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REDAÇÃO PARA WEB 1

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02/05/2022 09:13 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/16
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REDAÇÃO PARA WEB
AULA 1
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Alexsandro Ribeiro
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CONVERSA INICIAL
Olá, tudo bem? Começa aqui nossos estudos sobre redação para ambiente digital. Vamos
abordar os gêneros jornalísticos empregados na rede, seus usos nas mais diferentes produções
digitais e aprender a produzi-los em todo o processo da construção da reportagem multimídia,
desde a preparação da pauta até a sua publicação. Aqui, veremos o quanto é importante a pesquisa,
a checagem e a redação na web propriamente dita. Aprenderemos características específicas desse
gênero permeado de links e hipertexto, com suas multifuncionalidades, personalização e
interatividade. Então, vamos aos estudos!
CONTEXTUALIZANDO
Cada espaço no meio digital demanda uma postura de redação. Portais de notícias, sites
institucionais, os blogs, as redes sociais, em cada um desses locais precisamos de profissionais
capacitados para redigir textos no formato digital, que carregam com ele características próprias que
diferem do texto de outros veículos noticiosos, como o impresso (jornais, revistas), televisivo e o
texto para rádio.
Escrever o texto para a mídia digital é diferente de escrever para a mídia impressa,
principalmente por estar disponível em outro dispositivo, que pode ser a tela do computador, de um
Ipad e do seu celular. Por isso, a regra número um é se manter atualizado, acompanhar as tendências
de cada rede social que já existe e ficar atento para as novas formas de escrever e se posicionar na
web, conforme as tendências e mudanças vão surgindo. Para iniciarmos o percurso sobre tais
elementos, abordaremos os seguintes temas:
o texto na web;
diferenças da web em relação a outros veículos;
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perfil do redator – multifuncional;
gêneros do texto na web; e
o texto para web na atualidade – desafios e transformações.
TEMA 1 – O TEXTO NA WEB
Sem dúvidas, o meio digital tornou-se a maior fonte de informações. Uma busca simples no
Google resulta em uma infinidade de páginas com conteúdos de todos os tipos. É um “sem fim” de
conteúdo, que muitas vezes nos perdemos nesse dilúvio de informações, expressão utilizada por
Pierre Levy, filósofo e sociólogo que estuda o impacto da Internet na sociedade. Nesse mundo virtual,
bastam poucos minutos para se informar. Como destaca Bozza (2018, p. 111), o usuário de
informação digital “é mais participativo e volátil, migra e interage nos canais de informação
com rapidez”. Assim, perdemos um tipo de leitor, aquele baseado no impresso, mas ganhamos
outro, que, muitas vezes sem perceber, passa horas na frente do computador consumindo
informação.
Hoje, o leitor possui uma fonte de informação muito maior e dificilmente mantém-se fiel a um
determinado veículo de comunicação. Isso sem mencionar a lógica da convergência e das
interconexões dos meios, que pressiona para que um texto seja cada vez mais uma ponte entre
as mídias e que conduza o leitor a partir do conteúdo, e não mais mantendo-o preso a um
meio apenas. É por isso que, logo nesse primeiro tema, reunimos algumas dicas básicas de como
escrever no meio digital com base na leitura disposta nas bibliografias básica e complementar deste
estudo, que auxilia em estabelecer um texto conectado com o meio online. Preparado(a) para as
dicas? Então, vamos lá!
Utilize frases curtas – Regra número 1 é abusar das frases curtas. Sempre é possível reduzir a
frase e ser mais direto. Frases curtas garante a comunicação de forma fácil e direta. Além disso,
períodos curtos darão ritmo à frase sem tornar o seu texto cansativo.
Leia o texto em voz alta – A importância é o ritmo de cada frase, vale a pena ler em voz alta.
Moura (2002, p. 56) ensina: “[...] se o ar faltou na leitura de alguma frase ou se alguma ação
soou engraçada ou confusa, o texto não está claro”.
Parágrafos curtos – A leitura em meios digitais pode se tornar cansativa. Assim, é fundamental
que os parágrafos sejam diretos, curtos e que garantam maior agilidade de leitura. Para Pinho,
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algo que pode colaborar são parágrafos menores, com “no máximo cinco ou seis linhas” (Pinho,
2003, p. 212). Para evitar embaralhamento na leitura, o ideal é também dividir o texto em
seções.
