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TEORIA E FUNDAMENTOS DA LITERATURA PROF NEILTON LIMA WEBCONFERÊNCIA 1 2022 1.pptx 17 de MAIO

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LETRAS 2022.1 
TEORIA E FUNDAMENTOS DA LITERATURA
WEBCONFERÊNCIA 1
Prof. Me. Neilton Lima
Rodrigues (2022)
Na primeira unidade,
estudaremos sobre o Conceito
de Literatura, a partir da
Poética, de Aristóteles, das
contribuições teóricas de
Jakobson, bem como a
relação entre Teoria e Crítica
literária.
Na segunda unidade o
reconhecimento dos Gêneros
literários é parte importante dos
estudos sobre a Literatura, desde a
Antiguidade à Contemporaneidade.
Nesta unidade, discutiremos
primeiramente o que são os gêneros
clássicos: lírico, épico e o
dramático, bem como os Modernos.
Na terceira unidade o foco é a o
gênero narrativo, suas Tipologias e
Teorias.
Na quarta unidade verificaremos,
portanto, as principais correntes teóricas
atuais, que possuem um viés crítico: o
Formalismo, o Estruturalismo, o New
Criticism, os Estudos Culturais, a crítica
Feminista e o Pós-colonialismo.
A informação está cada vez mais ao
nosso alcance. Mas a sabedoria, que é o tipo
mais precioso de conhecimento, ela só pode ser
encontrada nos autores da literatura. Esse é o
primeiro motivo por que devemos ler. O segundo
motivo é que todo pensamento, como já diziam
os filósofos e os psicólogos, depende da
memória. Não é possível pensar sem lembrar —
e são os livros que ainda preservam a maior
parte de nossa herança cultural. Finalmente, e
este motivo está relacionado ao anterior, eu diria
que uma democracia depende de pessoas
capazes de pensar por si próprias. E ninguém
faz isso sem ler. (Leio, logo existo. Harold Bloom,
VEJA, 2001).
A LITERATURA
Segundo Souza (2006) a adjetivação mais
antiga deu origem à expressão humanniores
litterae (letras humanas), utilizada até o século
XVII, distinguindo “as coisas divinas das coisas
humanas”, conforme ideia de Varrão (século I d.
C.); a seguir houve a expressão litterae humanae
(mais simples, mas mantendo a distinção anterior);
na transição do século XVIII para o XIX, após se
diferenciar do termo Belle-Lettres, ganha força a
palavra literatura (letradura), designando os
segmentos de discursos escritos que se
distinguiam das Letras filosóficas e das científicas.
Ou seja, desconecta-se da acepção etimológica
representando a perícia em escrever e ler, para o
exercício dessa arte: instrução, saber aplicados a
discursos heterogêneos (humanidades).
Etimologia da palavra latina litterae
Ao longo dos séculos, estudiosos de diversos
campos do conhecimento disseminaram suas
contribuições para a construção do entendimento da
literatura. Eagleton (2006, p. 1), por sua vez, revela que a
literatura comumente pode ser concebida como “escrita
“imaginativa’’, no sentido de ficção - escrita esta que não
é literalmente verídica.”
CÂNTICO DUAL (a Itérbio Homem)
De Deus a mim, / nenhum segredo cabe: // Vivemos
sempre a sós, / os dois, perenemente; o pouco que
aprendi / (da morte) / Deus o sabe. // O que meus dedos
tocam, / agora, Deus o sente: / Silêncio algum separa /
meu canto de seu canto / que o sol nos une e abre visão
de outra visão. // A cor de minhas vestes / mudamos, /
Deus o sabe: / A vida se consente em Nós,
presentemente, / e sendo a morte o fim / em minhas mãos
não cabe. (Audálio Alves, Alicerces da Solidão)
Nos dizeres de Sousa (2007, p. 44): Quanto às
diversas acepções modernas, cremos ser possível
reduzi-las às seguintes:
1 Conjunto da produção escrita de uma época ou país
(daí expressões do tipo "literatura clássica", "literatura
oitocentista", "literatura brasileira", etc);
2 Conjunto de obras, distinto pela temática, origem ou
público visado (daí expressões do tipo "literatura
infanto-juvenil", "literatura de massa", "literatura
feminina", "literatura de ficção científica", etc);
3 Bibliografia sobre determinado campo especializado do
conhecimento (daí expressões do tipo "literatura médica",
"literatura jurídica", "literatura sociológica", etc);
4 Expressão afetada, ficção, irrealidade, frivolidade (daí
empregos do tipo: "Depois de tanto palavrório, tanta
literatura, nada se resolveu");
5 Disciplina que procede ao estudo sistemático da
produção literária (daí expressões do tipo "literatura
geral", "literatura comparada", "literatura brasileira", etc).
