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NBR 16475 ABR 2016 Painéis de parede de concreto pré-moldado requisitos e procedimentos

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ABNT/CB-018
PROJETO ABNT NBR 16475
ABR 2016
Painéis de parede de concreto pré-moldado ― Requisitos e 
procedimentos
APRESENTAÇÃO
1) Este Projeto foi elaborado pela Comissão de Estudo de Lajes e Painéis Alveolares de Concreto 
(CE-018:600.019) do Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados (ABNT/CB-018), com 
número de Texto-Base 018:600.019-001, nas reuniões de:
27.09.2012 21.11.2012 23.01.2013
20.02.2013 17.04.2013 05.06.2013
03.07.2013 18.09.2013 06.11.2013
04.12.2013 15.01.2014 19.02.2014
19.03.2014 16.04.2014 21.05.2014
16.07.2014 03.09.2014 24.09.2014
22.10.2014 19.11.2014 21.01.2015
a) Não tem valor normativo.
2) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta 
informação em seus comentários, com documentação comprobatória;
3) Tomaram parte na sua elaboração:
Participante Representante
ABCIC Daniela Gutstein
ABCIC Iria Lícia Oliva Doniak
ABECE Augusto G. Pedreira de Freitas
ABECE Fabrício da Cruz Tomo
ABECE Francisco P. Graziano
© ABNT 2016
Todos os direitos reservados. Salvo disposição em contrário, nenhuma parte desta publicação pode ser modificada 
ou utilizada de outra forma que altere seu conteúdo. Esta publicação não é um documento normativo e tem 
apenas a incumbência de permitir uma consulta prévia ao assunto tratado. Não é autorizado postar na internet 
ou intranet sem prévia permissão por escrito. A permissão pode ser solicitada aos meios de comunicação da ABNT.
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ABNT/CB-018
PROJETO ABNT NBR 16475
ABR 2016
ABECE Eduardo Barros Millen
ABNT/CB-02 Paulo E. F. de Campos
ABNT/CB-02 Rose de Lima
ABNT/CB-18 Inês L. S. Battagin
ALVEOLARES / IBPRE José Eduardo de Souza Campos Filho
ARCELOR MITTAL Mery Alissan da S. Correa
ANCORA Rafael Montanher Leit
AR TREJOR Luiz Carlos F. Oliveira
BRENAND CIMENTOS Rafael Bittencourt
CASSOL Wilson Braga Junior
CASSOL José Herbet Faleiros Junior
CBCA Rosane Bevilaqua
CMA Carlos E. E. Melo
CONART José Antônio Magoga
COPLAS Rodrigo Augusto Roque
CYMACO Elmir José Cybulski
CPI Marcia Bari
CPI Ricardo Margoni
CSM Luciano Corrêa
EDUARDO PENTEADO ENGENHARIA William dos Santos Moraes
EVOLUÇÃO ENGENHARIA Marco Antonio Carnio
EMPÓRIO DO PRE-MOLDADO Francisco Oggi
ENGEMOLD João do Couto Filho
ENG. LAJES PAULISTA Emerson Augusto N. Dias
ENGETRIX Rodolfo Marino
ENGETRIX Andreas G. Matthes
EPUSP Francisco Graziano
FACENS - FAC. ENG. SOROCABA Vitor Antonio Ducatti
FACENS - FAC. ENG. SOROCABA Francisco Augusto de Alencar
GERDAU Bruno B. Vaz de Mello
GERDAU Juliano Limp
GTP José Laginha
HARD Rafael Montanher Leite
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ABNT/CB-018
PROJETO ABNT NBR 16475
ABR 2016
HARD Germano Dias
HILTI Bartolomeu Della Penha Novaes
HILTI Iara Santos
IFBQ - FALCÃO BAUER Antonio Carlos da Costa
IGA ENGENHARIA E CONSULT Flávio Isaía
JET CASA Marcelo Bergamaschi
JLVB A E V José Luiz de V. Bonini
LAJEAL Marília Dória do Amaral
LEONARDI Marcelo Cuadrado Marin
LEONARDI Rodrigo Pagmussat
LEONARDI Camilo Mizumoto
LEONARDI Bruno P. dos Santos
LEONARDI Mauro Cesar Silva
MC – BAUCHEMIE José Manoel Martins Jr.
MOLD PRÉ-MOLDADOS Cristina Mattos
NETPRÉ – UFSCAR Marcelo Ferreira
NETPRE – UFSCAR Nery Knoner
NETPRE – UFSCAR Fernando Menezes de Almeira Filho
NETPRE – UFSCAR Luís Augusto Bachega
NETPRE – UFSCAR Altibano Chao Neto
NETPRE – UFSCAR Bruno Pereira dos Santos
NETPRE – UFSCAR Giovana Innocenti
NETPRE – UFSCAR Bruna Catoia Periotto
PDG Thiago Tavares Abrantes
PDG Camila Pereira Alexandre
PDG Gil Martini Paula
PERNAMBUCO INDUSTRIAL José Orlando Vieira Filho
PERNAMBUCO INDUSTRIAL Luis Carlos P.Silva
PRECON André Luiz Massote
PRECON Isnar Maia de Freitas
PRECON Mairon G. Leite
PREMO Francisco Celso Silva Rocha
PRETEC Andrey M. Maciel
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ABNT/CB-018
PROJETO ABNT NBR 16475
ABR 2016
PROTENSALTO Alexandre J.M. Cordeiro
RESULT Luiz Livi
ROTESMA PRÉ - FABRICADO Leandro Merisio
ROTESMA PRÉ - FABRICADO Carlos Alberto Nave
SIKA Fernando Martins Ribeiro
SIKA Ari Petterson Ahne
SINAPROCIM Daniel de Luccas
SIS ENGENHARIA Luis Philippe Santoro
STAMP Silvio Alves de Oliveira
STAMP Fernando Palagi Gaion
TEA Ronaldo Franco
TLMIX George Chao Neto
TQS INFORMÁTICA Rodrigo Nurnberg
UFMG Roberto Marcio da Silva
UFRGS Dóris Zechmeister Bragança Weinmann
USP - SÃO CARLOS Libânio Miranda Pinheiro
ZAMARION E MILLEN Mateus Fran Zoboli
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ABNT/CB-018
PROJETO ABNT NBR 16475
ABR 2016
Painéis de parede de concreto pré-moldado ― Requisitos e 
procedimentos
Precast concrete wall panels — Requirements and procedures
Prefácio
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas 
Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos 
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são 
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto da 
normalização.
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos 
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT a 
qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestes 
casos, os Órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas para 
exigência dos requisitos desta Norma.
A ABNT NBR 16475 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados 
(ABNT/CB-018), pela Comissão de Estudo de Lajes e Painéis Alveolares de Concreto 
(CE-018:600.019). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº XX, de XX.XX.XXXX 
a XX.XX.XXXX.
O Escopo em inglês desta Norma Brasileira é o seguinte: 
Scope
This Standard establishes the requirements and procedures to be complied with by the design, in 
production and erection of precast wall panels that meet the classification criteria defined in Section 5.
For situations not covered by this Standard or covered in a simplified manner, the technical responsible 
for the project can use foreign procedures and standards or international standards, accepted by the 
scientific and technical community, since it proved to be complied with the level of security provided by 
this Standard.
This Standard does not apply to:
 a) structural precast wall panels which the horizontal dimension is greater than 6 m or the thickness 
is larger than 25 cm;
b) wall panels without reinforcement;
c) curved wall panel;
d) wall panels subjected to predominantly horizontal load as retaining walls or reservoirs;
e) wall panels design as foundation members.
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ABNT/CB-018
PROJETO ABNT NBR 16475
ABR 2016
Painéis de parede de concreto pré-moldado ― Requisitos e 
procedimentos
1 Escopo
Esta Norma estabelece os requisitos e procedimentos a serem atendidos no projeto, na produção e 
na montagem de painéis de parede pré-moldados que se enquadram nos critérios de classificação 
estabelecidos na Seção 5.
Para situações não cobertas por esta Norma ou cobertas de maneira simplificada, o responsável 
técnico pelo projeto pode usar procedimentos ou normas estrangeiras ou internacionais aplicáveis, 
aceitos pela comunidade técnico-científica, desde que demonstrado o atendimento ao nível 
de segurança prevista por esta Norma.
Esta Norma não se aplica a:
 a) painéis de parede pré-moldados estruturais cuja dimensão horizontal seja maior que 6 m ou que 
a espessura seja maior que 25 cm;
 b) painéis de parede sem armaduras;
 c) painéis de parede curvos;
 d) painéis de paredesubmetidos ao carregamento predominantemente horizontal, como muros 
de arrimo ou reservatórios;
 e) painéis de parede como elementos de fundação.
