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Laboratório de 
Instrumentação 
Biomédica
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. Deny Anderson dos Santos
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Microscopia
• Introdução ao Tema;
• Indicação de Leitura Obrigatória;
• Material Complementar.
• Fornecer aos alunos conhecimento teórico sobre a utilização da principal ferramenta de 
trabalho do profi ssional biomédico: o microscópio;
• Abordar as principais características do microscópio de luz, bem como sua anatomia 
detalhada, favorecendo a leitura e a análise de materiais biológicos pelo profi ssional da 
saúde habilitado.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
Microscopia
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas:
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de 
aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Microscopia
Introdução ao Tema
O Microscópio vem de duas palavras gregas e quer dizer “pequeno” e “observar”.
Não se sabe exatamente quem o inventou, mas dizem que o microscópio foi 
inventado por Zacarias Janssen, óptico holandês, haja vista que ele deu um de pre-
sente ao arquiduque da Áustria, em 1590.
Depois desse, muitos outros modelos foram aperfeiçoados para as mais variadas 
aplicações, que vão desde a Biologia até, mais recentemente, à Microeletrônica e à 
Astronomia (em observação minuciosa de fotos tiradas com telescópios potentes).
O avanço da Eletrônica e da Engenharia em si, tem permitido, hoje em dia, que 
se produzam instrumentos ópticos de grande precisão e comodidade para quem 
os utiliza.
Vale citar como exemplo um microscópio que faz uso de uma tela de cristal 
líquido colorido de alta resolução para a visualização das amostras, e cujo sistema 
óptico fica restrito a uma espécie de caneta óptica ligada por um cabo óptico (fibra 
óptica) ao sistema de processamento digital da imagem.
As dimensões geométricas de estruturas implementadas por processos de mi-
croeletrônica estão diretamente ligadas ao desempenho do circuito integrado.
Assim, no controle da fabricação de circuitos integrados e dispositivos microele-
trônicos, é necessário verificar e medir a geometria das estruturas construídas na 
superfície dos wafers.
Devido à alta integração, esse controle torna-se impossível de ser feito a olho nu 
ou mesmo com uma lupa simples.
Assim, na verificação de produtos, o microscópio ajuda a visão humana a ins-
pecionar os padrões das lâminas de semicondutores, na fabricação dos circuitos 
integrados e dispositivos de microeletrônica de todos os tipos, o microscópio é 
necessário para verificar e medir as estruturas que são produzidas na superfície das 
lâminas e que constituem os dispositivos.
Com o aumento da integração desses circuitos, necessita-se de maior atenção 
para controlar o processo.
O que pode não ser óbvio é o contexto em que se inserem os microscópios óp-
ticos nesse controle. Contudo, essa classe de instrumentos de medidas diretas tem 
continuamente experimentado sua própria forma de evolução, de modo a perma-
necer em muitas áreas do processamento de lâminas.
Pode-se citar, também, os testes elétricos que são de difícil realização, além da 
possibilidade de destruição do dispositivo.
Mesmo a alocação das pontas de prova exige precisão ou, em padrões de re-
sistes em circuitos integrados, as soldas das juntas é o mais importante. Também, 
em alguns casos, a única forma de observação, envolvendo o olho humano, é por 
meio de um microscópio óptico. É nesse contexto que se inserem as técnicas de 
microscopia óptica.
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9
Muitos fabricantes de produtos eletrônicos têm produzido sistemas ópticos, parcial 
ou totalmente automatizados, que superam a capacidade humana, com auxílio de 
um microscópio em algumas tarefas. Entretanto, o microscópio óptico permanece.
Com os recursos das ferramentas de CAD, os fabricantes de microscópios são 
capazes de projetar sistemas de lentes que têm ampliações ou resoluções que atin-
gem o limite do comprimento de onda da luz.
Além do mais, maiores esforços têm sido feitos com relação ao aprimoramento 
das características de estabilidade e ergonomia (conjunto de estudo, que visam à 
organização metódica do trabalho em função do fim do proposto e das relações 
entre homem e máquina). 
Diante da importância da microscopia óptica na caracterização de microeletrô-
nica, esse material apresenta as técnicas e a construção dos mais variados tipos de 
microscópios, cujo emprego em Microeletrônica vai desde o controle de fabricação 
até a caracterização, a análise de falhas e a Engenharia Reversa.
