você examinar suas pegadas em areia molhada, vai ver que 
a margem medial do pé, do calcanhar à ponta distal do primeiro 
metatarso, não deixa impressão. Isso acontece porque o arco 
longitudinal medial faz a curva bem acima do chão. O tálus, 
perto da articulação talonavicular, é a “pedra-chave” desse arco, 
que se origina no calcâneo, sobe até o tálus e depois desce 
aos três metatarsais mais mediais (MARIEB, 7ª ed.). 
O arco longitudinal lateral é muito baixo, pois eleva a margem 
lateral do pé apenas o suficiente para redistribuir parte do peso 
do corpo para o calcâneo e parte para a cabeça do quinto 
metatarsal (isto é, para as duas extremidades do arco). O osso 
cuboide é a pedra-chave desse arco lateral (MARIEB, 7ª ed.). 
Os dois arcos longitudinais servem como pilares para o arco 
transverso, que corre obliquamente de um lado ao outro do 
pé, seguindo a linha das articulações tarsometatarsais (MARIEB, 
7ª ed.). 
Juntos, os três arcos formam uma meia cúpula, que distribui 
para os ossos do calcanhar aproximadamente metade do peso 
de uma pessoa, em pé e caminhando, e a outra metade para 
as cabeças dos metatarsais (MARIEB, 7ª ed.). 
Como mencionado anteriormente, vários tendões correm abaixo dos 
ossos do pé e ajudam a apoiar os arcos do pé. Os músculos associados 
a esses tendões são menos ativos quando a pessoa está em pé do 
que caminhando. Portanto, pessoas que ficam o dia todo em pé em 
seu trabalho podem desenvolver arcos caídos, ou “pés chatos”. Correr 
em superfícies duras também pode causar esse efeito de arcos 
caídos, a menos que a pessoa use sapatos que deem sustentação 
adequada aos arcos (MARIEB, 7ª ed.). 
 
Articulações 
ARTICULAÇÃO DO JOELHO 
↠ A articulação do joelho (articulação tibiofemoral), a 
maior e mais complexa articulação do corpo, atua 
principalmente como uma diartrose cilíndrica. No entanto, 
também permite alguma rotação medial e lateral, quando 
em posição de flexão e durante o ato de extensão da 
perna (MARIEB, 7ª ed.). 
↠ Trata-se de uma articulação do tipo gínglimo 
modificada (porque seu movimento principal é um 
movimento de dobradiça uniaxial) que consiste em 3 
articulações dentro de uma únicacavidade articular: 
(TORTORA, 14ª ed.). 
➢ Lateralmente se encontra a articulação 
tibiofemoral, entre o côndilo lateral do fêmur, o 
menisco lateral e o côndilo lateral da tíbia, que 
consiste no osso de sustentação de peso da 
perna. 
➢ Medialmente se encontra a outra articulação 
tibiofemoral, entre o côndilo medial do fêmur, o 
menisco medial e o côndilo medial da tíbia. 
➢ A articulação femoropatelar é aquela 
intermediária entre a patela e a face patelar do 
fêmur - articulação plana que permite que a 
patela deslize pela extremidade distal do fêmur, 
quando o joelho é fletido. 
Entre os côndilos do fêmur e os meniscos em forma de C, ou 
cartilagens semilunares, localizados sobre os côndilos da tíbia. Além de 
aprofundar as rasas superfícies articulares da tíbia (os côndilos), os 
meniscos ajudam a prevenir a oscilação do fêmur sobre a tíbia e a 
absorver os choques transmitidos à articulação do joelho. No entanto, 
os meniscos são fixados apenas às margens externas da tíbia e com 
frequência são envolvidos em lesões (MARIEB, 3ª ed.). 
↠ A articulação do joelho é única, pois sua cavidade 
articular é apenas parcialmente recoberta pela cápsula. A 
6 
 
