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>'.i a Psicoterapia Analítica Funcional .fltm.AmoreBehaviorismo 'iborfl, JonathanW. Kante', Barbara Kohlenfcerg. William C. Fo,Iette, Glenn M. Callaghan A-wíPco »u-cion«- (FAP) «liava entro as «ovas a p»>coDfl<a comportamental devoro .ser incorpqrada mau ria a P.icotogia Neste tio esperado votime. kdcr»t da FÃP >< 'envolveu, o oftrecom om gua para sua Piplamantaçâocínica " outros tratamento», a FAP laia »obre alguns dos assuntos . . utom . . podo impulsonar o i/abatx» dinco vrtuatucnte. ngem at0«c"<:a 00 pfofssonai Atamente recomanda.0» * Ui»s . Ph O . Ufitnt/ c*'«c.3íj . r«i cftict ê mthor oportunidade pa-a o dese«.o«.fiafito da i' "'nante »ite,jra*»a; ai?o jamais voto nessa Ma Cite guO de i. . eiciante» hortfontw para terapeutas da tedo» 01 referenda» -n portanto» do psicoterapia há décadas." innan, PhD , Unlvoraltjr o( Winsconsin Sc«ool ot Mndclno and i abordagem para a terapia Que enfatua de forma oetín o uso Ca um exemplo da» roUçées Interpessoais aprendida» Usando wmj principio» de aprendizagem com habildades de interajo clinica. a "" .«I ajuda o» cllontos a aprender o Que fazer ou nJo fazer p*ra i. in ou necosutam obter. Tudo rsso é ricamente íbítrado cot i clincos tino nuxlum o terapeuta por meio de um guia daro.a r4*gem na terapia.* * :-* . V '.oidtrtrd . Ph D. Stony Brook Unwertty « »' -coterapa Ana. «a Funccfl tem Iracdo no*o» vgn*c»íoi . » «eiacâa» 0*nte-terapeuta ao tocar nas *xmasde«ada*effl ç-o . . dos clientes ocorrem na» usM» terapeutas O «odei das "idem ajudar o» dentes em questOes varadas como o depressão. i'"t"tado . transtornos de personalidade, problemas do self,acuso . de seus Sintoma» o mergulhar em tua paixão peta «ida e pelo i . PsKotorapla AnaWica Funoon»!. »eu» criadores Mavis Tsai o i" a outro» pratico» da FAP para apresentar um oxabout® tratamento» que levam os toiíom» por antro a» profunda» ide» do» la<os tarapéutco». Este i*ro também enfatiza como ' a n Adlf toma máximo o uso clinico da unicidade de cada ciente - e pios diittcnba» terapêuticas. . . irilaa» intervenções FAP - :. i r.,6es d» procodmentosde avaUç*o e sessões tcapfeitcás. - i I AP «oanha ou am conoto com outra» terapia» di FAP. desde a prmaira sessão até oCna<ca le-ap-a 1 irraoeuta.a da» questões reôcoada» a superwsio t melhorarem a sooedade: A pratica do "Grttn fW i. lormuldr»» de hodtjack e outras ferram er.tasesaenaa-s da FAP. i transformadora continua a expandir tua influencia. Um Gua para a \t Knal sara uma mrnrencia vital para o desenvoVimento da pratica de danle»de graduação . . .j www.esetec.com.br |Mavis Tsai, Robert J. Kohlenberg, Jonathan W. Kanter. Barbara kohlenberg. Will,am OFollette . Glenn M.Callaghan| Um Guia para a Psicoterapia Analítica Funcional (FAP) Consciência, Coragem, Amor e Behaviorismo Fétima Cristina do Souza Conte e Maria Zilah da S, Brandão] I . . tV . : orjiaadorasJatrtímio Springer Mavis Tsai. Robert J. Kohlcnberg, Jonalhan W. Kanter, Barbara Kohlcnberg. William C. Follette.GlennM.Callaghan Um Guia para a Psicoterapia Analítica Funcional Consciência, Coragem, Amor e Behaviorismo £) Springer ESETec , Prefácio à edição em Língua Portuguesa Ter acesso ao que MavisTsai, Robert J. Kohlenberg, Jonalhan W. Kanler, Barbara Kohlenberg, William C. Follette e Glenn M. Callaghan discutem, e especialmente sobre FAP, c sempre um privilegio c uma oportunidade que nos inspira, instrumentaliza, renova 2 nossa prática clinica e aquece nossos corações, como provavelmente diria Mavis Tsai. Isso tem acontecido desde que recebemos o primeiro artigo sobre a FAP, proposto por Kohlenberg e Tsai em 1987. Sem dúvida , a proposta da FAP foi um marco na história da Análise Clínica Comportamental, como tem sido enfatizado repetidas vezes, por muitos. Para nós , professoras e psicoterapeutas brasileiras, que nos debatíamos para combinar o que fazíamos na prática clínica - provavelmente sob controle das contingências ali vigentes - com o que acreditávamos e sabíamos, até então, sobre Análise do Comportamento, a FAP representou um caminho teórico- prático seguro, capaz de refletir, já em seus primeiros espaços, nossas angústias, esperanças e necessidades. Demonstrava uma consciência ímpar, corajosa e afetiva. das possibilidades que antevíamos para o uso do Behaviorismo na prática clínica, e para entender como nossa interaçào direta com os clientes os afetava. A FAP chegou ate nós como sc tivéssemos tido, com os seus autores , um processo de transmissão dc pensamento. Foi como sc Robert c Mavis tivessem ouvido nossas perguntas c os nossos clientes. Provavelmente estávamos, cm parte, sob controle dc estimulação semelhante proveniente, tanto da relação que estabelecíamos com nossos clientes, como do nosso envolvimento com o estudo do Behaviorismo Radical. Isso talvez explique a sintonia que tivemos desde o início com a proposta da FAP. E, então, já sob controle da FAPe também de outras propostasclínicas comportamentais que nos foram apresentadas, nessa mesma época, por outros profissionais como.no caso daACT, por Steven Hayes, criamos, na Universidade Estadual de Londrina, juntamente com nossos colegas, uma oportunidade única para mcrgulhaimos nessas novas propostas: a primeira Especialização em Psicoterapia Analitico-Comportamental do Brasil (1990). Ali pudemos, com alunos e colegas professores interessados, alem dc compreender mais claramente, revelar as nossas açòes como clínicos, com mais segurança e tranquilidade. Agradecemos hoje, aqui, aos autores da FAP por nos proporcionarem isso. Seguimos estudando, ajudando na tradução e na produção dc textos em português, sobre as novas propostas que vieram a ser classificadas como sendo representantes datcrccira geração das terapias comportamentais, de que a FAPconfigura-se como um dos pilares. Um privilégio! Nào menos importante para nós, está sendo agora a nossa coordenação c participação direta na tradução dessa nova obra sobre FA P, o que realizamos junto com uma equipe cuidadosa, corajosa e que tem participado conosco da deliciosa c desafiadora missão de enriquecer a prática clínica por meio da FAP. Agradecemos a Murilo N. Ramos e Simone Martin Oliani pelo capítulo I; Camila Carmo de Menezes, íria Siena e Marina Tropia Fonseca Carioba Arndt pelo capítulo 2; Robson Zazula, Graziellc Noro, Regina Christina Wielenska e Fátima Cristina de Souza Conte pelo capítulo 3; Fábio Brinholli e Vera Lúcia Menezes Silva pelo capítulo 4; Marina Tropia Carioba, Maria Zilah Brandão e Alice Maria Delitti pelo capítulo 5; Camila C. de Menezes , Josy Moriyama c Paula Renata Cordeiro pelo capítulo 6; Simone Martin Oliani e Victor Hugo Bassetto pelo capítulo 7; Mariana de Toledo Chagas e Fátima Cristina de Souza Conte pelo capitulo 8; Natália Mendes, Priscila Dcrdyk e Fernanda Brandão pelo capítulo 9. Agradecemos de forma particular aos amigos e colegas Marina Tropia Carioba, Guilherme Dutra Ponce e Victor Hugo Bassetto, colaboradores especiais na tradução, revisão c organização do livro e que conseguiram, ao prover contingências naturais reforçadoras positivas, manter a união do grupo de trabalho em torno de nosso objetivo máximo: a tradução desta obra. Estamos cientes do quanto todos os que aqui mencionamos se empenharam para serem fieis ao conteúdo proposto pelos autores e mesmo à linguagem por eles escolhida, que por vezes apresentava descrições e explicações difíceis de serem traduzidas sem que se perdesse o olhar behaviorista radical. Da mesma forma como ocorreu com o livro original que reuniu vários psicólogos FAP , uma grande equipe se organizou aqui para produzir a sua tradução, que provavelmente, irá salientar os diferentes estilos dos membros do grupo. Pensamos nesse grupo como uma grande família FAP, cm que cada um de seus membros oferece alguma contribuição. Por fim,reconhecemos que nossa prática clínica melhorou muito a partir da FAP , tomou-sc mais eficiente e afetiva, segundo o que nos revelam nossos clientes. Ela também nos permitiu declarar nosso amor por eles, ao mesmo tempo em que abriu caminhos para que nos tornássemos mais conscientes da função e da força que as nossas ações poderiam ter junto a cada um deles. Esperamos que essa tradução facilite, ainda mais. o contato dos leitores com a FAP, que eles possam saboreá-la, e que isso os tome mais felizes em suas ações como terapeutas c como pessoas, integralmente. Boa leitura a todos! Fátima Cristina de Souza Conte Maria Zilah Silva Brandão Prefácio Nosso primeiro livro. Psicoterapia Analítica Funcional: Criando Relações terapêuticas Intensas e Curativas , foi publicado há quase duas décadas. Terminamos o manuscrito um dia antes do nascimento de nosso filho c , assim como ele cresceu e prosperou, o mesmo ocorreu com a FAP. Concluímos o livro com a seguinte afirmação: "Se esse livro produzir ao menos uma significante e intensa relação clicntc-terapeuta, que caso contrário nào teria acontecido , ele terá sido útil " . De fato , baseado no retomo que recebemos , inúmeras intcraçòcs significativas têm ocorrido como resultado da utilização dos princípios da FAP pelos terapeutas. Nosso livro foi traduzido cuidadosamente para o português (Raquel Kerbauy, Ph.D, Fátima Conte, Ph.D., Mali Delitti, Ph.D. , Maria Zilah Brandão, M.A., Priscila Dredyk, M . A ., Regina Christina Wielenska, Ph.D., Roberto Banaco , Ph.D., e Roosevelt Starling, M.A.)Japonês (Hiroto Okouchi, Ph.D. Takashi Muto, Ph.Dom, Akio Matsumoto, M.A., Minoru Takahashi, M.A., Toshihiko Yoshino , Ph.D, Hiroko Sugiwaka, Ph.D, Masanobu Kuwahara. M.A. , Yuriko Jikko , M.A.,eMariko Hirai, M.A.)ees/>ai/fo/(Luis Valero, Ph.D,Sebastian Cobos, B.A., Rafael Ferro, Ph.D, e Modesto Ruiz, M.A.), e apresentamos muitos seminários nacionais c internacionais para audiências entusiasmadas. A relevância das regras da FAP e de sua metodologia mostra-se universal para todos os terapeutas que desejam criar relações terapêuticas mais intensas e curativas. Para aqueles que não estão familiarizados com os fundamentos da FAP , o capítulo 1 deste volume oferece uma introdução que detalha os princípios behavioristas sob os quais a FAP foi fundada. Mesmo que a FAP tenha um longo caminho a percorrer até que se torne um tratamento cientificamente embasado , os pressupostos básicos da FAP- A importância da relação terapêutica e o uso de reforçamento natural para modeiar os problemas dos clientes que ocorrem na relação terapêutica - são robustos. c evidências de áreas múltiplas e variadas dc pesquisa que sustentam estes princípios são descritas no Capítulo 2. A FAP, quando conduzida adequadamente, requer uma avaliação e formulação de caso completa e acurada , tópico destinado ao Capítulo 3. O centro da metodologia da FAP c elucidado no capitulo 4, que discute a Técnica Terapêutica e as Cinco Regras. No Capitulo 5 discutimos, em termos behavioristas, como a experiência do self é criada, e porque o senso de self é necessário para que o individuo pratique o mindfulness. O desenvolvimento da intimidade c a forma pela qual ela pressupõe que tanto o cliente quanto o terapeuta corram riscos é tópico do Capítulo 6. No Capítulo 7, " O Curso da Terapia" descrevemos um tratamento típico da FAP do inicio ao fim. O Capítulo 8 cobrc tanto modelos individuais quanto grupais dc supervisão, e também oferece sugestões para o desenvolvimento pessoal dc terapeutas. Os terapeutas que acreditam que o mundo está cm uma encruzilhada para a sobrevivênciae desejam ir além do tratamento dos sintomas dc seus clientes, trazendo a tona o melhor self destes e um comprometimento ati vista. vão se identificar com as ideias do capitulo 9. "Valores na Terapia e a Green FAP. " A linguagem behaviorista c os conceitos usados ao longo deste livro ajudam n trazer insights novos e mais precisos ao fenómeno clinico. Essa terminologia não foi desenvolvida no ambiente psicoterápico, todavia, por consequência, pode ser usada da mesma maneira para comunicar-se sobre a experiência clinica. Ao escrever este livro percorremos uma linha entre a linguagem dos behavioristas c aquela usada pela maioria dos clínicos, c buscamos tirar proveito da riqueza dc ambas. Para aqueles que preferem a linguagem do dia a dia. nós enfatizamos a consciência, a coragem c o amor terapêutico, porque essas qualidades são importantes ao programar as regras da FAP. Seja quai for sua orientação, esteja onde você estiver na sua jornada individual como terapeuta, esperamos que as ideias c informações contidas neste livro possam inspirá-lo a ser mais consciente, corajoso e amoroso com seus clientes, e que eles reforcem seu comportamento de agir dessa maneira. I malmente, gostaríamos de enfatizar que a terapia não é somente uma questão dc seguir regras e aderir a medidas. A cada momento que você interage com alguém, você tem a oportunidade de refletir sobre o que é especial c precioso sobre esta pessoa, para curar uma ferida, para criar proximidade mútua, possibilidades c mágica. Quando você cone riscos e feia a sua verdade compassivamente, você dá aos seus clientes aquilo que só você pode dar - seus pensamentos, sentimentos e experiências únicas. Ao fazer assim, você cria relações que são inesquecíveis. Quando você toca o coração de seus clientes, você cria um legado de compaixão que pode afetar gerações que ainda nem nasceram. Seatle, WA. USA Mavis Tsai Robert J. Kohlcnberg Agradecimentos Mavis Tsai Bob Kohlcnberg e eu solicitamos Jonathan Kanter, Barbara Kohlcnberg, Bill Follctc e Glcnn Callaghan a serem coautores deste volume, porque cada um deles dedicou um tempo significativo de suas carreiras para pensar, desenvolver , ensinar, pesquisar, praticar c escrever sobre a FAP. Eu gostaria de agradecer especialmente a Jonathan, cuja contribuição a este livro nos ajudou a concluí-lo dc maneira oportuna. Quando sua tarefa era escrever ou editar material significativo, cie estava sempre muito disposto. Também gostaria de agradecer aos coautores pelo trabalho atento e sólido. Sou gr-Hn a Bob , meu parceiro devoto, que faz da vida um playground de trabalho c amor. Indepcmlentemente daquilo que estamos traballiando juntos, ele apoia, enfrenta, encoraja e desperta o meu melhor. Sou grata ao apoio dc meus queridos amigos ao longo do processo da escrita deste livro. Quero agradecer a meus colegas próximos e distantes, cuja aprovação das contribuições da FAP para seus trabalhos cncreiza-me e sustenta-me Gostaria de valorizar nosso editor da Springer, Sharon Panulla, por reconhecer a importância da FAP e por nos assistir ao longo do processo dc publicação. Nossa editora dc reprodução, Jamie Busby Grant, fez um trabalho soheitwe consciencioso ao publicar nosso manuscrito final . Sou grata aos meus clientes c alunos antigos e atuais que modelaram aquilo que sou como pessoa; supervisora, professora c psicóloga clinica - Amo vocês mais do que vocês possam imaginar. Robeii J. Kohlcnberg Tornei-me behaviorista radical na faculdade , muito antes de haver algum tratamento dito Skinneriano para pacientes clínicos adultos. Eu estava erroneamente convencido dc que alguém logo desenvolveria tal abordagem. Esperei, o tempo foi passando e. eventualmente, perdia as esperanças de que uma terapia clinica embasada no behaviorismo radical poderia vir a existir. Enquanto isso, assistia a Mavis fazer "mágica" na sala dc terapia, parecendo transformar todos aqueles que trabalhavam com ela - desejava poder entender e lazer o que ela fazia. Depois, cm 1 ORO, minha filha Barbara Kohlembcrg disse: "Gostaria que fosse a um encontro da ABA (Associação de Análise Behaviorista) comigo e a&sistúse ao seminário de meu orientador, Stcve Haycv Você precisa ver o que ele está fazendo". Steve mostrouque o Behaviorismo Radical poderia conceituar a terapia de pacientes atendidos cm consultórios c iluminou o caminho para que cu seguisse cm frente. Em seguida, com a colaboração próxima da minha preciosa c inspirada parceira, ix Mavis, com considerável empenho, tempo c amor, desenvolvemos um entendimento de como descrever c reproduzir os resultados terapêuticos poderosos que ela obtinha. Meu querido colega de trabalho e falecido amigo, Neil Jacobson. apressou-nos para que escrevêssemos sobre o que estávamos fazendo , c a FAP nasceu oficialmente. Nessa época, minha amiga c colega de trabalho, Marcha Linehan, ajudou-nos a colocar a FAP "no mapa " ao dizer a seus alunos e associados que eles precisavam entender a FAP para que aluassem bem usando a DBT (Terapia Dialctica Comportamental). Gostaria de agradecer aos coautores Jonathan, Barbara, Bill e Glenn, assim como aos meus outros alunos (todos citados em autores contribuintes). Cada um teve uma contribuição especial para sustentar e fazer a FAP crescer ao longo dos anos. Finalmente, gostaria de agradecer a meus clientes que nutriram pacientemente e desenvolveram minha habilidade para ser terapeuticamentc consciente, corajoso e amoroso. Jonathan W. Kantcr Gostaria de reconhecer o mérito de Mavis Tsai e dos outros coautores por criar um processo de escrita de livro coerente com os temas do livro - um processo em que tanto CRBis quanto CRB2s ocorreram para todos nós, sempre conduzidos amorosamente cm um espirito de produção do melhor livro possível. Também gostaria de agradecer a Robert Kohlenberg pelos anos cm que instruiu e modelou minha forma atual de um cientista do comportamento e praticante da FAP. Meus alunos - Sara Landcrs, Andrew Busch, Keri Brown, Laura Rusch, Rachel Manos, Cristal Weeks, William Bowe, c David Baruel» - continuam a ocupar um lugar de destaque no desenvolvimento da minha compreensão e abordagem da FAP c merecem meu completo reconhecimento. Para finalizar, gostaria de reconhecer minha esposa, Gwynne Kohl, por seu sólido apoio c tudo que ela faz nos bastidores para facilitar meus esforços contínuos cm prol da construção de uma carreira produtiva e significante. Barbara Kohlenberg Gostaria dc agradecer, com todo meu corado, minha mãe e meu pai, Joan Giacomini e Bob Kohlenberg, por me prover de um amor firme e compassivo ao longo de minha vida. Dc fato, o amor que ofereço ao mundo e, particularmente, a maneira como o amor ocupa meu trabalho clinico, minhas amizades c minha família, sào extensões do amor que senti a vida toda. Tambcm gostaria de agradecer aos meus amados amigos, Liz Gifford c Debra Hendrickson, que me lembram da importância de ser verdadeira cm todas as minhas ações. Minha vida intelectual foi profundamente modelada por Steve I laycs, que conduziu meus pensamentos desde a graduação até o dia de hoje. Gostaria de agradecer a Mavis Tsai, cujo amor por meu pai e cuja coragem como clinica , pensadora e amiga, tem sido profundamente significativa para mim. Meus colegas do departamento de psiquiatria, particularmente David Antonuccio c Melissa Piasecki , que me têm sido uma fonte inesgotável dc apoio. Recentemente, meu colega Maik Broadhead tem dividido tanto seu coração, quanto seu intelecto comigo, e tem me ajudado a não me sentir só nos momentos difíceis . Sou grata a todos os meus pacientes que ao longo dos anos mc concederam o privilégio dc ouvir a história dc suas vidas c mc permitiram dividir com eles suas alegrias e angústias. Meu marido, Steve Davis, que tem me ensinado tanto sobre amor c paciência. H, por fim, às minhas crianças, Hanna c Jack, que me fazem lembrar todos os dias que o amor é tanto sentir como fazer , c que me deram o presente dc ser sua mãe. William C. Follete Eu agradeço a todos aqueles que modelaram meu conhecimento , cuidado e humor. Não tenho ideia de quem são todos voccs c dc como fizeram isso . Eu posso agradecer a Bob Konienberg. que tem sido um mentor c amigo nos bons momentos e em tempos difíceis. A todos os meus alunos antigos c atuais; talvez vocês nunca saibam como eu continuo aprendendo com vocês. Se alguém é afortunado, encontrará um amigo pelo caminho que estará lá para quando for necessária a presença de outro para rir junto e, algumas vezes , dc você; aceita sua amizade e oferece a dele cm troca. Glenn Caliaghan é desses amigos. Gostaria dc agradecer a Laura, mamãe c papai, Dcbbic c todos aqueles que iniciaram a jornada comigo, mas não puderam chegar ao final. Glenn M. Caliaghan Gostaria de agradecer a minha querida esposa, parceira c colega, Dra. Jennifer Gregg, por seu amor, compaixão, orientação intelectual e apoio. Sem ela , cu não seria o terapeuta FAP ou académico que sou hoje. Mais que isso, não seria, sem ela, a pessoa que sou. Minha relação com Jcn, Hopc c Jack é a mais imponante que cu terei. Minha profunda apreciação vai para Bob Kohlenberg e Mavis Tsai, pelo convite para que cu fosse parte deste livro e pelo encorajamento c compreensão no processo dc minha* contribuições. Gostaria de agradecer a Bill Follete por ser o melhor colega e amigo que eu jamais imaginei encontrar nesse campo. Não seria parte deste livro , um terapeuta FAP ou mesmo a pessoa que sou hoje sem sua gentileza, paciência c humor ao longo dos anos. Gostaria dc agradecer a lodos os meus clientes FAP por s»ir.s ajudas cm modelar a maneira mais efetiva que faço FAP, com abertura, graça c coragem que eles têm me mostrado Sumário I O que é Psicoterapia Analítica Funcional (FAP)?.2 I Robert J. Kohlcnbcrg, Mavis Tsai c Jonathan W. Kanter 2 Linhas c evidências que dão suporte à FAP 43 David E. Baruch, Jonathan W. Kanter, Andrew M. Busch, Mary I). Plummer, Mavis Tsai, Laura C. Rusch, Sara J. Liindes, & Gareth I. Holman 3 Avaliaçfio e Formulação de Caso...61 Jonathan W. Kanter, Cristal E. Weeks, Jordan T. Bonow, Sara J. I.andes, Glenn M. Callaghan. & William C. Follcte 4 Técnica Terapêutica: As Cinco Regras -...- 89 Mavis Tsai, Robert J. Kohlenberg, Jonathan W. Kanter, & Jcnnifer Walt/ 5 Self e Mindfulness-139 Robert J. Kohlenberg. Mavis Tsai, Jonathan W. Kanter, e Chauncev R. Parkcr 6 Intimidade ____---171 Robert J. Kohlenberg, Barbara Kohlenberg e Mavis Tsai 7 O Curso da Terapia: Fases Inicial, Intermediária e Final da FAP. 187 Mavis Tsai, Jonathan W. Kanter, Sara J. Landes, Reo W. Newring e Robert J. Kohlenberg. 8 Supervisão e Desenvolvimento Pessoal do Terapeuta.211 Mavis Tsai, Glenn M. Callaghan, Robert J. Kohlenberg, Willian C. I ollcie, and Sabrina M. Darrow 9 Valores na Terapia r Green FAP..-.249 Mavis Tsai, Robert J. Kohlcmbcrg. Madelon Y. BollingcChristeine Terry Apêndices--267 índice Remissivo-267 nu Autores Principais Mavis Tsai , Ph.D., uma das coordenadoras da FAP, psicóloga clínica autónoma. E lambem Dirctora da Clínica de Especialidade FAP inserida nos serviços de psicologia e no ccniro dc treinamenlo da Universidade de Washington, onde alua como professora, supervisora e está envolvida cm pesquisa em desenvolvimento de tratamentos. Suas publicações e apresentações incluem trabalhos sobre tratamentos de transtorno de stress pós-tiaumático e trauma interpessoal com a FAP, desordens do self, questões dc poder na terapia de casal , incorporação da sabedoria oriental na psicologia, racismo e grupos minoritários, ensinar os jovens a serem ativistas da paz e fortalecimento da mulher via reivindicação dc reconhecimento e paixão. Tsai está no Fullbright Sénior Specialisis Roster, já conduziu sessões do "Masler Clinician" na Associação dc Terapia Comportamental c Cognitiva c liderou numerosos workshops nacionais e internacionais. Ela está interessada cm abordagens multimodais de orientação comportamental que tratam e engrandecem mente , corpo, emoções c espirito. E-mail: mavis@u.washington.cdu Rahcrt./. Kohlenberg, Ph.D., ABPP, é um dos coordenadores da FAP, professordepsicologia da Universidade dc Washington, onde ocupou o cargo de Diíetor de Treinamento Clínico de 1997 a 2004. A Associação dc Psicologia do Estado de Washington o honrou com o Prémio "Distinguished Psychologist" em 1999. Ele está no Fullbright Sénior Specialisis Roster e já conduziu sessões do "Masier Clinician" e do "World Round" na Associação de Terapia Comportamental e Cognitiva. Já apresentou workshops sobre FAP tanto nos Estados Unidos quanto internacionalmente e já publicou artigos sobre enxaqueca, transtorno obsessivo compulsivo, depressão, intimidade da relação terapêutica e abordagem FAP da compreensão do self. Kohlenberg obteve fundos dc pesquisa para o desenvolvimento da FAP. Seus interesses atuais são identificar os elementos da psicoterapia efetiva, integração das psicoterapias e o tratamento dc comorbidades. E-mail: fap@u.washington.edu Jonathan W. Kanter , Ph.D., c professor assistente de psicologia, diretor da Clínica Especializada no tratamento da depressão c coordenador da clínica de psicologia da Universidade de Wisconsin-Mihvaukee. Suas pesquisas são focadas na ativação comportamental, nos mecanismos de ação na FAP e no estigma relacionado à depressão. Ele já apresentou vários workshops sobre FAPc fcmcce supervisão clínica em FAP e Análise do Comportamento. E-mail: jkanter@uwm.edu Barbara Kohlenberg, Ph.D., é professora associada â Escola dc Medicina da Universidade de Nevada, Departamento de Psiquiatria c Ciências Comportamentais. Ela tem interessecspccia! cm combinar a I Al,com a Terapia dc Aceitação c Compromisso. Ela tem sido a principal investigadora c co- invcsiigadora nos FundosN IH focados rio desenvolvimento de tratamentos que utili/am a FAP c a Terapia dc Aceitação c Compromisso, nas áreas dc ndicção, estigmatização e Inimout. Seus interesses incluem FAI>, A(T e os elementos de unta psicoterapia bem sucedida. Ela também está interessada em treinar estudantes de medicina em técnicas de entrev isU paia que isso seja usado no atendimento médico. E-mail: bkohlenbCTg@mcxlicine.nevada.edu Hlllium C Folltrtte, PhJX, c professor associado dc psicologia na Universidade de Nevada, Reno, onde é, axialmente. o diretor de treinamento clínico. Conduziu vános uorkshops de FAP e conduz um grande grupo dc supervisionado# na UNR. Apresentou numerosos painéis e simpósios em encontros nacionais na Associação de Terapia Comportamental e Cognitiva ena Associação de Análise do Comportamento. Ele obtém fundos do NIMH (Instituto Nacional dc Saúde Mental) para estudar a FAP como uma forma dc intervenção para dependentes dc ben/odiazepinicos. Além de seus interesses cm pesquisa dc tratamento e em desenvolvimento c clínica da Análise do Comportamento, ele também conduz pesquisas na aquisição de habilidades interpessoais complexas, depressão c avaliação funcional. E-maii: foJlcitCiJ unr.edu Glenn M. Ca/laghan, Ph.D., é professor dc psicologia na Universidade Estadual dc San José. na Califórnia. Ele publicou uma variedade de artigos sobre FAP abordando desde conceitos comportamentais até pesquisa metodológica essencial dc desenvolvimento da FAPpara promoção de estudos em assuntos específicos. Ele e co-autor da Escala de Medida da FAP (FAPRS), um eterna dc cudigus usado para identificar os mecanismos c mudança através da I AP. Callaghan desenvolveu c assinou o Modelo dc Avaliação Ideográfica Funcional (FIAI) c o Modelo dc Avaliação Funcional dc Habilidades dos Terapeutas Interpessoais (FASIF) Seus interesses em f AP estão envolvidos no uso de terapias baseadas. principalmente, nas abordagens comportamentais interpessoais que focam repertórios problemáticos estabelecidos como aqueles observados na depressão nxofTcnte, qi-c são a distimia e os transtornos dc personalidade. Glcnn Callaglian está envolvido com a psicoterapia, a superv isão dc terapeutas FAP. a condução de worhhops que apresentam a FAP para novos terapeutas além dc treinar habilidades FAP para terapeutas intermediários c avançados. F-mail: Glenn.Callaghan@sjsu.edu Autores Colaboradores David E. Haruch Estudante dc Graduação, Cardinal Stritch Univcrsity . Milvvuukee , Wl, USA, debaruch@gmail.com Madclon Y. Bolling, Ph.D. Prática Independente; Instrutor Clinico . Univcrsityof Washington, WA. USA, mbolling@u. washington.edu Jordan T. Ronow Estudante dc Graduação, University of Nevada , Reno, NV, USA .jtbonow@yahoo.com Andrew M. Ruth , >15. Estudante de Graduação, University of Wisconsin- Milvvaukce , Milwaukcc, Wl, USA, ambush@uwm.edu Sabrina M. Darrow , M.A Estudante de Graduação, University of Nevada , Reno, NV , USA. darrow@unr.nevada.edu Carelli I. liolman Estudante dc Graduação, University of Washington, WA . USA, gholman@u.wu»hington.edu Sara J. Eandes , Ph.D. Pós-Doutorado, llarborview Medicai Ccnicr , University of Washington. WA, USA, sjlandes@ u.vvashington.edu Reo W . Newrlng, Ph.D. Pós-Doutorado cm Psicologia, Bchavioral Pediatrics a«d Family Scrv ices Clinic, Boys Town, Great Plains, NE. USA, rwcxncFgu.washington.edu Chauncey R. Parker, Ph.D. Psicóloga Clinica independente, Reno, NV, USA. chaunceyparker@gmail.com Mary D. Plummer, Ph.D. Psicóloga Clínica Independente; FAP Clinic Supervisor. University of Washington, WA. USA. marydp u. Washington edu I -aura C. Rusch. MS. Estudante de Graduação. University of Wisconan- Milwaukee , Milwaukee, Wl, USA. IrusclKíi uwm.edu Christine Tcrry Estudante dc Graduação, University of Washington, WA , USA. cmt3@u.washington.cdu Jennlfer Waltz , Ph.D. Professor Associado dc Psicologia. Univeruly of Montana , Missoula, MT, USA, jennifer.wallz( mso.umt.edu Cristal E. Wccks, \1.S. Estudante dc Graduaçfio, Universily of Wisconsin- Milwaukce, Milwaukee, WI, USA, ccweeks@uwm.edu Sobre os Tradutores Alice Maria C. Delilti, Doutora em Psicologia, Professora e supervisora - PUCSP c USP , Analista do Comportamento, malydel@uol.com.br Camila C. dc Menezes , Mestre em Análise do Comportamento pela Universidade Estadual de Londrina , camenezespsi@gmail.com Fátima Cristina de Souza Conte, Doutora em Psicologia Clinica pela Universidade dc Sào Paulo. Mestre cm Psicologia Clinica pela Pontifícia Universidade Católica dc Campinas. Especialista em Ensino Superior dc Psicologia pela Universidade Federal de São Carlos - SP. fcontc@sercom tel .com .br Fernanda S. Hrandão Gonçalves, Mestre cm psicologia clinica pela Universidade dc São Paulo, fernandasilvabi-andao@gmail.com Fábio B. da Silva , Graduando da Universidade Pitágoras - Londrina, fabiobri nhol I i @hotmail.com Grazicllc Noro, Especialista cm Ncurociència pela Pontifícia Universidade Católica - PR c mestranda em Análise do Comportamento pela Universidade Estadual dc Londrina, gra.noro@liotmail.com Guilherme I). Ponce, Graduando da Universidade Estadual de Londrina , guiponcc@hotmail.com Josy de S. Moriyama, Doutora em Psicologia Profissão e Ciência pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Docente vinculada à Universidade Estadual de Londrina , josyama@hotmail.com Maria Zilah da S. Brandão , Mestre em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, zilah@sercomtcl.com.br. Mariana de T. Chagas, Mestranda em Análise do Comportamento pela Universidade Estadual de Londrina , mtchagas@yahoo.com.br Marina T. F. C. Arndt , Pós-graduanda em Análise do Comportamento Aplicada pela Unifil,m2ritropia@hotmail.com Murilo N. Ramos , Mestrando cm Análise do Comportamento pela Universidade Estadual de Londrina , muramos@hotmail.com Natalin M. F. da Rosa, Especialista, Meslranda em Análise do Comportamento pela Universidade Estadual dc Londrina, nai _ mendesf@yahoo.com.br Paula Cordeiro, Graduanda da Universidade Esladual dc Londrina, cordeiro- paula hoimail.com Priscila Derdyk, Mestre em Psicologia pela Westcm Michegan Univcrsity, prisdcrdyk@uol.coin.br Regina Chrisfina Wlclenska, Doutoraem Psicologia Experimental pela USP-SP, wielensk® uol.com.br Rohson /-azula, Especialista em Gestão de Pessoas, Mestre cm Análise do Comportamento pela Universidade Estadual de Londrina, robson/a/ula@gmai l.com Simone M. Oliani, Especialista em Psicoterapia na Análise do Comportamento - UEL, Mestranda cm Análise do Comporlamcnio pela Universidade Estadual de Londrina. Docente na I acuidade Pitágoras - Londrina, oliani@scrcomtcl.com.br Vem Lúcia Menezes S., Mestre em Psicologia Clinica. mene/cs@sercomtcl.com.br Victor II. Bassetto, Graduando na Universidade Pitágoras Londrina, victor _ bsl ã.hotimi l.com iria S. Siena, Graduanda em Psicologia na Universidade Esladual de Londrina.iasiena@gmail.com Capítulo 1 O que é Psicoterapia Analítica Funcional (FAP)? Robcil J. Kohlcnbcrg, Mavis Tsai c Jonathan W. kanter Imaginamos que você, que neste momento está cometendo a ler eslc livro , esteja intdectualmenle curioso e também ansioso pua expandir suas lubilniadcs terapêuticas. Provavelmente vocc já teve experiências usando a I AP c quer investigar mais sobre o assunto , ou talvez, este seja seu primeiro contato. Sc vocc nào sa!