Buscar

ensino_religioso_-_TAOÍSMO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

TEMA: HISTÓRIA DAS PRINCIPAIS CORRENTES RE-
LIGIOSAS V – TAOÍSMO
1-Quem seria o fundador do taoísmo, onde e quan-
do?
2-Quais são os principais textos sagrados do taoís-
mo
3-Explique o que seria o Tao, segundo o colocado
nos textos auxiliares.
4-Para um seguidor do taoísmo, qual o maior obje-
tivo? 
5-Qual é o significado do Yin-Yang dentro da tradi-
ção taoísta?
6-Explique a importância da contenção dos desejos
e da aceitação da realidade para o taoísta.
7-Como entender o princípio wei-wu-wei ?
8-Escolha um dos excertos retirados do Tao-
teChing e escreva uma reflexão/um texto sobre?
TEMA: HISTÓRIA DAS PRINCIPAIS CORRENTES RE-
LIGIOSAS VI – BUDISMO
1-Há quanto tempo e onde se originou o Budismo e
quem foi seu fundador?
2-Qual o significado das Quatro Nobres Verdades e
por que é importante conhecê-las?
3-Qual o objetivo de seguir-se o Caminho Óctuplo?
4-O que é o Samsara e o que o budismo prescreve
para livrar-se do Samsara? 
5-Explique a idéia de Nirvana no budismo.
6-Caracterize e explique o que são as Três Jóias .
7-Faça um quadro comparativos entre os três tipos
de budismo apresentados no texto.
8-Explique a relação entre a ética budista e o cami-
nho Óctuplo.
Sugestão de vídeos: 
Taoísmo | Retratos de Fé – TVCultura https://www.youtube.com/watch?v=4KoQ3Slg2e4 [Acesso em 3 setembro de 2020.]
Budismo | Retratos de Fé – TVCultura https://www.youtube.com/watch?v=bHzB7aOEjKM [Acesso em 3 setembro de 2020.]
TEXTOS AUXILIARES
TAOÍSMO 
INTRODUÇÃO 
O Taoismo, Taurismo ou daoísmo é um pensamen-
to filosófico e religioso que prega a vida em harmonia
com Tao (caminho ou via). Tem origem em crenças
pan-teístas antigas e xamânicas chinesas. O pensa-
mento foi criado a partir dos ensinamentos de Lao-
Tse e tem o livro Tao-Te-Ching como alicerce filo-
sófico. A Tradição chinesa aponta que Lao-Tse teria
vivido no século VI A.C., mas os historiadores o colo-
cam como tendo vivido em IV A.C., sendo controverso
o conhecimento que se tem acerca de sua vida ou
mesmo de sua existência, havendo uma grande quan-
tidade de histórias mais ou menos míticas a seu res-
peito.
Seu texto principal é o Tao-te-ching (o livro da ra-
zão e da virtude) é um dos livros mais curtos de todas
as religiões com apenas 5000 palavras. As escrituras
Chuang-tsu também são uma referência importante.
Estima-se que o taoísmo seja praticado por aproxima-
damente 50 milhões de seguidores, principalmente na
China e em outros países asiáticos.
Devido à grande mística inerente à tradição taoís-
ta, há um grande número de seitas derivadas de suas
várias interpretações. O Tao ou "caminho" nunca foi
descrito em palavras, desta forma, é deixado para
aquele que "busca" encontrá-lo por si mesmo. Lao-tse
escreveu "O Tao que pode ser descrito não é o Tao
Eterno."
O taoísmo se concentra no nível espiritual do ser.
O Tao-te-ching compara o homem "realizado" ao
bambu; reto, simples e útil por fora e oco por dentro.
O espírito do Tao é baseado no vazio, mas não há pa-
lavras para descrever sua espontaneidade e novidade
eterna.
Os fiéis dessa crença são treinados para procurar o
Tao em todos os lugares e em todos os seres. Os
templos taoístas são o lar de seres divinos que guiam
a religião e abençoam e protegem seus adoradores.
Um conceito único para o taoísmo é wu-wei, inação.
Isso não significa falta de ação, mas sim um excesso
espontâneo de ação derivado das necessidades que
surgem, nem por se deixar levar pela ação calculada
e não agir de forma que o mínimo necessário para ob-
ter resultados efetivos seja ultrapassado.