Linguagem coloquial – É preciso sempre avaliar o veículo e suas características. Textos em
portais de notícias tendem à linhagem noticiosa. Contudo, quando a notícia desse mesmo
portal é compartilhada ou publicada em redes sociais, a transposição pode abrir espaço para
uma linguagem mais leve e menos formal.
Utilize hiperlinks – Os links dão mobilidade e tridimensionalidade ao texto. Ou seja, deve-se
quebrar a lógica linear do texto no impresso. “No jornalismo digital, é possível navegar pela
estrutura da informação sem uma sequência definida” (Bozza, 2018, p. 116). Por meio dos links,
você vai conduzindo o leitor a navegar de um texto ao outro, complementando a leitura. A
partir dos links, podemos falar “mais” com menos, e ainda permitir ao leitor textos com
camadas de informações.
Concisão – Ao ser conciso, você está poupando o leitor de se cansar com o seu texto. Qualquer
tipo de cansaço ou distração, o internauta é o primeiro tipo de leitor que irá desistir de ler o
restante do post, dado o tamanho de atrativos que ele tem ali a apenas um clique.
Interação – Comparando-se a outros veículos, um diferencial do texto para a web é a interação.
Para quem dizia que o rádio era o meio de comunicação que mais oferecia interação com o
público, a internet deu um show nesse quesito. A possibilidade de comunicação entre autor e
leitor é imensa. Tudo isso torna essa experiência agradável e possibilita avaliar, a cada interação,
o que o seu leitor pensa sobre os seus artigos. Esse feedback lhe trará importantes informações
do grau de relevância do seu conteúdo.
Todas as dicas de gramática já conhecidas permanecem – Não é porque escrever para a web
é mais informal que você esquecerá as normas gramaticais. A boa escrita faz diferença, sim!
Portanto, atenção ao bom português.
Acreditamos que já deu para você perceber como o texto para web tem características próprias e
diferentes de todos os outros veículos. Seja qual área você for atuar dentro do Jornalismo,
dificilmente irá escapar de escrever textos para o meio on-line. Se a sua intenção é ser um bom
redator virtual e ter leitores que irão te seguir e dar preferência para o texto que você escreve, tenha
em mente essas dicas e saiba tirar vantagem de cada peculiaridade que a web oferece.
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TEMA 2 – DIFERENÇA DA WEB EM RELAÇÃO A OUTROS VEÍCULOS
A web é uma ferramenta de comunicação que possui características distintas de outros veículos
tradicionais, como a televisão, o rádio, o jornal e a revista. Isso você já pode ter percebido quando leu
as dicas de como escrever para a web, que você viu no tema anterior.
Cada diferença que você pôde perceber, como linguagem coloquial, textos e parágrafos
curtos, interatividade, utilização de hiperlinks e acessibilidade, fazem da internet uma
ferramenta de comunicação dinâmica, rápida e que vem mudando, até mesmo, as outras mídias,
que precisam se adaptar e se modernizar para não perder ainda mais leitores, ouvintes e
expectadores. Olhe só a análise que Rodrigues (2005) faz em relação a como a notícia era vista antes
da web:
Antes da web, a notícia era vista como um produto acabado no momento em que era impressa ou
transmitida por meios audiovisuais. Ela podia render desdobramentos (suítes) que na verdade eram
considerados novas notícias. Além disso, ao ser publicada ou transmitida, a notícia off-line tinha um
período de vida muito curto e ia rapidamentepara o arquivo, onde perdia quase todo o seu valor
jornalístico. (Rodrigues, 2005, p. 239)
Essa análise de Rodrigues pode fazer você se lembrar de como é a experiência de leitura de um
jornal. Ward (2007, p. 23) compara um website com muitos conteúdos a um jogo de xadrez
tridimensional. “Você pode se sentar no meio do site e avançar (imediação), para um lado (links
para sites, histórias relacionadas e interatividade) ou para baixo no arquivo do próprio site” (p.
23).
Ao ler um jornal ou uma revista, se você quer saber mais sobre determinado assunto, terá de
fazer uma busca em outros exemplares ou outros meios de comunicação. Nesse caso, o meio de
comunicação mais rápido para aprofundar o assunto que você procura é a internet. Com apenas uma
busca no Google, você encontrará o que precisa. Por isso, quando um texto é escrito na web, o
uso de hiperlinks é bem recomendado, pois levará o seu leitor ao aprofundamento do assunto
com apenas um clique.