 
Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
cápsula articular relativamente fina está presente apenas 
nas regiões lateral e posterior do joelho, onde ela cobre 
a maior parte dos côndilos do fêmur e da tíbia. 
Anteriormente, onde a cápsula está ausente, três amplos 
ligamentos seguem da patela até a tíbia (MARIEB, 3ª ed.). 
↠ Eles são o ligamento patelar, que é flanqueado pelos 
retináculos ("retentores") lateral e medial da patela, que se 
fundem imperceptivelmente com a cápsula articular de 
cada lado. O ligamento patelar e os retináculos são 
realmente continuações do tendão da volumosa 
musculatura do quadríceps da região anterior da coxa. Os 
médicos percutem o ligamento patelar para testar o 
reflexo de estiramento do joelho (MARIEB, 3ª ed.). 
 
↠ A cavidade sinovial da articulação do joelho tem uma 
forma complicada, com várias extensões que formam 
internamente pregas sinoviais, levando a um "beco sem 
saída". Pelo menos uma dúzia de bolsas sinoviais está 
associada a esta articulação (MARIEB, 3ª ed.). 
 
↠ Três tipos de ligamentos estabilizam e reforçam a 
cápsula da articulação do joelho. Dois tipos de ligamentos, 
capsulares e extracapsulares, atuam para prevenir a 
hiperextensão do joelho e são estirados quando o joelho 
é estendido. Dentre eles estão incluídos os seguintes: 
(MARIEB, 3ª ed.). 
➢ Os ligamentos extracapsulares colaterais fibular 
e tibial também são críticos na prevenção da 
rotação lateral ou medial quando o joelho é 
estendido. O ligamento colateral tibial é largo e 
plano, situa-se entre o epicôndilo medial do 
fêmur e a diáfise da boia, abaixo de seu côndilo 
medial, e se funde ao menisco medial. 
➢ O ligamento poplíteo oblíquo é realmente parte 
do tendão do músculo semimembranáceo que 
se funde com a cápsula e estabiliza a região 
posterior da articulação do joelho. 
➢ O ligamento poplíteo arqueado forma um arco 
superiormente à cabeça da fíbula, por cima do 
músculo poplíteo, e reforça a cápsula articular 
posteriormente. 
↠ Os ligamentos intracapsulares do joelho são chamados 
de ligamentos cruzados, pois se cruzam, formando um X 
no espaço entre os côndilos do fêmur. Eles ajudam a 
prevenir deslocamentos ântero-posteriores das 
superfícies articulares e estabilizam os ossos da 
articulação do joelho quando estamos em pé. Embora 
esses ligamentos encontrem-se dentro da cápsula 
articular, estão fora da cavidade sinovial, e a membrana 
sinovial quase cobre suas superfícies (MARIEB, 3ª ed.). 
 
7 
 
 
Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
↠ Observe que os dois ligamentos cruzados projetam- 
se até o fêmur, sendo denominados de acordo com o 
seu local de fixação na tíbia. O ligamento cruzado anterior 
liga-se à área intercondilar anterior da tíbia. A partir daí, 
se dirige posteriormente, lateralmente e para cima para 
fixar-se ao fêmur no lado medial do côndilo lateral. Esse 
ligamento previne o deslizamento para a frente da tíbia 
em relação ao fêmur e impede a hiperextensão do joelho. 
Encontra-se um pouco relaxado quando o joelho está 
flexionado, e estirado quando o joelho é estendido 
(MARIEB, 3ª ed.). 
↠ O ligamento cruzado posterior é mais forte e está 
ligado à área intercondilar posterior da tíbia, passando 
anteriormente, medialmente e para cima para ligar-se no 
lado lateral do côndilo medial do fêmur. Esse ligamento 
impede o deslocamento posterior da tíbia sob o fêmur 
ou o deslizamento anterior do fêmur (MARIEB, 3ª ed.). 
↠ A cápsula do joelho é fortemente reforçada por 
tendões musculares. Os mais importantes são os fortes 
tendões do quadríceps, na região anterior da coxa, e o 
tendão do músculo semimembranáceo, posteriormente. 
Quanto maior a força e o tônus desses músculos, menor 
a chance de lesões no joelho (MARIEB, 3ª ed.). 
 
