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Aula 09 - Direito Processual Civil - Curso Estágio Ministério Público Estadual

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AULA 09 – DIREITO PROCESSUAL CIVIL
C
Mi
	
CURSO: Ministério Público Estadual
Estagiando Direito
@estagiando_direito_
DA LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA
	Terminamos o processo de conhecimento, o procedimento comum no Processo Civil. Agora, iniciaremos a chamada “Liquidação de Sentença”. 
	Terminado o Processo com a prolação da sentença, sendo que esta condenou o réu no pagamento de quantia ILÍQUIDA, dar-se-á início à Liquidação de Sentença, que nada mais é do que o procedimento judicial necessário para tornar aquela Sentença ilíquida, ou seja, que condenou em obrigação ilíquida, em condenação líquida e certa. 
	Em regra, a liquidação poderá ser: 
I - por arbitramento, quando determinado pela sentença, convencionado pelas partes ou exigido pela natureza do objeto da liquidação. 
II - pelo procedimento comum, quando houver necessidade de alegar e provar fato novo.Na liquidação pelo procedimento comum, o juiz determinará a intimação do requerido, na pessoa de seu advogado ou da sociedade de advogados a que estiver vinculado, para, querendo, apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, 
	Entretanto, há casos em que na Senteça haverá uma parte líquida e outro ilíquida. Ocorrendo esta hipótese, poderá o credor promover de forma conjunta a execução da parte líquida e, em autos separados, a liquidação da ilíquida. 
	Importante ressaltar que, como já foi terminado o processo de conhecimento, não poderá na liquidação discutir novamente a lide ou moficiar a sentença que a julgou. É dizer que, os fatos e fundamentos jurídicos da relação processual de conhecimento não podem ser modificados na fase de liquidação. 
	A liquidação poderá ser realizada na pendência de recurso, processando-se em autos apartados no juízo de origem, cumprindo ao liquidante instruir o pedido com cópias das peças processuais pertinentes.
DO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
	Terminado o Processo de Conhecimento e, sendo a sentença devidamente liquidada, proceder-se-á ao Cumprimento de Sentença. 
	No que diz respeito a esta parte da matéria, recomendo fortemente a leitura da lei seca.
	Inicialmente, deverá ser feito pelo exequente (autor do cumprimento de sentença/execução) o requerimento para cumprimento, provisório ou definitivo, da sentença que reconhece o dever de pagar quantia. 
	Por tratar-se de autos diferentes àquele feito do Procedimento Comum, deverá o devedor ser intimado para cumprir a sentença:
I - pelo Diário da Justiça, na pessoa de seu advogado constituído nos autos;
II - por carta com aviso de recebimento, quando representado pela Defensoria Pública ou quando não tiver procurador constituído nos autos, ressalvada a hipótese do inciso IV;
III - por meio eletrônico, quando, no caso do § 1º do art. 246, não tiver procurador constituído nos autos
IV - por edital, quando, citado na forma do art. 256, tiver sido revel na fase de conhecimento.
	Nas hipóteses em que, a relação jurídica estiver sujeita a condição ou termo, o cumprimento da sentença dependerá demonstração de que se realizou a condição ou que ocorreu o termo. Em outras palavras, há de se verificar que ocorreram a condição ou termo que poderia dar ensejo ao início do cumprimento de sentença. 
	Os títulos executivos judiciais devem seguir o presente rito de cumprimento de Sentença. 
	Quais são os títulos executivos JUDICIAIS (lembrando que existem os EXTRAJUDICIAIS)?
I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa;
II - a decisão homologatória de autocomposição judicial;
III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza;
IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal;
V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial;
VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado;
VII - a sentença arbitral;
VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça;
IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça;
	Indaga-se: Onde será efetuado o cumprimento da sentença?
I - os tribunais, nas causas de sua competência originária;
II - o juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição;
III - o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de sentença arbitral, de sentença estrangeira ou de acórdão proferido pelo Tribunal Marítimo.
