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Teoria da Literatura I

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Teoria da Literatura I
Aula 1
A LITERATURA ENQUANTO ARTE!
O que é literatura?
Quais características tornam um texto literário?
· A Teoria da literatura se preocupa com o estudo cientifico, rigoroso e metódico da composição do discurso para podermos classificar um texto como literário ou não. 
 A literatura como toda arte é uma transfiguração do real, realidade recriada através do espirito do artista e retransmitida através da língua para as formas (líricas, narrativas, dramáticas).
 Os fatos presentes na obra literária perdem a realidade primitiva e ganham uma outra graças a imaginação do artista. O artista literário ele cria e recria um mundo de verdades que não são mensuráveis pelos mesmos padrões de verdades factuais.
 FATO REAL não existe na literatura! Existe algo VEROSSÍMIL que parece real, mas não é. A FICÇÃO não tem compromisso com a REALIDADE.
· Mimese: imitação da realidade concreta. (reinvenção da realidade).
 Muitos teóricos (Culler) defendem que o texto LITERÁRIO visa apenas divertir, entreter, dar prazer, enquanto o NÃO LITERÁRIO possui finalidades prática, como transmissão de informação (textos jornalísticos) ou de um conhecimento útil no dia a dia. Resumindo, uma literatura de INFORMAÇÃO difere muito de uma literatura ARTE.
 No entanto dentro da teoria NÃO EXISTE UMA RESPOSTA PERFEITA E DEFINITIVA, UM CONSENSO, DO QUE É OU NÃO LITERATURA, existem linhas e correntes teóricas a serem seguidas.
 Essa questão gira em torno de duas posições teóricas, que alguns estudiosos defendem que possa ter haver com a FORMA da linguagem (mimese imitação concreta da realidade), e outros com o CONTEÚDO (gira em torno das verdades humanas, não interessa a forma que vai ser expressada, mas sim, o que) como foco central da literatura. 
 Coutinho é um teórico que busca associar FORMA e CONTEÚDO na sua definição de literatura.
Aula 2
· Analisar a literatura de acordo com o ponto de vista do conteúdo significa também:
· Critérios que ultrapassam a dimensão linguística
· Critérios que tem a ver com preferências pessoais, sociais, políticas, culturais, religiosas, morais, filosóficas, estéticas e psíquicas dos indivíduos.
· Toda e qualquer definição de literatura é determinada pela influência pessoal de CADA INDIVIDUO. Alguns valorizam mais o aspecto CONTEÚDO e outros o aspecto da FORMA. Além de influenciar também a visão de mundo de cada um.
· Eagleton define a literatura como sendo qualquer tipo de escrita que por alguma razão seja VALORIZADA independente de sua FORMA ou CONTEÚDO. Essa valorização pode ser tanto pela própria sociedade, ou pelo próprio indivíduo de acordo com a sua preferência.
· A teoria da literatura é RELATIVISTA, ou seja, não existe uma pluralidade de interpretações e sim interpretações relativas aos seus conhecimentos e preferencias. É relativo ao caminho escolhido pela pessoa a ser percorrido dentro da crítica literária, as teorias que a pessoa escolher pra estudar a literatura.
· A literatura deve assumir uma linguagem especial, uma “literariedade” na linguagem. Isso faz de alguns textos LITERÁRIOS ou NÃO, pois a linguagem da literatura deve ser especial. Essa linguagem especial é uma linguagem CRIATIVA, INCOMUM, que foge do COTIDIANO, DA NOSSA REALIDADE BÁSICA. Textos não literários possuem uma linguagem simples, do dia a dia, comum.
· Para Platão a arte é uma mimese (imitação) deturpada e imperfeita da natureza, do que é real, a literatura é a mesma coisa.
· Para Aristóteles a arte já é a criação humana de tudo aquilo que nos falta na natureza, uma espécie de um preenchimento de um vazio de acordo com as diversas manifestações (música, poesia, teatro, arquitetura, escultura, oratória, etc).
· Para Antônio cândido a arte é uma transposição do real para o ilusório por meio de uma estilização formal da linguagem. Seria uma fusão do real e do imaginário, do real para a ficção.
