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LITERATURA PIAUIENSE

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LITERATURALITERATURA BRASILEIRA BRASILEIRA
DE EXPRESSÃO DE EXPRESSÃO PIAUIENSEPIAUIENSE
PROF. JORGE ALBERTO
@jatmayle LITERCULTURA
www.jorgealbertotajra.blogspot.com
LITERATURA PIAUIENSE
BARROCO/
NEOCLASSICISMO
1808 / 1866
FASE ACADÊMICA
1917 / 1940
MODERNISMO
1940 / ?
ROMANTISMO
1866 / 1917
MERIDIANO
1950
VANGUARDISTAS CLIP PÓS-69/MIMEÓGRAFO
PRINCIPAIS REPRESENTANTES
Leonardo Castelo Branco
Teodoro Castelo Branco
Ovídio
NEOCLASSICISMO
 (1808 / 1866) 
“Poemas” – Ovídio Saraiva
Teodoro Castelo Branco
►Transição entre o Arcadismo
 e o Romantismo;
►Bucólico / árcade sertanejo;
►Poesia de estilo popular em
 versos redondilhos;
►Retrata os costumes do Piauí.
poeta-caçador
LEONARDO DA SENHORA DAS DORES
CASTELO BRANCO
• Poeta, militar e mecânico inventivo;
• Preso (Oeiras / São Luís / Portugal);
• Estilo que mescla Barroco, Arcadismo e Romantismo
(predominante).
• PRINCIPAIS OBRAS:
- A Criação Universal (linguagem rebuscada /
cientificismo);
- O Ímpio Confundido: poema épico / sagrado x profano;
- O Santíssimo Milagre: poema épico-religioso / duas
versões: decassílabos eruditos e brancos e versos
populares (heptassílabos e tetrassílabos).
“ (...)
O Parnaíba, não tão vasto e fundo,
Talvez por isso mesmo mais sensível, (...)
Ó Parnaíba! Ó Rio,
Que em grandeza, e em virtude produtora
É, senão superior, igual ao menos
A esse tão famoso, que no Egito
Os meus amenos campos fertiliza!...” (...)
Eu, brasileiro sou. O solo habito
Que o Parnaíba rega. (...)
(O Ímpio Confundido - a primeira versão 1835 – por
Leonardo da Senhora das Dores Castello Branco –
brasileiro piauhiense)
ROMANTISMO ( 1866 / 1917 )
“Flores da Noite” – Lycurgo de
CONTEXTO HISTÓRICO:
• O Piauí na Guerra do Paraguai;
• Fundação de jornais / Seca de 1877;
• Permuta de territórios: Amarração e Crateús;
• Piauienses na Escola de Recife;
• Inauguração do Theatro 4 de Setembro (1894);
• Polêmica ideológica entre o clero e a maçonaria;
• A importância da navegação do Rio Parnaíba.
PRINCIPAIS REPRESENTANTES:
- Lycurgo de Paiva
- Francisco Gil Castelo Branco
- Luíza Amélia de Queiroz Brandão:
”Princesa Romântica do Piauí” – “Flores Incultas”
(1875) / “Georgina ou os Efeitos do Amor” (1893).
- Hermínio Castelo Branco
ATALIBA, O VAQUEIRO
Francisco Gil Castelo Branco
I. CARACTERÍSTICAS DA OBRA:I. CARACTERÍSTICAS DA OBRA:
 Tentativa de chamar a atenção da Corte (Rio de Janeiro)
para o drama da seca no Piauí em 1877;
 Visão realista da seca;
 Estrutura romântica (enredo linear, personagens planas,
narrativa de ação e trama simples);
 Personagens idealizados, heróicos e nobres (moral e
fisicamente);
 Ausência de vida interior nos personagens;
 Presença do sentimentalismo e do exagero;
 Abordagem dos costumes e mentalidades do
interiorano;
 Final trágico (morte e loucura), tipicamente romântico.
