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1)Você está analisando algumas amostras para identificar a presença de vírus. Durante a análise surge uma dúvida se determinado agente biológico seria um vírus de tamanho grande ou uma bactéria de tamanho muito reduzido. Explique como você poderia diferenciar um vírus de uma bactéria, citando ao menos cinco características diferentes. (V. 1,0) Na estrutura da bactéria tem DNA nucleóide, ribossomos, plasmídeo, citoplasma, membrana plasmática, parede celular, fímbrias e flagelo. Já no vírus temos DNA ou RNA, capsídeo, envelope e proteínas de associação. 2. Os vírus podem ser classificados em vários tipos morfológicos diferentes. Como se pode classificar os vírus com base na arquitetura do capsídeo? E quais são os tipos de ácido nucleicos que podem estar presentes em um vírus? (V. 2,0) Vírus helicoidais: lembram bastões longos, que podem ser rígidos ou flexíveis. O genoma viral está no interior de um capsídeo cilíndrico e oco com estrutura helicoidal. Vírus poliédricos: o capsídeo da maioria dos vírus poliédricos tem a forma de um icosaedro, um poliedro regular com 20 faces triangulares e 12 vértices. Os capsômeros de cada face formam um triângulo equilátero. Vírus envelopados: o capsídeo de alguns vírus é coberto por um envelope. Os vírus envelopados são relativamente esféricos. Os vírus helicoidais e os poliédricos envoltos por um envelope são denominados vírus helicoidais envelopados ou vírus poliédricos envelopados. Vírus complexos: alguns vírus, particularmente os vírus bacterianos, possuem estruturas complicadas e são denominados vírus complexos. Um bacteriófago é um exemplo de um vírus complexo. Alguns bacteriófagos possuem capsídeos com estruturas adicionais aderidas, o capsídeo é poliédrico e a bainha é helicoidal. A cabeça contém o genoma viral. Os vírus podem possuir tanto DNA como RNA, mas nunca ambos. O ácido nucleico dos vírus pode ser de fita simples ou dupla. Assim, existem vírus com DNA de fita dupla, DNA de fita simples, RNA de fita dupla e RNA de fita simples. Dependendo do vírus, o ácido nucleico pode ser linear ou circular. Em alguns vírus, o ácido nucleico é segmentado. 3. O que é lisogenia e o que é um prófago? (V. 1,0) A lisogenia é um dos dois ciclos de reprodução viral. A lisogenia é caracterizada pela integração do ácido nucleico bacteriófago no genoma da bactéria hospedeira ou formações de um replicão circular no citoplasma bacteriano. O material genético do bacteriófago, denominado prófago, que é o nome atribuído ao pedaço de material genético alheio que se integra ao DNA da bactéria, pode ser transmitido às células filhas em cada divisão celular subsequente, e um evento posterior pode liberá- lo, causando proliferação de novos fagos via a Ciclo lítico. 4. Compare as maneiras com que vírus de animais e vírus bacterianos penetram entrem nos seus hospedeiros. (V. 1,5) Os vírus não possuem enzimas para produção de energia ou síntese de proteínas. Para um vírus se multiplicar, ele deve invadir uma célula hospedeira e direcionar a maquinaria metabólica do hospedeiro para produzir enzimas e outros componentes virais. Os vírus bacteriófagos, durante o ciclo lítico, um fago causa a lise e a morte da célula hospedeira. Alguns vírus podem tanto causar lise como incorporar seu DNA, como um prófago, no DNA da célula hospedeira. A última situação é chamada de lisogenia. Durante a fase de adsorção do ciclo lítico, os sítios na superfície das fibras da cauda do fago ancoram-se em sítios receptores complementares na célula hospedeira. Durante a penetração, a lisozima do fago faz uma abertura na parede da célula bacteriana, a cobertura da cauda se contrai e impulsiona a região central da cauda através da parede, e o DNA do fago penetra na célula. O capsídeo permanece do lado de fora. Na biossíntese, o DNA do fago produz mRNA, que codifica as proteínas necessárias para sua multiplicação. O DNA do fago