Microscópio Óptico – Aspectos Gerais
O microscópio é um dos instrumentos mais versáteis e utilizados no Laboratório 
de Semicondutores. Para tamanhos característicos menores que submicrons, seu 
uso se torna inviável.
A utilização do microscópio ótico não se restringe apenas a análise de carac-
terísticas dos circuitos integrados. Ele é também usado para analisar partículas 
encontradas nos circuitos e, ainda, é frequentemente usado para olhar e medir o 
tamanho, o tipo e a densidade de defeitos em circuitos semicondutores.
A identificação e a análise de partículas requerem certa prática e habilidade por 
parte do microscopista. A técnica é mais usada para partículas maiores de 1 mi-
crômetro e as análises dependem da combinação entre os desconhecimentos dos 
dados e o que se sabe sobre as partículas.
O microscópio apresenta dois sistemas de lentes convergentes; a objetiva e a 
ocular. A objetiva é um conjunto de lentes que apresenta pequena distância focal e 
que fornece uma imagem real e aumentada do objeto que é observado.
A ocular, também formada por lentes convergentes, funciona como uma 
lupa, que nos dá uma imagem virtual e aumentada da imagem real que se for-
mou pela objetiva.
A objetiva e a ocular são dispostas nas extremidades de um cilindro oco, cons-
tituindo a coluna do microscópio, e que possui a capacidade de se aproximar ou 
afastar da amostra para que se tenha a focalização perfeita. Isso é realizado por 
intermédio de uma cremalheira que se acha associada a uma roda dentada.
A potência do microscópio é resultado do produto da ampliação linear da obje-
tiva pela potência da ocular; seu valor será elevado quando as distâncias focais da 
objetiva e da ocular forem pequenas.
9
UNIDADE Microscopia
O poder separador, ou distância mínima distinguívelentre dois pontos, é limitado 
pela difração da luz. Assim, se o feixe de luz incidente tiver uma abertura angular 
grande e utilizarmos lentes de inversão, o poder separador será melhorado, pois se 
elimina a difração das bordas da lente.
Componentes do Microscópio
Um microscópio, em sua constituição simples, é formado por três elementos: 
um sistema óptico de ampliação, uma fonte de luz e um estágio de visualização.
A complexidade total do sistema é aumentada dramaticamente quando se tenta 
aumentar a capacidade de ampliação e a qualidade de imagem.
Sistema de Lentes
A ocular é, geralmente, a mais usada, e é referenciada como do tipo de Huygens. 
Suas principais características são a simplicidade de construção, o baixo custo e o 
desempenho adequado para muitas aplicações.
Contudo, ela possui cobertura de campo limitada e uma pequena tensão de re-
laxamento, que é a propriedade que a lente possui de evitar o cansaço da visão em 
observações muito longas.
Temos, ainda, outros quatro tipos de oculares usadas nos microscópios. São elas 
a Hi-Point, Widefield, Hyperplane Compensating e Ultraplane.
A Hi-Point oferece a vantagem de uma tensão de relaxamento maior (isto é bom 
para pessoas que usam óculos) e possui a desvantagem de ter uma cobertura de 
campo limitada.
A Widefield oferece a maior cobertura de campo do que qualquer outra ocular 
e oferece uma tensão de relaxamento igual ao da Hi-Point.
A ocular Hyperplane Compensating é idêntica ao modelo de Huygens exceto 
que, por uma diferença na construção, ela evita a aberração cromática lateral, isto 
é, distorções das cores na parte periférica do campo de observação, que é comum 
nas outras oculares.
A ocular Ultraplane é projetada especificamente para aplicações fotográficas. 
Possui uma correção óptica excelente, exceto pela distorção que está presente em 
alguns graus.
Resolução
A luz pode ser obtida tanto na forma de ondas quanto na forma de partículas.
Para fins de explicação dos resultados experimentais, usa-se o conceito de on-
das; para outros, o conceito de partículas.
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11
Segundo Raleigh, dois objetos podem ser distinguidos quando o máximo central 
de um coincide com o primeiro mínimo do outro, a intensidade entre dois picos 
descreve 80% do pico inicial.
Sistema Óptico
O Sistema óptico é formado por:
1. Sistemas de Iluminação (abaixo da platina):
a) Fonte de luz; 
b) Condensador; 
c) Diafragma; 
d) Objetivas; 
e) Ocular(es).
