Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CÁLCULO I Prof. Emerson Veiga | Prof. Tiago Coelho Gabarito - Lista Semanal 08 Questão 1. Um estudo de e�ciência realizado em uma fábrica durante o turno da manhã mostra que um operário que começa a trabalhar às 8h terá produzido em média Q(t) = −t3 + 9t2 + 12t unidades t horas mais tarde. Em que hora da manhã os operários são mais produtivos? Faça um esboço que ilustre a situação. Solução: Devemos encontrar o valor de t para o qual a produção de Q(t) unidades é máxima no período da manhã. Consideremos que o período de trabalho da manhã seja de 8h, que é quando os operários iniciam seu trabalho, até as 12h, que é quando se inicia a tarde. Logo, o intervalo analisado será o que vai do início do trabalho até 4h mais tarde, isto é, 0 ≤ t ≤ 4. Assim, como Q(t) é contínua em [0, 4], aplicaremos o método do intervalo fechado com a �nalidade de encontrarmos a solução. Temos que Q′(t) = −3t2 + 18t+ 12 = −3[t− (3− √ 13)][t− (3 + √ 13)]. Uma vez que Q′(t) existe para todo t, os únicos pontos críticos de Q são os pontos em que Q′(t) = 0 se , isto é, t = 3+ √ 13 ≈ 6, 6 ou t = 3− √ 13 ≈ −0, 6. Mas esses dois valores não pertencem ao intervalo analisado. Sendo assim, apenas iremos calcular o valor de Q(t) nos extremos do intervalo, que são: Q(0) = −03 + 9 · 02 + 12 · 0 = 0 e Q(4) = −43 + 9 · 42 + 12 · 4 = 128. Veri�camos assim que para t = 4 a produção é máxima. Ou seja, às 12h é o horário da manhã em que os operários são mais produtivos. Grá�co da função Q(t) = −t3 + 9t2 + 12t, em que 0 ≤ t ≤ 4 1 Cálculo I Gabarito - Lista Semanal 08 Questão 2. Dada a função f(x) = (x+ 1)2 1 + x2 , (a) Encontre as assíntotas; (b) Encontre os intervalos nos quais a função é crescente ou decrescente; (c) Encontre os valores máximos e mínimos locais; (d) Encontre os pontos de in�exão e os intervalos de concavidade; (e) Use as informações anteriores para fazer o esboço grá�co da função, sem calcular a segunda derivada. Solução: (a) Assíntotas: Como f está de�nida em R, então f não apresenta assíntotas verticais. Para veri�car se existem assíntotas horizontais, devemos calcular os limites lim x→+∞ f(x) e lim x→−∞ f(x). Temos que lim x→±∞ f(x) = lim x→±∞ (x+ 1)2 1 + x2 = lim x→±∞ x2 + 2x+ 1 1 + x2 = lim x→±∞ x2 ( 1 + 2 x + 1 x2 ) x2 ( 1 + 1 x2 ) = lim x→±∞ 1 + 2 x + 1 x2 1 + 1 x2 = 1. Então y = 1 é a única assíntota horizontal. Para veri�car se o grá�co f tem assíntotas oblíquas, notamos que f(x) x = (x+ 1)2 x(1 + x2) = x2 ( 1 + 2 x + 1 x2 ) x3 ( 1 + 1 x2 ) Logo lim x→±∞ f(x) x = lim x→±∞ x2 ( 1 + 2 x + 1 x2 ) x3 ( 1 + 1 x2 ) = lim x→±∞ 1 + 2 x + 1 x2 x ( 1 + 1 x2 ) = 0, pois lim x→±∞ 1 + 2x+ 1 x2 = 1 e lim x→±∞ x ( 1 + 1 x2 ) = ±∞. Portanto, o grá�co de f não tem assíntota oblíqua. (b) Crescente / Decrescente: Temos que f ′(x) = 2(x+ 1)(−x+ 1) (1 + x2)2 Vamos fazer o estudo do sinal de f ′(x). Para isso, notamos que (1+x2)2 > 0 para todo x e analisamos o quadro abaixo Prof. Tiago Coelho | Prof. Emerson Veiga 2 Cálculo I Gabarito - Lista Semanal 08 Como o sinal f ′(x) é negativo para x em (−∞,−1)∪ (1,+∞) e positivo para x em (−1, 1), então f(x) é decrescente em (−∞,−1) ∪ (1,+∞) e crescente em (−1, 1). (c) Máximos e Mínimos: Como o sinal de f ′ muda de negativo para positivo em x = −1, então f tem um mínimo local em x = −1. Como o sinal de f ′ muda de positivo pra negativo em x = 1, f tem um máximo local em x = 1. (d) Pontos de in�exão / Concavidade: Temos que f ′′(x) = 4x(1 + x2)(x2 − 3) (1 + x2)4 . Faremos o estudo de sinal de f ′′(x). Para isso, observamos que 1 + x2 > 0 para todo x e analisamos o quadro abaixo Como f ′′(x) < 0 para x em (−∞,− √ 3) ∪ (0, √ 3), então o grá�co de f é côncavo para baixo em (−∞,− √ 3) e em (0, √ 3). Como f ′′(x) > 0 para x em (− √ 3, 0) ∪ ( √ 3,+∞) , então o grá�co de f é côncavo para cima em (− √ 3, 0) e em ( √ 3,+∞). Os pontos de in�exão,ou seja, os pontos em que há mudança de concavidade são x = − √ 3, x = 0 e x = √ 3. (e) Abaixo temos o grá�co de f Prof. Tiago Coelho | Prof. Emerson Veiga 3 Cálculo I Gabarito - Lista Semanal 08 Figura: Grá�co da função f(x) = (x+ 1)2 1 + x2 Questão 3. Sejam a, b, c, d e e números reais tais que a < b < c < d < e e seja f : R→ R uma função derivável para qual são válidas as seguintes propriedades: (i) f ′ é contínua. (ii) as soluções da equação f ′ (x) = 0 são os números a, c e e. (iii) x = c é o único ponto de mínimo local de f ′ . (iv) os pontos de máximo local de f ′ são b e d. Utilizando estas propriedades de f , responda os itens abaixo: (a) Quais são os pontos de máximo local de f? (b) Quais são os pontos de mínimo local de f? (c) Quais são os pontos de in�exão do grá�co de f? Solução: A partir das informações dadas, traçamos um possível grá�co para f ′(x) que nos dará auxílio na resolução. Figura: Grá�co de f ′(x) Prof. Tiago Coelho | Prof. Emerson Veiga 4 Cálculo I Gabarito - Lista Semanal 08 (a) Como o sinal de f ′ muda de positivo para negativo em e, então f tem um máximo local em e. (b) Como o sinal de f ′ muda de negativo para positivo em a, então f tem um mínimo local em a. (c) Notamos que f ′ é crescente em (a, b) e decrescente em (b, a), assim o grá�co de f tem ponto de in�exão em b, do mesmo modo o grá�co de f tem ponto de in�exão em d. Notamos que f ′ é decrescente em (b, c) e crescente em (c, d), assim o grá�co de f tem ponto de in�exão em c. Questão 4. O gerente de uma fábrica de calçados determina que t meses após o início de uma campanha publicitária S(t) centenas de pares serão vendidos, onde S(t) = 3 t+ 2 − 12 (t+ 2)2 + 5. (a) Determine S ′ (t) e S ′′ (t). (b) Em que mês o número de pares vendidos será máximo? Qual é o número de pares vendidos neste mês? Solução: (a) Temos que S ′ (t) = [ 3 t+ 2 − 12 (t+ 2)2 + 5 ]′ = 3 [ 1 t+ 2 ]′ − 12 [ 1 (t+ 2)2 ]′ + [5]′ = 3[(t+ 2)−1]′ − 12[(t+ 2)−2]′ + 0 = 3(−1)(t+ 2)−2(t+ 2)′ − 12(−2)(t+ 2)−3(t+ 2)′ = 3(−1)(t+ 2)−2 − 12(−2)(t+ 2)−3 = −3 (t+ 2)2 + 24 (t+ 2)3 . E S ′′ (t) = [ −3 (t+ 2)2 + 24 (t+ 2)3 ]′ = −3[(t+ 2)−2]′ + 24[(t+ 2)−3]′ = 6 (t+ 2)3 − 72 (t+ 2)4 . (b) Temos que S′(t) = 0 ⇔ −3 (t+ 2)2 + 24 (t+ 2)3 = 0 ⇔ −(t+ 2) 3 + 24(t+ 2)2 (t+ 2)5 = 0 ⇔ (t+ 2) 2[−3(t+ 2) + 24] (t+ 2)5 = 0 ⇔ (t+ 2) 2(−3t+ 18) (t+ 2)5 = 0 ⇔ −3t+ 18 = 0 ⇔ t = 6 Prof. Tiago Coelho | Prof. Emerson Veiga 5 Cálculo I Gabarito - Lista Semanal 08 Uma vez que S′(6) = 0 e S ′′ (6) = 6 (6 + 2)3 − 72 (6 + 2)4 = − 3 512 < 0. Então, pelo teste da segunda derivada, t = 6 é número de máximo da função. Portanto, após 6 meses do início da campanha o número de pares vendidos será máximo e o número de pares vendidos neste mês será S(6) = 3 6 + 8 − 12 (6 + 8)2 + 5 = 83 16 ≈ 5, 18 centenas de pares. Questão 5. Faça um esboço da curva de uma função com as seguintes propriedades: (a) O grá�co apresenta descontinuidade em x = −1 e em x = 3 (b) f ′ (x) > 0 para x < 1, x 6= −1 (c) f ′ (x) < 0 para x > 1, x 6= 3 (d) f ′′ (x) > 0 para x < −1 e x > 3 e f ′′(x) < 0 para −1 < x < 3 (e) f(0) = 0 = f(2), f(1) = 3 Solução: O grá�co apresenta descontinuidade em x = −1 e em x = 3, logo x = −1 e x = 3 está no domínio de f , mas ou lim x→−1 f(x) e lim x→3 f(x) não existem ou lim x→−1 f(x) 6= f(−1) e lim x→3 f(x) 6= f(3). Como f ′ (x) > 0 para x < 1, x 6= −1, temos que f é crescente nos intervalos (−∞,−1) e (−1, 1). E uma vez que f ′ (x) < 0 para x > 1, x 6= 3, temos que f é decrescente nos intervalos (1, 3) e (3,+∞). E como o sinal de f ′ muda de positivo para negativo em x = 1, temos que f tem um máximo local em x = 1. Como f ′′ (x) > 0 para x < −1 e x > 3 e f ′′(x) < 0 para −1 < x < 3. concluímos que o grá�co de f tem a concavidade voltada pra baixo em (−1, 3) e tem a concavidade voltada pra cima nos intervalos (−∞,−1) e (3,+∞). Ainda temos que f(0) = 0 = f(2), f(1) = 3, que nos diz que os pontos (0, 0), (2, 0) e (1, 3) perten- cem ao grá�co de f . Unindo as informações, tesmo abaixo um possível grá�co para f Prof. Tiago Coelho| Prof. Emerson Veiga 6 Cálculo I Gabarito - Lista Semanal 08 Note que aqui por opção de�nimos f(−1) = 1 e f(3) = 2 e �zemos lim x→−1− f(x) = +∞, lim x→−1+ f(x) = −∞, lim x→3− f(x) = −∞ e lim x→3+ f(x) = +∞. E assim f está de�nida em x = −1 e x = 3, mas os limites lim x→−1 f(x) e lim x→3 f(x) não existem e portanto f não é contínua em x = −1 e em x = 3. Prof. Tiago Coelho | Prof. Emerson Veiga 7
Compartilhar