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Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis PACOTE ANTICRIME LEI 13.964/19 INTRODUÇÃO A Lei 13.964/2019, também conhecida como “Pacote Anticrime” diz respeito a um complexo grupo de modificações na legislação penal e processual penal pátria, visando, precipuamente, elevar a eficácia no combate ao crime organizado, ao crime violento e à corrupção. Neste material o leitor irá encontrar a análise e comentários dos artigos que foram alterados pelo Pacote, tanto na legislação penal, como na processual, além das alterações contidas na LEP (Lei de Execuções Penais). Haverá, ainda, ao longo das próximas páginas, diversos quadros comparativos, que foram elaborados com a finalidade de facilitar seus estudos, principalmente a memória visual. Você irá direto ao ponto e, sem enrolação, de maneira prática e didática, irá ficar por dentro das principais inovações e alterações trazidas pela Lei 13.964/19. Vamos lá??!! Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis MODIFICAÇÕES FEITAS NO CÓDIGO PENAL O pacote anticrime recentemente alterou vários dispositivos do Código Penal, e são esses dispositivos que provavelmente irão cair na sua prova. Com o intuito de otimizar seus estudos e deixar de forma mais clara as alterações que foram feitas, traremos breve comentários acerca das mudanças ocorridas no código penal. LEGÍTIMA DEFESA Sabe-se que a Legítima defesa é um das causas de excludente de ilicitude, a qual acoberta a conduta de repelir, de si mesmo ou de outrem, uma injusta agressão, atual ou iminente. Pelo fato de haver uma INJUSTA AGRESSÃO a ação ilícita da defesa se torna lícita. O artigo 25 do Código Penal trata sobre o tema: Art. 25 – Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. Ocorre que a lei nº 13.964/2019 inseriu o parágrafo único ao artigo. Antes da Lei nº 13.964/2019 Depois da Lei nº 13.964/2019 Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. Parágrafo único. Observados os requisitos previstos no caput deste artigo, considera-se também em legítima defesa o agente de segurança pública que repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida refém durante a prática de crimes. Não houve nenhuma alteração relevante. O que correu foi que o legislador quis deixar de maneira expressa e mais clara as situações que já eram abarcadas pelo próprio artigo 25 do CP. Diante disto, podemos concluir que numa situação como essa descrita no dispositivo incluído, o agente de segurança pública estará acobertado pela excludente de ilicitude. EXECUÇÃO DA PENA DE MULTA Por muito tempo se questionou qual o juízo competente para executar a pena de multa, a qual é considerada uma dívida de valor. O STF decidiu, no dia 13 de agosto de 2018, que a legitimidade para cobrança da pena de multa é do Ministério Público, sem prejuízo de, subsidiariamente, a Fazenda Pública promover sua execução: Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis “O Tribunal, por maioria, resolveu a questão de ordem no sentido de assentar a legitimidade do Ministério Público para propor a cobrança de multa, com a possibilidade subsidiária de cobrança pela Fazenda Pública, nos termos do voto do Relator, vencidos os Ministros Marco Aurélio e Edson Fachin. Ausentes, justificadamente, os Ministros Celso de Mello e Gilmar Mendes. Presidência do Ministro Dias Toffoli. Plenário, 13.12.2018”. Contudo, o STJ tem decidido de forma oposta: “(…) Conforme o entendimento da Terceira Seção desta Corte, a pena pecuniária é considerada dívida de valor e, assim, possui caráter extrapenal, de modo que sua execução é de competência exclusiva da Procuradoria da Fazenda Pública. (…)” (STJ, AgRg no HC 441809/SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Quinta Turma, DJe 04/06/2019) Para complicar a nossa cabecinha vem a lei nº 13.964/2019 e modifica o artigo 51 do Código penal: ANTES DA LEI Nº 13.964/2019 DEPOIS DA LEI Nº 13.964/2019 Art. 51 - Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será considerada dívida de valor, aplicando-se-lhe as normas da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive no que concerne às causas interruptivas e suspensivas da prescrição. Art. 51 - Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será executada perante o juiz da execução penal e será considerada dívida de valor, aplicáveis as normas relativas à dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive no que concerne às causas interruptivas e suspensivas da prescrição. Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis Logo, o que você deverá prestar ATENÇÃO na hora da prova é a forma que a pergunta foi feita, por exemplo, se vier perguntando o que o código penal traz sobre o tema, a resposta é essa acima: A MULTA SERÁ EXECUTADA PERANTE O JUIZ DA EXECUÇÃO PENAL! O entendimento do STF sobe o tema agora se encontra EXPRESSAMENTE no código penal, devido a alteração feita pelo pacote anticrime ao artigo 51 do mencionado código. LIMITE DE CUMPRIMENTO DE PENA No Brasil, não existe pena perpétua, sendo esta vedada, nos termos do artigo 5º, inciso XLVII, alínea b, da Lei Maior. A lei nº 13.964/2019 modificou a quantidade de tempo máximo que uma pessoa poderá permanecer pressa ao executar uma pena privativa de liberdade. ANTES DA LEI Nº 13.964/2019 DEPOIS DA LEI Nº 13.964/2019 Art. 75 - O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a 30 (trinta) anos. § 1º Quando o agente for condenado a penas privativas de liberdade cuja soma seja superior a 30 (quarenta) anos, devem elas ser unificadas para atender ao limite máximo deste artigo. Art. 75 - O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a 40 (quarenta) anos. § 1º Quando o agente for condenado a penas privativas de liberdade cuja soma seja superior a 40 (quarenta) anos, devem elas ser unificadas para atender ao limite máximo deste artigo. Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis Antes do pacote anticrime o tempo máximo para cumprimento de pena privativa de liberdade não poderia ultrapassar 30 anos, agora não pode ser ultrapassado 40 anos de cumprimento de pena privativa de liberdade. CUIDADO COM A PEGADINHA: o tempo de cumprimento de pena não pode ser SUPERIOR a 40 anos, logo uma pessoa que cumpriu 40 anos de pena não sofreu nenhuma ilegalidade, mas aquela que cumpriu 40 anos e 1 dia sim. LIVRAMENTO CONDICIONAL O livramento condicional é UM DIREITO SUBJETIVO do réu. Tal direito consiste na soltura antecipada do executado, mediante o preenchimento de determinadas condições. A lei nº 13.964/2019 ampliou esses requisitos, dificultando a vida do réu. Veremos, abaixo, com precisão, o ora exposto. Fiquem atentos, pois, são modificações importantes! Vamos verificar na próximapágina. Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis ANTES DA LEI Nº 13.964/2019 DEPOIS DA LEI Nº 13.964/2019 Requisitos do livramento condicional Art. 83 - O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que: I - cumprida mais de um terço da pena se o condenado não for reincidente em crime doloso e tiver bons antecedentes; II - cumprida mais da metade se o condenado for reincidente em crime doloso; III - comprovado comportamento satisfatório durante a execução da pena, bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído e aptidão para prover à própria subsistência mediante trabalho honesto; IV - tenha reparado, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo, o dano causado pela infração; Requisitos do livramento condicional Art. 83 - O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que: I - cumprida mais de um terço da pena se o condenado não for reincidente em crime doloso e tiver bons antecedentes; II - cumprida mais da metade se o condenado for reincidente em crime doloso; III – comprovado: a) bom comportamento durante a execução da pena; b) não cometimento de falta grave nos últimos 12 (doze) meses; c) bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído; e d) aptidão para prover a própria subsistência mediante trabalho honesto; IV - tenha reparado, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo, o dano causado pela infração; Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis V - cumpridos mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, prática