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TEXTOS
Civilização Inca
Fixados na região dos Andes, os incas constituem uma grande civi-
lização que dominou uma ampla faixa de terras pelo território sul-
americano. De acordo com um relato de natureza mítica, o povo inca
se fixou inicialmente na região de Cuzco e teve como primeiro gran-
de líder Manco Capac. Por causa das condições geográficas mais fa-
voráveis, a presença inca se concentrou primeiramente na região cen-
tral dos Andes.
Por volta do século XV os incas estabeleceram um processo de ex-
pansão territorial que buscou os planaltos encravados entre as monta-
nhas andinas e as planícies do litoral Pacífico. Sob a tutela do impera-
dor Pachacuti Yupanqui, outras populações foram militarmente su-
bordinadas ao poderio inca. Com isso, a civilização passou a tomar a
feição de um grande império.
“O Inca” era a mais importante autoridade política entre o povo
inca. Venerado como o descendente do deus-sol Inti Raymi, o impe-
rador era o principal guardião de todos os bens pertencentes ao Esta-
do, incluindo a propriedade das terras. Os terrenos cultiváveis eram
divididos em três parcelas distintas: a terra do Inca, destinada ao rei e
seus familiares; a terra do deus-sol, controlada pelos sacerdotes; e a
terra da população.
Em um âmbito geral, a elite da sociedade inca estava composta
pela família real e os ocupantes dos altos cargos político-administrati-
vos (sacerdotes, chefes militares, juízes, governadores provinciais e
sábios). Logo abaixo, em posição mediana, temos os comerciantes e
artesãos que garantiam a circulação de mercadorias que atestaram a
presença de uma rica cultura material.
Os camponeses se organizavam através de um extenso grupo fami-
liar que ficava conhecido com o nome de ayllu. Cada ayllu tinha o
trabalho agrícola, o serviço militar e suas demais obras organizadas
por um líder mais velho chamado curaca. Geralmente, cada uma des-
sas unidades de produção era dotada de um grande armazém que es-
tocavam alimentos e roupas utilizados em qualquer eventualidade.
A religiosidade dos incas era marcada pela adoração de vários ele-
mentos da natureza, como o sol, a lua, o raio e a terra. No sistema de
valores da religião inca, todos os benefícios alcançados deveriam ser
retribuídos com algum tipo de sacrifício que expressava a gratidão
dos homens. Por esse fato, observamos que os incas organizaram vá-
rios rituais onde os sacrifícios, inclusive de humanos, eram comuns.
Para interligar as cidades que integravam o Império Inca, uma série
de estradas em pedra foi construída com o objetivo de facilitar a co-
municação e o deslocamento entre as pessoas. Vale ressaltar que as
cidades incas contavam com vários projetos arquitetônicos comple-
xos que incluíam a construção de palácios, fortalezas, e templos com
dimensões surpreendentes.
No século XVI, momento que marca a chegada dos espanhóis à
América, a civilização inca sofria com uma série de conflitos de or-
dem interna. Aproveitando dessa instabilidade, os colonizadores eu-
ropeus empreenderam um violento processo de dominação. No ano
de 1571, os remanescentes desta civilização foram subordinados após
a morte de seu líder, Tupac Amarú I.
A Primeira Ocupação da América
A Teoria de Clóvis
Intensas polêmicas cercam os estudos sobre a ocupação da Améri-
ca. Entre os pesquisadores, não existe consenso sobre a data da che-
gada dos primeiros povoadores, tampouco sobre os caminhos que
eles percorreram. Até há pouco tempo, a hipótese mais aceita deno-
minava-se Teoria de Clóvis. Seus defensores afirmavam que os primei-
ros povoadores teriam chegado ao continente há cerca de 12 mil
anos, vindos da Ásia, pelo estreito de Bering.
Para transpor o trecho, eles teriam se aproveitado do baixo nível
das águas, que deixava extensos pedaços de terra descobertos e uni-
dos por pontes de gelo. Em terras da futura América, os primeiros po-
voadores teriam se deslocado lentamente, até fixarem-se na região
central da América do Norte, próximo de onde hoje localiza-se a ci-
dade de Clóvis, no interior dos Estados Unidos. Ali teriam desenvol-
vido uma cultura de caçadores que, tempos depois, migrou para ou-
tras partes do continente.