· O Formalismo Russo foi uma influente escola de crítica literária cujo foco era o texto, ou seja, uma crítica intrínseca à linguagem literária e não a circunstâncias exteriores ao texto, como a biografia do autor ou o contexto histórico.
Aula 3
· O que são os clássicos na literatura (arte), quais obras são classificadas como clássicos??
· A obra clássica é uma obra de formação, poque ela vai mexer com o nosso íntimo, nossos ideais, nos conceitos e percepções, visão de mundo.
· Os clássicos trazem marcas das leituras e interpretações que precedem as nossas, pois são baseadas no nosso cotidiano. Não é algo real é fruto da imagem criadora do artista, mas é baseado na nossa realidade, consegue penetrar em várias culturas e transcender os limites temporais.
· O cânone é sinônimo de modelo! As obras clássicas são chamadas de cânone pois elas se tornam modelos a serem imitados, servir de inspiração, são obras que são exemplos de grandiosidade e de criação.
· Os clássicos remetem temas que são atuais, que hoje são vistos e vividos no nosso cotidiano.
· Os clássicos servem então como instrumentos para que nós possamos entender a nossa formação como ser humano, quem nós somos, aonde queremos chegar e porquê.
Aula 4
· Níveis de literatura
· Geralmente se constrói a partir do tipo de leitor, a posição social em que esse leitor se encontra.
· Os leitores especialistas (autores, críticos, professores) tem preferência pelos clássicos (cânone) enquanto os leitores comuns preferem os best-sellers. 
· Algumas instituições que são responsáveis em ditar o que é ou não literatura de qualidade: universidades, escola, mídia, mercado editorial (salvo o interesse financeiro que ele possa ter aos best-sellers), academias ou associações de escritores.
· Ao se fazer uma crítica literária é importante está sempre baseado em teorias que defendam e julguem a OBRA LITERÁRIA, o objeto da obra! E não o autor em si, sua fama ou prestígio. 
Formas de caracterizar, classificar, valorizar a literatura.
1. A forma canônica definida e apreciada por leitores especializados. Literatura com “L” maiúsculo, considerada arte.
2. A literatura de massa, de entretenimento, apreciada e consumida por leitores não especializados. Literatura com “l” minúsculo, considerada comum, de consumo.
· O julgamento de valor de uma obra dependente muito de quem a está julgando, se é alguém que julga por gostos e opiniões baseadas em “achismo” ou se é algum estudioso que deve SEMPRE se basear numa linha teórica, num estudo e percepção estética da obra. 
· As criticas literárias sempre possuem parâmetros diferenciados devido as diferentes correntes teóricas em que cada um se apoia, acredita e defende. O juízo de valor então nem sempre tem um respaldo teórico objetivo. 
· Essas correntes teóricas funcionam como uma espécie de ideologia (um sistema de preferencias de cada indivíduo), pois elas possuem padrões específicos, características diferentes, fazendo dessa forma com que cada obra seja classificada de uma forma diferente.
· Aspectos mais OBEJTIVOS são os as teorias trazem, o que as correntes defendem em suas especificidades. Já os aspectos SUBJETIVOS trazem também nossas crenças, nossas opiniões, elementos morais, o que pensamos sobre ética, aquilo que acreditamos.
· É necessário para um crítico, levar em consideração os gostos dos leitores levando em consideração as influencias que este indivíduo recebe.
Aula 5
Retórica de Aristóteles: a disciplina, que utiliza a linguagem com o objetivo de persuadir. Essa retórica não é vista só como elemento político, mas também em fazer da literatura (arte) um veículo de promoção de uma reflexão da realidade em que vivemos. Essa reflexão leva o outro a mudar suas posturas, rever suas ideias e conceitos, englobando assim o que é chamado de persuasão. É a construção de um discurso que pode ser também poético (pois ele é artístico e de criação) no entanto com o objetivo de persuadir.
· A pergunta retórica é aquela que você a faz já dando a resposta, sem dar a chance para o interlocutor intervir, já direcionando o pensamento para onde se pretende.
