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Subordem Metastigmata (Carrapatos) Família Ixodidae CARACTERÍSTICAS GERAIS - Possuem um par de estigmas respiratórios ao nível da coxa IV abrindo-se em peritremas curtos. - Fêmeas com área porosa na base do capítulo. - Hipostômio com dentes recurrentes. - Carrapatos com escudo dorsal cobrindo toda a face dorsal no macho e somente 1/3 face dorsal da fêmea, ninfa e larva. - Dimorfismo sexual nítido. - Ciclo: ovo - larva - ninfa – adultos. OBS: Larvas – Possuem 3 pares de patas e escudo incompleto. Ninfas – Possuem 4 pares de patas e escudo incompleto. Fêmeas – Possuem 4 pares de patas e aparelho genital. Machos- Possuem 4 pares de patas, escudo completo e aparelho genital. -As fêmeas após se destacarem dos hospedeiros procuram um abrigo próximo ao solo, onde põem grande quantidade de ovos. -O período de ovipostura é de vários dias. -Terminada a oviposição as fêmeas morrem. -Os ovos são castanhos, esféricos e pequenos. -O desenvolvimento do ovo até adulto depende muito das condições de temperatura. As baixas temperaturas prolongam os estádios de desenvolvimento. CARACTERÍSTICAS DO CICLO GERAL - Durante o desenvolvimento os ixodídeos passam pelos estágios de larva hexápoda, ninfa octópoda e adulto. -Larvas eclodidas sobem pelas gramíneas e arbustos e esperam a passagem do hospedeiro para os quais se transferem. -Após sugar o sangue dos hospedeiros durante alguns dias, a larva sofre muda da cutícula e se transforma em ninfa. Esta que é octópoda espera alguns dias para o enrijecimento da cutícula, ingurgitar-se de sangue e muda novamente de cutícula para se transformar em adultos (macho ou fêmea). CLASSIFICAÇÃO DO CICLO DE ACORDO COM O NÚMERO DE HOSPEDEIROS: 1- Monoxeno - Carrapato de um só hospedeiro – É quando todos os três estágios (larva, ninfa e adulto) se alimentam no mesmo hospedeiro onde também realizam as mudas. Adultos ingurgitam sobre o animal -> fêmeas caem no solo - > fazem postura dos ovos -> larvas eclodem -> larvar sobem no animal e ingurgitam -> mudam para ninfa e ingurgitam -> mudam para adultos. 2- Dioxeno – Carrapato de dois hospedeiros – Os estágios de larva e ninfa são no mesmo hospedeiro, onde também é realizada a primeira ecdise(larva->ninfa). A segunda ecdise (ninfa->adulto) se realiza no solo e o ixodídeo adulto procura um segundo hospedeiro. 3- Trioxeno – Carrapato de três hospedeiros – Para cada estádio há um hospedeiro, todas as mudas são feitas fora do hospedeiro. Larvas se alimentam no animal e ingurgitam -> Larva muda para ninfa no solo -> Ninfa se alimenta, ingurgita e deixa o animal -> Ninfa muda para macho ou fêmea no solo -> Machos e fêmeas copulam e se alimentam no animal -> Fêmea vai ao solo fazer postura. Gênero Rhipicephalus Espécie Rhipicephalus sanguineus HOSPEDEIRO: Cães, pode parasitar também gatos. CICLO: Trioxeno CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: -Palpos e rostro curtos. - Base do gnatossoma/capítulo geralmente hexagonal. - Escudo sem ornamentação; olhos e festões presentes, coxa I bífida. - Machos com um par de placas adanais desenvolvidas e um par rudimentar. CONTROLE -Aplicação de banhos carrapaticidas nos cães, repetindo-se o tratamento duas ou três vezes com intervalos de 14 dias. -Limpeza dos canis. -Aplicação de acaricidas nas paredes, teto e piso das instalações. -Higiene e isolamento dos cães. Gênero Boophilus ou Rhipicephalus Espécie Rhipicephalus (Boophilus) microplus HOSPEDEIRO: Bovídeos, pode ser encontrado em outros hospedeiros domésticos e silvestres. CICLO: Monoxeno CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS - Rostro e palpos curtos, achatados, rugosos lateral e dorsalmente. - Base do gnatossoma/capítulo hexagonal. - Escudo sem ornamentação. - Festões ausentes. -Peritremas arredondados ou ovais. CONTROLE -Limpeza de pastagens; -Rotação de pastagens; -Banho de imersão -> Utilizado para propriedades com grande número de animais, pois o custo das instalações e gasto com produtos químicos é alto. -Aspersão ou spray -> É econômico e prático, utilizado em pequenas propriedades. Gênero Amblyomma Espécie Amblyomma cajennense HOSPEDEIRO: a maioria dos animais domésticos e alguns silvestres. Pode parasitar o homem. CICLO: Trioxeno CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Palpos e hipostômio longos. - Geralmente ornamentado. - Olhos e festões presentes. - Base do gnatossoma de formas variadas. - Placas adanais ausentes no macho. - Peritremas em forma de vírgula ou triangular. CONTROLE: O mesmo do Rhipicephalus sanguineus. Gênero Dermacentor (Anocentor) Espécie Anocentor nitens (carrapato da orelha do cavalo) HOSPEDEIRO: Equídeos. LOCALIZAÇÃO: Principalmente pavilhão auricular CICLO: Monoxeno CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: - Rostro e palpos relativamente curtos. - Escudo sem ornamentação. - Com sete festões. - Coxas IV muito maiores que as demais. - Sem placas adanais. Família Argasidae CARACTERÍSTICAS GERAIS -Não possuem escudo. Gênero Argas Principal Espécie: Argas miniato HOSPEDEIROS: Galinha, peru, pombo e outras aves. Carrapato. Comum em galinheiros. CICLO: 1- Adultos ingurgitam sobre a ave. 2- Fêmea cai e faz postura dos ovos. 3- Larvas fixam-se na ave. 4- Larvas ingurgitam. 5- Larvas caem e fazem ecdise. 6- Ninfas 1 fixam-se na ave e ingurgitam. 7- Ninfas 1 caem e fazem ecdise para Ninfas 2 8- Ninfas 2 sobem na ave e ingurgitam. 9- No solo as N2 passam a adultos, macho e fêmea. 10- Adultos sobem na ave e alimentam-se. Gênero Ornithodorus HOSPEDEIROS: Homem e animais domésticos. CICLO: Muito parecido com o anterior, só mudam os hospedeiros e passam por duas ou mais fases de ninfa antes de chegarem a adultos. 