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Artigo Engenharia Clínica

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1 
 
* Engenheiro Eletricista e Pós-Graduando em Engenharia Biomédica com ênfase em Engenharia 
Clínica da Universidade Estácio de Sá. E-mail: ricardoqsales@gmail.com. 
 
A IMPORTÂNCIA DA ENGENHARIA CLÍNICA NA GESTÃO E MANUTENÇÃO DE 
EQUIPAMENTOS MÉDICOS 
Ricardo Quirino de Sales* 
 
 
Resumo 
 
Os constantes avanços tecnológicos têm possibilitado equipamentos cada vez mais 
eficientes nas unidades de saúde ao redor do mundo, em contrapartida a 
manutenção e gestão dessas tecnologias tornaram-se uma tarefa complexa, 
evidenciando a necessidade de um profissional capaz de aplicar conhecimentos de 
engenharia e de gestão para auxiliar o corpo clínico tanto nas questões técnicas, 
como nas questões gerenciais. Esses profissionais são denominados Engenheiros 
Clínicos. O objetivo do presente artigo é apresentar as principais áreas de atuação 
dos profissionais da área de Engenharia Clínica e mostrar, através de uma revisão 
bibliográfica a importância desse setor dentro dos mais diversos estabelecimentos 
de saúde, contribuindo para o enriquecimento da literatura existente sobre o tema 
em questão. 
 
Palavras-chave: Engenharia Clínica; Equipamentos; Gestão; Manutenção. 
 
1. Introdução 
 
 A Engenharia clínica é um setor de extrema importância dentro de um 
estabelecimento assistencial à saúde. Desde uma clínica até um grande hospital, a 
necessidade de um profissional com conhecimento multidisciplinar se torna cada vez 
mais presente. 
Para manter os equipamentos de uma unidade de saúde em pleno 
funcionamento, de modo que atendam os pacientes com total segurança e 
eficiência, é preciso que os mesmos estejam com suas revisões de manutenção 
preventiva e calibrações realizadas seguindo os critérios técnicos especificados pelo 
seu fabricante. O Engenheiro Clínico é o responsável por gerenciar essas tarefas, 
geralmente esse profissional possui formação acadêmica em alguma área da 
engenharia, como por exemplo, mecânica ou elétrica, e um curso de especialização 
em Engenharia Clínica ou Engenharia Biomédica (BRITO et al.; 2015). 
Devido a grande complexidade das tecnologias atuais, é muito importante que 
sejam realizadas manutenções preventivas e aferições dos parâmetros de 
2 
 
funcionamento dos equipamentos, bem como testes de segurança elétrica e 
validações visando à saúde e segurança dos pacientes e dos operadores dessas 
tecnologias. 
Este trabalho tem como objetivo apresentar as principais áreas de atuação 
dos profissionais de Engenharia Clínica e mostrar, a importância desse setor dentro 
dos mais diversos estabelecimentos de saúde. 
O Engenheiro Clínico proporciona muitas contribuições para as unidades de 
saúde quando se trata de gestão e manutenção de equipamentos, dentre as quais 
podemos citar: o auxilio na correta utilização das tecnologias, garantindo a 
segurança durante o seu uso; confiabilidade nos equipamentos e garantia da 
eficiência dos mesmos; planejamento, controle e supervisão das manutenções 
preventivas e corretivas; aquisição de tecnologias coerentes com a realidade das 
instituições, evitando prejuízos que seriam gerados com aquisições inadequadas de 
equipamentos. Os Engenheiros Clínicos são responsáveis ainda, por acompanhar o 
ciclo de vida útil dos equipamentos e fazer estudos para a correta substituição das 
tecnologias quando necessário, e no âmbito operacional, ministram treinamentos 
para o corpo clínico e equipes de enfermagem (LANA, 2018). 
Como metodologia foi realizada uma revisão bibliográfica, onde se pretende 
contribuir com o enriquecimento da literatura sobre o tema. 
 