é replicado, e as proteínas do capsídeo são produzidas. Durante o período de eclipse podem ser encontrados, separadamente, DNA e proteínas. Durante a maturação, o DNA do fago e os capsídeos são montados em vírus completos. Durante a liberação, a lisozima do fago rompe a parede bacteriana, e os novos fagos produzidos são liberados. Os vírus animais ancoram-se na membrana plasmática da célula hospedeira. A penetração ocorre por endocitose ou fusão. Os vírus animais são desnudados por enzimas virais ou da célula hospedeira. O DNA da maioria dos vírus de DNA é liberado no núcleo da célula hospedeira. A transcrição do DNA e a tradução produzem respectivamente DNA viral e as proteínas do capsídeo. Essas proteínas são sintetizadas no citoplasma da célula hospedeira. A multiplicação dos vírus de RNA ocorre no citoplasma da célula hospedeira. A RNA-polimerase dependente de RNA sintetiza a fita dupla de RNA. A transcriptase reversa dos retrovírus (DNApolimerase dependente de RNA) transcreve DNA a partir de RNA. Após a maturação, os vírus são liberados. O brotamento é um dos métodos de liberação (e de formação do envelope). Os vírus não envelopados são liberados pela ruptura da membrana da célula hospedeira. 5. Qual é a diferença entre uma infecção viral persistente e uma latente? (V. 1,0) As infecções virais persistentes são processos patológicos que se estendem por um longo período, sendo geralmente fatais. Nas infecções latentes, o RNA ou o DNA viral permanece nas células hospedeiras, mas não se replica nem causa doenças por muito tempo, algumas vezes por muitos anos. Às vezes, um deflagrador provoca reativação. 6. A capacidade de um vírus em infectar um organismo é regulada: (V. 0,5) a) Pela espécie hospedeira. b) Pelo tipo de célula. c) Pela disponibilidade de sítios para a adsorção. d) Pelos fatores celulares necessários para a replicação viral. e) Todas as alternativas. 7. Qual das afirmativas seguintes pode constituir a primeira etapa no processo de biossíntese de um vírus com transcriptase reversa? (V. 0,5) a) Uma fita complementar de RNA deve ser sintetizada. b) RNA de fita dupla deve ser sintetizado. c) Uma fita complementar de DNA deve ser sintetizada a partir de um molde de RNA. d) Uma fita complementar de DNA deve ser sintetizada a partir de um molde de DNA. e) Nenhuma das alternativas. 8. Sobre o novo coronavirus (COVID-19), responda: a) Por que recomenda-se o uso de álcool (etanol 70%) gel ou água e sabão/sabonete para antissepsia das mãos? Esses métodos são eficazes para eliminação externa de todos os tipos virais que causam infecções em humanos? Explique. (V. 1,5) A higienização com sabonete líquido remove a microbiota transitória, tornando as mãos limpas. A eficácia da higienização simples das mãos com água e sabonete, porém, depende da técnica utilizada e do tempo gasto durante o procedimento. A maioria dos antissépticos para as mãos à base de álcool contém isopropanol, etanol, n-propanol ou uma combinação de dois desses produtos. A atividade antimicrobiana dos álcoois pode ser atribuída à sua capacidade de desnaturar e coagular proteínas. As células do micro organismo são então lisadas e seu metabolismo celular é interrompido. Não elimina todos os tipos virais, pois existe vírus complexos que não adere a eficácia do sabão/sabonete e do álcool (etanol 70%). b) Em que família viral esse virus está classificado e como é a sua estrutura (mencionar morfologia do capsídeo, se há envelope e sua morfologia e o tipo de ácido nucléico presente)? (V. 1,0) Pertencem à subfamília taxonômica Orthocoronaviridae da família Coronaviridae, da ordem Nidovirales. Cada virião mede aproximadamente 50-200 nanómetros de diâmetro e é um vírus do tipo envelopado. Tem quatro proteínas estruturais, a spike glicoproteína S, o envelope, a membrana e o nucleocapsídeo. O ácido nucléico tem genoma de RNA simples de sentido positivo.
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