1- Femea faz oviposição 2-Larva -> Ninfa N1 -> N2 -> N3 ->N4 -> Adultos 3-Cópula Gênero Otobius Otobius megnini HOSPEDEIROS: cães. cavalos, ovelhas,cabras e bovinos. CICLO: Semelhante ao do Ornithodoros CONTROLE GERAL -Evitar misturar animais contaminados; -Limpeza e uso de acaricidas nas instalações e destruição dos ninhos de carrapato; -Repelentes com DEET + permetrina (humanos). Ordem Siphonaptera (Pulgas) CARACTERÍSTICAS ❖ Nome vulgar: Pulgas. ❖ Não apresentam asas e possuem pernas longas, principalmente as posteriores, adaptadas para o salto. ❖ Achatadas lateralmente, o que facilita o andar pelos animais. ❖ Corpo revestido de espessa quitina escorregadia e cerdas voltadas para trás que auxiliam a pulga a deslizar entre as penas e pelos dos hospedeiros não permitindo que voltem (dêem ré). ❖ Antena com três segmentos (escapo, pedicelo e clava) e sulco antenal que divide a cabeça em fronte (parte anterior) e occipício (atrás do sulco antenal). ❖ Podem apresentar ctenídeos (dentes quitinosos) que são cerdas espiniformes, dispostas como dentes de um pente. ❖ Aparelho bucal picador-sugador: hematófago. ❖ Três segmentos torácicos e 10 abdominais. ❖ Abdômen formado por 10 segmentos (urômeros) imbricados. Os segmentos dois a sete possuem de cada lado um estigma. O nono metâmero apresenta em ambos os sexos uma placa sensorial chamada de sensila. ❖ - Algumas pulgas apresentam mesonoto rachado. ❖ -Holometábolos (metamorfose completa): ovo – larva – pupa – imago ou adulto. *Ectoparasitos obrigatórios periódicos, somente os adultos permanecem transitoriamente no corpo do hospedeiro para a sucção do sangue, deixando-o após o repasto. CICLO BIOLÓGICO (GERAL) As pulgas adultas, macho e fe pula. A fe o aderentes e caem no solo, ocorrendo uma tende odo de incubaco do ovo e a liberac gio comec a a produzir fios de seda viscosos e a tecer o casulo pupal ao pegajoso e permite a adere duo ambiente. No interior do casulo pupal, ocorre a metamorfose, originando a pulga adulta (macho ou fe da, ou emerge ficos desencadeados principalmente pela presenc s saltar sobre o hospedeiro, as pulgas adultas realizam a hematofagia diretamente nos capilare - 174 dias dependendo das condic es de temperatura, da umidade e da alimentac o obtida pelas larvas. Estas sticas que favorecem o seu desenvolvimento e a produc s. *As fêmeas fecundadas, depois de um ou vários repastos sanguíneos, desovam número variável de ovos (entre três e 18) em cada postura. O número total de ovos pode chegar a muitas centenas, dependendo da espécie. *Os ovos das pulgas são brancos, grandes (0,5 mm) e visíveis a olho nu sobre fundo escuro. A postura ocorre quase sempre nos lugares onde habitam os hospedeiros. *O desenvolvimento depende das condições de temperatura e umidade, mas no verão o ciclo se completa em 21 dias. *A larva sai do ovo por uma abertura na cápsula cefálica. As larvas são vermiformes, esbranquiçadas, ápodas e possuem aparelho mastigador. Em condições favoráveis a larva passa para pupa em 9 a 15 dias, mas no inverno ou na falta de alimento pode prolongar-se por até 200 dias. *A alimentac o das larvas no a m de descamac es cuta duos alimentares. *A fase de pupa dura de 7 a 10 dias mas pode chegar a mais de um ano. *As pupas não se alimentam e podem permanecer latentes por um ano ou mais, ainda capazes de eclodir quando indícios, como vibração, denunciam a presença de um hospedeiro adequado. * A eclosão ocorre em 2 dias a 2 semanas, dependendo do ambiente. TRATAMENTO recomendada a aplicac micos que apresentam efeito adulticida. ❖ imidacloprid ❖ fipronil ❖ metaflumizona ❖ nitenpiram ❖ selamectina ❖ piriprol ❖ spinosad. PROFILAXIA As medidas ria orga - gua ou usar vapor superaquecido) e restringir o acesso dos animais a determinados co modos. O controle do ambiente ex gios evolutivos encontrados no ambiente (principalmente os ovos e as larvas), como os carbamatos, organofo logos do hormo ntese de quitina. SINAIS CLÍNICOS Os animais hospedeiros se arranham e mordem a área acometida, e a picada pode resultar em um pequeno vergão elevado na pele. Subordem Integricipta Não apresenta fratura no occipício. Gênero Tunga ❖ Nome comum: Bicho-de-pé ❖ Ordem: Siphonaptera ❖ Família: Tungidae ❖ Habitat: pele ❖ Classe: Insecta ❖ Hospedeiro definitivo: homem e suínos ❖ Hospedeiros reservatórios: bovinos, ovinos, equinos, camundongos, ratos, cães, ratos e animais silvestres. ❖ Distribuição geográfica: Partes da África, Ásia, Américas do Norte e Sul (predileção por regiões neotropicais e afrotropicais). Morfologia ❖ Cabeça angular; ❖ Tórax curto e de coloração avermelhada: Os três segmentos torácicos juntos, são menores que 1 segmento abdominal; ❖ - Duas mandíbulas (lacínias) retilíneas, serrilhadas e longas; ❖ - Palpos labiais com dois segmentos pouco quitinizados; ❖ - Menores pulgas que existem; ❖ Fêmea: 1mm de comprimento (antes da alimentação), podendo atingir 7mm quando grávida. ❖ Macho: 0,5mm (nunca aloja-se no hospedeiro) ❖ - Ausência de ctenídeos e cerdas espiniformes nas coxas metatorácicas. CICLO BIOLÓGICO A fêmea fecundada corta a pele do hospedeiro com suas peças bucais e em seguida escava a ferida, introduzindo a cabeça e o corpo até que apenas os dois últimos segmentos abdominais fiquem expostos. A pele do hospedeiro prolifera e a cobre a pulga até os últimos segmentos abdominais. Um macho adulto móvel de vida livre copula (em uma posição invertida) com a fêmea alojada. Enquanto que, a fêmea permanece fixada, alimentando-se de líquidos do hospedeiro e expandindo o tamanho de seu abdômen até atingir o tamanho de um grão de ervilha após 8/10 dias. Em seguida, a fêmea produz uma tumefação nodular com