>e exatamente o que é a FAP, provavelmente está esperando uma definição dc dicionário , que tenha passado pelo crivo behaviorista , ou procurando uma resposta que esteja mais dc acordo com a sua intuição. Contudo.de acordo com a abordagem behaviorista que adoiamos neste livro, acreditamos que não existe "o melhor" cm termos absolutos c independentes do contexto , no que se refere unto às definições, como às intervenções terapêuticas ou teorias subjacentes. Ao invés disso , consideramos que "o melhor " sempre depende do que se está tentando realizar . A FAP c uma terapia ideográfica c que é experimentada de forma diferente por cada um que têm aprendido, praticado, procurado, recebido , pesquisado, ensinado ou esento sobre ela. Assim , começaremos com uma ampla variedade dessas cxpcricncias. Esperamos que ao menos uma delas irá loca-k) . I) Uma cliente Uma clienle vem sofrendo com sintomas dc TEPT" após experiências negativas envolvendo profissionais da saúde nos quais confiava. Dc acordo com a literatura de TEPT . ela leria uma predisposição, uma vulnerabilidade que seria responsável pela intensidade e a gra\ idade incomuns dos seus sintomas. Sua história incluía abandono precoce , falta dc cuidados por parte dc pessoas cm quem confiava e morte de familiares próximos. A seguir, pequeno resumo de um e-mail onde ela descreve suas reaçòcs á scssào dc terapia realizada com RJK. alguns dias antes. Vooí tonpre »«r. me pcpinuòo tobcc associação li»rc. c nctu msohl cu acortkt i» 6 30. cantada ditso. Eotio. aqui vai Eu fico mc perfumando . Por q«c você wm uòo K I KOil.nl.., «0111101 IMIWIIMIII nf Iqtoomy, tinon-r d WAMIW-HH. UNA. < hi«I r>i>fiu ...iiiitfiiii «u M li»..l Al . A O-b 1 Aio-hmwJ KM 10 O u«i« 11r 1IK« . ! ... é. I- ; i ittTTl*. »«. f 11TOO 21 22 R J.Kohlrnbrtg el al. lio persistente nesse caminho "perverso " dc especular, no qual, você uma hora encoraja ostensivamente minha lijaçlo com você. ao mesmo Icmpo que voei fica falando sobre o fim da terapia, c sobre outros fins lambem? Em que tipo de trégua desconfortável Freud c o» BchavonHa» sc sentariam i mesma mesa c tomaram chi? Bem, me ocorreu que voei esti usando ligação IcrapimicatraasíeríiKia para dc*.scn*ibili<»ção/c.\po*içjo leraptulica Voei fica me pedindo, de novo, de novo, pnrn ficor no limite da minha zona de conforto, na qual se está "conscicnUmcnlc " ligado emocionalmente, confiundo cm wí, realmente podendo <lc cena forniu nnicnl/ur o final c ate saboreá-lo. Terapia dc cxposiçSo baseada na transferência, nio 67 2) Um Estudante de Pós-Graduaçào A FAP me impulsionou a crcsccr c . ser consistente, tanto do ponto dc vista teórico como com rclaçio aos valores, cm todos os aspectos da minha vida A FAP me desafia . ver a terapia pelos olhos do ctienlc. a mc engajar na introspecção c a analisar mais a perada menir, a mim mesmo, c as minhas ir.tcraíòcs. 3) Um Terapeuta Cognitivo Comportamental. Aprender como "estar " na relação terapêutica foi unia das idíias mais valiosas que a I AP mc deu. Agora percebo que. cm boa parte do tempo cm que trabalho com o cliente. fico alento cm corno estou e mc concentro, na ir.tençào dc estar inteiramente presente - isto lera sido um processo poderoso, mesmo quando e desconfortável. Eu fiquei impactado dc modo muito profundo, t.into profissionalmente como pessoalmente. Estou muito mais ciente do meu padrio dc esquiva. Tenho estado mais cm conialo com meu desejo de ligar meu self pessoal c meu self profissional.de um modo mais real, mais humano e mais presente. Aprender a FAP leni sido uma força dc cura c expUisAo, c tom enriquecido muito a minha vida. Tem sido uma experiência dc mudança dc vida 4) Um Terapeuta Dialêtico Comportamental (DBT). A FAP tem a ver com viver integralmente, experimentando as ctnoçdes. arriscando lanlo quanto nossos pacicnlcs, querendo mudar o mundo, desejando aliviar o sofrimento, movendo-se em dircçJo ao amor e à capacidade dc amar Eu simplesmente amei a mistura dc criatividade, superar barreiras, dc intensidade, encontros existenciais e a potente técnica terapêutica. 5) Co-autor do livro A PAP6 unia psicoterapia dc orientação interpessoal desenvolvida para ajudiir n aliviar problemas de dientes que lenham n ver. fundamentalmente, com relacionamentos humanos. O sofrimento do clienle pode ocorrer na presença ou na ausência de pessoal. Contudo, a dor emocional que os cl icmes sentem icm a ver com a sua falia dc vínculos significativos. O que a FAP lem dc único í o uso de concepções comportamentais básicas sobre modelagem e a aplicação dc rtfbrçamceio contingente, durante a tcssSo terapêutica. Na essência da FAPcstt seu mecanismo hipotético de mudança clinica. que ae <tt auaves do responder do terapeuta, contingente aos problemas que o cliente vive. na própria sessi.». nu momento cm que os problemas ocorror 6) Co-autor do livro A FAP usa princípios comportamentais pnra criar um espaço sagrado dc consciência. coragem c amor, ond<' a rclnçAo terapêutica ê o principal veiculo para melhor u c I O que é Psicoterapia Analítica Funcional? transformação do cliente. A FAP modela habilidades interpessoaisefetivasno cliente , promovendo suas habilidades dc (alar e agir com compauio sobre suas verdades e dou. bem como de se engajar otimamente e dar e receber amor in gralmentc Originalmente, nós desenvolvemos a I AP (Kohlenberg & Tsai, 1991) para explicar porque alguns dc nossos clienlcs , recebendo a Terapia Cognitivo Comportamental padrão, exibiam mudanças imprevistas c marcanics cm suas vidas , que iam muito além das expectativas usuais do tratamento. Cada um desses casos notáveis envolvia uma relação tcrapcuta-cliente que ocorria naturalmente e era particularmente intensa, comprometida e emocional. Procuramos explicar essa relação lerapcula-clienlc usando uma análise behaviorista radical (Skinner . 19*45,1953,1957,1974) do processo de psicoterapia, enfatizando a história individual e única de cada um . Certamente a noçSo de que a relação terapeuta-clienle desempenha um papd central na produçio de mudança, encontra-se presente em toda a literatura sobre psicoterapia e tem suporte empírico considerável (ver Capítulo 2). Nossa intenção, ao usar o Behaviorismo Radical para entender este fenómeno , foi fornecer uma nova perspectiva sobre a maneira pela qual a relação terapeuta- cliente contribui para ganhos terapêuticos. Usamos uma abordagem "dc cima para baixo", começando porobservações clinicas das intervenções terapêuticas e seus efeitos , utilizando cntào conceitos comportamentais para explicar tais efeitos. Usamos também uma abordagem "dc baixo para cima", aplicando conccilos comportamentais, aspectos teóricos associados c descobertas de laboratório para dar forma, modelar c refinar as intervenções terapêuticas A FAP, como é hoje praticada , refletc mais de duas décadas deste processo de interaçlo. Uma vantagem fúndamereal da abordagem comportamental contida na I AP é que ela aponta para mecanismos hipotéticos dc mudança que, por sua vez, se prestam a orientações dc tratamento que sâo especificas e passíveis dc serem ensinadas . Conceitos c definições comportamentais permitem aos terapeutas implementar uma ampla gama de mecanismos terapêuticos potencialmente signi ficari vos, tais como "coragem", "amor lerapéutko". "criação de um espaço sagrado" (ver capítulo 4), que não sào comumente tilxjrdados numa terapia cognilivo-comportnmental. Trazer tal coragem eamor para dentro dessas relações com os clientes é um processo difícil, que leva os terapeutas ao limiie da sua zona de conforto - frequentemente evocando esquiva emocional. Nós também buscamos o behaviorismo para facilitar que os riscos assumidos peio terapeuta, dc maneira ctica c responsável, resulicm em benefícios para o cliente. Conceitos Básicos Subjacentes à FAP O Behaviorismo , que está no núcleo da FAP.é facilmente mal compreendido. Por essa ra/ào é apropriado rever alguns conceitos comportamentais básicos e como eles se aplicam à FAP. Encaminhamos os leitores que queiram uma 2t KJ.Kohlenbeig ei at. descrição mais detalhada dc conceitos comportamcniais básicos para o nosso primeiro volume (Kohlcnbcrg & Tsai, 1991) Nesta sessão iremos abordar trás conceitos chave: comportamento como ação, a diferença entre análise funcional e análise topográfica, c reforçamento. Lembre-sc que o Behaviorismo é uma teoria contextual que questiona a existência dc urna realidade lixa e passível dc compreensão, ndotando, ao invés disso, o pragmatismo como critério de verdade (Hayes,Hayes& Reese, 1988; Roche, 1999) A realidade c a noção de realidade, nesta abordagem contextualista que visa compreender as pessoas, é função das histórias expcricnciais únicas daqueles, para os quais unu realidade particular é relevante. Em outras palavras, a percepção que uma pessoa tem da realidade é um produto do contexto na qual esta percepção ocorre. Como o contexto desempenha um papel central nesta teoria, a questão mais importante não é se a leona está certa, cm um sentido objetivo. mas sim se a leoru é útil do pomo dc vista pragmático: ela leva ao desenvolvimento de intervenções terapêuticas úteis, diminuindo o sofrimento humano e facilitando aos indivíduos terem vidas plenas dc signi ficado, produtivas e satisfatórias? Comportamento como Ação O que é comportamento? A maneira tipica com que se responde a esta questão, demonstra uma má compreensão muito comum accrca do Behaviorismo Radical. O comportamento é definido, muitas vezes, dc uma maneira muito restrita, limitando-sc a eventos abertos, publicamente observáveis e não incluindo pensamentos ou sentimentos. Os comportamentos (também conhecidos como atos), contudo, referem-sc, na verdade, a qualquer coisa que uma pessoa faça. O com|>onamenio realmente abrange eventos observáveis como andar, fumar, gntar, falar e chorar e inclui também atos privados (só observáveis pela própria pessoa) como ter um sonho, ver um filme, calcular um troco, sentir-se triste, desejar um dia ensolarado, pensar, ver, ouvir, experimentar e conhecer. Também são incluídos como comportamentos, atividades orgânicas do corpo, como os batimentos do coração. Assim, cada aspecto da existência humana é contemplado nessa definição dc comportamento, na medida cm que os atos sejam expressos através dc verbos - ao invés dc ter memória, a pessoa se lembra; ao invés dc ter um valor, a pessoa valori/a; ao invés dc ter coragem, a pessoa age corajosamente. O behav iorismo é uma teoria dc mudança de comportamento, portanto, se entidades mentais interessantes puderem ser cspccificad-is como verbos, açócs ou processos, as metas do tratamento ficam muito mais claras. l,or exemplo, em vez de ter baixa auto-estima. as pessoas pensam, crcem. estabelecem atribuições, sentem e agem dc manara que outros caracterizam como indicaçio dc baixa auto-estima. Ao invés dc ter problemas com o self. as pessoas apresentam dificuldade cm cxpcricnciar um estado consciência plena, ou se I O que r INuilaqú Aiuliuu» 25 tornam temerosos de relações íntimas . O psicanalista Schafer (1976) chamou atenção para a necessidade dc realizar uma transição similar das estruturas psicanalíticas para processos (verbos), e mostrou a viabilidade dessa proposta . Transcrever, assim , substantivos cm verbos favorece a criação de uma linguagem comum entre diferentes sistemas terapêuticos c auxilia na integração di psicoterapia (Kohlcnbcrg & Tsai, 1994). A seguir estão mais exemplos dc comportamentos como ações. Unhando , cantando, bebendo. A miando , falando, desejando, velejando. Esperando, dançando, tomando notas c voando. Pensamentos c devaneios , branqueamento e ponderando. Pensando em um velho amigo, misturando uma fina mistura , Falando suas verdades , bebendo um vermouth francês. Correndo , arremessando, suspirando, deixando , Arrotando , atirando, assoprando, costurando. Apanhando gravetos, saindo dc uma fria, Soltando gás, pensando sobre o copo. £ comportamento se você o fizer Não imporá que ninguém saiba. Tendo mostrado a importância dos verbos , precisamos ressaltar uma advertência , ou seja, quando vocc vir neste livro um substantivo que sc parece com instâncias mentais , ainda assim estaremos falando dc processos. Contudo , usamos um jeito rápido c prático de transmitir ideias , uma vez que usar apenas a linguagem dos v erbos pode ser complicado e tomar o texto pesado. Análise funcional versus análise topográfica Para ilustrar o que significa análise funcional acompanhe o seguinte estudo dc caso (Haughton A Ayllon. 1965). um dos primeiros relatos na literatura de terapia comportamental. A paciente mostrada na Fig 1.1 passou um longo período de tempo na enfermaria de um hospital psiquiátrico, e onde as opções de tratamentos, medicamentos ou dc suporte comunitário/social eram limitadas. Até este momento , na história da terapia comportamental, os modelos médicos c psicanalíticos dominaram quase todos os métodos do tratamento . Neste contexto , os Drs Houghtor. e Ayllon tentavam demonstrar , desesperadamente, que as contingências de reforço podenam influenciar no comportamento que era considerado, quase universalmente, como " patológico " . Os pesquisadores procuravam descobri rsc os comportamentos ' .Vv-.u tc.Ju. «Ill «Klí.U iiii |H*na cMirniunri»! hur-ln ?*r*ririevr nu |I0«1 26 RJ.Kohlcnbecg cl al. dc segurar uma vassoura c varrer o chão poderiam sei modelados no repertório dessa paciente, usando o cigarro como estimulo reforçador. Após algumas semanas dc "reforçamento " deste comportamento, a paciente gastava sua maior parte do dia segurando uma vassoura. Dois terapeutas dc orientação psicanalítica, que nào estavam cientes do processo de modelagem, foram questionados acerca dos motivos pelos quais a paciente agia daquela forma. Dr A. deu a seguinte explicação: Fig. 1.1 Esboço ds paciente na posição reforçada A vassoura representa para esta paciente, algum elemento dc percepção essencial no seu campo dc consciência. Como isto veio a ocorrer e algo incerto; na perspectiva freudiana, podcr-sc-ia interpretar simbolicamente, ao passo que na perspectiva comportamental, isto poderia talvez ser interpretado como um hábito que se tomoufundamental para sua trunquil idade. De qualquer mune ira, estu é certamente umu forma de comportamento estereotipado, que e comumente visto em pacientes esquizofrénico* bastante regredidos, sendo bastante semelhante ao modo pelo qual crianças pequenas ou bcb6l se recusam i sepaiar-sc dc um brinquedo favorito, um pedaço dc pana etc Dr. B*s relata o seguinte: O constante c compulsivo perambular dela, enquanto segura a vassoura, pode ser visto como um procedimento ntualístico ou uma uçào mágica. Quando a regressão conquista o processo associativo, formas arcaicas e primitivas dc pensamento controlam o comportamento O simbolismo i um modo predominante dc expressão dos desejos profundos insatisfeitos e impulso» instintivos Como mágica, ela controla o» outros, os poderes cósmicos estio ao seu dispor e objetos inanimados sc transformam em criaturas vivas. Sua vassoura pode ser cniào: (I) uma criança que lhe dá amor, que e retribuído com devoção, (2) um simbolo fálico. (3) um cetro dc uma I O qu? é Psicoterapia Analítica Funcional? 27 rainha onípotente. Seu caminhar rítmico c pre-arranjado cm um espaço determinado , nio se assemelha às compulsões de um neurótico , atí porque e um comporta mento muito mais irracional c controlado . Sob o ponto dc vista dc uni pensamento primitivo. este t um procedimento mágico no quai a paciente realiza seu» desejos, expressos através de uma forma que está muito alem da nossa maneira sólida , racional c convencional dc pensar c agir. O que há de errado com tis explicações dadas pelo Drs. A c B? Poderíamos argumentar que eles não se basearam na análise funcional . Finaram em sua inferência de causalidade simplesmente olhando a topografia (aparência forma!) do comportamento. Como behavioristas, procuramos evitar inferências e ao mesmo tempo tentamos descobrir os fatores causais relevantes para explicar o comportamento. Nào e verdade que as explicações dadas pelos Dr A c Dr. B nunca pudessem ser correias. São numerosas as possíveis causas do comportamento da paciente. Sem uma análise funcional , é impossível saber qual explicação c apropriada para aquele "sintoma" , daquela paciente em particular, naquele momento específico. Behavioristas acreditam que o comportamento não tem significado quando separado do contexto. Causas . de acordo com os behavioristas , são estímulos ambientais que influenciam o comportamento, em contextos específicos. A análise funciona! e uma tentativa de identificar esses estímulos c também como eles , historicamente, adquiriram tal influencia sobre o comportamento. Existem basicamente três tipos de estímulos de interesse para a análise funcional. I) Estímulos Reforçadores são estímulos que seguem o comportamento e o torne mais ou menos provável dc ocorrer no futuro . Estímulos reforçadores sào essencialmente , consequências que afetam a probabilidade futura ou a força dc um comportamento particular. Por exemplo, um copo d,água poderia reforçar o comportamento de pedir um copo d,água por uma pessoa sedenta. Na FAP , o reforçamento c o que há de mais importante para sc entender e a chave especial para a FAP c a compreensão dc como o terapeuta pode reforçar, naturalmente, o comportamento de um cliente. 2) Estímulos Discriminativos são estímulos que precedem, dc forma consistente, o comportamento c predi/em que provavelmente o reforçamento poderá ocorcer. Estímulos discriminativos podem ser complexos. No exemplo anterior, um copo d ,água (ou a presença de um copo de água disponível nas proximidades) c uma pessoa que possa ouvir o pedido, seriam estímulos discriminativos para o comportamento de pedir um copo d água. Em outras palavras, estímulos discriminativos são as circunstâncias sob as quais certos comportamentos são reforçados e, portanto, são mais prováveis de ocorrer. Um comportamento que ocorre devido a presença de um estimulo discriminativo e cuja força c afetada pelas consequências, ou seja, pelo reforço, é comumente conhecido como RJ.Kohlrotmg cl »l cornporlamcnlo voluntário c tecnicamente nomeado como "operante " , se utilizarmos terminologia técnica. O comportamento opcianleen volve taiito estímulos discriminativos, como estimulo* reforçadorcs. Uma pessoa não pediria um copo d ,água se. com base em sua experiência anterior, não houvesse chnncc de obté-lo (estímulos reforçadorcs) e se ninguém pudesse ouvir o pedido (estímulos discriminativos). 3) Estimulas Eliciadores, como o* estímulos discriminativos, também precedem o comportamento. Estes causam, contudo, um tipo diferente de comportamento, c o reforçamento não é ncccssário. Estímulos eliciadores eliciam comportamento involuntário ou reflexo, tecnicamente chamado de comportamento " respondente " . Comportamento respondente é o tipo de comportamento que está relacionado com o paradigma do condicionamento Pavloviano, tal como a salivação, cm resposta à comida na língua. Muitas reações "viscerais" podem ser consideradas comportamento respondente. A análise funcional responde a questão "Qual i a função de um comportamento? " através da identificação de estímulos reforçadores, discriminativos c eliciadores dos quais o comportamento é função. A FAP está principalmente (mas nio exclusivamente) interessada no reforçamento, entào ele será discutido posteriormente, em detalhes. Por agora, o ponto crucial é que o reforçamento é um processo histórico. Alguém pede água, nio porque o reforçamento irá ocorrer e a água será djda naquele caso, mas porque o pedido foi consistentemente reforçado com água no passado. A análise funcional requer a compreensão da história única de cada cliente c essa compreensão nos permite identificar funções diferentes em comportamentos topograficamente similares. Por exemplo, considere o comportamento de consumir excessivamente bebidas alcoólicas em uma festa. Para um indivíduo, isto pode representar uni reforço negativo, se no passado o álcool diminuiu a sua ansiedade social, c o deixou menos tenso. Para outra pessoa isto pode representar um reforço positivo, se o consumo de álcool o levou a ter algumas horas divertidas. Claro que frequentemente há múltiplas funções envolvidas, especialmente no comportamento complexo. O importante agora é a compreensão de que como behavioristas, definimos o comportamento de acordo com sua funçào. Dizer que uma pessoa tem problemas com bebidas alcoólicas não é suficiente. Isto é a simples descrição da topografia do comportamento - como ele se parece. Nós preferimos descrições como. por exemplo, que o comportamcnto-problema tem a funçào de aliviar a ansiedade, ou de propiciar ganhos pela diminuição da inibição social, ou se o problema tem múltiplas funções. Lembre-se do que foi discutido, o behaviorismo é um sistema contextual. Deste modo, a análise funcional é preferida não por estar " certa " ou ser "melhor" em termos absolutos ou objeti vos, mas somente porque que ela é pragmática e conduz a intervenções terapêuticas úteis. I Oqtic c ISmíibjh Amltnoi I inocHaf" 29 Uma analise funcional pode ser feita de varias maneiras. O método ideal envolve realizar um experimento que cuidadosamente controle c manipule diferentes variáveis isto é , criar uma história real no laboratório-ao mesmo tempo cm que se tar. mensuração da frequência do comportamento em questão, para identificar claramente quais são as variáveis que funcionam como reforçadorcs. Com raras cxceções (e.g. Kanter et al., 2006.), tais análises funcionais cxperimenlais.sào difíceis de serem realizadasdurunlea psicoterapia com pacientes ambulatoriais. Realmente , como as funções são determinadas pela história , raramente o terapeuta tem acesso dircto a ela . Entào , ao invés disso, o terapeuta apenas faz perguntas para discernir, tào acuradamente quanto possível,as funções potenciais de um comportamento . (ver capítulo 3 paru uma discussío detalhada sobre a avaliação) . Já o terapeuta FAP também observa atentamente como o cliente responde á ele. o que é uma fonte importante de infonnação para auxiliai a análise funcional. Reforçamento Na teoria do behaviorismo radical , o reforçamento é visto com um processo onipresente em nossas vidas diárias. O termo "reforçamento" é usado aqui tanto no seu sentido preciso e como genérico, referindo-se a iodas as consequências ou contingências que afetam (aumentando ou diminuindo) a força de um comportamento, incluindo o reforço positivo, negativo e a punição. O fortalecimento ou o enfraquecimento de um comportamento geralmente ocorre em um nível inconsciente, de modo que a consciência ou os sentimentos não são necessários no processo. Ainda que os indivíduos frequentemente relatem prazer quando são reforçados positivamente, ou dcspra/cr quando sào reforçados negativamente ou punidos , tal consciência não é uma parte necessária do processo de reforçamento, c não deve ser confundida com ele . O reforçamento é a causa ultima e fundamental de uma açào. Uma explicação completa, do ponto de vista behaviorista radical , necessariamente envolve a identificação da historia de reforçamento. Por exemplo, um cliente pode di/.er ter gritado com sua esposa porque estava com raiva. Como explicação para o comportamento, isso é incompleto c exige informações sobre as contingências passadas que dêem conta de ambas as ações: ficar furioso e gntar. Isto é. nem todo mando fica furioso sob tais circunstâncias e mesmo que fique, nem todos gritam. Uma explicação completa levaria em conta essas questões, além dos estados internos do indivíduo c da situação corrente . Ainda que as explicações completas , sempre façam referencia a história. e sejam elas preferidas, às vezes pode ser suficiente ou útil ver os problemas do cliente como resultantes dos estímulos discriminativos (influências) mais próximos e no ambiente atual, incluindo as suas emoções e pensamentos 30 R . J .Kohlenbcrg cl sl. Ires aspectos do icforçamento são de relevância particular para a psicoterapia - reforços naturais versus os reforços arbitrários, as contingências intra-sessão e a modelagem. Rc/orco NaturaI versus reforço arbitrário. Infelizmente, simplesmente dizer "muito bem" ou oferecer uma recompensa tangível para o comportamento do cliente, que está de acordo com os desejos do terapeuta, é a imagem que vem à mente quando o teimo "reforçamenlo " é mencionado. Esta imagem não apenas está tecnicamente errada, como também exemplifica o "reforço arbitrário " . A distinção entre o reforço natural c o reforço arbitrário é de especial importância no processo do mudança. (Fcstcr. 1967; Skinner, 1982). O reforçamenlo quase sempre ocorre de maneira natural e raramente c resultado de alguém tentando reforçar o comportamento de outra pessoa. Os reforçadores naturais são tipicos e confiáveis cm nossa vida diária, ao contrário dos reforçadores arbitrários. Por exemplo, dar doce a uma criança por essa colocar o casaco seria um arbitrário, no entanto, colocar um casaco por estar sentindo frio e sentir-se aquecido c um reforçador natural. Similarmente, privar um cliente de dinheiro por não manter contato visual e arbitrário, enquanto a atenção espontânea do terapeuta quando um cliente está olhando para ele é natural. Reforçadores arbitrários podem ser muito efetivos no tratamento de clientes que estão restritos em seu movimento e/ou vivem em ambientes controlados como escolas, hospitais e prisões. Nesses cenários, reforçadores arbitrários podem ser usados consistentemente e não apenas no contexto de uma breve interaçâo terapêutica. No entanto, reforçadores arbitrários podem deixar a desejar quando se espera que o comportamento modificado se generalize para a vida diária. Considere por exemplo um cliente que tem problema em expressar raiva, e acabe expressando raiva durante uma sessão de terapia, diante da inflexibilidade do terapeuta no que se refere às datas de pagamento. Sc o terapeuta responde sorrindo e di/: "cu estou feliz por você ter expressado sua raiva em relação a mim" isto provavelmente e um reforçamento arbitrário, já que tal consequência c improvável de acontecer cm um ambiente natural. Clientes que aprenderam a expressar raiva porque isto foi seguido por sorrisos podem não estar preparados para expressar raiva durante sua vida diária. Um reforçador natural provavelmente teria consistido em levar o cliente a sério, discutindo e talvez alterando a politica de pagamentos. Qualquer mudança produzida por tais consequências teria mais probabilidade de generalizar-se para a vida diária. Infelizmente, o uso deliberado de reforçadores pode favorecer para que se torne arbitrário ou "falso", perdendo sua efetividadc. (Ferster, 1972). Esse problema foi comentado por Wachtel (1977), que observou que terapeutas comportamentais que estavam frequentemente exagerando no uso de elogios, tinham sua eficácia diminuída. Além disso, o uso deliberado de consequências pode ser, considerado pelo cliente aversivo ou manipulativo I O qiic c Psicoterapia Analítica Funcional? 31 e induzi-lo a realizar esforços para reduzir ou alterar a mudança terapêutica - o que Skinner < 1953) chamaria de "contra-controle". O uso de reforço de psicoterapia, portanto, representa assim um grande dilema. Por um lado . reforçamento natural contingente ao comportamento alvo é o primeiro agente de mudança disponível cm uma situação terapêutica. Por outro lado , se o terapeuta tenta fazer "uso" deliberado desses reforçadores "naturais" , eles podem perder sua efetividadc, induzir o contra-controle e produzir um tratamento manipulativo. Este dilema c evitado, contudo , quar.do a terapia se estrutura de modo que as reações genuínas do terapeuta ao comportamento do cliente, naturalmente rcforçem os avanços, quando eles aparecem. Mais especificamente, dado que a interaçâo é o aspecto dominante na psicoterapia, o reforçamento natural imediato dos avanços do cliente, torna-sc mais provável quando a relação cliente-terapeuta naturalmenle evoca os problemas apresentados pelo cliente. A seguir, tem- sc. um exemplo de tal relacionamento. Um cliente masculino acabou de demonstrar melhora no decorrer dc uma sessão - após ter evitado por alguns meses falar sobre seu luto diante da morte da mãe, ele quebrou o silêncio c começou a chorar a morte dela. Até este momento , o casamento do cliente estava rompido, cm parte porque sua esquiva cm relação à expressão do luto também foi possível em função de seu distanciamento emocionai cm relação à esposa. Neste cxaio momento o terapeuta da FAP poderia ter se questionado sobre vários aspectos como, " como eu estou me sentindo cm relação ao cliente, especificamente nesse exato momento?" , "estou me sentindo intimo , perto do cliente, disposto a apoiá-lo, ou estou me sentindo distante, aborrecido, longe do cliente?" "Expressar minhas rcaçòcs perante o cliente, nesse momento, melhoraria nossa relação e nos deixaria mais próximos, ou poderia isto assustá-lo ou puni-lo por mostrar esses sentimentos?""