de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, tráfico de pessoas e terrorismo, se o apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza. V - cumpridos mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, prática de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, tráfico de pessoas e terrorismo, se o apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza. Parágrafo único - Para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave ameaça à pessoa, a concessão do livramento ficará também subordinada à constatação de condições pessoais que façam presumir que o liberado não voltará a delinquir. A nova lei incluiu a necessidade de comprovação de “não cometimento de falta grave nos últimos 12 meses” (alínea “b”). O que ocorre é que na prática se o apenado tiver cometido falta grave nos últimos 12 meses ele passa a não ter bom comportamento e consequentemente a não concessão do LC, a nova lei apenas trouxe expressamente algo que já acontecia na prática. Vale destacar que a prática da falta grave por si só NÃO impede o livramento condicional (Sum. 441 do STJ). Logo, deve se compatibilizar a mencionada súmula como a alteração legislativa para fins de concessão do benefício do LC. Algo de bastante relevância e que pode ser um caso de pegadinha é o fato da falta grave necessitar de um PAD para a sua apuração. Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis A alínea “a” trouxe redação bastante semelhante à redação anterior, trocando apenas “comportamento satisfatório” por “bom comportamento”, algo que, na prática, não deve trazer maiores repercussões. IMPORTANTE: A ALTERAÇÃO INSERIDA NESTE ARTIGO NÃO RETROAGE VIU GENTE? NA HORA DA PROVA VEJAM BEM AS DATAS ESTABELECIDAS PELA BANCA E VERIFIQUEM SE NÃO É UM CASO DE IRRETROATIVIDADE DA LEI POR NÃO SER BENÉFICA AO RÉU. Cumpre mencionar, ainda, que a Lei 13.964/2019, ao modificar o artigo 112, inciso VI, alínea a, e inciso VIII, da Lei de Execução Penal, passou a vedar o livramento condicional para os condenados por crime hediondo ou equiparado, com resultado morte. O artigo 2º, § 9º, da Lei 12.850/2013, introduzido pela Lei 13.964/2019, passou a vedar o livramento condicional para o condenado expressamente em sentença por integrar organização criminosa ou por crime praticado por meio de organização criminosa, se houver elementos probatórios que indiquem a manutenção do vínculo associativo. (Ainda não existe nenhuma decisão de inconstitucionalidade sobre o tema, contudo, na minha opinião essas alterações serão consideradas inconstitucionais, logo, mesmo diante de modificação expressa, sua inconstitucionalidade é um bom tema a ser defendido em uma segunda fase). PERDA DO PRODUTO OU PROVEITO DO CRIME A lei nº 13964/2019 incluiu no artigo 91-A do CP requisitos específicos e genéricos da condenação, contudo esses regramentos se limitam a crimes cuja pena máxima seja superior a 6 anos de reclusão. O legislador teve o objetivo de decretar a perda dos bens do acusado sem necessitar da comprovação de que estes são proveitos ou decorrem Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis diretamente da atividade criminosa, devendo apenas ser demonstrado que o acusado possui patrimônio incompatível com os rendimentos da sua atividade lícita. O artigo ainda considera como patrimônio do acusado aqueles que forem transferidos a terceiros a título gratuito (como uma doação) ou mediante uma contraprestação irrisória (como um negócio de compra e venda simulado, em que o preço só serve para ocultar a natureza gratuita da alienação), a partir do início da atividade crimina. No parágrafo 2º do artigo 91-A do CP temos a inversão do ônus da prova, devendo o acusado comprovar que seu patrimônio decorre de uma atividade lícita, inclusive as doações feitas ou recebidas, assim como o recebimento de uma herança, por exemplo. Em que pese, não constar expressamente se determinado efeito da condenação é automático ou não, deverá o Ministério Público pedir a perda de determinados bens, devendo este ser pronunciado pelo juiz (ou tribunal). Portanto, trata-se de um efeito não automático da condenação. ANTES DA LEI Nº 13.964/2019 DEPOIS DA LEI Nº 13.964/2019 Efeitos genéricos e específicos Art. 91 (...) SEM REFERÊNCIA Efeitos genéricos e específicos Art. 91 (...) Art. 91-A Na hipótese de condenação por infrações às quais a lei comine pena máxima superior a 6 (seis) anos de reclusão, poderá ser decretada a perda, como produto ou proveito do crime, dos bens correspondentes à Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis diferença entre o valor do patrimônio do condenado e aquele que seja compatível com o seu rendimento lícito. § 1º Para efeito da perda prevista no caput deste artigo, entende-se por patrimônio do condenado todos os bens: I - de sua titularidade, ou em relação aos quais ele tenha o domínio e o benefício direto ou indireto, na data da infração penal ou recebidos posteriormente; e II - transferidos a terceiros a título gratuito ou mediante contraprestação irrisória, a partir do início da atividade criminal. § 2º O condenado poderá demonstrar a inexistência da incompatibilidade ou a procedência lícita do patrimônio. § 3º A perda prevista neste artigo deverá ser requerida expressamente pelo Ministério Público, por ocasião do oferecimento da denúncia, com indicação da diferença apurada. § 4º Na sentença condenatória, o juiz deve declarar o valor da diferença apurada e especificar os bens cuja perda for Material elaborado por @oabaivoueu e@defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis decretada. § 5º Os instrumentos utilizados para a prática de crimes por organizações criminosas e milícias deverão ser declarados perdidos em favor da União ou do Estado, dependendo da Justiça onde tramita a ação penal, ainda que não ponham em perigo a segurança das pessoas, a moral ou a ordem pública, nem ofereçam sério risco de ser utilizados para o cometimento de novos crimes. O §1º do artigo 91-A do CP delimita o que seja patrimônio do acusado para fins de perda decorrente da infração penal. Percebam que além de delimitar o patrimônio do acusado para a incidência do dispositivo, no inciso I e no inciso II contêm uma limitação temporal diversa. No inciso I, considera-se como patrimônio todos aqueles bens de sua titularidade ou que pelo menos com que ele possua relação de domínio e benefício direto ou indireto, tendo como limite temporal a da data da infração penal em diante. Já no inciso II, considera-se patrimônio do condenado aqueles bens transferidos a terceiros a título gratuito ou mediante contraprestação irrisória, tendo como limite temporal o início da atividade criminal. Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis PRESTAR MUITA ATENÇÃO NESSES DOIS LIMITES TEMPORAIS, POIS A PROVA PODERÁ TRAZER APENAS A MODIFICAÇÃO DO LIMITE DIANTE DAS SITUAÇÕES! É UMA QUESTÃO TÍPICA PARA SER ABORADADA PELA BANCA VIU?! O §2º traz a inversão do ônus da prova, a qual fica de responsabilidade do acusado comprovar a origem lícita do seu patrimônio, não cabendo este dever ao MP. O §3º determinar o dever do Ministério Público em já na denúncia requerer a perda dos bens do acusado, inclusive demonstrado a diferença do valor apurado do patrimônio do acusado e aos rendimentos correspondentes da sua atividade lícita. Por fim, o §5º traz o dever de se decretar a perda de instrumentos utilizados para a prática de crimes por organizações criminosas e milícias em favor da União ou do Estado, a depender da justiça em que tramita a ação penal, independentemente do requisito estabelecido na alínea “a” do inciso II do artigo 91-A do CP, que autoriza a perda, em favor da União, de instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso, porte ou detenção constitua fato ilícito. CONTUDO, ESTE INCISO RESTRINGE ESTA PERDA EM FAVOR DO ESTADO OU DA UNIÃO, A DEPENDER DA COMPETÊNCIA, APENAS A ESSAS ESPÉCIES DE CRIMES EXPRESSAS NESTE INCISO TA? Trata-se de medida mais abrangente, obrigatória ao Juiz, e que visa a punir com mais eficácia o crime organizado. CAUSAS SUSPENSIVAS DA PRESCRIÇÃO Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis As causas suspensivas da prescrição impedem que o processo tenha continuidade. O processo fica