Se permanecermos quietos e silenciosos, e ouvir-
mos o chamado interior do Tao, agiremos sem esfor-
ço, com eficiência, raramente refletindo sobre assun-
tos e coisas. Seremos nós mesmos como somos.
OBJETIVOS DO TAOÍSMO
O objetivo principal do Taoísmo pode ser descrito
como a intuição mística do Tao, que é o caminho, o
significado original, a unidade sem divisões, a realida-
de última. Tao é o caminho de todos os seres, é o
princípio sem nome do Céu, da Terra, e é a mãe de
todas as coisas.
Aquele que descobre o Tao descobre as camadas
mais profundas da consciência de tal maneira que
atinge a consciência pura e pode, portanto, apreciar a
verdade interior de todas as coisas. Somente aquele
que está livre de desejos pode abraçar o Tao, levando
assim uma existência de "atividade inativa". Não há
Deus pessoal no taoísmo e, portanto, não há união
com ele.
CAMINHO DA "ILUMINAÇÃO"
Aquele que segue o Tao segue a ordem natural
das coisas, não buscando o aperfeiçoamento da natu-
reza ou formulando a virtude para terceiros. O taoísta
observa wu-wei ou inação da mesma forma que a
água procura e encontra seu nível apropriado sem es-
forço. Esse caminho inclui a purificação de si mesmo
através do controle de apetites e emoções, que é par-
cialmente alcançado através da meditação, controle
da respiração e outras formas de autodisciplina, geral-
mente sob a supervisão de um Mestre.
O QUE É O TAO
A definição do conceito de Tao é complicada para
quem não está familiarizado com a doutrina, mas
pode ser resumida como o princípio criativo do univer-
so, no qual todas as coisas estão unidas e conectadas.
De acordo com os taoístas, o Tao não é uma coisa
nem uma substância, no sentido convencional. Tam-
bém não pode ser equiparado a Deus. Embora não
possa ser percebido, ao mesmo tempo pode ser ob-
servado pelas coisas existentes no mundo. Os taoís-
tas acreditam em vários deuses, os quais vieram da
mitologia chinesa e cada um ocupa um papel a ser
desempenhado no mundo.
FUNDAMENTOS DO TAOÍSMO
O taoísmo estabelece a existência de três forças:
uma passiva, uma ativa e uma terceira, conciliatória.
Os dois primeiros simultaneamente se opõem e se
complementam, ou seja, são absolutamente interde-
pendentes e funcionam como uma unidade. São os
yin (força passiva/sutil, feminina, úmida...) e yang
(força ativa/concreta, macho, seca...). A terceira força
é o Tao, ou força superior que os contém. 
O Yin Yang é mais conhecido entre os ocidentais
e significa o princípio das forças naturais e comple-
mentares, isto é, que dependem uma da outra e não
https://www.youtube.com/watch?v=4KoQ3Slg2e4
https://www.youtube.com/watch?v=bHzB7aOEjKM
existem por si só. Podem representar os conceitos de
masculino e feminino, luz e escuridão, ação e inação,
mas não podem ser consideradas como forças rivais,
e sim complementares, pois juntas criam harmonia.
Esta concepção pode ser exemplificada a partir do
significado das palavras: literalmente, yang significa
"a inclinação luminosa (ensolarada) da montanha", e
yin "a inclinação escura (sombria) da montanha"; en-
tenda-se a idéia da montanha como um símbolo de
unidade. Assim, embora representem duas forças
aparentemente opostas, elas fazem parte de uma úni-
ca natureza.
A igualdade entre as duas primeiras forças implica
igualdade de suas manifestações consideradas no
abstrato. Portanto, o taoísta não considera a vida su-
perior à morte, não concede supremacia à construção
sobre destruição, prazer sobre o sofrimento, nem ao
positivo sobre o negativo, nem à afirmação sobre ne-
gação.
Coisas cotidianas e insignificantes têm um signifi-
cado muito mais profundo do que nós damos.
PONTOS SOBRE O TAOISMO
O Eterno pode ser entendido como o Tao ou "o ca-
minho" que inclui a ordem moral e física do universo,
o caminho da virtude que o céu segue por si mesmo,
e na máxima de que o Tao que pode ser descrever
não é o Eterno Tao.