É provável que minha reaçào neste momento possa ser parecida com a da sua esposa? Ela sentiria o mesmo que cu?" Dando respostas apropriadas a essas questões, o terapeuta da FAP poderia ampliar seus sentimentos dizendo: "Mc sinto conectado a você de uma maneira muito profunda, por estar me mostrando esses sentimentos. Estou me sentindo mais próximo de você como nunca estive". Isto se constitui em um reforço natural. O terapeuta pode encorajar, posteriormente, o cliente a deixar sua esposa ver também esses sentimentos. Na essência a FAP fornece um conjunto simples dc dirctrizes (as cinco regras discutidas no capitulo 4) especificando quando e como aplicar reforçamento natural na relação terapêutica. Contineênciasdentro do sessão. Uma característica bem conhecida do reforçamento é que quanto mais próxima, no tempo e no espaço, uma consequência ocorre cm relação ao comportamento, maior c o seu efeito. Scguc-se então que o tratamento será mais efetivo se os componamentos- problema e os avanços do cliente ocorrerem durante a sessão, quando estão R J.Kohlcnbcrp c( il mais próximos, 110 tempo c no espaço, do reforço disponível. Por exemplo, sc uma clicnlc tem problemas para confiar cm outras pessoas, a terapia será mais efetiva se ela manifestar tal desconfiança na própna relação terapêutica, onde o terapeuta poderia reagir imediatamente, ao invés de falar sobre os incidentes ocorridos entre as sessões. Uma mudança terapêutica significativa decorre das contingências que ocorrem na relação clientc-terapcuta. AliMlelayrnt. O conceito de modelagem pressupõe a presença de uma ampla classe de respostas para o terapeuta reforçar. Isto é. do ponto de vista comportamental, equivalente a dizer "os clientes irão fazer seu melhor para melhorar e o terapeuta apenas precisa reconhecer quando isso acontece " A modelagem é contextual, porque considera a história de aprendizagem do cliente e os comportamentos presentes c ausentes no repertório do cliente. Assim o mesmo comporiamento pode ser considerado um problema para um cliente e um avanço para outro. Por exemplo, considere o caso do clicnlc, que bate no encosto da cadeira c grita para o terapeuta: "Você não me entender. Sc este comportamento é apresentado por um cliente que entrou na terapia incapaz de expressar sentimentos, poderia ser considerado um progresso e a abertura do terapeuta para essa "explosão " seria importante. É evidente que, sc explosões como essa forem tipicas, o terapeuta deveria lhe sugerir uma maneira alternativa para expressar sentimentos de desconforto, que não envolvesse demonstrações físicas agressivas. Unia Visão Comportamental da Psicoterapia O que ocorre durante sessões de psicoterapia? Essencialmente, um cliente e um terapeuta estão sentados cm um consultório e falam um com outro. O cliente esta lá cm função de problemas que tem cm sua vida diária. Procurou voluntariamente um atendimento regular e paga o terapeuta pelo tempo. O terapeuta não observa o cliente além da sessão semanal de 50 minutos, nem tampouco, controla os eventos ambientais do seu dia-a-dia Contudo, o objetivo da terapia e ajudar o cliente a ohter progressos em sua vida diána, fora do consultório. Em função do que foi visto, uma questão teórica interessante que se impõe à todos os psicoterapeuta» é: "o que faz um terapeuta dentro da sessão que ajuda o cliente cm seus problemas fora da sessão?" A visão de mundo do terapeuta e as ciências do comportamento têm implicações relevantes para a escolha dos métodos e das práticas terapêuticas utilizadas. De acordo com a perspectiva behaviorista, argumentamos que a resposta sc encontra na análise funcional. Tudo o que um terapeuta pode fazer para ajudar seus clientes envolve a apresentação dos três tipos de estímulos discutidos anteriormente (reforçadores, discriminativos e cliciadores). Cada um deles definido pelas funções ou efeitos que têm sobre os comportamentos dos clientes. I Oqucé lsi..«aioí Autaa Flndmd? 33 Toda e qualquer açào do terapeuta pode assumir uma ou mais funções ao mesmo tempo. Considere uma pergunta do terapeuta, "o que você esta sentido agora.'" Est3 pergunta pode ter a função de estimulo discriminativo. indicando que "agora é adequado que você descreva seus sentimentos" . A resposta do cliente que decorre disso corresponde a um operante. Contudo, também é possível que essa questão seja uma estimulação aversiva para o cliente c assim poderia punir o comportamento que imediatamente a precedeu. Por exemplo, imagine que o cliente estivesse chorando imediatamente antes de o terapeuta, que fizesse aquela pergunta sem que cic, o clicnlc. soubesse exatamente o motivo de estar chorando c que deteste não ter respostas. Nesse caso , a questão do terapeuta pode ter punido a expressão emocional que sc deu através do choro, fazendo com que sua ocorrência seja menos provável no futuro. Este enfraquecimento anterior do comportamento do clicnlc rcsulla de uma função (punição, neste caso, resultado de contingências). Essa pergunta também poderia ler função clkuidora , la/endo com que o cliente ficasse vermelho, apresentasse sudorese, ficasse ansioso , ou induzindo ainda outros estados corporais privados. O motivo especifico pelo qual o cliente reage dessa maneira poder ser encontrado cm sua história . A aplicação da análise funcional na psicoterapia ambulatonal pode parecer uma ideia estranha. Contudo , tem ficado muito claro , que a análise funcional é extremamente benéfica em outras áreas da psicologia. Na verdade, a aplicação da análise funcional e dos princípios básicos para obter mudanças de comportamento cm ambientes instilucionais controlados , tais como salas de aula ou unidades de internamento permitiu que os profissionais analistas do comportamento tivesse impacto imenso na área. Tais analistas criaram uma variedade de tratamentos bem succdidos para muitas populações, com perturbações comportamentais severos e deficiências físicas e cognitivas graves. Por muitos anos . apesar de continuo sucesso em contextos corno os mencionados acima , analistas funcionais (com exceção notável de Hayes. 1987) não atentaram para a aplicação do princípio fundamental de reforçamenlo com adultos, em contexto psicotcrapéutico ambulatonal. Os fatores que atrasaram o nascimento da FAP foram descritos cm detalhes cm outras publicações (Kohlenberg. Tsai c Doughcr, 1993; Kohlenberg. Bolling. Kanter e Parkcr. 2002; Kohlenberg. Tsai c Kohlenberg. 1996). Aqui, apenas ressaltamos que das razões para a relutância em aplicar princípios de reforço cm terapia pode ter sido o desconforto gerado pelo reforçamenlo arbitrário ou artificial , que muitos náo-behavioristas, erroneamente, supõe ser a única forma de reforçamento. Por exemplo, é difícil para os terapeutas enxergarem a relevância dos reforçadores frequentemente utilizados na pesquisa básica (c.g, pelotas de comida ou água), ou daqueles usados cm trabalhos apl içados cm ambientes controlados (e.g.. direitos ao lazer ou tiõnus para adquirir cigarros) seu irabalho com clientes adultos cm regime de RJ.KoUcnbcft c« «I ambulatório. Acreditamos que a FAP resolve este problema de maneira ( ->lesante c utiliza o poder do reforço para criar experiências terapêuticas genuínas c que podem transformara vida. O Foco Terapêutico da FAP no Uaqui c agora " A FAP está baseada nas suposições de que (I) o único modo pelo qual um terapeuta pode ajudar seu cliente é através das funções reforçadoras, discriminativas e eliciadoras de suas ações (2) essas funções terão seus efeitos mais intensos sobre os comportamentos do cliente se ocorrer durante a sessão. Então, a característica mais importante que toma um problema adequado a FAP é que ele possa ocorrer durante a icssào. As melhoras do cliente também devem ocorrer durante a sessão e devem ser naturalmente reforçadas pelas ações c reações do terapeuta. Implementara abordagem "aqui c agora" c a essência da FAP. Comportamento Clinicamente Relevante Para implementação do "aqui c agora " da FAP ê de importância central o conceito de comportamento clinicamente relevante (CRB-"Clinically Relevant Behavior"). O terapeuta I AP deve fazer a distinção entre os três tipos de comportamentos clinicamente relevantes do cliente que podem ocorrer durante a sessão; esses CRBs sào de importância fundamental para o processo terapêutico. CRBs I: Problemas do cliente que ocorrem durante a sessão. CRBs I sào ocorrências, durante a sessão, de repertórios do cliente que foram especificados como problemas de acordo com as meus do cliente para a terapia c a conccitujçàodo caso. Deve haver corropondência entre os CRBs I específicos c os problemas particulares da vida diária. Entender os CRBs I requer uma avaliação do comportamento cm termos de amplas classes dc resposta que incluem diferentes topografias comportamentais; algumas ocorrem durante a sessão, relacionada ao processo de terapia c ao terapeuta, ao passo que outras ocorrem fora da sessão, estando relacionadas ao trabalho, amigos, lamilia. a outras pessoas significativas c assim por diante. Em uma FAPbcm succdida,CRBs 1 devem diminuir dc frequência ao longo da terapia. Geralmente, CRBs 1 estào sob controle dc estimules aversivos e consistem dc esquiva (inclusive esquiva emocional),porém,é claro, existem CRBsl que não sào restritos ao problema da esquiva. Seguem alguns comportamentos que são exemplos de problemas clínicos reais. Uma mulher que não tem amigos c "não sabe como fazer amigos " evita o contato visual, responde as perguntas falando de modo desconcentrado c tangencial, tem uma "crise" atrás dc outra, exige cuidados e fica irritada com o terapeuta por ele não ter todas as respostas e frequentemente I o <j«r t Pa>«ejjú Anafei ImnoT IS acusa o mundo pelas "porcarias" sobre cia , queixando-sc dc ser tratada dc maneira muito injusta. Um homem que evita entrar cm relações amorosas , sempre decide previamente o que vai falar em sesvlo dc terapia, olha frequentemente para o relógio para poder finalizar a sessão no tempo preciso, sempre fala que só poderá ir A terapia a cada duas semanas porque está apertado financeiramente (ganha 70.000 dólares por ano) e , ainda, cancela as sessões seguintes depois de fa/er uma importante auto-rcvclação. Um homem que se autodcscrcvc como "eremita** e gostaria dc desenvolver uma relação intima , está na terapia há 3 anos e periodicamente diz que seu terapeuta "só faz isso por dinheiro" c que, no fundo , ele o despreza. . Uma mulher que tem o padrão dc entrar cm relacionamentos com homens impossíveis se apaixona pelo terapeuta. Uma mulher que tem um histórico dc ser abandonada por pessoas que dizetn que "estão cansados" dela introduz assuntos novos c complicados perto do final da sessão, frequentemente ameaça se matar e aparece bêbada na casa do terapeuta no meio da noite . * Um homem que sofre de ansiedade cm situações nas quais tem que falar cm público, "congela" e não tem habilidade pura falar com seu terapeuta durante uma sessão. Um homem deprimido que se sente controlado por sua esposa, mostra sessão após sessão, um comportamento que cm nada contribui com a terapia e aceita passivamente, todas as sugestões do terapeuta. Um homem que tem que ser a atraçfio das festas, passa a maior parle do tempo de cada sessão contando suas histórias dc diversão ao terapeuta, sentindo-sc inicialmente satisfeito após cada sessão , mas considera que sua terapia não está progredindo. Uma mulher que erroneamente, acredita que seu marido a está traindo , sente que existem outros clientes de quem seu terapeuta gosta mais. CRBs 2: Progressos do cliente ocorridos cm sessão. CRBs 2 são as melhoras do cliente ocorridas em sessão relacionadas aos CRBs 1 c que devem aumentar de frequência ao longo dc uma FA P bem sucedida. Durante os primeiros estágios do processo, os CRBs 2 sào raros ou têm pouca força quando comparados com instâncias dc problema clínico, CRBs. Por exemplo, um cliente cujo problema é sc retrair , tendo sentimentos de baixa auto-estima quando "as pessoas não prestam atenção nele" durante uma conversa ou outras situações sociais Esse cliente pode mostrar comportamentos dc retraimento semelhantes quando o terapeuta não presta atenção ao que ele está falando ou o interrompe. Possíveis CRBs 2 para essa situação incluiriam »6 RJ Kohlcnbcrg cl *1 repertórios de comportamento assertivo que poderiam dirigir o terapeuta de volta ao que o cliente estava dizendo, ou a habilidade em discriminar a diminuição do interesse do terapeuta, antes que este interrompesse sua fala. Outro caso a considerar codc que uma cliente que foi abusada sexualmente quando criança por seu pai c que tem problemas de ansiedade crónica e insónia. Alem disso, ela também evita relações íntimas c não sc mostra aberta cm confiar ou manifestar vulnerabilidade. Os objetivos terapêuticos poderiam ser a redução da cvitaçào (fuga) generalizada e aumentar CRBs 2 de: (I) entrar cm contato com seus sentimentos como dor. raiva c irislcza; (2) aprender a pedir o que ela quer (i.c., que suas necessidades são importantes c merecem atenção), (3) aprender a aceitar o cuidado do seu terapeuta, sentindo leveza cm seu coração e em sua respiração, bem como respirar mais profundamente. CRBs 3: Interpretação do cliente do seu comportamento. Até agora enfatizamos que a análise funcional, isto c, o processo de tentar entender o comportamento cm termos das histórias de reforçamento e das funções dos estímulos é fundamental para FAP. Tal análise é o componente principal da I AI,, uma vez que tal descrição funcional ajudará o terapeuta a descrever. mais efetivamente, o comportamento de forma a levá-lo a intervenções FAP mais úteis. Identificar a natureza dos reforçadorcs que historicamente modelaram c mantiveram um componamcnto deve permitir ao terapeuta identificar c cnpajar-se cm respostas reforçadoras especificas que visam afetar tal comportamento. Outro componente vital da FAP é o processo através do qual os clientes aprendem a ver o mundo através das lentes funcionais. Nesse sentido. qualquer tentativa do cliente de descrever as causas do seu comportamento, durante a terapia. é uma oportunidade para que o terapeuta FAP modele uma fala mais funcional e, esperamos, mais útil. Para enfatizar a importância dessa questão, a lala dos clientes sobre seu próprio comportamento e das suas causas é rotulada como CRU 3. Os CRBs 3 incluem "dar razões " e "interpretações " . A maior parte da fala do cliente na terapia nào é essencialmente funcional. Embora os melhores CRBs 3 envolvam a observação c descrição do seu próprio comportamento c dos estímulos reforçadorcs, discriminativos c cliciadores a ele relacionados, qualquer fala "causal" pode ser vista como CRBs 3. porque representa uma oportunidade para modelar, na terapia, algo importante para a FAP. Por exemplo, um cliente pode di/cr "eu gritei com meu filho porque sou uma pessoa terrível". Esta declaração certamente identifica uma causa para um comportamento, mas nflo uma causa particularmente útil. Contudo, tal fala pode ser considerada uma oportunidade para que se modele uma fala mais funcional. O terapeuta poderia ajudar o cliente a identificar os estímulos discriminativos que ocasionaram o comportamento (c.g., a criança nào o obedecia e eles estavam atrasados I 0«|uc è Nanenvia Amlima FukmbT 3 7 para a creche), c as condições de reforçamento que fortaleceram tal comportamento ao longo do tempo, (c.g., gritar com a criança, pelo menos cm curlo prazo, a fc/ ficar quieta.). Terapeuta e cliente também podem discutir outros fatorcs históricos relevantes para a situação , tais como o fato de o cliente nunca ter tido oportunidade para aprender respostas alternativas. Observe que melhorar uma fala funcional não apenas ajuda o cliente a se sentir melhor consigo mesmo, mus também pode conduzir a intervenções úteis , tanto cm relação aos estímulos discriminativos (c.g. sair mais cedo para a creche) como aos reforçadorcs (c.g., elogiar a criança quando cia se comporta corrctamcntc). CRBs 3 sào especialmente importantes para a FAP quando se relacionam aos CRBs I e CRBs 2 , porque devem auxiliar nas generalizações dos CRBs 2 para a vida diária. Consideremos uma cliente que após uma intensa intemçilo terapêutica diz, " uau , fiquei pensando que posso ficar muito chateada aqui e que vocc tolera isso. O meu pai já estaria aos berros". Apesar da cliente nào ar os termos punição ou reforço ,ela claramente contrastou a resposta re. ,iS4dora vinda do terapeuta (em rcação à sua exposição emocional) com a resposta punitiva de seu pai. O terapeuta poderia perguntar, "Mas c o seu marido? Será que ele também não toleraria isso?" A cliente podia então perceber que seu marido também toleraria . Esse lipo de experiência terapêutica, na qual o reforçamento c experimentado na sala de terapia c entãoé identificado via CRB 3 . para o mundo lá fora deveria levar a cliente a experimentar os CRBs 2 mais rapidamente. Em um outro exemplo, de uma mulher de aproximadamente quarenta anos que nào tivera relacionamento sexual intimo com ninguém durante 15 anos. Após 3 anos dc FAP, ela sc envolveu amorosamente com um homem que conheceu em sua igreja. Seu CRB 3 foi "A razão pela qual cu estou nessa situação íntima é porque você (terapeuta) ests\e presente comigo. E uma mudança fenomenal. Se nào fosse por você cu nào estaria nessa situação. Aqui com você foi o primeiro lugar seguro onde pude falar sobre o que sinto, c encontrai motivos pelos quais seria agradável cslar aberta para sexualidade. Houve um período de tempo em que cu estive claramente atraída por vocc e vocc aceitou meus sentimentos. Aprendi aqui que era melhor me sentir completa e \ ivcr minha sexualidade ao invés dc mc sentir protegida c vazia . Fui praticando e aprendendo como ser dircta com você". Esse tipo de afirmação pode ajudar a aumentar a transferência dos çanhos que a cliente tem da terapia para a sua vida diária. Neste caso. o comportamento generalizado ajudou a estabelecer uma relação dc intimidade e a aumentar os reforços positivos na sua vida. Um aspecto final sobre CRBs 3 sc relaciona ao fato dc que muitas sistemas terapêuticos assumem que o comportamento importante cm terapia é o falar (afinal de contas, psicoterapia geralmente c chamada de terapia da fala! I. Na FAP, o rótulo CRB 3 reconhece o falo de que uma enorme quantidade dc fala R J.Kohlfnheig cl al. acontece na terapia e, portanto, deseja que ela seja o tipo de tala mais útil possível. O objetivo final da FAP. contudo, não 6 modelar repertórios de CRB 3, mas modelar CRBs 2 e os CRHs 3 são úteis, portanto, somente na medida em que facilitam esse objetivo. Icrapeutas. às ve/es. confundem CRB 3 com os comportamentos aos quais des se referem. Uma cliente dizendo que ela recua cada vez que se toma dependente em um relacionamento (CRB 3) i muito di fercntc de recuar dc fato, durante a sessào, porque está se tomando dependente do terapeuta (CRB 1). Infelizmente, alguns terapeutas se concentram no repertório verbal de descrever um comportamento problema que ocoitc na vida diária c deixam dc observar os comportamentos problema (CRBs 1) ou os progressos (CRBs 2) quando eles ocorrem. Na I Al,, quando ocorrem os CRBs 2, a melhor resposta do terapeuta seria inclinar-se paru frente, manter o contato visual e se permitir expressar o que lhe ocorrer naturalmente. Pode-se falar sobre essa interação logo após o momento cm que ocorre. Uma Cosmologia do Comportamento FAPexige que o terapeuta aprenda a filosofia comportamental e seja capaz de falar como um behaviorista Pode-se julgar que esta é uma abordagem fria c distante, mas isso não c verdade. De fato. fundamentalmente, essa filosofia cria uma conexão emocional profunda de empatia e amor. Terminamos este capitulo com uma cosmologia comportamental - uma metáfora na qual se estende o behaviorismo para explicar a intcrconexào de toda a vida e que pode levar de uma experiência atenta c consciente, de cada um. para o "aqui e agora " . Na FAP c fundamental a atenção à experiência do cliente "aaui c agora " e uma das melhores formas de fazer isto e "cxpenenciar " (verbo). E desnecessário dizer que a "cxpericnciaçào " dos clientes é freqQentcmente o foco mais produtivo da terapia, e que, se ela for ignorada, poderá ser contraterapêutico. Para atentar melhor à experiência do cliente, os terapeutas devem, em primeiro lugar, estar em contato com suas próprias experiências. Começamos este capítulo com relatos pessoais sobre as experiências com a FAP. antes dc descrever como o behaviorismo tenta dar conta dc tudo O que as pessoas fazem, levando para o "aqui e agora " a ênfase da psicoterapia. Concluímos considerando como o behaviorismo propicia uma experiência "aqui c agora " para o terapeuta, que pode facilitar as conexões emocionais c empáticas essenciais para a FAP. Uma explicação comportamental de quem somos nós e de como pensamos, sentimos e percebemos, ê uma descrição v erbal da nossa história. cm particular, das contingências dc reforçamento que são responsáveis pela emergência de nossos repertórios comportamentais. Contingências de reforço fortalecem e enfraquecem difcrcncialmcntc repertórios específicos dc comportamento operante. Além disso, outro tipo dc contingência também modelou aspectos importantes dc quem somos. São as contingências dc I Oqie é AibHdqi ttniontf 39 sobrevivência passadas, que determinaram se nossos ancestrais sobreviveriam ou morreriam . O material genético dc nossos ancestrais , sua estrutura física e suas tendências comportamentais foram modelados por essas contingências dc sobrevivência O comportamento operante i uma tendência modelada dc forma semelhante . As contingências dc reforçamento , nessa perspectiva, agem no sentido de produzir comportamento operante, porque nossos antepassados, cujos padróes comportamentais adaptativos foram fortalecidos por certas consequências de sobrevivência , que permitiam a sustentação da sua vida, sobreviveram. Por exemplo, nossos ancestrais aprenderam a refazer o caminho até poços dc água porque foram reforçados, por encontrarem água. Eles passaram para nós a tendência de ler o comportamento fortalecido por contingências de reforçamento. Uma técnica através da qual podemos identificar e estabelecer conexão com nosso momento expericncial atual, é tentar tornar-nos conscientes (veja o capítulo 5 para os significados comportamentais dc "estar consciente") das contingências dc reforçamento que modelaram quem somos. Segue um relato da experiência do momento presente, feita por um dos autores (RJK) , na forma de uma metáfora . "Eo estou aqui. na frtote do racu computador . Quando paro. poiso experimentar a mim mesmo coroo alguém que esti na linha dc frente dc ura fluxo corrente dc exp jicias. que se estende ali o passado A imagem que tenho é a dc estar diante dr u* . vagaroso que me trouxe atê este instante . À medida que olho para Irá», posso me ver acordando nesta enanhi . interagindo com Mavis . com meu companheiro dc jogo dc ténis, com meus estudantes, com meu filho c meu cachorro , e essas inleraçòes preencheram a passagem do (empo, cnc les ando até este ponto . Para dar conta dessas açòcs e iniciações que me trouxeram até este pomo, eu posso olhar ainda mau para trás no fluxo , antes dc acordar, e ver que cu aprendi a acoutar cedo o bastante pina chegar a tempo cm meu liubalho, paro preparar unta aula ou uma sessão dc terapia, porque quando, assim o H/, tive ccria* consequências. Assim como agora sou reforçado pela» palavras que aparecem no monitor à medida que digito e progrido neste manuscrito , que marca um ponto importante na minha vida. Minhas íateraçòcs hoje sio uma diminuía fraçlo das múltiplas experiências que tive - com Mavis, meus filho» , meus amigos, meus parentes, meus estudantes, meu» clienies, meus pais e meus avós. Ao contrário dos sentimentos que experimento agora (e.g, atcnçlo. contemplação, envolvimento, excitação), á medida que olho pan trás no (luxe . percebo que geralmente não estava conicirate dessas comuigêocias ou comcqucsciesdcnuahei açòes passadas Essas contingências. iodepe«dentcmcmeda minha ccosoêocia a respeito dela;, mudaram as sinapses no meu cérebro e são responsáveis peio que faço. timo. percebo, penio e pela» tcnuçAct que experimento note momento O fluxo de tempo e iodas as contingências as quais cu tenho sido exposto, incluem o cvcolo que é o maior responsável por meu comportamento corrente (trabalhar neste manuscrito), que foi uma conferência inspiradora a que assisti. Especificamente, as interaçàes ai contingências que ocorreram com meus colegas, estudantes c com minha filha , na conferencia, slo os estímulos para cu estar escrevendo Contudo , cada uma dessas pessoas naquele momento passado linhu seus própiio» fluxos dc experiência por trás desi, o que, por mi" parle, influenciava o que eles fa/.iam durante a conferência . 40 R 1 KoHI«*etg e. *1 Num certo sentido. havia um* confluência dc fluxo* durante aquela reunilo. c cu inequivocamente era afcttdo por muiut das expeníncús de «cu» fhnos, que entraram cm mus inicraçôes É evidente que cada ura dc «cus fluxos era influenciado por confluência* com outros fluxo», que haviam ocorrido ames, no longo de seu* dias. meses, enfim, dc suas vidas." Exercício Expcrienciai Vamos condu/ir um exercício breve, semelhante ao descrito acima. Escolha um momento que seja conveniente para você. Primeiramente, feche seus olhos c concentre sua atenção na sua respiração. Respire naturalmente, conccntrando-sc nas sensações dc inalar c exalar. £ normal ficar distraído nesic ntomento c se isso acontecer com vocc. simplesmente retome dc maneira sua ve à tarefa de observar sua respiração. l>cpois de cerca de dez inspirações e expirações, tente usar a imaginação para conceituali/ar sua experiência. Uma imagem útil é a de um fiuxo. lai como descrito no exemplo acima. Imagine que você está diante de um fluxo dc experiências passadas. Se você olhar um pouco para Irás. neste lluxo. vocc poderá ver a si mesmo em algum ponto. algumas horas atrás (levantando-se, almoçando, dirigindo seu carro, etc...|. Olhe mais atrás ainda no fluxo, através dos últimos dias. semanas e meses c veja a si mesmo passando por uma intcraçào especialmente agradável. íntima e envolvente com uma pessoa específica. Tente recordar os detalhes como ele »ui ela estava, o que vocês disseram um ao outro, como você se sentia estando com essa pessoa. Agora, imagine que tal pessoa também tem um fluxo de experiências que se estende por trás dc s> e a uiteração de vocês envolve uma confluência de ambos os fiuxos. Naquele momento, pequenos córregos de cada um, dc seus fluxos, se fundem e depois se separam. Perceba como aquilo que aconteceu entre vocês foi influenciado nio apenas pela sua história, mas também pela história da outra pessoa. Depois de cxpericnciar esta imagem, pare c leia o próximo passo. Olhe ainda mais para trás. no tempo, a partir daquela intcração significativa. bem para trás ao longo dc seu fluxo. A medida que você volta para trás. veja-se como um jovem, um adolescente, uma criança, um bebe dando seus primeiros passos. Passe um momento reconhecendo algumas das pessoas e cv entos mais importantes que contribuíram para dar forma a quem você é hoje. Concentrc-sc então cm uma imagem específica, ou apenas na noção de que você foi um bebé, com um lluxo de experiências prév ias que deram forma a vocc (independentemente da consciência que você tivesse de lais experiências). Tente olhar ainda mais para trás. vendo-se como um feto no ventre da mãe, e volte ainda mais até o ponto em que o óvuio formou um embrião. O espermatozóide c o óvulo tinham seus próprios fluxos dc experiências passadas, que são responsáveis pek» material genético dc cada um deles. Finalmente, perceba uma sensaçáo de inicrconcxão com os outros e com a pulsação do universo à medida que você abrir seus olhos. I Oqufí Awliúa RnawuP 4 I O exercício acima chegou até a união entre espermatozóide c o óvulo. Contudo , dc acordo com Skinncr. a metáfora completa poderia incluir voltar atrás ao longo dc toda a cadeia evolutiva , chegando até o lodo que se formou às margens da sopa primordial (origem da vida) , c, cm seguida, aos eventos geofísicos que levaram à formação dos aminoácidos e assim por diante . A partir dessa metáfora comportamentalmcntc estruturada , sobre nossas histórias de contingências dc reforçamento e de sobrevivência , observa-se que hà uma unidade cósmica c uma interconexão entre todos nós , em comum, com as origens do mundo material. A experiência acima c descrita dc forma eloquente nesta citação de um discurso de 1854 , atribuída ao Chicf Seattle: " Cada folhinha dc pinheiro, brilhante c poamguda. cada praia artoou. cada neblina nai floresas escuras , cada inseto ransbindo . Judo c «agrada para a memória e para a evpciiíncia da minha genlc Nós sentimos a energia que corre pelas árvotes do mesmo moio que sentimos o sangue que corrc por nossas veias Somos parle «ta Terra e ela c parte dc nós... Os cumes rochosos , o orvalho na campina, o corpo do cavalinho mono , c nós. os homem, lodos pertencemos A mesma família . A água criiiaiina que cone pelos tio* e córrego» nio t só água. éo *mguc dc nossos ancesUaiv.. Cada reflexo brilhante nas águas límpidas dos lagos nos fala dc eventos c memorias da vida dr meu povo O muJTEÚno da igua t a voz do pai dc meu pai O vento que deu ao m*so avó seu primeiro sopro também recebeu seu úllimo suspiro... Toda» as coisu» «tão ligadas como o sangue que non une u todos. O homem nSo teceu a rate da vid*. ele t apenas um fio nessa rede. 0 que ele fizera rede. ele faz a si mesmo..." De uma perspectiva comportamental , tal contato profundo com o momento presente é crucial, na medida em que levaria a um aumento da consciência e do contato com as contingências imediatas, bem como n um aumento na habilidade de reforçar, mais naturalmente, aos seus clientes e às outras pc' jas que estabclcccm contato com você c com o seu fluxo dc e\r-euências. Referências Biglan.A <I°9Í) CbansinxCblntralpntiitn A cvntttrualiH for inimtniioi mmr>+ Ra». NV: Cooccst Prcss. Chief Seattle (1854). RetneveJ January 31. 2008, from http7/www.cs.ncc.edu ssiycf/ min-strcljjpocms) I84.html Fcrsicr.C 0.(196"). Arbmaiy and natural ivinfoicernem. Tht Piychoio kolRftotJ. 22,1- 16. FcrsKr.C . B (I9?2). Clinicai rcintortcmcni Srmiminw Ptyxkiutry. 4(2) 101-111 Haughwn. I & Ayllon T. (1965) Produci™ *nd eiirainaliofl of«>inptn«iui»c bcfcavior In L l-llnun . Ac L. Kratncr <Edt J. CaicUudíi. «i Mcvii*<pp 94 .»*> Kcw Yofk: lleH Riaetwt 42 RJ. Kohlcnbcrg cl sl Haycs, S. C. (1987). 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Nossa crença c dc que as doutrinas básicas da FAP - isto é, a importância da relação terapêutica c o uso do reforçamento natural para modelar problemas do cliente quando eles ocorrem naturalmente na relação terapêutica -são vigorosas, c linhas dc evidências que apoiam esses princípios convergem de múltiplas c diversas áreas dc pesquisa. Neste capítulo, vamos revisar essas linhas de evidências. No entanto, deve ficar claro desde o início que esta revisão não visa justificar a escassez dc evidências empíricas que deem suporte à FAP. Antes, acreditamos que os achados dessa revisão fortemente sugerem que pesquisas empíricas adicionais, que investiguem especificamente a eficácia da FAP são necessárias, assim como foi desenvolvida dc uma fundamentação sólida dc princípios c evidências c representa a convergência de alguns dos mais robustos achados na pesquisa psicológica. Enquanto a FAP é uma terapia baseada em princípios analitico- comportamentais, e:r. seu âmago e uma terapia interpessoal. A FAP é pautada no ressuposto de que tanto as causas quanto os tratamentos das p "patologias estão intimamente ligados a relacionamentos interpessoais. Esse pressuposto tem suporte substancial na literatura que diz respeito às desordens depressivas. Es;á bem estabelecido que problemas interpessoais, relacionamentos conturbados c falta de suporte social predizem o surgimento (Stice, Ragan & Randall, 2004). ocutso(Lara, Leader, & Klein, 1997; Millcr er a/., 1992), a duração (Brown & Moran, i994) c a recaída da depressão (Hooley & Teasdale, 1989). Enquanto, inversamente, a presença de suporle social tem efeitos protetores(Peirce. Frone, Russell, Cooper & Mudar, 2000) D I Dir«b («miiiol EsudMK GnhMi*>. («Jiuil &iiKh l. lívrrtiiy. Milmubf*. Wl. USA «m» iV«mM$-cou>I coin M Tkii d «I- « CMAr <" (o.iAlKiiM.vili"! JVttvbfuiv. DOI 10.1 W"9>* 0.JIW»T-«»_2.O Sp:m(n Scicwc-B.