2. Engenharia Clínica 
 
A Engenharia Clínica é uma das áreas de atuação da Engenharia biomédica 
(BRONZINO; PETERSON, 2015). 
Em 10 de Janeiro de 1942, na cidade norte americana de St. Louis, no estado 
do Missouri, foi criado o primeiro curso de manutenção de equipamentos médicos, 
oferecido pelas forças armadas dos Estados Unidos da América (GORDON, 1990). 
No final da década de 1960, os engenheiros foram chamados para auxiliar os 
estabelecimentos de saúde, devido à preocupação com a segurança dos pacientes 
e com o aumento de equipamentos eletromédicos cada vez mais avançados. 
O grande êxito dos primeiros Engenheiros que trabalharam nos hospitais teve 
como consequência a criação de uma nova área de atuação, para fornecer o suporte 
técnico e gerencial e atender as novas necessidades relativas aos hospitais e 
3 
 
unidades de saúde em geral, essa área passou a ser denominada Engenharia 
Clinica (GERONIMO; LEITE; OLIVEIRA, 2017). 
Durante a década de 1970, ocorreu uma expansão da Engenharia Clínica nos 
Estados Unidos da América. A administração dos Hospitais dos Veteranos (Veterans 
Health Administration) tinha plena certeza de que os engenheiros clínicos eram 
essenciais para melhorar a qualidade no sistema hospitalar. Em todo o país foram 
estabelecidos departamentos de Engenharia Clínica, na sua maioria em grandes 
centros médicos, hospitais e em alguns centros clínicos de menor porte. 
 Foram contratados vários engenheiros clínicos para auxiliar nas instalações 
de tecnologias existentes e implementar as tecnologias mais atuais, auxiliando 
também na correta utilização dessas tecnologias (BRONZINO; PETERSON, 2015). 
A presença dos engenheiros clínicos além de proporcionar um ambiente mais 
seguro nos estabelecimentos de saúde, facilitou a utilização das tecnologias 
médicas mais recentes, promovendo uma melhora significativa no atendimento aos 
pacientes. 
No Brasil, a importância da Engenharia Clínica começou a ser reconhecida 
apenas em 1989, quando o Ministério do Bem estar e da Previdência Social 
constatou que vários equipamentos estavam desativados por falta de manutenção 
(RAMIREZ; CALIL, 2000). 
As dificuldades enfrentadas por estabelecimentos de saúde por todo o país 
realçaram a necessidade de criar grupos de Engenharia Clínica. 
Nos anos seguintes foram criados vários cursos em instituições publicas e 
privadas com o objetivo de atender a demanda existente destes profissionais. 
Durante a década de 1990 foram criados mestrados e doutorados em 
Engenharia Clínica, alguns livros foram publicados sobre o tema e várias reuniões 
foram organizadas para discutir assuntos pertinentes às tecnologias médicas. 
Entre os anos de 1993 e 1995, o Ministério da Saúde financiou alguns cursos 
de Especialização em Engenharia Clínica. Esses cursos foram destinados a 
engenheiros que quisessem trabalhar em hospitais, e foram disponibilizados nas 
seguintes instituições: Universidade de São Paulo, Universidade Estadual de 
Campinas, Universidade Federal da Paraíba e a Universidade Federal do Rio 
Grande do Sul. 
Enquanto o Ministério da Saúde proporcionava treinamentos aos profissionais 
que tinham intenção de atuar na área de Engenharia Clínica, foi criada uma central 
4 
 