2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para refe-
rências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se 
as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
ABNT NBR 5738, Concreto ‒ Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova
ABNT NBR 5739, Concreto ‒ Ensaios de compressão de corpos de prova cilíndricos
ABNT NBR 6118, Projeto de estruturas de concreto ‒ Procedimento
ABNT NBR 6120, Cargas para o cálculo de estrutura de edificações
ABNT NBR 6123, Forças devidas ao vento em edificações
ABNT NBR 7480, Aço destinado a armaduras para estruturas de concreto armado ‒ Especificação
ABNT NBR 7481, Tela de aço soldada ‒ Armadura para concreto
ABNT NBR 7482, Fios de aço para estruturas de concreto protendido ‒ Especificação
ANBT NBR 7483, Cordoalhas de aço para estrutura de concreto protendido ‒ Especificação
ABNT NBR 8522, Concreto ‒ Determinação do módulo estático de elasticidade à compressão
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PROJETO ABNT NBR 16475
ABR 2016
ABNT NBR 8681, Ações e seguranças nas estruturas ‒ Procedimento
ABNT NBR 8800, Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios
ABNT NBR 8953, Concreto para fins estruturais ‒ Classificação pela massa específica, por grupos 
de resistência e consistência
ABNT NBR 9062, Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado
ABNT NBR 12655, Concreto de cimento Portland ‒ Preparo, controle e recebimento ‒ Procedimento
ABNT NBR 13279, Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos ‒ Determinação 
da resistência à tração na flexão e à compressão
ABNT NBR 13281, Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos ‒ Requisitos
ABNT NBR 14323, Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e de concretos 
de edifícios em situação de incêndio
ABNT NBR 14861, Lajes alveolares pré-moldadas de concreto protendido ‒ Requisitos e 
procedimentos
ABNT NBR 14862, Armaduras treliçadas eletrossoldadas ‒ Requisitos
ABNT NBR 14931, Execução de estruturas de concreto ‒ Procedimento
ABNT NBR 15200, Projeto de estruturas de concreto em situação de incêndio
ABNT NBR 15305, Produtos pré-fabricados de materiais cimentícios reforçados com fibra de vidro ‒
Procedimento para o controle da fabricação
ABNT NBR 15575-1, Edificações habitacionais – Desempenho – Parte 1: Requisitos gerais
ABNT NBR 15575-2, Edificações habitacionais – Desempenho – Parte 2: Requisitos para os sistemas 
estruturais
ABNT NBR 15575-3, Edificações habitacionais – Desempenho – Parte 3: Requisitos para os sistemas 
de pisos
ABNT NBR 15575-4, Edificações habitacionais – Desempenho – Parte 4: Requisitos para os sistemas 
de vedações verticais internas e externas – SVVIE
ABNT NBR 15823-1, Concreto autoadensável ‒ Parte 1: Classificação, controle e aceitação no estado 
fresco
ABNT NBR 16055, Parede de concreto moldada no local para a construção de edificações ‒ Requisitos 
e procedimentos
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições. 
3.1 
insertos
qualquer peça incorporada ao elemento pré-moldado, para atender a uma finalidade de ligação estru-
tural ou para permitir fixações de outra natureza
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PROJETO ABNT NBR 16475
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3.2 
junta
junta é a interface entre dois ou mais elementos estruturais, onde surgem as ações de forças (por 
exemplo: tração, cisalhamento, compressão) ou de momento
3.3 
ligações
dispositivos utilizados para compor um conjunto estrutural a partir de seus elementos, com a finalidade 
de transmitir os esforços solicitantes, em todas as fases de utilização, dentro das condições de projeto, 
mantendo as condições de durabilidade ao longo da vida útil da estrutura
3.4 
ligação de contraventamento
as ligações de contraventamento têm tripla função: resistir aos esforços de tração e compressão 
perpendiculares ao plano do painel, permitir movimentos no plano do painel e proporcionar ajustes 
para o alinhamento do painel
3.5 
ligação de gravidade
as ligações de gravidade, também conhecidas como ligações de apoio, transferem essencialmente 
as cargas do painel devido à ação da gravidade juntamente com as cargas permanentes de outros 
elementos a eles fixados (por exemplo, caixilhos)
3.6 
ligação de alinhamento
as ligações de alinhamento têm por objetivo garantir que as faces externas dos painéis fiquem 
alinhadas, e são submetidas principalmente a esforços de cisalhamento
3.7 
painel de parede estrutural
os painéis estruturais são projetados para exercer a função estrutural da edificação e resistir às ações 
externas e internas aos painéis. Assim, não há a necessidade de se apoiar ou fixar sobre um sistema 
estrutural, exceto sobre a fundação
3.8 
painel de parede não estrutural ou painel de parede de vedação
os painéis não estruturais ou painéis de parede de vedação necessitam de uma superestrutura na 
qual são fixados e por onde são transmitidas as ações externas e internas sobre os painéis. Têm 
potencialidade de aplicação em qualquer tipo de edificação, podem ser aplicados em fechamento de 
estruturas pré-fabricadas de concreto, em estruturas de concreto moldado no local ou em estruturas 
mistas, proporcionando flexibilidade arquitetônica e velocidade à obra
4 Simbologia
As expressões desta Norma são dadas para o Sistema Internacional de Unidades. Admite-se 
g = 10 kgf/cm2 = 1 MPa.
As unidades de força são 10 kN = 1 tf = 1 000 kgf e para tensão é 1 MPa = 10 kgf/cm2 = 100 tf/m2.
As notações contidas nesta Norma correspondem àquelas fixadas na ABNT NBR 7808, na 
ABNT NBR 6118, na ABNT NBR 9062 e as relacionadas a seguir:
γn é o coeficiente de ajustamento total da ligação; 
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γn1 é o coeficiente de ajustamento para cada mecanismo resistente interno na ligação em 
função da ductilidade do modo de falha;
γn2 é o coeficiente de ajustamento da ligação em função da gravidade das consequências 
de uma eventual ruína da mesma;
γn3 é o coeficiente de ajustamento em função da incerteza dos esforços atuantes na 
ligação;
γn4 é o coeficiente de ajustamento em função da durabilidade e possibilidade de manutenção 
das ligações;
γn5 é o coeficiente de ajustamento em função do tipo de carga predominante e do tipo 
de controle de qualidade do processo construtivo da ligação.
5 Classificação de painéis de parede e requisitos gerais
Os painéis de parede pré-moldados do escopo desta Norma podem ser classificados levando em 
consideração a forma da sua seção transversal, sua utilização (quanto ao uso), sua função de acaba-
mento e sua função estrutural, conforme 5.1 a 5.4.
5.1 Classificação de painéis de parede quanto à seção transversal
Os painéis de parede são classificados quanto à forma da sua seção transversal em maciços, 
alveolares, reticulados misto, sanduíche, nervurados e de parede dupla, conforme definido em 5.1.1 
a 5.1.6.
Para os painéis de parede sanduíche com conectores rígidos intercamadas pode ser consultada 
a literatura técnica tradicional ou normalização internacional ou estrangeira de referência.
No caso de serem aplicados revestimentos não estruturais, a camada de revestimento não deve 
ser considerada como fazendo parte da seção estrutural do painel. Caso o revestimento seja de 
concreto arquitetônico com propriedades mecânicas do concreto compatíveis com as da seção 
estrutural, apenas os frisos e ressaltos deverão ser desconsiderados. A seção estrutural do painel 
será considerada conforme exemplo mostrado na Figura 1.
As armaduras dospainéis de parede devem atender aos requisitos de durabilidade do concreto 
estabelecidos na Seção 6.
Face exposta do agregado
Concreto estrutural arquitetônicoConcreto estrutural arquitetônico
Interface de ligaçãoInterface de ligação
Concreto estrutural
Profundidade
da exposição
Espessura
do painel
tef
Figura 1 – Espessura efetiva tef de painel com revestimento de elemento arquitetônico
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5.1.1 Painel de parede maciço
Painéis de parede cuja seção é preponderantemente retangular. Para estes painéis de parede, 
as propriedades e geometria da seção transversal (área, inércia e cobrimento) devem ser calculadas 
a partir da seção retangular líquida descontando os ressaltos (Figura 2).
t e
f
Figura 2 – Espessura efetiva tef de painel com rebaixos
5.1.2 Painel de parede alveolar não estrutural
São painéis em que a seção transversal é alveolar, com a presença de nervuras de concreto e de 
alvéolos.
A geometria dos alvéolos deve ser definida em projeto em função do processo de fabricação adotado. 
A Figura 3 mostra as variáveis que definem a geometria das nervuras e dos alvéolos.
Para os painéis de parede alveolares, as considerações quanto à área e à inércia devem ser feitas 
para a seção retangular líquida (descontando a largura máxima dos vazios). 
b1
b 2
b 2
t
S
Figura 3 – Variáveis que definem a geometria das nervuras e dos alvéolos
5.1.3 Painel de parede nervurado
São painéis de parede cuja seção transversal apresenta nervuras como as indicadas na Figura 4, que 
aumentam a resistência e a rigidez do elemento.
Para esses painéis de parede, o cálculo das propriedades da seção transversal (área e inércia) deve 
ser feito considerando o trecho de seção maciça do painel (com espessura b3). 
Em painéis de parede estruturais, a contribuição resistente de seus travamentos laterais (nervuras 
de espessura b4 na Figura 4) deve ser considerada no cálculo do coeficiente de flambagem, levando 
em conta o espaçamento entre travamentos e altura do painel.
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Em painéis de parede não estruturais, a contribuição das nervuras deve ser considerada na determi-
nação da espessura efetiva em função da inércia da seção.
As dimensões mínimas para os painéis de parede nervurados estão apresentadas em 10.1.
b4
b 3
h n
er
v
S
Figura 4 – Seção transversal de um painel nervurado
5.1.4 Painel de parede sanduíche sem ligação rígida
São painéis de parede cuja seção transversal é formada pela composição de dois elementos de 
concreto de seção maciça, com preenchimento de material inerte posicionado entre eles. Para o 
cálculo de área, inércia e cobrimento do painel de parede sanduíche sem ligação rígida, deve-se 
considerar apenas a seção formada pelo elemento estrutural de concreto maciço de espessura tef 
indicada na Figura 5 desprezando os demais materiais, que são elementos sem finalidade estrutural 
(de concreto para fins de vedação e de material inerte).
t e
f
Figura 5 – Definição da espessura em painel de parede sanduíche sem ligação rígida
5.1.5 Painéis de parede dupla
Os painéis de parede dupla são elementos formados pela composição de painéis maciços 
pré-moldados conectados por nervuras e/ou por treliças (Figura 6).
Nos casos em que a parede dupla tiver o núcleo preenchido completamente com concreto estrutural, o 
painel apresenta um comportamento similar ao de painel maciço, devendo atender às especificações 
de 5.1.1.
Se o preenchimento entre as paredes for apenas parcial, restando vazios entre elas, devem 
ser atendidas as especificações de 5.1.2, relativas a painéis de parede alveolares não estruturais. 