A imagem de um objeto pode ser ampliada quando observada por meio de 
uma simples lente de vidro. Combinando um número de lentes de forma correta, 
pode-se construir um microscópio que permitirá a obtenção de imagens em gran-
des aumentos.
A primeira lente de um microscópio de luz é a que está mais próxima do objeto 
sendo examinado (amostra) e, por essa razão, é chamada de objetiva.
Inicialmente, a luz da fonte luminosa do microscópio, geralmente uma lâmpada 
embutida no equipamento, passa pelo condensador, que forma um cone de luz bem 
definido, concentrando a luz em direção à amostra.
A luz passa por ela e, em seguida, pela objetiva que, então, projeta uma imagem 
real, invertida e aumentada da amostra em um plano fixo dentro do microscópio, 
chamado plano intermediário da imagem.
Nessa etapa, a imagem parece estar “flutuando” em um espaço de cerca de 
10 mm abaixo do topo do tubo de observação do microscópio.
A lente ocular é o mais distante componente óptico da amostra e serve para au-
mentar, posteriormente, a imagem real projetada pela objetiva. Dessa forma, a ocular 
produz uma imagem secundária aumentada, que é captada pelo olho do observador.
O aumento total do objeto observado é calculado multiplicando-se os valores do 
aumento da ocular e da objetiva.
Por exemplo, ao se usar uma ocular de 10X com uma objetiva de 4X, a imagem 
final do objeto estará aumentada 40X.
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UNIDADE Microscopia
Figura 1 – Trajetória da Luz no microscópio
Fonte: Adaptado de Junqueira, 2012
Especificações da Lente Objetiva
As lentes objetivas não diferem entre si apenas quanto ao aumento. Existem di-
ferentes tipos de lentes, dependendo do material usado na construção, da finalidade 
da lente e de sua especialização.
Algumas características influenciam na qualidade da imagem, oferecendo maior 
ou menor grau de correção de aberrações. As mais sofisticadas têm custo elevado e 
são, de maneira geral, usadas para fins de pesquisa. As especificações de cada lente 
objetiva são fornecidas pelo fabricante e vêm indicadas na própria lente.
Figura 2 – Especificação da lente objetiva
Fonte: Adaptado de Junqueira, 2012
12
13
Tipos de objetiva com qualidade óptica
Tipos de objetivas, de acordo com a qualidade óptica:
1. Acromáticas: são as mais simples e baratas, presentes em microscópios 
comuns;
2. Semiapocromáticas: construídas com fl uorita, um material que propor-
ciona alguma correção para aberrações;
3. Apocromáticas: fornecem correção ampla para as aberrações;
4. Planacromáticas: além de proporcionar correção, são ótimas para foto-
micrografi as, pois o campo fi ca todo em foco;
5. Planapocromáticas: são as melhores e as mais caras, combinando as 
correções das apocromáticas e planacromáticas, o que resulta em gran-
de resolução.
Códigos de cores das lentes objetivas
Ao usar o microscópio, observe que cada lente objetiva tem uma marcação (anel) 
com determinada cor, que ajuda na identificação rápida do aumento a ser utilizado.
A presença desses códigos é bastante útil quando se utiliza um equipamento 
contendo muitas objetivas. As objetivas de imersão têm código adicional de cor, que 
indica o meio de imersão que deve ser usado.
Tabela 1 – Código de cor vinculado ao aumento das lentes objetivas
Aumento Código de Cor
2X ou 2,5X Marrom
4X ou 5X Vermelho
10X Amarelo
16X ou 20X Verde
40X ou 50X Azul claro
60X Azul claro
100X – óleo Preto
100X – glicerina Laranja
Fonte: Cooper, 2009. 718 p
Sistema Mecânico
Um microscópio, para ser realmente útil, deve ter uma boa estabilidade mecânica. 
Em particular, qualquer vibração entre a lâmina e o corpo do microscópio deve ser 
reduzida ao mínimo absoluto, vez que tal vibração pode ser aumentada pelo próprio 
fator de ampliação do microscópio.
Em outros instrumentos, uma vibração de milésimos de milímetro entre as par-
tes pode ser completamente desprezível, mas em um microscópio, isso poderia se 
tornar uma característica muito indesejável.