ílmn IIC ÍOJV .H R.JKcchleiticrj! c« *1 c prediz recuperação da depressão (Lara et ai, 1997; Sherboumc, Hays & Wclls , 1995). Ao incarno tempo cm que muitas terapias alternativas focam na relação terapêutica e processos associados, a FAP utiliza princípios básicos dc aprendizagem para atrelar ou fortalecera relação terapcuta-cliente, focando no estabelecimento dc repertórios interpessoais mais efetivos, a fim dc gerar generalização dessas novas habilidades para relacionamentos da vida do clicnie. Estudos de caso envolvendo a FAP como único tratamento têm incluído ciúme (Lópcz. 2003). transtornos de ansiedade com agorafobia (Bermudez, Ferro, & Calvillo, 2002), dor crónica (Vandenberghc, Ferro& FurtadodaCruz, 2003). stress pós-traumático (Kohlcnbcrg & Tsai. 1998), padrões provocador- agressivos em crianças (Gosch & Vandenberghe, 2004). transtorno obsessivo- compulsivo (Kohlcnbergh & Vandenberghe, 2007: Vandenberghe, 2007) e depressão (Ferro. Valero & Vives. 2006). Muitos estudos de caso dc outras intervenções que incorporaram ;< FAP tamisem foram publicados. Isto inclui estudos de caso utilizando FA P c Terapia dc Aceitação c Compromisso (ACT; llayes, Strosahl & Wilson, 1999) nas áreas dc fibromialgia (Queiroz e Vandenberghe, 2006). anorgasmia (Oliveira-Nasscr & Vandenberghc, 2005) e exibicionismo (Paul. Marx & Orsi Ho, 1999). Uma combinação da Terapia Comportamental Dialctica (DBT) com a FAP também foi utilizada no caso dc um individuo diagnosticado com transtorno de personalidade sem outra especificação (Wagner, 2005). Estes relatos fornecem evidências curiosas, orientações clinicas e sugerem espaço para apresentar problemas para os quais a FAP e seus aprimoramentos podem ser apropriados. Esta abundância de casos na literatura instiga a questão: qual é a base empírica da FAP? Nosso objetivo nesse capitulo é realçar a convergência de linhas de evidências dc múltiplas disciplinas que embasam os princípios-chave da FAP. Ao mesmo tempo, nós observ amos o modo como a teoria da FAPcontribuiu para cada uma dessas literaturas c. ao fazer isso, informa terapeutas sobre a promoção da mudança do cliente utilizando uma única e poderosa metodologia. Para este fim. procuraremos abordar não somente as áreas de convergência, mas também realçar onde a FAP diverge cm cada interpretação dos achados e suas implicações para a terapia. A Aliança Terapêutica A FAP é baseada na noção dc que a relação terapêutica é um fator importante na psicoterapia -dificilmente uma noção controversa. Ainda assim, a FAP argumenta que para atrelar completamente a relação como mecanismo dc mudança, c preciso conceituar isso de uma maneira que torne específicos os chamados latores dc relacionamento 'não-especlficos,. Isto é, quais são os elementos es|>ecíficos que tornam a interação tcrapeuta-cliente curativa? Antes dc esclarecer essa posição, primeiramente revisaremos as comprovações da relevância do relacionamento para a psicoterapia. Linhiu e cwlênô* qite iliio «ipoitc à FAP .| j O conceito dc aliança terapêutica pode ser encontrado nos primeiros escritos de Freud (1912/1958), quem primeiro versou sobre importância de sentimentos amigáveis ou afetivos entre o paciente e o terapeuta como base de qualquer ganho terapêutico futuro. O conceito dc aliança também se inspira fortemente nas asserções de Rogers (1957) sobre a empatia terapêutica, afeio incondicional positivo c naturalidade, os quais constituem condições necessárias e suficientes para o sucesso da psicoterapia. Nos últimos 25 anos. o interesse na aliança terapêutica como um elemento cssenciai no processo terapêutico tem surgido de tal forma que pesquisadores de psicoterapias contemporâneas a definem amplamente como o elo colaboraiivo e afetivo entre terapeuta e cliente e suas habilidades para concordai nas metas c tarefas do tratamento (Maitin. GarsKe & l>avis, 2000). Evidências sobre a importância da aliança terapêutica emergem de duas Fontes primárias. Primeiro, apesirde pesquisadores de diferentes orientações teóricas terem abordado a aliança terapêutica de diferentes formas , utilizando uma variedade dc medidas , eles concordam consistentemente que a força dessa al iança é umindicativo de mudança (Barber, Connolly, Crits-Christoph, Gladis , & Siqucland. 2000: Horvath. 2001: Martin ei al.. 2000). Segundo, pesquisadores impossibilitados de encontrar uma diferença consistente na efetiv idade das psicoterapias dc várias orientações (e.g.. Lambert & Bergin, 1994) conceituaram a aliança terapêutica como um fator comum entre diferentes terapias. De fato, alguns pesquisadores começaram a argumentar que a qualidade da aliança c mais importante que o tipo dc tratamento na previsão de resultados terapêuticos positivos (e.g., Safran & Muran. 1995), tanto que a aliança terapêutica tem sido referida como sendo a "variável qumiessenciai integrativa * da terapia (Wolfe & Goidfried, I98S). Apesar de estar claro na literatura sobre aliança terapêutica que a força da aliança cslá relacionada com resultados do tratamento, existem evidências de que muitos terapeutas deixam de se concentrar nesta relação durante a sessão. Categorizando todas as falas do terapeuta durante a sessão. Goidfried - colaboradores (Cantonguay, Haycs, Goidfried & DeRubcis, 1995; Goidfried. Castonguay, Haycs. Drozd, & Shapiro. 1997; Goidfried, Raue & Casionguay. 1998) revciaram que terapeutas da TCC (Terapia Cognitivo Comportamental) não cam frequentemente a relação terapêutica na sessão, porém um aur ,o nesse foco foi encontrado durante sessões significantes e de alto impacto quando terapeutas mestres conduziam a terapia Similarmente, Kanter. Shildcrout e Kohlenberg (2005) mostraram que cm muitos estudos sobre depressão, terapeutas dz TCC raramente focavam na relação terapêutica per um longo periede de tempo na sessão. Talvez o foco limitado na relação terapêutica possa ser explicado pela falta de consenso sobre o que o terapeuta deve fazer para assegurar uma relação forte, quanto c que tipo de atenção deve direcionar dirctainente para a relação terapêutica, o mecanismo subjacente à terapia ou seu efeito curativo. Uma análise da FAP lança luz sobre essas questões. (I) especificando 46 RJ.Kohlcnberg cl al. comportamentalmcnte os "ingredientes ativos" da relação terapêutica que facilitarão a mudança do cliente, (2) avaliando funcionalmente os comportamentos do cliente c sua relevância clinica n3 construção da aliança, cm vez de olhar somente para a forma ou topografia do comportamento. Em outras palavras, o uso do termo "aliança terapêutica " tende a focar primeiramente no que o comportamento parece, e nào em sua funcionalidade. Em contraste, a conceitua çào da FAP do comportamento intrassessâo deve focarem como um comportamento particular é funcional para o cliente, e nào se ele se pareça com um comportamento de aliança. Para melhor analisar o ponto acima, imagine um comportamento que parece estar topograficamente associado com a aliança construída na sessão, mas funcionalmente pode ser complacência. Considere, por exemplo, um cliente, um homem inassertivo, que cumpre suas tarefas lealmente, mas sente que "nào ganha nada com isso " . O que pode parecer um comportamento de aliança nesse caso c na verdade um CRB1, um exemplo intrassessâo de um comportamento problemático seria o clicnie não expressar um sentimento relevante que ele esteja experimentando. Se este cliente declarar suas dúvidas sobre a validade das tarefas, topograficamente pode parecer um comportamento l>erturbadorda al iança, mas funcionalmente pode ser um avanço, uma melhora, c implicará no fortalecimento da aliança terapêutica se a preocupação do cliente for levada a sério pelo terapeuta. Poroutro lado, se o comportamcntocomplncenu- é avaliado como um CRB2 (e.g.. no caso dc um cliente cuja dificuldade cm corresponder às expectativas dos outros interfira em seus relacionamento s). entào este comportamento seria interpretado pelo terapeuta da FAP como um comportamento de aliança. Assim a perspectiva da FAP permite a explicação c previsão de significado do porquê a aliança pode ser realçada e até aproveitada como resultado de uma contingência geral dc reforça mento do CRB2 do cliente pelo terapeuta (Follette, Naugle, & Caliaghan, 1996). Em suma, cm vez de fazer declarações gerais sobre a relação prcdiliva entre a aliança terapêutica e o resultado da terapia, a FAP especifica o que o terapeuta precisa para constmir a aliança e para utilizar isto como um contexto dc mudança (Kohler.berg, Ycaier, & Kehlenbcrg, 1998). Especificamente, a FAP cria três pressupostos, a saber: (1) CRBs do cliente são evocados pelo contexto terapêutico; (2) CRBs podem ser modelados através da aplicação de contingências na relação terapêutica; c (3) estas contingências envolvem reforçamento natural. As próximas três seçòcs vão revisar os resultados dc pesquisas que corroboram estes pressupostos. Princípios da FAP CRBs são Evocados pelo Contexto Terapêutico A FAP novamente adoia uma posição incontroversa alegando que o padrão da problemática interpessoal dos clientes (CRBsI) vai emergir no contexto 2 Linhm c evidências que dio suporte à FAP 47 terapêutico. Talvez milhões dc páginas de teoria psicotcrápica tenham sido escritas sobre este tópico, com a literatura teórica e empírica abordando a teoria da transferência , provavelmente como penúltimo exemplo. Apesar de o termo transferência vir dc uma diferente perspectiva teórica, pesquisas sobre isso são . mesmo assim, relevantes à FAP , uma vez que forncccm apoio para a alegação dc que o CRB1 possa ser evocado pelo contexto terapêutico. Até recentemente , a transferencia permaneceu em grande parte como constmto teórico e sofreu pouca verificação empírica (Connolly et a!., 1996). Dc fato, a proporção dc artigos teóricos cm relação a empíricos sobre transferência tem sido relatada como sendo dc aproximadamente 500 para 1 (Ogrodniczuk, Piper, Joyce & McCallum, 1999). Contudo, observa-se a transferência ocorrendo cm diversos cenários dos relacionamentos sociais diários (Andersen & Baum. 1994; Andersen & Cole . 1990; Andersen, Glassman , Chen & Cole, 1995) c no contexto da relação terapêutica (Connolly et a!. , 1996; Crits-Cristoph, Demorest, & Connolly, 1990; Luborsky. McLcllan, VVoody, O,Brian & Auerbach, 1985). Deste modo, há amplas evidências que apoiam a alegação de que reações dc transferência ocorram na terapia. Embora esta pesquisa seja relevante para a FAP na corroboração da ocorrência dc CRBs , a FAP e a teoria psicodinàmica divergem no que diz respeito à resposta mais eficaz para reações dc transferência e CRBs (veja contingências de reforço c interpretações de transferência nas seções abaixo). CRBs Podem ser Modelados Através da Aplicação de Contingências nu Relação Terapêutica È importante reforçar de maneira contingente um comportamento ao vivo . durante u sessão? Uma premissa fundamental da FAP c que quanto mais perto no tempo c lugar o comportamento do cliente e a intervenção do terapeuta estão (i.c., reforçamento contingente), mais forte é o efeito da intervenção. Em outras palavras, espera-se que um *atraso, ou distanciamento na resposta do terapeuta seja menos benéfico que o reforçamento do comportamento no momento em que cie ocorre. Por exemplo, alguns terapeutas podem argumentar que eles reforçam melhorias quando provém elogies (e.g., dizendo 1bom trabalho, cm resposta ao cliente que con» . ter sido assertivo nas interações com sua chefe durante a semana passad * FAP conclui que essa utilização dc reforçamento seria mais efetiva se ocorresse ao mesmo tempo c no mesmo lugar onde o comportamento pretende ser reforçado (o cliente sendo asscrlivo com sua chefe no ambiente de trabalho). Esta crença pressupõe o foco nas classes similares dc comportamento (CRB2) que emergem no contexto da terapia e que pode ser imediatamente reforçado. Que pesquisas apoiam essas máximas bem aceitas? Por um lado. milhares de estudos , literalmente, têm usado reforçamento imediato para estabelecer48 RJ.Kohlcnlierg cl al c manlcr componamcnlo. Entretanto, nada menos que uma revisão da história da pesquisa sobre teoria da aprendizagem, desde os gatos nas caixas- problema de Thomdike. ratos em labirintos cm cruz» pombos na caixa de Skinncr, até humanos cm câmaras de atenuação sonora, é necessária para descrever todas »s evidências (e.g., Catania, 1998). lissencialmcntc, n literatura sobre o comportamento de animais apoia fortemente a noção de que reforçamento atrasado prejudica o aprendizado subsequente, embora a relação entre atraso c aprendizado seja complexa c mediada por muitos fatores (Renncr, 1964, Tarpy & Sawabini, 1974). hm geral, estudos envolvendo participantes humanos têm obtido resultados semelhantes (Greenspoon & Foreman, 1956; Salt/man, 1951; Bilodcau & Ryan, 1960). O efeito atrasado o reforçamento se torna menos efetivo à medida que o atraso entre a resposta e o reforçamento aumenta - c mais claramente demonstrado cm humanos com tarefas complexas (Hockman & Lipsitt, 1961) e quando a intervenção no comportamento ocorre entre a resposta c o reforçamento (Atkinson. 1969). A literatura sobre "atraso " cm humanos, enquanto suporta a alegação acima, é difícil ser generalizada para a situação psicotcrápica. Isto se dá principalmente porque as extensões do atraso estudados nos delineamentos dc pesquisa (ate 12 segundos) são muito pequenas para serem relevantes na questão se o responder imediato ao comportamento na sessão é preferível ao feedback sobre o comportamento que ocorreu fora <lu sessão, talvez há uma semana. Ainda assim, o responder imediato e contingente mostrou-sc útil para o tratamento de clientes com tncotilomama (Rapp, Miltenbcrg A Long, 1998; Strickcr, Miltenbcrg. Garlinghousc, Deavcr & Anderson. 2001; Strickcr. Miltenbcrg & Gariinghoujc. 2003). O reforçamento contingente contraria a consideração positiva 'incondicional? Contingências de reforço c sua proximidade imediata podem ser importantes cm certas situações experimentais ou no tratamento de problemas discretos assim como tricotilomania. mas são questões relevantes para adultos, populações clinicas lidando com problemas abstratos dc intimidade, solidão, raiva, coração partido e assim por diante? Talvez essas preocupações requeiram algo mais sofisticado do que simples contingências dc reforço. Como explicaremos a seguir, a tcona da FAP sugere o contrário, e pesquisas Rogéria nas, terapia não-dirctiva mostra como reforço contingente é relevante na psicoterapia. A ênfase da FAP sobre relacionamento terapêutico e responder natural pode levar a algum engano se for tida como uma variante da terapia centrada no cliente, de Carl Rogcrs. um tipo dc terapia humanista (veja Rogcrs, 1957). r .nquanto as duas abordigcns acreditam no poder da relação terapêutica para produ/ir mudança, a ! Al* diverge significantemente com respeito á alegação da teoria Rogcriana. dc que a mudança deve ocorrer somente através dc um comportamento não-diretivo ou nào-contingente do terapeuta. Poderíamos 2 Linhos c evidências que dão uipoitc ã FAP 49 levantar a questão se uma consideração positiva não-diretiva ou incondicional é realmente nào contingente. Pessoas podem ser reforçadas facilmente sem que estejam conscientes disso (Frank, 1961; Krasner. 1958) , e deste modo um cliente pode sentir a consideração positiva incondicional sem notar um processo contingente. Dois estudos falam diretamente deste fenómeno do condicionamento. No primeiro experimento (Greenspoon, 1955) era pedido aos participantes para listarem tantos substantivos quanto pudessem. Enquanto eles o faziam, um experimentador respondia com sons sutis de aprovação ( 'mmm-hm') ou desaprovação ("huh-uh") para cada ternw. Eles encontraram que a despeito dc estarem inconscientes da contingência, os participantes aumentaram a frequência dos substantivos quando eles eram seguidos de *mmm-hm, e diminuíram quando seguidos dc ,huh-uh,. lai pesquisa levou Frank (1961) a concluir. "Até agora, pelo menos, parece seguramente estabelecido: Uma pessoa pode influenciaras verbaliziiçòes de outra através de sutis pistas, tis quais podem ser tão leves que nunca chegam ao centro da consciência" (p. 108). O ponto crucia! que emerge das discussões acima é que o terapeuta pode reforçar contingentemente o comportamento do cliente sem estar consciente disso. Sc este é o caso , então respostas do terapeuta conto "mmm-hm" , que sinalizam aochcnte para que continue falando, podem reforçar continfcntcrocmc uma classe de comportamentos favoráveis (i.e.. melhorias) inadvertidamente . Consequentemente, terapias que podem "parecer, como consideração positiva incondicional ou não-diretiva podem, na verdade, ser contingentes . Investigando esta possibilidade. Tnax (1966) condu/iu um processo de análise de uma terapia conduzida por Carl Rogcrs (e.g., terapia não-diretiva compreendida dc entendimento empático, aceitação c consideração positiva incondicional). Compatível com a FAP, os resultados revelaram que. a despeito dc tentativa.s conscientes para responder dc forma náo-contingente, melhoras na terapia estavam associadas , embora inadvertidamente, a reforça mento diferencial das melhoras do cliente . Tais resultados sugerem que. enquanto muitos terapeutas podem nào perceber isso, eles estão constantemente modelando os comportamentos de seus clientes atrav és de contingências de reforço verbais c não verbais, punição c extinção. A teoria Rogcriana afirma que consideração positiva incondicional c empatia são necessárias c suficientes para recuperação total. A FAP concorda que tal abordagem c necessária fc.g.. foco no reforçamento natural): no entanto, unta abordagem rào-dirctiva é vista nào apenas como rara, mas também insuficiente. Reconhecendo o inevitável impacto do comportam? . do terapeuta sobre o cliente, a FAP encoraja terapeutas a aproveitar a relação terapêutica para modelar de forma natural e contingente um maior número dc comportamentos interpessoais mais ciemos. Como interpretações transferenciais diferem do responder contingente? À luz dos achados que a mudança dc transferencia parece R . J .KohlcBbtig ct ai mediar os resultados do tratamento (0*Connor, Edelstein, Bcny & Weiss, 1994), muitos pesquisadores tem examinado a interpretação da transferencia como um mecanismo de mudança no tratamento focado no relacionamento (Leichsenring & Leibing, 2007). A interpretação da transferencia ocorre quando o terapeuta explica a transferência do cliente de modo a promover insigth sobre os conllitos inconscientes subjacentes a padrões problemáticos de comportamento. Em suma, os achados sugerem que altos níveis de interpretação da transferência são realmente associados a resultados mais pobres cm clientes com baixo nivel de funcionamento interpessoal, particularmente quando a interpretação gira cm torno da relação terapêutica (Connoly et a!., 1999; Ogrodniczuk et ai, 1999). A FAP prediz que qualquer resposta a comportamentos interpessoais problemáticos na sessão que falhe em considerar o contexto ou a função em questio pode perder a oportunidade de reforçar CRHs2 ou, inadvertidamente, reforçar CRBsl. Isto pode ser uma explicação para resultados pobres do tratamento seguido por um grande número de interpretações da transferência. Por exemplo, em muitos casos o terapeuta psicodinàmico pode ignorar um comportamento opositor por parte do cliente. Para um cliente com história de passividade, que tem problemas com questões de assertividade, no entanto, a oposição pode, na verdade, funcionar como um CRB2. Então, enquanto na prática pode haver consideráveis sobreposições entre o tratamento de abordagem psicodinimica e a FAP. diferenças teóricas levam a implicações clínicas importantes ein termos de respostas comportamentos interpessoais problemáticos evocados pela relaçáo terapêutica. A Importância do Reforçamenio Natural O responder contingente pode minar amotivação intrínseca? Na FAP, n ênfase primordial c colocada na noção de que o CRH2 deve ser reforçado naturalmente, de modo típico, por meio de trocas verbais interpessoais. Uma critica ainda frequentemente apontada ao behaviorismo c que, quando o comportamento de uma pessoa é reforçado, a pessoa começa a emitir o comportamento especificamente para obter recompctuas externas (motivação externa) o que prejudica o desenvolvimento do autodetemunismo (Deci, Koestncr & Ryan, 1999; Kohn, 1993). Aplicando esta critica â FAP, leva a sugerir que, talvez, o reforçamento extrínseco de comportamentos interpessoais pelo terapeuta da FAP relaciona a motivação destes novos comportamentos ao terapeuta, limitando então a generalização dos ganhos a outros relacionamentos e de fato reduzindo a motivação intrínseca para aprender novos comportamentos interpessoais. Esta critica se sustenta? Motivação intrínseca geralmente é definida como um comportamento motivado pela atividade em si, cm oposição a comportamentos i FAP cxtrinsecamente motivados por recompensas externas como prémios, recompensas, ou aprovações (Carneron, Banko, & Pierce, 2001). Resultados recentes sugerem, entretanto, que é uma super simplificação apontar todas as formas dc motivação externa como inerentemente prejudiciais. Pesquisadores tem começado a identificar cenários e condições nos quais motivação externa pode realmente promover benefícios importantes (Dickinson, 1989; < "ameron et aí., 2001). Todavia, a distinção entre motivação extrínseca c intrínseca é aproximadamente parecida à distinção promovida pela FAP entre reforçamento artificial e natural respectivamente . Por exemplo, enquanto a meta análise conduzida por Camcron et al (2001) revelou que reforçamento verbal pode dar suporte â motivação intrínseca, o foco da FAP é se o reforçamento foi produzido de forma arbitrána ou natural . Tome como exemplo um cliente cujo CRB2 seja a dificuldade dc sustentar uma opinião diante do terapeuta. Uma resposta, como ,Bom trabalho por compartilhar sua opinião comigo,, será mais parecida com um reforçador arbitrário (e.g., aprovação por parle do terapeuta). A terapia da FAP sugere que uma resposta naturalmente reformadora, como levar sul opinião a serio, não apenas reforçaria o CRB2, mas o faria de forma a fecilitar a generalização para outros relacionamentos. Deste modo. a FAP utiliza contingências de reforçamento de modo a modelar melhores relações interpessoais c dar suporte á motivação intrínseca. Como se pode reforçar contingentemente e utilizar efeitos de expectativas interpessoais? Os efeitos do reforçamento natural contingentes na terapia podem frequentemente ser confundidos com fatorcs comuns não específicos. Pesquisas que examinaram o efeito da expectativa interpessoal aju.lam a elucidar esta questão. Em geral, efeitos d. - .dativa interpessoal sào resultados das expectativas dc uma pessoa sobre o comportamento dc outra pessoa. Numa revisão metaanalítica dc pesquisas que investigaram efeitos de expectativa interpessoal, Harries e Rosental (1985) forneceram uma lista dc comportamentos de professores embasada empiricamente que mostraram resultar cm respostas de confirmação da expectativa dos estudantes. Essa lista incluía: " Criar uma atmosfera menos negativa (e.g., não se comportar de maneira fria); " Aproximar distâncias fisicas; " Promover maior produtividade pela introdução de mais material ou material mais difícil; Criar uma atmosfera mais calorosa; . Exibir menos comportamentos não relacionados ã tarefa; . Ter interações mau longas e frequentes; . Fazer mais questões; . Encorajar mais; 1 K J.Kakleabrrg « ." . fvngajar-se cm mais conlalo visual; Sorrir mais; . Elogiar mais; " Aceitaras ideias dos estudantes modificando, reconhecendo, resumindo ou aplicando o que ele ou ela disse; Promover mais feedback corretivo; . Acenar mais; " Esperar mais por respostas. Essa lista \ugcre que os comportamentos c pistas envolvidos podem ser muito sutis e operar fora da consciência tanto do professor quanto dos participantes. Da perspectiva da FAP, a lista acima é um exemplo perfeito dc reforçadoras naturais cm ação, o tipo de rcaçào natural que as pess oas mostram nas intcrações do dia-a-dia que modelam c mantêm tais interaçôcs. Também é notável que os itens na lista representem alguns dos mais onipresentes faiores não específicos dos terapeutas através de um largo espectro dc modalidades terapêuticas. Como foi discutido anteriormente, estas sào, sem dúvida, os tipos dc respostas que Carl Rogers contingenciava inconscientemente, quando tentava ser incondicional. Além disso, essas dicas sutis influenciam o comportamento do cliente cm todas as modalidades dc terapia, a FAP c a única que explica essas interações sutis c desafia os terapeutas a modelar melhores relações interpessoais de forma deliberada e estratégica. O reforçamento natural contingente pode promover generalização? A FAP mantém a posição de que comportamentos interpessoais naturalmente modelados na sessão serão mais benéficos para os clientes do que simplesmente promover regras de como ser mais efetivo. Fspccificamente, a FAP se distingue de outras abordagens psicotcrapêuticas cm termos por focar no comportamento modelado por contingências mais do que cm comportamento governado por regras. Compurudo com o comportamento modelado por contingências, que é o comportamento aprendido através do contato dircto com o reforçamento. (i.e.. aprender 2 resolver um quebra- cabcça através dc tentativa c erro), o comportamento go\emado por regras c o comportamento controlado por descrições verbais de reforçamento (i.e., seguir instruções sobre como resolver um qucbra-cabcça) (Hayes, Zcttlc, & Rovenfarb. 1989; Skinncr. 1953.1957). Assim, comportamento governado por regras remete 2 uma mudança comportamental que ocorre sem modelagem direta. De uma perspectiva comportamental, a maioria das abordagens pacotcrapéuticas pode ser vista como provedora dc regras dc como o cliente pode se comportar mais efetivãmente Os clientes normalmente esperam que seus terapeutas lhes digam mais, novas ou melhores regras que levarão à redução do sintoma. A terapia baseada 2 Linhu r evrfque dia iuponc t FAP 53 na especificação da regra, no entanto, pode obstruir o progresso do cliente em contextos dinâmicos c evocativos (e.g., relacionamentos interpessoais), cm que o mesmo comportamento pode ser punido por uma pessoa e reforçado por outra. Nesta situação, sensibilidade delicada a contingências, mais do que comportamento governado por regras, é necessária. Pesquisas comportamentais dão suporte a essa afirmativa Por exemplo, um grande número de e\ idéneias sugere que quando o comportamento dc uma pessoa é modelado pelas contingências, o indivíduo está mais prcpaiado para se adaptar a mudanças dc contingências do que quando o comportamento é governado por regras (c.g. Catania. Mathcws & Shimofí . 1982; Roscnfarb .Bunker , Morris & Cush, 1993; Shimoff , Catania & Mathcws , 1981). O foco da FAP no reforçamento natural ajuda os terapeutas a evitarem a promoção de comportamento governado por regras nos clientes. Por essa razão, os terapeutas da FAP não sào equipados com instruções formais sobre como responder a um CRB. Mas, ao invés disso , sào instruídos a responder "naturalmente". O responder natural implica a noção dc que existe um número infinito de respostas que funcionam para reduzir CRU I e aumentar CRB2. Para completar, os terapeutas da FAP devem utili/ar suas reações privadas (pensamentos, emoções, respostas fisiológicas) cm relação aos clientes c responder naturalmente dc acordo com cada CRB. Desta forma , quando clientes se engajam em comportamentos meihores (CRB2) - particularmente comportamentos que quebram as regras, às quais eles tipicamente seguem - a FAP enfatiza o efeito interpessoal do comportamento do terapeuta c reações reveladoraspara os clientes no momento. Desse modo , respostas naturais e contingentes do terapeuta podem não apenas modelar relações melhores no cliente , mas fazei isso dc uma maneira que promova generalização e adaptação do cliente. Pesquisas existentes sobre prineípios da FAP Uma linha final de evidência que dá suporte à FA P e aos seus mecanismos dc açào vem dc pesquisas sobre a própria FAP. A eficácia da FAP como tratamento autossustcntavcl tem sido apoiado por estudos dc caso único (Callaghan. Summers & Weidman. 