O joelho é formado por uma estrutura que fornece um suporte 
estável para o corpo na posição ereta. Quando começamos a levantar, 
os côndilos do fêmur se deslocam como rolamentos sobre os rasos 
côndilos da tíbia e a perna flexionada começa a estender-se no joelho. 
Devido ao côndilo lateral do fêmur parar de rolar antes do côndilo 
medial, o fêmur gira (roda) medialmente sobre a tíbia, até que todos 
os principais ligamentos do joelho sejam torcidos e estirados e os 
meniscos sejam comprimidos. A tensão nos ligamentos efetivamente 
trava a articulação tomando-a uma estrutura rígida que não pode ser 
flexionada novamente até que seja destravada. Esse destravamento é 
realizado pelo músculo poplíteo, que gira o fêmur lateralmente sobre 
a tíbia, relaxando e distorcendo os ligamentos (MARIEB, 3ª ed.). 
 
ARTIGO: DIFERENÇA NA DEGENERAÇÃO ARTICULAR DE ACORDO COM O TIPO 
DE ESPORTE (JORGE ET. AL., 2018). 
Frequência de trabalho e sobrecarga articular são fatores importantes 
na destruição articular, que é caracterizada por danos ao tecido 
cartilaginoso. De fato, a exposição excessiva à sobrecarga leva ao 
desgaste articular precoce que é então perpetuado por uma cascata 
inflamatória que afeta todo o tecido articular. 
Portanto, atletas de alto desempenho submetidos a cargas de 
treinamento excessivas durante um curto período de tempo correm 
maior risco de desenvolver dano articular; os joelhos, em particular, 
tendem a ser superexpostos na maioria dos esportes. 
População do estudo consistia apenas de mulheres entre 18 e 25 anos, 
integrantes de equipes esportivas competitivas, incluindo futebol, 
voleibol, natação. Todas as participantes tinham que ter de 5 a 8 anos 
de treinamento no esporte. 
Quando os componentes articulares se degradam, são expelidos do 
tecido de origem e medidos com maior precisão no fluido articular. No 
entanto, ao estudar a osteoartrite, a medição de biomarcadores no 
sangue e na urina é feita por métodos menos agressivos e que ainda 
são eficazes e precisos. O telopeptídeo carboxiterminal de colágeno 
do tipo II (CTX-II) é um biomarcador de degradação articular. 
Como a primeira clivagem do colágeno tipo II articular catalisada pelas 
colagenases libera o epítopo CTX-II e este pode ser medido no 
sangue, na urina e no líquido sinovial, temos uma ferramenta poderosa 
para o diagnóstico precoce do desgaste articular. 
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Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
O colágeno tipo II está presente em todas as articulações sinoviais; no 
entanto, a concentração de CTX-II é maior em pacientes com artrose 
do joelho e do quadril em comparação com a população geral 
O CTX-II é um biomarcador para a destruição da cartilagem, e um 
nível aumentado é um preditivo positivo para a redução do espaço 
articular. 
A degradação do colágeno tipo II foi maior entre as jogadoras de futsal, 
e foi significativamente diferente do grupo de controle. Essa 
discrepância era provávelporque esse esporte é praticado em um 
piso rígido, usa sapatos que não absorvem o choque, e tem 
frequentes mudanças na sobrecarga de direção nas articulações, 
especialmente nos joelhos (movimentos de pivô repetidos). 
Outro resultado notável é que a equipe de natação apresentou valores 
de CTX-II significativamente menores em comparação ao grupo de 
controle. Em outras palavras, a natação foi um fator de proteção para 
o colágeno articular na população investigada. Este resultado é 
provavelmente devido a uma combinação de fatores conhecidos por 
proteger as articulações, incluindo exercícios aeróbicos, atividade 
debaixo impacto e fortalecimento dos músculos periarticulares. 
MOVIMENTOS 
↠ Na articulação do joelho ocorrem flexão, extensão, 
ligeira rotação medial e lateral da perna na posição 
flexionada (TORTORA, 14ª ed.). 
 