Hermínio Castelo Branco
§ OBRA: “LIRA SERTANEJA”
§ Poeta popular / linguagem regionalista, simples e agreste
/
 uso das redondilhas / retrata os costumes do Piauí.
§ Sua Lira é orgulho dos cantadores populares.
“Eu sou rude sertanejo:
Só falo a língua das selvas
Onde impera a natureza
Não sei fazer epopéias,
Não entendo de poemas,
Nem choramingo pobreza.
(...)
E quem não for sertanejo,
E queira compreender
A beleza da expressão,
Consulte dicionários
Da língua chã, verdadeira,
Do homem cá do sertão”.
(...)
FASE ACADÊMICA (1917 / 1940)
1917– ZODÍACO, do poeta-maior Da Costa e Silva
CONTEXTO HISTÓRICO:
• Polêmica entre a Maçonaria e o Clero, na provinciana
cidade de Teresina;
• Ciclo da borracha de maniçoba;
• Reflexos da seca de 1915;
• O Rio Parnaíba como via econômica, cultural,
 política, social...
• Fundação da Academia Piauiense de Letras (1917);
• Faculdade de Direito no Piauí (1931) tendo como
 modelo a famosa Escola de Recife;
• Reflexos políticos, ideológicos e sociais do Estado
 Novo.
CARACTERÍSTICAS E TEMAS
► Manifestações tardias de Romantismo,
 Realismo, Naturalismo, Parnasianismo e
 Simbolismo;
►Prosa de visão crítica da sociedade
 teresinense;
►Poesia que conserva a musicalidade
 simbolista e o rigor estético parnasiano;
►É um longo período de transição para
 o Modernismo.
PRINCIPAIS REPRESENTANTES
Lucídio Freitas
Abdias Neves
Da Costa e Silva
Martins Napoleão
Félix Pacheco (simbolista que pertenceu à A.B.L)
Amélia de Freitas Beviláqua (1ª mulher a tentar 
“entrar” na A.B.L.)
Celso Pinheiro
Jônatas Batista (fundador do teatro piauiense)
“Ao meu longínquo Piauí -
na divina evocação de sua
natureza maravilhosa”
 DA COSTA E SILVA: POETA ELEGÍACO
• O Piauí / A terra natal: Amarante;
• O Rio Parnaíba / Infância / Natureza;
• Mãe: amor materno / saudade;
• Poesia intimista / subjetiva / formal;
• Intensa plasticidade (descritivismo);
• “Príncipe dos Poetas Piauienses”;
• Autor do Hino do Piauí.
 Fase Acadêmica (1917-1940)
 Pré-Modernismo (1902-1922)
OBRA:OBRA:
► Sangue (1908) – SIMBOLISMO
► Zodíaco (1917)
 SIMBOLISMO / PARNASIANISMO
► Pandora (1919)
 PARNASIANISMO
► Verônica (1927)
 ROMÂNTICO
► Alhambra (incompleta: 1925-1933)
 MODERNISMO
AMARANTE AMARANTE (in: (in: ZodíacoZodíaco))
 
A minha terra é um céu, se há um céu sobre a terra:
É um céu sob outro céu tão límpido e tão brando,
Que eterno sonho azul parece estar sonhando
Sobre o vale natal, que o seio à luz descerra...
 
Que encanto natural o seu aspecto encerra!
Junto à paisagem verde, a igreja branca, o bando
Das casas, que se vão, pouco a pouco, apagando
Com o nevoento perfil nostálgico da serra...
 
Com o seu povo feliz, que ri das próprias mágoas,
Entre os três rios, lembra uma ilha, alegre e linda,
A cidade sorrindo aos ósculos das águas.
 
Terra para se amar com o grande amor que eu tenho!
Terra onde tive o berço e de onde espero ainda
Sete palmos de gleba e os dois braços de um lenho!
RIO DAS GARÇAS (in: (in: SangueSangue))
No verde catedral da floresta, num coro
Triste de cantochão, pelas naves da mata.
Desce o rio a chorar o seu perpétuo choro...
E o amplo e fluido lençol das lágrimas desata...
