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MEDICAMENTOS GRAVIDEZ

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»Classe A e B são confortáveis de serem usados, 
mas existem poucos no mercado. 
»A maioria das medicações usadas na grávida 
são do grupo C – pois não muitas medicações A 
e B. Na classe C os riscos não podem ser 
descartados, mas acredita-se que o benefício 
pode ser maior que o prejuízo. 
»A classe D possui risco conhecido, mas 
dependendo da doença pode ser que o risco seja 
menor que o benefício. 
»A classe X é super contraindicada na gravidez. 
OBS: Só não existe risco na A, o resto todod tem 
riscos. 
 
 
»O tema é importante, pois quase toda gestante 
fica exposta a algum tipo de fármaco durante a 
gravidez; 
»Existem poucos estudos – pois não é adequado 
testar drogas em grávidas; 
»Absorção dos fármacos não é alterada na 
gestante, mas a distribuição pode estar alterada 
(tem alt de volume plasmático, débito cardíaco, 
alt da quant de água corporal e da distribuição 
nos tecidos). 
 -Além disso ocorre maior depuração renal 
(rim da gestante filtra mais) → precisa ter ajuste 
nos intervalos da medicação (pois o nível sérico 
vai ficar menor na gestante) 
 
»Frequência: praticamente toda gestante vai ser 
exposta a algum tipo de medicamento na 
gravidez. 
»O conhecimento farmacológico é escasso: 
sempre procurar as drogas que são mai 
estudadas. 
 
»Insulina e Heparina: umas das poucas drogas 
que não ultrapassam a placenta – então ambas 
não passam para o feto (são moléculas grandes). 
 -Tem segurança no uso e portanto são 
drogas de escolha para quando precisa 
hipoglicemiar e anticoagular a paciente, respect. 
 
»Transporte placentário: ocorre por difusão 
simples, facilitada, fagocitose, pinocitose. 
»Fatores que fazem com que as drogas sejam 
absorvidas de maneira diferente: metabolismo 
materno, Ig, ptn de ligação e armazenamento, 
lipossolubilidade e tamanho. 
 
 
»Consequência: 
 -Não tratamento de algumas comorbidades 
pode ser prejudicial para a gestante, ex: 
convulsões, HAS, Diabetes. 
 -Prescrição inadequada: pode ser prejudicial 
se ocorrer suspensão de medicações importante 
ou uso de medicações inadequadas. 
 -Exposição a fármaco teratogênicos (gesta-
ção não planejada). 
 -Qualquer prescrição em pacientes em idade 
reprodutiva deve-se considerar o risco de 
gravidez. Ex; não é indicado prescrever roacutam 
para pacientes em idade reprodutiva pois se a 
paciente está grávida e não sabe, isso pode 
causar malformação no feto. 
 
OBS: Se a paciente tem atraso menstrual, 
contracepção não segura→ melhor prescrever 
medicações que não tem problema na gravidez. 
 
 
»Se absolutamente indicados; 
»Evitar 1º trimestre: pois é quando os órgãos 
estão sendo formados, é o período de 
organogênese e, portanto, há maior chance de 
malformações. 
»Medicação mais estudada; 
»Quando possível, utilizar monoterapia, mesmo 
que pra isso precise de doses maiores, é melhor. 
»Sempre utilizar a menor dose necessária dos 
medicamentos; 
»Desestimular uso sem prescrição. 
 
 
»Teratógenos: agentes ou substâncias capazes 
de alterar irreversivelmente, crescimento, estru-
tura ou função. 
 -Tudo aquilo que pode causar um dano no 
feto que vai ser irreversível. 
 -TORCHS, Rubéola, CMV, Zika, toxoplasma, 
herpes, hipertermia, irradiação, mercúrio, álcool, 
chumbo, cocaína, hiperglicemia, presença de 
anticorpos, alguns medicamentos. 
 
OBS: A febre é um fator teratogênico. Evitar 
águas termais e muito quentes, devido a esse 
risco de malformação. 
 
 
TERATOGENESE 
 
»4-10 semanas de amenorreia há maior 
suscetibilidade. 
 -No começo da gravidez o bebê está 
formando todos os órgãos, então há maior 
suscetibilidade de malformações. 
 
»Nenhuma idade é segura (pois o feto está o 
tempo todo em constante desenvolvimento) mas 
no 1º trimestre é mais perigoso pois há maior 
risco de malformações. 
 