· Aristóteles acreditava na racionalidade como forma de buscaressa persuasão. Dessa forma consegue-se captar a atenção do leitor ou expectador, como elemento racional e provável, passível de comprovação. Comprova assim aquilo que o discurso tenha de racional para que aquilo seja utilizado com provas.
· Aristóteles foi o primeiro a criar uma metodologia cientifica, foi ele trabalha como cientista, que analisa cada detalhe, esmiúça, as características e composição do discurso. Foi o primeiro a explicar o desenvolvimento das ideias.
· No campo da linguagem ele trabalha com a retórica (ciência da persuasão) e a arte poética que trabalha com a imaginação, criatividade, ritmo, sonoridade, o drama, tragédia, artes em geral. Ambas trabalham a dimensão do discurso (retórica) e da narrativa (poética).
· A eloquência: capacidade de manipular o discurso de forma oral e convincente, a utilização do dom de falar bem. Era na época um gênero literário, e se preocupava com a prática da oralidade do discurso, como Aristóteles era preocupado em estudar o que era necessário para persuadir um auditório, ele utiliza da eloquência como mais uma ferramenta para isso. 
· Outro elemento que Aristóteles analisou para o uso da persuasão foi a postura do Orador, como ele deve proceder para haver o convencimento do público, o domínio que ele tem da linguagem e os elementos argumentativos.
· A retórica em 3 grandes gêneros.
1. Deliberativo: trabalha com o aconselhamento ou desaconselhamento. Procura a finalidade de uma determinada ação ou determinado gesto. Aconselha alguém a fazer ou não algo, condicionando suas ações.
2. Judiciário: trabalha com acusação e defesa, não só de réu. É a lógica do discurso para procurar provas de defender ou debater ideias.
3. Demonstrativo: trabalha a persuasão por meio da censura ou do elogio. A censura é um reforço negativo da ação ou pensamento que está sendo transmitido, funciona como uma punição, através da punição se convence o outro a não praticar determinados atos. Já no elogio é o reforço positivo de pensamentos e ações, ao elogiar se convence que aquilo é o certo a se fazer e agir de determinada forma.
· Meios de retórica
1. Silogismo= parte de 2 premissas e uma conclusão. Ex: Todos os homens são mortais / João é homem/ Logo, João é mortal. Pode ocorrer de ser apenas uma premissa e sua conclusão. Ex: penso, logo existo.
2. Verossimilhança= trabalho do discurso racional para que seja verossímil, parece verdade dentro de nossa realidade, são probabilidades reais, mas que não precisam necessariamente serem verdade, mas que se parecem com a realidade, as obras são baseadas em elementos reais. Uma obra de ficção não é verdade, nem mentira, ela é VEROSSÍMIL ou seja, ela PARECE verdade.
3. Exemplos= instrumento de indução para um comportamento, serve para confirmar ideias apresentadas. Deve sempre estabelecer comparações entre semelhantes, por exemplo, se vou comparar a atitude de um gato, preciso comparar com as atitudes de outros gatos também. Se comparo uma menina, devo compara-la com outras semelhantes.
· Máxima= meio de traduzir uma maneira de ver o mundo, que não se refere a um caso particular, mas universal. Ex: Não há um homem que seja em tudo afortunado. (esse homem sempre vai ter alguma área da vida que não vá tão bem, ninguém possui a felicidade plena, sem nenhum problema em nenhum campo da vida.
Partes do discurso.
· Exórdio= prefácio
· Narração= o discurso em si.
· Demonstração= traz uma lição prática
· Peroração= parte final do discurso
· Epílogo= resumo, conclusão
· Facécia= traz uma graça, uma brincadeira no final seja critico ou satírico.
Dialética: quando investimos contra uma opinião, ou a defendemos, utilizando para isso argumentos, debatendo e expondo pontos de vista, estamos praticando a dialética.
Aula 6
· As obras de Aristóteles são divididas em arte retórica, que vai estudar a persuasão e a arte poética que é o elemento criativo da linguagem, pois ele acredita que a arte é a criação de tudo aquilo que nos falta.
· A primeira obra é dividia em tragédia (que fica no campo do drama, do teatro, da composição das peças teatrais) e epopeia (que é o resgate dos grandes feitos de uma nação, os elementos históricos e heroicos, é uma narrativa só que em forma de versos). A segunda parte da obra trata da comédia, no entanto existem poucos registros deste gênero.