 
ARTICULAÇÕES TIBIOFIBULARES 
↠ A tíbia e a fíbula estão unidas por duas articulações: a 
articulação tibiofibular superior e a sindesmose tibiofibular 
(tibiofibular inferior). Além disso, uma membrana 
interóssea une os corpos dos dois ossos. As fibras da 
membrana interóssea e todos os ligamentos das duas 
articulações tibiofibulares seguem em sentido inferior da 
tíbia até a fíbula. Assim, a membrana e os ligamentos 
resistem fortemente à tração inferior da fíbula por oito 
dos nove músculos fixados a ela (MOORE, 8ª ed.). 
ARTICULAÇÃO TIBIOFIBULAR 
↠ A articulação tibiofibular é uma articulação sinovial plana 
entre a face articular plana na cabeça da fíbula e uma 
face articular semelhante em posição posterolateral no 
côndilo lateral da tíbia (MOORE, 8ª ed.). 
 
↠ Uma cápsula articular tensa circunda a articulação e 
fixa-se nas margens das faces articulares da fíbula e tíbia 
(MOORE, 8ª ed.). 
MOVIMENTO 
↠ Há pequeno movimento da articulação durante a 
dorsiflexão do pé em virtude do encunhamento da tróclea 
do tálus entre os maléolos (MOORE, 8ª ed.). 
SINDESMOSE TIBIOFIBULAR 
↠ A sindesmose tibiofibular é uma articulação fibrosa 
composta. É a união fibrosa da tíbia e fíbula por meio da 
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Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
membrana interóssea (que une os corpos) e os 
ligamentos tibiofibulares anterior, interósseo e posterior 
(estes últimos formam a parte inferior da articulação, que 
une as extremidades distais dos ossos). A integridade da 
sindesmose tibiofibular é essencial para a estabilidade da 
articulação talocrural porque mantém o maléolo lateral 
firmemente contra a face lateral do tálus (MOORE, 8ª ed.). 
MOVIMENTO 
↠ Há pequeno movimento da articulação para acomodar 
o encunhamento da porção larga da tróclea do tálus entre 
os maléolos durante a dorsiflexão do pé (MOORE, 8ª ed.). 
ARTICULAÇÃO TALOCRURAL (TORNOZELO) 
↠ A articulação do tornozelo é uma diartrose cilíndrica, 
entre (1) as extremidades inferiores da tíbia e fíbula unidas 
e (2) o tálus do pé (MARIEB, 7ª ed.). 
↠ A articulação do tornozelo tem uma cápsula que é 
fina anterior e posteriormente, mas espessada com 
ligamentos, medial e lateralmente (MARIEB, 7ª ed.). 
↠ O robusto ligamento colateral medial (deltóideo) 
estende-se do maléolo medial da tíbia para uma longa 
linha de inserção nos ossos navicular e tálus e no 
sustentáculo do tálus do calcâneo. No outro lado do 
tornozelo, o ligamento colateral lateral consiste de três 
faixas que vão desde o maléolo lateral da fíbula aos ossos 
do pé: os ligamentos talofibulares anterior e posterior e o 
ligamento calcaneofibular, que se estende 
inferoposteriormente para atingir o calcâneo. 
Funcionalmente, os ligamentos colateral evitam o 
deslizamento anterior e posterior do tálus e do pé 
(MARIEB, 7ª ed.). 
 
