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Excelentissimo Senhor Juiz de Direito da 1 Vara Cível da Comarca do Espirito Santo

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Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito da 1ª Vara Cível da Comarca do Espirito Santo/ES
Autos n. 001234
Banco XXG, pessoa jurídica de direito privado com sede na cidade de Vitória/ES, localizado à Rua..., n..., inscrita no CNPJ sob o nº..., neste ato representado por seu administrador (nome)..., (nacionalidade)..., estado civil, inscrito no CPF sob o n..., residente e domiciliado na Rua...n..., CEP..., vem com fulcro nos artigos 1009 e seguintes do Código de Processo Civil interpor Recurso de Apelação em face de Acácia, brasileira, estado civil..., profissão, inscrita no CPF sob o n..., residente e domiciliada na Rua..., nº..., Bairro, Cidade, CEP..., para que possa ser revista a matéria analisada na sentença de primeiro grau publicada aos 03/05/2021 ( segunda-feira), por este Juízo.
Assim, requer que seja recebido e deferido o presente recurso, sendo-lhe aplicado o efeito suspensivo e devolutivo e que seja intimada a Apelada para que apresente no prazo legal as contrarrazões recursais no prazo devido, conforme art. 1009, §2º, do Código de Processo Civil.
Por fim, recebido o recurso e apresentado as contrarrazões, caso este juízo entenda em não se retratar no prazo estipulado, qual seja, 05 dias, requer, portanto, que os autos sejam remetidos ao Tribunal de Justiça, para que dele conheça e dê provimento.
Termos em que pede e espera deferimento,
Vitória/ES, Data...
Advogado...
OAB n...
Razões da Apelação
Apelante: Banco XXG
Apelada: Acácia
Ação: Ação condenatória
Processo n. 001234
ORIGEM: 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE VITÓRIA/ES
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Espirito Santo/ ES
Eméritos Julgadores,
 1 Do Cabimento
Conforme se infere da decisão de fls. nº..., justamente a decisão aqui recorrida, o MM. Juiz de primeiro grau, com fundamento no art. 487, I, do Código de Processo Civil, pôs fim a fase cognitiva do processo de conhecimento.
Desta forma, por for força do art. 203, § 1º, do Código de Processo Civil, estamos diante de uma sentença proferida pelo juízo de primeiro grau, sendo cabível, portanto, o recurso de apelação, nos termos do art. 1009 do Código de Processo Civil.
2 Da Admissibilidade
Nos termos do art. 1003 §5º do Código de Processo Civil, o prazo para interposição do recurso de apelação é de 15 dias, contados da intimação.
O Apelante é parte legítima para interpor o referido recurso, uma vez que este foi intimado da sentença, na pessoa de seu advogado na data de 03/05/2021 (segunda-feira) para que possa apresentar o referido recurso com o intuito de obter a devida reparação pelos danos sofridos.
3 Da Tempestividade
O recurso de apelação foi apresentado dentro do prazo devido, haja vista que a sentença foi proferida em dia útil (03/05/2021 (segunda feira). Desse modo seu prazo finda aos 24/04/2021, já que o art. 224 do Código de Processo civil pressupõe que os prazos são contatos a partir do 1º dia útil após a publicação deste e inclui o dia de seu término. Assim, resta comprovada a tempestividade da apelação.
4 Da preliminar do mérito 
a) Da Revogação do Benefício da Justiça Gratuita
Conforme já demonstrado em contestação do processo de origem, a apelada é proprietária de 4 (quatro) imóveis, além de participação societária em 3 (três) empresas, razão pela qual possui condições necessárias para o pagamento das custas judiciais sem que coloque em risco seu sustento e o de sua família.
A apelada não deixando comprovada sua insuficiência de recursos para pagar as custas, conforme disposição expressa do art. 98 do Código de Processo Civil, devendo o benefício ser revogado, e a parte apelada arcar com as despesas processuais que tiver deixado de adiantar, conforme ditame processual do art. 100, parágrafo único do Código de Processo Civil.
Como demonstrado, o juiz a quo concedeu o benefício de justiça gratuita em decisão interlocutória, dessa forma não cabe Agravo de Instrumento (Art. 1015 do CPC), da decisão que deferiu o pedido de justiça gratuita, portanto é cabível o recurso de Apelação, conforme disposição do art. 1009, §1º do Código de Processo Civil.