· Para Aristóteles, entende-se por poética: tudo aquilo que é criação humana em sua capacidade de imitar, por isso existem diferentes formas de poética como dança, lírica, tragédia, comédia, diálogos, épicas, musical vocal, etc.
· Dentre as formas de imitação da arte estão:
1. A arte narrativa: o retrato da realidade por meio da arte narrativa, elementos concretos podem aparecer na narrativa de uma forma ficcional contando fatos e feitos históricos de um povo. Que é o acontece nas epopeias por exemplo.
2. A arte dramática: se relaciona com a arte de colocar em cena personagens que vão destacar o seu pensamento, seu caráter, por meio do comportamento da conduta. Tudo que é pertinente ao interior as personagens só vai ser revelado a partir do momento que ele esta atuando, agindo, seus gestos, suas falas.
· Ficção: toda história que inventada, criada pelo autor. No entanto trás características da verossimilhança, ou seja, elementos concretos que são extraídos da realidade e que podem ou não serem verdade.
· Durante muito tempo o senso comum pregava o ponto de vista que dizia que as obras para serem consideradas literárias (arte) só podiam ser ficcionais, ou seja, não podia contar com personagens reais e acontecimentos históricos.
· Simulacro= imitação ou representação da realidade (mimési) de ações humanas pela linguagem. 
Aula 7
· Gêneros literários: conjunto de obras que possuem características comuns, é uma espécie de categoria das obras que levam em conta não só a estrutura, mas também o seu estilo, a composição e seu conteúdo.
· Classificação dos gêneros literários
· Na proposta clássica: o lírico (sentimentos, amor e coisas do mundo interior, SUBJETIVIDADE) exemplos poemas de forma fixa como sonetos. Épico ou epopéia (traz a narrativa em versos, fatos históricos e heroicos) exemplos o romance, novela, conto e crônica. Dramático (traz situações do homem através de diálogos e linguagem em forma de encenação) exemplos as tragédias, comédias, tragicomédia, drama, auto. Essa teoria é chamada de TRIPARTIDA. 
· Na proposta contemporânea: lírico (composição poética), narrativo (todas as histórias que são contadas), dramático (composição do texto voltado para a expressão, o teatro) e ensaístico (trabalha temas que propõe reflexões a respeito de assunto literários, contemporâneos, etc) exemplos ensaios e artigos.
· De acordo com Platão a proposta clássica é dividida em lírica, narrativo (épico) e dramático.
· 3 funções da linguagem manifestadas em qualquer obra literária:
1. Função expressiva, sensibilidade, que está mais ligada ao gênero lírico.
2. Apelo ou função apelativa, que vai representar a realidade com o objetivo de convencer o leitor de que aquilo é possível e verossímil.
3. Função informativa, referencial, que vai representar a realidade pela inteligência, com tentativas mais objetivas que subjetiva.
· No entanto na prática as obras são em grande parte hibridas, ou seja, com mais de um tipo de função como por exemplo as obras épicas que são poéticas, estruturadas em versos, mas são narrativos pois contam histórias. Dessa forma uma história é classificada com lírica, narrativa ou dramática baseado nos elementos que prevalecem, que apresenta predominância de características de algum tipo.
· O eu lírico (ou eu poético) não é o autor da obra nem deve ser confundido com um personagem, e sim, um ser fictício que está envolvido na história, que expressa sentimentos presentes na alma humana, que mostra algo que poderia ser real mas que é ficcional.
Aula 8
Poesia = arte de escrever em verso. É também expressão de beleza, de encanto, de ternura e comoção.
Poema= é em si o próprio texto poético o texto na sua forma de composição.
Estrutura= versos (linhas, unidades) que sãoassim estruturadas para criar um ritmo; estrofes, agrupamento de versos; métrica, denomina o tamanho de um verso (metro), são medidos pelo numero de silabas poéticas, que tem haver com o som de cada silaba (oralidade)a pronuncia de cada palavra no poema e não com a separação de silaba gramatical; rimas são as coincidências de sons que ocorre nos poemas geralmente no fim dos versos; ritmo é produzidor intencionalmente pelo arranjo linguísticos dos sons, das pausas e da tonicidade das silabas poéticas.