Caudaloso a rolar, desde o seu nascedouro,
Num rumor de orações no silêncio da oblata,
Ao sol – lembra um rocal todo irisado de ouro,
Ao luar – rendas de luz com vidrilhos de prata.
Alvas garças a piar, arrepiadas de frio,
Seguem de absorto olhar a vítrea correnteza,
Pendem ramos em flor sobre o espelho do rio...
É o Parnaíba, assim carpindo as suas mágoas,
- Rio da minha terra, ungido de tristeza,
Refletindo o meu ser à flor móvel das águas.
PRINCIPAIS OBRAS:
• A Guerra do Fidié (1907)
• O Padre Perante a História (1908)
• Um Manicaca (1909): tese documental positivista / 1º
romance sobre Teresina / crítica ao Clero / adultério.
• O Piauí na Confederação do Equador (1921)
ABDIAS NEVES Político, professor, jornalista.
Realista / Naturalista / criticou o Clero e o atraso
social de Teresina.
Jamais lhe tivera amor. Cedia-
lhe o corpo, aceitava-lhe os
beijos, porque sua carne moça
e forte sentia necessidades
inadiáveis e imperiosas. Tinha,
às vezes, arrancos,
entusiasmos que não eram
fingidos, ocasiões em que o
tomava nos braços e apertava-
o como doida. Por muito tempo
prendia-o, afogava-o, quase,
em ímpetos medonhos que a
transformavam duplicando-lhe
as forças.
Era isso amor? Não! Era a mocidade, a sua carne
fresca e sadia pedindo carne e pedindo sangue que a
saciassem. Nesses momentos de excitação, se Araújo
não a satisfizesse, entregar-se-ia aos afagos, às
carícias do primeiro indivíduo que passasse e quisesse
gozá-la. Exigiria, apenas, que ele fosse forte e sadio,
que pudesse lhe dar, à saciedade, o prazer com todos
os requintes possíveis. Era isso amor? Então, amava
também, a esse primeiro que passasse por sua porta, a
esse tipo a quem não conhecia, cujas feições não
esboçava, - porque se esmaeciam no fundo de sua
imaginação qual uma sombra em fuga. Não era amor.
Era uma explosão do seu temperamento”.(In: Um Manicaca - Abdias Neves)
CONTEXTO HISTÓRICO / CARACTERÍSTICAS:
• O Piauí na Era Vargas e 2ª Guerra Mundial;
• Incêndios criminosos de casas de palha em Teresina;
• Fundação da Universidade Federal do Piauí (1969);
• Reflexos da Ditadura Militar / Emissoras de rádio e TV;
• Exercício da consciência crítica e social dos espaços do
homem: a aldeia e o universo / Discurso metalinguístico;
• Olhar contemporâneo do artista sobre a linguagem e a
condição humana.
MODERNISMO (a partir de 1940)
“Sapé” (1940) – Permínio
PRINCIPAIS REPRESENTANTES
• Alvina Gameiro – prosa regionalista / linguagem
 revolucionária / retrata o sertanejo / oralidade.
PRINCIPAIS OBRAS: A vela e o Temporal
(romance) / Chico Vaqueiro do Meu Piauí
(romance em verso) / Curral de Serras (romance).
• Permínio Asfora: Fogo Verde / Sapé / Noite
 Grande (romances ideológicos e sociais).
• Arimatéia Tito Filho (Teresina meu Amor).
• José Expedito Rêgo – romancista, poeta,
médico e jornalista / autor do Hino de Oeiras /
linguagem culta X oralidade sertaneja /
regionalismo histórico / abordagem sócio-política.
PRINCIPAIS OBRAS: Vaqueiro e Visconde
(romance biografado - na 1ª edição – 1981 - o título
fora Né de Sousa) / Malhadinha (romance) / Horas
sem tempo (poesia).
• Vítor Gonçalves Neto – conto social Fogo –
 abordagem crítica dos incêndios criminosos da
 década de 40 / verossimilhança / objetividade.
