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LITERATURALITERATURA BRASILEIRA BRASILEIRA DE EXPRESSÃO DE EXPRESSÃO PIAUIENSEPIAUIENSE PROF. JORGE ALBERTO @jatmayle LITERCULTURA www.jorgealbertotajra.blogspot.com LITERATURA PIAUIENSE BARROCO/ NEOCLASSICISMO 1808 / 1866 FASE ACADÊMICA 1917 / 1940 MODERNISMO 1940 / ? ROMANTISMO 1866 / 1917 MERIDIANO 1950 VANGUARDISTAS CLIP PÓS-69/MIMEÓGRAFO PRINCIPAIS REPRESENTANTES Leonardo Castelo Branco Teodoro Castelo Branco Ovídio NEOCLASSICISMO (1808 / 1866) “Poemas” – Ovídio Saraiva Teodoro Castelo Branco ►Transição entre o Arcadismo e o Romantismo; ►Bucólico / árcade sertanejo; ►Poesia de estilo popular em versos redondilhos; ►Retrata os costumes do Piauí. poeta-caçador LEONARDO DA SENHORA DAS DORES CASTELO BRANCO • Poeta, militar e mecânico inventivo; • Preso (Oeiras / São Luís / Portugal); • Estilo que mescla Barroco, Arcadismo e Romantismo (predominante). • PRINCIPAIS OBRAS: - A Criação Universal (linguagem rebuscada / cientificismo); - O Ímpio Confundido: poema épico / sagrado x profano; - O Santíssimo Milagre: poema épico-religioso / duas versões: decassílabos eruditos e brancos e versos populares (heptassílabos e tetrassílabos). “ (...) O Parnaíba, não tão vasto e fundo, Talvez por isso mesmo mais sensível, (...) Ó Parnaíba! Ó Rio, Que em grandeza, e em virtude produtora É, senão superior, igual ao menos A esse tão famoso, que no Egito Os meus amenos campos fertiliza!...” (...) Eu, brasileiro sou. O solo habito Que o Parnaíba rega. (...) (O Ímpio Confundido - a primeira versão 1835 – por Leonardo da Senhora das Dores Castello Branco – brasileiro piauhiense) ROMANTISMO ( 1866 / 1917 ) “Flores da Noite” – Lycurgo de CONTEXTO HISTÓRICO: • O Piauí na Guerra do Paraguai; • Fundação de jornais / Seca de 1877; • Permuta de territórios: Amarração e Crateús; • Piauienses na Escola de Recife; • Inauguração do Theatro 4 de Setembro (1894); • Polêmica ideológica entre o clero e a maçonaria; • A importância da navegação do Rio Parnaíba. PRINCIPAIS REPRESENTANTES: - Lycurgo de Paiva - Francisco Gil Castelo Branco - Luíza Amélia de Queiroz Brandão: ”Princesa Romântica do Piauí” – “Flores Incultas” (1875) / “Georgina ou os Efeitos do Amor” (1893). - Hermínio Castelo Branco ATALIBA, O VAQUEIRO Francisco Gil Castelo Branco I. CARACTERÍSTICAS DA OBRA:I. CARACTERÍSTICAS DA OBRA: Tentativa de chamar a atenção da Corte (Rio de Janeiro) para o drama da seca no Piauí em 1877; Visão realista da seca; Estrutura romântica (enredo linear, personagens planas, narrativa de ação e trama simples); Personagens idealizados, heróicos e nobres (moral e fisicamente); Ausência de vida interior nos personagens; Presença do sentimentalismo e do exagero; Abordagem dos costumes e mentalidades do interiorano; Final trágico (morte e loucura), tipicamente romântico. Hermínio Castelo Branco § OBRA: “LIRA SERTANEJA” § Poeta popular / linguagem regionalista, simples e agreste / uso das redondilhas / retrata os costumes do Piauí. § Sua Lira é orgulho dos cantadores populares. “Eu sou rude sertanejo: Só falo a língua das selvas Onde impera a natureza Não sei fazer epopéias, Não entendo de poemas, Nem choramingo pobreza. (...) E quem