Homero, a Ilíada
O rapto de Helena, mulher de Menelau,
feito por Páris, um dos filhos de Príamo, rei de Tróia,
fez com que os Gregos confederados declarassem
guerra e sitiassem esta cidade, que foi por eles
tomada e destruída depois de um cerco de dez anos
(1720 A.C.) O objeto da Ilíada é um episódio do
nono ano deste cerco, quando Agamemnon, chefe
do exército, ultrajou a Aquiles, o mais valente dos
Gregos.
IV
No Tratado das Grandezas de Ínfimo estava
escrito.
Poesia é quando a tarde está competente para
dálias.
É quando ao lado de um pardal o dia dorme
antes.
Quando o homem faz sua primeira lagartixa.
É quando um trevo assume a noite.
E um sapo engole as auroras.
(Livro das Ignorãças, Manoel de Barros, 1994,
p. 15)
A poesia — alvo da investigação de Aristóteles — é
tratada em si mesma, como gênero; como espécies, segundo sua
finalidade própria; e como composição de mitos (história ou
fábulas). Fica evidenciado na Poética aristotélica o método de
classificação naturalista, que obedece à ordem própria da
natureza. As espécies são enumeradas em: epopeia, tragédia,
comédia, ditirambo, aulética e citarística. A saber que todas são
imitações ou construções miméticas (mimese). As diferenças
ocorrem segundo os meios, objetos ou modos diversos.
Nas artes miméticas o objeto de imitação é
representado por homens de ação, bons (pela virtude) ou maus
(pelo vício). A diferença quanto ao objeto está presente na arte da
dança, da flauta e da cítara. Ocorre uma distinção entre tragédia
e comédia: a primeira representa os homens melhores do que
são e, a segunda, piores. Nas tragédias de Sófocles, ou nas
epopeias de Homero, as artes miméticas se aproximam, a
considerar que ambas representam seres superiores aos comuns.
Aristófanes, autor de comédias, também imita pessoas agindo,
fazendo o drama. In: A Poética de Aristóteles sob a abordagem
de Lígia Militz da Costa.
ARISTÓTELES
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
Segundo Jakobson, tratam sobre
os papéis que a linguagem
cumpre enquanto instrumento de
comunicação entre dois ou mais indivíduos.
Tal comunicação pode ser feita de maneiras
particulares, dependendo do tipo de efeito
que o remetente (produtor do enunciado)
quer passar na mensagem para o
destinatário (que recebe o enunciado). São
elas:
•função referencial;
•função poética;
•função fática;
•função conativa;
•função emotiva;
•função metalinguística.
•Emissor → Função Emotiva ou Expressiva;
•Receptor → Função Conativa ou Apelativa;
•Código → Função Metalinguística;
•Mensagem → Função Poética;
•Canal → Função Fática;
•Referente → Função Referencial ou Denotativa.
A epopeia, ou poema épico, é concebida por Aristóteles
como uma obra em que muitas fábulas se aglomeram. Isso quer
dizer que, no poema épico, inúmeros acontecimentos são cabíveis,
pois, ao contrário da tragédia, a epopeia não é encenada; ela é um
poema narrativo.
Para que você compreenda a Tragédia conforme
proposta por Aristóteles, antes é preciso compreender a origem
das formas do drama grego (dramas), que pode ser definido
histórica e teoricamente.
“Cobra Norato” de Raul Bopp
Um dia / Eu hei de morar nas terras do
Sem-fim / Vou andandando caminhando
caminhando / Me misturo no ventre do
mato mordendo raízes / Depois / Faço
puçanga de flor de tajá de lagoa / E mando
chamar a / Cobra Norato. (BOPP, 1998, p.
30)
“Colar de Carolina” de Cecília Meireles 
Com seu colar de coral / a Carolina / Corre
por entre as colunas / Da colina. / O colar
de Carolina / Colore o colo de cal, / a Torna
corada a menina. (MEIRELES, 1972, p. 6)
POESIA
Até o século I d.C. se resguarda a distinção: a Retórica cuida da oratória e do
raciocínio; a Poética, dos gêneros hoje incluídos no que chamamos literatura,
desdobrando-se em torno dealguns conceitos-chave já definidos por Aristóteles. A
saber:
a) mímese: concepção da literatura, e da arte em geral, como imitação, tomando-se
esse termo em um sentido que tem suscitado inúmeras interpretações;
b) verossimilhança: propriedade da obra literária de, em vez de adequar-se a
acontecimentos verdadeiros que lhe sejam exteriores, engendrar situações coerentes
e necessárias segundo sua própria lógica interna, situações assim não propriamente
assimiláveis à verdade, mas dotadas de verossimilhança, isto é, de semelhança com
o vero, o verdadeiro;
c) catarse: propriedade da obra literária de, mediante a criação de situações
humanas fortes e comoventes, promover uma espécie de purificação ou clarificação
racional das paixões;
d) gêneros literários: distinção entre tragédia, comédia, epopeia, etc.