de referência técnica no Centro de Engenharia Biomédica, da Universidade Estadual 
de Campinas com o objetivo de fazer a aquisição de documentações técnicas e 
legislações, normas e regulamentações dos fabricantes de equipamentos, nacionais 
ou importados, e de associações civis governamentais e não governamentais dos 
Estados Unidos e de outros países, para fornecer este material para as instituições 
de saúde do Brasil que necessitassem de tais informações (RAMIREZ; CALIL, 
2000). 
Ainda na década de 1990, as primeiras normas nacionais de segurança para 
equipamentos eletro médicos foram aprovadas: NBR-IEC 601-1 e NBR-IEC 6012, e 
foi estabelecida a certificação compulsória para estes equipamentos, que consiste 
em textos normativos, ensaios em laboratórios credenciados pelo INMETRO e a 
avaliação do processo produtivo nas empresas fabricantes de equipamentos 
eletromédicos (PORTO; MARQUES, 2016). 
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), criada pela Lei nº 9782 
no dia 26 de Janeiro de 1999, é uma agência reguladora, ligada ao Ministério da 
Saúde. Desde a sua fundação aANVISA iniciou um programa intensivo para 
desenvolver agentes especializados em vigilância sanitária para trabalhar na área de 
equipamentos eletromédicos, muitos desses agentes eram Engenheiros, e os 
instrutores que ministraram os treinamentos tinham formação em Engenharia Clínica 
(BRITO et al.; 2015). 
Desde o ano de 2010, a ANVISA adotou a Resolução da Diretoria Colegiada 
nº 02, (RDC Nº2) com o objetivo de 
estabelecer os critérios mínimos, a serem seguidos pelos estabelecimentos 
de saúde, para o gerenciamento de tecnologias em saúde utilizadas na 
prestação de serviços de saúde, de modo a garantir a sua rastreabilidade, 
qualidade, eficácia, efetividade e segurança e, no que couber, desempenho, 
desde a entrada no estabelecimento de saúde até seu destino final, 
incluindo o planejamento dos recursos físicos, materiais e humanos, bem 
como da capacitação dos profissionais envolvidos no processo destes 
(ANVISA, 2010, p. 1). 
 
A atuação dos Engenheiros Clínicos teve considerável mudança ao longo dos 
anos no Brasil, atualmente esses profissionais trabalham junto ao corpo clínico, 
administradores hospitalares e equipe de enfermagem, fazendo uso de seus 
conhecimentos multidisciplinares, evidenciando significativas mudanças para o país. 
O papel do Engenheiro Clínico está em constante mudança, as quais são celeradas 
pelo aumento da interação com os outros países do mundo, entretanto ainda existe 
um longo trabalho a ser realizado no Brasil (BRITO et al.; 2015). 
5 
 
3. Gestão de equipamentos médicos 
 
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, através da Resolução da Diretoria 
Colegiada nº 02 de 25 de janeiro de 2010 dá a seguinte definição ao gerenciamento 
de tecnologias em saúde: 
conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implementados a partir 
de bases científicas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de 
garantir a rastreabilidade, qualidade, eficácia, efetividade, segurança e em 
alguns casos o desempenho das tecnologias de saúde utilizadas na 
prestação de serviços de saúde. Abrange cada etapa do gerenciamento, 
desde o planejamento e entrada no estabelecimento de saúde até seu 
descarte, visando à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde 
pública e do meio ambiente e a segurança do paciente (ANVISA, 2010, p. 
1). 
 
A gestão dos equipamentos utilizados nos estabelecimento de saúde é cada 
vez mais relevante, pois é uma área que atua na tomada de decisões referentes aos 
custos e a aquisição de equipamentos e insumos, visando atender às diversas 
complexidades que os ambientes hospitalares enfrentam diariamente, como as 
necessidades tecnológicas, as exigências legais no cumprimento de normas, bem 
como as restrições no orçamento das instituições. 
O gerenciamento dos equipamentos em um estabelecimento de saúde inicia 
na previsão de aquisição, estendendo-se por todo ciclo de vida, até descontinuidade 
dessas tecnologias, onde o processo se repete, com a aquisição de tecnologias 
mais atuais, resultando em um novo ciclo. Assim sendo o gerenciamento dos 
equipamentos em um estabelecimento de saúde se torna um processo muito 
minucioso (BRONZINO; PETERSON, 2015). 
As principais funções da Engenharia Clínica no âmbito gerencial são divididas 
nos seguintes programas específicos: aquisição, instalação, manutenção, 
capacitação, avaliação dos resultados. 
A aquisição consiste em avaliar, especificar, e planejar a correta compra dos 
equipamentos. 
Nos processos de instalação de equipamentos e novas tecnologias, a 
Engenharia Clínica deve determinar qual o melhor layout e assegurar que seja 
disponibilizada toda estrutura necessária para o correto funcionamento. 
As ações de manutenção sejam elas corretivas ou preventivas devem 
assegurar a confiabilidade do equipamento, garantindo assim a segurança dos 
pacientes. 
6 
 