não for sertanejo, E queira compreender A beleza da expressão, Consulte dicionários Da língua chã, verdadeira, Do homem cá do sertão”. (...) FASE ACADÊMICA (1917 / 1940) 1917– ZODÍACO, do poeta-maior Da Costa e Silva CONTEXTO HISTÓRICO: • Polêmica entre a Maçonaria e o Clero, na provinciana cidade de Teresina; • Ciclo da borracha de maniçoba; • Reflexos da seca de 1915; • O Rio Parnaíba como via econômica, cultural, política, social... • Fundação da Academia Piauiense de Letras (1917); • Faculdade de Direito no Piauí (1931) tendo como modelo a famosa Escola de Recife; • Reflexos políticos, ideológicos e sociais do Estado Novo. CARACTERÍSTICAS E TEMAS ► Manifestações tardias de Romantismo, Realismo, Naturalismo, Parnasianismo e Simbolismo; ►Prosa de visão crítica da sociedade teresinense; ►Poesia que conserva a musicalidade simbolista e o rigor estético parnasiano; ►É um longo período de transição para o Modernismo. PRINCIPAIS REPRESENTANTES Lucídio Freitas Abdias Neves Da Costa e Silva Martins Napoleão Félix Pacheco (simbolista que pertenceu à A.B.L) Amélia de Freitas Beviláqua (1ª mulher a tentar “entrar” na A.B.L.) Celso Pinheiro Jônatas Batista (fundador do teatro piauiense) “Ao meu longínquo Piauí - na divina evocação de sua natureza maravilhosa” DA COSTA E SILVA: POETA ELEGÍACO • O Piauí / A terra natal: Amarante; • O Rio Parnaíba / Infância / Natureza; • Mãe: amor materno / saudade; • Poesia intimista / subjetiva / formal; • Intensa plasticidade (descritivismo); • “Príncipe dos Poetas Piauienses”; • Autor do Hino do Piauí. Fase Acadêmica (1917-1940) Pré-Modernismo (1902-1922) OBRA:OBRA: ► Sangue (1908) – SIMBOLISMO ► Zodíaco (1917) SIMBOLISMO / PARNASIANISMO ► Pandora (1919) PARNASIANISMO ► Verônica (1927) ROMÂNTICO ► Alhambra (incompleta: 1925-1933) MODERNISMO AMARANTE AMARANTE (in: (in: ZodíacoZodíaco)) A minha terra é um céu, se há um céu sobre a terra: É um céu sob outro céu tão límpido e tão brando, Que eterno sonho azul parece estar sonhando Sobre o vale natal, que o seio à luz descerra... Que encanto natural o seu aspecto encerra! Junto à paisagem verde, a igreja branca, o bando Das casas, que se vão, pouco a pouco, apagando Com o nevoento perfil nostálgico da serra... Com o seu povo feliz, que ri das próprias mágoas, Entre os três rios, lembra uma ilha, alegre e linda, A cidade sorrindo aos ósculos das águas. Terra para se amar com o grande amor que eu tenho! Terra onde tive o berço e de onde espero ainda Sete palmos de gleba e os dois braços de um lenho! RIO DAS GARÇAS (in: (in: SangueSangue)) No verde catedral da floresta, num coro Triste de cantochão, pelas naves da mata. Desce o rio a chorar o seu perpétuo choro... E o amplo e fluido lençol das lágrimas desata... Caudaloso a rolar, desde o seu nascedouro, Num rumor de orações no silêncio da oblata, Ao sol – lembra um rocal todo irisado de ouro, Ao luar – rendas de luz com vidrilhos de prata. Alvas garças a piar, arrepiadas de frio, Seguem de absorto olhar a vítrea correnteza, Pendem ramos em flor sobre o espelho do rio... É o Parnaíba, assim carpindo as suas mágoas, - Rio da minha terra, ungido de tristeza, Refletindo o meu ser à flor móvel das águas. PRINCIPAIS