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Neuroanatomia 
EMBRIOLOGIA DO 
SISTEMA NERVOSO 
 
 
 
 
 
EMBRIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO 
O sistema nervoso é formado pelo espessamento do folheto externo do 
embrião, o ectoderma, a partir do 20° dia de gestação. Esse espessamento 
ocorre na porção de ectoderma localizada acima da notocorda, em 
consequência da ação indutora dessa estrutura sobre o folheto, levando à 
formação da placa neural. 
Durante o desenvolvimento, as margens laterais da placa neural se elevam e 
formam as pregas neurais e entre elas forma-se o sulco neural, que logo é 
recoberto pelo ectoderma indiferenciado das extremidades, formando uma 
estrutura cilíndrica e fechada: o tubo neural. Além dessa formação, nos locais 
de encontro do ectoderma não diferenciado com o diferenciado há formação da 
crista neural. 
As duas estruturas finalmente darão origem aos dois componentes do Sistema 
Nervoso: 
• Sistema Nervoso Central (SNC), oriundo do tubo neural. 
• Sistema Nervoso Periférico (SNP), oriundo da crista neural. 
 
Imagem retirada de Wikipedia.com 
 
 
 
 
 
Além dos neurônios sensitivos, localizados nos gânglios sensitivos do SNP, a 
crista neural fragmenta-se e origina os gânglios viscerais do Sistema Nervoso 
Autônomo (SNA), medula da glândula suprarrenal, melanócitos, células de 
Schwann, meninges dura-máter e aracnoide-máter. 
O fechamento do tubo neural ocorre inicialmente na região central da goteira 
neural e estende-se às extremidades caudal e rostral. As últimas regiões que se 
fecham são chamadas de neuroporo cranial (rostral), na porção superior, e 
neuroporo caudal, na região inferior do tubo neural. 
Nas paredes do tubo neural são originados grupos distintos de neurônios. Na 
lâmina alar do tubo neural diferenciam-se os neurônios associados à 
sensibilidade, enquanto na lâmina basal há neurônios essenciais para a 
motricidade. A lâmina do teto é importante por originar plexos corióideos, 
responsáveis por grande parte da produção de líquor. 
A proliferação dos neurônios das paredes do tubo neural é assimétrica e ocorre, 
principalmente, na região cranial. Dessa forma origina-se o encéfalo primitivo, 
ou arquencéfalo. Dividido em 3 regiões: 
• Prosencéfalo, que origina o telencéfalo e diencéfalo. 
• Mesencéfalo 
• Rombemcéfalo, que origina metencéfalo e mielencéfalo. 
 
Com o avançar do desenvolvimento, o metencéfalo origina o cerebelo e a ponte 
enquanto o mielencéfalo, na porção inferior, dá origem ao bulbo. 
 
 
 
 
 
 
Referência: Wikipedia.org 
 
 
 
Referência: Grinberg LT, Rueb U and Heinsen H (2011) 
Marrom – cérebro (telencéfalo e diencéfalo. 
Laranja – mesencéfalo. 
Verde – ponte e cerebelo. 
Azul – bulbo e medula espinal. 
A região distal do tubo neural mantém seu aspecto cilíndrico durante o 
desenvolvimento embrionário e fetal, formando a medula espinhal. 
 
 
 
 
 
 
CAVIDADES DO TUBO NEURAL: VENTRÍCULOS 
A luz do tubo neural persiste em toda sua extensão durante o desenvolvimento, 
sofrendo, portanto, alterações nos locais de proliferação assimétrica. As regiões 
dilatadas da luz do tubo neural formam os ventrículos - cavidades revestidas 
por tecido ependimário, nas quais ocorre produção e circulação de líquor ( 
líquido cerebrospinal). 
 
Representação da dilatação das cavidades do tubo neural. 
Imagem retirada de Wikimedia Commons. 
Na região de dilatação na altura das vesículas telencefálicas originam-se os 
ventrículos laterais, que se conectam por meio dos dois forames 
interventriculares ao III ventrículo, localizado inferiormente, no diencéfalo. O 
líquor pode fluir do III ventrículo para o IV ventrículo, cavidade localizada no 
rombencéfalo, por meio do aqueduto do mesencéfalo. 
Apesar de contínua com o IV ventrículo, a luz do canal medular é estreita e não 
tem relevância na produção e circulação de líquor. 
 
