03 As Religiões orientais

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CULTURA RELIGIOSA
03. As Religiões orientais
Por: DOUGLAS MOACIR FLOR
 
 
Uma viagem pelo mundo das religiões
Não sabemos até onde podemos chegar ou descobrir sobre religiões. O fato é que muitas religiões são
primitivas, como o Hinduísmo, e delas não temos provas escritas. Se este mundo é cheio de dúvidas sobre suas
verdades, por outro lado encontramos provas de que a religião era um elemento-chave para a vida de muitos
povos.
Os mistérios sobre nossa origem e nossa morte, o desafio de viver a vida incólumes aos problemas do dia a dia
sempre desafiaram a humanidade a voltar-se para alguma coisa, ou alguém, para além de tudo, em busca de
respostas e de um significado para tudo. Deus ou deuses, divindades, ou mesmo grandes líderes, formam um
rol de respostas para as nossas buscas.
Para entender melhor esse quadro que se forma em torno das religiões, vamos trabalhar aqui quatro grandes
religiões, conhecidas também como religiões orientais, ricas por seus preceitos morais, religiosos e culturais:
Hinduísmo, Budismo, Confucionismo e Taoísmo.
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Hinduísmo
Diferentemente de outras grandes religiões, o hinduísmo não tem um fundador, apenas um livro
sagrado ou regras singulares que permitem entender facilmente suas crenças e sua tradição. Nascido
há cerca de 4 mil anos, na Índia, abrange uma infinidade de ramos e divindades, que passaram por
constantes transformações ao longo dos séculos – fruto das sucessivas invasões que marcaram a
história desse país asiático. Apesar da diversidade, os hindus apresentam em comum a crença de
que a vida na terra é parte de um ciclo de nascimentos, mortes e renascimentos dos quais é preciso
se libertar. A doutrina que rege a vida desses fiéis – cerca de 80% da população indiana e alguns
milhares de adeptos em outros países – indica dezenas de caminhos para alcançar a meta suprema
da salvação. Eles constroem altares dentro de casa para cultuar seus deuses preferidos, banham-se
no rio Ganges para se purificar e acreditam na predestinação. (Retirado do livro História das
Religiões. São Paulo: Planeta do Brasil)
Perfil
Fundador: Não há.
Ano de fundação: as raízes do hinduísmo remontam a um período entre 1500 a.C. e 200 a.C.
Textos sagrados: o Livro dos Vedas, que consiste em uma coletânea de quatro obras, das quais certas partes
datam de 1500 a.C.
Estatística: hoje, cerca de 80% da população da Índia é hinduísta. O restante da população divide-se entre
muçulmanos (10%), cristãos (4%) e outros grupos (6%). Em todo o mundo, perfazem cerca de 13% da
população mundial. 
História
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Essa tradição religiosa, chamada de hinduísmo, é o produto de cinco mil anos de desenvolvimento.
Começa por volta de 1.200 d.C.
Hindu – Palavra persa para indiano.
Segundo Hammer (1996), “O hinduísmo não tem um fundador nem um credo. Não possui estruturas
eclesiásticas ou institucionais particulares nem um credo estabelecido. A ênfase está mais na maneira de viver
do que na maneira de pensar.” Para alguns é mais uma cultura do que um credo.
A religião hindu surge em um momento em que invasores muçulmanos pretenderam distinguir a fé do povo da
Índia da sua fé.
Para contextualizar
A partir do século VII d.C., a cultura e a realidade hindu exerceram uma vasta influência no sudeste da Ásia,
invadindo os modernos países da Birmânia, Tailândia, Camboja, Laos e Vietnã, bem como muitas das ilhas da
Indonésia. Essa influência manteve-se durante cerca de oito séculos e é dominante na ilha de Bali até os
nossos dias. Contudo, na maioria desses países, e também no caso de Bali, a cultura hindu incorpora uma boa
parte de religião popular indígena, pré-hindu (HAMMER, 1996).
Ioga – Com certeza, você já ouviu falar em Ioga. É uma meditação profunda e concentrada. Para isso, é
necessário autocontrole, observância, posição, controle de respiração, limitação dos sentidos, controle dos
processos de pensamento e contemplação. Para nós, ocidentais, é apenas uma disciplina que fortalece o corpo
e fornece descontração e um espírito tranquilo. No contexto do hinduísmo, no entanto, trata-se de um meio pelo
qual a pessoa procura alcançar a salvação. Tal é conseguido quando o dualismo do eu e Brahma é dominado, e
todo o egoísmo/individualidade se perde nas correntes do ser. Movimento como o da meditação transcendental
pretendem atingir essa meta por intermédio da ioga (HAMMER, 1996).