Quanto à capacitação, o setor de Engenharia Clínica deve ministrar palestras 
e treinamentos com o objetivo de habilitar os profissionais na correta utilização das 
tecnologias e equipamentos médicos. 
Na avaliação dos resultados, o Engenheiro Clínico determina a real eficiência 
dos equipamentos através de uma avaliação de desempenho. 
A gestão de equipamentos e tecnologias médicas é realizada de várias 
formas nos estabelecimentos de saúde, apresentando vários processos. 
 De acordo com (LANA, 2018), as organizações estão desenvolvendo novas 
linguagens para descreverem estes processos. 
A figura 1 mostra as funções gerenciais da Engenharia Clínica: 
 
Figura 1 – Funções Gerenciais do setor de Engenharia Clínica 
 
 
Fonte: Adaptada de Lana, 2018. 
 
Uma gestão adequada é um fator decisivo para aperfeiçoar o uso das 
tecnologias médicas, evitar desperdício de recursos e consequentemente entregar 
serviços de saúde cada vez melhores para a população. 
 
4. Manutenção de equipamentos médicos 
 
Atualmente a manutenção é uma importante área dentro de uma empresa, 
pois tem a função de manter em funcionamento toda a cadeia produtiva. A 
manutenção é uma ferramenta indispensável para a garantia da entrega do produto 
final, mantendo a disponibilidade de equipamentos, a segurança dos funcionários e 
a qualidade dos produtos e serviços entregues aos clientes. 
De acordo com Moubray (1997) “a evolução dos processos de manutenção 
passou por três gerações, a partir do ano de 1930”. 
7 
 
A primeira geração é caracterizada por uma manutenção corretiva, 
relacionada com o baixo índice de mecanização e automação do período. Neste 
período, a espera relacionada à parada de um equipamento não influenciava de 
maneira significativa nos índices de produção. 
 A segunda geração introduziu o conceito de manutenção preventiva e 
preditiva. Nesse período as indústrias apresentaram um parque tecnológico maior e 
muito mais complexo e uma redução da mão de obra disponível. A dependência de 
equipamentos mais modernos criou um cenário onde não poderia haver paradas 
causadas por falhas nas máquinas e equipamentos, devido a tal fato foram criados 
processos de revisões em tempos determinados, o que levou ao grande aumento do 
custo operacional, e que levou as empresas a planejarem os processos de 
manutenção dos equipamentos, desenvolvendo sistemas e ferramentas de gestão 
da manutenção que permitissem colocar os custos das manutenções dentro de 
níveis mais admissíveis. 
Em meados da década de 1970 e início da década de 1980, iniciou a terceira 
geração, onde ocorreram várias mudanças nos processos produtivos, resultando em 
novas pesquisas de produtos, novas técnicas de produção, e na tendência contínua 
da redução dos tempos de produção. A parada de qualquer equipamento resultava 
na redução dos lucros, nos aumentos dos custos de produção e na baixa qualidade 
dos produtos entregues aos clientes (SIMONETTI et al., 2010). 
Nos estabelecimentos de saúde processos de manutenção são semelhantes 
aos praticados na indústria. Estabelecimentos de saúde são empresas públicas ou 
privadas que têm como produto principal o serviço de atendimento à saúde de seus 
pacientes (ANVISA, 2010). 
Da mesma maneira que ocorreu com as indústrias, os estabelecimentos de 
saúde apresentaram uma elevada taxa de incorporação tecnológica, que levou a 
inúmeras transformações em sua forma de atender os pacientes. Os profissionais da 
área da saúde, atualmente são muito dependentes dessas tecnologias, pois seus 
diagnósticos estão diretamente relacionados a variáveis e resultados fornecidos por 
estes equipamentos. 
Mesmo com a alta dependência tecnologia, vários estabelecimentos de saúde 
em muitos países, consideram a manutenção como um serviço secundário. 
Em países em desenvolvimento, como o Brasil, o principal problema é como a 
gestão e a manutenção dos equipamentos médicos podem garantir o funcionamento 
8 
 