 
↠ Formando a profunda articulação do tornozelo com 
encaixe em forma de U, as extremidades inferiores da 
tíbia e da fíbula são unidas por ligamentos próprios: os 
ligamentos tibiofibulares anterior e posterior e a parte 
inferior da membrana interóssea. Esses ligamentos, 
constituintes sindesmose tibiofibular, estabilizam o encaixe 
de forma que forças provenientes do pé possam ser 
transmitidas até ele (MARIEB, 7ª ed.). 
MOVIMENTOS 
↠ Essa articulação permite apenas a dorsiflexão e a 
flexão plantar (MARIEB, 7ª ed.). 
 
ARTICULAÇÃO INTERTARSAL 
↠ As articulações intertarsais importantes são a 
articulação talocalcânea e a articulação transversa do 
tarso (articulações calcaneocubóidea e 
talocalcaneonavicular) (MOORE, 8ª ed.). 
↠ A articulação talocalcânea entre o tálus e o calcâneo 
do tarso; a articulação talocalcaneonavicular entre o tálus, 
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Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
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o calcâneo e o navicular do tarso; articulação 
calcaneocubóidea entre o calcâneo e o cuboide do tarso 
(TORTORA, 14ª ed.). 
 
MOVIMENTOS 
↠ A inversão e eversão ocorrem nas articulações 
intertarsais (MARIEB, 7ª ed.). 
 
ARTICULAÇÃO TARSOMETATARSAL 
↠ Entre os três cuneiformes do tarso e a base dos 5 
ossos metatarsais (TORTORA, 14ª ed.). 
↠Estrutura: sinovial (plana); Funcional: diartrose 
(TORTORA, 14ª ed.). 
MOVIMENTO 
↠ Ligeiro deslizamento (TORTORA, 14ª ed.). 
ARTICULAÇÃO METATARSOFALÂNGICA 
↠ No pé, a flexão e a extensão ocorrem no antepé, nas 
articulações metatarsofalângica e interfalângica (MOORE, 
8ª ed.). 
↠ A inversão é potencializada por flexão dos dedos 
(sobretudo o hálux e o 2º dedo), e a eversão por sua 
extensão (sobretudo dos dedos laterais) (MOORE, 8ª ed.). 
↠ Todos os ossos do pé proximais às articulações 
metatarsofalângicas são unidos pelos ligamentos dorsais e 
plantares. Os ossos das articulações metatarsofalângicas e 
interfalângicas são unidos pelos ligamentos colaterais 
lateral e medial (MOORE, 8ª ed.). 
 
 
Músculos 
MÚSCULOS DA REGIÃO GLÚTEA QUE MOVIMENTAM O FÊMUR 
Os músculos do membro inferior são maiores e mais potentes que os 
do membro superior devido às diferenças de funções. Enquanto os 
músculos do membro superior são caracterizados pela versatilidade 
dos movimentos, os músculos dos membros inferiores atuam na 
estabilidade, na locomoção e na manutenção da postura (TORTORA, 
14ª ed.). 
↠ A maioria dos músculos que movimenta o fêmur se 
origina no cíngulo do membro inferior e se insere no 
fêmur (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Os músculos psoas maior e ilíaco compartilham uma 
inserção comum (trocanter menor do fêmur) e são 
coletivamente conhecidos como músculo iliopsoas 
(TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Há três músculos glúteos: glúteo máximo, glúteo 
médio e glúteo mínimo. O músculo glúteo máximo é o 
maior e mais pesado dos três, além de ser um dos 
maiores do corpo e o principal extensor do fêmur. Na sua 
ação muscular reversa (AMR), é um potente extensor do 
tronco na articulação do quadril (TORTORA, 14ª ed.). 
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Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
↠ Em geral, o músculo glúteo médio é mais profundo ao 
M. glúteo máximo e um poderoso abdutor do fêmur na 
articulação do quadril; é um local comum de injeção 
intramuscular (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ O músculo glúteo mínimo é o menor dos glúteos, 
localizado profundamente ao músculo glúteo médio 
(TORTORA, 14ª ed.). 
 