apenas uma pequena abertura para fora através da qual são eliminados até 200 ovos que caem no solo. Ocorre a eclosão das larvas em 3 ou 4 dias, com muda por 2 estágios de larva. Ciclo completo: 17 dias *Introduzem-se na região do pé (próximo a unha); *O macho não fixar-se na pele, apenas a fêmea. * Depois De Todos Os Ovos Serem Postos A Pulga Murcha E Cai Ao Solo Ou É Expelida Pela Ulceração Que Se Forma No Local Da Penetração. * Machos E Fêmeas Não Fertilizadas Sugam Intermitentemente Seu Hospedeiro. *Somente quando a fêmea é copulada ela penetra na pele. O macho morre. SINAIS CLÍNICOS ❖ Prurido extremo; ❖ Dermatite alérgica; ❖ Dor e inflamação; ❖ Infecções secundárias. ❖ Febre ❖ Anemia DIAGNÓSTICO - CLÍNICO A tumefação produzida pela fêmea é facilmente visível e em geral é circundada por ovos. O nódulo no pé tende a aumentar ao longo das semanas. Gênero Ctenocephalides felis e canis ❖ Nome comum: Pulga do cão/gato ❖ Ordem: Siphonaptera ❖ Família: Pulicidae ❖ Habitat: pele ❖ Classe: Insecta ❖ Hospedeiro definitivo: cães, gatos e seres humanos ❖ Distribuição geográfica: Mundial Morfologia ❖ Apresentam olhos simples e ❖ Antenas curtas e em forma de clava. ❖ Apresentam ctenídeos pró-notal (16 espinhos) e genal ( formado por 7-8 espinhos) ❖ Comprimento: fêmeas (2,5mm) e machos (1mm) *O comprimento da cabeça da fêmea de C. felis corresponde ao dobro ao dobro da altura e ela aponta em sentido anterior. *A cabeça da fêmea de C. canis é mais arredondada na superfície superior e anterior que a do gato e tem menos do dobro do comprimento com relação a altura. Gênero Pulex ❖ NOME COMUM: pulga do homem ❖ ORDEM: Siphonaptera ❖ FAMÍLIA: Pulicidae ❖ HABITAT: pele ❖ CLASSE: Insecta ❖ HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Seres humanos e suínos (também pode parasitar cães, gatos e ratos) ❖ DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Mundial MORFOLOGIA ❖ Ausência de ctenídio genal e pró-notal ❖ Par de olhos simples ❖ Cabeça ligeiramente arredondada ❖ Mesopleura sem espessamento interno. ❖ Possuem uma cerda anterior ao olho e quma cerda occipital. *As picadas de Pulex podem causar dermatite e as vezes ela atua como vetor do patógeno Yersinia pestis. Gênero Xenopsylla ESPÉCIE: Xenopsylla cheops HOSPEDEIRO: rato MORFOLOGIA ❖ Não possuem ctenídeos; ❖ Possuem fileira de cerdas no occipício, em forma de V; ❖ Possuem mesonoto rachado. Ordem Diptera Subordem Brachycera Os Brachycera são a maior subclasse dos Diptera e consistem em, aproximadamente, 120 famílias. Sua característica maismarcante é a menor segmentação da antena. A organização de subgrupos dentro da subordem Brachycera é fonte de muita confusão e controvérsia, com muitos nomes que eram usados historicamente caindo em desuso. A família Tabanidae é uma das maiores da ordem Diptera, tendo, aproximadamente, 8.000 espécies distribuídas em 30 gêneros. Família: Tabanidae CARACTERÍSTICAS GERAIS - Tamanho de 0,6 a 3 cm. - No momento há mais de 3,000 espécies conhecidas de Tabanídeos. - Os três gêneros principais de importância são: o Chrysops, Tabanus, e Haematopota. - Chamados vulgarmente de mutucas ou moscas do cavalo. - GRANDE AGRESSIVIDADE - Grande capacidade de vôo (até 20km) - Dípteros robustos. - São de hábito diurno. - A hematofagia é fundamental para a maturação nos ovários - O mecanismo principal para achar os hospedeiros é a visão e assim os olhos grandes servem bem esta função. - O CO2 também atua como uma fonte de odor para atrair algumas espécies. HOSPEDEIROS: Grandes animais domésticos ou selvagens e humanos. Pequenos mamíferos e aves também podem ser atacados. CARACTERÍSTCAS MORFOLÓGICAS GERAIS - Os olhos são coloridos e usados para atrair o sexo oposto. A coloração de olho varia entre espécie sendo unicoloridos ou horizontalmente coloridos em Tabanus, manchados em Chrysops, e com faixas em zigue-zague em Haematopota. - Antenas com três segmentos e o flagelo apresenta anelações que são projetadas para frente. - Fascículo de picada: ocasiona o ferimento, é constituído de seis elementos: lábio superior afilado, hipofaringe com ducto salivar, maxilas pareadas semelhantes a grosa e largas mandíbulas pontiagudas pareadas - Cabeça semi-esférica ou semilunar. - Mesonoto desenvolvido (meio do tórax). - Olhos holópticos nos machos e dicópticos nas fêmeas (separados). Presença ou não de ocelos afuncionais. - Aparelho bucal lambedor e sugador (curto e grosso). - Asa com terceira nervura longitudinal bifurcada. Com espinhos na nervura costal da asa. - Machos desprovidos de mandíbulas e não hematófagos. - Mandíbulas nas fêmeas para cortar a pele. CICLO EVOLUTIVO É completo, holometabólo (metamorfose completa durante o seu desenvolvimento). Ovo- larva- pupa e imago (adultos). Após o repasto sanguíneo, as fêmeas realizam postura de lotes de 100 a 1.000 ovos sob a vegetação ou em pedras, em geral, em áreas enlameadas ou pantanosas. Os ovos eclodem em 1 a 2 semanas, e as larvas de formato cilíndrico usam um espinho especial para saírem da casca do ovo. → As larvas (tabanídeos) ao eclodirem dos ovos, caem na água e completam o seu desenvolvimento no lodo do ’á ; ã í -se de pequenos animais ou de larvas de outros insetos, não encontrando alimentação suficiente tornam-se canibais. {quadro abaixo} → Larvas maduras pupam enquanto parcialmente enterradas na lama ou no solo, depois migram até próximo à superfície e as moscas adultas emergem após 1 a 3 semanas. → Após emergirem, os machos perseguem as fêmeas e o acasalamento, que tem início no ar, se completa no solo e dura aproximadamente 5 minutos. - Em climas quentes o ciclo dura em torno de quatro meses. - O número de ovos e período de incubação é variável (Período