A crença na autoridade final do Tao-te ching e na
santidade das escrituras Chuang-tsu. 
A crença de que o homem se alinha com o Eterno
quando pratica humildade, simplicidade, o simples ce-
der, serenidade e ação sem esforço.
A crença de que tanto a meta quanto o caminho da
vida são essencialmente os mesmos, e que o Tao só
pode ser conhecido por seres escolhidos que o prati-
cam por si próprios, não há ajuda do "além".
A crença na onisciência e impessoalidade do Su-
premo como implacável, além da preocupaçãocom o
ser humano, mas que existem divindades menores -
desde os deuses elevados que duram por Eras, até os
espíritos e demônios da natureza.
A crença de que toda ação cria uma força oposta e
que, portanto, os sábios buscarão ação por meio da
inação. 
A crença de que o homem é uma das manifesta-
ções das "dez mil coisas" e que sua existência é finita
e passará; apenas o Tao perdura para sempre.
A crença na unidade da criação, na espiritualidade
dos domínios materiais e na fraternidade de todos os
homens.
A perspectiva correta será encontrada pela ativida-
de mental da pessoa, até chegar a uma fonte mais
profunda que guie sua interação pessoal com o uni-
verso. O desejo obstrui a capacidade de entender o
caminho, mas moderar o desejo gera contentamento
e sabedoria. Para o taoísmo, quando um desejo é sa-
tisfeito, outro, ainda maior, brota em seu lugar. Ideal-
mente, não se deve desejar nada, "nem mesmo não
desejar". Nessa filosofia, a aceitação da realidade é
um princípio da sabedoria espiritual, o que lembra as
idéias do Estoicismo.
O TAO-TE-CHING
O Tao-Te-Ching é um tratado místico, com oitenta
e um capítulos, que cobre muitas áreas da filosofia,
desde a espiritualidade individual até técnicas de bom
governo. 
Lao-Tse enfatiza o Tao (também conhecido como
Tao, geralmente traduzido como "o caminho") e ex-
pande seu significado para abranger a ordem imanen-
te e sem nome do universo. Destaca-se o conceito de
wei-wu-wei (‘ação por meio da inação’), o que não
significa permanecer imóvel sem fazer nada, mas sim
evitar intenções e vontades explícitas que dificultam a
fluidez harmônica da natureza. Os fins podem ser al-
cançados respeitando as maneiras pelas quais as coi-
sas crescem e diminuem naturalmente; assim, as
ações realizadas de acordo com o Tao são mais fáceis
e mais produtivas do que aquelas que pretendem
contradizê-lo. 
Lao-Tse acreditava que a violência deve ser evita-
da e que a vitória militar é motivo de luto pela neces-
sidade de usar a força contra outros seres vivos. Ele
também argumentou que o excesso de leis e normas
dificultam a gestão da sociedade, pois oprimem as li-
berdades dos povos.
Como muitos outros pensadores chineses antigos,
suas explicações freqüentemente usam paradoxos,
analogias, apropriação de citações antigas, repetição,
simetria, rima e ritmo. Os escritos atribuídos a ele são
poéticos, densos e muitas vezes enigmáticos, e ser-
vem de ponto de partida para a meditação sobre o
Cosmos ou sobre si mesmo. Muitas das teorias estéti-
cas da arte chinesa são baseadas em suas idéias e
nas de seu mais famoso seguidor, Chuang-Tse.
EXCERTOS DO TAO-TE-CHING
Cap. 3: (...) Não valorizando os tesouros, mantém-se
o povo alheio à disputa; não enobrecendo a matéria
de difícil aquisição, mantém-se o povo alheio à cobi-
ça; não admirando o que é desejável, mantém-se o
coração alheio à desordem. (...)
Cap. 8: (...) A bondade sublime é como a água. A
água, na sua bondade, beneficia os dez mil seres sem
preferência, ela permanece nos lugares desprezados
pelos outros, por isso assemelha-se ao Caminho. Viva
com bondade na terra. Pense com bondade, como um
lago. Conviva com bondade, como irmãos; fale com a
bondade de quem tem palavra. Governe com a bon-
dade de quem tem ordem. Realize com a bondade de
quem é capaz. Aja com bondade todo o tempo. Não
dispute, assim não haverá rivalidade. (...)