ideal, e garantir que estejam disponíveis quando forem necessários para salvar 
vidas, esse é o principal desafio da Engenharia Clínica (GERONIMO;LEITE; 
OLIVEIRA, 2017). 
 
5. Tipos de Manutenção 
 
De acordo com a Norma NBR 5462, existem três tipos de manutenção: 
Corretiva, Preventiva, Preditiva. 
A Manutenção Corretiva tem o objetivo de corrigir falhas que já tenham 
ocorrido, a Manutenção Preventiva tem o propósito de prevenir e evitar as 
consequências das falhas nos equipamentos. 
A Manutenção Preditiva busca a previsão ou antecipação da falha; medindo 
parâmetros que indiquem a evolução de uma falha a tempo de ser corrigida (Lana, 
2018). 
 
5.1. Manutenção Preventiva 
 
A partir de da década de 1960 até finais da década de 1980, a Manutenção 
preventiva foi a mais avançada técnica utilizada pelos departamentos de 
manutenção das instituições. 
A Manutenção Preventiva é baseada em dois princípios: o de que existe uma 
forte correlação entre idade e a taxa de falhas dos equipamentos, e o de que a vida 
útil do componente, e a chance de falha do equipamento podem ser determinadas 
estatisticamente, consequentemente as peças podem ser substituídas ou 
reconstruídas antes de falhar (PORTO; MARQUES, 2016). 
A manutenção preventiva pode ser vista como uma intervenção técnica no 
equipamento, com vários tipos de ações de manutenção pré-determinados, como a 
troca de peças e componentes, antes do aparecimento de falhas operacionais ou 
avarias. Essa proposta visa prever a quebra do equipamento de forma a manter sua 
disponibilidade total para produção. 
 A Manutenção Preventiva é uma intervenção de manutenção prevista, 
preparada e programada antes da data provável do aparecimento de uma falha 
(SOUZA et al. ; 2016). No âmbito hospitalar, a Manutenção Preventiva é de extrema 
importância, pois diante da quantidade e complexidade de equipamentos existentes 
9 
 
em um estabelecimento de saúde, se faz necessário um planejamento para 
realização de manutenções, com o objetivo de manter os equipamentos em seu 
pleno funcionamento e integridade física. 
O Engenheiro Clínico deve fazer o levantamento de todos os equipamentos 
existentes na instituição e elaborar um cronograma de Manutenção Preventiva, de 
modo que seja possível programar a parada, e se for o caso, a retirada do 
equipamento do setor, para que o serviço seja executado pelos técnicos. 
 Com o cronograma de Preventivas em mãos é possível prever falhas e o 
mau funcionamento dos equipamentos, e evitar qualquer tipo de acidentes durante a 
utilização do mesmo em pacientes (BRONZINO; PETERSON, 2015). 
A manutenção preventiva aumenta a vida útil dos equipamentos médicos e 
reduz os tempos de parada, pois é possível prever as possíveis anomalias, 
reduzindo assim os custos de manutenção corretiva, aumentando o desempenho 
dos mesmos, a qualidade de seus resultados e a segurança de sua utilização. 
 A Equipe de Engenharia Clínica deve definir critérios de prioridade, bem 
como a frequência da Manutenção Preventiva específica para cada equipamento, tal 
tarefa necessita de protocolos operacionais específicos de cada equipamento, 
respeitando as particularidades de cada unidade de saúde (EREN; WEBSTER, 
2017). 
 O programa de Manutenção Preventiva deve ser negociado no momento da 
aquisição dos equipamentos médicos. Os fornecedores devem comunicar aos 
estabelecimentos de saúde quais são as ações de Manutenção Preventiva a serem 
realizadas, sua periodicidade, seu custo e os procedimentos necessários para a sua 
realização. 
 No Brasil, muitos estabelecimentos de saúde não colocam como prioridade 
os programas de Manutenção Preventiva de seus equipamentos, essa condição em 
parte, é resultado de um contexto econômico que não é favorável à implementação 
desse processo, e pela falta de treinamento dos funcionários. Para amenizar essa 
situação, pode ser estabelecido um programa de manutenção preventiva onde ao 
menos os equipamentos de alta criticidade sejam contemplados (BRITO et al.; 
2015). 
Em muitos procedimentos clínicos a falta de Manutenções Preventivas nos 
equipamentos podem trazer riscos aos pacientes, entre esses equipamentos estão: 
10 
 