GRUPO MERIDIANO
Final da década de 1940
“Revista Cadernos de Letras Meridiano”
 PRINCIPAIS REPRESENTANTES
H. Dobal
O. G. Rego de Carvalho
M. Paulo Nunes
H.DOBAL
Hindemburgo Dobal Teixeira - “Um poeta
ecumênico e não apenas telúrico”. Poeta e
cronista. Homenageado pela A.B.L.(2002) e
à A.P.L. Registra a oralidade e os costumes
do nordestino. *1927- †2008.
PRINCIPAIS OBRAS:
• O Tempo Conseqüente - livro de estreia; o poeta
trabalha, quase sempre, o mesmo tema: o homem e a
terra. Encontramos o Piauí –o homem e os outros
bichos.
• O Dia Sem Presságios / A Serra das
Confusões / A Cidade Substituída / Um Homem
Particular / Os Signos e as Siglas / Ephemera /
Gleba de Ausentes / Lírica
FAZENDA / H. Dobal
São trinta cabeças
de gado cabrum.
Criação miúda
sem qualquer ciência.
Somente um chiqueiro
defesa noturna
que bem cedo aberto
o dia lhes dá.
Rústicas a vida
de qualquer maneira
sabem extrair
Mas vem da morte
sua serventia
o couro e a carne para o homem
mais pobre do que elas.
AMOR À VENDA (In: A província deserta)
Eis a carne alegre
a carne maltratada
a carne trabalhada
que passeia na rua
o seu trote de amor.
O caçador caçado
nas esperas do prazer
sabe a força do amor.
Sabe o seu jogo
de dar, e negar,
de vender, de esconder,
de nunca ser o mesmo.
E aceita as tarifas
do amor. A verdade
nas calçadas da vida:
são transações.
Jamais uma troca de fantasias.
O. G. REGO DE CARVALHO (*1927- †2013)
• Escritor de destaque no Piauí e na Moderna
ficção
 brasileira;
• Linguagem enxuta / precisa / clássica;
• Sondagem psicológica / introspecção / Loucura;
• Abordagem dos dramas humanos / Oeiras;
• Descritivismo / reflexão social / prosa poética.
OBRA:
Ulisses entre o Amor e a Morte (novela, 1953);
Rio Subterrâneo (romance, 1967);
Somos Todos Inocentes (romance, 1971).
Amarga Solidão (conto).
VANGUARDISTAS ( meados dos anos 50)
1955 – “O Homem e Sua Hora” – Mário Faustino
PRINCIPAIS REPRESENTANTES
Mário Faustino
Torquato Neto
Álvaro Pacheco
Assis Brasil
Fontes Ibiapina
Magalhães da Costa – contista memorialista /
regionalista / contador de causos / “Traquinagem”.
MÁRIO FAUSTINO: “Repetir paraMÁRIO FAUSTINO: “Repetir para
aprender, criar para renovar”.aprender, criar para renovar”.
ØTradutor / Jornalista / Professor; Tradutor / Jornalista / Professor; CLÁSSICO X MODERNOCLÁSSICO X MODERNO;;
ØCrítico – poeta / Poeta – crítico;Crítico – poeta / Poeta – crítico;
ØEstudou Teoria da Literatura e foi correspondente do JBEstudou Teoria da Literatura e foi correspondente do JB
nos EUA;nos EUA;
ØEntre 1956 e 1959 foi o responsável pela página “Entre 1956 e 1959 foi o responsável pela página “Poesia-Poesia-
experiênciaexperiência” no SDJB, espaço de caráter instrumental e” no SDJB, espaço de caráter instrumental e
didático, voltado para o processo de criação poética;didático, voltado para o processo de criação poética;
ØDivulgou os poetas novos e a poesia concretista;Divulgou os poetas novos e a poesia concretista;
Ø“O HOMEM E SUA HORA” – único livro publicado em“O HOMEM E SUA HORA” – único livro publicado em
vida; reflexão teórica sobre a criação poética.vida; reflexão teórica sobre a criação poética.