Cap. 14: (...) Quem mantém o Caminho Ancestral
poderá governar a existência presente, quem conhe-
ce o Princípio Ancestral encontrará a ordem do Cami-
nho. (...)
Cap. 27: (...) O Homem Sagrado é constante e bon-
doso, salva os homens e não abandona os homens; é
constante e bondoso, salva coisas e não abandona
coisas: isso se chama herdar a luz. O homem bom é
mestre daquele que não é bom, o homem que não é
bom é o recurso daquele que é bom; quem não valori-
za seu mestre e quem não ama seu recurso, mesmo
inteligente, permanece enormemente desorientado.
(...)
Cap.41: (...) O homem superior, ao ouvir sobre o Ca-
minho, esforça-se para poder realizá-lo. O homem
mediano ao ouvir sobre o Caminho, às vezes, o res-
guarda, às vezes o perde. O homem inferior ao ouvir
sobre o Caminho Trata-o às gargalhadas. Se não fosse
tratado às gargalhadas, Não seria suficiente para ser
o Caminho. Por isso, as seguintes palavras sugerem:
A iluminação do caminho é como se fosse a obscuri-
dade ; o avanço do caminho é como se fosse o retro-
cesso (...)
Cap. 49. (...) Com os bons faço o bem / Com os que
não são bons faço o bem também / Adquirindo o
bem / Com os sinceros sou sincero / Com os que não
são sinceros sou sincero também / Adquirindo a since-
ridade. (...)
Fontes de pesquisa:
https://www.bosquetaoista.com.ar Acesso em 08 de Setembro 
de 2020.
https://namu.com.br/portal/o-que-e/taoismo/ Acesso em 08 de Se-
tembro de 2020.
https://www.chinalinktrading.com/blog/taoismo-principio-tras-yin-
yang/ Acesso em 08 de Setembro de 2020.
http://sociedadetaoista.com.br/blog/ Acesso em 08 de Setembro 
de 2020.
https://www.sacred-texts.com/tao/index.htm Acesso em 08 de Se-
tembro de 2020.
 https://pt.wikisource.org/wiki/ Tao _Te_Ching Acesso em
08 de Setembro de 2020.
https://pt.wikisource.org/wiki/Tao_Te_Ching
https://www.bosquetaoista.com.ar/
https://www.sacred-texts.com/tao/index.htm
http://sociedadetaoista.com.br/blog/
https://www.chinalinktrading.com/blog/taoismo-principio-tras-yin-yang/
https://www.chinalinktrading.com/blog/taoismo-principio-tras-yin-yang/
https://namu.com.br/portal/o-que-e/taoismo/
BUDISMO
INTRODUÇÃO
O budismo é uma filosofia ou religião que surgiu ori-
ginalmente na Índia por volta do século VI a.C. e
abrange diversas tradições, crenças e práticas basea-
das nos ensinamentos de Siddhartha Gautama, intitu-
lado de Buddha. A tradição budista começou há mais
de 2500 anos e até hoje é considerada uma das religi-
ões mais importantes derivadas dos ensinamentos de
Buda. O budismo é praticado por mais de um bilhão
de pessoas no mundo (budistas), e tem sido um gran-
de impulsionador na disseminação da escrita, da lin-
guagem e da adoção de valores humanistas e univer-
salistas. É, portanto, a grande filosofia da Ásia, porque
sua prática conseguiu expandir-se para todos os seus
países.
O budismo desenvolveu-se a partir dos ensinamen-
tos divulgados por seu fundador, Siddhartha Gauta-
ma, por volta do século V, no nordeste da Índia. Co-
meçou a rápida expansão para se tornar a religião
predominante na Índia no século III. Nesse século, o
imperador indiano Asoka torna-a religião oficial de seu
enorme império, enviando embaixadas de monges
budistas para todo o mundo conhecido na época. Foi
só no século VII que começaria seu declínio em sua
terra natal, embora até então tivesse se expandido
para muitos territórios. No século XII, ela havia desa-
parecido quase completamente na Índia, mas tinha se
espalhado com sucesso pela maior parte do continen-
te asiático.