Com a internet, ganhamos em acessibilidade e interatividade. Uma notícia em um portal, por
exemplo, estará disponível ao acesso o dia todo, podendo estar disponível por muitos anos, ao
menos que ele seja retirado do ar. A interatividade é outra característica que não deixou o produto
ser acabado no momento em que foi veiculado.
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Pinho (2003, p. 55) faz uma importante análise comparando as mídias tradicionais em relação à
internet, quando destaca que na web temos um receptor ativo.
A rede não segue os padrões da TV, cuja mensagem é levada e alardeada na sala de um
telespectador passivo. Ao contrário: com milhões de sites na Web disponíveis na rede mundial, a
audiência tem de buscar a informação de maneira mais ativa. Daí se dizer que a Web é uma mídia
pull, que deve puxar o interesse e a intenção do internauta, enquanto a TV e o rádio são mídias
push, nas quais a mensagem é empurrada diretamente para o telespectador ou ouvinte, sem que
ele tenha solicitado. (Pinho, 2003, p. 55)
A mídia tradicional é um veículo de mão única. Já com a web, a interatividade dá vida longa a
um post publicado. São diversas possibilidades de interação, como grupos de discussão, o espaço
para comentários, um compartilhamento do post que você escreveu nas páginas de pessoas e
empresas nas redes sociais. Essa interatividade dá espaço a um texto mais informal e de humanização
na web. Nos veículos impressos, principalmente o jornal, esse grau de pessoalidade é raro de
encontrar, mas é mais comum em crônicas. A linguagem jornalística tem o seu caráter mais sério,
sem dar espaço para a informalidade.
Para Ward (2007, p. 21), o jornal diário tem um relacionamento estático com o seu leitor. Outra
desvantagem, apontada por ele, são os processos de publicação da mídia tradicional. “Publicar uma
grande quantidade de jornais diariamente é um trabalho complicado, que exige sincronização de
muitas e diferentes atividades realizadas por diversas pessoas” (p. 21). Ainda sobre o fenômeno do
meio on-line como veículo de comunicação, Palacios (2002, p. 7) destaca a “quebra dos limites
físicos”, comparando-o com outras mídias: “Trata-se da primeira vez que isso ocorre, uma vez que em
todos os suportes anteriores (impresso, rádio e jornal) o jornalista convivia com rígidas limitações de
espaço (que se traduz em tempo, no caso do rádio e TV)”. Enfim, o que podemos aprender com
essas transformações é que a internet veio para mudar a forma de nos comunicarmos e buscar
informação. Para Ferrari (2003), isso causou “um impacto na mídia tradicional e também no
comportamento social da população. Não podemos deixar de assumir que a internet proporcionou
um acesso à informação de maneira única” (p. 84).
Você deve ter percebido, até então, que a redação na web mudou a maneira de escrever. Temos
uma mudança de estilo, que nos desafia a estarmos cada vez mais atualizados, informados e
antenados com a maneira com que o internauta consome a informação.
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É importante destacar que a informação da tela é lida e vista, segundo informa Franco, no livro
Como escrever para a web, configurado em um padrão F de leitura. Nesse formato, “os usuários só
veem o primeiro terço dos títulos, a primeira frase dos parágrafos e os intertítulos quando exploram
a página. Assim, à esquerda deve ir a palavra mais significativa” (Franco, 2009, p. 12).
E você deve estar se perguntando: o que isso tem a ver com a redação para a web? Quer saber?
Tudo!!! Isso mesmo, essa disposição em F de leitura faz a gente voltar à pirâmide invertida, que você
aprendeu na anteriormente sobre redação jornalística. Lembra? Vamos retomar aqui com você as
características da Pirâmide Invertida. No texto jornalístico, primeiramente, é preciso escrever um lide
(lead, em inglês) que respondesse, preferencialmente, às seis perguntas: o quê, quem, quando, onde,
como e por que. No comecinho do texto, essas perguntas são respondidas, ocupando o topo da
pirâmide invertida. Na sequência, nos próximos parágrafos, o texto se desenvolvia em ordem
decrescente de importância. Isso porque, dependendo do espaço disponível no jornal, os últimos
parágrafos poderiam ser eliminados.
Figura 1 - Pirâmide invertida de primeiro nível
Fonte: Oliveira; Ribeiro, 2021.