13
UNIDADE Microscopia
Assim, a base e o braço de um microscópio devem fornecer uma rígida estrutura 
de suporte para a plataforma de amostra (ou platina) e o corpo como um todo, e 
que seja suficiente para resistir às vibrações normais presentes num Laboratório.
Em um microscópio, há dois sistemas de focalização da amostra: a focalização 
comum e a focalização fina.
O primeiro sistema consiste de um mecanismo de direção que move o braço ou 
o plano de amostra. Na maioria dos modelos modernos, o movimento é feito pelo 
plano de amostra. No primeiro passo para a obtenção da imagem da amostra, 
utiliza-se esse tipo de focalização.
A partir daí, utiliza-se a focalização fina, em que os movimentos são precisamente 
controlados para obter uma profundidade de foco em torno de 0.2um ao usar objeti-
vas de alta potência de ampliação.
O sistema completo consiste de uma fonte de luz, um condensador de ilumina-
ção, um diafragma de campo, um espelho ajustável, um condensador de foco e um 
diafragma de abertura. O diafragma que equipa o condensador é responsável pelo 
controle da abertura angular do cone de luz para a iluminação da amostra.
Em um microscópio, podemos ter o sistema de iluminação situado abaixo ou 
acima do plano de amostra. Para amostras opacas, como é o caso em microele-
trônica, os microscópios utilizados caracterizam-se pela iluminação proveniente da 
parte superior do plano de amostra.
A maioria dos microscópios disponíveis para a indústria de semicondutores uti-
lizam os sistemas de iluminação de campo claro (brigthfield), do campo escuro 
(darkfield) e de interferênciadiferencial. Alguns microscópios também possuem 
sistemas de iluminação de fluorescência.
No modo de iluminação de campo claro, a luz viaja ao longo do eixo óptico, 
por meio da objetiva, em direção à amostra que está sendo observada. A amostra, 
então, é vista pela luz que ela reflete.
Filtros especiais são utilizados para abrandar a luz e aumentar o contraste.
A microscopia de campo claro é a técnica mais utilizada nas aplicações de se-
micondutores, fornecendo a melhor imagem e informação de toda a amostra. É 
considerado um excelente modo para se examinar uma superfície polida.
No modo de iluminação de campo escuro, a luz é direcionada para o exterior do 
cone, que a objetiva compreende para iluminar a lâmina obliquamente.
Somente a luz que é refletida ou difratada pelas características da amostra entra 
na objetiva. Assim, a amostra aparece como um fundo preto com as características 
refletidas ou difratadas aparecendo com brilho.
A iluminação de campo escuro aumenta a visibilidade de detalhes que são fre-
quentemente ignorados pela iluminação de campo claro. Mesmo detalhes estru-
turais pequenos, que se encontram abaixo do limite de resolução da objetiva, são 
14
15
visíveis com campo escuro (esta maior visibilidade, que é mais parecida com a 
observação das estrelas mais distantes à noite, não é um aumento na resolução).
A microscopia de campo escuro é uma técnica excelente para uma varredura 
rápida, com amplo campo de visão para partículas, ranhuras ou resíduos químicos.
A microscopia que utiliza o contraste por interferência diferencial revela diferen-
ças nos feixes refletidos de luz polarizada separada por um prisma.
Pode ser visto um efeito tridimensional sobre a reflexão da amostra. Em adição, 
devido à diferença nos caminhos ópticos, uma amostra vista com microscopia de 
interferência, frequentemente, aparece colorida pelo sistema óptico.
Em outras palavras, a diferença de fase dos feixes de luz está usualmente associada 
com a topologia da lâmina. Assim, a microscopia de interferência revela, numa visão 
parecida com a tridimensional, detalhes na superfície da lâmina, tais como buracos, 
fissuras e falhas, que são comumente invisíveis na iluminação comum de luz refletida.
Na microscopia de fluorescência, a luz ultravioleta causa aos materiais orgânicos 
e inorgânicos a emissão de radiações características de luz visível.
Substâncias orgânicas, as maiores contaminadoras de microcircuitos, fluorescem de 
modo mais brilhante do que os materiais inorgânicos que compõem o semicondutor.
A área de aplicação da microscopia de fluorescência de luz incidente inclui a de-
tecção do fotoresiste ou outros resíduos orgânicos e de diferenças da espessura (ou 
estrias) nas camadas de fotoresiste.