de incubação = 10 dias a oito meses). - As larvas carnívoras (aparelho bucal mastigador) na falta de alimento podem atacar animais e humanos. - Em condições ótimas, o desenvolvimento das larvas ocorre em 3 meses, mas, se o inverno tiver início, esse crescimento pode se estender por até 3 anos. NUTRIÇÃO Os machos nutrem-se de néctar de flores. As fêmeas também sobrevivem com néctar, porém precisam de sangue para a maturação dos ovos. As fêmeas localizam sua presa pela visão e suas picadas são profundas e dolorosas. O labro ingere o sangue exposto. Por que a picada dói tanto? Telmofagia. As maxilas e mandíbulas são usadas para cortar o couro ou esfolar com uma ação do tipo tesoura. O corte resultante é fundo e doloroso e flui sangue. A dor infligida por sua picada ocasiona alimentação interrompida e, como consequência, as moscas podem se alimentar de uma sucessão de hospedeiros e, dessa forma, atuarem como importantes vetores mecânicos de patógenos como os tripanosomas. Gênero Chrysops (Tribo Chrysopsini) CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS INDIVIDUAIS - Asas com faixas escuras, que são divergentes quando em repouso. - Ramificação da quarta veia longitudinal na asa - Raramente maiores que 10 mm - Suas asas apresentam faixa transversal preta mediana - Terceiro artículo antenal com o primeiro anel tão longo quanto os quatro seguintes reunidos. LOCAL DE PREDILEÇÃO: Os locais preferidos para alimentação incluem a parte inferior do abdome, as pernas, o pescoço e a região da cernelha. DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Cosmopolita, principalmente no Holoártico e nas regiões Orientais. PATOGÊNESE: Seu papel patogênico mais importante no Brasil é ser vetor do Trypanosoma (T. evansi, T. equinum, T. simiae, T. vivax, T. brucei, T. gambiense e T. rhodesiense – causam ripanossomíase africana em humanos – ) Gênero Tabanus (Tribo Tabanini) CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS INDIVIDUAIS - Asas transparentes; - Basicosta; - Antenas características – curtas, robustas, com três segmentos e que não contêm arestas; - Dois primeiros segmentos da antena são pequenos, o segmento terminal apresenta projeções semelhantes a dentes na sua parte basal e quatro anéis; - - Sem esporão tibial na pata III; - Ausência de ocelos funcionais; - Probóscida raramente mais longa que altura da cabeça. Geralmente curta e robusta. LOCAL DE PREDILEÇÃO: Pele DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Cosmopolita PATOGÊNESE: São transmissores de carbúnculo hemático ou antraz, pasteurelose, tripanossomíase, anaplasmose e a filariose humana loíase. Ambos CONTROLE 1) Deve-se eliminar o habitat de criação de larvas (como terrenos mal drenados), pois os adultos permanecem em regiões próximas ao desenvolvimento das larvas. → Drenar áreas úmidas; 2) O controle químico deve ser feito utilizando inseticida de contato com efeito residual nos estábulos e nos animais; 3) Fitas escuras adesivas colocadas nos estábulos funcionam como armadilhas para capturar esses insetos; 4) Evitar amontoados de animais, manter certa distância; 5) Agir em conjunto com medidas profiláticas de parasitas que podem ser transmitidos através destes. Subordem Nematocera FILO:Arthropoda CLASSE: Insecta ORDEM: Diptera SUBORDEM:Nematocera FAMÍLIA: Culicidae CARACTERÍSTICA GERAIS → Sem ocelos → antenas com 15 a 16 segmentos → pernas longas → Fêmeas hematofogos sugam o sangue a noite. → Machos alimentam-se de sucos vegetais. → Fêmeas colocam seus ovos em locais úmidos (plantas flutuantes) ou água → Há quatro estágios larvais e um estádio pupal, ambos aquáticos, com características físicas e bioecológicas diferentes dos adultos, o que classifica os membros dessa família como insetos holometábolos assim como os demais dípteros. → Antenas, filiformes com mais de seis artículos semelhantes no flagelo. Na subordem Nematocera as antenas têm cerdas. Fêmeas apresentam poucas cerdas e machos apresentam muitas cerdas. Gênero Lutzomyia CARACTERÍSTICA MORFOLÓGICAS: ● C ‚ ‛ ● Transmissor da leishmaniose ● Olhos ocupando grande parte da cabeça ● Ocelos ausentes. ● Antenas tão longas quanto o comprimento da cabeça e tórax com densa pilosidade. ● Cerca de 4 a 5 mm ● Asa no formato lanceolar e com nervura longitudinais e paralelas ● Cerdas longas pelo corpo ● A partir do oitavo segmento, formam as peças do aparelho genital ● As fêmeas realizam hematofagia e os machos se alimentam de suco vegetal. CICLO DE VIDA O ciclo inicia com a cópula dos mosquitos, no qual a fêmea fica presa ao macho pelos espinhos dos metâmeros posteriores do abdome. A evolução dos ovos na fêmea é rápidae a postura é de 5 a 40 ovos diários, em matéria orgânica em decomposição. OBS: a fêmea vive até 30 dias,logo,ela pode colocar até 200 ovos durante toda a sua vida. O ovo, inicialmente é branco, porém com o tempo ele vai tornando amarelo e depois castanho-escuro. Sua dimensão varia de acordo com as espécies de 310 a 400u de comprimento por 90 a 150u por largura. Geralmente a eclosão acontecerá durante a noite, após 5 a 20 dias, em temperaturas ambientais adequadas. A larva é formada por 12 metâmeros e realiza 4 mudas antes de se transformar em pupa e ninfa , medindo então entre 2,5 a 3,5 mm de comprimento. O aparelho bucal nessa fase é do tipo mastigador, portanto, ela. se alimenta de substâncias sólidas ,como: fezes de lagartos e miriápodes. O desenvolvimento larval se dá em torno de 30 dias até ela virar pupa. A larva irá transforma-se em pupa ou ninfa na sua exúvia da L4, depois de eliminar o conteúdo gastrintestinal, ficando imóvel. Essa transformação dependerá das condições climáticas da região. A pupa e a ninfa são mais