Alternativamente, é permitido tratar os trechos maciços como painéis de parede independentes 
separados pelos vazios.
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Para os casos onde as treliças apresentem alguma contribuição para o desempenho estrutural do 
painel, essas devem atender aos critérios de durabilidade devendo ser galvanizadas ou embebidas 
no concreto estrutural.
b5
b 6
b 6S
Figura 6 – Seção transversal de painel de parede dupla
5.1.6 Painel de parede reticulado misto, sem função estrutural
São painéis de parede cuja seção transversal é formada pela composição de nervuras de concreto 
armado e preenchimento entre as nervuras executado com material inerte como, por exemplo, blocos 
cerâmicos (Figura 7). O painel reticulado misto sem função estrutural é dimensionado para suportar 
esforços de desforma, manuseio, transporte, montagem e vento. Para esses painéis de parede, 
consideram-se apenas as nervuras horizontais e verticais como elementos estruturais (de seção 
maciça de concreto).
Para edificações habitacionais de até cinco pavimentos, é permitido o uso de painéis de parede 
reticulados mistos com finalidade estrutural desde que comprovado o desempenho por meio de 
ensaios segundo as prescrições da ABNT NBR 9062 para projeto acompanhado de verificação 
experimental. A determinação da capacidade resistente deve ainda satisfazer os requisitos 
apresentados na ABNT NBR 15575-2.
Material inerteReboco/concreto
Nervuras de concreto
Figura 7 – Seção transversal de painel reticulado misto
5.2 Classificação de painéis de parede quanto ao uso
Os painéis de parede podem ser classificados em função do uso da edificação na qual está inserido:
 a) residencial;
 b) comercial;
 c) industrial.
Painéis de parede utilizados em edifícios com fins de hotelaria são classificados como residenciais.
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PROJETO ABNT NBR 16475
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Para efeitos desta Norma, são considerados edifícios residenciais simplificados aqueles compostos 
de painéis de parede estruturais pré-moldados com até cinco pavimentos, que atendem às seguintes 
condições:
 a) lajes de menor vão livre não superior a 4 m e sobrecarga máxima de 3 kN/m2;
 b) pé-direito (diferença de nível entre piso e laje) máximo de 3 m.
5.3 Classificação de painéis de parede quanto ao acabamento
5.3.1 Painel de parede bruto
São painéis de parede que, após a montagem, necessitam de algum acabamento, seja pintura, gesso 
ou argamassa.
5.3.2 Painel de parede arquitetônico
São painéis de parede que, após a montagem, já se encontram acabados em pelo menos uma das 
faces, sem a necessidade de outro tipo de revestimento para fins de acabamento.
Os painéis de parede arquitetônicos devem respeitar os requisitos e os procedimentos de produção, 
manuseio e de montagem estabelecidos nas Seções 17, 18 e 19.
5.4 Classificação de painéis de parede quanto ao comportamento estrutural
5.4.1 Painel de parede estrutural
São painéis de parede que fazem parte da estrutura da edificação, funcionando como elementos 
resistentes a esforços locais e globais, podendo também apresentar a função de vedação. 
As instalações em painéis de parede estruturais devem respeitar os limites apresentados na Seção 11.
5.4.2 Painel de parede não estrutural
São painéis de parede que fazem parte da edificação, mas comportando-se apenas como elementos 
de vedação. Esses painéis de parede podem garantir a proteção da edificação quanto às intempéries 
e também podem ser utilizados para posicionamento de tubulações de instalações hidrossanitárias 
e outras, conforme o respectivo projeto. Também podem ter a função corta-fogo e/ou de proteção 
quanto a incêndio, quando projetados para esta finalidade.
5.5 Requisitos Gerais
5.5.1 Requisitos de qualidade da estrutura
Uma estrutura composta de painéis de parede pré-moldados deve ser projetada e construída de modo 
que:
 a) resista a todas as ações às quais estarão sujeitos durante as fases de construção e durante 
a sua vida útil;
 b) sob as condições ambientais previstasna época de projeto e quando utilizada conforme preconi-
zado em projeto, conserve sua segurança, estabilidade e aptidão em serviço durante o período 
correspondente à sua vida útil;
 c) atenda às exigências de manutenção das instalações hidrossanitárias e elétricas, ao longo 
da vida útil da edificação. 
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5.5.2 Requisitos da qualidade de projeto
O projeto de uma estrutura formada por painéis de parede pré-moldados deve ser elaborado 
adotando-se:
 a) sistema estrutural adequado à função desejada para a edificação;
 b) análise da estabilidade global, levando-se em conta a rigidez das ligações entre os painéis 
de parede pré-moldados estruturais (conforme 5.4.1);
 c) combinações de ações compatíveis e representativas;
 d) dimensionamento e verificação de todos os elementos estruturais presentes;
 e) especificação de materiais de acordo com os dimensionamentos efetuados;
 f) os critérios conforme a ABNT NBR 9062 referente a projetos em situação de incêndio; 
 g) as exigências da ABNT NBR 15575-1, 2 e 4, quando aplicável, com o que se considera o desem-
penho do edifício concluído.
6 Durabilidade
6.1 Diretrizes para durabilidade das estruturas de painéis de parede pré-moldados
6.1.1 Valem as diretrizes para durabilidade das estruturas de concreto definidas na ABNT NBR 9062, 
complementadas pela ABNT NBR 6118 quanto às exigências de durabilidade, vida útil de projeto, 
mecanismos de envelhecimento e deterioração e agressividade do ambiente, considerando o sistema 
estrutural formado pelos painéis de parede pré-moldados e pelos conectores metálicos.
6.1.2 Para atendimento das exigências de durabilidade, devem ser respeitados os requisitos de estan-
queidade, de proteção quanto à corrosão e de resistência ao fogo, bem como observado o estabelecido 
em 6.2 a 6.4.
6.2 Critérios de projeto que visam a durabilidade
6.2.1 O detalhamento das armaduras deve respeitar as disposições construtivas, como o espaça-
mento das barras, dobramento, emendas e demais especificações estabelecidas na ABNT NBR 6118.
6.2.2 O detalhamento das armaduras conforme 6.2.1 também deve atender aos requisitos de 
proteção das armaduras quanto à corrosão, e os cobrimentos mínimos das armaduras dos painéis de 
parede estruturais pré-moldados e pré-fabricados devem atender aos requisitos correspondentes aos 
estabelecidos na ABNT NBR 9062 para os pilares pré-moldados e pré-fabricados, respectivamente. 
Para painéis de parede não estruturais, permite-se reduzir o cobrimento em 5 mm em relação ao 
painel de parede estrutural, não podendo ser inferior a 15 mm. O cobrimento mínimo a ser atendido 
corresponde à distância da face da armadura até a superfície mais próxima do elemento ou contato 
com elemento inerte.
6.2.3 No caso de painéis de parede com o emprego de armadura centrada, com cobrimentos 
maiores do que os mínimos especificados em 6.2.2, pode-se utilizar as prescrições de uma classe 
de agressividade ambiental imediatamente acima (mais branda), desde que se verifique que o 
estado limite de abertura de fissuras em uma eventual face tracionada atende ao estabelecido na 
ABNT NBR 6118.
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6.2.4 O cobrimento definido em 6.2.2 deve ser respeitado por toda a seção do painel de parede, 
incluindo as regiões com menor espessura como, por exemplo, em regiões com frisos, reentrâncias, 
pingadeiras e outros detalhes arquitetônicos.
6.2.5 Para o atendimento aos requisitos de segurança ao fogo, deve ser respeitado o estabelecido 
em 9.7 e na ABNT NBR 9062.
6.2.6 Para painéis de parede que receberão tratamento arquitetônico expondo os agregados 
na superfície, o cobrimento deve considerar a profundidade da nata removida durante o tratamento.
6.2.7 Não é recomendável o emprego de soluções ácidas para limpeza da superfície do painel. Caso 
seja utilizado, deve-se realizar uma limpeza imediatamente posterior a utilização do ácido de forma 
a neutralizar seus efeitos.
6.2.8 As considerações referentes à estanqueidade dos painéis de parede e das juntas entre 
painéis apresentadas na ABNT NBR 15575-3 devem ser respeitadas.
6.3 Elementos complementares para aumentar a durabilidade, integrados à estrutura
Podem ser consideradas alternativas com o objetivo de aumentar a durabilidade quanto à corrosão 
e segurança quanto ao fogo, como a utilização de armadura galvanizada, protegida com epóxi ou 
outros tipos de pintura com este objetivo, bem como a substituição parcial da armadura por outros 
tipos de materiais complementares com melhor desempenho quanto à corrosão e/ou ao fogo. Neste 
caso, devem ser feitos estudos conforme normalização internacional de referência e literatura técnica 
recomendada, podendo ser necessária a comprovação por metodologia experimental, quando 
se tratar de solução inovadora. 
6.4 Diretrizes para durabilidade dos conectores e dos insertos metálicos
Para os conectores metálicos dos sistemas formados por painéis de parede pré-moldados, devem 
ser utilizados sistemas de proteção ao fogo previstos em projeto, para sua adequada execução 
e manutenção durante a vida útil da estrutura, de forma a garantir pelo menos a mesma resistência 
da estrutura quanto ao fogo.
A proteção contra corrosão nos insertos metálicos deve respeitar os critérios estabelecidos pela 
ABNT NBR 8800 e ABNT NBR 9062 considerando a agressividade do ambiente e a vida útil prevista 
para a edificação.
7 Propriedades dos materiais
7.1 Generalidades
Para os concretos de elementos pré-fabricados, conforme a ABNT NBR 9062, podem ser adotados 
os coeficientes de minoração dos materiais: c = 1,3 e s = 1,10. 