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Os Upanishads introduzem a ideia de Brahman. Todos nascem dele, vivem nele e na morte retornam a
ele.
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Ensinamentos
Deuses
Apesar de lermos na literatura sobre os deuses hindus, sabemos que é uma religião politeísta. Além dos deuses
maiores, cada família tem no seu lar algum tipo de deus, que são chamados deuses do lar.
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Entre as principais divindades encontramos três:
BRAHMA, o criador – Senhor de todas as criaturas. Está muito acima de todos os cultos e quase não existem
templos a ele dedicados.
VISHNU, o preservador – Controlador dos destinos humanos. Mistura-se à humanidade em dez encarnações
(avatares). Em geral, amigável.
SHIVA, o destruidor – Fonte tanto do bem como do mal. Destruidor da vida e também aquele que a recria.
Fonte: HAMMER, 1996.
As deusas
A religião Hindu está muito ligada às tradições a respeito da terra da Índia, ao seu sistema social e à História. O
subcontinente indiano tem demarcações geográficas muito claras. De forma triangular, está limitado pelo mar
em dois lados e pela impenetrável cordilheira do Himalaia, ao norte. A forma da terra leva os indianos a falarem
de uma “mãe”, a que chamam de Mãe Índia.
Segundo Scherer (2005),
para os hindus existem duas forças. O masculino é considerado como energia consciente, mas não
ativa. O feminino é considerado como energia inconsciente, mas ativa. Noutras palavras: a ação
divina do mundo é considerada como feminina. Esta energia feminina chama-se shakti (= Força).
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Carma e reencarnação
É importante você saber um pouco mais sobre a lei do Carma, pois hoje ainda algumas religiões entre nós falam
muito sobre o tema.
As más ações voltam-se para quem as pratica – se não nesta vida, pelo menos na próxima. É este o
significado de carma. As faltas dos homens são pecados não tanto contra a vontade de um Deus,
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mas, sim, contra si mesmos. Nas escolas hinduístas que veneram os deuses Shiva e Veshnu, ou
mesmo que falam de um supremo princípio, o Brahman, as faltas são consideradas como pecados
contra o Divino: elas reforçam a não desejada separação entre a alma, o atman, e a divindade aqui no
Samsara (= o mundo do sofrimento), impedindo a libertação e bem-aventurança: a nova união da
alma individual com o ser supremo. Tradicionalmente existem cinco faltas graves: matar um brâmane,
tomar bebidas inebriantes, furtar, adulterar com a mulher do guru (= mestre espiritual) e conviver com
alguém que cometeu um destes pecados. (SCHERER, 2005)
A doutrina do Carma e da reencarnação são tão antigas quanto o hinduísmo. A crença é de que o ser
humano tem uma alma imortal que não lhe pertence. Depoisda morte, a alma volta a aparecer
(renasce) em uma nova criatura vivente. Pode renascer em uma casta mais alta ou mais baixa, ou
pode passar a habitar um animal.
PESQUISE: reencarnação e transmigração são conceitos que se referem à mesma coisa?
 Segundo Gaardner:
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Há uma ordem inexorável nesse ciclo que vai de uma existência a outra. O impulso por trás dela, e
que a mantém sempre em movimento, é o carma (ato ou ação) do ser humano. O ato ou ação não se
refere apenas a ações físicas, mas inclui pensamentos, palavras e sentimentos. A ideia de que todas
as ações têm consequências, que podem surgir depois da morte, não é, de modo algum, peculiar do
hinduísmo. A originalidade da ideia está no entendimento de que todas as ações de uma vida, e
somente elas, podem formar a base para a próxima vida. Assim, o carma não é uma punição pelas
más ações ou uma recompensa pelas boas. O carma é uma constante impessoal, como se fosse uma
lei natural do ato de existir. 
O sistema de castas
É importante falar sobre o sistema de castas, porque também é um divisor da sociedade hindu. Talvez seja um
dos poucos lugares do mundo onde encontramos uma sociedade tão estratificada.
São quatro classes sociais:
SACERDOTES
GUERREIROS
AGRICULTORES, COMERCIANTES E ARTESÃOS
SERVOS
Segundo Gaarder, “à medida que a sociedade indiana se desenvolveu, as pessoas foram sendo divididas em
novas castas. No início do século XX havia em torno de 3 mil castas”.