»Até a 4ª semana (2 semanas depois da 
implantação): considerado período de “tudo ou 
nada”. Ou o agente é tão deletério que a gravidez 
não vai pra frente ou a gravidez segue normal 
(pois pega as céls no começo então pega 
poucas). Portanto, ou todas as céls são afetadas 
ou nenhuma é afetada e segue normalmente a 
gravidez. 
 
»Causas de Malformações: 
 -20% fatores genéticos; 
 -15% cromossômicos; 
 -10% ambientais; 
 -2-3% irradiações e infecções; 
 -1-2% patologias maternas; 
 -5% fármacos e agentes químicos. 
 
OBS: A organogênese completa ocorre até 9-10 
semanas e depois é mais crescimento e desen-
volvimento. 
 
 
»O que sai pelo leite materno é menor que o que 
passa pela placenta. Portanto existe menos 
restrições na amamentação, do que na gravidez. 
 
»O fármaco que passa pelo leite é o que tem 
difusão pelo plasma; 
»Maiores concentrações plasmáticas determinam 
maiores concentrações no leite; 
»Difusão simples que faz o equilíbrio entre 
plasma e leite, faz com que os medicamentos 
sejam ejetados no leite; 
»Existe a possibilidade de programar horário de 
administração da droga e a hora da 
amamentação. Por ex: fármacos que são 1 vez 
por dia, podem orientar a mãe a ordenhar antes 
de tomar, e afasta o máx possível a próxima 
mamada. 
 
OBS: Importante avaliar se é viável manter a 
aleitamento + droga ou se é melhor suspender a 
amamentação e prescrever fórmula. 
 
 
TABACO 
 
»Tabaco possui cerca de 4000 componentes 
químicos; 
»Piores componentes: nicotina, monóxido de 
carbono, cianeto e hidrocarbonetos (alcatrão); 
 -Tanto fumante ativa quanto passiva forne-
cem esses componentes para o feto. 
»Altera função placentária; 
»O tabaco gera uma má circulação geral, e na 
placenta que culmina em Hipóxia prolongada, 
diminuição de movimentos, CIUR, baixo peso, 
morte súbita, aborto. 
 
ÁLCOOL ETÍLICO 
 
»Associado a Síndrome alcóolica fetal: 1/300-
1/2000. 
»Leva a uma fácies típica de dismorfologia 
craniofacial, deficiência de crescimento e 
disfunção do sistema nervoso central. 
»Não há nível seguro de álcool estabelecido. 
 
CAFEÍNA 
 
»Estimulante do SNC; 
»Em altas doses está associado com CIUR. 
»Pode tomar até 2 xícaras de café por dia. 
 
OBS: Cada adição de 100 mg de cafeína por dia 
(1 xícara de café e 2 de chá) aumentou em 3% a 
chance de CIUR. 
 
»Além disso, a gestante apresenta muita 
queimação e refluxo, e a retirada do café melhora 
bastante esses sintomas. 
 
»Cafeína pode estar associada também com 
Aborto espontâneo, malformações, prematu-
ridade e baixo peso ao nascer. 
 -Maas até 2 xícaras por dia é considerado 
seguro. 
 
 
»Adoçante só seria ruim se fosse ingerido em 
altas doses. É mais indicado para Diabéticas; 
»Quem não tem DM pode usar açúcar em menor 
quantidade. 
»Dentre os adoçantes, indica-se a gestante evitar 
a Sacarina e o Ciclamato (Categoria C); 
»Optar por Aspartame, Sucralose e Estevia (são 
categoria B). 
 
 
 
 
 
»Indicação de uso: infecção bacteriana. 
»Fármacos contraindicados: tetraciclinas, 
estreptomicinas e canamicinas. 
»ATB de escolha: Penicilinas e seus derivados. 
Usados para quase tudo. 
»Eritromicina: se for estolato é contraindicado, 
pois faz hepatotoxidade materna. Estearato é 
seguro. 
 -Não se deve tratar sífilis com eritromicina, 
pois não passa para o feto. 
»Espiramicina: é segura – indicada para o 
tratamento de Toxoplasmose. 
»Fosfomicina: ótimo Atb, dose única, seguro na 
gestante – excelente opção para infecção de 
urina. Como é específico para trato urinário, pode 
guardar outras classes, como Quinolonas para 
outras situações que possam precisar. 
»Quinolonas: relacionadas à má-formação de 
cartilagem, mas não a óbito fetal. 
»Sulfonamidas→ final da gestação: icterícia, 
anemia, kernicterus. 
»Aciclovir: muito utilizado nos casos de herpes e 
seguro na gravidez. 
 