Desde o século passado, também se expandiu pelo
resto do mundo, disseminando-se em suas várias for-
mas e ritos. Sem uma divindade suprema, mas ao
mesmo tempo mostrando seu caráter salvífico e uni-
versalista, também tem sido descrito como um fenô-
meno transcultural, filosofia ou método de transfor-
mação.
O budismo é, em número de seguidores, uma das
grandes religiões do planeta. Contém uma grande va-
riedade de escolas, doutrinas e práticas que historica-
mente e sob critérios geográficos são classificadas no
budismo como do Sul, Leste e Norte.
Apesar de uma enorme variedade de práticas e ma-
nifestações, as escolas budistas compartilham vários
princípios filosóficos entre si. Todos os elementos dos
ensinamentos filosóficos fundamentais são caracteri-
zados por estarem intimamente inter-relacionados e
contidos em outros, por isso, chegar ao seu entendi-
mento requer uma visão integral de todo o seu con-
junto. Além disso, é freqüentemente enfatizado que
todos os ensinamentos são orientados a guiar ou
apontar o ''Dharma'', ou seja, a lei universalou a or-
dem cósmica, que o praticante deve realizar.
QUATRO VERDADES NOBRES E O CAMINHO ÓCTUPLO
Após o despertar de Gautama Buda, o primeiro
discurso (Sutra) que ele fez foi para seus antigos com-
panheiros de meditação, no que é conhecido como "O
Lançamento da Roda do Dharma" (Dhamma-
cakkappavattana). Neste primeiro discurso, Gautama
Buda estabelece a base para a compreensão da reali-
dade do sofrimento e sua cessação.
Essas bases são conhecidas como "As Quatro No-
bres Verdades", que confirmam a existência do que
no Budismo é chamado dukkha; uma angústia de ca-
ráter existencial: a vida como a conhecemos é final-
mente levada ao sofrimento e/ou mal-estar (dukkha),
de uma forma ou outra; o sofrimento é causado pelo
desejo (trishna). Isso é, muitas vezes, expressado
como um engano agarrado a um certo sentimento de
existência, a individualidade, ou para coisas ou fenô-
menos que consideramos causadores da felicidade e
infelicidade. O desejo também tem seu aspecto nega-
tivo; o sofrimento acaba quando termina o desejo.
Isso é conseguido através da eliminação da ilusão
(maya). Assim, alcançamos o estado de libertação do
iluminado (bodhi); esse estado é conquistado através
dos caminhos ensinados pelo Buda.
Em resumo: Viver é sofrer (sofrimento); o sofrimen-
to é fruto do apego aos desejos (causa); o sofrimento
acaba quando se entende que ele não é provisório
(cessação); o sofrimento é totalmente extinto quando
se adota atitudes corretas (caminho para extinção).
A orientação básica do budismo expressa que ansia-
mos e nos apegamos a coisas e situações imperma-
nentes, o que nos coloca no estado de Samsara, o ci-
clo de repetidos renascimentos e mortes. Queremos
alcançar a felicidade por meio de situações e bens
materiais que não são permanentes e, portanto, não
alcançamos a verdadeira felicidade. O apego e o de-
sejo produzem carma, que nos ligam ao samsara, a
roda de morte e renascimento contínuo. Com a extin-
ção do desejo e do apego, pondo-se fim às paixões,
põe-se fim ao sofrimento e, portanto, sai-se da prisão
à roda dos renascimentos pela extinção do karma.
Para tanto, o Buda prescreve o Caminho Óctuplo,
cujas instruções encontramos no Samyutta Nikaya
LVI.11 (um dos tomos do Tipitakas, as Escrituras Sa-
gradas do Budismo): "Agora, bhikkhus (monges), esta
é a nobre verdade do caminho que conduz à cessação
do sofrimento: é este Nobre Caminho Óctuplo: enten-
dimento correto, pensamento correto, linguagem cor-
reta, ação correta, modo de vida correto, esforço cor-
reto, atenção plena correta, concentração correta."
O SAMSARA: A RODA DOS RENASCIMENTOS
Também chamada de Roda da Vida do Budismo,
Samsara representa um ciclo interminável de nasci-
mento, morte e renascimento, que são baseados no
conceito de ação e reação ou lei do karma.