Gaarder, quando escreve O Livro das Religiões, ressalta:
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Não se sabe ao certo como surgiu o sistema de castas. O certo é que as castas, em geral, se
associam a profissões especiais. Uma aldeia indiana pode conter de 20 a 30 castas, e com frequência
cada uma ocupa um agrupamento especial de casas. Cada casta tem suas próprias regras de
conduta e de práticas religiosas, que determinam com quem as pessoas podem se casar, o que
podem comer, com quem podem se associar e que tipo de trabalho podem realizar. A base religiosa
desse sistema é a noção de pureza e impureza. Para um brâmane, por exemplo, tudo o que tenha a
ver com as coisas corporais ou materiais é impuro. Se ele se tornou impuro como resultado do
nascimento, morte ou do sexo, ou, ainda, por meio de contato com uma pessoa sem casta ou de
casta inferior, há diversas maneiras pelas quais ele pode ser purificado.
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Religiosamente, as castas indicam o grau de pureza ou impureza de uma pessoa.
O método tradicional mais conhecido de purificação utiliza a água de um dos muitos rios sagrados da Índia,
como o Ganges.
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Fonte: commons.wikimedia.org - Davi 1974d - Creative commons
Mais algumas coisas curiosas:
– Ser expulso de sua casta é o pior castigo imaginável.
– O nível mais baixo das castas é dos intocáveis ou sem casta. Também são chamados de Párias. São eles os
criminosos, lixeiros e curtidores de couro de animais, entre outros.
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– Também é bom lembrar que em 1947 a constituição Hindu aboliu o sistema de castas buscando banir a
discriminação. Mas ainda é difícil mudar aquilo que foi instituído pela cultura de um povo.
Pesquise como funciona o sistema de castas na Índia.
Correntes hindus modernas no Ocidente
Em meados do século XX, surgiu na Europa e nos Estados Unidos um grande interesse pela espiritualidade
oriental. Entre as muitas razões, pode afirmar-se que o Ocidente materialista, espiritualmente estéril, percebeu
que a vida e o viver iam muito além dos reducionistas aspectos biológicos. Esse interesse, que atingiu seu
ponto culminante nas décadas de 1960 e 1970, concentrou-se no budismo e no hinduísmo, com destaque para
a ioga. Surgiram inúmeros movimentos que apresentaram o modo hinduísta de responder às questões da vida.
Eram, em regra, movimentos centrados na personalidade de algum mestre (guru) carismático, venerado como
se fosse um avatar.
Conheça os movimentos que permaneceram na ativa após a morte de seus fundadores:
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• Meher Baba (1894-1969): foi o primeiro guru moderno de importância a conquistar adeptos no Ocidente.
Nascido na Índia, elaborou uma doutrina que sintetizava várias tradições religiosas, inclusive os conceitos de
carma e samsara (renascimento cíclico). Ensinava que o estado de iluminação que liberta só se alcança através
do amor puro, desinteressado.
• Sociedade Internacional da Consciência de Krishna: foi fundada em meados da década de 1960, no
Ocidente, por A. C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada (1896-1977). Seus discípulos de túnica amarela
procuram a iluminação por meio do estudo das escrituras védicas, em especial o Bhagavad Gita, e do canto de
um mantra em louvor a Krishna e Rama (graças ao qual o movimento é popularmente conhecido como Hare
Krishna). Praticam um ascetismo rigoroso que inclui o celibato. Sexo só é permitido com a finalidade de
procriação e dentro do casamento.
• Meditação Transcendental: ensina um método simples de meditação que se baseia em um mantra pessoal
(palavra ou frase) que, constantemente repetido, produz o efeito de reduzir o stress, promover a integração
pessoal e, por consequência, a iluminação que liberta. Foi trazido para o Ocidente por Maharishi Mahesh Yogi,
nascido em 1911, em fins da década de 1950, e alcançou popularidade quando os Beatles se tornaram seus
adeptos.
• Missão da Luz Divina: fundada na Índia, em 1960, e no Ocidente, em 1971, proclamou um menino guru,
Maharah Ji, nascido em 1958, o mais recente avatar do Transcendente. Ensinava quatro técnicas de meditação
que capacitavam os devotos a se voltarem para dentro de si mesmos a fim de experimentarem o estado de
iluminação: a Luz Divina, a Harmonia Divina, o Néctar Divino e a Palavra Divina.
• Bhagwan Shri Rajneesh (1931-1990): também conhecido como Osho, ministrava a doutrina do amor livre, da
sexualidade desinibida e dos atos impulsivos, juntamente com uma forma de meditação dinâmica que visava
liberar a energia da terra. Uma das técnicas de liberação das energias reprimidas é o riso. Possui centros de
meditação em todo o mundo. Só no Brasil, são oito centros, além de um jornal de circulação nacional.
