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Recuperação das Matas Ciliares para a conservação das Nascentes no Cerrado Fabiane Souza Mendonça¹ RESUMO Este artigo trata da importância das Matas Ciliares para a conservação das nascentes no Cerrado, mostra a importância de preservar as matas ciliares e quais os métodos de recuperação existentes e apropriado para cada situação. A pesquisa é de cunho qualitativo com método de revisão bibliográfica, analisa obras publicadas sobre o presente tema. A pesquisa busca responder a seguinte questão “Qual a importância da Recuperação das Matas Ciliares para a Preservação das Nascentes do Cerrado”? Mostrando a importância dos estudos para traçar os melhores métodos de recuperação para cada área degradada, após analisar as causas que aconteceu a degradação. Os estudos são importantes para não perder as características deste bioma rico em biodiversidade e de grande importância para manter o equilíbrio ecológico. Palavras-chave: Mata Ciliar. Cerrado.Nascentes. Recuperação. 1. INTRODUÇÃO Estruturas florestais ou outros tipos de vegetação nativa localizados nas margens de rios, lagos, nascentes e outros cursos d'água são chamados de matas ciliares. As matas ciliares são importantes para o meio ambiente aquático e terrestre, como, na geração do escoamento direto de microbacia, na quantidade e na qualidade da água, juntamente com a filtragem de partículas e nutrientes, ciclagem de nutrientes e na interação direta com o ecossistema aquático através do sombreamento” (Lima e Zakia, 2000). As matas ciliares são essenciais para sustentar a vida e são protegidas pela legislação ambiental brasileira de 1988 e foram aprimoradas ao longo dos anos para atender os problemas ambientais. Mesmo assim as matas ciliares continuam a ser devastadas por todo o país, principalmente no cerrado, apesar de ser bastante atuante na preservação do solo, da água e da vida (SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2009). Os principais motivos dos desmatamentos estão relacionados às atividades humanas, como a retirada da madeira, utilização da terra para agricultura e pecuária extensiva. Com a utilização desequilibrada do bioma do cerrado por atividades agrícolas, apareceram vários problemas que levaram ao desequilíbrio ambiental do bioma do cerrado, como a erosão, falta de cobertura do solo, contaminação das águas, assoreamento dos rios e nascentes (SANTOS et al., 2007). Os benefícios da proteção das matas ciliares para a economia agrícola e aglomerações urbanas são evidentes, pois protege a propriedade rural e os mananciais dos problemas irreversíveis de lixiviação superficial do solo e assoreamento de córregos, rios e leitos de reservatórios, além de prevenir inundações e evitar a perda de solo fértil e evaporação excessiva de água. (BARBOSA, 1989). As matas ciliares protegem os recursos hídricos e a biodiversidade. É muito importante os estudos de métodos de recuperação de matas ciliares para conservação das nascentes no bioma do Cerrado. O objetivo deste artigo é a realização de um levantamento bibliográfico sobre os métodos mais importantes na recuperação de matas ciliares, que ajudam na recuperação de nascentes no bioma do cerrado. Deste modo busca-se analisar vários métodos de reflorestamento, como plantio de mudas nativas, regeneração natural, semeadura direta e as técnicas de nucleação, analisando o método que é mais eficaz para a recuperação do ecossistema e a revitalização das nascentes. 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Cerrado O Cerrado é o segundo maior bioma brasileiro, rico em biodiversidade. Recentemente foi incluído entre os hotspots globais para a conservação. O berço de muitas espécies endêmicas de vegetais e animais está sendo ameaçado, devido a rapidez com que está sendo destruído (DURIGAN, 2003). Conforme Damasco et al, (2018) o cerrado é um importante hotspots, devido a sua riqueza. Recebeu essa classificação por conter um grande número de espécies em sua biodiversidade, que não são vistos, em lugar nenhum do planeta, e além disso, quando tem menos de 30% de sua vegetação natural, por ter sido destruída. Conhecida também como savana brasileira, possui uma vasta biodiversidade que varia desde formações campestre até formações florestais, é a mais rica em variedade de flora, com mais de 7000 espécies, maioria endêmicas(LIMA, 2008). Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística - IBGE (2010), a região do Cerrado é distribuída em 10 (dez) estados brasileiros, mais o Distrito Federal, com uma área de 205 milhões de hectares Regiões Centro-Oeste, Sul e Nordeste do país. As principais bacias hidrográficas do Brasil são localizadas no bioma do Cerrado, por isso é conhecido também como o “berço das águas”, por possuir uma área com grande número de nascentes. (CALHEIROS et al., 2004). O Cerrado abriga nascentes de oito bacias hidrográficas das doze que são localizadas no Brasil, os fatores que contribui para isso são a posição e o relevo, por ele está localizado em região central, contribuiu para que a maioria das bacias hidrográficas estivesse concentrada nesse bioma, devido a altitude e a grande quantidade de nascentes, facilitam o escoamento das águas em outras regiões (PENA, 2021). Mas embora o bioma Cerrado seja muito importante, o mesmo sofreu danos tremendos devido à ocupação descontrolada, incluindo as áreas ao redor das nascentes, chamadas de matas ciliares. Na década de 60 e 70 ocorreu a maior ocupação, devido à política de modernização da agricultura, ao incentivo do setor urbano-industrial e as políticas de integração nacional (SANTOS et al., 2007). São graves as consequências da degradação do cerrado para os recursos hídricos, em várias localidades já são sentidos, principalmente as que fazem uso intensivo de produtos de controle de lavoura e irrigação, indicando a necessidade de interferência no manejo das áreas de preservação permanente e demais áreas não agrícolas (FERFIL et al., 2008). Os métodos utilizados na recuperação de áreas degradadas no bioma do cerrado, tem que ser diferentes aos usados em ambientes úmidos, devido ao grande espaço entre as árvores, atributo normalmente da vegetação de savana, e por elas estarem completamente expostas à luz (NASCIMENTO et al., 2007). Mata Ciliar Segundo FERREIRA et al., (2007), toda formação florestal que se localiza próximo ao curso d’água, sujeitos a inundações temporárias são chamados de mata ciliar. Toda formação que se encontra às margens de córregos, nascentes, lagos, reservatórios de água e ribeirões são formações vegetais que é conhecido como mata ciliar, são muito importantes para a qualidade ambiental, influenciando a qualidade da água, na estabilidade do solo e serve como corredor natural para o deslocamento dos animais (OLIVEIRA, 2009). As formações vegetais às margens do curso d’água são chamadas de diferentes termos na literatura, como: floresta ribeirinha, floresta ripícola, floresta ripária, mata de galeria, floresta beiradeira (MARTINS, 2001 citado por OLIVEIRA, 2009). A partir de 1980 a degradação das matas ciliares começou a ser vista como um problema, devido a redução da fertilidade do solo, aumento da extinção de espécies de animais e vegetais, processo erosivo observado nos últimos anos (BARBOSA,2006). A legislação federal proíbe a intervenção humana em área de mata ciliar, por causar vários danos ambientais. As matas ciliares agem como barreira física, ajustam os processos de troca entre os ecossistemas terrestres e aquáticos e assim dando condições propícias à infiltração (KAGEYAMA,1986; LIMA, 1989). No artigo 1° da Lei N° 12.727, que altera a Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, que dispõe sobre a proteção da vegetação nativa: afirmação do compromisso soberano do Brasil com a preservação das suas florestas e demais formas de vegetação nativa, bem como da biodiversidade, do solo, dos recursos hídricos e da integridade do sistema climático, para o bem estar das gerações presentes e futuras (BRASIL, 2012) Segundo ATTANASIO (2009),restaurar matas ciliares é restaurar a integridade ecológica, a biodiversidade e a estabilidade do ecossistema, no longo prazo, destacando e estimulando a capacidade natural de mudança ao longo do tempo. Segundo CRUZ et al., (2002), citado por OLIVEIRA (2009), é importante isolar a área, retirando os fatores de degradação, removendo espécies competidoras, reflorestado com espécies nativas, implantando espécies pioneiras que sejam atrativas para fauna e de importância econômica para que assim ocorra uma verdadeira recuperação da mata ciliar Quando há uso de uns do elemento biótico e/ou abiótico, que possui a finalidade a promoção e criação de novos núcleos de regeneração, colonização e conectividade na paisagem, trata-se de nucleação (SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2009). A técnica que é aplicada na