 
»Incluem efeito analgésico, antipirético e anti-
inflamatório e a chance de a gestante precisar de 
um desses 3 efeitos é muito grande. 
 
»Paracetamol (acetaminofeno): medicação de 
escolha, pois é seguro e não mostra toxicidade 
para mãe/feto nas doses terapêuticas. 
 -O problema é a alta dose aguda. Se tomar 
mais do que 2g/dia podeter hepatotoxicidade. 
 
»AAS (anticoagulante): assoc a hemorragia 
(materna e fetal), gastrosquize (1º trimestre), 
fechamento precoce do ducto arterioso. 
 -Indicado em casos de risco de PE (visto pela 
resistência das AU no US da transluscência 
nucal). Porém ele é utilizado em baixas doses, 
menor que 100 mg (que nem serve como 
analgésico e anti-inflamatório) e com isso não 
tem baixo risco. 
 
»Dipirona: contraindicada na gravidez pois tem 
risco potencial de agranulocitose. Dipirona é 
considerada um dos melhores analgésicos e 
antipiréticos, portanto, se tiver algum caso de 
hipertermia grave na gestante, o paracetamol não 
vai ser eficiente para abaixar a febre e então nos 
casos de febre refratária e cefaleia intensa, têm 
que usar a dipirona, mesmo sabendo dos riscos. 
 
»AINES: associados com abortamento e 
gastrosquize (no 1º trimestre), fechamento 
prematuro de ducto arterioso (3º trimestre) e 
oligodramnio (por conta de acometimento renal). 
 -Anti-inflmatórios são clássicos causadores 
de dano renal, e no feto não é diferente; 
 -AINES são contraindicados no 1º e 3º 
trimestre. No 2º trimestre eles até podem ser 
usados, mas o ideal é deixar para usar nos casos 
em que não houver outra opção. 
 
»Opioides: são considerados seguros na 
gravidez, principalmente mofina – usada em 
casos de fratura e dor intensa na gravidez. 
 -O problema é que o uso crônico está 
associado a drogadição (toxicodependência) e a 
síndrome de abstinência do RN. 
 
 
»Metildopa: é considerado de escolha. 
 -Tem ação central, é antagonista alfa-
adrenérgico. Demora a responder, não resolve 
pico hipertensivo. Mais indicado para controle 
crônico da hipertensão na grávida. 
 -O desmame da metildopa tem que gradual, 
para não ocorrer efeito rebote. 
 -Pico hipertensivo se resolve com outras 
medicações → Nifedipina ou Hidralazina. 
 
»Antagonistas de canal de cálcio: exemplo 
Nifedipina. Já teve dúvidas se está assoc com 
parto prematuro, mas não é o que se vê. 
 -É muito utilizado para pico hipertensivo; 
 -Tem sinergismo com sulfato de magnésio 
(usado na prevenção da eclâmpsia, bem como 
para a proteção neural do bebê quando tem 
menos de 32 semanas). Esse sinergismo, 
teoricamente pode levar a uma hipotensão grave, 
que é algo que se evita na gravidez, pois a 
hipotensão grave pode levar a uma má-perfusão 
placentária grave e comprometimento no feto. 
SACARINA 
CICLAMATO ASPARTAME 
SUCRALOSE 
ACESSULFAME ESTÉVIA 
 
»Beta bloqueadores: exemplo pindolol e 
propanolol. Podem ser usados. 
 -Propanolol é seguro na gravidez, mas não é 
usado com anti-hipertensivo. Usado em casos de 
hipertireoidismo grave em que a paciente tem 
taquicardia importante. 
 
 
»Insulina: não atravessa a placenta – isso é 
excelente. É a droga de escolha para Diabetes 
na gestação. 
 
»Metformina: utilizada pré gestacional, pode ser 
mantida. 
 -Não entra com ela na gravidez, mas se a 
paciente já estiver em uso dela (por 
anteriormente não estar conseguindo engravidar 
devido a resistência insulínica aumentada, fez 
uso de Metformina e engravidou) e com bom 
controle glicêmico, pode manter a Metformina. 
 