2003; descrito abaixo). A melhoria da efetividade pela adição da FAP na TCC tem sido demonstrada tanto via sujeito único (Gaynor & Lavvrence, 2002; Kanter et ai, 20(16) quanto cm estudos de gropo (Kohlcnberg, Kanter. Bolling, Parker & Tsai , 2002). Em uma tentativa não randomizada de uma terapia cognitiva inpkmcntada pela FAP (chamada FECT) para a depressão , Kollcmbergh c colaboradores (20(12) compararam resultados dc 20 clientes tratados com terapia cognitiva (TC) com 28 clientes tratados pelo mesmo terapeuta que recebeu treinamento da FECT. Resultados revelaram que a FECT foi significativamente mais eficaz quea TCC , visto que 79% dos participantes que passaram pela FEO 5-4 RJ.KoWrnbcrg et »L responderam melhor ao tratamento (experimentando mais de 50% de diminuição na sintomatologia da depressão) se comparados com 60% dos parlicipanles da TC. Além disso, participantes da FECT experimentaram melhorias significativas cm suas relações interpessoais quando comparados com participantes da TC. Análises subsequentes do processo (Kantcr cl ol., 2005) ilustraram que as taxas de intervenções FAP (c.g.. aumentar o foco nos CRBs) quase triplicaram durante a FECT c que estas intervenções relacionavam-sc com relatos pobres do cliente sobre o progresso da terapia. Finalmente, no único estudo controlado randomicamentc incorporando a FAP, Gifford c colaboradores (2008) compararam uma combinação de ACT c FAP para terapia de substituição de nicotina (e.g.. Kigott, 2003) em uma tentativa de parar dc fumar. Não houve diferenças entre condições no pós- tratamento; no entanto, participantes na condição ACT c FAP experimentaram significativamente melhores resultados depois de um ano de follow up. Desse modo, ate agora a maioria das pesquisas utilizando FAP focaram a melhoria dc outros tratamentos por meio de adição de intervenções da FAP. Em vista disso, uma questão vital seria se existe suporte empírico para a proposta do mecanismo de mudança proposto pela FAP. Investigações recentes que examinam o mecanismo da FAP tem empreendido um modo consistente à filosofia funcional que sustenta a FAP, através do emprego de metodologias analítico-funcionais de pesquisa. Dada a flexibilidade da FAP e a noção global dc que (devido ao intenso foco da FAP na função) a aplicação deste n>ecanismo pode parecer muito diferente para diferentes terapeutas c clientes, então o primeiro objetivo desta pesquisa foi a especificação dos mecanismos da FAP. Este processo envolve uma especificação cm lermos funcionais, que pode permitir técnicas topográficas variadas. O mecanismo definido para esta pesquisa foi o responder contingente do terapeuta com reforçamento natural /tara CRBs. Assim, tal pesquisa objelivou não promover suporte empírico para a FAP como um pacote de tratamento via uma tentativa de controle randómico, e sim isolá- la e identificar pretensos mecanismos de ação da FAP e demonstrar os efeitos desses mecanismos no comportamento de clientes individualmente. O primeiro requisito desta pesquisa foi uma n>edida confiável e válida que permitiria uma confiável identificação dos problemas na sessão (CRB1), melhorias (CRB2) c respostas contingentes do terapeuta. Callaghan ctal (2003) criaram c aplicaram tal medida, a Escala de Avaliação da Psicoterapia Analítico- Funcional (FAPRS). delineada para medir o comportamento do terapeuta e do clienle na FAP cm tempo real. Para aplica: a FAPRS, um codificador utilizou formulação detalhada dc casos para identificar instâncias de CRB (c.g., CRB1 ou CRB2) enquanto codificava respostas contingentes do terapeuta aos CRBs. Mas alguns códigos foram usados para distinguir a FAPc respostas "tradicionais' * do terapeuta, discussão sobre a relaçào terapculica X responder contingente, c assim por diante (referindo a Callaghan, Ruckstuhl. & Bush, 2005, para uma descrição completa). Uma vantagem chave dessa metodologia cm tempo real é 2 Linhas e cvxJòkúb que dio lupuitc i FAP que ela analisa o processo da FAP cm nível da interação terapeuta-clienie (i.c. , numa base momento-a-momento). Dessa forma, a pesquisa sobre mecanismos dc mudança da FAP ocorre em um nível que pode informar dirctamente o trabalho clínico do terapeuta da FAP. Callaghan e colaboradores (2003) utilizaram o FAPRS para codificar segmentos da interação tcrapcuta-clicnlc para tratamento de transtornos dc personalidade em clientes com traços histriónicos c narcisistas. Não apenas CRBs foram identificados (apoiando a crcnça na FAP de que problemas interpessoais gerais podem se apresentar no contexto terapêutico), mas o responder contingente do terapeuta aos CRBs também foi identificado. De maneira crucial , os achados também indicam diminuição dos CRBsl e aumenlo dos CRB2 no decorrer da FAP . Kantcr e colaboradores (2006) apresentaram dados de dois sujeitos que receberam TCC e então FAP cm um delineamento intra-sujeitos A/A*B. Os resultados foram mistos. O sujeito 1 demonstrou um leve decréscimo nos seus comportamentos-alvo (e.g., habilidades de comunicação) mas desistiu do estudo antes que ele fosse completado. O sujeito 2 demonstrou melhora imediata nos seus comportamentos-alvo (e.g., busca por atenção, vulnerabilidade) com a introdução da FAP. Busch ecolaboradores (no prelo) aplicaram o sistema de codificação da FAPRS ao sujeito 2, replicando os achados prévios de que o responder tio terapeuta modelou com sucesso o comportamento do cliente dentro da sessão. E importante ressaliai que tanto os comportamentos do cliente fora da sessão (coletados via cartões diários do cliente) c comportamentos na sessão (CRBs) melhoraram com a mudança dc fase. Assim , resultados coletados utilizando a FAPRS lém provido apoio para o mecanismo dc mudança (responder contingente). Conclusão Esse capítulo revisou algumas linhas dc evidencias convergentes que dão suporte aos princípios da FAP, incluindo a aliança terapêutica, transferência , interpretações de transferência, consideração positiva não- diretiva ou incondicional , reforçamento imediato (atraso no reforçamento), motivação intrínseca X extrínseca, efeitos de expectativa interpessoal e comportamento governado por regras. Cada uma dessas áreas de pesquisa não possui controvérsias c é relativamente vigorosa. Contudo, mesmo não provendo suporte direio à FAP ou às lécnicas da FAP. essas linhas de evidencias juntas descrevem um retrato convincente de como um tratamento baseado nesses pressupostos deveria parecer. Acreditamos que a FAP é justamente este tratamento. Pesquisas diretamenie examinando a FAP estão, de fato, em estado inicial. Todavia existem dados para sustentar tanlo a validade dc incremento da FAP quando combinada a outras intervenções quanio o mecanismo de mudança 56 R J.Kohlcnbcic c« «I. proposto pela FAP - o responder contingente do terapeuta com reforçamente natural para CRBs. Combinado com as linhas dc evidencia convergentes revisa<las acima que apoiam os princípios da FAP. a racional da FAI, parece forte. Ainda precisa ser demonstrado, contudo, que a FAP pode superar os tratamentos dc easaios clínicos randomi/ados existentes. Esperamos que esse capitulo possa inspirar pesquisadores a conduzir esses ensaios. Referências Andcrvcn. S. M.. A Baum. A. B. (1994) Transfcrcnce in intcrperuxul rclations: Infercnces aiwl afTccl hased on «tgnificani-olher representalions Jnirnal of Personalirv.62.460- 497. Andersen. S. M.. A Cote, S. W. (1990). Do I know you? * : Thc role of significam olhers in general social pcrceplion Journalof Personality andSocial Psychoiogy. 59. 384-399. Andersen. S. M.. Glatunan. N. S.. Chen. S., A Cole. S. W. (1995). Transfcrcnce in social perteplion: Thc role of chionic acccssibility in íignificant-olher rcprncntalion» Journal of Ptrsonalin-anil Social Psychoiogy. 69.41-57. AikinuHi. K. C. (1969) Informático delay in human Icarnmg Journalof Verbal Uaming o*J l.rbol Bekivtor. 8. 507-511. Barber. I P. Conoolly. M. B. CmvChhsioph. P Gladi». L. A Siqacland. 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No caso da IAP . a aval ia vão incide seu foco sobreos comportamentos clinicamente relevantes (CRHs) e sobre as variáveis a eles relacionadas no curso da terapia, indicando as respostas que o terapeuta deve dar aos comportamentos dos clientes , no momento cm que ocorrem. De todas as terapias que se interessam em intervir no funcionamento interpessoal de pacientes atendidos cm consultório , a FAP c a que mais fortemente se relaciona com a abordagem analftico-comportamental. Terapeutas que utilizam a FAP procuram definir funcionalmente os CRBs , reconhecem os principies comportamentais básico:. , reconhecem também as especificidades de cada caso c definem idcograficamente as melas de tratamento para cada cliente. As formulações de caso da FAPsào dinâmicas . mod:ficando-se tanto a partir dos comportamentos do cliente quanto da compreensão desses comportamentos por pane do terapeuta. As definições dos CRBs levam em conta a história do cliente , os problemas relatados bem como comportamentos que ocorrem durante as sessões. Embora a maior parte deste capítulo tenha sido escrita na linguagem da análise funciona! , ial linguagem não necessita ser utilizada com os clientes . Uma linguagem acessível ao cliente , (incluindo frases como "abra seu coração " , "diga a sua verdade " ) é descrita em muitos exemplos deste livro, apesar do fato dc que lai terminologia possa confundir muilos terapeutas. Isto decorre do falo dc que terapeutas que utilizam ;i FAPunpregam termos que são contextuais, funcionais c pragmáticos. Procuramos usar terminologias que façam sentido para nosso cliente , aumentem a intimidade na relação terapêutica , impulsionem o crescimento , o aprofundamento c as mudanças significativas. Um tratamento que possibilita o uso llcxivcl c funcional da linguagem c um tratamento verdadeiramente funcional - em oposição a um 1 * KMtxx * r- I.V« t-m* |kM:««mn >< M lai «(AL. A OW» im íAnadir WH 10 10071 . f W»c" SoioNCDuiiMM MrAn . tlC 100« 62 J W. Kanlc: « al tratamento que dogmaticamente insisto na utilização de terminologia funcional. Este último é topograficamente funcional, mas nào funcionalmente funcional. A linguagem flexível utilizada com os clientes na FAP supõe uma análise funcional do comportamento do cliente. Tal análise é o foco deste capítulo. O Contexto da Avaliação Assim como acontece cm muitas outras abordagens de tratamento, para a FAP, um diagnóstico baseado no DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais) nào é considerado uma estratégia de avaliação suficiente. O diagnóstico por síndromes ou doenças sugere a aplicação de pacotes de tratamentos específicos embasados empiricamente, mas não informa sobre as intervenções especificas contidas no pacote isso requer avaliação e formulação adicionais. Psicólogos proeminentes, tais como David Barlow (Barilow, Allen & Coatc, 2004), Gerald Rosen e Gerald Davidson (2003), recentemente chamaram atenção para a necessidade de que os princípios empiricamente embasados se vinculem às estratégias especificas de intervenção. A avaliação c a formulação de casos na FAP são simpáticas a essa proposta, já que, embora a avaliação diagnostica continue sendo um componente do processo, ela é fundamentalmente desenvolvida para indicar. de modo direto, a formulação de caso e intervenções terapêuticas obictivas. A FAP não prescreve um único meio de avaliação das variáveis. Clínicos que empregam a FAP o fa/cm em uma série de contextos e com grande variedade de clientes, e um componente intrínseco desta é o lítio de que as estratégias de avaliação são adaptadas às necessidades próprias de cada situação. De fato. alguns terapeutas que utilizam a FAP cm sua prática clinica são conhecidos e procurados sobretudo por seu foco intenso no relacionamento interpessoal íntimo. Em tais casos, nào é necessário realizar umn grande quantidade de avaliações; ao contrário, cliente c terapeuta podem rapidamente se voltar para a identificação dos CRBs relacionados aos problemas interpessoais específicos do primeiro. Os terapeutas que empregam a FAP também trabalham cm uma série de outros contextos, incluindo residências de clientes com problemas de desenvolvimento, clinicas comunitárias, universidades ou prisões. Nestes contextos, uma variedade maior de problcmas-alvo pode ser encontrada c a avaliação provavelmente será mais elaborada e extensiva, adaptada ao contexto e população específicos. Este capitulo focará as estratégias de avaliação para indivíduos que têm alto grau de funcionamento, como os tipicamente encontrados na clinica privada. Os comportamenios-alvo neste contexto tende a envolver dificuldades interpessoais c desordens relacionadas ao humor, ansiedade e personalidade. O processo de avaliação na FAP está indissociavelmentc relacionado ao J Avaliação e FonmiUçio de Caso 63 tratamento c é parte do processo inicial de construção do relacionamento entre o terapeuta e o cliente. Durante a terapia, o cliente e seu terapeuta determinam , cm conjunto, que comportamentos estão criando dificuldades para o cliente em seu cotidiano. A natureza colaborativa do processo de avaliação é uma das razões pelas quais a FAPé tid2 como uma intervenção intensa. Em consonância com a FAP como um todo , o processo de avaliação permite que o terapeuta seja um ser humano genuíno, que não somente reali/a uma avaliação visando ao seu resultado , mas também expressa interesse, preocupação c cuidado genuínos para com o cliente. Unia Visão Geral da Avaliação Idiográfica Funcional Avaliações na FAP são funcionais c ideográficas. Ao se conduzir tal avaliação, é fundamental estabelecer uma distinção entre função e topografia. A topografia de um estímulo ou comportamento c simplesmente aquilo que parccc ser. Quando descrevemos o que as pessoas fazem, estamos nos referindo geralmente á topografia ou á Ibi mn de seus comportamentos (e.g., descrevendo uma pessoa como "risonha" ou nomeando a repreensão ao barulho de uma criança como "punição"). Na FAP, a análise topográfica é menos útil clinicamente do que a descrição de sua função. A função de um estímulo está relacionada ao seu efeito sobre o comportamento (se o aumenta ou diminui, ou indica ocasião para a sua emissão). Sc a criança continua a fazer barulho no futuro , a repreensão pode ter agido não como uma "punição", mas como uma "recompensa" (tal atenção do pai teria funcionado como reforçador para o comportamento). Similarmente , a função de um comportamento é definida pelo efeito que este lem no ambiente. Sc o comportamento for considerado no contexto de seus antecedentes (as condições que precedem o comportamento) e consequências (situações posteriores ao comportamento), esta formulação sc toma mais clara. Com frequência, uma pessoa pode apresentar o mesmo comportamento topográfico cm diferentes contextos, e este comportamento pode possuir funções diferentes em cada um destes contextos. Por exemplo, rir de uma piada pode ter a função de expressar alegria, ao passo que rir em um funeral pode funcionar como esquiva de emoções negativas. Ê importante notar que a função de um estimulo ou comportamento pode nào corresponderá intencionada. Um individuo que expressa muita (ou pouca) emoção na tentativa de estabclcccr contato com os outros , pode, na realidade, afastá-los. ou ter a sua tentativa de cumprimentá-los nào compreendida corretamente . Oferecer dinheiro ás pc>%oas depois que realizaram um trabalho de caridade pode tomá-las menos dispostas a fazer trabalho voluntário no futuro. Os comportamentos, tanto intra quanto cxtraconsultório. podem ter funções bem diferentes das que o cliente intcnciona. Esta dissonância 64 J. W Kanicr cl »l. cnlre a intenção c o efeilo geralmente causa confusão c angústia nos clientes -co mesmo pode acontecer com os terapeutas! Assim, c essencial que estes últimos reavaliem continuamente suas ações e vejam se elas estão reforçando ou punindo o comportamento dos clientescomo esperado (ver a Regra 4 no Capítulo 4). O objetivo principal da avaliação comportamental é a identificação das relações funcionais entre antecedentes, comportamentos e consequências. liste processo, no entanto, pode ser muito difícil. Um comportamento pode ser o estímulo antecedente de outro comportamento, o qual, por sua vez, pode ser a consequência para o primeiro comportamento c o antecedente para a emissão de um terceiro comportamento. É também vital reconhecer que pensamentos e sentimentos, além dos estímulos externos, podem se constituir em dicas para a emissão de comportamentos específicos. Existem alguns equívocos quanto ao papel dos pensamentos c sentimentos nas terapias de abordagem comportamental. Pensamentos c sentimentos não só têm papel reconhecido na perspectiva behaviorista radical, como também são considerados fatorcs importantes na avaliação do comportamento. Pensamentos e sentimentos são vistos simplesmente como comportamentos encobertos e, como tais, estão sujeitos às mesmas análises dos comportamentos abertos - e, da mesma forma, podem atuar como dicas comportamentais. Assim, quando conduzimos uma avaliação funcional, é de vital importância analisar que função podem ter os sentimentos e pensamentos que ocorrem imediatamente antes ou após um dado com|K>rtamcnto. Uma importante advertência que deve feita quanto às afirmações acima c que o foco da FAP não csti na cxatidào de um pensamento ou sentimento (como na Terapia Cognitiva), mas sim na função que estes podem exercer. Consideremos um cliente que rumina enquanto exerce íúnçôes sociais, tendo pensamentos do tipo "eu não tenho nada interessante para dizer, ninguém vai querer conversar comigo... " . Um terapeuta cognitivo pode se reportar aos pensamentos específicos que o cliente está desenvolvendo, c pedir a ele para compará-los com a realidade (c.g., eu realmente não sou interessante? será que os outros realmente não querem conversar comigo?). Por outro lado, terapeutas que utilizam FAP podem descobrir que, enquanto o cliente rumina, está evitando assumir quaisquer riscos interpessoais, tais como iniciar uma conversa com outras pessoas ou conhecer alguém novo. Isto implica que a ruminação do cliente poderia ter a função reforçadora negativa ou de esquiva e sugere o uso de técnicas especificas de tratamento que rebatam a função desse comportamento, independentemente do conteúdo dos pensamentos ruminantes. Avaliar relações funcionais entre variáveis muitas vezes requer repetidas observações ao longo do tempo. Discussões sobre as intcraçôcs interpessoais do cliente na sua vida diária (e.g., obtendo, assim, informação acerca dos 3 Avaliará» c iuiiimlde Cato 65 comportamentos do cliente c da situação) é um componente integral de quase todos os tratamentos terapêuticos. Este processo permite que o terapeuta observe o comportamento do cliente e as variáveis mais próximas que o estão influenciando . Durante tais diálogos, os comportamentos-probicma do cliente rapidamente se tomam evidentes pais o terapeuta; no entanto, sua função pode nilo ter ficado tào evidente. I' particularmente difícil identificar , de modo correio, as funções dos comportamentos do cliente se este fornece informações imprecisas ou incompletas. Pode parecer óbvio que um cliente adolescente que conta piadas cm sala dc aula o faz para obter aprovação social , até que se perceba que contar piadas o ajuda a se esquivar das tarefas cscolarcs . I cl izmente , os terapeutas podem fazer observação d ircta dc como os clientes interagem durante a scssào. Na FAP. presume-sc que o mesmo processo funcional que ocorre com o cliente em seu cotkliano provavelmente também ocorrerá na sessão , embora possivelmente com topografia diversa. Assim, o terapeuta é considerado uma parte indissociável dessas intcraçòcs. Uma fonte importante de informação para a avaliação funcional emerge da observação de ramo o cliente reage ao comportamento do terapeuta, cm uma variedade de oca*ióes . Com o decorrer do tempo, o terapeuta será capaz de formular hipóteses acerca da função dc diversos comportamentos e estímulos . Essas hipóteses podem ser testadas ao longo da análise funcional . Na FAP , uma avaliação funcional torna-se análise funcional quando o terapeuta. sistematicamente , manipula variáveis antecedentes c consequentes durante as intenções com os clientes , observa as mudanças previstas no comportamento conforme elas ocorrem , e compara essas mudanças com os níveis de resposta prévios. Por exemplo, um terapeuta pode, propositadamente, mudar seu tom de voz c a velocidade dc sua fala ao responder a uma expressão emocional privativa dc seu cliente, como forma de descobrir o modo mais reforçador dc responder a essas revelações. Enquanto* |K*M|iiisa comportamental básica tem circunscrito a descrição funcional dos comportamentos cm categorias, o principal objetivoda avaliação funcional na FAP não é encontrar um rótulo técnico específico para o comportamento do cliente, mas sim identificar as pistas internas ou do ambiente externo que estão aluando para evocar e manter os comportamentos desadaptativos desse cliente. O terapeuta busca organizar as ocorrências do comportamento ineficaz, cm classes de respostas funcionais (e.g , evitar intimidade) definida por eventos similares (c.g., busca do parceiro por intimidade) que evocam e mantém (e.g., por meio dc reforço negativo) aquelas respostas. Em essência, o terapeuta simplesmente busca identificar os estímulos discriminativos e rcforçadorcs que definem funcionalmente os c.xnprwu memo*-» Ivo A chave para compreender o conceito dc classe funcional c o reconhecimento de que há muitas formas possiveis de se atingir o mesmo objetivo. Se diferentes comportiimentos têm o mesmo efeito , diz-se que são 66 J. W. Kanter ci al. dc uma mesma classe funcionáL Toma-se importante e contudo, difícil a identificação de uma classe funcional, quando uma ampla gania dc topografias de comportamentos com a mesma função, ocorre durante a sessão. Quando isso acontece, pode ser bastante difícil, para o cliente e para o terapeuta, reconhecer que uma única classe funcional pode ser responsável pelo surgimento 011 manutenção de dificuldades interpessoais. Alguns comportamentos aparentemente não relacionados emitidos polo cliente (e.g., discutir com o terapeuta, faltar às sessões, idealizar o suicídio), podem, na verdade, ser dc uma mesma classe funcional (e.g., evitar aumento da intimidade na relação terapêutica, quando a intimidade è aversiva para o cliente). A identificação destes comportamentos como sendo da mesma classe funcional provavelmente levará o terapeuta a respostas radicalmente diferentes e mais efetivas. O processo de identificação funcional c, fundamentalmente, condu/ido dc modo ideográfico (e.g., de forma individualizada). Ilssa flexibilidade é um ponto que distingue « FAP dc outras terapias padronizadas. Isto não significa, no entanto, que o terapeuta não possa ter dois clientes com as mesmas classes de comportamentos-alvo. Na verdade, muitos padrões de comportamento interpessoal são frequentemente observados em clientes diferentes. Sc um terapeuta FAP sistematicamente rcali/a a mesma formulação dc caso para cada cliente, rccomcnda-se cauteia c consulta a fortes externas, lais similaridades nào são pressupostas pela FAP, mas sim observadas por meio da avaliação. A FAP não prescreve como lazer a formulação de um caso. Ou melhor, a ênfase é colocada na realização, pelo terapeuta, de unia formulação de caso que o conduza a escolhas de como responder quando comportamentos clinicamente ou melhoras ocorrerem. O processo dc avaliação funcional resulta no reconhecimento dos padrões das classes funcionais que podem ser utilizados para organizar os CRIls dos clientes e conduzirá formulação de caso. O processo de avaliação é um lauto complexo,mas o produto é, na verdade, bastante simples. Uma possibilidade para a formulação de caso por meio da FAP pode ser encontrada no Apêndice A . A formulação dc caso c um (breve) resumo da história das variáveis relevantes, comportamentos cxtraconsultório(Os), que podem ser tanto relativos aos problemas cosidianos (Osi) quanto ás suas metas (Os2), variáveis que mantêm estes problemas no ambiente do cliente, os pontos fortes c habilidades, CRBsl, CRBs2, planos dc intervenção e uma lista dos Tis (cotnporiamcntos- problemas do terapeuta) c T2s (comporlamcntos-alvos do terapeuta), " lodos estes componentes para a formulação do caso serão descritos de forma pormenorizada abaixo. Os T1 s e T2s serão descritos c elaborados no capitulo 8 , Supervisão c Desenvolvimento Pessoal do Terapeuta. Informações adicionais podem ser acrescentadas à formulação de caso quando outras modalidades estão sendo usadas cm conjunto com a FAP. tais coino a incorporação das crenças irracionais quando sc usa a FAP para 3 Avaliaçio c Formulação dc Caso incrementar a terapia cognitiva (Kohlembcrg, Kanter. Bolling, Parker & Tsai, 2002; Kohlembcrg, Kanter. Tsai, no prelo) ou quando sc propõe o uso da FAP para afetar comportamentos sociopolíticos (SPs) que são vistos como problemas (SP I s) 011 dc avanço (SP2s), (Tcrry. Bolling, Ruiz & Brown, no prelo). Os terapeutas que utilizam FAP buscam mudar os comportamentos do cliente focalizando o que ocorre durante a sessão . Assim , as variáveis listadas na formulação do caso devem ser tão especificadas e operacionalizadas quanto possível. Quanto mais claros os limites que definem o CRB1 e o CRB2 , mais facilmente o terapeuta pode identificar c responder a estes comportamentos. Ainda, a formulação do caso deve ser uma ferramenta dinâmica , cujo principal propósito é a identificação acurada das classes funcionais , permitindo, como resultado, a ocorrência das respostas mais apropriadas por parle do terapeuta. Isso é possível mesmo quando um comportamento corn a mesma topografia pertence a mais que uma classe funcional . Quando se descobre a função de determinados comportamentos , mais do que um tema poderá emergir. Isto nào significa que um tema c errado e o outro é certo , mas que uni comportamento pode possuir diferentes funções em diferentes situações. Os clientes podem ter um repertório comportamental limitado e. assim, c comum que um único comportamento promova diferentes consequências. A Avaliação no Decorrer tia Terapia A avaliação é muitas vezes vista como precursora da terapia, mas em um tratamento funcional como c a FAP , ela ocorre continuamente durante todo o processo c é bastante flexível. É um processo interativo e continuo de revisão de hipóteses sobre o comportamento do cliente e sua função. O processo dc avaliação c lormulação de caso c contínuo ao longo da Icrapia; mudanças podem ocorrer dentro c fora das classes funcionais inicialmente identificadas. Após o inicio do processo terapêutico, várias sessões podem ser necessárias para determinar coo|xrrativamcnte as metas de tratamento e apontar comportamentos-alvo ou classes dc resposta especificas. Por exemplo, um cliente pode propor diferentes metas para o tratamento em diferentes sessões. Após muitas semanas , o terapeuta pode entender que a melhor meta a ser definida é a indecisão sobre metas c podem ser necessárias muitas semanas para que o cliente se tome consciente e concorde com a mudança nos objetivos para o tratamento. Após a definição dos antigos comportamentos c dos novos objetivos comportamentais, repetidos processos de avaliação são necessários , mas geralmente são menos intensos. Cada vez que se alteram as metas comportamentais, a formulação do caso também sc modifica evoluindo em sintonia com as mudanças no repertório interpessoal do cliente e com a 68 J. W. Kaixer cl ai. maneira como responde aos eventos do cotidiano, idcniifieados durante a terapia. Os CRBs que inicialmente nào faziam parte do repertório do cliente, terão de ser modelados no decorrer da terapia. Nessa situação, aproximações relativamente grosseiras aoCRB2 ideal, podem ser consideradas um CRB2 e reforçadas inicialmente na terapia, mas poderão não ser consideradas um CRR2 numa fase posterior, quando um comportamento mais adaptativo tomar-sc parte do repertório do cliente. Mais especificamente, a definição operacional de um CRB pode ser modificada no curso da terapia, confonne os progressos do cliente. Por exemplo, um cliente que não expressa suas necessidades durante o processo da terapia pode di/cr, "está muito quente aqui hoje " . O terapeuta pode considerar esta verbalização como uma pequena aproximação inicial da assertividadc, e responder ofereccndo-sc para ligar o ar condicionado e discutir estratégias alternativas para expressão de suas necessidades. Posteriormente, poderá ocorrer dc o mesmo cliente nào ser reforçado ao apresentar uma verbalização vaga como essa. Ao invés disso, o terapeuta pode responder dc forma a provocar um pedido mais especifico do cliente. Procede-se da mesma forma para novas classes de CRBsque os clientes apresentam de forma independente, ao ampliarem seu repertório. Por exemplo, o caso dc um cliente que supera sua di fi cu Idade de fazer revelações intimas e passa a fazer pedidos excessivos ao seu parceiro amoroso, Outras mudanças durante o processo de terapia também precisam ser acompanhadas mais dc perto. A fase inicial da relação terapêutica pode evocar uma classe diferente dos CRBs que já estarão estabelecidas no relacionamento que ocorre na fase intermediária da terapia c, da mesma forma, a fase dc término também evocará um CRB diferente. O medo dc abandono dc um cliente pode evocar comportamentos inadequados em muitos outros relacionamentos, mas este medo pode não ser eliciado até que o término da terapia se aproxime, e por essa razão somente possa ser abordado como uma meta terapêutica, nesse contexto. Alem disso, as metas do cliente podem se alterar verdadeiramente no decorrer da terapia, quando há mudanças nas situações ambientais. Os Ols/CRBlssâo sucessivamente identificados e os 02s /CRB2s tomam-sc parte do repertório do cliente. Por exemplo, após do medo dc conversar com novas pessoas, o cliente pode começar a focar na melhora dc relacionamento» amorosos recem-iniciados. Os objetivos podem mudar dc lacunas no repertório verbal, para expressões pessoais que poderão melhorara intimidade. Táticas na Prática da Formulação de Caso As considerações gerais descritas acima descrevem os princípios conceituais que orientam a formulação de um determinado caso. Km termos práticos, a FAP depende do estabelecimento rápido dc um relacionamento intenso e importante com o cl icnte. Dessa forma, o longo período dc coleta de informações , Avaliação « f ormulação dc Caio 69 que existe na terapia tradicional geralmente nào e necessário. A FAP reconhece que há muitos caminhos para a realização de metas, e isto se aplica tanto a clientes quanto a terapeutas. Alguns terapeutas são hábeis para formular hipóteses que são facilmente mudadas a partir das novas informações , enquanto outros terapeutas são mais sistemáticos em suas estratégias de organização de dados. Independentemente da abordagem, a avaliação pode ocorrer dc uma maneira que intensifique o relacionamento terapêutico. Como dito acima , a FAP não impõe os meios para a formulação do caso , mas enfatiza o desenvolvimento dc um trabalho que deve conduzir as respostas do terapeuta aos CRBs do cliente. Assim, a meta da avaliação é que a formulação do caso contemple a história dc vida relevante do cliente , comportamentos fora da sessão c CRBs. Há inúmeras estratégias para se avaliar informalmente estas variáveis . História de Vida Alguns clientes, se não a maioria , apenas se sentirão completamente compreendidos se puderam relatar (geralmente dc formacronológica), suas crenças ou trajetórias dc vida ate a presente situação. Embora o relato dessas histórias possa não ser necessário para o terapeuta atuar com sucesso, isso pode habilitá-lo a aprender a linguagem preferida pelo cliente e rapidamente ter informação dc como melhor indicar sua compreensão, entendimento c abordar a mudança. Em algumas situações, os detalhes desta narrativa podem ser utilizados dirctamente na formulação do caso, como quando o cliente repete instâncias dc comportamentos-problcma específicos (e.g., fazer pedidos excessivos no relacionamento). Alguns clientes podem ser capazes de descrever as variáveis que afetam seus próprios comportamentos (e.g., similaridades entre situações que produzem ansiedade e levam à esquiva). Nestes casos , o cliente poderá ajudar o terapeuta a identificar as classes dc CRBs . Quando se eoletam estes dados, é importante ter em mente que as variáveis que mantêm os comportamentos podem não ser as mesmas que modelaram o comportamento inicialmente (e.g., comentários sarcásticos de um cliente que originalmente tinham a função dc ganhar atenção e serem engraçadas perante os pares, mas que posteriormente foram mantidos pelo distanciamento daquele cliente cm relação aos demais). Além disso , o comportamento pode ter sido mantido por esquemas dc reforçamentoou punição, nos quais as consequências tinham , inicialmente, níveis elevados e hoje ocorrem em níveis mais baixos , ou vicc-vcrsa (e.g., um cliente que, quando criança, foi fisicamente abusado repetidamente por seu pai), lais histórias determinam regras verbais que são emitidas nas situações correntes e determinam comportamentos . Essas regras podem anular dicas presentes em um ambiente para emissão dc comportamentos socialmente mais adequados, resultando em um fraco controle do ambiente atual c em comportamentos inadequados. No entanto , é bastante 70 J. W. Kanici ci a! comum que os clicuics sejam inábeis para descrever a dequadamente seus comportamentos e as variáveis de controle. A interpretaç ão incorrcta pode ser, em si mesma, uma meta para a terapia. Por fim, da mesma forma que a FAP é uma abordagem terapêutica que almeja alcançar a mudança de comportamentos present es , a avaliação de variáveis históricas (incluindo história da infância) po de ter um importante papel na identificação de comportamentos-alvo e suas funções. No entanto, com a FAP o foco do terapeuta em eventos passa dos se dá apenas para entender os comportamentos e relacioname ntos atuais do cliente, uma vez que "insighrs" do passado não sào o objetivo final na FAP. De forma consistente com a discussão acima, o Apêndice B inc lui um "Questionário Prelim inar FAP de Informações do Cliente", que c uma ferramenta para terapia que pode ser enviada via e-mail ou pelo corr eio para o cliente, antes da primeira sessão. O questionário pede um resu mo detalhado dos eventos de sua vida, uma descrição dos seus pontos positivos c negat ivos, as metas para a terapia e quaisquer outros fatores ou eventos r elevantes que devam ser conhecidos pelo terapeuta. A informação disponibilizada desta maneira pode ser discutida durante as prime iras sessões de psicoterapia. Inúmeras questões podem ser utilizadas para levar os clientes a disponibilizarem informações importantes sobre suas histórias de vida, desde que a função de tais questões seja relevante. Perguntas que não tenham propósitos terapêuticos (e.g., avaliação ou e struturação de relacionamentos) são. neste momento, uru desperdício de oportunidade paia pergun tar algo relevante. Cabe ao terapeuta dccidir se a questão provave lmente irá atingir o objetivo desejado. Isto pode ser dc difícil definição no inicio da terapia c, deste modo, as questões ;i seguir seriam "questões padrões " , que os terapeutas que utilizam FAPpoderiam uiilizur para avaliara h istória de vida dos clientes: Qual e. em sua opinião, seu maior problema nos seus relacionamentos? Quando começou sua dificuldade em construir c manter relac ionamentos? Você teve algum relacionamento importante no passa do? Existiram momentos em sua vida cm qu e suas dificuldades de relacionamento foram maiores ou menores? Melas e valores' A avaliação funcional c frequentemente vista como um processo tedioso e técnico. Com a FAP, não é este o caso. Um dos recursos que valida a avaliação é iniciá-la com uma discussão com o cl iente acerca de suas metas e vaiorcs. A maioria dos terapeutas inicia com uma d iscussão acerca das ; A f-Ur ác «liin pcnfCCMa .oflCi» > < "> W <M< Hl <n «líll» C*" Ak*km .