Os desejos e ilusões mantém os seres aprisionados
na roda da vida, os impedindo de encontrar o cami-
nho da iluminação.
Este termo em sânscrito significa “vagando”, “fluin-
do”, “passando”, indica a passagem pela vida e como
cada ato pode afetar a próxima vivência e o caminho
para o nirvana ou iluminação.
Devido a isso, a samsara apresenta relação com
um nó infinito, o qual põe ênfase no fato de que o in-
divíduo colhe o que planta, os desejos e ilusões levam
a ações que mantém os seres humanos na eterna
roda da vida.
O objetivo, no budismo, é seguir os ensinamentos
de Buda, tomar consciência dos próprios atos e de
quem você é, assumindo uma postura benéfica na
vida atual, para que a existência posterior não seja
tão ruim e para que um dia o samsara seja quebrado.
O samsara é representado por uma roda com
três círculos concêntricos (imagine um alvo) come-
çando de dentro para fora, o centro da roda é com-
posto por três animais: o galo, que simboliza igno-
rância, a cobra que representa o ódio e o porco
que é a ambição. O outro círculo maior apresenta
uma divisão entre um fundo branco e preto, os
quais representam a ascensão ou a queda dos se-
res, de acordo com as suas ações na vida. O anel
médio demonstra os seis reinos ou seis caminhos.
Os três superiores que são compostos pelos deu-
ses, semideuses e humanos. Já os três inferiores
apresentam os animais, fantasmas e demônios.
anel exterior, que é o maior, simboliza os doze elos
da cadeia da dependência, os quais se apresentam
como um ciclo interminável de uma vida não ilumi-
nada. A quebra do samsara, resulta na quebra des-
ses elos. (CHEVALIER, 1969)
A libertação deste ciclo de existência, o nirvana,
tem sido a base histórica e a justificativa mais impor-
tante para o budismo.
O renascimento não é visto como desejável, nem
significa determinismo ou destino. O caminho budista
serve para que a pessoa possa se libertar dessa ca-
deia de causas e efeitos. Enquanto não houver inter-
rupção deste ciclo, nossa vida será samsárica, isto é,
dukkha. Embora o indivíduo deva experimentar as cir-
cunstâncias em que deve viver, ao mesmo tempo, é o
único responsável pelas decisões sobre como en-
frenta-las.
O NIRVANA
Gautama Buda afirmou que a cessação definitiva do
círculo de nascimento, morte e renascimento é possí-
vel praticando sues ensinamentos. O objetivo da
prática budista é, portanto, despertar do samsāra para
experimentar a cessação das emoções negativas
(kleshas), do sofrimento (dukkha) e da verdadeira
natureza da existência.
O estado de Nirvana foi descrito em textos budistas,
em parte de maneira semelhante a outras religiões in-
dianas, como o estado de liberação completa, ilumi-
nação, bem-aventurança suprema, felicidade, liberda-
de destemida, permanência, algo insondável e indes-
critível. Nirvana é descrito, principalmente, como o
que não é: não nascido, não criado, não composto. No
entanto, não deve ser confundido com a aniquilação
ou isolamento do indivíduo ou com niilismo.
Enquanto o budismo considera o Nirvana como o
objetivo espiritual supremo, na prática tradicional, o
foco principal da grande maioria dos budistas leigos
tem sido buscar e acumular o bem por meio de boas
ações, doações a monges e vários rituais. Isso ajuda a
obter um renascimento melhor.
AS TRÊS JÓIAS
A expressão “Três Jóias” designa o Buda, o Dhar-
ma e a Sangha. O Dharma é o conjunto dos ensina-
mentos do Buda; Sangha é a comunidade budista.
“Refugiar-se” significa aceitar publicamente o Buda
como mestre, o Dharma como seus ensinamentos e a
Sangha como sua comunidade religiosa.
Ao refugiar-se nas Três Jóias, o indivíduo torna-se
discípulo do Buda e assume o compromisso de não -
seguir os ensinamentos de religiões obscuras. A ceri-
mônia do refúgio é extremamente importante, porque
marca o início do compromisso com o Buda, o Dhar-
ma e a Sangha. Mesmo respeitando o budismo e fre-
qüentando templos budistas, o indivíduo que não se
refugiar nas Três Jóias pode se considerar apenas um
simpatizante do budismo, mas não um budista.