Valem as especificações da ABNT NBR 9062 para os materiais que compõem os painéis de parede 
de concreto pré-fabricado e os de concreto pré-moldado, conforme a classificação apresentada nesta 
Norma, complementados pelos requisitos de 7.2 a 7.7.
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7.2 Concreto
7.2.1 Resistência mecânica
Esta Norma se aplica a concretos compreendidos nas classes de resistência do grupo I da 
ABNT NBR 8953.
Sempre que aplicáveis, devem ser respeitadas as prescrições da ABNT NBR 6118, ABNT NBR 9062, 
ABNT NBR 14861, ABNT NBR 14931 e ABNT NBR 12655.
7.2.2 Dosagem
7.2.2.1 Admite-se somente dosagem experimental, conforme a ABNT NBR 12655 e prescrições da 
ABNT NBR 9062. Deve ser mantido registro da dosagem experimental indicando: fator a/c adotado, 
trabalhabilidade e resistência à compressão. Deve ser registrada a resistência à compressão no 
momento da desforma e da liberação da protensão (para o caso de concreto protendido), correspondente 
à idade adotada na produção e módulo de elasticidade nas idades de liberação da protensão, aos 7 
dias, 14 dias ou 28 dias, conforme a ABNT NBR 8522.
7.2.2.2 Deve ser ainda registrada a resistência à tração do concreto, podendo ser determinada 
por ensaios de compressão diametral ou por resistência à tração na flexão.
7.2.2.3 Uma nova verificação deve ser conduzida sempre que houver alguma alteração nos mate-
riais, projeto ou critérios estabelecidos.
7.2.3 Controle tecnológico
7.2.3.1 Para a verificação da dosagem utilizada e das características dos constituintes do concreto, 
aplica-se o disposto nas ABNT NBR 12655, ABNT NBR 9062, ABNT NBR 15305 (para o caso 
de concreto com fibras), ABNT NBR 15823-1 (para o caso de concreto autoadensável) 
e ABNT NBR 14861 (para o caso de painéis alveolares).
7.2.3.2 Para o controle tecnológico e a verificação da resistência mecânica, aplicam-se as 
ABNT NBR 5738 e ABNT NBR 5739.
7.3 Aço para armaduras
7.3.1 Os painéis de parede pré-moldados podem ser projetados utilizando-se de reforço estrutural 
proveniente de armaduras e fibras. Para fibras, valem as prescrições de7.4. Podem ser adotadas 
como armaduras de concreto armado ou protendido: telas soldadas, vergalhões, treliças, cordoalhas, 
fios de protensão e conectores metálicos.
7.3.2 Todas as armaduras dos painéis de parede pré-moldados devem ter diâmetros (e suas seções 
transversais nominais), resistência ao escoamento e demais propriedades especificadas em projeto. 
Devem ser atendidas as normas específicas aplicáveis para cada tipo de material, segundo 7.3.3 
a 7.3.7, para aceitação, recebimento e controle tecnológico.
7.3.3 As barras e fios de aço empregados nos elementos de concreto armado devem obedecer 
à ABNT NBR 7480.
7.3.4 As telas soldadas devem obedecer à ABNT NBR 7481.
7.3.5 As barras, fios e as cordoalhas de aço empregados nos elementos de concreto protendido 
devem obedecer, respectivamente, às ABNT NBR 7482 e ABNT NBR 7483. 
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7.3.6 O aço para conectores metálicos deve atender às especificações da ABNT NBR 8800. 
7.3.7 As armaduras treliçadas eletrossoldadas devem atender às especificações da 
ABNT NBR 14862.
7.4 Fibras
7.4.1 As fibras para reforço estrutural (macrofibras) devem atender às especificações constantes 
nas ABNT NBR 15530 (fibras de aço), ABNT NBR 15305 (fibras de vidro) e EN 14889-2 (fibras 
sintéticas).
7.4.2 O projeto estrutural de painéis de parede em concreto reforçado com fibras (CRF) deve 
especificar o material, o tipo, a quantidade e as propriedades físicas das fibras introduzidas no concreto. 
7.4.3 As fibras para reforço secundário (microfibras) devem ser previstas visando combater o lasca-
mento do concreto em situações de incêndio.
7.5 Graute 
7.5.1 No caso da utilização de graute em ligações de painéis de parede, estes devem ser executados 
conforme especificado em projeto e aceitos pelo controle tecnológico. Devem ser atendidas 
as especificações da ABNT NBR 9062.
7.5.2 Quando especificado o graute, sua influência na resistência da ligação deve ser devidamente 
verificada em laboratório, nas condições de sua utilização.
7.5.3 A avaliação da influência do graute na compressão deve ser feita mediante o ensaio de 
compressão de corpos de prova prismáticos.
7.6 Argamassas de assentamento
7.6.1 As argamassas destinadas ao assentamento (sem função estrutural) e revestimento devem 
atender aos requisitos estabelecidos na ABNT NBR 13281. Com relação à resistência à compressão, 
deve ser atendido o valor mínimo de 5 MPa.
7.6.2 As argamassas utilizadas nas ligações estruturais entre painéis de parede devem ter a resis-
tência à compressão no mínimo igual à metade da resistência a compressão do concreto do painel.
7.6.3 A resistência da argamassa deve ser determinada de acordo com a ABNT NBR 13279.
7.7 Outros materiais
Quando forem utilizados outros materiais, como blocos cerâmicos, blocos de concreto e outros, utiliza-
dos para compor os painéis de parede pré-moldados, devem ser realizados ensaios de caracterização 
segundo normas técnicas ou procedimentos específicos aplicáveis.
Para as alças de içamento, não é permitido o uso de aço CA-25 ou CA-50 ou CA-60, devendo ser 
respeitadas as prescrições da ABNT NBR 9062.
8 Comportamento conjunto dos materiais
Conforme a ABNT NBR 6118.
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9 Segurança e estados limites
Conforme a ABNT NBR 6118.
9.1 Generalidades
Vale o estabelecido na ABNT NBR 9062 para os estados limites últimos, de serviço e de deformação.
Devem ser consideradas as ações previstas nas ABNT NBR 6118 e ABNT NBR 9062, onde as cargas 
correspondentes podem ser determinadas conforme estabelecido em 9.2 a 9.5.
Devem ser consideradas as ações na condição em serviço e em todas as fases que precedem 
a instalação.
9.2 Ações transitórias
As ações transitórias são definidas pelas fases que precedem a situação em serviço (instalada em sua 
posição definitiva) e devem ser consideradas no dimensionamento dos painéis de parede.
Os efeitos dinâmicos preponderantes durante as fases transitórias podem ser considerados, 
na ausência de uma análise mais rigorosa, por meio de análise estática equivalente, adotando-se 
um coeficiente de amplificação dinâmica (βa), conforme as especificações da ABNT NBR 9062.
9.2.1 Ações durante o saque da forma
Para a situação de saque dos painéis de parede da forma, deve ser considerado o coeficiente de 
amplificação dinâmica (βa) definido na ABNT NBR 9062, bem como o ângulo para o saque do painel 
em relação à forma e a aderência do painel com a forma. 
Para casos onde haja detalhes arquitetônicos e/ou saliências na superfície que dificultem a desforma 
do painel, o coeficiente de amplificação dinâmica (βa) deve ser tomado com valor não inferior a 1,5.
9.2.2 Ações durante o estoque
Eventuais empenamentos durante a fase de estoque devido a diferença de temperatura entre 
as faces do painel, diferença de retração entre os concretos que compõem a seção transversal 
e posicionamento do painel durante estocagem, devem ser considerados no dimensionamento 
do painel conforme literatura técnica recomendada e limitados conforme Seção 12.5.
Suporte
lateral
A
A
Seção A
b
wd Cos θ
wd
90°
wd Sen θ
a
θ
θ
δ
Figura 8 – Deformação durante fase de estoque
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4 4d
max
c x z
5 sen
384
w a b
E I I
 θδ = +  
onde
a é a altura do apoio do painel;
b é a distância horizontal entre os apoios;
wd é o peso do painel por unidade de área;
Ix e Iz são os momentos de inércia em relação ao eixo X e Z, respectivamente.
9.2.3 Ações durante a montagem
Os painéis de parede devem ser verificados durante a montagem aplicando-se o coeficiente 
de amplificação dinâmica segundo 9.2.1. 
A condição da estabilidade transitória do painel após a montagem deve ser verificada considerando 
as condições de escoramento.
9.3 Esforços solicitantes
Permite-se o cálculo das reações das lajes pelo método das charneiras plásticas, porém os esforços 
devidos à flexão devem ser criteriosamente determinados de forma a garantir a monoliticidade 
do diafragma e a conexão deste com as paredes.
Os edifícios de painéis de parede estruturais pré-moldados devem respeitar os limites de deslo-
camentos relativos entre o topo e a base do edifício estabelecidos na ABNT NBR 9062. A análise 
estrutural deve considerar, além dos critérios estabelecidos na Seção 12, os seguintes requisitos:
 a) a estabilidade lateral dos componentes e do conjunto estrutural deve ser verificada pela disposição 
dos painéis de parede estruturais nas duas direções. A rigidez da ligação entre painéis de parede 
deve ser representada no modelo estrutural;
 b) a laje pode ser calculada como solidária com os painéis de parede resistentes e funcionamento 
como diafragma rígido, de forma a transferir aos painéis de parede os esforços horizontais. Para 
tanto, devem ser verificadas as resistências das ligações entre painéis de parede e laje para 
assegurar a transferência desses esforços;
 c) para o caso de lajes alveolares, devem ser consideradas as prescrições da ABNT NBR 14861.
9.4 Cargas verticais
O carregamento vertical nos painéis de parede deve considerar todas as cargas atuantes sobre eles, 
de acordo com a ABNT NBR 6120, atuando paralelamente ao plano médio dos painéis de parede 
estruturais.
9.4.1 Cargas linearmente distribuídas
As cargas gravitacionais são admitidas linearmente distribuídas e aplicadas nos painéis de parede. 