largas que a larva e elas se estreitam na extremidade posterior, onde são encontradas quatro cerdas longas. As pupas são mais resistentes à dessecação que os ovos e as larvas. A sua fase transcorre entre 10 a 15 dias. O imago irá eclodir depois de 6 a 18 horas, através da fenda longitudinal mediana na face dorsal da pupa. O período de vida das fêmeas é de aproximadamente 30 dias e dos machos de 4 dias. CONTROLE Controle do número de vetores → Proteção individual: mosquiteiros, repelentes, calças compridas, roupas de mangas compridas, meias, sapatos e telagem de janelas → Uso de inseticidas nas casas – intuito de exterminar os indivíduos adultos. (inseticidas do grupo piretróides sintéticos: Cipermetrina, Deltametrina, Fenpropatrina). → Destruição da vegetação de lugares úmidos e sombrios, locais preferidos para → Combate às larvas com criação de peixes larvófagos, como os, Poecilia sphenops, Trichogaster trichopteros, Astyanax fasciatus, Poecilia reticulata e Betta splendens. IMPORTÂNCIA NA MEDICINA VETERINÁRIA São transmissores da leishmania sp que causa doenças em humanos e animais. Também transmitem vírus, entre eles a febre dos três dias (febre papatasi). São responsáveis pelo vírus da estomatite vesicular, doença que afeta bovinos, cavalos e suínos. Família: Simuliidae Gênero: Simulium CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: → Mosquitos conhecido como borrachudo ou pium → Adulto lembra uma pequena mosca, apresenta corpo pequeno, medindo 1,5 a 4 mm de comprimentos robustos → Coloração escura ou negra, apresenta asas hialinas com nervuras em apenas uma parte delas → A antena assemelha se a um chifre → Corpo revestido de fina e curta pilosidade aveludada, escura nas fêmeas e coloridas nos machos → olhos compostos, separados nas fêmeas e juntos nos machos → Probóscida curta e poderosa → Toráx giboso → Pernas curtas e fortes CICLO DE VIDA O ciclo de vida destes organismos inclui várias etapas, tais como: ovo, larva, pupa e adulto; Isto está diretamente relacionado com os habitat aquáticos. Começa com a postura dos ovos pela fêmea, que são depositados em plantas e rochas em contato ou perto da água, junto os quais é liberado uma substância gelatinosa, e ficam em aglomerados. Depois de 5 a 7 dias de incubação, mudando- se para a fase de larva, após 6 mudas as larvas tecem um casulo cônico, fixo na base e aberto em cima e passam a pupa, depois do completo desenvolvimento da pupa, o pupário se enche de ar, formando uma bolha, a medida que a bolha aumenta, o borrachudo adulto vai se insinuando para o seu interior, a bolha se desprende do pupário e sob a tona da água se desfaz e coloca em liberdade o borrachudo. Ciclo se completa de 4 a 8 semanas 3m condições idéias de temperatura e umidade CONTROLE: Povoar lagos com peixes que se alimentam deles e controle biológico por Bacillus thuringiensis. Evitar a poluição dos rios que termina como os peixes. IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÁRIA Mosquito que transmite doenças de filarídeos (elefantíase, Oncocercose) Transmite também o leucocytozoon para aves. Família Culicidae Gênero Anopheles CARACTERÍSTICAS → Sem ocelos → Antenas com 15-16 segmentos → Pernas Longas → Hematofagia noturna → Alimento por sucos vegetais → Postura de ovos em locais úmidos → Adultos possuem escamas abundantes → Prosbóscida bem desenvolvida → Palpos retos → Olhos grandes → Antenas plumosas nos machos → Palpos das fêmeas de comprimento igual ao da prosbóscida → Ovos providos de flutuadores e postos isoladamente → Larvas sem sifão respiratório → Pupas com trompa respiratória de forma cônica e curta e abertura larga ETAPAS → Larva: Se alimenta de microrganismos da água. Diferente dos outros ele tem que ir até a coluna ’á í → Pupas: Fase em que sofre metamorfose ainda dentro da água → Adultos: Sai da água e são sexualmente ativos, o macho se alimenta de néctar e as fêmeas se alimentam de sangue por causa da necessidade de proteína para o desenvolvimento dos ovos COMO CONTROLAR → Drenagens de criadouros → Aterro → Aumento do fluxo de água → Uso de larvicidas químicos e biológicos → Borrificação intradomiciliar de efeito residual → Aplicação espacial de fumacê → Aplicação de ultra baixo volume → Uso de repelente e telas Gênero Aedes → Larvas possuem sifão respiratório → Ovos são desprovidos de flutuadores → Fêmeas com palpos curtos → Machos com palpos longos → Espécie: Aedes aegypti 1. Cerdas: o macho usa para detecta a vibração das asas da fêmea para o período da cópula e a fêmea usa para sentir a pele antes da picada. 2. Palpos: ajudam a manter o equilíbrio na hora de pousar e criam estabilidade na hora de inserir a probóscide. 3. Probóscide: é utilizada para penetrar na pele em busca de sangue. Possui dois canais: a hipofaringe que insere a saliva e o labro que suga o sangue. Na hora da picada, injeta na vítima sua saliva, a qual contém substância anticoagulante ( para manter o fluxo constante de sangue) e anestésica ( para bloquear momentaneamente a sensação de dor), por esse motivo só sentimos a picada depois. As papilas gustativas servem para detectar odores emitidos pelo corpo humano. 4. Manchas brancas: são as marcas registradas desse gênero ( Que na verdade, são pequenas escamas), mas não possuem papel importante na vida do inseto. 