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Budismo
Em uma noite, há mais de 2.500 anos, um príncipe hindu abandonou seu rico palácio, sua esposa e
seu filho para sair em busca de uma forma para superar o sofrimento humano. Ele peregrinou, jejuou
e meditou durante vários anos, até encontrar o que procurava. Passou a ser conhecido como Buda ou
"iluminado" e propagou suas descobertas por toda a Índia, dando origem a uma das religiões mais
influentes do mundo. Sua filosofia não está centrada em um "Deus Salvador". Seus discípulos creem
que as respostas para vencer e enfrentar as dores da vida e da morte são encontradas dentro de
cada indivíduo. Por isso, os budistas seguem fielmente os ensinamentos do Mestre, cuja essência são
o controle do desejo, a benevolência e a purificação da mente por meio da meditação. (Retirado do
livro História das Religiões. São Paulo: Planeta do Brasil)
Fundador: Siddartha Gautama. Identificado por seus seguidores como Sakyamuni(pertencente ao clã dos
Sakya), o Buddha (o iluminado) ou Bhagavat (senhor). É tido como o quarto dos cinco budas encarnados.
 
Data de nascimento: não há certezas. As biografias mencionam datas desde 624 a.C. até 410 a.C.
Local de nascimento: reino dos Sakyas, cidade de Kapilavastu, próximo à fronteira atual da Índia e do Nepal.
Ano de fundação: estima-se que Siddartha tenha atingido o estado de iluminação por volta de seus 35 anos de
idade.
Textos sagrados e reverenciados: os ensinamentos de Buddha não foram originalmente escritos por ele, mas
transmitidos oralmente por seus seguidores. Ao surgirem os primeiros escritos, duas formas podem ser
identificadas: o cânone sulista de Pali, da tradição Theravada (escrito no Sri Lanka por volta do século I a.C.) e
o cânone nortista sânscrito, da tradição Mahayana. O cânone de Pali é composto por três obras (pitaka):
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a) Sutra: os discursos de Buddha;
b) Vinaya: as origens das regras da disciplina monástica;
c) Abdhidharma: tratados escolásticos sobre a psicologia e filosofias budistas. Já o cânone de tradição
Mahayana crê que as doutrinas primeiras são incompletas e necessitam ser aperfeiçoadas com os tratados
interpretativos.
Estatística: atualmente, é um dos quatro maiores grupos de tradição religiosa. Os números correspondentes a
essa afirmação são difíceis de serem comprovados em vista das diversas escolas budistas. Hoje é muito
difundido no Sri Lanka e no Sudoeste da Ásia, embora esteja também presente na China, Coreia e Japão.
Excluindo a China, estima-se que cerca de 200 milhões de pessoas professam a fé budista.
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Fonte: Pixabay.com - Domínio público
História
Nascimento e vida de Siddartha
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Histórico retirado do livro As Religiões do Mundo:
Siddharta Gautama, que viria a ser conhecido como o Buda (o iluminado) e foi o fundador da religião budista,
nasceu por volta de 560 a.C. e morreu com 80 anos. Viveu no nordeste da Índia, em uma época em que essa
área era um dos grandes centros mundiais de atividades intelectuais e espirituais.
O nascimento de Gautama ocorreu em um longo período de desenvolvimento da tradição religiosa hindu. Mil
anos antes, as tribos arianas tinham entrado na Índia pelo Noroeste e o seu poder político e militar, as práticas
religiosas e outros costumes tinham pouco a pouco dominado todo o subcontinente. A literatura religiosa dos
vedas fora composta havia muito e nesta altura já existia grande parte dos Upanishads. Dentro dessa longa
tradição, o budismo surgiu como uma espécie de movimento reformador apenas parcialmente aceito e acabou
por ser mais ou menos excluído. Desde fins do primeiro milênio depois de Cristo o budismo viu o seu maior
florescimento no exterior da sua terra natal.
Gautama era filho do rajá de Kapilavastu e foi educado como um príncipe. Casou muito cedo e teve um filho.
Contudo, quando fez 29 anos, foi forçado por uma compulsão interior a abandonar a sua aparentemente
esplêndida existência e a trocá-la pela vida errante de um santo homem. É evidente que a decisão foi resultado
de uma aspiração por coisas mais elevadas, há muito sentida, além de estar de acordo com as orientações
religiosas mais íntimas dos Upanishads e com o aparecimento na Índia da ideia de que uma vida errante e sem
lar era a melhor maneira para encontrar a verdade espiritual e para compreender a realidade.