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Para Franco, com a popularização da Internet, um novo estilo de pirâmide precisou ser utilizado.
“Hoje, está claro que a notícia da Internet deve ser redigida com esse esquema tradicional, só que
adaptado a novas exigências” (2009, p. 13). Franco define a mudança como um “segundo nível de
utilização da estrutura de pirâmide invertida” (2009, p. 13). Nesse nível, a estrutura fica assim: no
primeiro parágrafo, o assunto principal, e nos outros vão sendo definidos subtemas, que serão
estruturados por subtítulos. Confira como fica a pirâmide neste segundo nível de utilização.
Figura 2 – Pirâmide Invertida de Segundo Nível
Fonte: Oliveira e Ribeiro (2021)
Na Pirâmide da Figura 2, chamada de invertida, segundo nível de utilização, estrutura-se o texto,
conforme analisa Franco, em subtemas independentes. Isso permite ao leitor uma independência de
cada um deles. Nesse ponto diferenciando do texto impresso, uma vez que agora a leitura pode ser
não linear dentro da mesma página. Ou seja, “o usuário poderia escolher o subtema de seu interesse
ao passar os olhos sobre o texto, a partir de sua exposição na primeira tela” (2009, p. 58).
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Mas os níveis de utilização não param por aí. Existe ainda um terceiro nível de utilização da
estrutura de pirâmide invertida. O autor/editor aproveita o potencial de entrelaçamento oferecido
pela Web. Já o usuário é “quem determina a hierarquia da informação e, em última análise, quem
constrói sua própria pirâmide” (Franco, 2009, p. 60). Ali, temos um texto linear dividido em subtemas
que aparecem em diferentes páginas da Web, conforme ilustra a figura a seguir:
Figura 3 – Pirâmide invertida de terceiro nível
Fonte: Oliveira; Ribeiro, 2021.
Nesse caso, mais uma vez, há uma ruptura da linearidade, conforme explica Franco:
Neste modelo, cada subtema deve se explicar e sustentar por si mesmo, ou seja, não depender dos
demais, apenas do principal, que foi exposto primeiro. Cada um deve ser desenvolvido seguindo a
estrutura de uma pequena pirâmide invertida. Mesmo assim, todos deveriam ter links apontando
para os demais assuntos, para facilitar a navegação do usuário. (Franco, 2009, p. 61)
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Analisando as mudanças dos novos estilos da pirâmide invertida, o que você percebe que
mudou na maneira de escrever um texto para a web que não era possível em um texto jornalístico no
meio impresso, no rádio e na TV? Conseguiu perceber que não existe mais umalinearidade de
leitura, já que quem define a ordem que um texto será lido é o leitor? No entanto, quem vai
organizar os temas, subtemas, com seus links levando a outros links, é o autor/editor.
TEMA 3 – PERFIL DO REDATOR: MULTIFUNCIONAL
Outra mudança do meio digital no jornalismo foi o perfil dos novos profissionais da web. No
meio impresso, o repórter pegava a pauta pronta elaborada pelo pauteiro, saía para a rua e em
menos de quatro horas voltava com duas, três notícias para redigir. Entregava o texto para o editor,
que editava o material com o diagramador. Além disso, no meio impresso, a equipe conta com o
editor-chefe, responsável pela redação e por todo o material publicado.
Na web, há uma convergência de veículos impressos, audiovisuais e cibernéticos (Rodrigues,
2005, p. 255). Para não ficarmos no vácuo do conceito, Jenkins (2009) aborda a convergência a partir
do comportamento das mídias e das narrativas frente aos ambientes de digitalização e de unificação
das características dos meios. Um dos objetivos foi propor uma reflexão sobre como novos
meios e as mídias já consolidadas se interconectavam e ressignificavam suas funções, interfaces
e narrativas com o cenário digital. O resultado foi uma convergência tecnológica, cultural e
comportamental.