	Importante chamar atenção que, o juízo que decidiu a causa, ou seja, o juízo onde tramitou o processo será o juiz competente para o Cumprimento de Sentença. 
Art. 518. Todas as questões relativas à validade do procedimento de cumprimento da sentença e dos atos executivos subsequentes poderão ser arguidas pelo executado nos próprios autos e nestes serão decididas pelo juiz. 
DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
	Trata-se de tema não tão relevante às Provas as quais prestaremos.
	Os Procedimentos Especiais são aqueles que, em razão de suas especificidades, necessitam de tratamento processual diferente daquele ofertado no Procedimento Comum (Processo de Conhecimento). Várias são as espécies de Procedimentos Especiais e, por óbvio, não temos motivos para tratar de todos aqui. 
	Importante ressaltar que não estudaremos o procedimento de inventário, tendo em vista que não há relevância direta às provas de estágio do Ministério Público Estadual, embora importante ao Direito Processual Civil. 
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
	De forma sucinta, a Consignação em Pagamento é uma ação proposta pelo devedor, em face do credor, quando este não pode ou se recusa em receber o valor da obrigação pelo devedor assumida. Em outras palavras, “o devedor quer pagar, mas o credor não quer ou não pode receber”.
	Sendo assim, diante da recusa em receber o valor, o devedor fará um depósito judicial, de forma a “adimplir” com a obrigação ora assumida. 
	A Ação de Consignação em Pagamento está disposta a partir do art. 539 do CPC. Vejamos: 
Art. 539. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida.
§ 1º Tratando-se de obrigação em dinheiro, poderá o valor ser depositado em estabelecimento bancário, oficial onde houver, situado no lugar do pagamento, cientificando-se o credor por carta com aviso de recebimento, assinado o prazo de 10 (dez) dias para a manifestação de recusa.
§ 2º Decorrido o prazo do § 1º, contado do retorno do aviso de recebimento, sem a manifestação de recusa, considerar-se-á o devedor liberado da obrigação, ficando à disposição do credor a quantia depositada.
§ 3º Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao estabelecimento bancário, poderá ser proposta, dentro de 1 (um) mês, a ação de consignação, instruindo-se a inicial com a prova do depósito e da recusa.
§ 4º Não proposta a ação no prazo do § 3º, ficará sem efeito o depósito, podendo levantá-lo o depositante.
Art. 540. Requerer-se-á a consignação no lugar do pagamento, cessando para o devedor, à data do depósito, os juros e os riscos, salvo se a demanda for julgada improcedente.
Art. 541. Tratando-se de prestações sucessivas, consignada uma delas, pode o devedor continuar a depositar, no mesmo processo e sem mais formalidades, as que se forem vencendo, desde que o faça em até 5 (cinco) dias contados da data do respectivo vencimento.
	Conforme estudamos quando vimos a “Petição Inicial”, percebemos que existem ações em que a Inicial conterá mais requisitos do que aqueles previstos no art. 319 do Código de Processo Civil. Este é o caso. A Petição Inicial nas ações de Consignação em Pagamento, o autor requererá: I - o depósito da quantia ou da coisa devida, a ser efetivado no prazo de 5 (cinco) dias contados do deferimento e; II - a citação do réu para levantar o depósito ou oferecer contestação. No caso do inciso I, na hipótese de não ser realizado o depósito,o processo será extinto sem resolução do mérito. 
	Por outro lado, poderá o réu alegar na contestação: 
a - não houve recusa ou mora em receber a quantia ou a coisa devida;
b - foi justa a recusa;
c - o depósito não se efetuou no prazo ou no lugar do pagamento;
d - o depósito não é integral.
	Caso recorrente em provas é a hipótese em que há dúvida sobre quem deva receber o pagamento pelo devedor. Nestes casos, o art. 548 do Código de Processo Civil nos traz qual é procedimento necessário. Vejamos: 
Art. 547. Se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o pagamento, o autor requererá o depósito e a citação dos possíveis titulares do crédito para provarem o seu direito.