Incubadora Neonatal, Respirador (ventilador Pulmonar), Cardioversor, Aparelhos de 
Anestesia, Bomba de infusão, entre outros. 
 
5.2. Manutenção Corretiva 
 
 
Manutenção Corretiva é a manutenção que atua para corrigir situações de 
falhas de equipamentos, que saíram da condição normal de operação, tem como 
principal característica, apresentar urgência na resolução do defeito, com a 
possibilidade de trazer prejuízos nos atendimentos prestados, como por exemplo, o 
comprometimento de um tratamento aplicado a um paciente. 
Manter em funcionamento os equipamentos médicos é uma das 
responsabilidades do setor de Engenharia Clínica, a manutenção é uma ferramenta 
de uso indispensável pelos técnicos e engenheiros. Nas manutenções corretivas 
realizadas em ambiente hospitalar é necessário uma solicitação de Ordem de 
Serviço pelo setor ao qual se destina o atendimento (PORTO; MARQUES, 2016). 
Em casos de Manutenções Preventivas, estas devem ser elaboradas pelo 
próprio setor de Engenharia Clínica. A solicitação de manutenção pode ser realizada 
através de telefone, envio ao responsável ou entregue pelo próprio solicitante. 
Nas situações em que os equipamentos médicos apresentarem mau 
funcionamento ou irregularidades relacionadas a sua operação, deverão ser 
removidos da área de atividade, visando a segurança dos pacientes e dos 
operadores dessas tecnologias (BRONZINO; PETERSON, 2015). 
 No setor de Engenharia Clínica é preciso verificar se os equipamentos estão 
em manutenção externa (terceiros) ou interna (Engenharia Clínica), analisando os 
contratos de manutenção. Em ambas as manutenções os equipamentos devem ser 
identificados conforme seu estado, e durante o período de tempo que estejam fora 
de uso. 
Um fato geralmente ignorado pelas empresas, e que é de extrema 
importância para a qualidade da manutenção, é que após a realização da 
manutenção corretiva, os técnicos devem inspecionar e investigar os motivos das 
falhas nos equipamentos, fazendo o levantamento de oportunidades de melhorias e 
implementar medidas para eliminar ou reduzir a frequência de futuras falhas 
(SOUZA et al. ; 2016). 
 
11 
 
5.3. Manutenção Preditiva 
 
Um bom Engenheiro Clínico deve prezar pelo aperfeiçoamento dos cuidados 
no manuseio dos equipamentos que envolvem precauções antes, durante e depois 
das instalações das tecnologias em um hospital. Para que todas as tarefas sejam 
concluídas com sucesso, deve haver um padrão de normas e programação 
detalhada para que nada fuja da ordem dos processos organizacionais (BRITO et 
al.; 2015). 
Investir na manutenção preditiva auxilia diretamente na redução de custos 
dos estabelecimentos de saúde e eleva o nível de eficiência e qualidade dos 
serviços prestados aos pacientes. 
A Manutenção Preditiva é baseada na observação dos sinais apresentados 
pelos equipamentos com o objetivo de entender as condições de uso dos mesmos, é 
feita por meio de monitoramento de sinais, a partir de avaliações de dados 
estatísticos obtidos por meio de levantamentos atualizados periodicamente (Lana, 
2018). 
A manutenção preditiva garante a diminuição dos riscos de avarias ou perdas 
de peças e equipamentos hospitalares, pois tem como objetivo principal detectar a 
necessidade de manutenção em equipamentos hospitalares antes que os mesmos 
apresentem problemas e parem de funcionar, colocando em risco a vida dos 
pacientes (SOUZA et al. ; 2016). 
A manutenção preditiva de equipamentos hospitalares e tecnologias médicas 
em geral, oferece total suporte para que os problemas que venham a surgir sejam 
solucionados, consequentemente, a produção dos funcionários do hospital mantém 
um ritmo de trabalho sem pausas ou interferências, sem desperdiçar tempo com 
conserto de equipamentos (BRITO et al.; 2015). 
 