As opções de campo escuro e claro, geralmente combinadas aos modos de 
interferência diferencial ou fluorescência, são, usualmente, disponíveis no mesmo 
microscópio e um operador pode facilmente trocar um pelo outro.
Além disso, tem-se a possibilidade de escolha entre luz incidente ou transmitida.
Figura 3 – Sistema mecânico do microscópio (Esq.). Componentes Gerais do microscópio de luz (Dir.)
Fonte: Cooper, 2009; Junqueira, 2012
15
UNIDADE Microscopia
Assim, de acordo com o que foi descrito, podemos concluir que a microscopia 
óptica continua sendo – e será ainda por um longo tempo, uma técnica bastante 
utilizada na Indústria de Microeletrônica.
Apesar de o microscópio tornar a inspeção humana de lâminas tediosa e subjeti-
va devido às geometrias cada vez mais reduzidas, a automação crescente vem, por 
outro lado, resolver esse problema.
Os microscópios tradicionais têm como vantagens a disponibilidade, custo rela-
tivamente baixo, se comparados aos equipamentos de outras técnicas, proporcio-
nam medida não destrutiva da amostra e neles é possível analisar toda a lâmina.
A desvantagem está na sua resolução e precisão limitadas pelos sistemas ópticos 
tradicionais. Contudo, ainda é o meio mais prático para medidas qualitativas.
16
17
Indicação de Leitura Obrigatória
ALMEIDA, Lara Mendes de; PIRES, Carlos Eduardo de Barros Moreira; COELHO, Alexander 
Brilhante. Microscopia: contexto histórico, técnicas e procedimentos para observação de 
amostras biológicas. São Paulo: Érica, 2014. 120p.
Ex
pl
or
Os diferentes tipos de microscópios e as técnicas de preparo de materiais comu-
mente utilizadas em Laboratórios são destacados nesta obra.
Propõe-se uma discussão sobre as aplicações dos microscópios em processos que 
envolvem a observação de amostras biológicas, desde o preparo de lâminas até a es-
colha de aparelhos, lentes e técnicas adequadas para o que se deseja observar. Inicia 
o estudo com um breve relato da história do uso do microscópio. Apresenta a diver-
sidade de microscópios ópticos e eletrônicos, seus componentes, usos particulares 
e a importância que esses aparelhos tiveram em diferentes áreas do conhecimento. 
Procedimentos como cortes de amostras e técnicas de coloração para o preparo de 
lâminas são abordados, com atenção aos processos físicos e químicos relacionados. 
O conteúdo pode ser aplicado aos cursos Técnicos em Análises Clínicas, Análises 
Químicas, Biotecnologia, Citopatologia, Enfermagem, Farmácia, Hemoterapia, Ne-
cropsia e Óptica, entre outros;
DE ROBERTIS, Edward M. Biologia celular e molecular. 16.ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan 2014. (Recurso on-line). Ex
pl
or
À medida que a quantidade de informações em Biologia aumenta exponencial-
mente, é cada vez mais importante que os Livros tenham a capacidade de transfor-
mar grandes volumes de conhecimento científico em princípios concisos e concei-
tos duradouros. Assim como em edições anteriores, a biologia molecular da célula 
atinge esse objetivo com seu texto claro e transparente, aliado a ilustrações de 
alta qualidade e explicações de abordagens matemáticas necessárias para a análise 
quantitativa das células, moléculas e sistemas. Além disso, as técnicas mais inova-
doras de colorações e microscopias estão disponíveis nesta leitura;
JUNQUEIRA, Luiz Carlos Uchoa; CARNEIRO, José. Histologia básica: texto e atlas. 13.ed. Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. 554p.Ex
pl
or
Livro clássico sobre conceitos de Biologia Celular, bem como as metodologias 
de aplicação científica e diagnóstica. Além disso, existem razões práticas para que 
a Biologia Celular faça parte da educação de todos: somos feitos de células, nos 
17
UNIDADE Microscopia
alimentamos de células, e nosso mundo é habitável por causa das células. O desafio 
para os cientistas é aprofundar o conhecimento e descobrir novas maneiras de 
aplicá-lo, seja na Saúde humana, seja em temas de interesse global, como mudança 
ambiental, tecnologia biomédica, agricultura e doenças epidêmicas;
PIRES, Carlos Eduardo de Barros Moreira. Biologia celular: estrutura e organização molecular. 