5. Asas: são recobertas por escamas 6. Olhos PROFILAXIA: → Eliminação dos criadouros: Manter caixas d'água fechadas Manter ralos fechados Manter garrafas com gargalo para baixo Lixo em local apropriado Não deixar água acumulada em pneus, vasos de plantas → Controle Químico: Uso de piretroide Uso de Cipermetrina → Controle Biológico: Peixes e microcrustáceos que se alimentam das larvas Gênero Culex → Mosquito comum ou muriçoca → Possuem hábito noturno → As fêmeas depositam seus ovos e água impura → Após a desova, a fêmea morre → Ciclo dura em média de 10 a 11 dias → Transmite Wuchereria bancrofit ( agente etiológico da elefantíase ou filariose linfática) PROFILAXIA: → Os mesmos cuidados para evitar criadouros de Aedes aegypti → Saneamento básico CICLO EVOLUTIVO GERAL O macho e a fêmea adultos copulam, a fêmea faz a postura dos ovos em áreas úmidas, em condições favoráveis esses ovos eclode e dá origem a larva, em 5 dias vira pupa e em 2 ou 3 dias viram adultos. Subordem Cyclorrhapha (Moscas) CARACTERÍSTICAS GERAIS - Estão incluídas as moscas, mosquitos, varajeiras, pernilongos, borrachudos e mutucas - presente na maioria dos hábitats - - São holometábolos - possuem o corpo dividido em: cabeça, tórax e abdômen. - A cabeça com exceção dos pupíparos, é imóvel e esférica - O ciclo de vida possuem quatro fases: Ovo, larva, pupa e fase adulta - Olhos compostos (omatídeos) bem desenvolvidos- Os mosquitos machos e fêmeas são dicópticos -O tórax é formado por três metâmeros, pró meso e metatórax -O mesotórax é constituído de três regiões: pré-escudo, escudo e escutelo OBS: - A larva é ápoda e realiza três ou mais mudas. Há dois tipos de larvas: eucéfalo e acéfalo: - Eucéfalo: origina-se no interior da última pele larval e sai desta por uma fenda dorsal, é livre imóvel, tendo um formato de vírgula -Acéfalo: não abandona a última pele larval - Pupário Família Muscidae - Três estágios larvares, sendo que a larva é vermiforme e esbranquiçada. Na sua extremidade anterior possui ganchos (para capturar alimentos) e na posterior possui estigmas respiratórios com 1, 2 ou 3 aberturas, de acordo com a fase larval (L1, L2, L3). - Principais gêneros de importância veterinária incluem: Musca (moscas domésticas e moscas relacionadas), Hydrotea (mosca da cabeça), Stomoxys (moscas dos estábulos) e Haematobia (mosca dos chifres) Gênero Musca HOSPEDEIROS Os membros deste gênero não são parasitas obrigatórios, mas podem nutrir-se de ampla variedade de secreções animais e são especialmente atraídos por feridas. ESPÉCIES: Musca domestica e M. autumnalis. CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS - Os adultos têm cerca de 5,5 a 7,5 mm de comprimento e sua cor varia de cinza claro a escuro. - Há 4 listras longitudinais escuras distintas no tórax,e o abdômen acinzentado apresenta diversas marcas claras e escuras. - Presença de pelos pegajosos na extremidade das patas com garras. CICLO EVOLUTIVO - As moscas-fêmeas realizam postura de lotes de até 150 ovos de coloração creme com, aproximadamente, 1 mm de comprimento, formato de banana, em fezes úmidas ou matéria orgânica apodrecida. - Lotes de ovos são colocados a intervalos de 3 a 4 dias por toda avida. Em temperatura ótima, os ovos eclodem em 12 a 24 h, produzindo larvas esbranquiçadas, segmentadas, cilíndricas com um par de pequenos ganchos orais anteriores. -A presença de alta umidade no esterco favorece sua sobrevida. Na borda posterior da larva há um par de espiráculos respiratórios cujo formato e estrutura permitem diferenciação de gênero e espécie. - Os três estágios larvais alimentam-se de matéria orgânica em decomposição e crescem até 10 a 15 mm de comprimento em 3 a 7 dias sob condições favoráveis. -Temperaturas de 30 a 37°C são ótimas para o desenvolvimento larval. IMPORTÂNCIA 1) Transporte forético: de microorganismos que levam à febre tifóide, disenteria, cólera e mastite bovina, de protozoários como Entamoeba, Giardia e helmintos como Taenia sp., Dipylidium e nematóides espirurídeos. É também veiculadora de D. hominis. 2) Hospedeiro intermediário: de endoparasitos como Habronema em cavalos e Raillietina em aves. Gênero Hydrotea HOSPEDEIROS - Ovinos, bovinos e equinos. - Este gênero de moscas não picadoras é muito semelhante ao gênero da Musca, contém uma espécie de particular importância veterinária que é a mosca da cabeça (Hydrotea irritans) responsável por uma grave condição em ovinos. ESPÉCIE: Hydrotea Irritans Gênero Stomoxys ESPÉCIE: Stomoxys calcitrans (Mosca dos estábulos) CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS - Aparelho bucal com palpos curtos e dentes pré-estomais na labela. - Lembra a mosca doméstica, porém possui uma probóscida preta que é usada para picar a pele e sugar o sangue. Possui um abdômen mais largo que o da Musca e possui marcas xadrezes no dorso do abdômen. - Possui quatro listras longitudinais no tórax similares a da Musca. - Antena com arista pectinada (cerdas apenas de um lado). - Larvas com dois estigmas contendo três aberturas em forma de s na L3. CICLO EVOLUTIVO -Têm preferência por equídeos, mas alimenta-se numa grande variedade de animais como bovinos, porcos, cães e humanos. Durante o seu estágio adulto são feitos vários repastos sanguíneos e uma mosca alimenta-se da vários hospedeiros em um dia. - Depois de ingurgitados, tanto macho quanto fêmea ficam lentos enquanto digerem o repasto sanguíneo. - Os lugares onde são mais comumente encontrados são: cercas, parede de casas, de estábulos. Quando são perturbadas elas geralmente voam e retornam ao mesmo local. - Elas preferem se alimentar nas partes baixas do animal como pernas e abdômen. - O desenvolvimento do ciclo, de ovo a ovo é de 30 dias e a postura de 25 a 30 ovos por vez. A incubação é de um a quatro dias, e o tempo de L1 a L3 é de aproximadamente 20 dias. - O período pupal é de 13 dias no verão e de três a quatro meses no inverno. IMPORTÂNCIA - Causa anemia nos animais e é a principal veiculadora de ovos de Dermatobia hominis, faz transmissão mecânica do T. evansi, serve de hospedeiro intermediário