Refugiar-se nas Três Jóias significa afastar-se publi-
camente dos valores e costumes do mundo material e
buscar refúgio no Buda, no Dharma e na Sangha.
Como ocorre em toda Tradição religiosa, a adesão à
religião não se faz pelo pinçar elementos que agra-
dam, mas de segui-la pura e integralmente. Uma reli-
gião é uma caminho com fins transcendentais cujos
objetivos a alcançar necessitam de uma prática ade-
quada aos seus princípios.
TIPOS DE BUDISMO
O budismo theravada. Praticada por 38% dos budis-
tas, é a mais ortodoxa das tradições antigas e de
acordo com sua filosofia, a salvação só é possível
para aqueles que fazem o esforço certo para alcançá-
la. Isso deixa os leigos fora da iluminação. O budismo
therevada é praticado no Sri Lanka, Birmânia, Tailân-
dia, Camboja e Laos. Sua doutrina respeita as tradi-
ções do século III a.C. A Tipitaka é sua principal fonte
de doutrina. Eles rejeitam os bodhisattavas, já que
seu objetivo é se tornar seres perfeitos.
O budismo mahayana. Mais liberal do que Thera-
vada, eles acreditamque todos podem alcançar a sal-
vação. Mahayana significa "grande veículo" e como
uma linha religiosa, data do século I d.C. Faz parte do
budismo praticado na China, Tibete, Mongólia, Nepal,
Coréia e Japão. Sua prática rejeita várias formas de
devoção popular e considera que o objetivo da vida
não é se tornar perfeito, mas ajudar os outros a alcan-
çar a iluminação. Assim, igualam compaixão e sabe-
doria como forma de alcançar a iluminação. As esco-
las budistas Mahayana incluem Zen e Terra Pura. Al-
guns vêem essa forma como uma degeneração do Bu-
dismo.
Budismo tântrico. O budismo tântrico surgiu den-
tro da tradição budista mahayana. Tantras são textos
que foram secretamente transmitidos, desde o século
VI/VII e que tratam sobre ritual, meditação e discipli-
na. Estes surgiram originalmente na Índia. Tantras in-
centivam a evocação dos deuses, buscam poderes
mágicos, canções sagradas, uso de Mudras (gestos
corporais) e Meditação.
O budismo tântrico enfatiza o presente mais do que
o nirvana em um objetivo futuro. Ele foi levado para o
Tibete por Padmasambhava, onde se tornou muito im-
portante.
Budismo Zen. Uma das direções do budismo. Sur-
giu na China no século VI; sua base está na represen-
tação de uma essência única de Buda e de todos os
seres, na representação do caminho natural, tao, que
é superior a todos os métodos teóricos. Ao contrário
de outras escolas, o Budismo Zen proclama "lucidez
instantânea". O irracionalismo e o intuicionismo do
budismo zen despertaram grande interesse entre filó-
sofos europeus e americanos ocidentais.
ESCRITURAS BUDISTAS
Buda não deixou nada escrito. De acordo com a tra-
dição budista, ainda no próprio ano em que o Buda fa-
leceu, teria sido realizado um concílio na cidade de
Raja-ghra, onde discípulos do Buda recitaram os ensi-
namentos perante uma assembléia de monges que os
transmitiram de forma oral aos seus discípulos.
Por volta do século I, os ensinamentos do Buda co-
meçaram a ser escritos. Um dos primeiros lugares
onde se escreveram esses ensinamentos foi no Sri
Lanka, onde se constituiu o denominado Cânone
Páli. O Cânone Pali é considerado pela tradição The-
ravada como contendo os textos que se aproximam
mais dos ensinamentos do Buda.
Não existem, contudo, no budismo um livro sagrado
como a Bíblia ou o Alcorão, que seja igual para todos
os crentes; para além do Cânone Pali, existem outros
cânones budistas, como o chinês e o tibetano.