Ainda no que concerne à reciprocidade
entre ficção e não ficção, Eco (1994) traz uma
reflexão pertinente acerca de elementos
relacionados a textos ficcionais, tais como o leitor
e a leitura em geral. O autor elucida a
funcionalidade de cada um desses membros,
evidenciando a relação estabelecida entre os
mesmos. Eco (1994) ressalta que o leitor não deve
ser compreendido apenas como um receptor de
informações, mas sim como um sujeito ativo da
obra, participante da mesma.
O(A) leitor(a) “é um ingrediente
fundamental não só no processo de contar uma
história, como também da própria história” (ECO,
1994, p. 7). Para Eagleton (2006, p. 3): “Talvez a
Literatura seja definível não pelo fato de ser
ficcional ou “imaginativa’’, mas porque emprega a
linguagem de forma peculiar. A literatura
transforma e intensifica a linguagem comum”.
Os gêneros textuais, segundo Ceia (2009) são
agrupados por qualidades formais e conceituais, a
partir de categorias fixadas e descritas por códigos
estéticos, desde a Poética de Aristóteles e os tratados
de retórica de Horácio, Cícero e Quintiliano, até as
recentes monografias sobre teoria da literatura.
Ceia (2009) ainda pontua que, na cultura ocidental,
até ao século XX, não se fazia distinção alguma entre essas
categorias fixadas historicamente (romance, conto, novela,
tragédia, comédia, cantiga, epopeia, dentre outros) e a
discussão acerca de seu caráter fenomenológico, que não
está datada historicamente, mas nos conduz à reflexão
sobre os modos de produção do literário (modo narrativo,
modo lírico, modo dramático, etc.) nos dias atuais
Rosenfeld (1985, p. 16) reconstrói o texto
de Aristóteles com vistas a visualizar os indícios da
caracterização do que hoje conhecemos como gênero
lírico. Ele percebe três maneiras de narrar em
Poética:
❖ a ligada ao épico, que conta com a ajuda de
terceiros para narrar;
❖ a dramática, na qual as próprias personagens
estão em ação, sem a necessidade de narração;
❖ uma terceira, na qual “se insinua a própria pessoa
[do autor], sem que intervenha outra personagem”
(IBIDEM, p. 16), relacionada à lírica.
Estrutura dos poemas épicos:
Proposição — o poeta define o tema e o herói do seu
poema.
Invocação — o poeta pede à musa que lhe inspire
para que desenvolva com maestria o tema do seu
poema.
Narração — o poeta narra as aventuras do seu herói.
Conclusão — o poeta encerra a sua narrativa após
relatar os feitos gloriosos que marcaram a trajetória
do seu herói.
As estruturas mais conhecidas da lírica
são as seguintes:
Elegia — poema surgido na Grécia Antiga que
trata de acontecimentos tristes, muitas vezes
enfocando a morte de um ente querido ou de
uma personalidade pública.
Écloga — poema pastoril que retrata a vida
bucólica dos pastores em um ambiente
campestre.
Ode — poema que exalta valores nobres,
caracterizando-se pelo tom de louvor.
Soneto — é a mais conhecida das formas líricas
e possui 14 versos, que se organizam em duas
estrofes de quatro versos (quartetos) cada e
duas estrofes de três versos (tercetos) cada.
Uma das principais diferenças do texto
dramático em relação aos gêneros épico e lírico
é a forma como é narrado, ou melhor, como não
é narrado, já que o narrador é dispensável nesse
formato literário. Isso porque os acontecimentos
se dão por meio das falas e das ações das
personagens (ROSENFELD, 1985).
Segundo Sousa (2007) (...) podemos admitir
dois grupos básicos de Teorias: um de natureza
normativa e outro de natureza descritiva. Podemos
ainda estabelecer dois outros grupos, segundo se
admita ou não a possibilidade de investigação
sistemática da literatura: um constituído pelas teorias
para as quais a literatura é efetivamente objeto de
estudo sistemático, e, outro, pelas teorias que, não
se prestando a estudos, só pode ser objeto de
fruição.