OBRAS: • A Guerra do Fidié (1907) • O Padre Perante a História (1908) • Um Manicaca (1909): tese documental positivista / 1º romance sobre Teresina / crítica ao Clero / adultério. • O Piauí na Confederação do Equador (1921) ABDIAS NEVES Político, professor, jornalista. Realista / Naturalista / criticou o Clero e o atraso social de Teresina. Jamais lhe tivera amor. Cedia- lhe o corpo, aceitava-lhe os beijos, porque sua carne moça e forte sentia necessidades inadiáveis e imperiosas. Tinha, às vezes, arrancos, entusiasmos que não eram fingidos, ocasiões em que o tomava nos braços e apertava- o como doida. Por muito tempo prendia-o, afogava-o, quase, em ímpetos medonhos que a transformavam duplicando-lhe as forças. Era isso amor? Não! Era a mocidade, a sua carne fresca e sadia pedindo carne e pedindo sangue que a saciassem. Nesses momentos de excitação, se Araújo não a satisfizesse, entregar-se-ia aos afagos, às carícias do primeiro indivíduo que passasse e quisesse gozá-la. Exigiria, apenas, que ele fosse forte e sadio, que pudesse lhe dar, à saciedade, o prazer com todos os requintes possíveis. Era isso amor? Então, amava também, a esse primeiro que passasse por sua porta, a esse tipo a quem não conhecia, cujas feições não esboçava, - porque se esmaeciam no fundo de sua imaginação qual uma sombra em fuga. Não era amor. Era uma explosão do seu temperamento”.(In: Um Manicaca - Abdias Neves) CONTEXTO HISTÓRICO / CARACTERÍSTICAS: • O Piauí na Era Vargas e 2ª Guerra Mundial; • Incêndios criminosos de casas de palha em Teresina; • Fundação da Universidade Federal do Piauí (1969); • Reflexos da Ditadura Militar / Emissoras de rádio e TV; • Exercício da consciência crítica e social dos espaços do homem: a aldeia e o universo / Discurso metalinguístico; • Olhar contemporâneo do artista sobre a linguagem e a condição humana. MODERNISMO (a partir de 1940) “Sapé” (1940) – Permínio PRINCIPAIS REPRESENTANTES • Alvina Gameiro – prosa regionalista / linguagem revolucionária / retrata o sertanejo / oralidade. PRINCIPAIS OBRAS: A vela e o Temporal (romance) / Chico Vaqueiro do Meu Piauí (romance em verso) / Curral de Serras (romance). • Permínio Asfora: Fogo Verde / Sapé / Noite Grande (romances ideológicos e sociais). • Arimatéia Tito Filho (Teresina meu Amor). • José Expedito Rêgo – romancista, poeta, médico e jornalista / autor do Hino de Oeiras / linguagem culta X oralidade sertaneja / regionalismo histórico / abordagem sócio-política. PRINCIPAIS OBRAS: Vaqueiro e Visconde (romance biografado - na 1ª edição – 1981 - o título fora Né de Sousa) / Malhadinha (romance) / Horas sem tempo (poesia). • Vítor Gonçalves Neto – conto social Fogo – abordagem crítica dos incêndios criminosos da década de 40 / verossimilhança / objetividade. GRUPO MERIDIANO Final da década de 1940 “Revista Cadernos de Letras Meridiano” PRINCIPAIS REPRESENTANTES H. Dobal O. G. Rego de Carvalho M. Paulo Nunes H.DOBAL Hindemburgo Dobal Teixeira - “Um poeta ecumênico e não apenas telúrico”. Poeta e cronista. Homenageado pela A.B.L.