do Habronema sp., é transmissor de anemia infecciosa equina e causa irritação no animal que não se alimenta direito e tem perda de peso. Gênero Haematobia ESPÉCIE: Haematobia irritans (mosca do chifre) e H. exigua (Mosca dos búfalos) HOSPEDEIROS: Bovinos e bubalinos CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS - Tamanho de ± 6 mm. - Aparelho bucal com palpos longos e labela sem dentes. CICLO EVOLUTIVO - Fica o tempo todo em cima do animal (no dorso) de cabeça para baixo e só desce para fazer postura nas fezes frescas. Todo o desenvolvimento é nas fezes (L1 até adulto). - Ciclo curto de 16 dias (no verão completa o ciclo em oito a nove dias). - Alimenta-se o tempo todo, causando anemia. - Prefere animais mais escuros. - As larvas eclodem em 24 horas e desenvolvem se durante três dias, mudam para pupas e após seis dias emergem os adultos (moscas) que ficam no corpo dos animais de cabeça para baixo e põem até 180 ovos cada. IMPORTÂNCIA - Perda de 40 kg se o animal tiver 500 moscas nele (em torno de 30 dias). Também é veiculadora de D. hominis. CONTROLE GERAL DAS MOSCAS -Deve-se ter um controle higiênico, fazendo esterqueiras, compactação de fezes, espalhar as fezes em camadas finas, pois as larvas não sobrevivem aos raios solares. As moscas não depositam ovos em fezes fermentadas porque os gazes e ácido lático matam as larvas. Os inseticidas não são muito eficientes porque além de algumas moscas serem resistentes, matam outros microrganismos úteis. No caso dos equídeos, as camas devem ser sempre trocadas (de 10 a 15 dias) para evitar proliferação de moscas. Família Hippoboscidae Gênero Hippobosca HOSPEDEIROS -Equinos, bovinos, ovinos - Cham ‘’ ’’ - As fêmeas adultas possuem larvas prontas para pupar - Possuem peças bucais perfurantes sugadoras de sangue - São parasitas de aves e mamíferos - Apresentam fortes garras nas patas, que lhes permitem agarrar-se a pelos ou penas - Tendem a ser parasitas permanentes ou por longos períodos de tempo CICLO BIOLÓGICO -As fêmeas deixam os hospedeiros depositarem larvas maduras unicamente em solo seco ou húmus. Cada fêmea pode produzir apenas cinco ou seis larvas durante a vida. Essas larvas pupam quase imediatamente e mudam de uma cor amarela para negra; a maturação para o estágio adulto depende da temperatura, e nas regiões temperadas as moscas são mais abundantes nos meses de verão. IMPORTÂNCIA -Alguns animais aparentemente se acostumaram aos ataques dessas moscas, podendo ser parasitado por várias centenas agrupadas ao redor do períneo do animal sem que o mesmo demonstre grande aborrecimento. Contudo, pode ser uma fonte de grande irritação para animais não acostumados aos ataques. Como tais moscas perfuram a pele para sugar sangue, podem ser vetores mecânicos de hemoparasitas, como o trypanosoma theileri não patogênico para os bovinos Família Sarcophagidae Gênero Sarcophaga HOSPEDEIROS -Acometem principalmente o homem e apenas ocasionalmente os animais. CARACTERÍSTICAS - í ‘’ ’’ Sarcophaga e a Wohlfahrtia, estão amplamente distribuídos e põem ovos em chagas, feridas ou carne em decomposição.-As larvas podem causar grande deformidade. - Moscas de médio a grande porte. CICLO BIOLÓGICO -Fêmeas são larvíparas (colocam até 50 larvas por vez). -As larvas vivem em cadáveres ou matéria orgânica em decomposição e seu período de desenvolvimento varia de 10 a 30 dias. Para puparem, as L3 vão ao solo e penetram na terra ou se escondem no ambiente. Em uma ou duas semanas ecoldem os adultos. IMPORTÂNCIA -Provocam miíases secundárias, as larvas são predadoras e ainda são veiculadoras de patógenos. Família Glossinidae Gênero Glossina HOSPEDEIROS: Diversos mamíferos, répteis e aves CARACTERÍSTICAS - Único membro da família Glossinidae - Popularmente chamadas de moscas tsé-tsé - Vetores da Tripanossomose - Hematófagas - Vivem de dias a meses IMPORTÂNCIA -Apesar das picadas serem muito dolorosas e causarem grande irritação, sua maior importância está na transmissão de Tripanossomose animal e humana. Família Calliphoridae CARACTERÍSTICAS GERAIS - São conhecidas como varejeiras; - Composta de mais de 1.000 espécies, divididas entre 150 gêneros; - No mínimo 80 espécies foram registradas provocando miíase cutânea traumática; - Os cinco gêneros mais importantes são: Cochliomyia, Chrysomya, Cordylobia, Lucilia e Calliphora. Gênero Cochliomyia Cochliomyia hominivorax – Mosca de berne LOCAL: Pele Hospedeiros - Comumente bovinos, suínos, equinos, homem. Distribuição geográfica - Áreas tropicais da América do Sul, Central e Caribe. - Agente obrigatório de miíase; - Fêmeas adultas depositam entre 150-300 ovos na borda das feridas; - Fazem a oviposição a cada 2-3 dias durante sua vida adulta; - Larvas eclodem em 10-12 dias e penetram nos tecidos do hospedeiro, que se liquefazem e eliminam líquido com odor pútrido; - Larvas amadurecem com 5-7 dias e tornam-se pupa no solo; - Período de pupa dura de 3 dias a semanas, dependendo da temperatura; - Todo o ciclo pode ser completado em 24 dias Cochliomyia macellaria - Mosca de berne secundário LOCAL - Pele Hospedeiros - Bovinos, suínos, equinos, homem. Ciclo - Cochliomyia macellaria é habitante onipresente de carne em putrefação. Age como agente secundário em miíase. Gênero Chrysomya Chrysomya bezziana - Mosca de berne do velho mundo LOCAL - Feridas cutâneas HOSPEDEIROS: Mamíferos, incluindo bovinos, ovinos, cães e ocasionalmente humanos. CICLO - Agente obrigatório de miíase; - Fêmeas grávidas são atraídas por feridas abertas; - Fêmeas depositam lotes de 100-300 ovos ao redor da ferida; - Eclosão em 10-20 horas; - Larva de primeiro estágio alimenta-se na ferida, penetrando profundamente no tecido do