recuperação pelo plantio de plântulas naturais, íntegra nos resgates das mesmas nas áreas de fragmentos florestais próximos e decorrente plantio de recuperação no ambiente a ser recuperado. Entretanto, é necessário ressaltar que essa técnica de recuperação precisa ser realizada em ciclos chuvosos e seguida de vários dias de chuvas, a fim de que o solo se esteja em condições ideais (BECHARA, 2006 citado por OLIVEIRA, 2009). Nascentes Segundo Meister (2017), as nascentes integram um sistema hidrológico da qual tem diversas funções nos ecossistemas. Contam com características físico-químicas que concedem microambiente único de interface terrestre e aquático, agindo no equilíbrio desses ambientes Nascentes, são identificadas como minas d’água, fio d’água, olho d’água e fontes, são regiões onde ocorre o afloramento das águas subterrâneas e que dão começo a formação de pequenos riachos, que por sua vez darão origem aos rios. As nascentes precisam ser tratadas com eficiente precaução, pois o valor d’água é incalculável e é fundamental a vida de todos os seres vivos (PINTO, 2003). As matas ciliares são encontradas nas proximidades dos cursos d’água, são essenciais para a conservação (NERES et al., 2015). Segundo DE AVILA et al., (2011) as matas ciliares exercem a função de criar corredores ecológicos que facilitam a preservação da biodiversidade e dos recursos hídricos. A recuperação ambiental desses ecossistemas, na maioria das vezes necessita da manutenção dessas funções ecológicas. De acordo com a disposição do terreno, se faz a distinção de uma nascente difusa ou pontual, as nascentes difusas é quando existem diversos pontos de surgência de água espalhados por toda uma superfície, como no caso das veredas dos cerrados brasileiros. As nascentes pontuais são quando a surgência de água se dá em um ponto, de forma concentrada (SANTOS, 2016). De acordo com a continuidade do seu fluxo, as nascentes podem ser caracterizadas: as nascentes que apresentam um fluxo de água contínuo, durante todo ano, até mesmo no período da seca, são denominada de nascentes perenes, as de fluxo apenas durante a estação das chuvas são denominada de nascentes temporárias e as que surgem durante uma chuva e permanecem por algumas horas ou alguns dias e depois desaparecem são chamadas de nascentes efêmeras (SANTOS, 2016). A preservação permanente das áreas situadas próximas às nascentes, ainda que intermitente e nos chamados olhos d’água, seja qual for sua situação topográfica, devendo ter uma raio mínimo de cinquenta metros de largura são protegidas pela Lei Federal 4.771/65, alterada pela Lei 7.803/89 e a Medida Provisória n° 2.166-67, de 24 d e agosto de 2001, mas que foram revogadas pela Lei N° 12.651, alterada pela Medida Provisória 571, de 25 de Maio de 2012 (BRASIL, 2012) De acordo com Pinto (2003), as nascentes podem ser classificadas em preservadas, perturbadas e degradadas, de acordo com o grau de conservação. As nascentes preservadas possui cinquenta metros de mata ciliar natural ao seu redor, as nascentes perturbadas quando não possui cinquenta metros de vegetação natural em sua volta, mas com um bom estado de conservação e as nascentes degradadas possui um grau de compactação elevada, pouca vegetação a seu redor, erosão e voçorocas (OLIVEIRA, 2009). Segundo Muniz (2018), as nascentes são essenciais à vida e precisam ser preservadas e recuperadas. Pois há boas chances de recuperação de um corpo hídrico quando as nascentes estão preservadas. Métodos de recuperação De acordo com a SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO (2009), para escolher melhor sistema de reflorestamento depende do grau de preservação do ambiente a ser recuperado, pode utilizar os métodos de regeneração natural, semeadura direta, plantio de mudas e nucleação. Para escolher o melhor método é importante considerar as características do solo, temperatura, umidade e luz (BOTELHO E DAVIDE, 2002). Regeneração natural Em áreas com o índice de baixa perturbação utiliza o método de regeneração natural, essa técnica desenvolve-se sem a intervenção humana e sim por meio da germinação natural de sementes e por brotamentos espontâneos de tocos e raízes (BOTELHO, 2003). A regeneração natural tem baixo custo, usa-se pouca mão de obra e insumos em relação a outros métodos usados na recuperação de áreas degradadas (BOTELHO & DAVIDE, 2002). Segundo BOTELHO (2003), a técnica de regeneração natural possui baixo custo