Desenvolvimento Humano e Social_atividade A1

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De acordo com os conteúdos da Unidade 1, a escola é uma instituição social que molda e normatiza o indivíduo. Contudo, o ambiente escolar não está descolado da realidade social, trazendo para o seu interior as desigualdades vistas no corpo da sociedade. Os currículos escolares também mostram esse cenário, muitas vezes privilegiando grupos sociais em detrimento de outros silenciados, emergindo assim a necessidade de ações que viabilizem um ensino mais democrático. A Lei nº 10.639/03, que torna obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira nas instituições de ensino, surge nesse contexto em que a superação da visão tradicional eurocêntrica da cultura brasileira é tratada como um desafio. 
Deste modo, elabore um texto buscando responder: De que modo as escolas, enquanto instituições sociais, podem contribuir para o enfrentamento às desigualdades sociais? Como outras instituições, por exemplo, o Estado e a família, poderiam realizar articulações com a instituição escolar, contribuindo para o enfrentamento às desigualdades e por meio de quais ações concretas isto se realizaria.
Desigualdades sociais são 
A sociedade é formada por indivíduos que se relacionam a fim de conseguir atingir o bem comum da própria sociedade. Em uma sociedade livre os indivíduos têm a liberdade de se desenvolverem e de fazerem suas próprias escolhas. Embora em nossa sociedade pós-moderna o Estado, pelo menos nos países democráticos, proteja as liberdades individuais, ainda há muitos desafios para que possamos ter uma sociedade mais justa.
A igualdade e a justiça social plenas são, de fato, uma utopia, já que falhas de caráter e as “paixões humanas” são inerentes à natureza humana dos indivíduos que compõem qualquer sociedade. No entanto muito temos avançado em nossas sociedades desde os primórdios da civilização. Grandes pensadores e gênios do passado que quebraram paradigmas e desenvolveram filosofias e religiões. A sociedade contemporânea de hoje certamente se ergue sobre o ombro de gigantes.
A escola tem um papel fundamental como agente transformador da sociedade, complementando aquilo que pode, eventualmente, faltar no ensino dentro das famílias. A escola é a ferramenta da sociedade para preparar o indivíduo para a vida em sociedade, auxiliando no desenvolvimento de seus potenciais. A crença de que a missão mais importante da escola é simplesmente desenvolver um senso crítico político no indivíduo é muito restrita e limita a real amplitude da missão da escola na sociedade. A escola deve ser o meio pelo qual a sociedade oferece ao indivíduo todas as ferramentas pedagógicas disponíveis para que ele alcance o seu próprio desenvolvimento como profissional e como cidadão. 
Assim como a escola o estado tem um papel fundamental na busca por uma sociedade mais justa e inclusiva. O Estado deve zelar para proteger a família e proporcionar um ensino escolar de qualidade, para formar cidadãos menos egoístas e mais inclusivos. A proteção de valores identitários pleiteados por minorias deve ser tratado com cautela pelo estado, sempre levando em consideração primeiramente o bem comum da sociedade. Como disse o ex-ministro da Ciência Aldo Rebelo sobre as causas identitárias “é um grave erro, é um engano, é um atraso, o identitarismo é uma criação do mercado... é a negação da centralidade da questão nacional. Substitui a centralidade da questão Nacional pela centralidade da questão de raça, da questão de gênero, da questão de orientação sexual e de outras que tem a sua relevância do ponto de vista democrático, mas que está na Esfera dos direitos individuais e não do principal direito coletivo, é o direito a viver em um país independente, isso fragmenta, isso faz dividir, isso em última instância desorienta uma agenda e subtrai, da questão Nacional, energias importantes.” Podemos ver que o foco da sociedade nessas causas pode ter um efeito contrário ao desejado à nação, trazendo divisão ao invés de união e crescimento.
A igreja certamente também tem um papel muito importante na busca por uma sociedade mais justa. Basta lembrar que a primeira escola do Brasil foi criada pelos Jesuítas em 1549 na Bahia. A igreja ainda hoje patrocina diversas instituições de ensino importantes e de qualidade no país. Embora alguns acreditem que a igreja é, em certa medida, responsável pela exclusão social e pelo preconceito, a igreja foi a ainda é um elemento de grande importância para nosso desenvolvimento social.
A família como célula mater da sociedade deve ser protegida e apoiada pelo estado, pois é nela que se constrói nos indivíduos, seus valores e emoções. Uma família bem estruturada é essencial para dar condições apropriadas a um bom desenvolvimento emocional e psicológico de uma criança. É temerário que alguns ensinem que “a desnaturalização dos conceitos aprendidos no seio familiar é um exercício árduo, porém necessário”. Se ensinamos os ensinos familiares não são naturais, estamos descreditando toda a base de conhecimentos transmitida pela família, inclusive valores morais e familiares. A educação deve ser um processo em que a criança constrói o conhecimento progressivamente. Destruir as bases não parece ser o melhor caminho para proporcionar um melhor desenvolvimento para um indivíduo.
Para que possamos ser uma sociedade mais justa e inclusiva, nós brasileiros, precisamos compreender que somos um povo majoritariamente mestiço e essa característica única que possuímos não deveria ser motivo de vergonha, mas sim de orgulho. Nossa diversidade cultural e étnica permite que a nossa sociedade cresça preservando e misturando os melhores elementos de cada cultura que a compõem. Poderemos assim nos tornar em uma nação mais unida e justa.