6. Calibração em equipamentos médicos 
 
A constante evolução tecnológica dos equipamentosmédicos os tornou muito 
mais complexos, possibilitando a aferição de um grande número de parâmetros 
fisiológicos. Esses equipamentos são fundamentais para o diagnóstico, tratamento e 
acompanhamento da evolução clínica dos pacientes. 
12 
 
Para garantir que os equipamentos estejam operando dentro dos padrões de 
segurança e desempenho determinados por seu fabricante, é preciso aferir seus 
parâmetros utilizando analisadores específicos, esse processo é denominado 
calibração (Lana, 2018). 
A calibração pode ser definida como a semelhança entre dois sistemas de 
medição ou dispositivos, que apresentam uma relação conforme um padrão 
previamente certificado (BRITO et al.; 2015). 
Uma questão que deve ser considerada no processo de calibração é a 
possível aparição das imprecisões nas medições, que são as mudanças dos valores 
em torno dos valores reais, sendo que cada equipamento possui tolerâncias 
admissíveis pelo próprio fabricante (EREN; WEBSTER, 2017). 
Ao finalizar as medições, deverá ser emitido um certificado, no qual deve 
constar o tipo de padrão utilizado, de forma que comprove que o equipamento foi 
aprovado em todas as etapas do ensaio de calibração e se encontra apto ao uso. 
É necessário que o estabelecimento de saúde tenha uma equipe qualificada, 
formada por técnicos e por um ou mais Engenheiros Clínicos para efetuar esse tipo 
de procedimento. A equipe técnica deve ter qualificação necessária para realizar as 
medições de todos os parametros funcionais dos equipamentos, sendo que a 
calibração de equipamentos médicos jamais deve ser feita por profissionias sem 
conhecimentos da área, pois apenas profissionais altamente capacitados e 
experientes serão capazes de analisar corretamente as possívels alterações nos 
valores aferidos nas medições dos parâmetros funcionais dos equipamentos, 
tomando assim as providencias necessárias, como a realizaçõa de ajustes e até 
mesmo o envio do equipamento ao fabricante. 
Os estabelecimentos de saúde devem elaborar um cronograma de calibração, 
que contenha todas as informações pertinentes aos equipamentos médicos como, 
os padrões de normalização e a periodicidade dos ensaios de calibração. Além 
disso, se faz necessário a elaboração de um cronograma de treinamentos contínuos 
dos colaboradores para identificar necessidades de manutenção, verificação ou 
calibração de todas as tecnologias médicas existentes na instituição (BORGES; 
SOARES, 2019). 
O processo de interação entre tecnologia e saúde precisa ser bem orientado, 
por meio da capacitação dos profissionais que executarão as atividades desde a 
calibração até o usuário final, que realizará a operação, e que por sua vez 
13 
 
dependem do fornecimento de equipamentos em plena condição de uso (FRANÇA, 
2016). 
 