A imprensa certamente não ficaria alheia às reflexões e impactos da cultura da convergência. No
jornalismo, a convergência não se consolidou apenas no formato de leitura e forma de oferta do
conteúdo aos leitores, mas impactou fortemente tanto nas rotinas produtivas quanto no modelo de
negócio dos jornais. Mais que agregar vídeos em matérias que eram dominantemente produzida sob
a ótica do texto escrito, a convergência mudou o perfil do profissional e a forma de pensar e
organizar a notícia. Ninguém mais produz pensando em uma mídia de forma estanque. O foco não é
o meio, mas a forma de narrativa que mais completa o conteúdo a ser ofertado. O redator, nesse
meio, é multifuncional; ele, praticamente, ocupa todas as funções dos jornalistas de um jornal
impresso, além de precisar ter domínio de vários tipos de mídia: texto, áudio, vídeo e interatividade.
Como destaca Bozza (2018, p. 15), houve uma reorganização e adaptação na forma de produzir
e de distribuir tarefas nas redações com a web. “O profissional redator do impresso dá lugar ao
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profissional multimídia e multiplataformas. A convergência midiática leva à otimização de recursos e
ferramentas estratégicas para a presença digital dos cibermeios”.
Ou seja, a realidade do jornalismo multimídia pressupõe domínios, nunca antes pensados no
meio impresso. Características profissionais, como ágil, flexível, multifuncional serão cada vez mais
exigidas. O bom disso tudo é que o meio digital está em busca de novos talentos da comunicação,
abrindo novos mercados. Nesse cenário, já está havendo a criação de novos empregos, novos
negócios e uma proliferação de profissionais autônomos, com perfil empreendedor, que não serão
mais subordinados a uma chefia, terão a sua empresa e escolherão as pessoas com quem querem
trabalhar.
Saiba Mais
Só para ter a ideia da distância entre a produção e o perfil atual do jornalista com os
profissionais que atuaram antes da web, confira o vídeo a seguir da Folha de S. Paulo em que um
repórter jovem é desafiado a realizar uma reportagem sem o auxílio de qualquer tecnologia
digital. Isso mesmo, nada de pesquisa em computador, nada de câmeras e equipamentos
digitais, e nada de se comunicar com a assessoria de imprensa por WhatsApp ou celular. Já
imaginou? Segue o link.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=_vp8EoxVVHQ&t=5s>. Acesso em: 11
fev. 2022.
TEMA 4 – GÊNEROS DO TEXTO NA WEB
A Internet causou uma revolução linguística. Você já percebeu que o avanço tecnológico trouxe
novos gêneros textuais, resultando em uma nova maneira de se comunicar? No entanto, o jornalismo
por meio da internet continua sendo jornalismo. Neste tema, você irá reconhecer quais são os
gêneros textuais jornalísticos na web. Eles se adaptam a diversas realidades e não são estáticos, pois
esse mundo virtual vive em constante mudança. Enfim, a comunicação na internet acaba criando
novos gêneros textuais e altera os já existentes. Vamos conhecer os gêneros textuais mais usados?
E-mail: com a internet, novos gêneros textuais que surgiram tiveram como base gêneros
textuais já existentes. Antes do surgimento do e-mail, as pessoas escreviam cartas. Tudo era
https://www.youtube.com/watch?v=_vp8EoxVVHQ&t=5s
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escrito à mão e a carta levava dias para chegar ao destinatário. Meio de comunicação
indispensável para muitas pessoas, o e-mail tem por finalidade trocar informações, unir pessoas
e reduzir distâncias.
Blog: o que começou como um diário virtual, com o tempo foi tornando- se um importante
meio de comunicação. Eles são, hoje, o endereço virtual de pessoas e empresas, consolidados
em um espaço democrático de informação. Eles podem ser pessoais, literários, artísticos,
profissionais e tratarem dos mais diversos assuntos. Como gênero textual, podem
complementar o texto: imagens, músicas. Quanto à linguagem, pode ser formal ou informal.
Tudo vai depender de qual é o público-alvo do blog.
Chat: é o mesmo que bate-papo. São trocas de mensagens realizadas de forma instantânea. As
mensagens são basicamente escritas, mas podem ser orais ou visuais. O chat é um bom
exemplo para mostrar as mudanças no ritmo da comunicação. A interatividade em tempo real,
que permite respostas instantâneas, mostra o quanto esse gênero textual se distancia dos
gêneros textuais usados no meio impresso. Palavras abreviadas, sem acentos, e uso frequente
de emoticons (forma de comunicação paralinguística, em que ícones transmitem emoção) são
muito utilizados, inclusive recebeu um nome: Internetês.