Gautama recebeu educação religiosa, mas, ao que parece, a maior parte dos cinco ou seis anos, logo após a
saída de casa, foi passada em exercícios religiosos por sua conta. Esses exercícios tornaram-se cada vez mais
severos e ascéticos. Por exemplo, jejuava a ponto de lhe desaparecerem os pelos das pernas. O ponto-chave
da virada, antes da “iluminação”, foi a compreensão da futilidade moral e espiritual do extremo ascetismo e a
adoção de métodos mais calmos de meditação e de fé. Esse foi o contexto específico da sua iluminação,
decisivo para toda a vida posterior.
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O Buda começou a ensinar pouco depois da sua experiência de iluminação e em breve ganhou discípulos que o
acompanharam na vida errante, em serviço missionário. Os seus ensinamentos, bem como os dos discípulos,
apontavam também para os homens e mulheres comuns que não pretendiam entrar na vida monástica. O modo
de vida do círculo interior pode ser caracterizado como meditativo, mendicante e missionário. Era, com efeito,
uma ordem missionária, e o sentido de missão universal que o Buda evidentemente defendia não tinha paralelo
na história religiosa anterior da Índia. Viajando com os discípulos através da bacia do rio Ganges, dedicou o
resto da sua vida à proclamação da verdade libertadora do dharma e do nirvana.
A lei do Carma
Já falamos de Carma no Hinduísmo. Essa lei mostra que o ser humano é escravizado por uma série de
renascimentos. É um ciclo nascimento-morte-renascimento. Para Buda, tudo o que se faz na vida, ainda que na
vida passada, repercute e nos alcança no presente. Para ele, não podemos escapar do Carma. Para sair desse
ciclo, será necessário uma saída, uma passagem capaz de levar o ser humano à transcendência, livre dos
desejos, até chegar à salvação, aquilo que os budistas chamam de Nirvana.
 
As quatro nobres verdades sobre o sofrimento
Parece simples:
1) a primeira nobre verdade diz que tudo no mundo é sofrimento. A causa do sofrimento é o desejo. Para eles,
tudo aquilo que amamos e nos apegamos simplesmente não vai durar; 
2) na segunda nobre verdade, Buda afirma que o sofrimento é causado pelo desejo do ser humano. O desejo
implica sobretudo desejar com os sentidos, a sede de prazeres físicos;
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3) a terceira nobre verdade é que o sofrimento pode ser levado ao fim. Isso acontece quando o desejo cessa. E
quando o desejo cessa, começa o nirvana;
4) a quarta nobre verdade afirma que o homem pode ser libertado do sofrimento – e do renascimento –
seguindo o caminhos das oito vias: perfeita compreensão; perfeita aspiração; perfeita fala; perfeita conduta;
perfeito meio de subsistência; perfeito esforço; perfeita atenção; perfeita contemplação.
Fonte: Gaarder, O livro das Religiões.
Apenas para conhecimento. Não precisa decorar.
As três grandes escolas budistas 
Budismo Theravada: é a mais antiga escola da tradição budista. Defende que cada ser humano é
responsável pela sua própria iluminação. Apenas poucos alcançam esse estado. A sabedoria e a disciplina são
virtudes valiosas. Os rituais não são fundamentais, e sim a devoção. Estão presentes no Sri Lanka, Tailândia,
Mianmar, Laos e Camboja.
Budismo Mahayana: é o budismo das pessoas comuns. Enfatiza que qualquer pessoa pode alcançar o estado
de iluminação que liberta. A compaixão e o amor pelos menos afortunados são mais importantes que a
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sabedoria.
Budismo Zen: é um amálgama da escola Mahayana com o taoísmo. Zen é o caminho da iluminação por meio
da meditação e da vida simples, evitando as teorias abstratas e favorecendo a experiência direta de um espírito
"vazio" e aberto. Há duas grandes escolas: a Rinzai Zen, que dá ênfase à iluminação espontânea, e a Soto, que
enfatiza a concentração espiritual e corporal disciplinada na meditação. As escolas Zen também enfatizam a
pintura, a caligrafia e até a cerimônia do chá como expressões de um vínculo não interpretado com a natureza.
Tornou-sepopular no Ocidente a partir da década de 1950 com o surgimento dos movimentos holísticos.
Budismo da Terra Pura: é o culto de um buda ou bodhisattva que vive em uma terra pura, celestial. Seus
devotos procuram renascer na Terra Pura, onde alcançarão a iluminação libertadora.