«iMI cao|4"j «*.( M «""l «= r-lv-ti .<. -.«< M.muofeoi m wlw.1 «« « a cnmfiiiMiKiiiii ll.niUi»!». W» 3 Avaliação e Formulação de Caso 71 metas dos clientes, descrevendo o que estes esperam do tratamento e da vida. A FAP considera este ponto da avaliação, de grande importância, uma vez que a meta da FAP não c a redução dos sintomas do cliente, mas ajudá- lo a agir cm direção às suas metas para, assim, desfrutarem de uma vida produtiva, significativa c completa. Tudo na avaliação depende da definição destas metas dc vida. Quando conduzidas desde o início da terapia, a identificação c o esclarecimento dos vaiorcs descritos pelo cliente poderão ajudá-lo no processo terapêutico dc três formas. Primeiro, promover discussão sobre esperanças e sonhos do cliente pode dar início à construção dc um relacionamento terapêutico, assim como permitir, ao terapeuta, reforçar-lhe as tentativas durante o processo dc mudança. Segundo, o esclarecimento dos vaiorcs pode auxiliar na identificação de quais estímulos têm função naturalmente reforçadora para o cliente, e isso pode permitir, ao terapeuta, responder às mudanças de comportamento do cliente de forma mais significativa (c.g., reforçando funcionalmente CKB2s). Alem disso, comportamentos que estão em harmonia com os valores do cliente possuem maior probabilidade de serem reforçados automaticamente, tal como acontece quando um cliente se sente bem ao emitir comportamentos que estão dc acordo com aquilo que ele próprio valoriza. Um valor que está claro para o cliente pode funcionar como uma operação estaoclcccdora ou motivacional fortalecendo um comportamento de seu repertório. Quaisquer contingências de reforçamento adicional que tenham sido arranjadas podem atuar como "a cereja do bolo " para o fortalecimento do comportamento no decorrer do tempo. Terceiro, c o mais importante, seria verificar se os valores do cliente fornecerão uma direção mais consistente para a terapia. Discussões sobre vaiorcs criam contextos para as metas do cliente c proporcionam, ao terapeuta, informações úteis sobre quais comportamentos-alvo deveriam receber mais atenção, serem melhor trabalhados. São muitos os métodos para o esclarecimento dos valores do cliente. Um deles é realizar questões sobre sua vida, inetas e sonhos. Estas podem incluir ° O que você vc como seu self /eu ideal? . Se dinheiro não fosse um problema, o que você gostaria dc fazer de sua vida? = Se você tivesse uma varinha mágica que pudesse mudar o que quisesse, como você gostaria que fosse sua vida? Quem você admira c o que admira nesta pessoa? Outro método e fazer com que o cliente sc engaje em automonitoria. Isto pode ser realizado informalmente, perguntando-lhe o que ele faz para se divertir ou , utilizando-se uma abordagem mais dircta, pedir aos clientes para 72 J . W Kmler «.« al. colctarcm dados sobre suas atividades diárias. Um lercciro proccsso que pode ser utilizado para auxiliar o clienle a identificar seus valores seria levá- lo a realizar exercícios cxperienciais, tais como o exercício do funeral, usado pela Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT; Haycs, Strosahl, & Wilson. 1999). Neste exercício, o cliente é levado a imaginar os elogios prováveis ou aqueles que gostariaque fossem ditos cm seu próprio funeral. Este proccsso pode levar o cliente a perceber o que realmente importa para ele. O "Rápido retrato da vida" (Apêndice C) c outra forma de definire explorar os valores individuais. No "Rápido retrato da vida " , pcdc-sc inicialmente ao cliente que avalie o quão importante para ele são os vários valores citados c depois o quão satisfeito ele está com os seus comportamentos relacionados a este valor. Essencialmente, isto pode ser visto como uma elaboração (embora mais flexível c inclusiva do que a verbalização dos valores da FAP) do Questionário de Valores Vitais (VLQ) utilizado pela Terapia de Aceitação e Compromisso (Wilson & Groom, 2002). Cada uni destes questionários ê uma forma rápida de avaliar os valores c progressos do cliente em diferentes dimensões de vida. sendo que ambos podem ser usados no inicio do tratamento e no decorrer da terapia. Finalmente, a declaração de missão é uma valiosa ferramenta que pode agir para lembrar os clientes de seus valores c levá-los ao engajamento cm comportamentos mais adaptativos orientados para seus valores (ver Capitulo 9). Uma declaração de missão pode ter diferentes formas, simplesmente descrevendo como c onde o cliente se vi no futuro, utilizando-se de poesia sobre valores e metas que o cliente deseja alcançar. Estas declarações agem como regras para os clientes, os quais podem se engajar em comportamentos que considerem estar de acordo com as metas estabelecidas por eles mesmos. Comportamento Fora da Sessão (Os) Outra importante área de avaliação para a FAP são os comportamentos do cliente em ambiente natural (Os), tanto problemáticos (Osi), quiinto positivos (Os2). No inicio da terapia, a investigação de tais comportamentos pode prover informações importantes para a formulação inicial do caso. No decorrer da terapia, a avaliação dos comportamentos do cliente fora da sessão poderá ser utilizada como indicador de generalização dos repertórios comportamentais modelados pelo terapeuta em sessão. Comportamentos Clinicamente Relevantes (CRBs) A identificação de CRBs geralmente ocorre durante as sessões da terapia. Como mencionado anteriormente, partindo-se da premissa de que o relacionamento terapêutico poderá evocar comportamentos que o cliente apresenta cm seu dia a dia, considera-se que as reaçôes do terapeuta podem espelhar as reaçôes dos amigos, familiares e demais pessoas significativas 3 Avtiluçjo c Fnmiiiliivão dc Caso 73 da vida do cliente . Se o terapeuta tiver uma reação intensa a um comportamento do cliente, especialmente se este ocorrer mais de uma vez , ele pode ser um CRB. Para testar esta teoria , o terapeuta deve fazer perguntas que o ajudem a confirmar ou não esse comportamento como um CRU c também avaliar a sua função naquele momento. Para tal processo, é crucial que o terapeuta seja habilidoso na identificação precisa dc suas próprias respostas emocionais. Ele deve estar totalmente consciente c focado na relação terapêutica , durante toda a sessão para ser capaz dc identificar e localizar as interaçflcs que se constituem cm CRBs . Ainda , os terapeutas precisam estar conscientes das idiossincrasias das suas histórias dc vida que podem levá-lo às reaçôes emocionais não generalizáveis . Em outras palavras, o terapeuta precisa estar seguro de que sua resposta pessoal ao comportamento do cliente c funcionalmente similar às que ocorrem com as pessoas importantes que fazem parle da vida do cliente. O terapeuta não precisa avaliar os CRBs privadamente. Ao invés disso, muitas vezes é realmente útil perguntar diretamentc ao cliente sobre seus comportamentos, para aferir se eles são importantes. Exemplos dc tais questões incluem: Como você está se sentindo agora? " O aconteceu agora, entre nós, que o fez sentir-sc desta maneira? . O que você espera de seu relacionamento comigo? O que em mim o frustra? " Parcce-mc que vocc está chateado (a). O que isso tem a ver com o que aconteceu entre nós? Paralelos dentro e fora da sessão: Os CRBs identificados por meio da interaçio dircta com o cliente deveriam ser discutidos em sessão com o objetivo de determinar se os mesmos apresentam a mesma função no ambiente fora da sessão terapêutica. Pode-se compreender este proccsso como uma avaliação "dc dentro para lora" na qual o terapeuta considera suas próprias respostas ao cliente a cada momento e como ele se sente na interaçio com o cliente durante a sessão . O objetivo deste processo é especular e identificar Os (comportamentos fora da sessão) baseando-se na ocorrência in-vivo dc CRB. liste processo demonstra que a I Al" não pretende induzir o cliente a comportar-se de maneira mais efetiva até mesmo porque as técnicas da FAP deveriam ser descritas explicitamente , e a mudança dc comportamento deveria implicar na colaboração entre cliente e terapeuta, com o objetivo dc alcançar as inetas do cliente . Por exemplo, um terapeuta pode dizer: O que você acabou dc fazer eslá lendo um cfciio em mim . Gostaria dc sabei *c você já pcrccbcu te oulras pcs.voas reagem da mesma maneira Estou lentando determinar 74 J . W. KiDt« et «1 SC minha reaçSo c cspectiica paru mim ou nlo; ou w seria interessante para nós discutir sobre isio mais dc«alhad*menle. Paralelos dc fora para dentro: A avaliação dc CRBs também pode ocorrer como um processo "de fora para dentro", começando como uma discussão da ocorrência dos Os com um cliente. Neste método. Os (baseados nas metas do cliente) sào primeiramente identificados, e então, exemplos desses Os (CRBs) podem ser especulados, avaliados c discutidos com o cliente. Alguns exemplos são: Isto acontece ou já aconteceu aqui? " O que acontece entre você c seu companheiro (a) já aconteceu aqui, entrenós? Isto é igual ao que aconteceu quando você e cu tivemos aquele desentendimento c você ficou realmente muito quieto (a)? . Ru faço você sentir-sc da mesma maneira também? . Você me vê de forma semelhante ao seu marido (esposa) dc alguma maneira? Paralelos "de dentro para fora " c "de fora para dentro" que relacionam comportamentos ocorridos em sessão com comportamentos que ocorrem fora da sessão de maneira especifica, além de terem unia função de avaliação, também podem auxiliar no processo dc generalização (como referido na regra 5 no Capitulo 4). Certamente os processos dc avaliação dos Os / CRBs c descrições funcionais dos mesmos estão intrinsecamente relacionados, fazendo (.(Mil que o terapeuta que utiliza I AP refina continuamente sua compreensão sobre o comportamento do cliente por meio das tentativas de avs!iá-k> e descreve-lo funcionalmente. Avaliação dos Antecedentes, Repertório Comportamental e Consequências Como dito anteriormente neste capitulo, a avaliação na l-AP enfoca a identificação de classes de respostas funcionalmente definidas, instâncias individualizadas que podem ser tanto Os como CRBs. Realizar uma definição funcional requer uma análise dos antecedentes e das consequências do comportamento, além do repertório comportamental por si só. Antecedentes: para cada classe de problemas, os terapeutas primeiro avaliam sc aqui há um problema como. por exemplo, se o cliente tem falhas paru identificar quando um determinado comportamento especifico deve ser emitido. Será que ele reconhece ou discrimina as situações apropriadas (antecedentes) nas quais, caso emitivse um comportamento de uma determinada classe, podena chegar a um resultado previsto? Para clientes com dificuldades dc expressar intimidades, a primeira questão dc avaliaçilo lógica é determinar J Av»lj»tio C FormuUclo de Caso ?J se cie reconhece as ocasiões apropriadas para fazê-lo. Independentemente dc como alguém expressa intimidade , a avaliação do momento C*ftmm£~) é dc fundamental importância. Por exemplo, um relacionamento que poderia ser promissor poderia ter seu caminho interrompido se alguém dissesse: "cugostaria que você fosse mãe dos meus filhos" , já no primeiro encontro . Antes dc iniciar a terapia com o objetivo de estabelecer um repertório para expressarintimidade , o terapeuta precisa avaliar sc o cliente reconhece condições apropriadas para apresentar tais comportamentos e, sc ele não o faz , deve primeiramente promover o desenvolvimento dc tal discriminação. Repertório de respostas: em seguida, a meta da avaliação é verificar a adequação ou presença dc problemas com o repertório dc respostas, em si. Isto pode ser difícil , uma vez que requer, do terapeuta, a avaliação da diferença entre função e topografia discutidas anteriormente. Em alguns casos, o terapeuta pode decidir que o cliente não possui certo tipo dc repertório adequado, simplesmente porque ele adota comportamentos diferentes daqueles que o terapeuta usaria para atingir os mesmos fins. Por exemplo, terapeutas geralmente sào rápidos ao identificar problemas dc expressividade emocional. Isto é , de fato, um problema clinico comum , mas pode ser diagnosticado inapropriadamente. Terapeutas (e alguns de seus amigos) geralmente discutem sentimentos com muita facilidade ... Sc o cliente não o faz usando os mesmos termos e tópicos que são familiares ao terapeuta, ele pode dizer que há ai um problema clinico . A questão real na avaliação , noentanto , é se os comportamentos que o cliente utili/a para expressar afeto são efe ti vos com as pessoas de seu ambiente atua! ou desejado. É vital para o terapeuta ser consciente dos efeitos do comportamento que o cliente emite na tentativa de atingir uma determinada meta , particularmente para aqueles que podem ser diferentes dos que o terapeuta apresenta , mas que sào amplamente aceitos cm muitos grupos sociais. Embora seja preciso o cuidado acima mencionado, repertórios dc resposta da maioria das classes de interação social sào um problema clinico frequente. Apesar de o último critério para se julgar a adequação de uma classe funcional de comportamentos seja sc eles levam às metas desejadas pelo cliente, existem maneiras comuns pelas quais esses repertórios falham cm seu funcionamento adequado . Um cliente pode apresentar um déficit comportamental por não apresentar, nas condições adequadas, qualquer comportamento ou comportamentos suficientes para atingir o nível de reforçamento desejado. O cliente pode falhar cm pedir (ou pedir sutihncntc) mudanças aos outros. Neste caso. presume-se que o repertório de pedir mudanças de comportamentos dos outros nunca foi aprendido apropriadamente, dc tal forma que as pessoas da vida do cliente não reconhecem quando cie está solicitando mudanças. Um cliente também pode ter dificuldades pela emissão de "excessos" comportamentais . Ele pode ser muito autocentrado , demandando muita atenção ou segurança, obediência ou dominando as conversas . Cada um J. W. Knntcf cl III destes ou oulros cxccssos comportamentais pode inibir as interações sociais correntes ou o desenvolvimento de intimidade. Dc uma forma bastante simplista, muitos problemas clínicos podem ser formulados tanto como excessos como quanto a dcficits comportamentais. Cada um destes padrões pode afetar a obtenção do reforçamento social desejado pelo cliente. Outro nível de complexidade que c familiar a muitos terapeutas ê a formulação dc alguns problemas comportamentais pelas funções interpessoais que têm cm comum, como por exemplo, a de "esquiva " a determinadas classes de consequências. Anteriormente neste capitulo, exemplos de respostas dc esquiva foram dados, como de falta às sessões, raiva, lala suicida ou elogios excessivos. Todos estes comportamentos podem ter a função dc evitar o aumento na intimidade. Comportamentos de esquiva, quando emitidos, previnem ou evitam determinadas consequências. Um repertório comportamental geralmente disfuncional 6 o de respostas dc "fuga", que fazem cessar algum estado presente. Algumas vezes, estas respostas de fuga sào sutis, como quando o cliente di/ "Oh, eu me esqueci de mencionar que eu tenho que sair da sessão mais cedo hoje para pegar meu filliu!" Outras vezes, a topografia pode ser bastante diferente, como quando o cliente se recusa a conversar ou fica irritado com o terapeuta da mesma forma que ficou com seu cônjuge na tentativa dc se desvincular de uma situação. Exatamentc de que consequências o cliente está fugindo ou se esquivando não c algo sempre óbvio. Consequências: o último fator a ser avaliado c se o repertório interpessoal do cliente está sob controle dc consequências apropriadas. A questão de avaliação c: quando um comportamento adequado é emitido, ele é apropriadamente reforçado pelo ambiente dc tal forma que ha probabilidade de que será emitido novamente, nas mesmas circunstâncias ou em circunstancias semelhantes? Algumas vezes, pessoas significativas do ambiente não reforçam apropriadamente um comportamento, e o cliente pode optar por emitir este comportamento mesmo assim ou por expandir seu círculo social, dc forma a incluir pessoas mais reforçadoras. Estruturação da Formulação de Caso Utilizando o Formulário dc Avaliação Idiográfica Funcional (FIAI ) Se o método dc avaliação desestruturado como ocorre geralmente, e que foi acima descrito, não for atraente aos terapeutas que utilizam I AP. é possível realizar um processo de avaliação semicstruturado baseado no Instrumento dc Avaliação Funcional Idiográfica (Functional Idiographic Asscssment Template-FIAI. Callaghan. 2006). Como tem sido enfati/ado, a avaliação c fomiatada sob medida para cada cliente Da mesma forma. alguns dcficits apresentados por alguns clientes são encontrados nos outros. O FIAT, uma entrevista estruturada, sugere meios que podem ser usados 3 Avalijçko e Formuluvâo ite Caso 77 para formular um caso, baseados nas metas que são recorrentes em terapia. O FIAT c uma tentativa dc definir áreas em que sc tem verificado problemas dc forma recorrente c prover uma estrutura para interpretar as interações sociais complexas que sào frequentemente metas da terapia. Apesar do FIAI não estar firmemente estabelecido como uma abordagem definitiva de identificação dos Os/CRBs e determinar uma formulação dc caso , também c uma forma de fazé-lo . O FIAT c um sistema em continuo desenvolvimento . Terapeutas que procuram treino adicional com o FIAT devem contatar o Dr . Grccn Calaghan (no web site da FAP: http:// www.lapthci aphv.coni/) Aqui o FIAI* será brevemente resumido , como forma dc incorporá-lo à FAP. Para iniciar o processo dc avaliação e entrevista do FIAT , o terapeuta deve responder com o cliente todo o questionário FIAI (FIAT-Q. Calaghan. sessão. O FIAT-Q é um inventário composto por 117 questões dc autorrclato que fornecem uma avaliação das cinco classes do FIAT (asserção dc necessidades , comunicação bidirecional , conflitos, revelação e proximidade interpessoal, experiência e expressão emocional; ver a seguir, de forma mais detalhada a descrição dc cada classe). O preenchimento do questionário antes do início da terapia pode ajudar a guiar a discussão sobre as metas do cliente e as demais informações que devem ocorrer na primeira sessão. Posteriormente , como ilustrado no Capitulo 4. o terapeuta poderá fazer uso terapêutico do FIAT-Q. enquanto apoio na identificação dc potenciais CRBs. Idealmente , o terapeuta deve revisar o FIAT-Q para definir o que focar na entrevista do FIAT , a qual pode ser feita na primeira ou segunda sessão. Não há orientações, normas ou escores dc corte para o FIAT-Q. Assim, o terapeuta pode usar a informação obtida por meio do FIAT-Q de modo flexível. Por exemplo, por meio do FIAT-Q, um terapeuta pode observar que uma determinada classe dc comportamentos parece não estar causando dificuldades para o cliente. Sabendo disso, o terapeuta não precisa discutir esta classe cm profundidade, embora obter um resumo geral dela possa ser útil para avaliar a veracidaded3S respostas ao FIAT-Q. Desta forma, o terapeuta pode escolher focar apenas aquelas classes identificadas pelo FIAT-Q que parcccrcin dai uma distinção da severidade dos problemas entre as classes . De modo alternativo , o terapeuta pode verificar as respostas do FIAT-Q com escores mais altos c reavaliá-las com o cliente . O FIAI consistc em uma entrevista pré-definida c formulada para accssar classes de comportamentos interpessoais maiores , utili/ando-sc de questões estruturadas de forma similar às descritas anteriormente . As cinco classes definidas pelo FIAI geralmente produzem formulações de caso úteis . Cada classe requer que o terapeuta c o cliente discutam questões que produzem a análise dc antecedentes , repertório dc comportamentos c consequências. As questões pedem ao cliente que se lembre das instâncias especificas de y w. Kioicf « «. ocorrência do comportamcnto-problcma, em seu dia a dia ou usa as observações do terapeuta sobre os comportamentos que ocorrem ao vivo. As informações obtidas por meio destas questões de avaliação são definidas para ajudarem diretamente na formulação do caso e informar qual será o curso da terapia. Como foi detalhado no manual do FIAT, ele contêm uma amostra das questões que o terapeuta pode utilizar com o cliente, tanto no período dc avaliação inicial quanto ao longo da terapia. Estas questões primordialmente enfocam os comportamentos cxtraconsultório e as respostas do cliente a estas questões geralmente informam quais sào os Osi s c Os2s que podcrào constituir o foco do tratamento. O terapeuta deve responder As questões que sào destinadas somente ele. depois de interagir com o cliente. Bstas questões ajudam a determinar a presença de problemas dc comportamento in-vivo. durante o período da avaliação e ao longo da terapia. Ao responder a estas questões, o terapeuta pode identi ficar a <li mensào dos comportamentos ocorridos cm sessão - como também suas próprias respostas ao comportamento do cliente. A primeira classe dc problemas definida pelo FIAT, a Classe A. é composta por problemas relacionados à expressão de necessidades. Isto pode implicar uma falha do cliente em especificar, requerer ou reconhecer uma necessidade interpessoal. Questões de avaliação para esta classe podem incluir: » Você sente que as outras pessoas podem satisfazer as suas necessidades? Suas necessidades são satisfeitas tão logo vocc as tem ou posteriormente? " Você acha que tem habilidade para pedir aos outros que satisfaçam as suas necessidades? Questões dc avaliaçào para o terapeuta nesta classe incluem: O cliente tem problemas em fazer com que suns necessidades sejam satisfeitas? ® Há momentos em que o cliente tem problemas cm fazer com que suas necessidades sejam satisfeitas durante a sessão? O cliente é capaz de / consegue fazer pedidos ao terapeuta? A Classe B abrange uma ampla gama de problemas relacionados com a comunicação bidirccional. Isto inclui falhas cm observar ou descrever o seu impacto nos dctiuis. ser insensível às consequências interpessoais, não discriminar as necessidades dos outros, oferecer fecdbacks punitivos aos demais, fazer uma leitura equivocada dos sinais (de comunicação), entrar 3 Avaliação e Focmulaçio áe Cato 79 em discussões intermináveis ou , ainda, fugir ou esquivar-se dc importantes classes dc comunicação. Dentre as questões feitas ao cliente para a avaliação desta classe cncontram-sc: » Vocc se sente capa/ dc perceber o impacto que você causa nos outros? Sc sim , como você acha que eles o percebem ou se sentem ii seu respeito quando vocês estão interagindo? Como vocc descreveria este impacto? . Você tem consciência ou percebe quando os outros estão lhe dando um feedback sobre seu comportamento? Questões de avaliação desta classe, para o terapeuta, abrangem: . O cliente é capaz dc discriminar quando ele afeta o terapeuta durante a sessão? O cliente valoriza o feedback dado pelo terapeuta? . A importância que o cliente dá ao terapeuta é consistente com a natureza ou o desenvolvimento da relação terapêutica? A Classe C se refere a problemas com conflitos . Novamente, há muitas fontes de dificuldade para análise dos antecedentes , comportamentos ou consequências. O cliente pode discriminar o conflito quando nào for essa a intenção, (c.g., ser.do excessivamente defensivo), ter um repertório agressivo ou passivo, pode achar aversiva uma resolução adequada dc problemas ou também considerar tal resolução como um indicador de um problema maior do que considera a outra pessoa envolvida na conversa . Questões dc avaliação para o cliente nesta classe incluem: É normal ocorrer conflitos entre você e outras pessoas com as quais você está se relacionando? Você snbe quando o conflito está acontecendo entre você e outra pessoa? Você lendc a ceder aos outros facilmente caso haja conflitos, aceitando a posição ou ponto dc vista deste, mesmo que não concorde com isto? Questões dc avaliação para o terapeuta: O cliente se envolve cm algum tipo dc interação conflituosa com o terapeuta durante a sessão? O cliente está consciente de que um conflito está ocorrendo durante a sessão? O cliente reconhece que conflitos podem ocorrer entre ele c o seu terapeuta? 80 J. W. Kinicr cl ai. A Classe D inclui problemas com revelação c intimidade. Excessos ou déficits são características de destaque nesta classe, alem de problemas em discriminar ocasiões apropriadas para fazer revelações. Os clientes podem sentir-se incapazes ou inseguros em nomear os sentimentos c as emoções que querem expressar aos outros, ou podem se equivocar sobre o significado de revelações que outras pessoas possam expressar. Nas questões de avaliação para o cliente nestas classes inclucm-se: Vocc tem tido um melhor amigo ou que você poderia dizer que próximo, intimo? . Você possui relacionamentos próximos, pessoas de quem você é amigo, ou com quem você conversa sobre o que está fazendo / acontecendo com você? Você valoriza ou sente que os relacionamentos íntimos sào importantes para você? Questões de avaliação para o terapeuta, nesta classe, incluem: Há evidências de que o clicnte deseja ou necessita de uma relação terapêutica próxima? O cliente fala sobre si mesmo ao terapeuta durante a scssào? . O cliente reconhece que o terapeuta é alguém participante na interaçào? A classe F. incorpora problemas com cxpencncia emocional ou sua expressão. Dentre os problemas relevantes para esta classe, cncontram-se as dificuldades em discriminar o ambiente, nomear adequadamente uma emoção ou até mesmo estar consciente de que tal expressão emocional c esperada ou apropriada. A habilidade para nomear ou verbalizar emoções apropriadamente requer uma complicada e longa história de aprendizagem, incluindo um ambiente que auxilie c ensine a discriminação emocional. O desenvolvimento de tratamentos recentes, talcomoa.ACT (Haycsetal.. 1999) considera a esquiva emocional um obstáculo significativo para iniciar ima mudança comportamental. A TAP também promove um ambiente seguro no qual os clientes podem expcrienciar emoções complexas, enquanto se envolvem em relacionamentos nos quais podem aprender a nomear corretamente suas emoções. Questões de avaliação do clicnte, nesta classe, incluem: . Você é capaz de perceber suas reações emocionais quando elas ocorrem? Você 6 capaz de distinguir os diferentes tipos de experiência emocional que possui? Você dá dica* para as pessoas sobre o que está sentindo ou quando está passando por uma emoção? 