paralisado, voltando a fluir de onde parou quando encerrada a causa que gerou a sua suspensão. A lei nº 13.964/2019 criou duas novas causas suspensivas: na pendência de embargos de declaração ou de recursos aos Tribunais Superiores, quando inadmissíveis; e enquanto não cumprido ou não rescindido o acordo de não persecução penal. ANTES DA LEI Nº 13.964/2019 DEPOIS DA LEI Nº 13.964/2019 Causas impeditivas da prescrição Art. 116 - Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre: I - enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o reconhecimento da existência do crime; II - enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro. Parágrafo único - Depois de passada em julgado a sentença condenatória, a prescrição não corre durante o tempo em que o condenado está preso por outro motivo. Causas impeditivas da prescrição Art. 116 - Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre: I - enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o reconhecimento da existência do crime; II - enquanto o agente cumpre pena no exterior; III - na pendência de embargos de declaração ou de recursos aos Tribunais Superiores, quando inadmissíveis; e Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis IV – enquanto não cumprido ou não rescindido o acordo de não persecução penal. Parágrafo único - Depois de passada em julgado a sentença condenatória, a prescrição não corre durante o tempo em que o condenado está preso por outro motivo. A primeira mudança foi criada com o objetivo de impedir que recursos protelatórios causem a prescrição processual. Sendo assim, quando interposto um recurso, seja embargos de declaração ou qualquer outro, o processo fica suspenso. Já a segunda modificação tem o objetivo de impedir que o acordo de não persecução penal seja feito com o objetivo de postergar a prestação jurisdicional e consequentemente acarretar a prescrição processual. Por exemplo: O agente realiza o acordo de persecução penal, mas não o executa. Atualmente, caso ele venha fazer isso o prazo prescricional encontra-se suspenso, enquanto não cumprido ou não rescindido o acordo de não persecução penal. A suspensão do curso do prazo prescricional não possui, na legislação, um limite expresso. A este respeito, o Superior Tribunal de Justiça editou o enunciado 415 da sua Súmula, entendendo que se deve respeitar o máximo da pena cominada ao delito para delimitação do período de suspensão da prescrição: Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis O período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo máximo da pena cominada. (Súmula 415, STJ) Logo, passando o tempo máximo da pena cominada em abstrato a prescrição volta a fluir normalmente, independentemente da causa suspensiva ter encerrado ou não. ROUBO A lei nº 13.964/2019 trouxe uma nova majorante ao delito de roubo, a saber: se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma branca. ANTES DA LEI Nº 13.964/2019 DEPOIS DA LEI Nº 13.964/2019 Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. § 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até metade: I-Se a violência ou grave ameaça é exercida com o emprego de arma. Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. § 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até metade: VII - se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma branca; § 2º-B. Se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis arma de fogo de uso restrito ou proibido, aplica-se em dobro a pena prevista no caput deste artigo. Deve-se atentar que em 2018 a lei nº 13.654/18 revogou o inciso I do artigo 157 do CP, retirando a arma branca da lista de majorantes do delito roubo, passando esse a ser considerado um crime simples caso fosse cometido com tal instrumento. Ficou confuso não é mesmo?? Kkkkk... Calma que vou te explicar! Antes da lei nº 13.654/18 caso o crime de roubo fosse cometido com o emprego de arma haveria a aplicação da majorante. Ocorre que em 2018, com o advento da leinº 13.654/2018 foi revogado o inciso I do artigo 157 do CP fazendo com que todos os crimes de roubos fossem considerados, a partir daquele momento, crime simples, afinal devido ao princípio da retroatividade a legislação mais benéfica retroagiu para todos. Contudo, em 2019 entrou em vigor a lei 13.964/2019 trazendo novamente para a redação do artigo 157 do CP a majorante do emprego de arma branca no cometimento do crime de roubo. Antes da Lei nº 13.654/18 Depois da Lei nº 13.654/18 Após a Lei nº 13.964/19 Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. § 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até metade: I-Se a violência ou grave ameaça é exercida com o emprego de arma. Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. § 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até metade: I-REVOGADO Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. § 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até metade: VII - se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma branca; Portanto, se o crime foi cometido antes da Lei nº 13.964/2019, com arma branca, ele deve ser considerado crime simples, ainda que tenha sido praticado antes da vigência da lei nº 13.654/2018, pois devido essa ser mais benéfica retroagiu a todos os delitos. Além disso, o parágrafo 2º-B do artigo 157, do Código Penal, foi introduzido pela Lei 13.964/2019: Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis § 2º-B. Se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido, aplica-se em dobro a pena prevista no caput deste artigo. Com a Lei 13.964/19, o roubo com emprego de arma de fogo, seja de uso permitido ou proibido, passou a ser crime hediondo, na forma da Lei 8.072/90. ESTELIONATO Com o advento da Lei nº 13.964/2019 o crime de estelionato, em regra, passou a ser considerado de ação penal pública condicionada a representação, sendo esta exigida apenas quando praticado contra determinadas vítimas, a saber: a) Administração Pública, direta ou indireta; b) Criança ou adolescente; c) Pessoa com deficiência mental; ou d) Maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz Antes da Lei nº 13.964/2019 Depois da Lei nº 13.964/2019 Estelionato Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: Estelionato Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: Pena - reclusão, de um a Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de réis. cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de réis. § 5º Somente se procede mediante representação, salvo se a vítima for: I - a Administração Pública, direta ou indireta; II - criança ou adolescente; III - pessoa com deficiência mental; ou IV - maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz. CONCUSSÃO O pacote anticrime alterou a discrepância que havia, com relação a pena máxima do crime de corrupção passiva e ativa, nos quais a pena máxima era de 12 anos e o de concussão, no qual a pena máxima era de 8 anos e com o advento da Lei nº 13.964/2019 passou a ser de 12 anos. Antes da Lei nº 13.964/2019 Depois da Lei nº 13.964/2019 Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa. Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. MODIFICAÇÕES FEITAS NO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL O pacote anticrime recentemente alterou vários dispositivos do Código de Processo Penal, e são esses dispositivos que provavelmente irão cair na sua prova. Com o intuito de otimizar seus estudos e deixar de forma mais clara as alterações que foram feitas, traremos breve comentários acerca das mudanças ocorridas no código de Processo penal. JUIZ DE GARANTIAS E SISTEMA ACUSATÓRIO A lei 13.964/2019 ao disciplinar sobre o Juiz das garantias introduziu uma sequência de normas ao artigo 3º do CPP deixando EXPRESSAMENTE que o nosso sistema processual se trata do sistema acusatório. O processo penal brasileiro sempre entendeu que o nosso sistema se tratava do acusatório, contudo apenas com o pacote anticrime e a introdução do artigo 3º-A do CPP que temos tal sistema de forma expressa no nosso Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis ordenamento jurídico, vedando-se ao juiz o exercício de iniciativas na fase de investigação e a substituição da atuação probatória do órgão de acusação. O artigo 3ºB do CPP descreve as funções do juiz de garantia, o qual é responsável pelo controle de legalidade da investigação criminal e pela salvaguarda dos direitos individuais. Nota-se, que foi criado uma autoridade judiciária para atuar exclusivamente no âmbito da investigação criminal e outro para atuar na fase processual. Assim, a figura que atuará na fase de investigação processual é o que chamamos de “juiz das garantias”, o qual decidirá acerca de quebras de sigilo bancário, telefônico, pedidos de prisão temporária ou preventiva, homologações de prisão em flagrante; é, portanto, a figura responsável pela integridade dos direitos do investigado e da legalidade da investigação criminal. Isto não quer dizer que ele seja parte integrante da investigação criminal. O juiz de garantia irá intervir quando alguma legalidade for infringida, quando algum direito do investigado não for observado. A investigação criminal continuará sendo conduzida pela polícia judiciária e pelo Ministério Público, sob controle de legalidade e intervenção, do Juiz de Garantias quanto as matérias de reserva de jurisdição elencadas no artigo 3º-B, não sendo essas exaustivas, conforme inciso XVIII, do mencionado artigo. O inciso XVI, do artigo 3º-B do CPP introduziu a possibilidade da admissão de assistente técnico durante as investigações, o que até então, mediante interpretação, só se era admitido durante a instrução criminal. O art.3º-C EXCLUI a competência do juiz de garantias para as infrações de menor potencial ofensivo, cessando a sua competência com o recebimento da denúncia ou queixa. Materialelaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis Obs. DECOREM ISSO! COM CERTEZA SERÁ OBJETO DE ALGUMA QUESTÃO DE PROVA LEMBRANDO: o que são infrações de menor potencial ofensivo? São as contravenções penais e os crimes que lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa (art. 61 da Lei 9.099/95). A competência do Juiz das garantias se encerra com o recebimento da denúncia ou queixa, passando a competência para o juiz da instrução e julgamento, e NÃO ficando esse vinculado as decisões proferidas pelo juiz das garantias, DEVENDO reexaminar as medidas cautelares em curso, no prazo máximo de 10 dias. Neste sentido, o artigo 3º-D trouxe que o juiz que participou na fase de investigação está IMPEDIDO de funcionar como juiz da instrução e julgamento. O artigo 3º-F, em suma, determina a necessidade de o juiz de garantias assegurar o cumprimento das regras para o tratamento do preso, dentre elas a proibição de exploração da sua imagem por órgão da imprensa. Tal dispositivo se refere a infração penal prevista no artigo 13 da Lei nº13.869/2019 ( abuso de autoridade). IMPORTANTE: no dia 22 de janeiro de 2020, o Ministro Luiz Fux, na qualidade de relator das ADIs 6.298, 6.299, 6.300 e 6305, revogou decisão monocrática do Min. Toffoli anteriormente proferida e decidiu suspender a implementação do juiz das garantias até decisão final do Plenário (Artigos 3º-A, 3º-B, 3º-C, 3º-D, 3ª-E, 3º-F, do Código de Processo Penal) – suspensão por prazo indeterminado e não apenas por 180 dias. Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis DEFESA TÉCNICA O caput do artigo 14-A do CPP traz a possibilidade de servidores vinculados a determinas instituições, as quais se encontram listadas no artigo 144 da CF, constituírem defensor, caso venham a ser investigados em inquéritos policiais pelo uso letal da força no exercício de suas funções. O artigo 14-A do CPP caput não trouxe nada de diferente, isso ficou a cargo do §1º e §2º do mencionado artigo. O §1º determina a citação do investigado da instauração do procedimento investigatório, notem que o texto fala em CITAÇÃO e não em NOTIFICAÇÃO. O Investigado possui um prazo de até 48h para constituir advogado, caso o mesmo permaneça inerte, o §2º trouxe uma novidade, “a autoridade responsável pela investigação deverá intimar a instituição a que estava vinculado o investigado à época da ocorrência dos fatos, para que essa, também no prazo de 48 horas, indique defensor para a representação do investigado”. OBS. OBS. (Apenas a título de conhecimento. Não acredito que seja tema para OAB) Sabe-se que a Constituição Federal não confere aos órgãos de segurança pública a competência para patrocinar a defesa criminal de seus servidores. Por força de mandamento legal e constitucional (art. 134 da CRFB e art. 4º, § 5º da LC nº 80/1994) a assistência jurídica mantida pelo Poder Público deverá ser exercida com exclusividade pela Defensoria Pública, logo o artigo 14- A do CPP deve ser lindo em conjunto com a CF, de modo que a DEFENSORIA PÚBLICA seja responsável pela defesa técnica do acusado, caso ele não tenha constituído advogado. Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis Antes da Lei º 13.964/2019 Depois da Lei nº 13.964/2019 Art. 14-A. – sem correspondência. Art. 14-A. Nos casos em que servidores vinculados às instituições dispostas no art. 144 da Constituição Federal figurarem como investigados em inquéritos policiais, inquéritos policiais militares e demais procedimentos extrajudiciais, cujo objeto for a investigação de fatos relacionados ao uso da força letal praticados no exercício profissional, de forma consumada ou tentada, incluindo as situações dispostas no art. 23 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), o indiciado poderá constituir defensor. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 1º Para os casos previstos no caput deste artigo, o investigado deverá ser citado da instauração do procedimento investigatório, podendo constituir defensor no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas a contar do recebimento da citação. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis § 2º Esgotado o prazo disposto no § 1º deste artigo com ausência de nomeação de defensor pelo investigado, a autoridade responsável pela investigação deverá intimar a instituição a que estava vinculado o investigado à época da ocorrência dos fatos, para que essa, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, indique defensor para a representação do investigado. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 3º (VETADO). § 4º (VETADO). § 5º (VETADO). § 6º As disposições constantes deste artigo se aplicam aos servidores militares vinculados às instituições dispostas no art. 142 da Constituição Federal, desde que os fatos investigados digam respeito a missões para a Garantia da Lei e da Ordem. Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL Antes da lei nº 13.964/2019 o arquivamento do inquérito policial era solicitado pelo Ministério Público, cabendo ao magistrado homologar o arquivamento em caso de concordância ou, havendo discordância, remeter os autos para o Procurador Geral oferecer a denúncia, nomear outro membro ministerial para assim proceder ou continuar com a decisão de arquivamento. Em caso de discordância do magistrado, fica esse vinculado a decisão do Procurador Geral. A nova redação RETIROU do juiz o dever de homologar o arquivamento do inquérito policial e delegou tal atividade ao órgão responsável pela “instância de revisão ministerial para fins de homologação” – PGJ no âmbito estadual e Câmara de Coordenação e Revisão Criminal no âmbito do MPU. O artigo 28 também trouxe o dever do MP, em caso de arquivamento, a responsabilidade de: Comunicar a vítima, ao investigado e a autoridade policial. Os parágrafos do mencionado artigo trouxeram a possibilidade da vítima recorrer da decisão do MP à instância superior dentro do prazo de 30 dias a contar do recebimento da comunicação do arquivamento. O quadro abaixo demonstra bem isso. Veremos: Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis Antes da Lei nº 13.964/2019 Depois da Lei nº 13.964/2019 DA AÇÃO PENAL (...) Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender. DA AÇÃO PENAL (...) Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer elementos informativos da mesma natureza, o órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de revisão ministerial para fins de homologação, na forma da lei. § 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar com o arquivamento do inquéritopolicial, poderá, no prazo de 30 (trinta) dias do recebimento da comunicação, submeter a matéria à revisão da instância competente do órgão § 2º Nas ações penais relativas a crimes praticados em detrimento da União, Estados e Municípios, a revisão do arquivamento do inquérito policial poderá ser provocada pela Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis chefia do órgão a quem couber a sua representação judicial. ATENÇÃO: No dia 22 de janeiro de 2020, o Min. Luiz Fux concedeu medida cautelar requerida nos autos da ADI 6305 e suspendeu a eficácia, até decisão final do Plenário, da alteração do procedimento de arquivamento do inquérito policial (28, caput, Código de Processo Penal). Assim, o procedimento de arquivamento do IP, por enquanto, permanece o mesmo, continuando a valer, então, a antiga redação do artigo 28 do CPP. ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL Com a chegada da lei nº 13.964/2019 o acordo de não persecução penal passou a ter previsão legal, pois anteriormente só tínhamos sua previsão na resolução nº 181/2017 do CNMP “Art. 18 - Não sendo o caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor ao investigado acordo de não persecução penal quando, cominada pena mínima inferior a 4 (quatro) anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça a pessoa, o investigado tiver confessado formal e circunstanciadamente a sua prática...” O acordo de não persecução penal é um negócio jurídico extrajudicial e foi criado com a intenção de alinhar a finalidade repressiva e preventiva da pena. A sua homologação é um ato judicial declaratório. Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis ENUNCIADO 24 do CNMP: A homologação do acordo de não persecução penal, a ser realizada pelo juiz competente, é ato judicial de natureza declaratória, cujo conteúdo analisará apenas a voluntariedade e a legalidade da medida, não cabendo ao magistrado proceder a um juízo quanto ao mérito/conteúdo do acordo. O investigado mediante confissão formal poderá aceitar o acordo proposto pelo Ministério Público, contudo deverá seguir algumas condições que serão ajustadas CUMULATIVAS E ALTERNATIVAMENTE, conforme prevê o rol do artigo 28-A do CPP. Obs. Reparem que as condições que deverão ser seguidas serão cumulativas “e” alternativamente e não “ou”. O §2º do artigo 28-A do CPP traz hipóteses em que é proibido a aplicação do acordo de não persecução penal, as quais são: I - se for cabível transação penal de competência dos Juizados Especiais Criminais, nos termos da lei; II - se o investigado for reincidente ou se houver elementos probatórios que indiquem conduta criminal habitual, reiterada ou profissional, exceto se insignificantes as infrações penais pretéritas; III – ter sido o agente beneficiado nos 5 (cinco) anos anteriores ao cometimento da infração, em acordo de não persecução penal, transação penal ou suspensão condicional do processo; e IV – nos crimes praticados no âmbito de violência doméstica ou familiar, ou praticados contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, em favor do agressor. É importante salientar que o inciso II do parágrafo acima mencionado traz a proibição do acordo no caso de conduta criminal habitual, o Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis que não se confunde com o crime habitual. A conduta criminosa habitual ocorre quando o agente faz do crime seu meio de vida, sua atividade frequente, por exemplo, o ladrão, por sua vez, crime habitual é aquele que exige uma prática reiterada de determinada conduta, como por exemplo, a prostituição. RESOLUÇÃO Nº 181/2017 CNMP ARTIGO 28-A DO CPP -> Se for cabível transação penal. -> Dano superior a 20 salários mínimos – > Ocorrer uma das hipóteses previstas no §2º do artigo 76 da Lei 9.099/95: a) reincidência com condenação à pena privativa de liberdade, b) ter sido o agente beneficiado nos 5 anos anteriores ao cometimento da infração com transação penal, c) não indicarem os antecedentes, conduta social, personalidade, motivos e circunstâncias ser necessária e suficiente a medida. > Se for cabível transação penal. -> Investigado reincidente ou se houver elementos probatórios que indiquem conduta criminal habitual, reiterada ou profissional, exceto se insignificantes as infrações penais pretéritas. -> Ter sido o agente beneficiado nos 5 anos anteriores ao cometimento da infração, em acordo de não persecução penal, transação penal ou suspensão condicional do processo. -> Crimes praticados contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, seja envolvendo violência doméstica e familiar ou então menosprezo ou discriminação à condição de mulher. HIPÓTESES DE PROIBIÇÃO DA CELEBRAÇÃO DO ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis -> Quando o aguardo para o cumprimento do acordo possa acarretar a prescrição. > Delito hediondo ou equiparado e nos casos de violência doméstica e familiar. Celebração do acordo não atender ao que seja necessário e suficiente para a reprovação e prevenção do crime. Em que pese, o artigo 28-A do CPP não ter mencionado a proibição do acordo, para os crimes hediondos ou equiparados, doutrinariamente se discute sobre essa possibilidade, afinal os crimes hediondos não possuiriam os requisitos necessários para se formalizar o acordo de não persecução penal. Acredito que o referido tema ainda será discutido nos tribunais, contudo, fiquem atentos para o que está expresso ou não na lei, é isso que irá cair na sua prova. Outra mudança que a Lei nº 13.964/2019 trouxe foi a previsibilidade do Juiz remeter os autos ao Ministério Público, para que esse reformule o acordo que teve suas condições consideradas inadequadas, insuficientes ou abusivas pelo magistrado. Antes do pacote anticrime o magistrado, nestes casos, deveria realizar a remessa dos autos ao PGJ ou órgão superior interno responsável para a adoção de algumas providências. Atualmente, com a redação dada pela lei nº13.964/2019 os autos são devolvidos ao próprio membro do MP responsável pela celebração do acordo Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis de não persecução penal, cabendo-lhe apenas reformular á proposta, sob pena do juiz negar a homologação, logo fica a cargo do magistrado a palavra final sobre a manutenção ou não do acordo. Por Fim, havendo homologação, o Ministério Público deverá iniciar a execução do acordo perante o juízo da execução penal, não cabendo mais, portanto, a execução no âmbito do próprio MP. Da decisão de recusa da homologação do acordo de não persecução penal cabe RESE. Ocorrendo o descumprimento do acordo haverá rescisão do mesmo e posterior oferecimento da denúncia. ENUNCIADO 27 do CNMP: Havendo descumprimento dos termos do acordo, a denúncia a ser oferecida poderá utilizar como suporte probatório a confissão formal e circunstanciada do investigado. Por sua vez, o cumprimento integral do acordo de não persecução penal É CAUSA EXTINTIVA DE PUNIBILIDADE. Antes da Lei nº 13.964/2019 Depois da Lei nº 13.964/2019 DA AÇÃO PENAL (...) Art. 28 – A. Sem correspondência. DA AÇÃO PENAL (...) Art. 28-A Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e circunstancialmente a prática de infração penal sem violência ou grave Materialelaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis RESOLUÇÃO Nº 181/17 CNMP (COM REDAÇÃO DADA PELA RESOLUÇÃO Nº 183/18) Art. 18. Não sendo o caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor ao investigado acordo de não persecução penal quando, cominada pena mínima inferior a 4 (quatro) anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça a pessoa, o investigado tiver confessado formal e circunstanciadamente a sua prática, mediante as seguintes condições, ajustadas cumulativa ou alternativamente: I – reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, salvo impossibilidade de fazê-lo; II – renunciar voluntariamente a bens e direitos, indicados pelo Ministério Público como instrumentos, produto ou proveito do crime; III – prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por período correspondente à pena mínima cominada ao delito, diminuída de um ameaça e com pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá propor acordo de não persecução penal, desde que necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime, mediante as seguintes condições ajustadas cumulativa e alternativamente: I - reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, exceto na impossibilidade de fazê-lo; II - renunciar voluntariamente a bens e direitos indicados pelo Ministério Público como instrumentos, produto ou proveito do crime; III - prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por período correspondente à pena mínima cominada ao delito diminuída de um a dois terços, em local a ser indicado pelo juízo da execução, na forma do art. 46 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal); IV - pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos termos do art. 45 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis a dois terços, em local a ser indicado pelo Ministério Público; IV – pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos termos do art. 45 do Código Penal, a entidade pública ou de interesse social a ser indicada pelo Ministério Público, devendo a prestação ser destinada preferencialmente àquelas entidades que tenham como função proteger bens jurídicos iguais ou semelhantes aos aparentemente lesados pelo delito; V – cumprir outra condição estipulada pelo Ministério Público, desde que proporcional e compatível com a infração penal aparentemente praticada. § 1º Não se admitirá a proposta nos casos em que: I – for cabível a transação penal, nos termos da lei; II – o dano causado for superior a vinte salários mínimos ou a parâmetro econômico diverso definido dezembro de 1940 (Código Penal), a entidade pública ou de interesse social, a ser indicada pelo juízo da execução, que tenha, preferencialmente, como função proteger bens jurídicos iguais ou semelhantes aos aparentemente lesados pelo delito; ou V - cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada pelo Ministério Público, desde que proporcional e compatível com a infração penal imputada. § 1º Para aferição da pena mínima cominada ao delito a que se refere o caput deste artigo, serão consideradas as causas de aumento e diminuição aplicáveis ao caso concreto. § 2º O disposto no caput deste artigo não se aplica nas seguintes hipóteses: I - se for cabível transação penal de competência dos Juizados Especiais Criminais, nos termos da lei; II - se o investigado for reincidente ou se houver elementos probatórios que Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis pelo respectivo órgão de revisão, nos termos da regulamentação local; III – o investigado incorra em alguma das hipóteses previstas no art. 76, § 2º, da Lei nº 9.099/95; IV – o aguardo para o cumprimento do acordo possa acarretar a prescrição da pretensão punitiva estatal; V – o delito for hediondo ou equiparado e nos casos de incidência da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006; VI – a celebração do acordo não atender ao que seja necessário e suficiente para a reprovação e prevenção do crime. § 2º A confissão detalhada dos fatos e as tratativas do acordo serão registrados pelos meios ou recursos de gravação audiovisual, destinados a obter maior fidelidade das informações, e o investigado deve estar sempre acompanhado de seu defensor. indiquem conduta criminal habitual, reiterada ou profissional, exceto se insignificantes as infrações penais pretéritas; III – ter sido o agente beneficiado nos 5 (cinco) anos anteriores ao cometimento da infração, em acordo de não persecução penal, transação penal ou suspensão condicional do processo; e IV – nos crimes praticados no âmbito de violência doméstica ou familiar, ou praticados contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, em favor do agressor. § 3º O acordo de não persecução penal será formalizado por escrito e será firmado pelo membro do Ministério Público, pelo investigado e por seu defensor. § 4º Para a homologação do acordo de não persecução penal, será realizada audiência na qual o juiz deverá verificar a sua voluntariedade, por meio da oitiva do investigado na Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis § 3º O acordo será formalizado nos autos, com a qualificação completa do investigado e estipulará de modo claro as suas condições, eventuais valores a serem restituídos e as datas para cumprimento, e será firmado pelo membro do Ministério Público, pelo investigado e seu defensor. § 4º Realizado o acordo, a vítima será comunicada por qualquer meio idôneo, e os autos serão submetidos à apreciação judicial. § 5º Se o juiz considerar o acordo cabível e as condições adequadas e suficientes, devolverá os autos ao Ministério Público para sua implementação. § 6º Se o juiz considerar incabível o acordo, bem como inadequadas ou insuficientes as condições celebradas, fará remessa dos autos ao procurador-geral ou órgão superior interno responsável por sua apreciação, nos termos da legislação vigente, que poderá adotar as seguintes providências: presença do seu defensor, e sua legalidade. § 5º Se o juiz considerar inadequadas, insuficientes ou abusivas as condições dispostas no acordo de não persecução penal, devolverá os autos ao Ministério Público para que seja reformulada a proposta de acordo, com concordância do investigado e seu defensor. § 6º Homologado judicialmente o acordo de não persecução penal, o juiz devolverá os autos ao Ministério Público para que inicie sua execução perante o juízo de execução penal. § 7º O juiz poderá recusar homologação à proposta que não atender aos requisitos legais ou quando não for realizada a adequação a que se refere o § 5º deste artigo. § 8º Recusada a homologação, o juiz devolverá os autos ao Ministério Público para a análise da necessidade de complementação das investigações ou o oferecimento da denúncia. Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis I – oferecer denúncia ou designar outro membro para oferecê-la; II – complementar as investigações ou designar outro membro para complementá-la; III – reformular a proposta de acordo de não persecução, para apreciação do investigado; IV – manter o acordo de não persecução, que vinculará toda a Instituição. §7º O acordo de não persecução poderá ser celebrado na mesma oportunidade da audiência de custódia. § 8º É dever do investigado comunicar ao Ministério Público eventual mudança de endereço, número de telefone ou e-mail, e comprovar mensalmente o cumprimento das condições, independentemente de notificação ou aviso prévio, devendo ele, quando for o caso, por iniciativa própria, apresentar imediatamente e de forma § 9º A vítima será intimada da homologação do acordo de não persecução penal e de seu descumprimento. § 10. Descumpridas quaisquer das condições estipuladas no acordo de não persecução penal, o Ministério Público deverá comunicar ao juízo, para fins de sua rescisão e posterior oferecimento de denúncia. § 11. O descumprimento do acordo de não persecução penal pelo investigado também poderá ser utilizado pelo Ministério Público como justificativa para o eventual não oferecimento de suspensão condicional do processo. § 12. A celebração e o cumprimento do acordo de não persecução penal não constarão de certidão de antecedentes criminais, exceto para os fins previstos no inciso III do § 2º deste artigo. § 13. Cumprido integralmente o acordo de não persecução penal, o Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis documentada eventual justificativa para o não cumprimento do acordo. § 9º Descumpridas quaisquer das condições estipuladas no acordo ou não observados os deveres do parágrafo anterior, no prazo e nas condições estabelecidas, o membro do Ministério Público deverá, se for o caso, imediatamente oferecer denúncia. § 10 O descumprimento do acordo de não persecução pelo investigado também poderá ser utilizado pelo membro do Ministério Público como justificativa para o eventual não oferecimento de suspensão condicional do processo. § 11 Cumprido integralmente o acordo, o Ministério Público promoverá o arquivamento da investigação, nos termos desta Resolução. § 12 As disposições deste Capítulo não se aplicam aos delitos cometidos por militares que afetem a hierarquia e a disciplina. juízo competente decretará a extinção de punibilidade. § 14. No caso de recusa, por parte do Ministério Público, em propor o acordo de não persecução penal, o investigado poderá requerer a remessa dos autos a órgão superior, na forma do art. 28 deste Código. Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis § 13 Para aferição da pena mínima cominada ao delito, a que se refere o caput, serão consideradas as causas de aumento e diminuição aplicáveis ao caso concreto. RESTITUIÇÃO DAS COISAS APREENDIDAS Com nova redação dada ao artigo 122 do CPP pela Lei nº 13.964/2019 não há mais a espera do prazo de 90 dias, a perda exclusiva das coisas apreendidas em favor da união, assim como o produto do leilão ser recolhido ao tesouro nacional. O artigo 124-A do CPP houve o acréscimo de norma a regulamentar situação específica, perda de obra de artes para museu públicos, caso não haja vítima determinada. Antes da Lei nº 13.964/2019 Depois da lei nº 13.964/2019 Art. 122. Sem prejuízo do disposto nos arts. 120 e 133, decorrido o prazo de 90 dias, após transitar em julgado a sentença condenatória, o juiz decretará, se for caso, a perda, em favor da União, das coisas apreendidas e ordenará que sejam vendidas em leilão público. Parágrafo Art. 122. Sem prejuízo do disposto no art. 120, as coisas apreendidas serão alienadas nos termos do disposto no art. 133 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) Parágrafo único. (Revogado). Art. 124-A. Na hipótese de decretação de perdimento de obras de arte ou de Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis único. Do dinheiro apurado será recolhido ao Tesouro Nacional o que não couber ao lesado ou a terceiro de boa-fé. Art. 124-A. Sem correspondência. outros bens de relevante valor cultural ou artístico, se o crime não tiver vítima determinada, poderá haver destinação dos bens a museus públicos. MEDIDAS ASSECURATÓRIAS O artigo 133-A do CPP traz a hipótese de qualquer bem sujeito a medida assecuratória ser utilizado por qualquer órgão de segurança pública em geral, mediante autorização judicial e desde que tenha interesse público. Tal hipótese já constava expressamente na lei de drogas. O §4º do mencionado artigo traz a hipótese da transferência definitiva da propriedade ao órgão público beneficiário ao qual foi custodiado o bem. Antes da Lei nº 13.964/2019 Depois da lei nº 13.964/2019 Art. 133-A. Sem correspondência. Art. 133-A O juiz poderá autorizar, constatado o interesse público, a utilização de bem sequestrado, apreendido ou sujeito a qualquer medida assecuratória pelos órgãos de Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis segurança pública previstos no art. 144 da Constituição Federal, do sistema prisional, do sistema socioeducativo, da Força Nacional de Segurança Pública e do Instituto Geral de Perícia, para o desempenho de suas atividades. § 1º O órgão de segurança pública participante das ações de investigação ou repressão da infração penal que ensejou a constrição do bem terá prioridade na sua utilização. § 2º Fora das hipóteses anteriores, demonstrado o interesse público, o juiz poderá autorizar o uso do bem pelos demais órgãos públicos. § 3º Se o bem a que se refere o caput deste artigo for veículo, embarcação ou aeronave, o juiz ordenará à autoridade de trânsito ou ao órgão de registro e controle a expedição de certificado provisório de registro e licenciamento em favor do órgão público beneficiário, o qual estará isento do pagamento de multas, encargos e tributos anteriores à disponibilização do bem para a sua utilização, que deverão ser cobrados de seu responsável. Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis § 4º Transitada em julgado a sentença penal condenatória com a decretação de perdimento dos bens, ressalvado o direito do lesado ou terceiro de boa-fé, o juiz poderá determinar a transferência definitiva da propriedade ao órgão público beneficiário ao qual foi custodiado o bem. PROVA A Lei nº13.964/2019 trouxe uma redação para o §5º do artigo 157 do CPP, a qual já tinha sido prevista no §4º do mesmo artigo, contudo tal dispositivo foi vetado em 2008. O §5º traz a impossibilidade do juiz que tomar conhecimento de prova ilícita proferir sentença ou acórdão. Antes da Lei nº 13.964/2019 Depois da lei nº 13.964/2019 DA PROVA CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. (...) DA PROVA CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. (...) Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis SEM CORRESPONDÊNCIA § 5º O juiz que conhecer do conteúdo da prova declarada inadmissível não poderá proferir a sentença ou acórdão. Em que pese, a previsão na legislação atual da vedação anteriormente vetada, tal dispositivoencontra-se suspenso. Obs. Em decisão de 16 de janeiro de 2020, o Presidente do STF, Min. Dias Toffoli, concedeu medida cautelar para, dentre outras medidas, suspender a eficácia do artigo 157, §5º, do CPP. Por sua vez, no dia 22 de janeiro de 2020, o Ministro Luiz Fux, na qualidade de relator das ADIs 6.298, 6.299, 6.300 e 6305, revogou essa decisão monocrática de Toffoli e, dentre outras medidas, suspendeu a eficácia, até decisão final do Plenário, da alteração do juiz sentenciante que conheceu de prova declarada inadmissível (157, §5º, do Código de Processo Penal) CADEIA DE CUSTÓDIA O artigo 158-A do CPP inseriu a cadeia de custodia, o conjunto de todos os procedimentos utilizados para manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado, com o objetivo de dar maior rigor e regularidade aos procedimentos de coleta material. Antes da Lei nº 13.964/2019 Depois da lei nº 13.964/2019 Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis CAPÍTULO II DO EXAME DO CORPO DE DELITO, E DAS PERÍCIAS EM GERAL (...) SEM CORRESPONDÊNCIA CAPÍTULO II DO EXAME DO CORPO DE DELITO, E DAS PERÍCIAS EM GERAL (...) Art. 158-A Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos utilizados para manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte. § 1º O início da cadeia de custódia dá- se com a preservação do local de crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja detectada a existência de vestígio. § 2º O agente público que reconhecer um elemento como de potencial interesse para a produção da prova pericial fica responsável por sua preservação. § 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou recolhido, que se relaciona à infração penal. Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis Art. 158-B A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas seguintes etapas: I – reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial interesse para a produção da prova pericial; II – isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local de crime; III – fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento; IV – coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial, respeitando suas características e natureza; Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis V – acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento; VI – transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro, utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem como o controle de sua posse; VII – recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que deve ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do vestígio, Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu; VIII – processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em laudo produzido por perito; IX – armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo correspondente; X - descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial. Art. 158-C A coleta dos vestígios deverá ser realizada preferencialmente por perito oficial, que dará o encaminhamento necessário para a central de custódia, Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis mesmo quando for necessária a realização de exames complementares. § 1º Todos vestígios coletados no decurso do inquérito ou processo devem ser tratados como descrito nesta Lei, ficando órgão central de perícia oficial de natureza criminal responsável por detalhar a forma do seu cumprimento. § 2º É proibida a entrada em locais isolados bem como a remoção de quaisquer vestígios de locais de crime antes da liberação por parte do perito responsável, sendo tipificada como fraude processual a sua realização. Art. 158-D O recipiente para acondicionamento do vestígio será determinado pela natureza do material. § 1º Todos os recipientes deverão ser selados com lacres, com numeração individualizada, de forma a garantir a inviolabilidade e a idoneidade do vestígio durante o transporte. Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis § 2º O recipiente deverá individualizar o vestígio, preservar suas características, impedir contaminação e vazamento, ter grau de resistência adequado e espaço para registro de informações sobre seu conteúdo. § 3º O recipiente só poderá ser aberto pelo perito que vai proceder à análise e, motivadamente, por pessoa autorizada. § 4º Após cada rompimento de lacre, deve se fazer constar na ficha de acompanhamento de vestígio o nome e a matrícula do responsável, a data, o local, a finalidade, bem como as informações referentes ao novo lacre utilizado. § 5º O lacre rompido deverá ser acondicionado no interior do novo recipiente. Art. 158-E Todos os Institutos de Criminalística deverão ter uma central de custódia destinada à guarda e controle dos vestígios, e sua gestão deve ser vinculada Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis diretamente ao órgão central de perícia oficial de natureza crimina § 1º Toda central de custódia deve possuir os serviços de protocolo, com local para conferência, recepção, devolução de materiais e documentos, possibilitando a seleção, a classificação e a distribuição de materiais, devendo ser um espaço seguro e apresentar condições ambientais que não interfiram nas características do vestígio. § 2º Na central de custódia, a entrada e a saída de vestígio deverão ser protocoladas, consignando-se informações sobre a ocorrência no inquérito que a eles se relacionam. § 3º Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado deverão ser identificadase deverão ser registradas a data e a hora do acesso. § 4º Por ocasião da tramitação do vestígio armazenado, todas as ações deverão ser registradas, consignando- Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis se a identificação do responsável pela tramitação, a destinação, a data e horário da ação. Art. 158-F Após a realização da perícia, o material deverá ser devolvido à central de custódia, devendo nela permanecer. Parágrafo único. Caso a central de custódia não possua espaço ou condições de armazenar determinado material, deverá a autoridade policial ou judiciária determinar as condições de depósito do referido material em local diverso, mediante requerimento do diretor do órgão central de perícia oficial de natureza criminal. MEDIDAS CAUTELARES A nova redação do artigo 282 do CPP dada pelo pacote anticrime impossibilita o juiz de decretar medidas cautelares de ofício, sendo necessário requerimento das partes ou do Ministério Público, durante a ação penal ou representação da autoridade policial, durante as investigações. ATENÇÃO: COM O PACOTE ANTECRIME O JUIZ NÃO PODERÁ DECRETAR DE OFÍICO AS MEDIDAS CAUTELARES, CONTUDO, PODERÁ Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis REVOGAR OU SUBSTITUIR. (DECOREM ISTO! CERTEZA QUE SERÁ TEMA DE PROVA) O §3º do mencionado artigo traz expressamente o prazo de 05 dias, o qual não era previsto, para a parte se manifestar acerca do pedido de alguma medida cautelar. Vale salientar, que o descumprimento de alguma medida cautelar NÃO é considerado crime de desobediência, afinal as consequências para o descumprimento das medidas estão expressas no §4º do artigo 282 do CPP e em nada se fala na configuração de crime de desobediência para tal ato, conforme entendimento dos tribunais superiores. Antes da Lei nº 13.964/2019 Depois da lei nº 13.964/2019 DA PRISÃO, DAS MEDIDAS CAUTELARES E DA LIBERDADE PROVISÓRIA CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS (...) Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser aplicadas observando-se a: I - necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a instrução criminal e, nos casos expressamente previstos, para evitar a prática de infrações penais; DA PRISÃO, DAS MEDIDAS CAUTELARES E DA LIBERDADE PROVISÓRIA CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS (...) Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser aplicadas observando-se a: I - necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a instrução criminal e, nos casos expressamente previstos, para evitar a prática de infrações penais; Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis II - adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições pessoais do indiciado ou acusado. § 1º As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente. § 2º As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz, de ofício ou a requerimento das partes ou, quando no curso da investigação criminal, por representação da autoridade policial ou mediante requerimento do Ministério Público. § 3º Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o juiz, ao receber o pedido de medida cautelar, determinará a intimação da parte contrária, acompanhada de cópia do requerimento e das peças necessárias, permanecendo os autos em juízo. § 4º No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o II - adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições pessoais do indiciado ou acusado. § 1º As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente. § 2º As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz a requerimento das partes ou, quando no curso da investigação criminal, por representação da autoridade policial ou mediante requerimento do Ministério Público. § 3º Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o juiz, ao receber o pedido de medida cautelar, determinará a intimação da parte contrária, para se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias, acompanhada de cópia do requerimento e das peças necessárias, permanecendo os autos em juízo, e os casos de urgência ou de perigo deverão ser justificados e fundamentados em decisão que Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis juiz, de ofício ou mediante requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva (art. 312, parágrafo único). § 5º O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a decretá- la, se sobrevierem razões que a justifiquem. § 6º A prisão preventiva será determinada quando não for cabível a sua substituição por outra medida cautelar (art. 319). contenha elementos do caso concreto que justifiquem essa medida excepcional. § 4º No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz, mediante requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva, nos termos do parágrafo único do art. 312 deste Código. § 5º O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a medida cautelar ou substituí-la quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a decretá- la, se sobrevierem razões que a justifiquem. § 6º A prisão preventiva somente será determinada quando não for cabível a sua substituição por outra medida cautelar, observado o art. 319 deste Código, e o não cabimento da substituição por outra medida cautelar deverá ser justificado de forma fundamentada nos elementos Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis presentes do caso concreto, de forma individualizada. DA PRISÃO A lei nº 13.964/2019 não trouxe mudança significativa sobre o tema, apenas modificou as nomenclaturas de “prisão temporária ou prisão preventiva” por prisão cautelar. O artigo 287 do CPP traz expressa previsão da audiência de custódia quando houver mandado de prisão, ou seja, não se limitando apenas a prisão em flagrante. Vale lembrar que o artigo 310 do CPP determinar a ilegalidade de prisão em flagrante quando não houver a realização da audiência de custódia. Ocorre que tal dispositivo encontra-se suspenso. Antes da Lei nº 13.964/2019 Depois da lei nº 13.964/2019 DA PRISÃO, DAS MEDIDAS CAUTELARES E DA LIBERDADE PROVISÓRIA CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS (...) Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado ou, no curso da DA PRISÃO, DAS MEDIDAS CAUTELARES E DA LIBERDADE PROVISÓRIA CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS (...) Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de prisão cautelar ou em virtude de condenação criminal transitada em julgado. Material elaborado por @oabaivoueu e @defensoriaaivoueuu Proibida cópia, reprodução e repasse, sob pena das sanções cabíveis
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