e tem facilidade em realizar, apesar dessas vantagens é um método bastante lento, em áreas que precisam de rapidez na recuperação é importante analisar outros métodos que se tem resultados mais rápidos, visando sempre na proteção do solo e do curso d'água para acelerar a sucessão vegetal. Semeadura direta A semeadura direta é o processo de recomposição da vegetação de uma determinada área com a liberação de sementes de um grande número de espécies nativas com bom potencial de germinação, podendo ser manual, mecânico ou ambos. Durante este processo, são semeadas espécies pioneiras, com diversidade alta ou semeadas juntamente com espécies secundárias de acordo com a resiliência do local (EMBRAPA, 2017). De acordo com Mattei (1995), o método de semeadura direta é muito versátil e tem baixo custo , sendo usado na maior parte a onde a regeneração natural e o plantio de mudas não pode ser realizado. Plantio de mudas O plantio de mudas possui uma ótima eficácia, pois contribui com uma rápida cobertura do solo e asseguram a auto-renovação da floresta (TRINDADE & SCHULZ, 2009). Esse método de plantio de mudas é muito usado em áreas em que a vegetação natural em volta do local a ser recuperado está bastante comprometida ou já não existe, com o propósito de recuperar a vegetação original (IGNÁCIO et al., 2007). Algumas dificuldades que atrapalham na aplicação deste método são as dificuldades na obtenção das mudas, avaliação periódica das mudas plantadas, a mão de obra, a necessidade de adubos e/ou fertilizante, entre outros (TRINDADE & SCHULZ, 2009). Em geral o método possui vários pontos positivos. Após o desenvolvimentos das mudas, o solo desenvolverá camadas de serapilheiras e húmus, deste modo atraindo animais dispersores de sementes, assim acelerando o processo de sucessão vegetal (RODRIGUES et al., 2009). Nucleação O método de nucleação utiliza várias técnicas para recuperação ambiental, entre elas estão a transposição do solo, transposição de galharia, poleiros naturais ou artificiais e nucleação de Anderson (ESPÍNDOLA et al., 2006; SILVA, 2011). A transposição do solo compreende a retirada da superfície do solo de uma área preservada junto com a serrapilheira. O conjunto do solo com a serrapilheira é disposto na área que será recuperada, essa transposição ajuda na revegetação da área, através do banco de semente presente no solo (OLIVEIRA, 2019). A transposição de galharia são pilhas de lenhas que formam abrigo artificiais para fauna e também promove a atuação de decompositores, ajudando a recuperar o solo, após formação de húmus (OLIVEIRA, 2019). Os poleiros são feitos torres com 10 m de altura formando com varas,onde são plantadas trepadeiras para atrair animais, assim eles pousam e depositam sementes, ajudando a recuperar as áreas degradadas (OLIVEIRA, 2019). O núcleo do Anderson consiste na plantação de mudas feitas em viveiros em grupo favorecendo a espécie central crescer em altura e as laterais ramificar, os núcleos são montados em três, cinco, nove ou treze mudas em espaçamento de meio metro até um metro de distância, de forma heterogênea ou homogênea (SOUZA, 2010). A propostas de usar técnicas de nucleação visam formar micro-habitats em núcleos, criando condições oportunas para revegetação natural (REIS et al., 2003). 3. MÉTODO DE PESQUISA O presente artigo é de cunho qualitativo, com base na pesquisa bibliográfica, abordando e analisando obras publicadas sobre o presente tema já mencionado. A pesquisa bibliográfica também podendo ser chamada de revisão de literatura tem por finalidade analisar artigos, livros, jornais, sites acadêmicos entre outros. Segundo Boccato (2006, p. 266): Pesquisa bibliográfica busca a resolução de um problema (hipótese) por meio de referenciais teóricos publicados, analisando e discutindo as várias contribuições científicas. Esse tipo de pesquisa trará subsídios para o conhecimento sobre o que foi pesquisado, como e sob que enfoque e/ou perspectivas foi tratado o assunto apresentado na literatura científica. Para tanto, é de suma importância que o pesquisador realize um planejamento sistemático do processo de pesquisa, compreendendo desde a definição temática, passando pela construção lógica do trabalho até a decisão da sua forma de comunicação e divulgação. A revisão da literatura tem vários objetivos, incluindo: a) Fornecer o conhecimento em um campo específico;b) Facilidade de identificar a escolha dos métodos e técnicas utilizadas pelos pesquisadores; c) Fornecer subsídios, introdução e revisão da literatura de trabalhos científicos. Devido ao momento que estamos vivenciando a Covid - 19 a pesquisa se tornou um pouco limitada podendo ser executada através de meios digitais para a segurança das demais pessoas. O objetivo da pesquisa se deu devido a importância da recuperação das matas ciliares para conservação das nascentes do cerrado. A pesquisa consta com uma análise detalhada sobre autores que defendem a importância das matas ciliares para a preservação das nascentes. E também relatando as consequências de não se preservar as matas ciliares. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO As informações coletadas por meio do referencial bibliográfico possibilitaram um conhecimento da importância das matas ciliares para a conservação das nascentes do bioma do Cerrado e alguns métodos de recuperação. Após a coleta de informações foi possível resultar que está havendo uma significativa degradação ambiental em um dos maiores biomas do Brasil. O bioma do Cerrado que possui um valor incalculável, referente a sua rica biodiversidade e o grande número de nascentes no seu território, precisa ser respeitado. Para se ter uma conservação das nascentes precisa-se preservar o bioma do Cerrado, pois a quantidade e qualidade da água depende da conservação das mesmas. Antes mesmo de se pensar em recuperar uma área é necessário averiguar quais foram as causas decorrentes da degradação para que se possa colocar em prática o melhor método de recuperação e que se tenha resultados positivos. Toda área que for recuperada precisa de muitos estudos para que não se perca as características do bioma do Cerrado. 5. CONCLUSÃO É notável a importância da preservação das Matas Ciliares , uma vez que a mesma é responsável pela fauna e flora existente em determinado bioma, tendo também impacto na qualidade e quantidade de água. Porém antes de se pensar em fazer uma recuperação das áreas degradadas, deve-se analisar a primeiro momento quais são as causas que levaram a uma degradação e quais medidas deverão ser tomadas. As principais causas são desmatamento, atividades agrícolas e atividades pecuárias. De acordo com as principais causas analisadas devem criar uma estratégia para que diminua o máximo possível do desmatamento, a quantidade de agrotóxicos lançados nos cursos dos rios decorrente a atividades agrícolas,o acesso dos gados nas áreas a serem preservadas referente a pecuária sendo necessário fazer um cercamento do local. Após investigar as causas da degradação e levantar medidas para que a mesma não aconteça novamente, cego o momento de levar alguns tópicos em consideração a área a ser preservada como: solo, bioma, atividades praticadas naquela região e causas do desmatamento. Mediante a esse levantamento de dados é feito todo um trabalho em busca das mudas nativas referente a determinado bioma como o caso do presente artigo o bioma Cerrado, para a escola de quais espécies nativas a serem plantadas temos que considerar quais a espécies que se adapta ao clima do cerrado e também analisar a fauna ali existente poi são fundamentais para decidir quais mudas frutíferas devem ser plantadas . Uma vez que ocorre a degradação ambiental, a fauna e a flora estão ameaçadas, o que leva a uma extinção de espécies endêmicas de vegetação e animais.Um fator a ser considerado também é a falta de água potável, decorrente das degradações ambientais existentes em diversas regiões. Portanto a preservação das Matas Ciliares, confere uma melhor qualidade de vida à população, tendo em vista a preservação da qualidade e quantidade de água potável, resgatando as espécies vegetais e animais extintas pela prática de degradação de áreas ambientais. REFERÊNCIAS ALMEIDA, O.A. Implantação de matas ciliares por plantio Direto utilizando-se sementes peletizadas. UFLA. Lavras. 2004. ATTANASIO, C. M. Manual Técnico: Restauração e Monitoramento da Mata Ciliar e da reserva Legal para a Certificação Agrícola - Conservação da Biodiversidade na Cafeicultura. Piracicaba – SP. 2009. BARBOSA, L.M. Simpósio Sobre Mata Ciliar. Campinas, 1989. Fundação Cargill. Anais BOCCATO, V. R. C. Metodologia da pesquisa bibliográfica na área odontológica e o artigo científico como forma de comunicação. Rev. Odontol. Univ. Cidade de São Paulo, São Paulo, v. 18, n. 3, p. 265-274, 2006. BECHARA, F.C. 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