↠ O músculo tensor da fáscia lata está localizado na face 
lateral da coxa. A fáscia lata é uma camada de fáscia 
profunda, composta de tecido conjuntivo denso que 
envolve toda a coxa. É bem desenvolvida lateralmente 
onde, junto com os tendões dos músculos tensor da 
fáscia lata e glúteo máximo, forma uma estrutura 
chamada de trato iliotibial. O trato iliotibial se insere no 
côndilo lateral da tíbia (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Os músculos piriforme, obturador interno, obturador 
externo, gêmeo superior, gêmeo inferior e quadrado 
femoral são profundos ao músculo glúteo máximo e 
funcionam como rotadores laterais na articulação do 
quadril (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Os músculos adutor longo, adutor curto e adutor 
magno são encontrados na face medial da coxa; originam-
se no púbis e se inserem no fêmur. Esses três músculos 
aduzema coxa e são únicos na capacidade de rotação 
tanto medial quanto lateral da coxa. Quando o pé está no 
chão, esses músculos realizam a rotação medial da coxa, 
mas quando o pé está fora do chão, atuam como 
rotadores laterais da coxa. Essa ação é resultante da sua 
orientação oblíqua, de uma origem anterior até uma 
inserção posterior. Além disso, o adutor longo flexiona a 
coxa e o adutor magno estende a coxa (TORTORA, 14ª 
ed.). 
↠ O músculo pectíneo também aduz e flexiona o fêmur 
na articulação do quadril (TORTORA, 14ª ed.). 
Tecnicamente, os músculos adutores e pectíneo são componentes 
do compartimento medial da coxa. No entanto, foram incluídos aqui 
porque atuam no fêmur (TORTORA, 14ª ed.). 
 
 
↠ Na junção entre o tronco e o membro inferior há um 
espaço chamado trígono femoral, cuja base é formada 
superiormente pelo ligamento inguinal, medialmente pela 
margem lateral do músculo adutor longo e lateralmente 
pela margem medial do músculo sartório. O ápice é 
formado pelo cruzamento do adutor longo e músculo 
sartório. O conteúdo do trígono femoral, de lateral para 
medial, consiste no nervo femoral e seus ramos, na artéria 
femoral e vários de seus ramos, na veia femoral e suas 
tributárias proximais e nos linfonodos profundos 
(TORTORA, 14ª ed.). 
A artéria femoral é acessível com facilidade no trígono, sendo o local 
de inserção de cateteres que podem ser introduzidos até a aorta e, 
por fim, até as artérias coronárias no coração. Tais cateteres são 
utilizados durante o cateterismo cardíaco, a angiocoronariografia e 
outros procedimentos que envolvem o coração. Não raro, hérnias 
inguinais aparecem nessa área (TORTORA, 14ª ed.). 
 