5 Dos Fatos
O Requerente, ora Apelante celebrou contrato de empréstimo com a Apelada, de modo que ficou acordado um empréstimo no valor de R$ 480,000,00 ( quatrocentos e oitenta mil reais), ao qual deveria ser quitado em 48 parcelas mensais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), para que ela viesse a adquirir um apartamento localizado na cidade de Vitória/ ES, logo esta concedeu como garantia da cessão, mediante alienação fiduciária, o referido apartamento, avaliado no total de R$ 420,000 (quatrocentos e vinte mil reais).
Depois do pagamento das 12 parcelas mensais, o que equivalente a R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), a Apelada deixou de realizar os pagamentos ao Apelante. Após estas circunstâncias, o Requerente intimou a Requerida para que realizasse o pagamento da mora. Ocorre Excelência, que mesmo após a intimação não houve qualquer proposta de pagamento, não havendo outra alternativa senão levar o imóvel a leilão. Não houve proposta de compra na 1ª oportunidade, o que fez com que o apartamento fosse levado a leilão novamente, outra vez não houve nenhuma proposta para aquisição da propriedade. De modo que o Requerente não teve outra opção, senão arrematar a propriedade com a quitação do financiamento.
Em decorrência dos fatos, a Requerida ajuizou ação condenatória em face do Banco XXG, distribuída para 1ª Vara Cível de Vitória/ES, sob a alegação de que, após somados o valor do imóvel e das parcelas pagas, o Requerente supostamente teria recebido a quantia de R$ 540,000,00 (quinhentos e quarenta mil reais), e que este valor estaria acima da quantia do empréstimo. À vista disso, a Requerida formulou pedido condenatório pretendendo obter a diferença, isto é, R$ 60,000,00 (sessenta mil reais), como também postulou justiça gratuita, alegando não poder arcar com as custas e honorários sucumbenciais no valor de 10% da condenação. A sentença foi publicada no dia 03/05/2021, segunda-feira, não havendo obscuridade ou contradição.
6 Dos Fundamentos
Com a devida vênia, equivocou-se o magistrado ao julgar procedente os pedidos da apelada. Senão vejamos de acordo com a Lei n. 9514/97 em seu artigo 26 preceitua que vencida e não paga, no todo ou em parte, a dívida e constituído em mora o fiduciante consolidar-se-á propriedade do imóvel em nome do fiduciário.
Ademais, como se extrai dos fatos narrados, a intimada, ora apelada não purgou a mora do imóvel no momento cabível, sendo este levado a leilão, de acordo com a disposição legal do art. 27 da Lei 9.514/97. 
No primeiro e segundo leilão não houve proposta de compra, incidindo a hipótese do art. 27§ 1º, §4º, §5º e 6º da Lei de Arbitragem, que em resumo, dispõe o seguinte: que caso o lance oferecido não for igual ou superior ao valor do imóvel, considerar-se-á extinta a dívida e exonerado o credor. Isto é, o Apelante não conseguiu aferir nenhum valor considerável para o imóvel, promovendo o arrebatamento da propriedade. Caso fosse apresentado um valor superior a dívida da Requerida, o credor entregaria ao devedor a importância que sobejasse, no entanto isso não ocorreu, o que afasta a incidência do §4º do art. 27 da Lei 9.514/97. Sendo assim, é correto afirmar que o Banco XXG seguiu corretamente com os procedimentos previstos no art. 27 §5º e §6º da respectiva lei o qual preceitua a extinção da dívida do devedor mediante termo próprio e a exoneração da obrigação imposta. 
Desse modo, o Requerente está desobrigado de restituir ao devedor qualquer quantia, já que não conseguiu obter um valor maior ao da dívida.
7 Dos Pedidos e Requerimentos:
a) Requer que seja admitido e julgado o presente recurso, posto que é o recurso cabível, bem como por estarem presentes os pressupostos de admissibilidade;
b) Requer seja acolhida a preliminar, com o fim de revogar a concessão do benefício de justiça gratuita, haja vista que a apelada possui condições de arcar com as custas e despesas processuais que deixou de adiantar.
c) Requer seja dado provimento ao presente recurso de apelação,reformando a decisão proferida pelo juízo a quo, julgando improcedente os pedidos formulados pela autora em sede de ação indenizatória nos autos nº 001234.
d) Por fim, requer a condenação da parte contrária ao pagamento de custas e honorários advocatícios majorados para fase recursal, em conformidade com o art. 85 “caput” do Código de Processo Civil.
Termos em que pede provimento,
Cidade, 24 de maio de 2021
Advogado...
OAB nº...

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