Considera-se o espraiamento de cargas conforme indicado na Figura 9 (b). Nesta condição, devem 
ser verificadas as tensões de cisalhamento nos painéis de parede envolvidos no carregamento e suas 
ligações entre esses. O ângulo que define o caminhamento das cargas é definido em função da rigidez 
da ligação entre painéis de parede e limitado em nomáximo 45° e a largura máxima horizontal desse 
espraiamento é limitado pela largura efetiva definida em 10.1.2.
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9.4.2 Cargas concentradas ou parcialmente distribuídas
Nos painéis de parede estruturais, uma carga concentrada ou parcialmente distribuída pode ser 
suposta repartida uniformemente em seções horizontais limitadas por um dos planos inclinados a 
45° sobre a vertical e passando pelo ponto de aplicação de carga ou pelas extremidades da faixa de 
aplicação. A largura máxima horizontal desse espraiamento é limitado pela largura efetiva definida 
em 10.1.2. No caso de transferência de esforços entre painéis de parede adjacentes, esse ângulo de 
espraiamento das cargas é definido pela rigidez da ligação e considerado no máximo 45° para o caso 
de ligações rígidas, conforme definido na Seção 14.
Deve-se ainda verificar a sobreposição das cargas. A tensão de contato deve ser verificada conforme 
15.8.
≥ h
45°
h
45° 45°
≥ h
h
a) Cargas concentradas b) Cargas parcialmente distribuídas
Figura 9 – Ângulo de espraiamento de cargas
9.4.3 Distribuição de cargas devido às aberturas
Nas seções horizontais acima e abaixo de eventuais aberturas, a distribuição da carga deve ser 
feita excluindo as zonas limitadas por planos inclinados a 45°, tangentes às bordas da abertura. 
O dimensionamento ao redor das aberturas deve considerar o desvio de tensões conforme disposto 
em 15.9.
9.5 Ações transversais ao plano do painel
As ações horizontais que devem obrigatoriamente ser consideradas são as originadas pelo vento 
e pelo desaprumo, não se prescindindo das demais ações que, na avaliação do projetista, possam 
produzir esforços relevantes, como por exemplo, excentricidades devido a tolerâncias de produção 
e montagem. 
9.5.1 Ação do vento
Para a consideração da ação do vento, deve ser atendida a ABNT NBR 6123.
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9.5.2 Desaprumo
Para edifícios de múltiplos andares, deve ser considerado um desaprumo global através de um ângulo 
de desaprumo θ, conforme a equação:
1
170 H
θ =
onde
θ é o ângulo de desaprumo, expresso em radianos (rad);
H é a altura da edificação, expressa em metros (m).
Alternativamente, pode-se considerar o desaprumo através de forças horizontais equivalentes.
9.5.3 Colisão de veículos
Os painéis de parede (estruturais e não estruturais) não devem considerar a ação de colisão 
de veículos. Essa ação deve ser evitada pela utilização de dispositivos de segurança independentes 
dos painéis contra a colisão de veículos.
9.6 Coeficientes de ponderação dos esforços
Devem ser determinados conforme a ABNT NBR 6118 e a ABNT NBR 8681 quanto as combinações 
para os estados limites último (ELU) e de serviço (ELS).
9.7 Considerações em situação de incêndio
A estrutura como um todo, incluindo o projeto dos seus elementos, das ligações e as especificações 
de cobrimentos, deve ser verificada em situação de incêndio de forma a atender os requisitos 
estabelecidos na ABNT NBR 9062 e ABNT NBR 15200 considerando as combinações de ações 
conforme a ABNT NBR 8681.
É admissível alterar os requisitos estabelecidos na ABNT NBR 9062 desde que comprovado o 
desempenho por meio de ensaios segundo o descrito na ABNT NBR 9062 para projeto acompanhado 
de verificação experimental. A determinação da capacidade resistente deve ainda satisfazer os 
requisitos apresentados na ABNT NBR 15575-2.
10 Limites para dimensões, deslocamentos e abertura de fissuras
10.1 Dimensões mínimas
Os painéis de parede de concreto pré-moldado devem atender as seguintes exigências:
 a) a largura efetiva do painel de parede deve ser determinada conforme 10.1.1;
 b) a espessura efetiva do painel de parede estrutural deve ser igual ou maior que 10 cm. Permite-
se espessuras efetivas menores de até 8 cm para edifícios residenciais simplificados, conforme 
5.2;
 c) em painéis de parede nervurados estruturais, a espessura b3 não pode ser inferior a 10 cm;
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 d) em painéis de parede nervurados não estruturais, a espessura b3 não pode ser inferior a 5 cm, 
devendo atender às especificações de cobrimentos conforme Seção 6;
b4
b 3
h n
er
v
S
Figura 10 – Variáveis geométricas para painéis nervurados
 e) em painéis de parede dupla, a geometria deve atender às seguintes exigências:
 — a espessura b6 das paredes superior e inferior deve ser maior ou igual a 1/15 do espaçamento 
entre nervuras (s) não podendo ser inferior a 3 cm, conforme apresentado na Figura 11;
 — a espessura b5 das nervuras deve ser maior ou igual a 5 cm desde que o espaçamentos 
entre nervuras não seja superior a 65 cm e não se considere a armadura comprimida 
na resistência da seção. Para se considerar a armadura de compressão em seções com o 
espaçamento entre nervuras (s) não superior a 65 cm, a espessura da nervura (b5) deve 
ser maior ou igual a 8 cm. Em casos em que o espaçamento entre nervuras (s) esteja entre 
65 cm e 90 cm, a espessura das nervuras (b5) deverá ser maior ou igual a 12 cm.
b5
b 6
b 6S
Figura 11 – Variáveis geométricas para painéis de paredes duplas
 f) para painéis de parede estruturais com esforço de compressão axial predominante ( > 0,5), o 
índice de esbeltez deve ser menor ou igual a 100.
10.1.1 Espessura efetiva
A espessura efetiva dos painéis de parede tef, com exceção dos painéis classificados como 
nervurados e reticulados mistos, é definida em função da inércia da seção transversal, conforme 
equação a seguir:
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f
g3e
12 l
t
L
⋅
=
onde
L é o comprimento do painel;
Ig é o momento de inércia da seção do painel.
Para os painéis de parede nervurados, a espessura efetiva considerada é a b3 (ver Figura 10), sendo 
a contribuição das nervuras consideradas no índice de esbeltez do painel.
Em painéis de parede reticulados mistos não é aplicável a definição de espessura efetiva, devendo 
esses serem projetados conforme pórticos de pilares e vigas.
10.1.2 Largura efetiva
A largura efetiva do painel de parede deve ser limitada pelo menor entre os valores listados:
 a) para forças concentradas atuantes no plano do painel de parede (ver Figura 12):
 — a área de aplicação da força concentrada somada, para cada lado, o menor valor entre seis 
vezes a espessura do painel e a distância até a borda do painel de parede;
 — 0,4 vezes a altura do painel de parede;
 — a distância entre as forças ou os apoios.
Em resumo, a largura efetiva do painel para forças concentradas pode ser representada pela equação 
a seguir:
ef
a b c
0,4 h
d
b
+ +
≤ ⋅

b < = 6t
bef
d
h
Força
concentrada c < = 6ta
Figura 12 – Variáveis para definição da largura efetiva em painéis de parede solicitados 
a forças concentradas (pontuais)
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 b) para momentos concentrados (ver Figura 13):
 — a espessura do painel de parede somada, para cada lado, o menor valor entre três vezes 
a espessura do painel de parede e a distância até a borda do painel de parede;
 — a largura do consolo mais, para cada lado, o menor valor entre três vezes a espessura 
do painel de parede e a distância até a borda do painel de parede.
Em resumo, a largura efetiva do painel para momentos concentrados pode ser representada pela 
equação a seguir:
efb a b c≤ + +
b < = 3t
bef
h
Momento
concentrado c < = 3ta
Figura 13 – Variáveis para definição da largura efetiva em painéis de parede solicitados 
a momentos concentrados
10.2 Deslocamentos admissíveis normais ao plano do painel
Os deslocamentos previstosno projeto devem respeitar o limite estabelecido pela Tabela 1.
Tabela 1 – Limites para deslocamentos
Elemento Deslocamento a ser considerado
Deslocamento limite 
δlim
Painéis de parede 
estruturais
Deslocamento imediato 
devido às ações 
permanentes
L/240 ≤ 2 cm
Deslocamento imediato 
devido às ações 
variáveis
L /360 ≤ 2 cm
Painéis de parede não 
estruturais
Deslocamento total após 
a instalação do painel L /480 ≤ 2 cm
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10.3 Limites de fissuração
A abertura máxima característica das fissuras (wk) deve atender às exigências estabelecidas 
na ABNT NBR 6118.
11 Instalações
As tubulações verticais podem ser embutidas nos painéis de parede de concreto apenas durante 
a fabricação e desde que atendidas simultaneamente as seguintes condições:
 a) quando a diferença de temperatura no contato entre a tubulação e o concreto não ultrapassar 
15 °C;
 b) quando a pressão interna na tubulação for menor que 0,3 MPa;
 c) quando o diâmetro máximo for de 50 mm;
 d) quando o diâmetro da tubulação não ultrapassar 50 % da espessura da parede, restando espaço 
suficiente para no mínimo o cobrimento adotado e a armadura de reforço. Admite-se tubulação 
com diâmetro até 66 % da espessura da parede e com cobrimentos mínimos desde que existam 
telas nos dois lados da tubulação com comprimento mínimo de 50 cm para cada lado;
 e) tubos metálicos não encostem nas armaduras para evitar corrosão galvânica;
 f) a verificação da capacidade resistente da seção deve considerar a presença das instalações 
embutidas;
 g) em painéis de parede estruturais, não são permitidas tubulações verticais provenientes das 
instalações hidrossanitárias e de gás embutidas.