»Antidiabéticos orais: não devem ser utilizados, 
pois são pouco estudados e ainda considerados 
pouco seguros. 
 
 
»São teratogênicos; 
»Porém, a própria epilepsia aumenta o risco de 
malformações; 
»Medicação menos deletéria que a crise; 
»Priorizar monoterapia; 
»Carbamazepina parece ser a melhor opção, 
mas tem que ver se funciona para a paciente. 
 
OBS: o objetivo maior é evitar a crise convulsiva. 
 
 
»Heparina: não atravessa a placenta – fármaco 
de escolha. 
 -Se vai usar fracionada ou não, vai depender. 
Vantagem da fracionada é que possui a 
Protamina como antídoto em casos de 
hemorragias graves. 
 
»Warfarin: 
 -Embriopatia warfarínica (agenesia de corpo 
caloso, atrofia cerebelar), hipoplasia nasal, 
hipoplasia de unhas, encurtamento dos dedos, 
retardo mental, hemorragias. 
 
 
 
 
»Medidas não farmacológicas: começar 
sempre por elas. Fracionar as refeições (comer 
de 2-2h), não comer deitada, preferir alimentos 
ácidos, evitar alimentos de difícil digestão. Manter 
castanhas por perto e comer quando sentir mal. 
 
»Anti-histamínicos: Dimenidrinato (dramin), 
difenidramina, meclizina (meclin); 
 -São considerados seguros na gravidez e são 
a primeira linha de antieméticos. O problema é 
eles darem sono. 
 
»Ondasetrona (antagonista de serotonina, tem 
ação central): Vonal. É o melhor antiemético pois 
foi desenvolvido para controlar vômito de quimio-
terápico. 
 -Porém, está associado a cardiopatia congê-
nita, mas para a paciente que está com 
hiperemese gravídica vai ser muito benéfico para 
ela não ter uma desidratação importante. 
 -Não é a primeira opção de antiemético, mas 
pode ser usado com cautela. 
 
 
»Existe uma medicalização em excesso das 
pacientes ansiosas, depressivas etc. 
»Existe a Psicofarmacoteratofobia: paciente para 
de tomar remédio de uma vez, o que pode ser 
deletério para a paciente. 
 -Portanto nem o excesso, nem a falta são 
adequados, o ideal é fazer um acompanhamento 
multiprofissional. 
 
»Benzodiazepínicos (C e D): devem ser evita-
dos, principalmente se forem para indução do 
sono, atualmente troca-se pelo Zolpidem que é 
só indutor do sono. 
 
»Antidepressivos: serotonina, fluoxetina, venla-
faxina, citalopran. Podem ser mantidos. São 
categoria C. 
 -Prefere serotonina e fluoxetina por serem 
mais estudadas. Tem risco de malformação 
cardíaca. Pedir eco fetal entre 24-26 semanas. 
 -Paroxetina: cat D (malformações cardíacas). 
É o pior e deve ser evitada. 
 -Tricíclicos: não parece ser teratogênicos, 
mas não são muito utilizados. 
 
 
»Os corticoides, em geral, podem ser utilizados. 
 -Betametasona e dexametasona são usados, 
inclusive, para maturação pulmonar; 
 -Predinisona passa pouco pela placenta 
(10%); 
 -Uso crônico: pode levar a diabetes, 
hipertensão e amniorrexe prematura. 
 
 
»Os antineoplásicos atuam em células de 
replicação alta e o feto atua como uma célula de 
replicação alta. 
 -Portanto, as medicações antineoplásicas são 
deletérias para o feto. 
»A prioridade é o tratamento materno. Não pode 
deixar de medicar a mãe, mesmo sabendo o 
quão ruim é para o feto. 
 
 
»Importante ter conversa próxima entre pediatra 
e obstetra. 
»Medicação tem concentração no leite materno; 
»Tentar medicações de ação mais curta para 
evitar disponibilidade; 
»Afastar os horários de amamentação, para 
coincidir menos com o efeito da medicação. 
»Avaliar risco-benefício; 
»Orientar a mãe. Ex: se der psicoativo para a 
mãe, pode ser que o bebê fique sonolento após 
a mamada.

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