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Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
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MÚSCULOS DA COXA QUE MOVIMENTAM O FÊMUR, A TÍBIA 
E A FÍBULA 
↠ Uma fáscia profunda (septo intermuscular) separa os 
músculos da coxa que atuam no fêmur, na tíbia e na fíbula 
em compartimentos medial, anterior e posterior 
(TORTORA, 14ª ed.). 
↠ A maioria dos músculos do compartimento medial 
(adutor) da coxa apresenta orientação similar e aduz o 
fêmur na articulação do quadril. (Ver músculos adutor 
magno, adutor longo, adutor curto e pectíneo, os quais 
são componentes do compartimento medial) (TORTORA, 
14ª ed.). 
↠ O músculo grácil, que também faz parte do 
compartimento medial, é longo e se estende pela face 
medial da coxa e do joelho. Esse músculo não apenas 
aduz a coxa como também faz rotação medial da coxa e 
flexão das pernas na articulação do joelho (TORTORA, 
14ª ed.). 
↠ Os músculos do compartimento anterior (extensor) da 
coxa estendem a perna (e flexionam a coxa). Esse 
compartimento contém os músculos quadríceps femoral 
e sartório (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ O músculo quadríceps femoral é o maior do corpo, 
cobrindo a maior parte das faces anterior e laterais da 
coxa. O músculo é, na verdade, um músculo composto, 
em geral descrito como 4 músculos separados: (1) reto 
femoral, na face anterior da coxa; (2) vasto lateral, na face 
lateral da coxa; (3) vasto medial, na face medial da coxa; 
e (4) vasto intermédio, localizado profundamente ao 
músculo reto femoral entre o músculo vasto lateral e o 
músculo vasto medial. O tendão comum para os 4 
músculos, conhecido como tendão do músculo 
quadríceps, se insere na patela. O tendão continua abaixo 
da patela como ligamento da patela, o qual se prende à 
tuberosidade tibial. O músculo quadríceps femoral é o 
grande extensor da perna (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ O músculo sartório é longo e estreito, formando uma 
faixa que cruza a coxa desde o ílio do osso do quadril até 
o lado medial da tíbia. Os vários movimentos que ele 
produz (flexão da perna na articulação do joelho e flexão, 
abdução e rotação lateral na articulação do quadril) 
ajudam a realizar a posição sentada de pernas cruzadas 
na qual o calcanhar de um membro é colocado sobre o 
joelho do membro oposto. Seu nome quer dizer músculo do 
alfaiate, porque os alfaiates muitas vezes adotam essa posição sentada 
de pernas cruzadas (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Os músculos do compartimento posterior (flexor) da 
coxa flexionam a perna (e estendem a coxa). Esse 
compartimento é composto por 3 músculos: bíceps 
femoral, semitendíneo e semimembranáceo. Visto que os 
músculos do compartimento posterior da coxa passam 
por duas articulações (quadril e joelho), são tanto 
extensores da coxa quanto flexores da perna (TORTORA, 
14ª ed.). 
A fossa poplítea é um espaço em forma de diamante na face posterior 
do joelho, margeado lateralmente pelos tendões do músculo bíceps 
femoral e medialmente pelos tendões dos músculos 
semimembranáceo e semitendíneo (TORTORA, 14ª ed.). 
 
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Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
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MÚSCULOS DA PERNA QUE MOVIMENTAM O PÉ E OS DEDOS 
↠ Os músculos que movimentam o pé e os dedos estão 
localizados na perna. Os músculos da perna, assim como 
aqueles da coxa, são divididos pela fáscia profunda em 3 
compartimentos: anterior, lateral e posterior (TORTORA, 
14ª ed.). 
↠ O compartimento anterior da perna consiste em 
músculos que fazem dorsiflexão do pé. Em situação 
análoga ao punho, os tendões dos músculos do 
compartimento anterior são fixados firmemente ao 
tornozelo por espessamentos da fáscia profunda 
chamados de retináculos dos músculos extensores 
superior inferior (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ No compartimento anterior, o músculo tibial anterior é 
longo e espesso, sendo encontrado na face lateral da tíbia, 
onde é facilmente palpável (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ O músculo extensor longo do hálux é delgado e se 
encontra entre e parcialmente profundo aos músculos 
tibial anterior e extensor longo dos dedos. Esse músculo 
penado é lateral ao músculo tibial anterior, onde também 
pode ser palpado com facilidade (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ O músculo fibular terceiro faz parte do músculo 
extensor longo dos dedos com o qual divide uma origem 
comum (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ O compartimento lateral (fibular) da perna contém dois 
músculos que fazem flexão plantar e eversão do pé: o 
fibular longo e o fibular curto (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ O compartimento posterior da perna compreende 
músculos separados em grupos superficial e profundo. Os 
músculos superficiais dividem um tendão comum de 
inserção, o tendão do calcâneo (Aquiles), o mais forte do 
corpo. Ele se insere no calcâneo do tornozelo 
(TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Os superficiais e a maioria dos músculos profundos 
plantares flexionam o pé na articulação do tornozelo. Os 
músculos superficiais do compartimento posterior são o 
gastrocnêmio, o sóleo e o plantar – os chamados 
músculos surais. O tamanho grande desses músculos tem 
relação direta com a marcha ereta característica dos 
homens (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ O músculo gastrocnêmio é o mais superficial e forma 
a proeminência da sura. O músculo sóleo, que se situa 
profundamente ao músculo gastrocnêmio, é largo e plano. 
Seu nome deriva da semelhança com o peixe solha. O 
músculo plantar é pequeno e pode não existir; às vezes, 
por outro lado, há dois deles em cada perna. Esse músculo 
percorre um trajeto oblíquo entre os músculos 
gastrocnêmio e sóleo (TORTORA, 14ª ed.). 
 