Não se admite tubulações horizontais, a não serem trechos de até um terço do comprimento 
da parede, não ultrapassando 1 m, desde que este trecho seja considerado não estrutural. 
Aberturas transversais para passagem de tubulações devem ser consideradas no projeto estrutural.
Em nenhuma hipótese são permitidas tubulações, verticais ou horizontais, nas ligações entre painéis 
de parede.
12 Análise Estrutural
12.1 Objetivos da análise estrutural
A análise estrutural deve permitir que se obtenham os esforços internos, as tensões, as deformações 
e os deslocamentos em um elemento ou em toda estrutura, de modo que os estados limites último 
e de serviço possam ser corretamente verificados.
12.2 Premissas da análise estrutural
A análise de um sistema estrutural formado por painéis de parede deve ser realizada considerando 
o equilíbrio de cada um dos seus elementos e da estrutura como um todo.
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O caminho descrito pelas ações deve estar claramente definido desde o seu ponto de aplicação 
até onde se suponha o final da estrutura.
O modelo estrutural representado pela composição de elementos estruturais básicos deve contemplar 
as interferências com os outros subsistemas (aberturas, instalações elétricas, hidráulicas e outras).
É necessária a consideração da interação solo-estrutura no modelo estrutural e a interação da rigidez 
relativa do painel com o elemento de apoio (vigas, por exemplo). A interação solo-estrutura deve ser 
elaborada conforme parâmetros de modelo geológico e geotécnico definidos por especialista.
É permitido distribuir as ações horizontais entre os painéis de parede por um método simplificado 
baseado na rigidez do momento polar, sendo necessário considerar eventual efeito de torção do 
pavimento, para edificações com até 25 pavimentos e em que as aberturas nos painéis de parede não 
causem deformações globais significativas.
12.3 Hipóteses básicas
Admite-se válida a consideração de análise elástico-linear para obtenção dos esforços solicitantes das 
combinações de ações para ELU e ELS. Devem ser utilizadas as combinações de ações previstas 
pela ABNT NBR 6118 e complementadas pelas prescrições da ABNT NBR 8681.
O painel considerado como componente do sistema estrutural de contraventamento pode ser repre-
sentado por elemento linear, desde que se considere, além da deformação por flexão, a deformação 
por cisalhamento.
A interação de painéis de parede estruturais que se interceptam deve ser incluída no modelo, 
representando de forma adequada a eventual distinção entre as posições do centro de gravidade 
e do centro de cisalhamento da seção transversal composta (seção tipo T, L, C e outras).
As ligações entre painéis de parede estruturais e outros componentes da estrutura devem ser consi-
deradas de forma a representar a transferência de esforços, sendo necessário verificar a resistência 
da ligação, conforme disposto na Seção 14.
As ligações entre painéis de parede não estruturais e a estrutura da edificação devem permitir a 
movimentação relativa entre os componentes, causada por variação volumétrica no painel, bem como 
aos deslocamentos na estrutura.
Deve-se considerar a rigidez relativa dos materiais utilizados nas ligações para determinação 
da distribuição das forças atuantes nos painéis de parede estruturais.
Essa distribuição deverá também ser verificada considerando a continuidade efetiva e rigidez das 
ligações dos painéis de parede com a laje.
12.4 Considerações para definição dos elementos resistentes aos esforços horizontais
Os elementos estruturais que fazem parte da estrutura de contraventamento devem ser represen-
tados de forma a garantir a distribuição de esforços horizontais através de ligações entre o painel 
e a laje do pavimento.
12.5 Excentricidades de projeto
Os painéis de parede estruturais devem ser dimensionados à flexo-compressão para os esforços 
atuantes, considerando a soma das excentricidades decorrentes de ação do vento, tolerâncias 
de fabricação, armazenamento, montagem e diferença de temperatura entre as faces do painel.
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12.5.1 Excentricidade mínima
Em qualquer situação, o painel estrutural deve ser dimensionado considerando uma excentricidade 
mínima de (1,5 + 0,03 t) em centímetros (cm), em que t é a espessura do painel.
12.5.2 Excentricidade devida à tolerância de fabricação, armazenamento e montagem
No dimensionamento dos painéis de parede estruturais devem ser consideradas as excentricidades 
decorrentes das tolerâncias de fabricação e de montagem, conforme definido na ABNT NBR 9062 
e nas Seções 17 a 20 desta Norma.
Eventual desalinhamento transversal do painel de parede estrutural durante a etapa de armazenamento 
deve ser considerada na tolerância de fabricação, limitada ao menor valor entre 1 cm, L/360 e h/360, 
sendo L o comprimento do painel e h a altura do painel (ver Figura 14).
δp
h
Figura 14 – Excentricidade devida à tolerância de fabricação: desalinhamento transversal
Além da tolerância em relação à verticalidade estabelecida pela ABNT NBR 9062, deve-se considerar 
uma excentricidade devido à tolerância de montagem entre painéis de parede estruturais de pavimentos 
adjacentes de no mínimo 1,5 cm (δe), prevalencendo o maior valor entre esses (ver Figura 15).
δe
P
Figura 15 – Excentricidade devida à tolerância de montagem para a verticalidade entre 
painéis de parede de pavimentos adjacentes
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12.5.3 Excentricidade devida à diferença de temperatura entre as faces do painel
A excentricidade devida à diferença de temperatura deve ser determinada pelo gradiente térmico 
ao longo da espessura do painel, conforme a Figura 16 e a equação a seguir:
δt L
t
T1 > T2
T1
T2
Figura 16 – Excentricidade devida à diferença de temperatura entre as faces do painel
t 8
C T L
t
⋅ ∆ ⋅δ =
⋅
onde
C o coeficiente de dilatação térmica;
∆T adiferença de temperatura entre as faces;
L a distância entre os apoios;
t a espessura do painel.
13 Instabilidade e efeitos de segunda ordem
13.1 Instabilidade global
A análise da estabilidade global e os efeitos de segunda ordem em estruturas compostas por painéis 
de parede estruturais devem seguir as prescrições da ABNT NBR 9062.
Para a consideração da não linearidade física em estruturas compostas por painéis de parede 
estruturais, deve-se verificar a principal finalidade estrutural do elemento. Para painéis de parede 
de contraventamento, que não suportam cargas verticais do pavimento além do seu peso próprio, 
aplica-se o disposto para vigas na ABNT NBR 9062 para a definição da não linearidade física. Para 
painéis de parede que suportam cargas verticais do pavimento, aplica-se o disposto para pilares 
na ABNT NBR 9062.
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Para situações em que seja previsto fissuração do concreto nas fases transitórias, a não linearidade 
física deverá considerar a redução da rigidez dos elementos estruturais com base em diagramas 
momento normal-curvatura, podendo ser realizada uma aproximação linear com o uso da rigidez 
secante da relação momento normal-curvatura conforme a ABNT NBR 6118.
13.2 Instabilidade local
A análise da instabilidade local deve ser realizada conforme as prescrições da ABNT NBR 6118. 
Alternativamente, para o caso de painéis de parede submetidos predominantemente a esforço de 
compressão, pode-se aplicar o disposto em 15.6.2 onde os efeitos de segunda ordem são determinados 
pelo processo P-δ.
13.3 Instabilidade localizada
A análise da instabilidade localizada deve ser realizada conforme o estabelicido na ABNT NBR 6118.
14 Ligações em estruturas de painéis de parede pré-moldados
14.1 Considerações gerais para projeto e detalhamento de ligações
14.1.1 Generalidades 
14.1.1.1 As ligações em estruturas pré-moldadas devem atender aos diferentes requisitos de desem-
penho de projeto, tendo como função principal a transferência das forças atuantes entre as interfaces 
dos elementos pré-moldados, decorrentes tanto das ações diretas (ações gravitacionais e vento) quanto 
das ações indiretas (provenientes da retração, fluência, movimentos térmicos, fogo etc.), possibilitando 
a interação dos componentes pré-moldados entre si como um único sistema estrutural.
14.1.1.2 O projetista estrutural deve explicitar o modelo de cálculo adotado no projeto, com indicação 
dos mecanismos resistentes e equilíbrio das forças internas na ligação, bem como indicar os esforços 
transmitidos pela ligação e sua interação com a estrutura. O modelo de cálculo adotado pode se 
basear nas referências técnicas ou normativas consagradas na literatura internacional. Na ausência 
de modelos teóricos, o projeto pode ser validado com base em ensaios experimentais parametrizados, 
com a identificação dos devidos mecanismos resistentes e avaliação da segurança efetiva entre 
o projeto e resultados últimos experimentais.
14.1.1.3 As ligações devem ser capazes de resistir aos esforços transmitidos entre os elementos 
estruturais, devendo haver consistência entre a restrição de deslocamentos relativos e os esforços 
mobilizados em decorrência desta restrição. Caso contrário, a ligação deve acomodar as deformações 
decorrentes dos elementos estruturais sem gerar esforços adicionais na ligação, os quais não tenham 
sido considerados no projeto da ligação. A verificação da rigidez das ligações pode ser baseada na 
análise dos mecanismos internos resistentes nas ligações, sendo sempre desejável a validação 
experimental.
14.1.1.4 A fissuração ou fragmentação prematura do concreto nas extremidades dos elementos 
deve ser evitada por meio de cuidados no projeto e detalhamento da região da ligação, considerando 
movimentos relativos entre os elementos; desvios; requisitos de montagem; facilidade de execução 
e facilidade de inspeção.
14.1.1.5 Os painéis de parede estruturais devem ser apoiados concentricamente sempre que possível 
para evitar tensões de tração nas paredes inferiores e empenamentos devido às tensões diferenciais 
entre as faces de dentro e de fora do painel.