(2002) e à A.P.L. Registra a oralidade e os costumes do nordestino. *1927- †2008. PRINCIPAIS OBRAS: • O Tempo Conseqüente - livro de estreia; o poeta trabalha, quase sempre, o mesmo tema: o homem e a terra. Encontramos o Piauí –o homem e os outros bichos. • O Dia Sem Presságios / A Serra das Confusões / A Cidade Substituída / Um Homem Particular / Os Signos e as Siglas / Ephemera / Gleba de Ausentes / Lírica FAZENDA / H. Dobal São trinta cabeças de gado cabrum. Criação miúda sem qualquer ciência. Somente um chiqueiro defesa noturna que bem cedo aberto o dia lhes dá. Rústicas a vida de qualquer maneira sabem extrair Mas vem da morte sua serventia o couro e a carne para o homem mais pobre do que elas. AMOR À VENDA (In: A província deserta) Eis a carne alegre a carne maltratada a carne trabalhada que passeia na rua o seu trote de amor. O caçador caçado nas esperas do prazer sabe a força do amor. Sabe o seu jogo de dar, e negar, de vender, de esconder, de nunca ser o mesmo. E aceita as tarifas do amor. A verdade nas calçadas da vida: são transações. Jamais uma troca de fantasias. O. G. REGO DE CARVALHO (*1927- †2013) • Escritor de destaque no Piauí e na Moderna ficção brasileira; • Linguagem enxuta / precisa / clássica; • Sondagem psicológica / introspecção / Loucura; • Abordagem dos dramas humanos / Oeiras; • Descritivismo / reflexão social / prosa poética. OBRA: Ulisses entre o Amor e a Morte (novela, 1953); Rio Subterrâneo (romance, 1967); Somos Todos Inocentes (romance, 1971). Amarga Solidão (conto). VANGUARDISTAS ( meados dos anos 50) 1955 – “O Homem e Sua Hora” – Mário Faustino PRINCIPAIS REPRESENTANTES Mário Faustino Torquato Neto Álvaro Pacheco Assis Brasil Fontes Ibiapina Magalhães da Costa – contista memorialista / regionalista / contador de causos / “Traquinagem”. MÁRIO FAUSTINO: “Repetir paraMÁRIO FAUSTINO: “Repetir para aprender, criar para renovar”.aprender, criar para renovar”. ØTradutor / Jornalista / Professor; Tradutor / Jornalista / Professor; CLÁSSICO X MODERNOCLÁSSICO X MODERNO;; ØCrítico – poeta / Poeta – crítico;Crítico – poeta / Poeta – crítico; ØEstudou Teoria da Literatura e foi correspondente do JBEstudou Teoria da Literatura e foi correspondente do JB nos EUA;nos EUA; ØEntre 1956 e 1959 foi o responsável pela página “Entre 1956 e 1959 foi o responsável pela página “Poesia-Poesia- experiênciaexperiência” no SDJB, espaço de caráter instrumental e” no SDJB, espaço de caráter instrumental e didático, voltado para o processo de criação poética;didático, voltado para o processo de criação poética; ØDivulgou os poetas novos e a poesia concretista;Divulgou os poetas novos e a poesia concretista; Ø“O HOMEM E SUA HORA” – único livro publicado em“O HOMEM E SUA HORA” – único livro publicado em vida; reflexão teórica sobre a criação poética.vida; reflexão teórica sobre a criação poética. O MUNDO QUE VENCI DEU-ME UM AMOR O mundo que venci deu-me um amor, Um troféu perigoso, este cavalo Carregado de infantes couraçados. O mundo que venci deu-me um amor Alado galopando em céus irados, Por cima de qualquer muro de credo, Por cima de qualquer fosso de sexo. O mundo que venci deu-me um amor Amor feito de insulto e pranto e riso, Amor que força as portas dos infernos, Amor que galga o cume ao paraíso. Amor que dorme e treme. Que desperta E torna contra mim, e me devora E me rumina