7. Análise dos dados 
 
Em seus primeiros anos de existência, nos Estados Unidos da América, a 
Engenharia Clínica estava diretamente ligada aos serviços de inspeção e 
manutenção de equipamentos médicos, essa situação evoluiu de um sistema 
totalmente técnico, para um cenário de gestão de serviços, contemplando o 
treinamento de equipes, gestão de equipamentos, avaliação de novas tecnologias, 
desenvolvimento de equipamentos, assim como a garantia da qualidade 
(BRONZINO; PETERSON, 2015). 
Atualmente a Engenharia Clinica é um setor multidisciplinar que envolve em 
sua área de atuação profissional a gestão, manutenção e aquisição de todos os 
tipos de equipamentos e tecnologias médicas. 
 A atuação cada vez mais presente do Engenheiro Clínico nos 
estabelecimentos de saúde é de imensa importância para o gerenciamento, 
treinamento, incorporação de tecnologia e suporte técnico, bem como o auxílio 
prestado ao corpo clínico e administração hospitalar, visando subsidiar as tomadas 
de decisão, buscando a eficiência na utilização dos recursos disponíveis na 
instituição. 
Inicialmente os Engenheiros Clínicos tinham formação em alguma área 
tradicional da engenharia e um curso de especialização em equipamentos 
biomédicos. Com a crescente demanda de pessoal qualificado devido ao aumento 
constante da complexidade dos equipamentos, surgiram também os cursos de 
Engenharia Biomédica, com englobando além do segmento da Engenharia Clínica, o 
segmento de projetos de equipamentos e desenvolvimentos de novas tecnologias 
(BRITO et al.; 2015). 
No Brasil, a legislação sanitária apresentou um papel importante no 
desenvolvimento da Engenharia Clínica, quando publicou a RDC nº 02/2010, que 
estabelece os requisitos mínimos para Gestão de Equipamentos Médicos em 
estabelecimentos assistenciais de saúde. Neste mesmo período, a ABNT formulou a 
norma técnica ABNT NBR 15943 (2011) que apresentou as diretrizes para um 
programa de gerenciamento de equipamentos de infraestrutura de serviços de 
14 
 
saúde e de equipamentos para a saúde, que apesar de não ter força de lei, é um 
documento que deve ser usado como referencial técnico para Engenheiros e 
gestores hospitalares no desenvolvimento de novos grupos de Engenharia Clínica 
no país. 
De acordo com (LANA, 2018), a manutenção de equipamentos médicos deve 
ser vista dentro dos estabelecimentos de saúde como uma parte essencial da 
gestão hospitalar e não como um serviço secundário. 
A segurança do paciente está intrinsecamente ligada às condições de uso dos 
equipamentos médicos disponíveis, de forma que as manutenções preditivas, 
preventivas, corretivas e calibrações são indispensáveis para que não ocorram 
eventos adversos, sendo o pior deles a morte do paciente. 
Com a análise bibliográfica realizada nesse trabalho, foi possível demonstrar 
toda a evolução da Engenharia Clínica e a importância exercida por essa profissão 
dentro de um estabelecimento assistencial a Saúde. 
Faz-se cada vez mais necessária a presença de profissionais que tenham 
conhecimento multidisciplinar, de modo que sejam capazes de fazer a ligação entre 
as diversas áreas que existem dentro de uma unidade hospitalar. 
 
8. Conclusão 
 
Neste trabalho foi desenvolvida uma revisão da literatura existente sobre a 
Engenharia Clínica e seu amplo campo de atuação no que diz respeito ao 
gerenciamento e manutenção de equipamentos médicos nos mais diversos 
estabelecimentos assistenciais á saúde. 
Para a elaboração do artigo foi realizada uma revisão dos conceitos e temas 
mais pertinentes sobre o tema, entre os quais se destacam os tipos de manutenção 
realizados em equipamentos médicos, calibração e aferição dos parâmetros de 
funcionamento, aquisição de novas tecnologias, gerenciamento do parque 
tecnológico e treinamento dos usuários na utilização de tecnologias médicas. 
Esse artigo contribuiu para o enriquecimento da literatura existente sobre a 
importância da Engenharia Clínica na gestão e manutenção de equipamentos 
médicos, apresentando as principais áreas de atuação dos Engenheiros Clínicos e 
mostrando a importância desse setor dentro dos mais diversos estabelecimentos de 
saúde. 
15 
 
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