↠ Os músculos profundos do compartimento posterior 
são o poplíteo, o tibial posterior, o flexor longo dos dedos 
e o flexor longo do hálux (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ O músculo poplíteo é um músculo triangular e forma 
o assoalho da fossa poplítea. O músculo tibial posterior é 
o mais profundo do compartimento posterior, localizado 
entre os músculos flexor longo dos dedos e flexor longo 
do hálux. O músculo flexor longo dos dedos é menor que 
o músculo flexor longo do hálux, mesmo flexionando 4 
dedos enquanto o outro flexiona apenas 1 na articulação 
interfalângica (TORTORA, 14ª ed.). 
MÚSCULOS INTRÍNSECOS DO PÉ QUE MOVIMENTAM OS DEDOS 
Músculos intrínsecos porque se originam e inserem no pé (TORTORA, 
14ª ed.). 
Os músculos do pé sãolimitados à sustentação e à locomoção 
(TORTORA, 14ª ed.). 
↠ A fáscia profunda do pé forma a aponeurose (fáscia) 
plantar que se estende do calcâneo às falanges dos dedos. 
A aponeurose sustenta o arco longitudinal do pé e 
encerra os tendões flexores do pé (TORTORA, 14ª ed.). 
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Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
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↠ Os músculos intrínsecos do pé são divididos em dois 
grupos: músculos dorsais do pé e músculos plantares do 
pé (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Há dois músculos dorsais, o extensor curto do hálux e 
o extensor curto dos dedos (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Os músculos plantares estão dispostos em quatro 
camadas. A camada mais superficial (primeira camada) 
consiste em três músculos. O músculo abdutor do hálux, 
o músculo flexor curto dos dedos, o músculo abdutor do 
dedo mínimo (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ A 2ª camada consiste no músculo quadrado plantar, 
com duas cabeças e que flexiona os dedos II a V nas 
articulações metatarsofalângicas, e nos músculos 
lumbricais, quatro pequenos músculos semelhantes aos 
músculos lumbricais das mãos. Eles flexionam as falanges 
proximais e estendem as falanges distais dos segundo a 
quinto dedos (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Três músculos compõem a 3ª camada. O músculo 
flexor curto do hálux, o músculo adutor do hálux, o 
músculo flexor curto do dedo mínimo (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ A 4ª camada é a mais profunda e consiste em dois 
grupos musculares. Os quatro músculos interósseos 
dorsais abduzem os dedos II a IV, flexionam as falanges 
proximais e estendem as falanges distais. Os três músculos 
interósseos plantares abduzem os dedos III a V, flexionam 
as falanges proximais e estendem as falanges distais 
(TORTORA, 14ª ed.). 
 
 
 
 
 
Referências 
MARIEB, E.; WILHELM, P.; MALLATT, J. Anatomia 
humana, 7ª ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 
2014. 
MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e Fisiologia, 3ª ed., 
Porto Alegra: Artmed, 2008 
TORTORA. Princípios de Anatomia e Fisiologia. Disponível 
em: Minha Biblioteca, (14th edição). Grupo GEN, 2016. 
 
MOORE et. al. Moore Anatomia Orientada para a Clínica, 
8ª ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021. 
 
JORGE et. al. Diferença na degeneração articular de 
acordo com o tipo de esporte. Revista Brasileira de 
Ortopedia, 2018.

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