Contudo, a teoria foi construída com bases em achados arqueológi-
cos, como pontas de lanças e restos de animais, encontrados no inte-
rior dos Estados Unidos. Atualmente, grande parte das hipóteses le-
vantadas foi descartada pelos pesquisadores, uma vez que, ao longo
de décadas, apesar das tentativas, não se encontraram vestígios da
Cultura Clóvis em nenhuma outra parte do continente. Ao contrário,
foram localizados sinais de povos ainda mais antigos. 
Em Monte Verde, no Chile por exemplo, foram localizados abrigos
e ferramentas que apontam para uma ocupação da área há 14, 5 mil
anos por grupos caçadores e coletores. No mesmo local existem vestí-
gios humanos que podem superar os 33 mil anos. Aqui no Brasil, al-
gumas descobertas podem ser ainda mais antigas, tanto na região de
Lagoa Santa (Minas Gerais) como na Serra da Capivara (Piauí).
O Passado a Serviço do Presente
A teoria de Clóvis ganhou força a partir dos anos 1930 e dominou o
cenário arqueológico americano até a década passada. Nesse tempo,
os Estados Unidos consolidaram sua dominação política sobre gran-
de parte dos povos do continente. A divulgação da teoria de Clóvis
reproduzia e reforçava, assim, a ideia de que todos os povos nativos
da América se originaram a partir daquele país.
Apesar do viés político, nem todos os aspectos da teoria de Clóvis
devem ser descartados. Ainda hoje, por exemplo, a maioria dos ar-
queólogos acredita que o estreito de Bering tenha sido o corredor de
entrada para o continente americano. A passagem teria sido usada
entre 80 mil e 10 mil anos atrás, nos períodos em que o nível das
águas estava mais baixo.
Pelo estreito acredita-se que passaram levas sucessivas de grupos
humanos, que daí teriam se espalhado pelo continente por duas rotas
principais. Em uma dessas rotas, passava-se pelo interior da América,
próximo a região de Clóvis. A outra rota, era trilhada pelo litoral do
Pacífico. Apesar de essa teoria ser a mais consensual, existem outras
hipóteses. Uma delas defende que os grupos humanos teriam chega-
do por mar, vindos de ilhas da Oceania ou da África.
Alguns dos Principais Sítios Arqueológicos da América
Mesa- Localizado no atual estado do Alasca, traz datações pré-
Clóvis. Os arqueólogos responsáveis por este sítio acreditam que ele
seja uma prova concreta de que os seres humanos chegaram à Améri-
ca pelo estreito de Bering e depois se espalharam pelas diversas áreas
do continente.
Clóvis- até há pouco tempo, acreditava-se que neste sítio se encon-
travam os mais antigos vestígios de seres humanos na América. Eles
teriam vivido entre 10 mil e 11,5 mil anos atrás. Tudo começou quan-
do em 1929, um adolescente, morador da cidade de Clóvis, Novo
México encontrou pontas de lanças e ligou para o instituto Smithsoni-
an, renomado instituto de pesquisas norte-americano.
Meadowcroft- trouxe novas teorias à tona sobre a época da chega-
da dos seres humanos à América. Localizado na Pensilvânia, Estados
Unidos, chegou-se a datar artefatos em até 19,6 mil anos atrás, mais
de 9 mil anos antes de Clóvis. Apesar de gerar algumas controvérsias
entre arqueólogos, provocou a busca de novas descobertas sobre a
data da chegada dos grupos humanos ao continente.
Lapa Vermelha- é o sítio arqueológico mais reconhecido no Brasil
e no mundo. Lá foi encontrado o crânio de Luzia, o ser humano
americano mais antigo encontrado até então. Acredita-se que ela te-
nha vivido entre 11mil e 11,5 mil anos atrás na região do atual Esta-
do de Minas Gerais.