Hipertexto: o hipertexto rompe com a leitura linear e sequencial. São textos on-line em forma
de links que remetem a outros links complementares. Esses links que nos levam a outras
páginas proporcionam uma leitura diferenciada de texto. Futuramente, dedicaremos um tema
inteiro sobre hipertexto, tamanha a sua importância como gênero textual.
Redes Sociais: são uma verdadeira revolução na maneira de se comunicar. Seja Facebook,
LinkedIn, Twitter, entre tantos outros tipos de redes sociais que temos, eles permitem aos
usuários da internet vivenciar as mais diversas relações. E, assim como outros gêneros textuais
já mencionados, sua principal característica é a interatividade em tempo real.
Conhecendo os principais gêneros textuais, deu para você perceber que, além da interatividade
em tempo real, uma de suas características pensando na linguagem utilizada é a informalidade. No
entanto, muito cuidado! Importante destacar que não é porque os gêneros jornalísticos na web
são mais informais que você vai esquecer as regras gramaticais.
Tudo vai depender de para quem você está escrevendo. Ao escrever um e-mail para um
professor, por exemplo, você deverá manter uma linguagem mais adequada. No entanto, se está
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conversando com um colega de sala, contanto que seja em situações informais, é normal escrever
com abreviaturas como: “vc”, “bj”, “vlw”, entre tantas outras.
Saiba Mais
Leitura complementar: vamos nos aprofundar nos gêneros jornalísticos com foco na web?
Busque o livro a seguir e leia o subtítulo “Reconfiguração dos Gêneros Tradicionais”. Veremos ao
longo do texto como a web impacta nos gêneros informativo, interpretativo, dialógico,
argumentativo, e em como o meio pressiona para a consolidação de um ciberjornalismo
diversional hibridizado.
Bozza, G. Redação ciberjornalística: teoria e prática na comunicação digital. Curitiba:
Intersaberes, 2018.
TEMA 5 – O TEXTO PARA A WEB NA ATUALIDADE: DESAFIOS E
TRANSFORMAÇÕES
Há muitasformas de redigir um texto para a web. Existe, sim, um padrão de leitura e de leitor.
Mas também lançamos como desafio que tudo que vem padronizado cansa, ainda mais nos dias de
hoje.
Vamos continuar, sim, a termos leitores que vão querer se aprofundar mais na notícia, ler artigos
que vão mais a fundo no tema para se aprofundar. Aquele leitor que passa horas diante de uma
edição de domingo de um jornal impresso continua a existir, mas terá também de buscar outras
formas de se informar, pois o jornal de papel vem perdendo leitores e espaços.
Para seguir as tendências do novo jornalismo, temos que pensar na preferência pessoal,
por isso que você estudou aqui os novos modelos de pirâmide invertida e os modelos de
leitura em F, segundo os estudos de usabilidade de Nielsen. As transformações, os desafios estão
no novo leitor, que muda a sua maneira de buscar informação muito rápida, uma vez que vivemos
em um mundo que processa tudo mais rápido, nos exigindo agilidade para atender ao ritmo das
pessoas e da informação. Na web, construir narrativa é envolver os internautas em histórias que
criem conexões, ambiências e sensações. Quando o jornalista ultrapassa o limite do texto noticioso,
ele alcança o contexto e principalmente a descrição do cenário e das experiências. Ou seja, quando
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passa o protocolo de informar, é quando inicia o processo de reflexão, de interpretação e de
envolvimento dos leitores. Como destaca Bozza (2018, p. 33), o conteúdo jornalístico na web
deve “ativar memórias e significados e gerar sentimentos no leitor-ouvinte-telespectador,
fazendo uso de linguagens, suportes e meios distintos de informar”.
Além disso, o leitor da web também é coautor, quando ele compartilha e comenta as postagens,
construindo, assim, a notícia. Esse leitor também escreve, filma e cria espaços democráticos,
tornando-se também, muitas vezes, um formador de opinião. O sucesso de um texto na internet hoje
depende do leitor: quanto mais um texto é acessado, comentado, compartilhado, mais relevante e
informativo ele passa a ser. A base da abordagem da experiência baseada no usuário parte de um
design e arquitetura que seja inicialmente funcional. No jornalismo, isso resulta em um processo de
organização de conteúdo quer permita uma leitura do texto de forma fluída e intuitiva. O segundo
aspecto é um design que seja confiável, que permita uma estabilidade de navegação, e que tenha
uma repetição que se consolidará no projeto visual.