O cânone budista divide-se em três grupos de tex-
tos, denominado "Triplo Cesto de Flores" (tipitaka em
pali e tripitaka em sânscrito):
Sutra Pitaka: agrupa os discursos do Buda tais
como teriam sido recitados por Ananda no primeiro
concílio. Divide-se por sua vez em vários subgrupos;
Vinaya Pitaka: reúne o conjunto de regras que os
monges budistas devem seguir e cuja transgressão é
alvo de uma penitência. Contém textos que mostram
como surgiu determinada regra monástica e fórmulas
rituais usadas, por exemplo, na ordenação. Estas re-
gras teriam sido relatadas no primeiro concílio por
Upali;
Abhidharma Pitaka: trata do aspecto filosófico e
psicológico contido nos ensinamentos do Buda, inclu-
indo listas de termos técnicos.
ÉTICA BUDISTA
A ética budista, chamada Sila (em Sânscrito ou Pali),
é baseada nos princípios de ahimsa (não causar da-
nos) e o Caminho do Meio (moderação; não reprima
ou se apegue a nada). De acordo com os ensinamen-
tos budistas, os princípios éticos são determinados
pelo fato de qualquer ação ter uma conseqüência pre-
judicial ou negativa para si ou para terceiros. Sila con-
siste na fala correta, na ação correta e nos meios de
vida corretos.
SINTETIZANDO
A base dos ensinamentos do Budismo é o sofrimen-
to e a sua conseqüente extinção.
Siddharta Gautama teve a compreensão de que o
sofrimento é decorrente do desejo em todas as suas
formas. Para Siddharta, o desejo deve ser purificado
de forma a eliminar o sofrimento. Siddharta codificou
o mecanismo do sofrimento nas Quatro Verdades No-
bres, e como purificar o desejo no Nobre Caminho Óc-
tuplo.
As Quatro Verdades Nobres são quatro afirma-
ções que descrevem a natureza do sofrimento: A Na-
tureza do Sofrimento (Dukkha) , a Origem do Sofri-
mento (Samudaya), a Cessação do Sofrimento (Ni-
rodha), o Caminho(Marga)para a cessação do Sofri-
mento
O Nobre Caminho Óctuplo se compõe de: Visão
ou Entendimento correto , Intenção ou Pensamento
correta , Palavra ou Linguagem correta, Atividade ou
Ação Correta, Modo de vida correto, Esforço correto,
Atenção correta e Concentração correta.
Nirvana ou Nibbana é o nome dado ao estado de li-
bertação budista do sofrimento.
Buda não deixou nada escrito, tendo realizado seu
ministério de forma oral. O cânone budista é baseado
nas doutrinas conforme codificadas pelos discípulos
de Buda e divide-se em três grupos de textos, deno-
minado "Triplo Cesto de Flores" (tipitaka em pali e tri-
pitaka em sânscrito).
A ética budista e fundamentada na não-violência.
Fontes.
CHEVALIER, Jean. Diccionario de los Symbolos. Trad.
arturo Rodriguez. Barcelona: Herder Editorial, 1969.
pág. 909.
 https://www.infoescola.com/religiao/budismo/ Aces-
so em 07 de Setembro de 2020.
https://www.eusemfronteiras.com.br/voce-sabe-o-
que-e-o-budismo-e-como-ele-funciona/ Acesso em 07
de Setembro de 2020.
https://acessoaoinsight.net/index.htm Acesso em 07
de Setembro de 2020.
https://acessoaoinsight.net/sutta_pitaka.php Acesso
em 07 de Setembro de 2020.
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/religiao/
budismo Acesso em 07 de Setembro de 2020.
https://www.sacred-texts.com/bud/index.htm Acesso
em 07 de Setembro de 2020.
https://www.templobudista.org/diversos/ Acesso em
07 de Setembro de 2020.
http://www.cebb.org.br Acesso em 07 de Setembro de
2020.
https://www.infoescola.com/religiao/budismo/
http://www.cebb.org.br/
https://www.templobudista.org/diversos/
https://www.sacred-texts.com/bud/index.htm
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/religiao/budismo
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/religiao/budismo
https://acessoaoinsight.net/sutta_pitaka.php
https://acessoaoinsight.net/index.htm
https://www.eusemfronteiras.com.br/voce-sabe-o-que-e-o-budismo-e-como-ele-funciona/
https://www.eusemfronteiras.com.br/voce-sabe-o-que-e-o-budismo-e-como-ele-funciona/

Continue navegando