hospedeiro; - Larvas amadurecem em 4-12 dias, depois, caem no solo para tornarse pupas; - Pupação dura cerca de 7 dias em condições ideais; - Ciclo dura de 2-3 semanas. Gênero Lucilia CARACTERÍSTICAS - Chegam a 10 mm de comprimento. - Apresentam um tom esverdeado metálico a bronzeado. - O sexo pode ser distinguido pela distância entre os olhos (nos machos tocam-se anteriormente e são separados nas fêmeas). Espécies - Lucilia sericata e Lucilia cuprina são agentes primários de miíase. LOCAL :Pele e feridas cutâneas HOSPEDEIROS: Principalmente ovinos, porém acometem outros animai CICLO - Fêmeas devem obter uma refeição proteica antes de maturar seus ovos; - Fêmeas colocam cerca de 225- 250 ovos nas feridas, no velo sujo ou em animais mortos; - Ovos eclodem como larvas em cerca de 12 horas. - Larvas se alimentam, crescem e tornam-se larvas adultas em 3 dias ; - Larvas maduras caem no solo e pupam; - O estágio de pupa dura 3-7 dias no verão; - O ciclo de vida de ovo a adulto dura entre 2 a 6 semanas. Tratamento e Controle - Tratamento das lesões com preparação de inseticida diluído, como diazinon, cipermetrina ou deltametrina. Gênero Calliphora HOSPEDEIROS Principalmente ovinos, porém qualquer outro animal pode ser acometido. CICLO -Fêmeas grávidas depositam de 100-200 ovos; - Ovos eclodem em larvas, que se alimentam e crescem rapidamente, sofrem duas mudas e tornam-se larvas adultas; - Larvas adultas caem no solo e pupam; - Mosca adulta deve obter uma refeição proteica e acasalar-se. SINAIS CLÍNICOS -Irritação e desconforto causados pela lesão, perda de peso. Gênero Oestrus ( Mosca Nasal) HOSPEDEIROS: Ovinos e caprinos. LOCAL: Fossas nasais. CICLO A mosca Oestrus ovis tem um ciclo de vida diferenciado, pois as fêmeas adultas fazem a deposição de larvas nas narinas dos animais. Após a entrada ao interior das narinas, as larvas se alimentam de tecidos contaminados e necrosados. Depois de bem alimentadas, saem por espirros ou por livre vontade, caindo no solo e após três a oito semanas se transforma em moscas adultas. CARACTERÍSTICAS - Partes bucais rasgadas proeminentes. - A larva possui fileiras de pequenos espinhos sobre superfície ventral de cada segmento. - Espiráculos posteriores em uma placa quase circular e com muitas aberturas em padrão de raios. - Antena tem arista grande sem cerdas. - Cabeça carrega numerosos pequenos tubérculos; os olhos são pequenos em relação à cabeça e com um grande espaço entre eles. - Asas são claras - Os adultos têm tórax e abdome com padrões mosqueados de preto sobre cinza. IMPORTÂNCIA: -Inflamação dos seios frontais e infecção, devido a presença de larvas (L2 e L3) que irritam e saem pelo espirro ou por livre vontade e que podem ficar de 2 semanas até 10 meses no animal. É chamada praga de verão porque as moscas irritam os animais que ficam indóceis e tentam esconder o focinho. Raramente é mortal. CONTROLE: -É muito difícil, pois o que deve ser feito é a prevenção na época em que mais ocorre, começando no meio da primavera e não deixando a larva se desenvolver Gênero Dermatobia ESPÉCIE: Dermatobia hominis (sua larva é chamada de berne). HOSPEDEIROS: Mamíferos (mais importante bovino e cão). CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: -Adulto com cabeça e tórax castanhos e abdômen azul metálico. - Larva com espinhos e ganchos só na parte mais larga. Estigmas respiratórios na parte mais estreita. BIOLOGIA: A atividade da larva é noturna e a L3 não é piriforme. • Adultos não se alimentam e vivem em matas (florestas, ilhas de matas, fazendas ou beira de rio). CICLO BIOLÓGICO: O ciclo da Dermatobia hominis inicia quando as larvas da mosca se instalam no subcutâneo do bovino. As larvas não necessitam de uma ferida aberta para se instalar no animal e se alimentam de tecido vivo. - No bovino, as larvas desenvolvem de L1 até L4 em 53 dias e caem no chão para se transformarem em pupa. De 22 a 67 dias depois, a pupa se abre e a mosca adulta sai. A partir de 24 horas a mosca já é capaz de copular. - A mosca da Dermatobia hominis não põe os seus ovos diretamente no bovino. Ela utiliza uma mosca veiculadora, que vai pousar no bovino, onde os ovos caem da mosca, para reiniciar o ciclo. As principais são: a mosca-dos-chifres, a mosca-dos-estábulos e a mosca doméstica. PREVENÇÃO/CONTROLE A prevenção da Dermatobiose é complicada de ser feita em função da mosca adulta não se aproximar do bovino e existirem diversas moscas veiculadoras dos ovos com hábitos diferentes. - Sendo assim, o controle só pode ser feito quando o berne já está hospedado no bovino, ou repelindo a mosca veiculadora. - Para um controle mais efetivo e financeiramente eficiente, o controle deve ser concentrado nas épocas de maior infestação (mais chuvas e temperaturas maiores). Gênero Gasterophilus ESPÉCIES: G. nasalis; G. intestinalis; G. haemorroidalis HOSPEDEIROS: Eqüinos. LOCAL: Duodeno e estômago (larvas). CARACTERÍSTICAS MORFOLOGICAS -Adulto possui o corpo recoberto por pêlos sedosos e amarelos (lembra abelha, mas essa têm dois pares de asas). - Larvas grandes com ganchos orais em forma de foice, corpo segmentado coberto por espinhos (Uma fileira no caso deG. nasalis no caso de outras spp), estigmas com aberturas cheias de trabéculas. -Adultos com um par de asas. CICLO BIOLÓGICO: A oviposição é feita em vôos rápidos e os ovos aderem ao pêlo. De 7 a 10 dias tem-se a eclosão da L1 que penetra na mucosa bucal onde fica migrando de 2 a 6 semanas (varia com a espécie). As larvas são deglutidas por eqüídeos e quando chegam ao estômago e duodeno, vão à L2 e L3 e pelas fezes chegam ao solo virando pupa e mais tarde, adultos.
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