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14.2 Coeficientes de minoração da resistência e coeficientes de majoração e de 
ajustamento para as ações
14.2.1 Coeficientes de minoração da resistência
Os fatores de minoração da resistência dos materiais γm utilizados em uma ligação seguem os valores 
estabelecidos nas ABNT NBR 6118 e ABNT NBR 9062.
14.2.2 Coeficientes de majoração das ações
Os fatores de majoração das ações γf considerados para o projeto de ligações seguem os valores 
estabelecidos nas ABNT NBR 8681, ABNT NBR 6118 e ABNT NBR 9062.
14.2.3 Coeficientes de ajustamento para as ações atuantes nas ligações
Para o caso das ligações estruturais em painéis de parede de concreto pré-moldado, os valores 
usuais para os coeficientes de majoração das ações γf deverão ser multiplicados por coeficientes 
de ajustamento γn adicionais dados por:
f f1 nγ = γ ⋅ γ
sendo
n n1 n2 n3 n4 n5γ = γ ⋅ γ ⋅ γ ⋅ γ ⋅ γ
O máximo esforço solicitante de projeto permitido na ligação Sd,max deve respeitar o valor mínimo 
obtido entre os seus mecanismos internos resistentes, conforme ilustrado na Figura 17.
Ru(c)
Ru(b) Rd = Ru / γm
Rd(a) / γn(a)
Rd(b) / γn(b)
Rd(c) / γn(c)
Sd,máx
Sd,máx ≤ mín
Ru(a)
sendo:
δ
{
Figura 17 – Critério de segurança para diferentes mecanismos internos resistentes 
na ligação
14.2.3.1 Coeficiente de ajustamento em função do modo de falha (γn1)
Para mecanismos resistentes onde o modo de falha previsto não é dúctil, devem-se empregar valores 
maiores para o coeficiente de ajustamento, de acordo com a Tabela 2.
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Tabela 2 – Possíveis modos de falha dos mecanismos resistentes internos nas ligações
Modo de falha Observações γn1
R
≥ 20%
Ductilidade
Ru
Ry
δ1 δ2
δ
Dúctil
2
1
2 5,δυ = ≥
δ
Escoamento do aço
1,1
R
≤ 30%
Ductilidade
Ru = Ry
δ1 δ2 
δ
Dúctil
Com pequena perda de resistência
Plastificação do concreto
1,2
R
Falha por
Ancoragem
Ru = Ry
δ1 δ3δ2
δ
Queda da resistência logo após o início 
do escoamento, com mecanismo de 
escorregamento ou arrancamento de 
grapas ou barras de ancoragem
1,3
R
Falha por
Ancoragem
Ru
δ1 δ2
δ
Queda brusca da resistência sem atingir 
escoamento, mas com mecanismo 
secundário de arrancamento de grapas ou 
barras de ancoragem
1,4
R
Ru
δ1
δ
Comportamento frágil
(ruptura por tração ou cisalhamento na 
solda ou no concreto)
1,5
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14.2.3.2 Coeficiente de ajustamento em função da consequência da falha (γn2)
Se a consequência da falha da ligação produzir resultados além do painel por ela conectado, o valor 
do coeficiente de ajustamento deve ser majorado, conforme Tabela 3.
Tabela 3 – Consequências das falhas
Tipo de painel γn2
Painel estrutural 1,3
Painel de vedação 1,1
Painéis de parede de vedação que sejam apoiados um sobre o outro (empilhados), o valor de γn2 deve 
ser considerado igual ao painel estrutural (γn2 = 1,3).
Dependo das condições ao redor da edificação, o projetista pode adotar um coeficiente maior que 
o estabelecido na Tabela 3.
14.2.3.3 Coeficiente de ajustamento em função das incertezas (γn3)
Em função da sensibilidade da ligação para tolerâncias de produção e montagem, tolerâncias de 
interface com outros movimentos, assim como movimentos devido a mudanças volumétricas e 
carregamentos aplicados, podem produzir mudanças nas posições de transferência do carregamento 
na ligação. A magnitude do fator de carregamento adicional deve ser consistente com essa 
sensibilidade,assim como a posição de transferência do carregamento considerado no projeto. Por 
exemplo, se a maioria das combinações adversas de tolerâncias for usada para estabilizar a posição 
de transferência do carregamento, um coeficiente de ajustamento adicional deve ser considerado 
de acordo com a Tabela 4.
Tabela 4 – Incertezas quanto aos esforços atuantes na ligação
Previsibilidade dos esforços γn3
Todos os esforços internos na ligação são conhecidos 1,0
Demais casos 1,2
14.2.3.4 Coeficiente de ajustamento em função da durabilidade e manutenção (γn4)
As ligações devem ter a mesma vida útil de projeto que os painéis de parede por elas conectados. No 
caso em que não for possível a inspeção e manutenção da ligação, deve-se considerar um coeficiente 
de ajustamento adicional de acordo com a Tabela 5.
Tabela 5 – Durabilidade com possibilidade de inspeção e manutenção
Acesso à ligação γn4
Com possibilidade de inspeção e manutenção 1,0
Demais casos 1,2
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14.2.3.5 Coeficiente de ajustamento em função do processo construtivo (γn5)
Para elementos pré-fabricados ou pré-moldados, conforme definições da ABNT NBR 9062, aplicam-
se os coeficientes de ajustamento de acordo com a Tabela 6.
Tabela 6 – Tipo de carregamento e tipo do processo construtivo
Característica do processo construtivo γn5
Pré-fabricados
Carga permanente 
preponderante 1,0
Em caso contrário 1,1
Pré-moldados
Carga permanente 
preponderante 1,1
Em caso contrário 1,2
14.3 Ligações para painéis de parede estruturais
14.3.1 Esforços nas juntas entre painéis de parede estruturais
14.3.1.1 A interação entre os painéis de parede estruturais é garantida por meio das ligações e do 
sistema de tirantes, necessários para a transmissão das forças cortantes, de tração e de compressão 
nas juntas horizontais e verticais entre os painéis de parede, nos planos dos painéis de parede verticais.
14.3.1.2 A análise do fluxo de forças (tensões) na região das ligações pode ser feito por meio de 
diferentes métodos de aproximação, entre eles: a) análise do equilíbrio das forças internas; b) análise 
do fluxo de tensões por meio do MEF; c) modelagem por meio de bielas e tirantes.
14.3.2 Ligação painel-painel com juntas horizontais submetidas à compressão
14.3.2.1 As ligações horizontais devem considerar o fendilhamento (tração transversal) decorrente 
de excentricidades e diferença de rigidez entre os materiais constituintes na ligação.
14.3.2.2 Nas extremidades inferiores e superiores dos painéis de parede, o fendilhamento do concreto 
pode ser evitado por meio da utilização de armadura transversal ao painel (estribos em grampo).
14.3.3 Ligação painel-laje-painel com junta horizontal submetida à compressão
Para aplicação de lajes alveolares em sistemas de pisos em conjunto com sistemas de painéis de 
parede estruturais, tem-se duas configurações possíveis: a) ligação painel-laje-painel, estando a laje 
na posição intermediária na junta horizontal entre painéis de parede; b) ligação painel-painel com lajes 
em apoio independente no painel inferior.
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Painel pré-moldado
Painel pré-moldado
Ancoragem
da barra
Projeção da barra Luva com
graute
Laje alveolar Laje alveolar
Painel pré-moldado
Aparelho
de apoio
Projeção da barra Luva com
graute
Junta com
argamassa
Ancoragem 
da barra
Barra de
amarração
Figura 18 – Exemplo de juntas horizontais em estruturas de painéis de paredes estrutuais
Para o caso de lajes alveolares posicionadas entre paredes, recomenda-se que as extremidades 
das lajes estejam sobre um comprimento mínimo de apoio, conforme o estabelecido pela 
ABNT NBR 14861. 
Deve-se ainda verificar a necessidade de preenchimento dos alvéolos de forma a garantir a integridade 
da laje e a transferência dos esforços na ligação.
Painel
pré-moldado
Painel
pré-moldado
Laje alveolarLaje alveolar
Aparelho de apoio
Graute
Painel
pré-moldado
Painel
pré-moldado
Laje alveolarLaje alveolar
Aparelho de apoio
Graute
Figura 19 – Exemplo de juntas horizontais em estruturas de painéis de paredes estruturais
14.3.4 Ligação painel-painel em junta horizontal submetida à tração
A ligação na junta horizontal painel-painel pode ser projetada para transmitir esforço de tração com 
a utilização de barras longitudinais tracionadas para ancorar os painéis de parede desde o nível 
da fundação e promover a continuidade dos sucessivos andares.
14.3.5 Ligação painel-painel em junta horizontal submetida ao cisalhamento
Deve ser verificada a resistência ao cisalhamento na ligação referente à junta horizontal entre painéis 
conforme o estabelecido da ABNT NBR 9062. Uma alternativa de verificação está apresentada 
no Anexo B.
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14.3.6 Ligação painel-painel em junta vertical submetida ao cisalhamento
Quando for desejável aumentar a rigidez da estrutura, uma alternativa é projetar as ligações nas juntas 
verticais entre elementos de paredes de forma a transmitir as forças de cisalhamento, tanto na direção 
do plano vertical do painel quanto na direção perpendicular ao plano. Neste caso, as superfícies da 
junta vertical podem ser projetadas para criar um mecanismo de chave de cisalhamento, onde o 
componente da biela inclinada de compressão no concreto deve ser equilibrado por uma armadura 
de tirante ou por ligações soldadas nas juntas horizontais na base e no topo dos painéis de parede.
14.4 Ligações para painéis de parede de vedação
14.4.1 Tipos de ligações para painéis de parede de vedação
Os sistemas de ligações para painéis de parede de vedação podem ser classificados quanto à sua 
função em três tipos: ligação de gravidade, ligação de contraventamento e ligação de alinhamento.