O termo teoria da literatura foi empregado
inicialmente no título de duas obras russas — Notas
para uma teoria da literatura (1905), de Alexander
Portebnia, e Teoria da literatura (1925), de Boris
Tomachevski —, sem que essas ocorrências lhe
conferissem utilização mais ampla. No entanto, com
o prestígio logo alcançado pelo livro de que são co-
autores o austríaco René Wellek e o norte-
americano Austin Warren, publicado em 1949 com o
título Teoria da literatura, esse termo se difundiria e
se consagraria, para designar atualmente a disciplina
que investiga a literatura
No século XIX se conheceu o uso amplo da
expressão crítica literária para designar o sistema
do saber sobre a literatura. Nessa acepção, o termo
se consolidaria no século XIX, concorrendo com as
expressões história da literatura e ciência da
literatura, e nomeando disciplina desdobrada nos
modelos mencionados — biográfico, psicológico,
sociológico e filológico. Finalmente, no século XX
observa-se concorrência de uso dos termos crítica
literária, poética, ciência da literatura e teoria da
literatura.
Procura da poesia
Não faças versos sobre acontecimentos. / Não há
criação nem morte perante a poesia. / Diante dela,
a vida é um sol estático, / não aquece nem ilumina.
/ As afinidades, os aniversários, os incidentes
pessoais / não contam. / Não faças poesia com o
corpo, / esse excelente, completo e confortável
corpo, tão infenso à efusão lírica. […] / Penetra
surdamente no reino das palavras. / Lá estão os
poemas que esperam ser escrito. / Estão
paralisados, mas não há desespero, / há calma e
frescura na superfície intata. / Ei-los sós e mudos,
em estado de dicionário. / Convive com teus
poemas, antes de escrevê-los. / Tem paciência se
obscuros. / Calma, se te provocam. / Espera que
cada um se realize e consume / com seu poder de
palavra e seu poder de silêncio.
Carlos Drummond de Andrade
Romeu e Julieta, Ato II, Cena II
O mesmo. Jardim de Capuleto. Entra Romeu.
ROMEU - Oh, falou! Fala de novo, anjo brilhante, 
porque és tão glorioso para esta noite, sobre a minha
fronte, como o emissário alado das alturas ser poderia 
para os olhos brancos e revirados dos mortais
atônitos, que, para vê-lo, se reviram, quando montado 
passa nas ociosas nuvens e veleja no seio do ar
sereno.
JULIETA - Romeu, Romeu! Ah! por que és tu Romeu? 
Renega o pai, despoja-te do nome; ou então, se
não quiseres, jura ao menos que amor me tens, porque 
uma Capuleto deixarei de ser logo.
ROMEU (à parte) - Continuo ouvindo-a mais um pouco, 
ou lhe respondo?
William Shakespeare
A Morte é o pior; um Destino que devemos tentar;
E, por nossa Pátria, é um Deleite morrer;
O galante Homem, ainda que falecido em Luta seja,
Mantém sua Nação a salvo, seus filhos livres,
Ocasiona um débito em todo o grato Estado;
Seus Colegas corajosos vangloriar-se-ão na sua Sorte,
Sua Esposa viverá honrada, sua Raça triunfará;
A Posteridade em tal Ato regozijar-se-á.
Homero
Nos olhos traz o Amor a minha dama...
Nos olhos traz o Amor a minha dama
e tudo o que ela olha se enobrece.
Todos se voltam para vê-la – e aquece
os corações, do seu aceno, a chama.
Baixando os olhos, cada qual proclama
suas culpas num silêncio de prece
e todo o mal de odiar desaparece:
Moças, me ajudem a cantar sua fama.
Tudo que é doce, humilde,simples, vivo,
brota no coração de quem a escuta,
pois que, antes de ouvi-la, a viu, feliz.
Basta um sorriso: o coração cativo
não sabe mais o que a mente perscruta,
pois tudo o que a supera ela não diz.
Dante Alighieri
Para meu coração basta-me teu peito, / para tua liberdade
basta, minhas asas. / De onde minha boca chegará até o céu
/ o que estava entorpecido sobre tua alma. / É em ti a ilusão
de cada dia. / Chegas como o orvalho das corolas. / Socava o
horizonte com tua ausência. / Eternamente em fuga como a
onda. / Eu falei que cantavas com o vento / como os pinheiros
e como os mastros. / Como eles é alta e taciturna / e
entristeces de pronto, como uma viagem. / Acolhedora como
um velho caminho. / Te povoam ecos e vozes nostálgicas. /
Eu despertei e às vezes migraram e fugiram / os pássaros
que adormeciam em tua alma.
Pablo Neruda
PRÓXIMOS
PASSOS
O gênero narrativo, suas 
Tipologias e Teorias
As principais Correntes 
teóricas atuais: 
o Formalismo, o 
Estruturalismo, o New 
Criticism
Os Estudos Culturais, a 
crítica Feminista e o Pós-
colonialismo
OBRIGADO
NOME DO 
APRESENTADOR
CONTATOSCARGO

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