em cantos de vitória. TORQUATO NETO – poeta, cineasta e crítico musical • O mais ativo e competente do Grupo Baiano no Movimento Musical, Cultural e Político: Tropicalismo. • Uma leitura diferente do mundo e do Brasil, utilizando a colagem, comparações, intertextualidades.... • Estilo oswaldiano no uso da paródia; carnavalizou a arte, a vida e a morte. • A composição Geléia Geral é uma espécie de manifesto-síntese do pensamento renovador da época ditatorial. OBRA: Os Últimos dias de Paupéria (1973) - publicação póstuma. O Fato e a Coisa (inédito) / Torquatália (vol. 1 e 2). LET’S PLAY THAT quando eu nasci um anjo louco muito louco veio ler a minha mão não era um anjo barroco era um anjo muito louco, torto com asas de avião eis que esse anjo me disse apertando a minha mão com um sorriso entre dentes vai bicho desafinar o coro dos contentes vai bicho desafinar ASSIS BRASIL: • JORNALISTA, PROFESSOR, HISTORIADOR. • VIVE EXCLUSIVAMENTE DA PROFISSÃO DE ESCRITOR. • FOI AGRACIADO COM O PRÊMIO MACHADO DE ASSIS DA A.B.L., ANO 2004. • METALINGUÍSTICO / NARRATIVAS PSICOLÓGICAS. • FUNDE O REGIONALISMO COM O UNIVERSAL. • TEMATIZA A CONDIÇÃO HUMANA / A OPRESSÃO SOCIAL E POLÍTICA; • DIVIDE SUAS OBRAS EM CICLOS: TETRALOGIA PIAUIENSE (“BEIRA RIO BEIRA VIDA”), CICLO DO TERROR (“OS QUE BEBEM COMO OS CÃES”). A Tetralogia Piauiense é assim defendida pelo autor: "A ideia da Tetralogia nasceu de uma necessidade urgente de voltar às minhas raízes telúricas, e a experiência de vida, principalmente a infância, foi a matéria- prima para o levantamento de um mundo ficcional". “É o retrato insolúvel duma comunidade sufocada pelo primitivismo capitalista, um mundo em que a sociedade se estratificou implacavelmente, onde as prostitutas são prostitutas, os pobres são pobres, os ricos são ricos – quase à revelia do eventual saldo financeiro. Não existem vasos comunicantes. Quem quiser realizar-se, terá de fugir, terá de ir para fora. As dobradiças do sistema estão, porém, de tal modo enferrujadas que a fuga é praticamente impossível”. “(...) Ajeitou-se um pouco e ficou de joelhos,sentado sobre as pernas – a melhor posição para baixar a cabeça e sorver o alimento, em goles curtos, para não se engasgar, sábio aprendizado de sua necessidade imediata. (...) Voltou a gritar, antes que fosse tarde: Companheiros, viva o muro. Recebeu uma pancada na nuca e caiu na beira do tanque – sentiu a vista falhar e depois as mãos que o levantaram pelos ombros (...)” FONTES IBIAPINA PRINCIPAIS OBRAS: CONTOS: “CHÃO DE MEU DEUS” / “BROCOTÓS”. ROMANCES: “VIDA GEMIDA EM SAMBAMBAIA” / “TOMBADOR” / “PALHA DE ARROZ”. • A terra, o folclore, as lendas, os costumes do caboclo do Piauí em linguagem regional (Terreiro de Fazenda); • Descritivismo / enredossimples. • 2º romance enfatizando o espaço da cidade de Teresina; • Pano de fundo histórico: incêndios criminosos; • Obra de ficção e realidade (verossimilhança). “(...) A cada dia o caso ia tomando caráter mais sério. A coisa ficando dura, mais preta. Chegou o ponto de as autoridades mudarem o nome de incêndio para chuva. (...) Pois bem. Mudaram o nome dos incêndios. Aliás, estavam certos. O criminoso tem mesmo necessidade de mudar de nome. Quem