14.4.1.1 Ligação de contraventamento
14.4.1.1.1 No caso dos painéis de parede de vedação, as ligações de contraventamento devem 
possibilitar a movimentação longitudinal dos painéis de parede, exceto no caso em que os painéis de 
parede sejam dimensionados para contribuírem com a rigidez global da estrutura ou em casos em 
que o mesmo seja capaz de resistir a esforços causados pela variação volumétrica. Para o caso onde 
o painel contribui com a rigidez global da estrutura, a ligação deve considerar o γn2 para painéis de 
parede estruturais.
14.4.1.1.2 É recomendável que as ligações de contraventamento permitam acomodações devidas 
à variação volumétrica do painel, em função de variação de temperatura onde a restrição das ligações 
pode ocasionar esforços imprevisíveis sobre o sistema de vedação.
14.4.1.2 Ligação de gravidade
14.4.1.2.1 As ligações de gravidade podem ou não possuir a função concomitante de contraventa-
mento, sendo necessário compatibilizar com as condições de contorno da estrutura.
14.4.1.2.2 A utilização de três ou mais ligações de gravidade no mesmo painel deve ser evitada. As 
ressalvas quanto à restrição a variações volumétricas e movimentação longitudinal são semelhantes 
àquelas apresentadas para as ligações de contraventamento.
14.4.1.3 Ligação de alinhamento
14.4.1.3.1 Esse tipo de ligação é frequentemente empregado entre os painéis de parede, nas bordas 
onde a possibilidade de movimentações diferenciais pode gerar inadequação visual, patologias e, por 
consequência, um comprometimento do material selante.
14.4.1.3.2 Em função da composição da estrutura da edificação e de diversas limitações técnicas, em 
certas ocasiões em que as ligações de contraventamento com a estrutura não são viáveis, pode-se 
empregar ligações de alinhamento, transmitindo esforços perpendiculares a outro painel.
14.4.2 Considerações de projeto para ligações em painéis de parede de vedação
14.4.2.1 Princípios básicos
14.4.2.1.1 A fixação dos painéis de parede com a estruturarequer uma composição adequada das 
ligações de gravidade e contraventamento. A sua composição deve levar em consideração a quanti-
dade, o posicionamento e o comportamento de cada uma das ligações.
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14.4.2.2 Número de ligações
14.4.2.2.1 É necessário utilizar no mínimo quatro ligações para a fixação de cada painel. É permitido 
reduzir a quantidade de ligações desde que justificado por cálculos ou ensaios.
14.4.2.2.2 As ligações de gravidade podem conter também dispositivos mecânicos com a função 
de contraventamento. Na sua ausência, deve-se prover de ligações de contraventamento adjacente 
a fim de resistir a esses esforços.
PLANTA
ELEVAÇÃO
a)
a.1)
a.2)
b)
b.1)
b.2)
Esforço perpendicular 
ao painel
Ligação de contraventamento lateral 
com deslocamento no sentido das setas
Ligação dee apoio 
(gravidade)
Figura 20 – Composição de ligações para painéis de parede horizontais
14.5 Mecanismos básicos para transferência de forças
14.5.1 Juntas horizontais com almofadas deformáveis de apoio submetidas à compressão
14.5.1.1 Materiais deformáveis, como as almofadas de apoio, podem ser empregados para compensar 
as irregularidades e distribuir melhor as tensões sobre a área de contato.
14.5.1.2 Podem ser utilizadas almofadas com espessuras em torno de 2 mm a 20 mm. As almofadas 
com espessuras maiores devem ser utilizadas para liberar deslocamentos e rotações com o propósito 
de reduzir as forças induzidas nas ligações. Acima de certas espessuras e carregamentos, as almofadas 
de apoio podem ser feitas com neoprene fretado com chapas metálicas de reforço intermediário que 
produzem um confinamento às deformações transversais na almofada, aumentando a sua resistência 
e diminuindo a sua deformabilidade.
14.5.1.3 As almofadas de apoio devem ser posicionadas não faceando as bordas dos elementos 
para evitar a transferência de forças de contato nessas bordas, o que poderia resultar em danos 
localizados.
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14.5.1.4 Quando o módulo de elasticidade do material da junta for muito inferior ao dos elementos 
adjacentes, tensões de fendilhamento irão se desenvolver devido à deformação transversal no 
material da junta. As tensões transversais de tração nas juntas devem ser resistidas por uma armadura 
apropriada de fretagem nos elementos adjacentes.
14.5.2 Ancoragem direta de barras e chumbadores no concreto
14.5.2.1 Barras de aço tracionadas podem ser ancoradas por meio de aderência, ganchos, dobras 
ou simplesmente pela capacidade do concreto ao arrancamento.
14.5.2.2 Quando a ancoragem é realizada por aderência, normalmente são empregadas nervuras 
na superfície do aço, podendo também ser empregadas barras roscadas.
14.5.2.3 Na ancoragem por aderência, para garantir o cobrimento suficiente e o comprimento de 
ancoragem, a capacidade de ancoragem deve ser superior à capacidade à tração da barra. Quando 
isso não for possível, devido a limitações na geometria, a capacidade à tração das ligações deve ser 
determinada por sua própria capacidade de ancoragem.
14.5.2.4 As ancoragens nas extremidades das barras podem ser feitas por meio de dispositivos 
mecânicos, como cabeça de ancoragem em barras (parafusos ou stud-bolts), curvas de ancoragem 
ou ganchos de ancoragem.
14.5.3 Emendas de armaduras por traspasse
14.5.3.1 As emendas por traspasse devem seguir as recomendações estabelecidas 
na ABNT NBR 6118.
14.5.3.2 Quando o comprimento de dobra requerido não é disponível, a transferência da força entre 
as barras das armaduras pode ser conseguida inserindo uma barra transversal entre dois ganchos ou 
entre duas barras em laço. A transferência da força neste caso estará baseada em uma combinação 
de ação de laço e ação de pino.
14.5.4 Adesão entre superfícies de interfaces estruturais entre concretos
14.5.4.1 A adesão entre superfícies deve ser considerada conforme prescrito na ABNT NBR 9062.
14.5.5 Chaves de cisalhamento
14.5.5.1 Forças de cisalhamento podem ser transmitidas através de juntas com faces dentadas.
14.5.5.2 As chaves de cisalhamento trabalham como barreiras mecânicas que previnem qualquer 
deslizamento significante ao longo da junta. O pré-requisito para o funcionamento do sistema é que 
os elementos sejam prevenidos contra movimentação sob solicitações de cisalhamento. Isto pode ser 
feito da seguinte forma:
 a) por meio de armaduras de tirantes no topo e na base da junta;
 b) por meio de armaduras em laço transversais ao longo do comprimento da junta.
O Anexo B apresenta equações e critérios para definição da resistência ao cisalhamento em chaves 
de cisalhamento, desde que respeitada a geometria apresentada na Figura 21.
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45° ≤ α ≤ 90°
NED
NED
VED
VED
α
h2 ≤ 10d
h1 ≤ 10d
d ≥ 5 mm
> 30° Armadura 
em laços transversais 
Figura 21 – Geometria da chave dentada
14.5.5.3 O modelo de transferência de força cortante e modos de falha em uma chave dentada 
podem ser observados na Figura 22.
b
b
a) Geometria da junta
dentada e da biela de
compressão
b) Fissuração no
concreto do
preenchimento ao
longo dos dentes
c) Ruptura das
bielas de
compressão
d) Abertura
da junta
t
Fc
Figura 22 – Modelo de transferência de força cortante e modos de falha em junta dentada
14.5.6 Ligações com dispositivos soldados
14.5.6.1 As ligações por soldas podem ser empregadas para conectar diretamente os insertos e 
barras metálicas que estão salientes nos elementos de concreto, como por exemplo, as barras de 
armadura que estão traspassando.
14.5.6.2 Pode ser empregada uma peça metálica intermediária, a qual é utilizada como elo entre os 
elementos de concreto. Esta peça intermediária pode ser soldada diretamente nas barras salientes 
(de espera) ou em chapas ou cantoneiras de ancoragem embutidas nas extremidades dos elementos. 
Essas chapas e cantoneiras devem ser soldadas junto a outras barras no interior dos elementos 
de concreto as quais estão fixadas no concreto por meio de ancoragem por aderência ou por meio 
de ancoragem mecânica.
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14.5.6.3 As ligações soldadas deverão ser dimensionadas conforme as prescrições 
da ABNT NBR 8800.
14.5.6.4 Em situações de incêndio, aplica-se a ABNT NBR 15200 para insertos devidamente 
embutidos no concreto. Caso o inserto não seja embutido ou com cobrimento insuficiente, deve-se 
respeitar as prescrições da ABNT NBR 14323.
14.5.7 Ligações com insertos
As ligações por meio de insertos ancorados no concreto (por meio de barras com ancoragem reta, 
ancoragem com ganchos ou com cabeça de ancoragem, tipo stud-bolts) podem ser empregadas para 
transmitir esforços de cisalhamento e forças de tração.
14.5.8 Ligações protendidas
A técnica da pós-tensão pode ser empregada em construções segmentadas e em paredes de edifícios 
altos. Nesse caso, bainhas são instaladas dentro dos elementos pré-moldados e, após a montagem, 
os cabos de protensão são colocados nas bainhas e pós-tensionados. As ligações entre os elementos 
devem ser dimensionadas para resistir às forças de tração e de cisalhamento.
15 Dimensionamento 
15.1 Generalidades
Esta Seção estabelece critérios para a determinação dos esforços resistentes das seções de painéis 
de parede conforme definidas em 5.1.
Para aplicações dos critérios definidos nesta Seção, devem ser respeitadas as dimensões mínimas 
estabelecidas em 10.1.
Os esforços solicitantes e as combinações de ações devem seguir o prescrito em 9.1 a 9.7.
As paredes estruturais que não estiverem continuamente apoiadas em outro elemento (parede inferior 
ou estrutura contínua) devem ter esta região não

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