São Paulo: Erica 2014. (Recurso on-line).Ex
pl
or
Organizado de maneira didática e integrada, desde os temas mais simples aos 
mais complexos, apresenta o estudo dos componentes da célula em um critério 
funcional, a fim de facilitar a associação de seus tópicos com os das outras Disci-
plinas biológicas.
O texto atende aos programas tradicionais das ciências médicas e aos baseados 
na autoaprendizagem e na resolução de problemas. São 23 capítulos ampliados e 
atualizados para oferecer os avanços mais recentes da área, com ilustrações em 
cores e eletromicrografias que realçam o projeto gráfico focado no rápido acesso 
às informações pelo leitor. É destinado a estudantes de Graduação em Ciências 
Biológicas e Biotecnológicas, bem como a estudantes de Medicina, Agronomia, Ve-
terinária e de campos afins. Todos os Capítulos apresentam atualidades no assunto, 
em especial, as seções correspondentes à migração celular, os revestimentos das 
vesículas transportadoras do sistema de endomembranas, a incorporação de prote-
ínas à mitocôndria, a transmissão intracelular de sinais, a passagem de moléculas 
por meio do complexo do poro, a importânciado RNAxist, as propriedades dos 
miRNA (microRNA), a influência do enrolamento da cromatina sobre a atividade 
dos genes (código histônico), o ribossoma, a síntese da cadeia atrasada do DNA, 
os telômeros, o complexo sinaptonêmico, a morte celular, a análise da função dos 
genes com a ajuda de RNA pequenos de interferência etc.
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19
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
Aula microscopia Parte 1
https://youtu.be/_8ZDjDkA0kI
Microbiologia: Aula 10 - Microscopia eletrônica de varredura
https://youtu.be/p9a2x1riaCI
Microbiologia: Aula 6 - Microscopia de contraste de fase
https://youtu.be/YGPVDDva62w
Microbiologia: Aula 5 - Microscopia de campo escuro
https://youtu.be/EGLASemaowk
Microbiologia: Aula 8 - Microscopia confocal
https://youtu.be/GC9hEdRbc0w
 Leitura
O microscópio – Um pouco sobre a sua história
https://bit.ly/2UR4VbI
19
UNIDADE Microscopia
Referências
BURGGRAAF, Pieter. Guidelines for Optical Microscopy, Semiconductor 
International, EUA, v. 8, n. 2, p. 54-62, 1985.
BURGGRAAF, Pieter. Wafer Inspection for Defects. Semiconductor 
International, EUA, v. 8, n 7, p. 54-65, 1985.
COOPER, Geoffrey M. A celula: uma abordagem molecular. 3. ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2009. 718 p.
DEY, Jim. In-Process Wafer Test and Measurement, Semiconductor International, 
EUA v. 11, n. 1, p. 52-55, 1988.
HINKELMANN, Hansjoachim. Scanning Laser Microscopy. Semiconductor 
International, Alemanha, v. 8, n. 2, p. 92-96, 1985.
JUNQUEIRA, Luiz Carlos Uchoa; CARNEIRO, José. Biologia celular e molecular. 
9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. 364 p.
KINGSLAKE, Rudolf. Applied Optics and Optical Engineering. Alemanha, 
7. v. IV. Parte I. p. 31-93.
MASI, C. G. Selecting an Optical Microscope. Test & Measurement World, 
EUA, v. 8, n. 2, p. 47-67, 1988.
PAUL, Dennis F.; HAMMOND, John S. Interface Characterization of Thin Film 
Structures, Microeletronic Manufacturing and Testing, Reino Unido, v. 13, 
n. 5, 1990.
PIERCY, Rob, Small Spot Surface Analysis Techniques, Microeletronic 
Manufacturing and Testing, Reino Unido, v. 12, n. 11, p.??, 1989.
SINGER, Peter H. Life on the Edge: Measuring Critical Dimensions. Semiconductor 
International, Canada, v. 11, n 12, p. 84-87, 1988.
TOY, David A. Confocal Microscopy: The Ups and Downs of 3-D Profiling, 
Semiconductor International, EUA, v. 5, p. 120-123, 1990.
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