· Para Platão, gênero narrativo podia ser qualquer texto produzido por prosadores ou poetas, ele considerava pertencente a esse gênero tudo aquilo que estava relacionado a acontecimentos humanos, sejam eles presentes, passados ou futuros. Ou seja, fariam parte do gênero narrativo até mesmo a tragédia e a comédia, pois traziam aspectos da vida humana, mesmo que fossem feitos e produzidos para a dramatização.
· O gênero narrativo tinha uma necessidade de recriar acontecimentos e para isso criou-se diferentes maneiras de ficção. No caso da ficção (conto, romance, novela) e da epopeia, a interpretação é expressa por meio de uma história.
· A ficção se distingui da história e da biografia por essas serem narrativas de fatos reais, a ficção é produto da imaginação criadora, embora como toda arte, sua raiz mergulhe na experiencia humana.
· A ficção então não é só retrato da realidade, mas ela cria, reinterpreta a realidade.
Aula 9
Espécies narrativas
· Romance= é a modalidade de maior importância dentro da constituição narrativa, pois a visão de mundo do autor se manifesta pelo forte conflito dos personagens. O romance é a representação mais próxima do que é a sociedade no momento em que essa obra foi produzida. Vários assuntos são tratados, históricos, psicológicos, experimentais, científicos, policiais, etc. O romance é o gênero que substitui a epopeia pois traz as narrativas escritas em prosa e não me verso como no gênero épico. Tem uma extensão mais longa e traz histórias da burguesia.
· Novela= sua ação é plural, ou seja, possui uma serie de unidades dramáticas (núcleos), personagens com suas histórias diferentes com começo meio e fim. Diferente do romance que geralmente possui um personagem central e a história se desenrola em torno dele. Na novela há o tempo da narrativa, que acompanha a linearidade da história, sem haver uma restrição cronológica e o tempo histórico que é o tempo presente, que permite passeio entre passado, presente e futuro, é convencionado socialmente (calendário, relógio). Possui espaços também plurais, em que os personagens possam transitar entre um núcleo e outro e sua linguagem é mais direta e despojada, a linguagem é muito clara e faz com que os leitores entendam logo a mensagem. O trânsito dos personagens entre um núcleo e o outro faz com que vários podem ser destaques ou seja, protagonistas, e ao mesmo tempo coadjuvantes nas histórias e núcleos de outros personagens.
· Epopeia= gênero que deu origem ao romance. É uma narrativa heroica. Tem estrutura de poesia (em versos) porém com o objetivo de narrar grandes feitos de uma nação, por isso representa uma cultura. Todos os eventos narrados na epopeia são sempre de cunho ideológico, por isso que seus pontos chave são os documentáveis relacionados a história de uma nação ao prognóstico de um futuro. Seu protagonista sempre tem uma função de herói da pátria, um ser patriota.
· Conto: gênero de histórias mais curtas, paga-se uma unidade dramática para ser contada que represente o todo. Apresenta concentração de elementos em uma só unidade dramática, com um único eixo temático e um único conflito, ou seja, apresenta os mesmos aspectos do romance só que de forma mais condensada.
· Crônica: caráter jornalístico, temas do cotidiano geralmente com humor e traz uma visão diacrônica com relação aos acontecimentos.
Aula 10
Gênero dramático: origem grega na antiguidade clássica, tem relação aos cultos e rituais ao deus Dioníso (deus do vinho, da metamorfose, das festas).
· Textos feitos e escritos para serem encenados, para serem vistos como espetáculos. Alguns possuíam a presença de um narrador. Dessa forma pode-se dizer que no âmbito da literatura é chamado de peça teatral (texto teatral), no âmbito do teatro é chamado de espetáculo, representação, pois corporifica o texto por meio das ações trazidas no diálogo.
· O teatro moderno (a partir do século XX) não tem mais uma pretensão de ser cópia da realidade, procura estabelecer uma quebra da relação entre palco e plateia, quebrando assim a ilusão ao confundir o tempo e o espaço dramático com o presente da plateia.

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