 
 
 
 
DIFERENCIAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO TECIDO NERVOSO 
A diferenciação e organização do tecido ocorrem de forma intensa após a 
formação do tubo neural, a partir das seguintes etapas: 
1. Proliferação e migração neuronal: por divisão assimétrica células 
precursoras originam os neurônios, que migram para regiões periféricas 
do sistema, como o córtex cerebral, com o auxílio de precursores de 
astrócitos (glia radial) e fatores quimiotáticos. 
2. Diferenciação neuronal: após migração, o microambiente neural local 
influencia a diferenciação dos neurônios. Grupos de neurônios, por 
meio de sinais químicos, alteram expressões gênicas de outros grupos 
de neurônios, garantindo a diferenciação e especialização dessas 
células para sua função específica. Além da diferenciação, a resposta 
química é importante para garantir que as conexões neuronais sejam 
efetivas e com os neurônios-alvos corretos. O cone de crescimento é a 
região do neurônio que capta essa informação quimiotática do 
microambiente, para que o axônio desenvolva e alcance seu alvo de 
inervação respeitando o direcionamento correto. 
3. Sinaptogênese: neste momento são formadas as sinapses neuronais, 
essenciais para a complexidade das funções cerebrais. 
4. Morte neuronal programada: a partir de sinais neurotróficos, há 
preservação dos neurônios saudáveis. A ausência desses estímulos 
leva a eliminação dos neurônios em excesso e de sinapses ineficientes. 
Obs. a morte neuronal programada ocorre gradualmente, de modo que 
ainda possuímos reserva de neurônios e sinapses na infância. Esse 
fenômeno, denominado de plasticidade neuronal, é responsável pela 
alta capacidade de aprendizado na infância e pela reabilitação 
otimizada das crianças que sofrem lesões cerebrais. 
5. Mielinização: é a fase final de desenvolvimento neural. Ocorre em 
momentos diferentes dependendo da região do sistema nervoso. O 
córtex frontal do cérebro, por exemplo, termina o processo de 
mielinização por volta dos trinta anos de idade! 
 
 
 
 
 
 
CORRELAÇÕES ANATOMOCLÍNICAS 
A exposição a substâncias teratogênicas como radiação, certos medicamentos, 
álcool, drogas, infecções congênitas podem afetar o desenvolvimento do 
sistema nervoso. As alterações são diferentes a depender do momento da 
gestação em que houve a exposição: 
• Exposição no 1º trimestre de gestação afeta a proliferação neuronal. 
Pode levar à microencefalia, por exemplo. 
• Exposição 2º ou 3º trimestre de gestação: afeta, sobretudo, a migração 
neuronal e a sinaptogênese, podendo cursar com atraso no 
neurodesenvolvimento, com deficiência mental. 
Distúrbios de migração neuronal produzem grupo de neurônios ectópicos que 
alteram a excitabilidade do local afetado. Há um potencial risco de 
desencadeamento de crises convulsivas nesta condição. 
Após o nascimento, a amamentação e alimentação são essenciais por 
garantirem substratos para a mielinização do sistema nervoso do bebê. Por 
isso, a desnutrição materna e/ou nos primeiros anos de vida da criança pode 
desencadear atraso no desenvolvimento neuropsicomotor. 
 
 
Imagem retirada de Pixabay 
 
 
 
 
 
 
Defeitos do fechamento do tubo neural são graves e em geral ocorrem nas 
regiões dos neuroporos cranial ou caudal. 
Entre as alterações de fechamento da porção inferior, três condições são 
interessantes: a espinha bífida caracteriza-se por um mal fechamento com 
acometimento apenas da vértebra e normalmente assintomática. Quando há 
acometimento vertebral mais extenso, mas a medula está íntegra, chamamos 
de meningocele, que se apresenta como uma bolsa protrusa de líquor envolto 
pela duramáter na região lombar. Quanda há acometimento ósseo, da dura-
máter e de tecido nervoso chamamos de meningomielocele, com risco de 
déficits neurológicos graves ainda que realizada a correção cirúrgica. 
Defeitos de fechamento do neuroporo cranial normalmente estão associados à 
exposição a substâncias teratogênicas. Podem causar anencefalia, condição 
normalmente fatal na qual o prosencéfalo não se desenvolve. 
O uso de ácido fólico pré-concepção e durante o primeiro trimestre de gestação 
pela mãe é um cuidado que reduz aincidência de distúrbios de fechamento do 
tubo neural. 
 
Imagem retirada de Wikipedia.com

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