Budismo Nichiren: também conhecido como Seita do Lótus, ensina que o budista verdadeiro é o que segue os
ensinamentos contidos nos Sutra do Lótus, escritura do século I d.C. A ênfase é que Buda é eterno e cósmico,
manifestando-se incessantemente em budas terrenos. O maior grupo dessa tendência é o Nichiren Shoshu.
Budismo Tibetano: também conhecido como lamaísmo, adota a doutrina do bodhisattva e o caminho gradual
rumo ao estado de iluminação, através de rígidas disciplinas monásticas. O grupo mais importante nessa
tendência é de Gelugpa, fundado em fins do século XIV d.C. Seu líder espiritual é o dalai-lama (guru oceano),
cuja sabedoria é profunda e ampla como o mar. O dalai-lama é considerado a encarnação de um bodhisattva, e
cada dalai-lama sucessivo é a reencarnação do anterior. A partir do século XVII, o dalai-lama passou a ser
também o líder secular do Tibet, até o país ser ocupado pela China em 1959, quando o dalai-lama passou a
viver em exílio. No Brasil, podem ser identificadas três grandes escolas budistas. Deve-se levar em conta que
cada escola pode estar subdividida em vários grupos.
Confucionismo
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Confúcio, que viveu entre 551 e 479 a.C., é conhecido como o fundador dessa religião. Nasceu de uma família
aristocrática empobrecida. Com uma boa educação, dizem que se tornou um sábio que atraiu muitos discípulos,
especialmente por ter tocado em assuntos ligados à ética e à filosofia social. Segundo Gaarder (2000),
“Confúcio acreditava que o Céu o escolhera para revitalizar a cultura e a moralidade estabelecidas pelos
sagrados imperadores em tempos antigos”.
Confúcio desenvolveu um conjunto de pensamentos, regras e rituais. Seu nome era K´ung-Fu-Tzu. Na forma
latina é chamado então de Confúcio.
O confucionismo era, na verdade, uma religião estatal praticada pela elite e pelas classes dominantes,
a qual, no entanto, nunca se disseminou muito entre as massas, as camadas mais amplas da
população. Da mesma forma que o imperador, em seu palácio em Pequim, ficava remotamente
afastado das pessoas comuns, o Céu era remoto e impessoal para a grande massa dos chineses
pobres, trabalhadores e camponeses. A Religião dos pobres era a adoração dos espíritos,
particularmente dos antepassados, religiosidade carregada de magia e traços de outras religiões.
(GAARDER, 2000)
Quem foi Confúcio
Confúcio nasceu em 551. a.C., filho de pessoas pobres. Desde cedo demonstrou um grande interesse que se
referia à vida. Diz a história que, após iniciar sua carreira pública como um oficial de segunda classe no estado
de Lu, aos 18 anos, tornou-se professor e começou a ensinar história, filosofia, ética, música, poesia e boas
maneiras. A ideia era mostrar a seus alunos os princípios que ele julgou necessários naquele momento de
decadência da ordem feudal chinesa. 
Embora suas lembranças da infância contenham referências nostálgicas à caça, à pesca e ao arco, sugerindo
com isso que ele foi tudo, menos uma traça de livro, Confúcio dedicou-se cedo aos estudos e se saiu bem.
“Chegando aos quinze anos de idade, forcei a minha mente ao aprendizado”. Com vinte e poucos anos, depois
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de ter ocupado vários cargos públicos insignificantes e depois de ter feito um casamento não muito bem-
sucedido, ele se estabeleceu como professor particular. Essa era obviamente a sua vocação. A reputação de
suas qualidades pessoais e sabedoria prática espalhou-se com rapidez, atraindo um círculo de discípulos
entusiasmados (GAARDER, 2000).
É bom ressaltar que a carreira de Confúcio não foi um sucesso, pois era muito mais ambicioso. Segundo Smith
(1991) “a verdade é que os governantes da época tinham medo da franqueza e integridade de Confúcio, tanto
medo que nunca o designaram para qualquer posição de poder”. Há algumas lendas de que ele foi um grande
administrador quando tinha por volta de 50 anos, mas que não se confirmam nos escritos.
Suas obras
O que marca o Confucionismo são as obras deixadas por Confúcio. Entre elas, temos:
- Shih Ching (Livro de poesias);
- Li Chi (Livro dos ritos);
- I Ching (Livro das transformações);
- Shu Ching (Livro de história);
- Ch´um Ch`iu (Anais da primavera e do outono).