gritasse incêndio seria preso. Daí o povo passou a dizer chuva. Homem ou mulher, grande ou pequeno, rico ou pobre, branco ou preto – qualquer um que dissesse incêndio iria direto para as grades. (...)” GRUPO DO CLIP 1967 – “Círculo Literário Piauiense” PRINCIPAIS REPRESENTANTES Hardi Filho Francisco Miguel de Moura Herculano Moraes “Trabalham com a estética modernista, mas incluem o poema“Trabalham com a estética modernista, mas incluem o poema concreto e alguma assimilação das vanguardas brasileirasconcreto e alguma assimilação das vanguardas brasileiras dos anos 50; na prosa, reutilização e renovação dodos anos 50; na prosa, reutilização e renovação do regionalismo”.regionalismo”. (MOURA, 2001, P. 270) (MOURA, 2001, P. 270) HARDI FILHO (*1927- †2015) • Sonetista moderno / tema amoroso valorizado; • Poesia simples / lirismo do cotidiano; • É membro da Academia Piauiense de Letras. PRINCIPAIS OBRAS: • Suicídio do Tempo (1991) • Estação 14 (1997) • Veneno das Horas (2000) SE... Se o nosso amor um dia terminasse sei que, a partir desse tristonho dia, em tua face a dor se estamparia, a dor se estamparia em minha face. A se acabar um dia esta harmonia era melhor que o mundo desabasse. Na vida o amor a todo instante nasce, mas outro igual ao nosso nasceria? FRANCISCO MIGUEL DE MOURA • Poeta e ficcionista / regionalista renovado; • Poesia concreta, social, cotidiana e lírica; • É membro da Academia Piauiense de Letras. PRINCIPAIS OBRAS: • Vir@gens (poesia - 2001) • Sonetos escolhidos (poesia - 2003) • Laços do Poder (romance - 1991) • Ternura (romance – 1993) À MINHA VILA Entre dois chapadões – terra bendita, de alma mais pura do que a branca areia, terra que ouviu de minha mãe contrita rezas a Deus logo depois da ceia. - És tão humilde e pequenina aldeia, que pela vida em nosso peito habita. Qual semente daquele que semeia, és semente do amor – terra bendita! Tens do sol o calor, e o frio luar, a gigantesca sombra do juazeiro, da carnaubeira – o quente farfalhar. Vê-se em roda à capela o casario como a adorá-la. Ó jenipapeiro! De frente o vale, o lajeado, o rio. GERAÇÃO PÓS – 69 / CONTEMPORÂNEOS • Profunda consciência dos processos experimentalistas da linguagem. • Aguda visão crítica dos problemas literários, políticos, sociais, históricos, geográficos das cidades e do campo. • Publicações de livros e revistas dentro e fora do circuito editorial oficial. • Nomes de nossos autores em praças, ruas, prédios... • Fundação de Academias literárias... • Autores piauienses publicados por grandes editoras e estudados por críticos renomados... • Realização de Salões de livros em Teresina e outras cidades... Cineas Santos Professor / poeta / cronista; • um homem dedicado à cultura do Piauí / editor; • projeto “Cara Alegre” / poesia simples / humor; • social e crítico / autor do Hino de Teresina. PRINCIPAIS OBRAS: • Miudezas em Geral (poesia); • Tinha que acontecer (contos); • ABC da Ecologia (cordel); • O Menino que Descobriu as Palavras (infantil); • As Despesas do Envelhecer (crônicas); • Nada Além (2008 – poesia). HINO DE TERESINA Risonha entre dois rios que te abraçam, rebrilhas sob o sol do Equador. és terra promissora, onde se lançam sementes de um porvir pleno de amor. Do verde exuberante que te veste, ao sol que doura a pele à tua gente, refulges, cristalina, em chão agreste; lírio orvalhado, resplandente. "Verde que te quero verde!