3 Avalimçio r Fonnul io <Jc C*so 81 As questões dc avaliação para o terapeuta nesta classc são: " Este clicntc tem problemas cm expressar suas emoções? " O cliente c capaz dc identificar quando tem uma experiência emocional? . O clicntc identifica o terapeuta como alguém com que possa compartilhar suas emoções? O FIAT apresenta dificuldades específicas. Atémesmo na breve discussão acima , fica claro que as classes podem sei complementares e sobrepostas. Elas incluem uma ampla gama dc comportamentos do cliente, mas não sào exaustivas e nem são as únicas abordagens para separar os problemas climcos. O leitor deve reconhecer a importância da estratégia utilizada para identificar o comporíamcnto-problcma na riqueza do contexto em que ocorre. A formulação do caso não pode ser feita sem levar cm consideração as circunstancias em que o problema ocorre ou devena ocorrer , a qualidade da resposta comparada a meta do clicnte (e a apropriação da meta do clicnte) c os evento» que oconem após a resposta, que fazem com que o comportamento se torne mais ou menos provável de ocorrer novamente , em circunstâncias similares futuras . Ate o momento cm que este texto foi escrito , não havia nenhum dado normativo ou seguro para avaliar o FIAI. Muitos pesquisadores estão tentando resolver este problema. Ainda assim , muitos terapeutas que utilizam FAP consideram o FIAT um instrumento extremamente útil da forma como está . Exemplo dc caso': Identificando C/asses FIAT Gary, dc 30 anos, procurou a terapia para ajudá-lo a estabelecer relacionamentos melhores com outras pessoas e desenvolver habilidades que lhe permitissem iniciar e manter relacionamentos Íntimos. Disse que desejava estabilidade cm sua v ida , mas não tinha habilidade para descrever por que não conseguia manter bons relacionamentos. Gary apresentou características dos Transtornos dc Personalidade Histriónica e Narcisista . Por exemplo, rebtou sentir-se desconfortável cm situações em que não recebia unia atenção especial. Além disso, o padrão dc interaçào dc Gary era provocativo e suas emoções mudavam rapidamente, tomando difícil. aos demais , saberem como ele estava se sentindo em cada momento . Frequentemente exagerava ou relatava inadequadamente os seus sentimentos , o que tornava dificil aos demais a ele responder. Também tinha expectativas impossíveis quanto às outras pessoas e esperava que elas as atingissem automaticamente. Gary não tinha empatia c não reconhecia os 1 ItHlM ( po -iu,, .tarife» o. cirfnrc. a»ncoi.vl* Mn r««n llttttthl . ran o O, |»>«8cr <u> tfcillilili j. W. Kinter cl al. sentimentos dos outros como rn/oávcis, apresentando comportamentos arrogantes frente a cies. Era evidente que esses problemas o impediam de obter suas melas interpessoais, mas cie não tinha compreensão da relação entre esses comportamentos e seus problemas. Em um dado momento, Gary disse "Estou condenado a viver a vida sozinho? " Por meio do FIAT, quatro classes comportamentais foram identificadas. A classe li,dificuldades cm identificar c responder íis experiências emocionais, foi a primeira classe dc comportamcntos-problemii identificada, o tanto cm sessão (CRBI), como fora da sessão (Osi). Especificamente, Gary demonstrou imprecisão tanto na identificação como na nomeação dc suas experiências emocionais. Por exemplo, ele rdaiou ou expressou raiva quando se sentia triste, ou riu ao descrever tópicos difíceis. Ele também tinha um repertório limitado de expressão emocional que tendia ã apresentação de renções extremas e amplificava seus sentimentos na tentativa dc produzir certo efeito sobre os demais. Além disso, seu humor mudava rapidamente, tomando difícil, ao terapeuta c aos outros, identificarem as suas emoções. Os comportamentos- alvo que representavam melhora (CRB2s) seriam desenvolver com o cliente as habilidades para identificar dc forma mais precisa e nomear mais adequadamente suas experiências emocionais, dc forma a expressar tais sentimentos com mais clareza ao terapeuta (e depois para outms pessoas fora da sessão) c apresentar um repertório mais amplo dc expressividade emocional com o terapeuta e com os outros. O segundo grupo dc compoctamentos-alvo que representavam os problemas do cliente eram da Classe A - problemas na identificação e comunicação dc valores e necessidades. Gary tinha dificuldades cm identificar c pedir claramente o que precisava dos outros. Ao invés dc fazer isso, muitas vezes dizia que as decisões tomadas pelos outros eram boas c depois se engajava cm comportamentos que levariam à mudança cm tais decisões, que reflctiam o que, de fato. gostaria que acontecesse, porém sem falar claramente sobre isso. Muitas vezes, as suas expressões de insatisfação eram sarcásticas, e ele poderia negar que gostaria que as coisas acontecessem dc modo diferente. Relatou que muitas vezes esperava que os outros soubessem quais eram os seus desejos, sem lê-los expressado. Para Gary, melhoras com respeito a esta classe ocorreriam quando ele identificasse adequadamente o que desejava dos outros c então fi/essc um pedido claramente. Se ele fosse questionado sobre desejar algo diferente do que o terapeuta ou os outros preferiam, uma melhora consistiria no reconhecimento disto por Gary. mesmo que ele não tivesse clareza sobre quais seriam os seus desejos. A Classe B, relacionada a problemas na identificação c resposta a feedback* c do seu impacto sobre os outros, foi outra importante classe de respostas alvo de intervenção. Gary era muito insensível ao impacto que produzia nos demais, envolvendo-se em diálogos focados em si mesmo, frequentemente levando os ouvintes com quem estava interagindo 3 Avaliação r Fonoulafio dc Caw >3 socialmente a não se sentirem envolvidos com ele . Gary relatou que geralmente sabia de antemão o que os outros poderiam di/er c perdia o interesse no que uma pessoa realmente di/ia. Ele não estava consciente do impacto aversivo que gerava nos demais c nem tinha clareza sobre quais seriam as formas mais efetivas de responder . As melhoras dc Gary consistiriam em estar consciente e tentar perceber o seu impacto sobre os outros. O alvo não foi criar uma hipersensibilidade ao seu impacto , mas sim reconhecer como este impacto poderia distanciá-lo dos outros c cnvolver- sc na apresentação dc respostas diferentes, caso fosse essa a sua escolha. A última classe de problemas identificada foi a Classe D , relacionada às dificuldades de Gary de autorrcvelar-se e dc desenvolver e manter um repertório pró-social. Este conjunto de problemas incluíam seu forte envolvimento cm um conjunto restrito dc respostas que eram hiper praticadas com o terapeuta e os demais. Este processo tendia a fazer o cliente parecer superficial e menos interessado em uma interaçâo social, mesmo que isto não fosse o caso . Gary também relatava que sabia o que as pessoas pensavam dele, sem. no entanto , perguntar a cias. Melhoras nesta área envolveriam interações mais espontâneas do cliente, questionamento às pessoas acerca do que elas pensavam sobre ele c maior interesse nus verbalizações alheias. Gary também assumiu que sabia o que os outros estavam pensando sobre ele , ao invés dc perguntar isso n eles. Melhoras nesta área incluiriam ter interações mais espontâneas, perguntar aos outros os seus pensamentos c tornar-sc mais interessado no que os outros tinham a dizer. Uma descrição mais detalhada sobre o tratamento com o uso da FAP no tratamento dc Gary e os resultados obtidos podem ser encontrados em Callngan. Summers e Wcidman (2003). Automonitoramento do Cliente Durante o Tratamento A meta principal da avaliação é determinar quais comportamentos são problemáticos para o cliente c como poderiam ser encaminhados durante o tratamento . Dependendo do cliente, comportamento ou ambiente , isso nem sempre é possível. É altamente recomendado , portanto, que o cliente monitore seus comportamentos fora da sessão, para monitorar o progresso. O monitoramento dos comportamentos fora da sessão permite que o terapeuta observe como está sc comportando no dia a dia c se o tratamento está se generalizando. Comportamentos podem ser monitorados por meio da utilização dc uma simples ficha de registro diário . Considerando as conclusões da avaliação inicial, o terapeuta c o cliente podem despender tempo, cooperativamente com o cliente , para determinar as classes dc respostas que serão registradas. Devcra-se nomear as classes dc respostas com nomes simples, usando o vocabulário preferido do clicntc para J W. Kmler cl dl sc referir ao problema, c dois ou três exemplos dc cada resposta devem eslar listados na ficha dc registro. Os exemplos nâo devem ser topograficamente semelhantes, mas sim possuir a mesma funçào na vida do cliente. Isto pode facilitar o registro das classes dc respostas funcionais, ao invés dc limitá-lo à observação dos exemplos topograficamente semelhantes c, por conseguinte. promover uma visão distorcida de seus progressos comportamentais. A definição c o monitoramento das classes de respostas devem ser determinados idiograficamentc, baseados na percepção, motivação c nivcl dc funcionamento de cada cliente. O objelivo é criar uma delimitação que permita, tanto quanto possível, a contagem da frequência do comportamento alvo ou problema. Algumas classes de respostas podem ser mais bem monitoradas por meio da observação dos comportamentos que devem ocorrer mais frequentemente (e.g., compartilhar emoções, expressar as necessidades), enquanto outras devem ser monitoradas cm lermos dc comportamcntos-problcma que devem diminui r dc frequência (e.g., paquerar ou discutir excessivamente). nimbem pode ser necessário monitorar não somente as ocorrências dos compoitamentos-alvo ou problemas, mas também as oportunidades para que tais comportamentos ocorram. Por exemplo, paia um cliente o comportamento a ser monitorado pode ser do repertório dc resposía de *discutir de forma insensível com a cx-mulherSc, no entanto, o cliente cessou a comunicação com essa ex- niulhcr, este número reduzido de oportunidades paia a ocorrência do com|X)rtainento jxxlcrá confundir o monitoramento (e.g., podciá parecer que houve uma diminuição das discussões). Similarmente, um cliente pode estar trabalhando para ser mais assertivo com os outros, mas faltarem oportunidades para que isso ocorra. Monitorar o numero de oportunidades pode ajudar na observação das esquivas para sc engajar neste comportamento. Pode ser útil também registrar as necessidades do cliente para se engajar cm um comportamcnto-prublcma. ao lado das ocorrências desíe mesmo comportamento. Necessidades c oportunidades podem, dc fato. ser similares, listas questões idiossincráticas precisam ser resolvidas classe por classe c cliente por cliente. Quando possível, os grupos de supervisão são cruciais nas primeiras semanas para ajudar o terapeuta na escolha das fornias mais efetivas de promover o monitoramento de determinadas classes de respostas, apresentadas por cada cliente cm especial. Parn alguns clientes, especialmente os que apresentam desordens dc personalidade ou dificuldades interpessoais intensas, Osi c CRU Is são muito frequentes em seus repertórios interpessoais. Por exemplo, um cliente clamado Tom apresentava um estilo interpessoal sutil e aversivo para o terapeuta. O terapeuta considerava difícil apontar os comportamentos que eram CRBIs. "Com ajuda do grupo de supervisão, de formulação de caso, o CRBI relacionado com o "estilo sutil" dc interaçào do cliente com os outros, foi identificado. Para clientes com CRBIs frequentesc sutis como estes, é melhor que o cliente monitore as ocorrências dos CRB2s ao invés dos CRBI s. i Avaliando c FoimutavOo de Caso 8J Avaliação do Terapeuta Boa parte deste capítulo fez referencia aos comportamentos do cliente. O terapeuta, no entanto, desempenha um papel crucial na FAP . Ele traz sua própria história ou experiência para qualquer avaliação ou sessão dc terapia, o que dá colorido à sua interpretação do comportamento do cliente. As experiências passadas podem influenciar o que o terapeuta percebe, como ele interage com um novo cliente e a forma especifica dc resposta que apresenta frente aos vários comportamentos clínicos emitidos por este. Observadores , inclusive terapeutas, nunca deixarão dc ler vieses na forma com a qual interpretam o comportamento. Há um esforço continuo cm separar as suas histórias pessoais, ao reagirem a certas características c comportamentos do cliente, dc forma a melhor avaliar como us ouiras pessoas poderiam reagir cm circunstâncias semelhantes". Para auxiliar neste esforço, rccomcnda-se que, durante a FAP , duas áreas-chave de comportamentos dos terapeutas sejam avaliadas. Funções de Estímulos do Terapeuta Terapeutas que utilizam FAP devem sc tornar conscientes dc suas propriedades como estímulos que podem afetar a apresentação clínica dos clientes, especialmente nu que se refere às suas habilidades para evocar CRBs. Um terapeuta muito atraente, dc qualquer género, pode produ/ir um repertório comportamental muito diferente cm um cliente , quando comparado a um terapeuta com diferentes características físicas . Algumas ve/cs cerras características dos estímulos podem ser úteis, mas cm outras ocasiões elas podem interferir negativamente O ponto chavc é que todo comportamento somente pode ser compreendido no contexto em que ele ocorre I m uma circunstância , um comportamento pode indicar ansiedade, enquanto que cm outra , pode indicar atração. O processo dc avaliação requer abertura no sentido dc compreender que comportamentos podem ter diferentes funções em circunstâncias diferentes. Terapeutas que utilizam FAP também reforçam CRBs. A discussão acima enfocou a avaliação dos Os CRBs, mas igualmente importante para a FAP é a avaliação dc como os clicntcs respondem durante as intcraçòcs do terapeuta. Tecnicamente , o terapeuta deve estar consciente de suas funções evocativas , eliciadoras c reforçadoras-punidoras para o cliente e avaliar as reaçòcs do cliente cm cada sessão. Por exemplo, o terapeuta que faz afirmações do tipo " eu estou contente por você ter me dito isso" ou "cu me sinto mais próximo de você agora que você compartilhou isso comigo", pode pressupor que estas afirmações são reforçadoras para o cliente. No entanto , a natureza do . Coma 1"! t Srtw.» Il«M) h. um. m*» ór «ut ot iuIjmkmo, *. . uuu * mm é. pn.aW.Ui o. ênorrarxi *t r*.-. <« -4.. - U«T<ir Hl»»»*. J . W. Kaitcr et a! rcforçamcuto implica cm que a única lòrma de verificar sc uma consequência é reforçadora cfclivamcnte, é observar se um comportamento aumenta ou mantém sua frequência ao decorrer do tempo. No momento, o efeito não c conhecido , mas pode ser avaliado perguntando-se, mais especificamente ao cliente, como ele sc sentiu após a interação ou até mesmo perguntando se c provável que ele emita novamente essa resposta no futuro. O terapeuta pode realizar um registro silencioso da frequência do comportamento ao longo «lo tenipo e essas respostas do cliente podem guiá-lo na administração das consequências atuais. Utilizando as respostas do cliente a tais questões, juntamente com informação sobre a mudança da frequência do comportamento ao longo do tempo, o terapeuta pode hipotetizar quais tipos de interação são mais ou menos reforçadoras para um cliente. Eles podem também avaliar qual a melhor forma de responder mais efeti vãmente aos comportamentos do cliente . outro aspecto da FAP que é idiográfico para cada cliente c que ajuda a separá-la de outras propostas terapêuticas. O processo funciona no lugar da avaliação formal de reforçadores na análise funcional tradicional, uma vez que a avaliação forma! poderia ser muito arbitrária para os pacientes ambulatoiiais cm psicoterapia. Tis (Comporta/iieiitos-problenia do Terapeuta) e T2s (Comportamcntos-alvo do Terapeuta) A avaliação do terapeuta inclui também uma apreciação dos seus comportamentos (conforme será melhor descrito no Capitulo 8). que podem ser igualmente relevantes e interagir com os CRBs do cliente. Uma lista resumida de T1 s (c.g., esquiva-se da raiva do cliente, fazerbrincadeiras quando ansioso) e T2s (c.g., permanecer presente enquanto o cliente expressa raiva, permanecer consciente quando ansioso), tanto gerais como específicos pode ser incluída na formulação do caso do cliente. Muitos terapeutas que utilizam FAP acham útil ler uma lista de seusTls c T2s pessoais, para ajudá-los a ficar conscientes de seus próprios comportamcntos-alvo ao interagirem com os clientes. Outro método de avaliar e destacar os Tis e T2s é o processo de supervisão. Ter um colega que o ajude na identificação de seus pontos fortes c pontos fracos aumentará a probabilidade de que use ou construa um repertório pessoal para responder aos clientes com mais efetividade. Isto será discutido em detalhes no Capítulo 8, Supervisão e Desenvolvimento Pessoal do Terapeuta. Possíveis barreiras para a avaliação Como conclusão desse capitulo, é importante destacar uma série de fatores que podem impedir o emprego efetivo das estratégias e técnicas 3 Avaliação c Formulação de Cau> 87 discutidas acima. Uma dificuldade comum é que durante toda a avaliação (c terapia), o cliente não consiga reconhecer que o relacionamento terapêutico possa ser similar àquele que ele desenvolve com outras pessoas cm sua vida cotidiana . Assim , quando um terapeuta explora esta possibilidade, ele pode negar que tais semelhanças existem ou simplesmente não ser hábil em reconhecê-las. Isto pode ocorrer cm função da falta de percepção do cliente sobre seu próprio comportamento. As respostas do terapeuta devem explorar essa resposta, buscando interações similares que o cliente pode ter tido com os outros c perguntando-llie as questões descri tas acima. Utilizando- sc deste processo, frequentemente o terapeuta poderá descobrir que as interaçòcs cm sessão são semelhantes às interações fora da sessão e , desta forma , potencializar terapeuticamentc a interação que ocorre no momento. Outra dificuldade acontece quando sc trabalha com um cliente que não estipula metas interpessoais e ainda é interpessoalmcnle ineficaz, como avaliado por meio do relato do cliente (e.g., ao descrever situações ou contar histórias) e/ou da observação cm sessão. O mecanismo de mudança estipulado pela FAP c a resposta do terapeuta contingente ás respostas do cliente que ocorrem em sessão; assume-se que o comportamento que ocorre na sessão é comportamento interpessoal. Por conseguinte, o terapeuta e seu cliente precisam, para trabalhar juntos, determinar as metas que indicam que a FAP é o tratamento apropriado. Um dos meios de se conduzir esta questão c revisar com o cliente a racional da FAP(veja Capitulo 4), e discutir com ele a premissa- chave de que os comportamentos problemáticos de sua vida cotidiana provavelmente ocorrerão na sessão com o terapeuta. Este processo pode permitir, ao cl ientee ao terapeuta, trabalharem essa questão na sessão. Muitos terapeutas podem enfatizar que "c assim que a FAP c feita" e "como a terapia poderá funcionar". Uma segunda maneira de se conduzir csia questão c ver a indecisão do cliente (e.g., se o cliente é indeciso) como um CRI31 e lidar com isso na terapia. Uma terceira maneira de conduzir esta questão é realizar um acordo com o cliente para fozer uma FAP "exploratória", de modo a criar novas metas usando muitas das técnicas de "dentro para fora", descritas acima. Isto poderá funcionar bem se o terapeuta simultaneamente revisitar a lógica da FAP com o cliente . Quando as barreiras potenciais à avaliação são conduzidas com sensibilidade , o caminho para um tratamento efetivo com a FAP sc fortalece. Referências Barlow, D. H., Allcn, I.. B., & Choute. M I .. (2004). Toward a unified ireatmenl for emotional disorders. Bekovtor Thvrapy, J5(2). 205-230. Catlughan, CL M. (2006). Thc Functintul Iduijiuphic AsacssmcntTcmplatc(FIAT) systeni The Bchavior Analysí Today, 7, 357-398. a* J W. KlMet el Jl ( '«llaghan, G M.. Summcn, C. J.. A Wcidnun, M. (2003). Thc ircalmcnl ofhútfionic and iiarcistislic pcr»onalily ditorder hchavior»: A linglc-iubjccl dcmoastraiion of clinicai improvcmcnl using Funciionil Atulyuc P»yíhothcrap> Joumal of Contrmporary Pirehotkerapy. JJ(4). 321-339 Hayc*. S. C. Nelson. R. O.. A Jirrctt. K- B. (1987). 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Lm suma. o ingrediente essencial de uma ptícorcrapia bem sucedida e ugnificativa è amor (Pcct. 197?. p. 173) As cinco regra* dcscritas neste capitulo tem a intenção de prover um salto inicial para o leitor no uso da FAP. Usadas apropriadamente , elas |>odcm trazer aquilo que Peck considera os ingredientes essenciais para uma psicoterapia bem sucedida - envolvin>eiito, lula, disposição paia assumir risco c amor. Ao invés dn rigidez, comumcnte associada ao termo "regra", as regras propostas aqui são baseadas na concepção skinneriana do comportamento verbal (1957, p. 339) e na elaboração feita por Zellle e Hayes (1982). Dentro desse contexto, essas regras da I AP silo sugestões para o terapeuta que resultam cm efeitos reforçadorcs para o seu comportamento - mais um Mente isso, você vai gostar * *o invcs de 1faça isso*. Dessa forma , favorece-se a integração com outras abordagens terapêuticas c acomodam-se as diferenças individuais entre terapeutas, Emboia as icgiasaqui sejam claramente delineadas para fins de orientação, na prática elas se misturam e as intervenções, típicas do terapeuta, acabam por englobar diversas regras simultaneamente. Para aqueles que preferem U 7t« «owjoJJM* l.-v.w As-u* 1.1 r, Suik »0t, Sonlr. WAflIOi. USA < iia.1 -. «il. . M 1«! «t Al ,4 6M/r n. AMtWMf «-al.nr CnrtiW..V1. DOI 10 1Ullt,-jri.0.1lí*)7i: « <. O Hp.isi» r.i M«. UX XO- __|f_ 90 M. Tsai cl ol. uma linguagem não técnica, um equivalente foi colocado entre parênteses ao lado de cada regra. Essas regrasc os comportamentos clinicamente relevantes (CKBs) descritos em capítulos anteriores são frequentemente. revisitados cm todo o restante do livro. Psicoterapia é uma interação complexa que envolve a multideterminaçào do comportamento c, por isso, essas sugestões, para a técnica terapêutica, não lêm a intenção de ser completas, nem de excluir o uso de procedimentos não descritos aqui. De fato, outros métodos terapêuticos podem complementar c ser reforçados pela aplicação das regras da FAP. A implementação das regras da FAP pode mudar o foco do tratamento para os CRBs. Sc essa mudança de foco é momentânea ou domina a terapia, as regras da FAP podem facilitar terapeutas a tirarem vantagem d2s oportunidades terapêuticas que. de outro modo, poderiam passar despercebidas. Regra 1: Observe CRBs (Esteja Atento) Esta regra constitui o coração da FAP e sua adoçào pode levar a um tratamento orientado áe forma mais intensa c interpessoal. Quanto mais, fielmente, os terapeutas detectarem c responderem, terapcuticamentc, à CRBs, mais. provavelmente, a terapia será fascinante e profunda. Como behavioristas, nós não acreditamos que *observar " um evento privado, irá. diretamente. intensificar e melhorar o tratamento. ,Observar' ou *Estar atento , , contudo, inicia o processo e, eventualmente, poderá ter um efeito diferencial cm como terapeutas ,veem, seus clientes, a conccituação do caso, o foco e a natureza da intervenção. Para ilustrar o ponto acima, considere a questão perguntada por uma cliente dc RJK: "Você poderia iigar para minha doutora c pedir para ela renovar mini» prescrição de Xanax? " Nós apresentamos esse pedido a inúmeros worlcshops e perguntamos a terapeutas experientes como eles responderiam. Mais frequentemente, eles falam que "A cliente é muito dependente c deveria dizer para ela mesma fazer. " ou eles têm "a política dc não ligar para o médico uc seus clientes com estes propósitos. " Em contraste, sc os terapeutas estivessem atentos aos CRBs. eles poderiam ter se perguntado se o comportamento era um CRBí ou um CRB2. Ou seja, para essa cliente em particular, estaria ocorrendo, aqui e agora, o mesmo tipo de problema que ocorre cm sua vida diária (CRB!), ou isso representa uma melhora no que eia, tipicamente, fa/ !á fora (CRB2)? A resposta c que, com certeza, isso depende da natureza dos problemas diários da cliente. Se a cliente , tipicamente, não pede o que quer ou tem medo dc fazê-lo, então esse seria um CRB2 corajoso e deveria ser reforçado Se a cliente é dependente demais c tem dificuldades na vida porque, constantemente, ped para outros fazerem aquilo que poderia fazer por si mesma, este seria então um CRB I e o terapeuta deveria ajudar a cliente a fazer a ligação por si 4 Técnica Terapêutica A» Cinco Repras 91 mesma. Num nível mais profundo (isto ê, envolvendo uma classe de respostas mais ampla), os problemas diários da cliente poderiam implicar uma falta dc confiança nos outros cm levarem suas necessidades a sério e , por isso, a relutância em arriscar possíveis rejeições interpessoais pedindo favores. Neste caso , o pedido é um CRB2, significante, relacionado a formar e manter relações íntimas (veja Capítulo 6). Terapeutas podem aguçar suas habilidades para detectarem CRBs dc inúmeras maneiras , incluindo estarem atentos às situações terapêuticas que frequentemente, evocam CRBs, usando suas próprias reações como um termómetro , focando cm possíveis CRBs baseados nas respostas do FIAT- Q (Questionário Modelo de Avaliação Ideográfica Funcional, veja Capitulo 3) e detectando significados ocultos no comportamento verbal. Ficando Alento às Situações Terapêuticas que Frequentemente Evocam CRBs Situações que frequentemente, evocam CRBs incluem a estrutura de tempo da terapia (exemplo: 45-50 minutos), gastos, características do terapeuta (exemplo: idade, género, raça e características físicas), silêncios e lapsos na conversa, manifestações de afeio do cliente, o cliente indo bem c sc sentindo bem , feedback positivo e manifestações de apreciação c cuidados por parte do terapeuta, sentimento dc proximidade ao terapeuta, férias do terapeuta, ,erros, ou comportamentos do terapeuta sen» intenção, eventos inusitados (Exemplo: o cliente vê o terapeuta com um parceiro fora da terapia, gravide/ da terapeuta ou uma saída da cidade para alguma emergência) e o término da terapia. Quando estas circunstâncias ocorrem, c importante que o terapeuta esteja ainda mais atento a possíveis CRBs do cliente c, por isso, investigue, mais profundamente, as reações do cliente (veja Kohlenberg & Tsai, 1991, p. 69-74. para discussões detalhadas dc situações que evocam CRBs). Usando as Próprias Reações como um Termómetro As reações pessoais do terapeuta ao cliente podem ser sensores valiosos para CRBs. Questões que se podem fazer incluem: "Dc que forma o cliente tem um impacto negativo sobre você? A sua atenção se desvia porque ele fica faiando monotonamente? Ele evita suas perguntas? Ele frustra você por ter accitado fazer as tarefas dc casa c ter adiado? Ele fala uma coisa c faz outra? E!e e desagradável e sem sentido para você? Ele está atrasado com cs pagamentos? Ele é crítico cm todas as suas intervenções? Ele sc desliga quando você está sc aproximando do problema'i Ele se afasta quando ambos estão tendo unta intcraçào mais próxima? Ele aparenta não ler nenhum interesse ou curiosidade a seu respeito enquanto pessoa?" 92 M Tui a at. Uma qucstão-chave é saber quando uma resposta do terapeuta ao cliente c representativa de como as pessoas na vida do cliente podem responder, Em outras palavras, as próprias reações do terapeuta são um guia preciso pata os CRBs do cliente, na medida cm que essas respostas são similares as respostas dc outras pessoas na vida do cliente. É importante, portanto, ao usar as próprias reações como um guia, ter um conhecimento das outras pessoas importantes na vida do cliente e como elas podem responder. Evidentemente, isso pode envolver nada mais que perguntar. "listou tendo uma reação [xj a vocc agora - como outra pessoa (significativa para você) reagiria?" Essa abordagem, contudo, exige um esforço continuo ao longo do tempo para compreender, profunda e verdadeiramente, as consequências que tem modelado c mantido o comportamento do cliente lá fora. Também é importante que os terapeutas se engajem, continuamente, no trabalho pessoal necessário para resolver seus próprios déficits (Tis), promovam seus comportamentos alvos (T2s) e se assegurem dc que quaisquer reações negativas a seus clientes não sejam baseadas em questões pessoais. Estando em contato consigo mesmo ajudará a reconhecer quando alguém está se esquivando versus respondendo ao cliente. No mínimo, olhar atentamente ao longo da consulta garante que qualquer reação negativa em direção ao cliente seja representativa de como os outros, na vida diária do clicntc, podem responder. Enquanto terapeuta devc-sc tirar vantagem dc oportunidades terapêuticas para evocar e reforçar CRDs2, já que suas reações positivas são por definição, o termómetro da melhora do cliente. Identificação de Possíveis CRBs baseados nas Respostas do FIAT-Q Tabela 4.1 foi construída adaptando o FIAT-Q (Callaghan, 2006), apresentado como um instrumento de avaliação da FAP no Capítulo 3, para uma tabela ao vivo de CRBs. Esses CRBs são baseados nas classes dc cinco respostas: asserção de necessidades, impacto bidirccional, conflito, revelação c proximidade interpessoal, experiência emocional c expressão. Os itens desta tabela alertam os terapeutas para os comportamentos específicos ao vivo que podem indicar possíveis CRBsI. Pode ser útil mostrar este quadro para os clientes e, colaborativamcnte, marcar os itens que podem ser uma questão para eles na sessão e, regularmente, discutir como estão progredindo. Tabela 4.1 Possíveis CRBsI baseados nas respostas do FIAT-Q Classe A: Asserção de necessidades (identificaçãoe expressão) O termo "necessidades" é usado para valores ou qualquer coisa que alguém possa querer, inclusive a necessidade dc afirmar um estado de ser que são 4 Técnica Tcrapiutica: A% Cinco Regias 93 opiniões, ideias, convicçòcs, paixões, anseios, desejos, sonhos, pedidos dc suporte social ou outras necessidades que sejam mais práticas. . Dificuldade para identificar necessidades ou tipo de ajuda ou suporte que deseja do terapeuta; . Dificuldade para expressar necessidades; . Dificuldade p3ra ter as suas necessidades satisfeitas com a ajuda do terapeuta; . Expressa necessidades muito sutil ou indiretamente; . Afasta o terapeuta com carências; » Muito exigente quando pede para satisfazer suas necessidades; . Dando , como uma forma de fazer com que o terapeuta saiba o que e necessário em troca; Extremamente independente, sente-se vulnerável quando reccbc ajuda; . Intolerante quando o terapeuta diz não a seus pedidos; . Outro . Classe B: Comunicação bidirccional (impacto e feedback) Essa classe dc comportamentos envolve o impacto dos clientes ou como eles afetam outras pessoas, como eles dão ou respondem ao feedback. 'Feedback, refere-sc a respostas c reações a seus comportamentos ou aos comportamentos dos outros. São as informações dos outros que fazem com que os indivíduos saibam como eles estão indo. Pode ser verbal (expressa em palavras) ou não verbal (exemplo: expressões faciais). . Dificuldade cm receber feedback positivo (apreciações, elogios); . Dificuldade em receber feedback negativo (criticas): . Dificuldade dc fornecer feedback positivo (apreciações, elogios); . Dificuldade de fornecer feedback negativo (críticas construtivas); . Expectativas irracionais de si mesmo (perfeccionismo, sensação dc fracasso); . Expectativas irracionais do terapeuta; ® Hipersensível ou excessivamente consciente do impacto sobre o terapeuta; . Pouca consciência do impacto sobre o terapeuta; . Avaliação imprecisa do impacto sobre o terapeuta; . Di ficuldade em controlar ou acompanhar o que esiá dizendo; - Muito superficial quando fah; . Fala demais ou por muito tempo sem checar o impacto; . Muito quieto; . Muito contato visual; . Pouco contato visual. 9* M Tm. «i «L . Linguagem corpora! nào corresponde ao conlcúdo verbal; . Outro. Classe C: Confluo A habilidade para identificar e resolver os conflitos interpessoais vai determinar o sucesso de longo prazo nos relacionamentos. Aqui, *conflito , referc-sc a ter uma discordância ou desconforto na interaçâo. . Dificuldade puro tolerar conflito ou divergência; . Evita conflito; . Entra cm conflito para evitar aproximação; . Expressa multa raiva; . Reluta cm comprometcr-se; . Di Acuidade para expressar sentimentos negativos; . Ineficiente para resolver conflitos; . Dcseulpa-sc demasiadamente; . Assume tudo como sua culpa; . Culpa o terapeuta pelos problemas; . Cria conflitos desnecessários; . Expressa raiva ir.diretamente - exemplo: sendo um agressivo pas sivo: . Recusa-se a perdoar o terapeuta; . Outro. Classe D. Revelação e proximidade interpessoal Os sentimentos de uma pessoa sobre proximidade interpessoal e como fala sobre si ou sobre suas experiências com outros são classes de respostas relacionadas com a intimidade. Proximidade interpessoal, simplesmente, se refere a estar ,conectado cm , ou 'próximo de" outra pessoa. Relacionamentos interpessoais próximos são aqueles que envolvem lalar paia os outros como se sente, ser compreendido por outra pessoa c importar-sc com os ou tros e suas necessidades. . Medo de proximidade ou apego; . Di Acuidade cm expressar proximidade e cuidados; . Dificuldade em ter proximidade e receber cuidados; . Relutância cm assumir riscos emocionais, lista: . Relutância em falar sobre si; . Relutância em deixar ser. verdadeiramente visto ou ouvido; . Dificuldade para conversar: . Minimiza a importância do que ele/ela compartilha; . Fala demais sobre si; . Não ouve bem; 4 Ifemci Tcnptulicj: A* Cinco Regi» 95 . Pede suporte demais; . Sente necessidade de nào se revelar; . Muito invasivo ao perguntar por experiências pessoais do terapeuta; . Nào tem consciência das necessidades do terapeuta (exemplo: ficando além do tempo na sessão, nào deixando o terapeuta falar); . Fala demais c muito superficialmente; . Dificuldade em confiar; . Confia muito fácil , muito cedo; . Outro . Classe E: Experiência c expressão emocional O termo *experiência emocional, refere-se a todos os tipos de emoções ou sentimentos , nào somente sentimentos 'negativos, tais como tristeza. ansiedade , solidão, mas também amor, orgulho, alegria, humor, ele. Sentimentos podem ocorrer no momento em que eventos ou intcraçòcs sào cxpcricnciadas, ou podem ocorrer depois, como quando uma experiência está sendo lembrada. . Dificuldade para identificar sentimentos; . Desatento a sentimentos quando eles estão acontecendo; . Sentimentos ocultos intencionalmente; . Pouca ou expressão emocional distante; . Aparenta assustado ou ameaçado; . Dificuldade para chorar; . Dificuldade para sentir e/ou expressar mágoa, tristeza, desgosto; . Dificuldade para sentir e/ou expressar ansiedade, medo; . Dificuldade para sentir e/ou expressar alegria, orgulho, humor (circulo que se aplica); . Engaja-sc cm Talas negativas sobre si quando sente emoções; » Expressa sentimentos de uma maneira demasiadamente intensa; . Focado demais nos sentimentos , incapaz de controlar sua expressão, . Fala demais sobre sentimentos; . Sentimentos sào muito instáveis e intensos; . Incapaz de ter perspectivas sobre os sentimentos, dominado por eles e nào consegue separar; . Irrita ou afasta o terapeuta pela forma como os sentimentos sào expressos; « Evita ou suprime certos sentimentos. Descreve sentimentos evitados c métodos de esquiva; . Outro . 