O MUNDO QUE VENCI DEU-ME UM AMOR
 
O mundo que venci deu-me um amor,
Um troféu perigoso, este cavalo
Carregado de infantes couraçados.
O mundo que venci deu-me um amor
Alado galopando em céus irados,
Por cima de qualquer muro de credo,
Por cima de qualquer fosso de sexo.
O mundo que venci deu-me um amor
Amor feito de insulto e pranto e riso,
Amor que força as portas dos infernos,
Amor que galga o cume ao paraíso.
Amor que dorme e treme. Que desperta
E torna contra mim, e me devora
E me rumina em cantos de vitória.
TORQUATO NETO – poeta, cineasta e crítico musical
• O mais ativo e competente do Grupo Baiano no
 Movimento Musical, Cultural e Político: Tropicalismo.
• Uma leitura diferente do mundo e do Brasil, utilizando
 a colagem, comparações, intertextualidades....
• Estilo oswaldiano no uso da paródia; carnavalizou a
 arte, a vida e a morte.
• A composição Geléia Geral é uma espécie de
 manifesto-síntese do pensamento renovador da época
 ditatorial.
OBRA:
Os Últimos dias de Paupéria (1973) - publicação póstuma.
O Fato e a Coisa (inédito) / Torquatália (vol. 1 e 2).
LET’S PLAY THAT
quando eu nasci
um anjo louco muito louco
veio ler a minha mão
não era um anjo barroco
era um anjo muito louco,
torto
com asas de avião
eis que esse anjo me disse
apertando a minha mão
com um sorriso entre
dentes
vai bicho desafinar
o coro dos contentes
vai bicho desafinar
ASSIS BRASIL:
• JORNALISTA, PROFESSOR, HISTORIADOR.
• VIVE EXCLUSIVAMENTE DA PROFISSÃO DE ESCRITOR.
• FOI AGRACIADO COM O PRÊMIO MACHADO DE ASSIS
 DA A.B.L., ANO 2004.
• METALINGUÍSTICO / NARRATIVAS PSICOLÓGICAS.
• FUNDE O REGIONALISMO COM O UNIVERSAL.
• TEMATIZA A CONDIÇÃO HUMANA / A OPRESSÃO
 SOCIAL E POLÍTICA;
• DIVIDE SUAS OBRAS EM CICLOS:
 TETRALOGIA PIAUIENSE (“BEIRA RIO BEIRA VIDA”),
 CICLO DO TERROR (“OS QUE BEBEM COMO OS CÃES”).
A Tetralogia Piauiense
é assim defendida pelo
autor: "A ideia da
Tetralogia nasceu de
uma necessidade
urgente de voltar às
minhas raízes
telúricas, e a
experiência de vida,
principalmente a
infância, foi a matéria-
prima para o
levantamento de um
mundo ficcional".
“É o retrato insolúvel duma
comunidade sufocada pelo
primitivismo capitalista, um
mundo em que a sociedade se
estratificou implacavelmente,
onde as prostitutas são
prostitutas, os pobres são
pobres, os ricos são ricos –
quase à revelia do eventual
saldo financeiro. Não existem
vasos comunicantes. Quem
quiser realizar-se, terá de
fugir, terá de ir para fora. As
dobradiças do sistema estão,
porém, de tal modo
enferrujadas que a fuga é
praticamente impossível”.
“(...)
Ajeitou-se um pouco e ficou de
joelhos,sentado sobre as pernas – a
melhor posição para baixar a cabeça e
sorver o alimento, em goles curtos, para
não se engasgar, sábio aprendizado de
sua necessidade imediata.
(...)
Voltou a gritar, antes que fosse tarde:
Companheiros, viva o muro.
Recebeu uma pancada na nuca
e caiu na beira do tanque
– sentiu a vista falhar
e depois as mãos
que o levantaram pelos ombros
(...)”
FONTES IBIAPINA
PRINCIPAIS OBRAS:
CONTOS: “CHÃO DE MEU DEUS” / “BROCOTÓS”.