Pedra furada- Localizada no munícipio de São Raimundo Nonato,
no Piauí. No local, foram encontrados vestígios de ocupação huma-
na, pedras lascadas, pedaços de carvão e madeira utilizados em fo-
gueiras, com datações de até 40 mil anos atrás. 
Pedra pintada- Localizado no Pará, trouxe junto com outros sítios
brasileiros, como Lapa do Boquete e Santanado Riacho (Minas Ge-
rais), artefatos e vestígios de ocupação humana pouco questionados
pelos arqueólogos, datados de até 12mil anos atrás.
Monte verde- Localizado no sul do Chile, com artefatos de até
12mil anos atrás, contribuiu para desmistificar a teoria de Clóvis.
Intenso debate
Em 2007, na península de Yucatán, leste do México, foi encontra-
do em uma caverna submersa o mais antigo fóssil humano da Améri-
ca. Trata-se de Naia, uma mulher com idade de 15 a 16 anos que te-
ria vivido há cerca de 12 a 13 mil anos atrás. Segundo as pesquisas,
ela guarda semelhanças genéticas com muitos dos atuais povos ame-
ríndios, em especial os do Chile e os da Argentina.
Porém, as características de Naia, diferem-se das apresentadas por
Luzia, o segundo fóssil humano mais antigo da América, com cerca
de 11,5 mil anos e encontrado no Brasil. Esse fóssil também perten-
ceu a uma mulher, com cerca de 20 anos, que viveu na região de La-
goa Santa, interior de Minas Gerais. Nesse local encontra-se um dos
principais sítios arqueológicos do país, que começou a ser estudado
no século XIX, pelo dinamarquês Peter Lund.
O povo ao qual pertenceu Luzia mantinha hábitos migratórios e vi-
via mais da coleta do que da caça. O ambiente era semelhante ao de
uma savana, com grandes animais, entre eles a preguiça gigante.
O fóssil de Luzia foi encontrado em 1975, sobre 12 metros de terra,
mas só começou a ser estudado com detalhes nos anos 1990. Esses
estudos levaram `a reconstituição de suas feições, o que permitiu con-
cluir que Luzia teria pertencido a um grupo étnico com fortes traços
negroides, provavelmente originários da Ásia-aspecto que a torna di-
ferente de Naia.
Os estudos sobre Naia e Luzia, assim, podem apontar para cami-
nhos distintos. Para alguns estudiosos, é possível inferir que a Améri-
ca teria sido povoada por diversas levas de grupos humanos distintos.
Para outros, porém, as diferenças hoje verificadas teriam decorrido
das trajetórias particulares de cada povo no continente.
Outra Perspectiva: A Serra da Capivara
Lagoa Santa não é o único sítio arqueológico existente no Brasil.
Apenas no interior do Piauí, em pleno semiárido nordestino, existem
outros 700 sítios, localizados na região conhecida como Serra da Ca-
pivara. A importância do lugar é enorme: ali estão, por exemplo, cer-
ca de 60 mil registros rupestres, além de muitos outros vestígios da
presença humana no continente.
Existem também vestígios de ferramentas, restos de fogueiras, que
desvendaram o ciclo da produção de instrumentos de pedra lascada.
A História do América em Partes
Paleoíndio- Corresponde à época que se estende desde a chegada
dos primeiros grupos humanos até cerca de 9 mil anos atrás. Cada
grupo contava com número reduzido de integrantes, eram semelhan-
tes culturalmente, predominando os caçadores e coletores com pe-
quenos recursos técnicos.
Arcaico- Período compreendido entre 9 mil e 5 mil anos atrás. A
ocupação do território tornou-se mais densa, abrangendo ambientes
diversificados, como o litoral. Os grupos, ainda de caçadores e cole-
tores, apresentavam maior desenvolvimento técnico, que possibilita-
va a exploração mais intensa das fontes de alimento. No fim do perí-
odo, começaram a surgir as primeiras práticas agrícolas e fabricação
de cerâmica.