Muitas mudanças ainda vêm por aí e falar em texto na web é pensar que nada é estático, pronto,
não é mesmo? Como disse Chris Nodder, especialista em Experiência do Usuário, no epílogo do livro
de Franco: “Tornar um texto mais fácil de ler no monitor é só parte do problema” (p. 173). Para ele, o
mais complexo está em decidir o que escrever. “As técnicas de boa redação nunca sairão de moda.
De fato, até as publicações em papel se podem beneficiar das mesmas diretrizes que sugerimos para
criar conteúdo para a Web” (p. 173).
TROCANDO IDEIAS
Chegou a hora do nosso debate. Primeiro, convidamos você a ler o artigo Jornalismo Online,
Informação e Memória: Apontamentos para debate, de Marcos Palacios (2003) . Depois disso, debata
com seus colegas os seguintes aspectos do texto: quais são as características do Jornalismo e em que
elas se diferem das mídias tradicionais? Na sua opinião, por que elas têm tornado a web um veículo
de comunicação que cada vez ganha mais leitores?
NA PRÁTICA
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02/05/2022 09:13 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 15/16
Leia atentamente a reportagem a seguir em formato longform Refugiados, no Uol Tab. Depois,
escreva uma análise de 10 a 15 linhas, respondendo às seguintes perguntas: quais elementos você
encontra nesse texto que foram escritos pensando nas mudanças da pirâmide invertida e na nova
maneira de escrever, que difere dos textos para o meio impresso? De que maneira o texto prende o
leitor para ele percorrer até o final? Uma dica importante para a sua análise é perceber que o texto é
longo, apresenta fôlego e está publicado em um ambiente totalmente customizado.
Disponível em: <https://tab.uol.com.br/refugiados/>. Acesso em: 11 fev. 2022.
FINALIZANDO
Finalizamos a nossa aula. Esse é apenas o começo desse mundo fantástico que é escrever para a
web. São desafios e transformações que devemos estar ligados todos os dias para perceber
mudanças que podem ocorrer a um clique. Nesta aula, tratamos de conhecer as peculiaridades do
texto na web. Percebemos algumas semelhanças entre os veículos de outros meios, como o jornal
impresso, a TV e o rádio. Mas vimos também que suas diferenças fazem do texto para web um
gênero que exige cada vez mais qualificação, devido às suas peculiaridades. Falamos um pouco sobre
o perfil do redator multifuncional, que acumula funções e precisa de uma infinidade de habilidades.
Depois conhecemos os gêneros do texto na web. Por fim, reconhecemos o texto para web na
atualidade: desafios e transformações. É preciso ficar alerta para acompanhar as tendências que a
cada dia nos apresenta. No mais, vamos em frente, que temos bastante conteúdo pela frente.
REFERÊNCIAS
BOZZA, G. Redação ciberjornalística: Teoria e prática na comunicação digital. Curitiba:
Intersaberes, 2018.
FERRARI, P. Jornalismo digital. São Paulo: Contexto, 2003.
FRANCO, G. Como escrever para a web: Elementos para a discussão e construção de manuais
de redação online. 2009. Disponível em: <https://journalismcourses.org/wp-
content/uploads/2020/08/How-to-write-for-the-Web-por.pdf >. Acesso em: 10 fev. 2022.
JENKINS, H. Cultura da convergência. 2. ed. São Paulo: Aleph, 2009.
https://tab.uol.com.br/refugiados/
02/05/2022 09:13 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 16/16
MOURA, L. de. Como escrever na rede: manual de conteúdo e redação para Internet. Rio de
Janeiro: Record, 2002.
PALACIOS, M. Jornalismo online, informação e memória: apontamentos para debate.
Apresentado nas Jornadas de Jornalismo Online, Departamento de Comunicação e Artes,
Universidade da Beira Interior, Portugal. 2002. Disponível em: <http://labcom-
ifp.ubi.pt/files/agoranet/02/palacios-marcos-informacao-memoria.pdf>. Acesso em: 10 fev. 2022.
PINHO, J. B. Jornalismo na internet. São Paulo: Summus, 2003.
WARD, M. Jornalismo on-line. São Paulo: Roca, 2007.
 Disponível em <http://www.labcom.ubi.pt/files/agoranet/02/palacios-marcos-informacao-
memoria.pdf>. Acesso em: 11 fev. 2022.
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