ROMANCES: “VIDA GEMIDA EM SAMBAMBAIA” /
“TOMBADOR” /
“PALHA DE ARROZ”.
• A terra, o folclore, as lendas, os
 costumes do caboclo do Piauí em
 linguagem regional (Terreiro de Fazenda);
• Descritivismo / enredossimples.
• 2º romance enfatizando o espaço da cidade de
Teresina;
• Pano de fundo histórico: incêndios criminosos;
• Obra de ficção e realidade (verossimilhança).
“(...)
 A cada dia o caso ia tomando
caráter mais sério. A coisa ficando
dura, mais preta. Chegou o ponto de
as autoridades mudarem o nome de
incêndio para chuva. (...)
Pois bem. Mudaram o nome dos
incêndios. Aliás, estavam certos. O
criminoso tem mesmo necessidade
de mudar de nome.
Quem gritasse incêndio seria preso.
Daí o povo passou a dizer chuva.
Homem ou mulher, grande ou
pequeno, rico ou pobre, branco ou
preto – qualquer um que dissesse
incêndio iria direto para as grades.
(...)”
GRUPO DO CLIP
1967 – “Círculo Literário Piauiense”
PRINCIPAIS REPRESENTANTES
Hardi Filho
Francisco Miguel de Moura
Herculano Moraes
“Trabalham com a estética modernista, mas incluem o poema“Trabalham com a estética modernista, mas incluem o poema
concreto e alguma assimilação das vanguardas brasileirasconcreto e alguma assimilação das vanguardas brasileiras
dos anos 50; na prosa, reutilização e renovação dodos anos 50; na prosa, reutilização e renovação do
regionalismo”.regionalismo”. (MOURA, 2001, P. 270) (MOURA, 2001, P. 270)
HARDI FILHO (*1927- †2015)
• Sonetista moderno / tema amoroso valorizado;
• Poesia simples / lirismo do cotidiano;
• É membro da Academia Piauiense de Letras.
PRINCIPAIS OBRAS:
• Suicídio do Tempo (1991)
• Estação 14 (1997)
• Veneno das Horas (2000)
SE...
Se o nosso amor um dia terminasse
sei que, a partir desse tristonho dia,
em tua face a dor se estamparia,
a dor se estamparia em minha face.
A se acabar um dia esta harmonia
era melhor que o mundo desabasse.
Na vida o amor a todo instante nasce,
mas outro igual ao nosso nasceria?
FRANCISCO MIGUEL DE MOURA
• Poeta e ficcionista / regionalista renovado;
• Poesia concreta, social, cotidiana e lírica;
• É membro da Academia Piauiense de Letras.
PRINCIPAIS OBRAS:
• Vir@gens (poesia - 2001)
• Sonetos escolhidos (poesia -
2003)
• Laços do Poder (romance - 1991)
• Ternura (romance – 1993)
À MINHA VILA
Entre dois chapadões – terra bendita,
 de alma mais pura do que a branca areia,
 terra que ouviu de minha mãe contrita
 rezas a Deus logo depois da ceia.
- És tão humilde e pequenina aldeia,
 que pela vida em nosso peito habita.
 Qual semente daquele que semeia,
 és semente do amor – terra bendita!
Tens do sol o calor, e o frio luar,
 a gigantesca sombra do juazeiro,
 da carnaubeira – o quente farfalhar.
Vê-se em roda à capela o casario
 como a adorá-la. Ó jenipapeiro!
 De frente o vale, o lajeado, o rio.
GERAÇÃO PÓS – 69 / CONTEMPORÂNEOS
• Profunda consciência dos processos
 experimentalistas da linguagem.
• Aguda visão crítica dos problemas literários,
 políticos, sociais, históricos, geográficos das
 cidades e do campo.
• Publicações de livros e revistas dentro e fora do
 circuito editorial oficial.
• Nomes de nossos autores em praças, ruas,
 prédios...
• Fundação de Academias literárias...