Segundo alguns escritores, Confúcio foi um homem preparado para ensinar história, poesia, governança,
propriedade, matemática, música, adivinhação e esportes. Seu método de ensino era socrático.
 Por fim, ele mesmo disse:
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Há quatro coisas no Caminho da pessoa profunda, nenhuma das quais fui capaz de fazer. Servir ao
meu pai, como esperaria que um filho me servisse. Servir ao meu governante, como esperaria que
meus ministros me servissem. Servir ao meu irmão mais velho, como esperaria que meus irmãos
mais novos me servissem. Ser o primeiro a tratar os amigos como esperaria que eles me tratassem.
Essas coisas não fui capaz de fazer. (SMITH, 1991)
Não precisa decorar. Apenas para conhecimento.
A tradição deliberada segue, no esquema de Confúcio, cinco termos-chaves:
JEN: etimologicamente uma combinação dos caracteres correspondentes a "ser humano" e "dois", designa o
relacionamento ideal que deve existir entre as pessoas. Traduzido das mais variadas formas (bondade,
fraternidade, benevolência e amor), talvez a melhor maneira de transmitir a ideia seja pela expressão
"sensibilidade do coração humano".
CHUN TZU: se Jen é o relacionamento ideal entre seres humanos, chun tzu refere-se ao termo ideal nesses
relacionamentos. Esse conceito tem sido traduzido como "homem superior" e "o melhor da humanidade". Talvez
"pessoa amadurecida" seja uma tradução tão fiel quanto qualquer outra. É o oposto de pessoa estreita, da
pessoa mesquinha, da pessoa de espírito pequeno.
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LI: o terceiro conceito, li, tem dois significados. Seu primeiro significado é propriedade, a maneira pela qual as
coisas devem ser feitas. As pessoas precisavam de modelos, e Confúcio queria direcionar a atenção delas para
os melhores modelos oferecidos pela sua história social. O outro significado da palavra é ritual, que transforma
o certo – no sentido daquilo que é correto fazer – em rito. Quando o comportamento correto é detalhado em
minúcias confucionistas, a vida inteira do indivíduo estiliza-se em uma dança sagrada. A vida social foi
coreografada.
TE: o quarto conceito axial que Confúcio procurou elaborar para seus conterrâneos foi Te, que significa "poder".
Especificamente, o poder por meio do qual os homens são governados. Ele estava convencido de que nenhum
governante consegue reprimir todos os seus cidadãos o tempo todo, nem mesmo grande parte deles na maior
parte do tempo. O governo precisa contar com uma aceitação da sua vontade, uma confiança apreciável naquilo
que está fazendo.
WEN: o conceito final na estrutura confucionista é wen. Refere-se às "artes da paz", enquanto diferenciadas das
"artes da guerra", à música, à arte, à poesia, à soma da cultura no seu modo estético e espiritual. Confúcio
considerava apenas semi-humanas as pessoas que eram indiferentes à arte. Mas o que atraía seu interesse
não era a arte pela arte, era o poder da arte de transformar a natureza humana na direção da virtude que o
impressionava. Pela poesia, a mente é despertada; pela música, recebe-se o acabamento. As odes estimulam a
mente, induzindo à autocontemplação.Ensinam a arte da sensibilidade e ajudam a evitar o ressentimento. 
Xintoísmo
Todos nós temos alguma noção da cultura japonesa. É um povo que passou por sérias dificuldades,
principalmente na II Guerra Mundial, mas que sempre conseguiu dar a volta por cima. São fortes, trabalhadores,
inteligentes, comprometidos com o país.
O caminho dos deuses
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Por trás de toda essa cultura existe uma forte religião:
O Xintoísmo – Chamado de Kamino-Michi – “O caminho dos deuses”. É uma religião peculiar por sua expressão
de amor japonês pelo seu país e suas instituições.
A ética do japonês inclui:
- lealdade ao imperador;
- gratidão;
- coragem diante da morte;
- serviço aos outros acima dos interesses próprios;
- verdade;
- polidez até mesmo com os inimigos;
- controle das manifestações de sentimentos e honra, que significa o ato de preferir a morte à desgraça.
Fonte: Smith, H. 1991
Principais ideias
Segundo Gaarder (2000):
Parte essencial do Xintoísmo, as cerimônias religiosas ajudam a evitar acidentes, promovem a
cooperação e o contato com os Kamis, e geram o contentamento e a paz para o indivíduo e a
sociedade.
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Nas cerimônias, quatro elementos estão sempre presentes:
- a purificação;
- o sacrifício;
- a oração;
- a refeição sagrada.