Formativo- o último período estende-se de 5 mil anos atrás até a
chegada dos europeus, há cerca de 500 anos. Trata-se do período de
formação dos atuais povos indígenas do Brasil. Nessa época, intensi-
ficaram-se a prática da agricultura, a fabricação de cerâmica e a for-
mação de aldeias. Os grupos humanos tornaram-se mais numerosos e
permaneciam mais tempo em determinados lugares. Destacam-se os
povos da ilha de Marajó e da bacia dos rios Tapajós e Amazonas.
Eles cultivavam tomate, tabaco, milho, amendoim, mandioca, abaca-
xi, mamão, maracujá, abóbora, coca, feijão, pupunha e açaí.
A Ocupação das Terras do Atual Brasil
As teorias existentes até o momento dão conta de explicar com
maior precisão a ocupação do atual território brasileiro nos últimos
15 mil anos. Acredita-se que os grupos desse período vieram de áreas
próximas ao oceano Pacífico, seguindo o vale do rio Amazonas, ou
penetraram nessa mesma região pela área litorânea do Atlântico. Daí
eles se espalharam para diversas partes do território.
O espaço mais ocupado era o do interior. É possível encontrar si -
nais desses povoadores em estados como Minas Gerais, Pernambuco
e Rio Grande do Sul. Esses povos caçadores e coletores apresenta-
vam certas semelhanças culturais. A princípio, utilizavam instrumen-
tos de pedra e osso. Mais tarde fariam uso do arco e da flecha, como
moradia usavam grutas e abrigos de pedra e por volta de 5 mil anos
sobretudo na região amazônica, começaram a praticar a agricultura e
a desenvolver a técnica da cerâmica. Cultivavam, milho, feijão, taba-
co e algodão, entre outras plantas. 
As técnicas cerâmicas, por sua vez, surgiram na região do atual
Pará, sendo utilizadas na confecção de utensílios para uso cotidiano.
Entre esses grupos da Amazônia que formaram-se há cerca de 5 mil
anos, estão os tupis-guaranis, um dos conjuntos de povos indígenas
mais conhecidos da atualidade. Eles foram os primeiros a manter
contato com os colonizadores portugueses em 1500.
Na área litorânea, os mais antigos vestígios conhecidos da presença
humana foram encontrados na região do atual estado do Rio de Ja-
neiro e datam de 8 mil anos atrás. Essa ocupação aumentou significa-
tivamente com o tempo, até se tornar maior que as populações do in-
terior. Os povos mais conhecidos do litoral são os chamados Constru-
tores Sambaquis, presentes na faixa que se estende da atual Bahia até o
Rio Grande do Sul.
Os sambaquis do tupi tamba = marico, ki=amontoamento) são
montes formados por restos de mariscos e esqueletos de peixes.
Formando comunidades com cerca de 150 habitantes, os samba-
quis realizavam ritos funerários, dominavam o fogo, e utilizavam ins-
trumentos de pedra e de osso, privilegiavam a coleta de vegetais,
além da caça e da pesca. Por volta de 4 mil anos atrás passaram a re-
partir a área litorânea com outros povos, acredita-se que a maior par-
te deles desapareceu com o avanço dos tupis, há cerca de mil anos
atrás.
Fontes:
https://www.todamateria.com.br/incas/
https://www.todamateria.com.br/pre-historia-brasileira/
http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/42
ttps://www.coladaweb.com/historia-do-brasil/pre-historia-brasi-
leira
https://www.google.com/search?
q=mpa+america+percurso+e+lugares&tbm=i
https://www.google.com/search?
q=registro+rupestre+encontrado+no+parque+nacional+da+serra+
da+capiva
https://www.google.com/search?q=registro+rupestre+encontrado+no+parque+nacional+da+serra+da+capiva
https://www.google.com/search?q=registro+rupestre+encontrado+no+parque+nacional+da+serra+da+capiva
https://www.google.com/search?q=registro+rupestre+encontrado+no+parque+nacional+da+serra+da+capiva
https://www.google.com/search?q=mpa+america+percurso+e+lugares&tbm=i
https://www.google.com/search?q=mpa+america+percurso+e+lugares&tbm=i
http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/42
https://www.todamateria.com.br/pre-historia-brasileira/

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