• Autores piauienses publicados por grandes
 editoras e estudados por críticos renomados...
• Realização de Salões de livros em Teresina e
 outras cidades...
Cineas Santos Professor / poeta / cronista;
• um homem dedicado à cultura do Piauí / editor;
• projeto “Cara Alegre” / poesia simples / humor;
• social e crítico / autor do Hino de Teresina.
PRINCIPAIS OBRAS:
• Miudezas em Geral (poesia);
• Tinha que acontecer (contos);
• ABC da Ecologia (cordel);
• O Menino que Descobriu as Palavras (infantil);
• As Despesas do Envelhecer (crônicas);
• Nada Além (2008 – poesia).
HINO DE TERESINA
Risonha entre dois rios que te abraçam,
rebrilhas sob o sol do Equador.
és terra promissora, onde se lançam
sementes de um porvir pleno de amor.
Do verde exuberante que te veste,
ao sol que doura a pele à tua gente,
refulges, cristalina, em chão agreste;
lírio orvalhado, resplandente.
"Verde que te quero verde!“ (Refrão)
Verde que te quero glória, BIS
Ver-te que te quero altiva,
Como um grito de vitória!
O nome de rainha, altivo e nobre,
realça a faceirice nordestina
na graça jovial que te recobre,
Teresa, eternizada TERESINA!
Cidade generosa - a tez morena,
um povo honrado, alegre, acolhedor;
a vida no teu seio é mais amena,
na doce calidez do amor.
(Refrão)
Teresina, eterno raio de sol:
manhãs de claro azul no céu de anil;
és fruto do labor da gente simples,
humilde, entre os humildes do Brasil!
(Refrão)
Paulo Machado Poeta / contista / historiador;
• intelectual / social / crítico / estilo “marginal”;
• responsável pela revista “Pulsar”.
PRINCIPAIS OBRAS:
• Tá pronto, seu lobo? (poesia – 1978-2002);
• A Paz do Pântano (poesia -1982)
• As Trilhas da Morte (2002 – pesquisa histórica sobre
 a extinção criminosa dos índios do Piauí)
• O Anjo Proscrito (vol. 6 da Coleção Contar – 2002)
ARQUIVO
adão andou nas mãos dos paisanos
e foi encontrado na praça da liberdade
como um mamulengo esquecido detrás
do
[ palco:
olhos abertos, boca cerrada, músculos
[ petrificados,
sangue coagulado nas narinas.
adão virou manchete
na pose três por quatro,
na última página de o dia.
hoje, é um número qualquer
arquivado
William Palha Dias
ALGUNS REPRESENTANTES
Salgado Maranhão (lirismo amoroso-erótico / social / cotidiano /
metalinguístico – “Sol Sanguíneo”)
Airton Sampaio (contista social e crítico – “Contos da terra do sol”)
William Mello Soares / Elmar Carvalho / Climério Ferreira
Graça Vilhena (contista lírico-social / poeta – “Em todo canto”)
Oton Lustosa (romancista - “Vozes da ribanceira”)
Anfrísio Lobão (“Mandu Ladino” – romance histórico)
TEATRÓLOGOS DE DESTAQUE: JÚLIO ROMÃO (“A MENSAGEM
DO SALMO”) / FRANCISCO PEREIRA DA SILVA (“RAIMUNDA PINTO
SIM SENHOR”) / GOMES CAMPOS (“AUTO DO LAMPIÃO NO ALÉM”)
(...)
“Canário da terra” / “O jornaleiro de
Poema Comum
A moça do sim entrou no bar
olhou em volta, o coração em flor
enfeitava-lhe os cabelos
cuspiu semente de noite pelos olhos
e preparou a boca ardentemente
para os beijos mudos.
Desapareceu na noite
gargalhou a madrugada
e voltou sozinha na manhã.
Tentou escarrar seu destino
no ralo da pia
mas o peso da lágrima
foi mais forte.
Transfigurada,
recolheu o coração
murcho de engano
fugiu no sono
e sonhou que vivia.
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