Taoismo
A China hoje é uma potência mundial. O povo chinês também é rico em cultura religiosa. O Taoísmo também
tem influência na vida dos chineses, pois introduziu antigos conceitos.
Segundo Smith (1991, p. 193),
a origem do taoismo é apresentada com o nome de um homem chamado Lao-Tse, supostamente
nascido por volta de 604 a.C. As histórias sobre a vida desse homem são muito variadas. Alguns
historiadores não têm nem certeza se ele realmente existiu. Algumas lendas são fantásticas, como
aquela que diz ter sido ele concebido por uma estrela cadente, ter permanecido no ventre materno por
82 anos e já nascido velho, sábio e com os cabelos brancos.
Segundo Gaarder (2000),
o livro de Lao-Tsé é o Tao Te Ching, um livrinho de apenas 25 páginas, dividido em 81 capítulos.
Ninguém sabe ao certo quem o escreveu, mas diz a lenda que foi o filósofo Lao-Tse, que viveu no
século VII a.C.; tendo sido mais ou menos contemporâneo de Confúcio. As histórias sobre a vida de
Lao-Tse são muitas e variadas, e os historiadores não têm certeza sequer que de fato ele existiu.
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O livro sagrado 
Para esclarecer melhor, Smith (1991, p. 194), relata que:
a história tradicional conta que Lao-Tse, entristecido com o seu povo pela relutância em cultivar a
bondade natural que ele pregava e buscando maior solidão para os seus últimos anos de vida,
montou nas costas de um búfalo e galopou para o oeste, na direção do atual Tibete. No passo de
Hankao, uma sentinela, percebendo o caráter incomum daquele viajante, tentou convencê-lo a
retornar. Não obtendo êxito, pediu ao velho que, ao menos, deixasse um registro de suas crenças
para a civilização que estava abandonada. Lao-Tse, concordando com o pedido, recolheu-se durante
três dias e retornou com um magro volume de 5.000 caracteres intitulado Tao Te King, ou "O Caminho
e o seu Poder". O livro pode ser lido em meia hora ou durante toda a vida, e continua a ser, até os
dias de hoje, o texto básico do pensamento Taoista. Um livrinho de apenas 25 páginas e 81 capítulos.
Os significados do Tao
Por fim, o que é importante aqui é entender o significado do Tao:
- o Tao é o caminho da realidade última. É demasiado vasto para que a realidade humana possa sondá-lo. De
todas as coisas, o Tao certamente é a maior;
- o Tao é o caminho do universo, a norma, o ritmo, o poder propulsor de toda a natureza, o princípio ordenador
por trás de toda a vida;
- o Tao refere-se ao caminho da vida humana quando ela se harmoniza com o Tao do universo. 
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Yin/yang
Umas das coisas mais importantes do Taoismo está na compreensão do Yin/Yang. Ter uma noção da
relatividade de todos os valores e a identidade dos opostos. Segundo Smith (1991, p. 210):
essa polaridade resume todas as oposições básicas da vida: bem/mal, ativo/passivo,
positivo/negativo, claro/escuro, verão/inverno, masculino/feminino. Mas as metades, embora estejam
em tensão, não são francamente opostas; elas se contemplam e se equilibram uma a outra. Cada
uma invade o hemisfério da outra e faz sua morada no recesso mais profundo do domínio de sua
parceira. E, no fim, ambas se resolvem no círculo que os cerca, o Tao em sua totalidade. A vida não
se dobra sobre si mesma, e chega, completando o círculo, à percepção de que tudo é um e tudo está
bem.
 Fonte: Open Clipart Vectors - Domínio público - Pixabay.com
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Letras, 2000.
 
MOORE, Charles. A. (Org.). Filosofia: Ocidente e Oriente. Editora Cultrix. Editora da Universidade de São
Paulo, Capítulo VI – Xinto: O Etnocentrismo Japonês – Shunzo Sakamaki, 1978. 
 
ROCHEDIEU, Edmond. Xintoísmo e As Novas Religiões do Japão. Lisboa/São Paulo: Verbo, junho, 1982.
 
ROUSSEAU, Jean-Jacques. O Contrato Social. e-Book Libris. Edição Eletrônica. 2001. Disponível em:
<www.ebooksbrasil.org/eLibris/contratosocial.html>.
 
SMITH, H. As Religiões do mundo. São Paulo: Cultrix, 1991.
 
YAMASHIRO, José. História da Cultura Japonesa. São Paulo: IBRASA, 1986. 
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