“ (Refrão) Verde que te quero glória, BIS Ver-te que te quero altiva, Como um grito de vitória! O nome de rainha, altivo e nobre, realça a faceirice nordestina na graça jovial que te recobre, Teresa, eternizada TERESINA! Cidade generosa - a tez morena, um povo honrado, alegre, acolhedor; a vida no teu seio é mais amena, na doce calidez do amor. (Refrão) Teresina, eterno raio de sol: manhãs de claro azul no céu de anil; és fruto do labor da gente simples, humilde, entre os humildes do Brasil! (Refrão) Paulo Machado Poeta / contista / historiador; • intelectual / social / crítico / estilo “marginal”; • responsável pela revista “Pulsar”. PRINCIPAIS OBRAS: • Tá pronto, seu lobo? (poesia – 1978-2002); • A Paz do Pântano (poesia -1982) • As Trilhas da Morte (2002 – pesquisa histórica sobre a extinção criminosa dos índios do Piauí) • O Anjo Proscrito (vol. 6 da Coleção Contar – 2002) ARQUIVO adão andou nas mãos dos paisanos e foi encontrado na praça da liberdade como um mamulengo esquecido detrás do [ palco: olhos abertos, boca cerrada, músculos [ petrificados, sangue coagulado nas narinas. adão virou manchete na pose três por quatro, na última página de o dia. hoje, é um número qualquer arquivado William Palha Dias ALGUNS REPRESENTANTES Salgado Maranhão (lirismo amoroso-erótico / social / cotidiano / metalinguístico – “Sol Sanguíneo”) Airton Sampaio (contista social e crítico – “Contos da terra do sol”) William Mello Soares / Elmar Carvalho / Climério Ferreira Graça Vilhena (contista lírico-social / poeta – “Em todo canto”) Oton Lustosa (romancista - “Vozes da ribanceira”) Anfrísio Lobão (“Mandu Ladino” – romance histórico) TEATRÓLOGOS DE DESTAQUE: JÚLIO ROMÃO (“A MENSAGEM DO SALMO”) / FRANCISCO PEREIRA DA SILVA (“RAIMUNDA PINTO SIM SENHOR”) / GOMES CAMPOS (“AUTO DO LAMPIÃO NO ALÉM”) (...) “Canário da terra” / “O jornaleiro de Poema Comum A moça do sim entrou no bar olhou em volta, o coração em flor enfeitava-lhe os cabelos cuspiu semente de noite pelos olhos e preparou a boca ardentemente para os beijos mudos. Desapareceu na noite gargalhou a madrugada e voltou sozinha na manhã. Tentou escarrar seu destino no ralo da pia mas o peso da lágrima foi mais forte. Transfigurada, recolheu o coração murcho de engano fugiu no sono e sonhou que vivia. 1 - Slide1 1 - Slide2 1 - Slide3 1 - Slide4 1 - Slide5 1 - Slide6 2 - Slide7 2 - Slide8 2 - Slide9 2 - Slide10 2 - Slide11 2 - Slide12 3 - Slide13 3 - Slide14 3 - Slide15 3 - Slide16 3 - Slide17 3 - Slide18 4 - Slide19 4 - Slide20 4 - Slide21 4 - Slide22 4 - Slide23 4 - Slide24 5 - Slide25 5 - Slide26 5 - Slide27 5 - Slide28 5 - Slide29 5 - Slide30 6 - Slide31 6 - Slide32 6 - Slide33 6 - Slide34 6 - Slide35 6 - Slide36 7 - Slide37 7 - Slide38 7 - Slide39 7 - Slide40 7 - Slide41 7 - Slide42 8 - Slide43 8 - Slide44 8 - Slide45 8 - Slide46 8 - Slide47 8 - Slide48 9 - Slide49 9 - Slide50 9 - Slide51 9 - Slide52 9 - Slide53 9 - Slide54 10 - Slide55 10 - Slide56
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