Art. 548. No caso do art. 547:
I - não comparecendo pretendente algum, converter-se-á o depósito em arrecadação de coisas vagas;
II - comparecendo apenas um, o juiz decidirá de plano;
III - comparecendo mais de um, o juiz declarará efetuado o depósito e extinta a obrigação, continuando o processo a correr unicamente entre os presuntivos credores, observado o procedimento comum.
Art. 549. Aplica-se o procedimento estabelecido neste Capítulo, no que couber, ao resgate do aforamento.
DOS EMBARGOS DE TERCEIRO
	O próprio conceito legal do CPC é suficiente para termos um ideia do que consiste este procedimento: 
Art. 674. Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de constrição sobre bens que possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou sua inibição por meio de embargos de terceiro. § 1º Os embargos podem ser de terceiro proprietário, inclusive fiduciário, ou possuidor 
	Quem pode ser considerado “Terceiro” para o ajuizamento dos Embargos de Terceiros?
I - o cônjuge ou companheiro, quando defende a posse de bens próprios ou de sua meação,
II - o adquirente de bens cuja constrição decorreu de decisão que declara a ineficácia da alienação realizada em fraude à execução;
III - quem sofre constrição judicial de seus bens por força de desconsideração da personalidade jurídica, de cujo incidente não fez parte;
IV - o credor com garantia real para obstar expropriação judicial do objeto de direito real de garantia, caso não tenha sido intimado, nos termos legais dos atos expropriatórios respectivos.
	Qual é momento para oposição de Emgargos de Teceiro? O art. 675 do CPC nos responde:
Art. 675. Os embargos podem ser opostos a qualquer tempo no processo de conhecimento enquanto não transitada em julgado a sentença e, no cumprimento de sentença ou no processo de execução, até 5 (cinco) dias depois da adjudicação, da alienação por iniciativa particular ou da arrematação, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta.
Parágrafo único. Caso identifique a existência de terceiro titular de interesse em embargar o ato, o juiz mandará intimá-lo pessoalmente.
	Qual é o juízo competente para a oposição de Embagos de Terceiro? Os embargos serão distribuídos por dependência ao juízo que ordenou a constrição e autuados em apartado. Nos casos de ato de constrição realizado por carta, os embargos serão oferecidos no juízo deprecado, salvo se indicado pelo juízo deprecante o bem constrito ou se já devolvida a carta 
	Os Embargos de Terceiro podem ser contestados? Sim, no prazo de 15 dias. 
	O Embargado poderá fazer alegações frente aos embargos do credor com garantia real? Sim. Somente que:
I - o devedor comum é insolvente;
II - o título é nulo ou não obriga a terceiro;
III - outra é a coisa dada em garantia.
DA AÇÃO MONITÓRIA
	A ação monitória poderá ser proposta por aquele que afirmar, com base em prova escrita, sem eficácia de título executivo, ter direito de exigir do devedor capaz:
I - o pagamento de quantia em dinheiro;
II - a entrega de coisa fungível ou infungível ou de bem móvel ou imóvel;
III - o adimplemento de obrigação de fazer ou de não fazer.
	Deverá o autor na inicial explicitar: 
I - a importância devida, instruindo-a com memória de cálculo;
II - o valor atual da coisa reclamada;
III - o conteúdo patrimonial em discussão ou o proveito econômico perseguido.
	É admissível ação monitória em face da Fazenda Pública. Na ação monitória, admite-se citação por qualquer dos meios permitidos para o procedimento comum. Os embargos podem se fundar em matéria passível de alegação como defesa no procedimento comum. Na ação monitória admite-se a reconvenção, sendo vedado o oferecimento de reconvenção à reconvenção. 
	Cabe apelação contra a sentença que acolhe ou rejeita os embargos. 
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