90 M T»»» cl b). Detectando Significado Oculto no Comportamento Verba! O sistema «Ic classificação do comportamento verbal da FAP baseado na abordagem de Skinner (1957) pode ser útil para detectar CRBs. Essa seção oferece apenas um sumário breve; recorra a Kohlcnbcrg c Tsai (1991) para uma descrição detalhada. Esse sistema, essencialmente, foca em dois tipos de comportamentos verbais que se diferenciam entre si em suas causas, "tatos , e .mandos,. Notc-se que Haycs, Barnes-Holmes e Roche (2001) têm elaborado c refinado a teoria do comportamento verbal e os significados desses lermos. Com o objetivo de utili/ar as noções do comportamento verbal para ajudar na detecção de CRBs, nesta parte a terminologia de Skinner e mantida de uma maneira mais consistente com Barnes-Holmes, Bames- Holmes e Cullinan (2000). Tatos. Um tato é definido como uma resposta verbal que está sob o controle preciso de estímulo discriminativo e é reforçado por reforçadores secundários generalizados. Por exemplo, se um cachorro preto passa correndo cm frente de sua filha de dois anos no parque c ela responde dizendo "cachorro preto", ela estaria emitindo um "tato, porque a forma de sua resposta ( "cachorro preto") é controlada pelo estimulo anterior e c reforçada por um reforçador condicionado generalizado ( "sim. aquele é um cachorro preto " ). A contingência ou o reforçador pode ser amplo ou geral (exemplo: "uh-huh. " " ccrto ") para indicar que ela entendeu, nus o estimulo discriminativo (Sd) anterior deve ser especifico. O conceito de tato é similar ao do rótulo ou nome, contudo não c uma representação simbólica dc um estimulo particular. Através de uma visão behaviorista, as palavras "cachorro preto " nJo representam, simbolicamente, o animal , assim como pressionar a barra do rato não representa um sinal de luz amarela na caixa de Skinner. O problema com a palavra "simbolizar"ou , representar " um objeto é que devemos explicar o que "simbolizar * ou representar , significa a fim de entender a resposta verbal. Lm lugar de dizer que o lato c "controlado' por um estimulo discriminativo antenor, ocomportamento pode ser explicado referindo-se a um processo, bem entendido , dc discriminação. De um ponto dc vista terapêutico, o mundo pode ser dividido cm estímulos discriminativos (Sds) localizados na sessão terapêutica, na vida diária do cliente ou em ambas. terapia e vida diária. O foco principal da FAP sio as respostas que são controladas por estímulos que ocorrem na sessão terapêutica Por exemplo, este enfoque destaca a resposta mais importante entre diversas emitidas pelo cliente, cujos problemas apresentados são depressão e ansiedade: I . "Tenho dormido muito ultimamente c comido tranqueiras demais." 2 . "Tenho pagado muito tempo jogando v ideogame " 4 Tfenici Terapêutica Ai Cinco Regro 97 3 . "Tenho pensado sobre a nossa sessão da semana passada " 4 . "Estou ficando para irás no trabalho e sinto-me estressado sobre isso" Essas respostas iriam ser iodas classificadas como latos , mas apenas a resposta três é controlada por um estimulo dentro da sessão. É, portanto, a resposta mais clinicamente significativa, supondo que iodas as respostas são igualmente associadas aos problemas apresentados pelo cliente. Mandos. Mandos são discursos relacionados a demandas , comandos, pedidos e questões. I Ies têm as seguintes características: (1) ocorrem porque foram seguidos de reforçadores específicos no passado; (2) sua intensidade varia de acordo com privação relevante ou estímulo aversivo; c (3) aparecem em uma ampla classe de estímulos discriminativos Deste modo , sc alguém quisesse dizer " Fu gostaria dc comer algo. " esse seria um mando porque seria reforçado por um reforçador específico - alguém que lhe dê comida ou lhe mostre onde conseguir. Não seria reforçado por um reforçador secundário generalizado tal como. ""Obrigado por compartilhar isso comigo" ou "Eu entendo" . A força desse mando irá variar com a intensidade da fome desse alguém. Finalmente, o mando de alguém por comida pode ocorcer cm qualquer lugar onde uma pessoa está com fome e a outra que está presente pode ouvir. Detectando CRBsI no comportamento verbal. Na cultura americana , ocasiões em que clientes dizem uma coisa, mas querem dizer outra, tendem a ser CRBs I. Pegue por exemplo o tato "Estou sentindo-mc suicida." O cliente pode estar, simplesmente, sc reportando aos seus sentimentos. Esse lato. contudo, pode ser um mundo disfarçado, tal como "l)i/ pra mim que você sc importa comigo." Reciprocamente, o mando "\bcê sc importa comigo?" pode ser uma solicitação dc reafirmação, mas também pode ser um lalo disfarçado para "Esiou com sentimento suicida." A Figura 4.1 abaixo , ind>ca a maneira em que uma declaração (exemplo: "Estou sentindo-mc suicida") pode ter significados ou funções diferentes (uma descrição dc sentimentos ou uma solicitação de reafirmação de cuidados) e diferentes emissões ("Estou sentindo- me suicida" c "Voei sc importa comigo9") podem ser. funcionalmente, similares (indicando uma necessidade dc reafirmação de cuidados). Fig. 4,1 Fornias c funções das declarações do cliente Tato Fornia Função "Estou sentindo-mc suicida" Aludindo a sentimentos suicidas Mando " Vfocêsc importa j \ 1 Pedido de/ \J reafirmação de comigo? " cuidados M. Tmí et ai Em suma, as declarações do cliente nem sempre devem ser tomadas literalmente. Um CRBI pode estar ocorrendo quando um tato estiver sendo um mando ou um mando estiver sendo um tato. H claro que qualquer emissão verbal pode funcionar tanto como tato quanto como mando. Além disso, grande parte do comportamento verbal é multidcterminado. Além de um controle primário de estímulo, um controle de estimulo suplementar adicional, geralmente, influencia a resposta. Múltiplas causas podem explicar por que um comentário particular está sendo feito em um momento particular, quando muitos outros também são possíveis. Por exemplo, um cliente que esta irritado com a sua terapeuta pode levantar um incidente no qual cie perdeu a paciência com a sua parceira. Ou uma cliente que está com dificuldade para pagar as sessões dc terapia pode falar sobre sua dificuldade de viver dentro dc seu orçamento. Múltiplas Causas e mandos e talos disfarçado* são significados bdiaviorislas que, tradicionalmente, se referem a 'ocultos,, *latentes * ou "inconscicntcs" ou apenas casos cm que o cliente pode dizer uma coisa, mas estar querendo dizer outra, Essas variáveis têm seus efeitos independentes da consciência do cliente , no entanto, um mecanismo interno, lai como o inconsciente, não necessita ser usado, l-m vez disso, na FAP tais efeitos sào considerados os resultados dc variáveis *sutis*. Cm contraste, variáveis ,óbvias, são aquelas que correspondem à forma da resposta (e.g.. um cliente deciarando que está nervoso com seu parceiro c nervoso apenas com o seu parceiro c não com seu terapeuta). Nós definimos uma 'metáfora, como uma resposta controlada por variáveis 'sutis , Porexemplo, uma experiência negativa com um massagista c a variável óbvia que controla o cliente contando para o seu terapeuta, "meu mavsagivta usou muita piosão c me deixou roxo. " Sc este cliente está descrevendo a experiência porque ele/ela foi provocada, emocionalmente, dc forma intensa pelo terapeuta, então a variável sutil é urna experiência terapêutico prejudicial. De acordo com a definição acima, a declaração .sobre seu massagista ó uma metáfora porque c um responder dc múltiplas causas sobie controle parcial dc uma variável sutil. O objetivo íundamenial dessa conceituaçio c propiciar aos terapeutas. com uma perspectiva diferente, a aquisição através dc uma compreensão behaviorista do comportamento verbal, da capacidade de interpretar o significado das declarações do cliente. Tudo o que c dito, incluindo as palavras desta página, nío deve ser levado literalmente. Realmente, palavras, asserções, comentários, explicações, razões c ale teorias, tais como. o behaviorismo, têm um significado que podem ser bem mais compreendidos por meio do conhecimento do contexto e da história que levaram A sua ocorrência Neste exemplo, de como uma declaração pode ser vista como uma metáfora, n cliente de Ml, uma artista, começa a sessão se queixando sobre como seu estúdio está bagunçado. 4 Técnica Terapêutica: As Cinco Regra* 99 Cliente: Eu só estava me deparando com a bagunça» a sujeira, a desordem» que ocupava o espaço no meu estúdio. Programei- me dc certa forma para o fracasso , por pensar que leria esse maravilhoso dia pani limpar n>eu estúdio quando, provavelmente, levaria semanas. Devia dividir em pequenos objetivos paia então sentir um senso dc conquista, so invés de assumir a tarefa inteira, porque continua inviável. Não me senti bem ao final do dia. Comecei otimista pela manhãe acabei muito irritada, pessimista, infeliz e debilitada no final da tarde , quando meu marido chegou cm casa. Acordei no meio da noite corno se tivesse sido acordada por um barulho alto. Estava acordada assustada e me sentindo muito agitada com aquela bagunça do estúdio... Terapeuta: Estou pensando se o que >ocê acabou de me dizer sobre seu estúdio é uma metáfora para a sua vida c sua terapia comigo? C: Hmm ... T: Você disse que nflo queria se programar para o fracasso, que pensou estar indo naquela direçílo por pensar que poderia fazer tudo em um dia, que é importante pra você dividir cm pequenas tarefas para que possa fazer pouco a pouco e que era muito importante pra você ter uma sensação de realização. Vfocê acha que isso se aplica ao que estamos fazendo aqui? C: Possivelmente, agora que você colocou desse jeito, a ideia de entrar pela porta c ter que me deparar com tudo o que é possível no mundo. Por onde é que vamos mesmo começar, é assim que cu me sinto sobre aquele lugar. Eu tenho tanto* projrios lá dentro que aié nem ligo mais, cu tenho de fazer algo. I " . é realmente uma metáforaapropriada. Por onde você começa? Estou nesta pequena Mia amarela, nem sei por onde começar. cu acho. Tenho minha lista de riscos , minha história de vid« pendurada lá fora c tenho minha vida externa, como tudo aquilo irá ficar comprimido nestes 45 minutos dc tempo. potencialmente, caro? Eu não sei a resposta. Então cu poderin simplesmente, deixar acabarem os 45 minutos c não pensar sobre isso dc novo até a próxima semana, como na próxima lerça quando eu voltar para meu estúdio e não r<-r| nada marcado para esse dia. incrivelmente. T: Então , isso se parece tão cl3ro c você tem tar.io o que lazer. você precisa repartir. C Eu acho. Quero dizer, quando você pede para eu programar uma agenda, nem sei o que falar, o quê c por onde posso começar? 100 M Tini et al. Neste trecho, a descrição da cliente dc seu estúdio bagunçado foi interpretada como unia metáfora dc como ela via a terapia, levando a uma discussão produtiva das fornias pelas quais a sua terapia pudesse ser estruturada para ser mais útil e menos opressiva, enquanto cxpcriência para cia. A abordagem behaviorista para interpretar a linguagem pode ser um instrumento poderoso para a detecção de CRBs c sugere que o que cliente diz podo ser, de fato, uma metáfora que disfarça o problema mais importante. Duste modo, se o cl iente está falando sobre o relacionamento com um amigo, considere elementos na relação terapêutica cm comum com o relacionamento de fora. que podem ser responsáveis para o diente abordar nesse momento. Sc o cliente descreve sentimentos sobre outro alguém, admita a hipótese de que isso tenha uma similaridade com sentimentos dele sobre a relação terapêutica. Se o cliente descreve um evento durante a semana, o que na relação terapêutica poderia ter em comum com tal evento? Os sonhas do cliente são relevantes para o que está acontecendo na terapia? Usar o sistema de classificação da 1AP irá ajudar a gerar hipóteses sobre as variáveis sutis, que poderão estar influenciando os comentários do diente. Uma vez que a hipótese está feita, informações adiante podem ser cdcladas para ajudar a confirmá-la ou rejeitá-la. Embora essa abordagem seja, tipicamente, associada ao tratamento psicodinâmico, c uma intervenção baseada cm pesquisa e teoria behaviorista bem cstabelecidi Similarmente, deslizes dc linguagem são vistos como causados por fatorcs ocultos, da mesma forma como terapeutas freudianos interpretam os mesmos. 1 ima diferença crucial, contudo, c que deslizes skinncrianos podem ou não ser clinicamente relevantes. No behaviorismo, algumas vexes um charuto é , de fato, um charuto - nem todos os comportamentos dentro da sessão são clinicamente relevantes. Globalmente, o sistema da FAP para classificação do comportamento verbal do cliente permite aos terapeutas explora irm significado» alternativos para o que foi dito, ta! que problemas interpessoais mais significativos e profundos podem ser identificados. Regra 2: Evoque CRBs (Seja corajoso) Do ponto dc vista da FAP. a relação terapeuta-clicnte ideal evoca CRBsl, que por sua vez são os precursores para a criação e desenvolvimento de CRBs2. CRBs sào ideográficos ou pertencem a circunstâncias e histórias únicas do cliente c, deste modo, a relação terapêutica ideal irá depender dos problemas diários dc uni cliente cm particular que estejam acontecendo. Sc um cliente é ansioso, depressivo ou tem dificuldades para seguir um curso de ação, então quase qualquer tipo dc psicoterapia tem o potencial para evocar CRBs relevantes. A FAP, contudo, foca, além disso, na relação c nos problemas íntimos lais como a habilidade de confiar realmente nos outros, assumir riscos interpessoais, ser autentico e dar e receber amor. Assim, a FAP pede para que terapeutas sejam presentes c estruturem suas terapias 4 Técnkn Tonpíuiica: As Cinco Rctjut 101 de uma maneira que não seja, normalmente, encontrada cm outras terapias behavioristas. Implementar os passos necessários para criar uma relação terapêutica evocativa exige que terapeutas assumam riscos c demonstrem seus próprios limites dc intimidade. Tais riscos envolvem serem corajosos e terem uma força moral ou mental para arriscar, para perseverar c para aguentar o medo da dificuldade. Quando terapeutas estão fazendo bem a FAP. eles estão , provavelmente, ampliando seus limites e arriscando além de suas zonas dc conforto. Os métodos discutidos sobre a Regra 2 ajudam terapeutas a: (I) estruturar um ambiente terapêutico que evoque CRBs significativos; (2) empregar métodos terapêuticos evocativos; e (3) o terapeuta servir como instrumento de mudança. Fm termos analítico comportamental, estes métodos são vistos como operações estabelecedoras; neste sentido, eles não somente evocam CRBs (e.g., apresentar estimulo discriminativo para CRBs), mas também estabelecem o terapeuta como um reforçador eficaz do comportamento do cliente. Sem estas operações, a FAP nào pode ocorrer. Estruturando a Terapia para ser Evocativa Desde o primeiro contato entre terapeuta c cliente, seja esta ir.teração um contato telefónico ou uma sessão inicial, terapeutas da FAP podem começar a estruturar o ambiente terapêutico para preparar o cliente para uma terapia intensa e evocativa que se foca em interaçÕes ao vivo. Descrevendo a racional do FAP (*pacote FAP,). A fim dc fazer com que a FAP seja mais efetiva, é importante que os clientes entendam sua premissa - que o terapeuta irá tentar identificar fornias para que os problemas da vida do cliente lá fora surjam dentro da relação terapêutica, porque tal foco ao vivo facilita a mais poderosa mudança. Essa é uma idéia atípica, pois a maioria das pessoas acredita que entram na terapia para falar sobre problemas c relacionamentos dc fora da terapia. Deste modo, variações do * pacote 1 AP * (racional da FAP) sào apresentados no primeiro contato telefónico, nas informações de consentimento do cliente e nas sessões iniciais do tratamento até que o cliente compreenda isso totalmente. A seguir, são apresentadas duas amostras dc declaraçócs da racional da FAP. A primeira é usada por MT, mas é considerada uma versão de 'alto risco terapêuticoi e nós reconhecemos que nem todos os terapeutas da FAP irão usar. A segunda, uma versão dc risco moderado usada por RJK, é subsequentemente fornecida. A racional, c claro, pode ser modificada para refietir mais precisamente uma postura terapêutica. Lembre-se dc que declarações da racional sào destinadas a serem evocativas, c, portanto, todos os fundamentos do terapeuta devem refietir riscos assumidos e ser um 12 (comportamento alvo do terapeuta). 102 M Tui d al O que você pode esperar de mntM trabalho terapêutico jun to* [ Versão de a!to nscs> terapêutico de AfTJ O cliente entro tu terapia com cslónasde vuLs complexas dc alcgru c angústia. sonhos c esperanças, paixões c vulnerabilidades, dons únicos e habilidades. Sua terapia comigo será conduzida em unu atmosfera dc cuidado, respcilo e compromisso em que nova» formas dc abordar a vida serio aprendidas Nosso trabalho será um esforço conjunto; seu repertório t valioso c será usado no plano dc tratamento c cm atribuições dc tarefai na semana. Eu knestirci unu grande quantidade dc cuidados e esforços denuo de nosso trabalho juntos e espero que voei faça o mesmo. Verificara com voei. continuamente, o que esti acontecendo de legal pra você na nossa relação e o que precisa ser modificada O tipo de terapia que cu farei ê chamada dc Psicoterapia Analilico Funcional (FAP). É umn terapia desenvolvida na Univeriidude de Washington, que 6 baseada r.o behaviorismo, mas tem a fundamentação teórica para incorporar métodos dc outras modalidades terapêuticas quando apropriado. A FAP enfati/a que a ligação que será formada entre mim c voei será o maiorveiculo na sua cura c transformação. As pessoas mais satisfeitas estio cm contato com cias mesnus c estio apus a serem efetivas interpessoalmcote Elas tio capazes de falar e agir. compassivamente, sobre suas verdades c dons c sio caçoes dc sc doar imeiraa ale c receber amor. A FA P irá focar cm trazer a tona o seu melhor A fim de fazer isso. voei pico vi. pr.-ncirKnesse. estar cm conuto com voei mesmo. com a sua essência, (exemplo necessidades. sentimentos, anseios, ntcdo«. valores, sonhos, missões). Voe' ter) i» oportunidade dc nprender como sc expressar por completo, lamentar perda», dovnvolvcr mençflo c criar melhores relações. Iodo» os aspectos dc sua experiência scrSo abordados, incluindo mente, corpo, sentimentos c espirito. Eu desafiarei você a ser mais aberto, vulnerável, ciente e p'cscmc. Existe um nivel ótimo para assumir riscos em qualquer sítuaçSo; contado, i iapomnM que soei c eu rícrótofcmos. ate que ponto. fora dc tua znna de conforto pode ter rndhnr para vocc em qualquer mnracMo. Será tmpo«.t»:c par» nós nos focarmos cm nossa io!craçio. x voei Krr qomfo (positivas ou nepii - as) ou dificuldades que surjam comigo, que também surjam com outras pessoas cm sua vida. Quando alguem sente que pode expressar seus pen «intento», sentimento» c desejos ile unu maneira autSntieu. cwidndoiu c assertiva. esse alguém tem o senso de domínio da vi.l.i Nos<a relaçllo terapêutica será um lugar ideal para praticar cksc poder. Considero o espaço que \oci ocupa comif o r.a terapia como sagrado - iou privilegiado em einbaicií em urna jornada J< exploraçioe crcsonwiio com »x>cé c vou me ater a lodo o que corrçuruEur. com reverência ccudado. Serei umapesscttfc.-ui&ajcsij sala cem voei e me» princípio orientador nuis i. .perunte i fa/er .v;»«lo q<c é me»« para voei ... Eu aceito a declaração acima c fi/ uma cópia para mim. Tive a oportunidade dc fazer pergunus c expressar minhas rcaçòes. Esiou empcnludo cm «lar meu melhor nesta terapia, {assinatura do cliente] O que Hxê Pode Esperar mo Soou Trabalho Terapêu.ico Jumtm /Versão de Kú<ú ââwfcwl» A JU>7 _ ] 4 Técnica Tcri pânica A» Cinco Krgiat 103 O clicnte entra na terapia com cstõrias de vida complexas dc alegria c angústia, sonhos ce.livrança»,paixõese vulnerabilidades,donsúnicosc habilidades. Sua terapia comigo hoiA conduzida em uma almosfcra dc cuidado , respeito e compromisso em quo novas forma» de «bordar a vida scrilo aprendidas Nosso trabalho será um esforço conjunto: seu repertório e valioso e será usado no plano dc tratamento c cm atribuições dc tarefas para a semana. Investirei uma grande quantidade dc cuidados e esforços cm nosso trabalho c espero que voei faça o mesmo Verificarei c<xn voei . eoaunuamcoic. o q*c esti acontecendo de bom para voei aa oossa rclaçio e o que precisa ser modificado O tipo dc terapia que eu farei è chamada Psicoterapia Analítico Funcional (FAP). É uma terapia desenvolvida na Universidade dc Washington baseada no behaviorismo. mas tem :i fundamentação teórica paru incorporar métodos dc nutra» modalidades terapêuticos. Por exemplo, u tei apia coynilivo-comportamcntal. frequentemente, inclui o embiisiiinento empírico dc protocolo» para doenças cspeclflei». Ao mesmo tempo. a FAP enfatiza que a relação tcrapeuta<liente é importante para realizar mudanças significativas na vida. Assim, akrr de um foco especifico no sintoma quando necessàno. a FA P também fornecerá a possibilidade dc trazer a tonao seu melhor, para aprender a w oipraui por completo. lamentar perda» qoaadu ocvx Mno. desenvolver atearão c coar reiJcio.-_ur.cnlos ndbom, Será imporumc oos concentrarmos em no*sa mtcraçio sc voei tem questões (positivas ou negativas) ou dificuldades que ocorram comigo, que tambitn surjam com outras pessoa» cm suj vida. Nossa rclnçlo terapêutica será um espaço ideal para vocc praticar ver mais efeiivo em seus relacionamentos com outros. Ru considero que o espaço que voei ocupa junto comigo na terapia icjn dedicado a tudo exposto acima c não será tratado superficialmente. Eu considero um privilégio participar de uma jornada de exploiaçio e crescimento com voei c vou reter tudo o que compartilhar, com rc\ crincu c cuidado. Serei uma pessoa genuína neste local com voei c meu principio orientador mais importante i fazer aquilo q« for do seu melhor interesse Além das declarações escritas, estes são exemplos dc *pacotes da FAP* que podem ser fornecidos na sessão. (I) O principio primário no tipo dc terapia que cu faço i que nossa iclaçâo é um microcosmo dc suí> relaçóc» lá fora. Fuiio. explorarei conto voei interage comigo de unu nuneira sai lar a conto voei aitcragc com outras pessoas, quais problemas surgem coaige que também s.igem «««outras pessoas, ou quaiscomportamenia* positivos voei icir, comigo que voei pode tevar para suas relações com outros. (2) Nossa relação fomccc a oportunidade ,wa vocc explorar como voei e cm outra relação, expericneiar fHforenlís maneiras (Sc se relacionar e cm lo levar isso para seus outros rtlacinnamentns (J) Eu entendo que voei eslàpi\K> >*ikIi" iraUMnalhi para dcpruMlo. Um* razio pi* que as pessoas licant depnmiOat c que cias :adiain difícil cxprcaaar o que sentem c de afimur o que q-cicn. dc i*c*«o«k Mtyortaatci. Vocc «.h* que isso c v erdade no para voeira resposia c usualmente "Sia "1 Bem. um foco dc nossa terapia será cm como voei poderá se I0tn.tr unu pestoa mais poderosa, alguem que possa falar sua verdade compassivamente c ir atrás do que quer (A resposta i tipicamente " Isso parece bom") A maneira mais efetiva para voei sc desenvolver enquanto 104 M. Tuai cl al uma pessoa mais e*pres*iva é começando bem aqui. agora, comigo. me falando o que esli pensando. icntindo. precisando, mesmo que islo pareça assustador ou arriscado. Sc »©cé conseguir Ira/n à lona o seu melhor comigo, enfio poderá transferir e»*cs comportamento» para outra» pessoas em tua vida. Como lUo soa para você? (4) A terapia ten» uin impacto maior quando você fala sobre suas expcnciKta» no momento presente, como sentimentos de estar deprimido ou ansioso ou pensamento* de es Ur inseguro consigo mesmo. Falar daquilo que esli acontecendo a setslo ao invés de apenas relatar sobre situações oo sentimentos capcriroencaA» dmntc a «nua* Qiardo olhamos para aJjo que csú acixuccendo cxalamcnte ajvra, podemos capcrienciar e compreender mais completamente, c a mudança terapêutica é mais forte e mui» imediata. Quando e como cntiegar o 'pacote FAP , depende é claro, do cliente. Para alguns clientes, uirn raciona! da F AP completa na phmcua sessão pode ser muilo imensa e confusa; para outros, pode ser um tanto quanto poderosa c iniciar o processo dc terapia de forma positiva. Os exemplos acima sào, relativamente, genéricos, mas é sempre útil, quando fornecemos a racional da FAP , usar exemplos concretos. Idealmente, tais exemplos devem relacionar eventos que já tenham ocorrido na sessão, com os problemas do cliente, dc fora da sessão, fa/endo assim com que o cliente experieneie a relevância da relação terapêutica ao invés de ser convencido disto verbalmente. C também vital para o terapeuta avaliar como está a reação do cliente para com r. racional (Addis c Ctrpcntcr, 2000). Terapeutas devem ser flexíveis c abertas para as rcaçôes do cliente cm relação a racional c lambem devem reconhecer a possibilidade dc que a FAP não é apropriada para todos os clientes. Criandouw espaço sagrado de confiança e segurança. A importância dc se criar confiança e segurança não podem ser exageradas na FAP. O terapeuta poderá optar |tor descrever este processo como >criando um espaço sagrado, para o trabalho terapêutico. Dc acordo com o dicionário Oxford, o espaço sagrado , é dedicado, mantido separado, exclusivamente, apropriado para algum propósito especial ou pessoal eé protegido dc injúnas ou Icnmcnto ou invasão. O uso destes termos para com os clientes pode ser um tanto quanto poderoso. Sc o terapeuta da FAP escolher usar o termo 1espaço sagrado , para com os clientes, a questão chave é que, funcionalmente, sua relação será realmente sagrada como definida aqui c criar confiança c segurança c essencial. Recorra ao Capitulo 7 (O Curso da Terapia) para urnadiscu>são mais detalhada de como construir confiança c um senso dc segurança na FAP. Usando os formulários e questionários de feedback do processo FAP. Como um auxilio para permitir que terapeutas se tornem mais sensíveis para com os diferentes tipos de CRBs c também para evocar CRBs do cliente, inventamos inúmeros formulários e questionários para guiar a terapia; uma sclcçào disso está disponível no Apêndice Geralmente solicitamos isso após a primeira sessão, quando os clientes começam a fornecer fcedbacLs escritos semanalmente usando o "Formulário dc Ligação entre Sessões" (Apêndice 4 Técnica Tcrapculii.il As Cinco Regras 105 D). Este formulário inclui questões sobre como eles se sentem conectados ao terapeuta, o que foi útil c inútil na sessão anterior , o que estão relutantes cm dizer c que problemas apareceram na sessáo que são similares a problemas do dia a dia. Questões que podem ser feitas pelo terapeuta para focar na relação terapêutica estão listadas nas "Questões Típicas dc FAP" (Apêndice E). O "Questionário de Início dc Terapia" (Apêndice F) c geralmente apresentado na terceira ou quarta sessão. O "Questionário para a Fase Intermediária da Terapia" (Apêndice (i) evoca reações considerando a fase média da terapia. A "Planilha do Luto" (Apêndice H). "Inventário de Perda" (Apêndice I) c "Lamentando cm Sua Poesia" (Apêndice J) não apontam o processo entre o terapeuta e cliente, diíetamente, porém facilitam a expressão do desgosto, da raiva e tristeza perante a perda, emoções que muitos clientes evitam. A disposição dos clientes para experimentarem intensas emoções na presença de seus terapeutas e, como icsultado, se deixarem cuidar é tipicamente um CRH2.0 "Ferramentas para a li tapa Final da Terapia" (Apêndice K) têm seções separadas para clientes c terapeutas, ajudando ambos a dizerem adeus de uma maneira significativa. Usando Métodos Terapêuticos Evocativos A FAP c uma terapia integrativa (Kohlcnbcrg c Tsai, 1994) c recorrc a variadas técnicas terapêuticas que nenhuma orientação »-raprutica poderia prever. A adoçâo dc técnicas particulares depende do j ulgamento do terapeuta cm relação à quais problemas do cliente evocar e o que será naturalmente reforçador para os comportamentos alvo do cliente. Esta seção discute técnicas evocativas, que brotam de outras terapias Dcpende.-ído da história de treino . essealgucin talvez lenha sido ensinado a evitarengajar-sc em algumas dessas técnicas, devido :i suas origens não comportamentais. Na FAP, contudo, o que é importante nâoé a origem teórica da técnica específica, mas sim sua função com o cltcntc. Na medida em que uma técnica - qualquer técnica - funcione para evocar CRBs. é potencialmente, tini para a FAP. Diversas técnicas , atualmenie, sào apresentadas por terem sido descobertas pela sua utilidade neste quesito. O que estes métodos icm cm com um é que todos criam contextos inusitados , que poderão ajudar clicntes a se comunicarem c expressarem para o terapeuta pensamentos c sentimentos evitados . Contar a outros seus pensamentos c sentimentos Íntimos c ccnlial paia estabelecer intimidade c para reduzir uma esquiva emocional. Neste contexto é útil considerar duas classes gerais dc pensamentos e sentimentos evitados . que podem ocorTcr durante a sessão. A primeira é sobre o terapeuta c a relação terapêutica. Estes sào os tipos de CRBs mais frequentemente ilustrados neste li»ro . A segunda c lasse , o f<n o da nossa presente dis< ussfu». é uma esquiva mais genérica c envolve a expressão dc pensamentos c 106 M. Tsai ci al sentimentos, que estão emocionalmente carregados, mas não são, necessariamente, sobre o terapeuta. Todavia, a presença do terapeuta evoca a esquiva. Em nossa experiência, a esquiva de tal expressão é um problema comum da vida lá fora (01). Ser mais emocionalmente expressivo na sessão é um CRB2 que pode ser naturalmente reforçado c cntào generalizado para o 02. Essas técnicas são emprestadas de outras abordagens terapêuticas e são vistas funcionalmente. Isto c, expressões emocionais (exemplo: desgosto ou um trauma lembrado) não são descritos como "uma liberação de energia " ou "trazendo para fora sentimentos reprimidos " . Ao invés disso, um terapeuta da FAP pode perguntar se a expressão c um CRB2 relacionado a ser mais aberto, que irá agir para construir e fortalecer a proximidade c intimidade. Neste sentido, a FAP é uma abordagem terapêutica, tecnicamente, integrativa. Essas técnicas não definem a FAP e nós encorajamos terapeutas da FAP a usarem essa seção não como um modelo dc como conduzir a FAP , mas como um estimulo para explorarem a relevância clínica possível de tais técnicas. Associação livre. Pilar das terapias de orientação psicanalítica, a associação livre se refere ao cliente dizer bem alto o que vier à mente, sem censura. Esta técnica pode ser útil para clientes com problemas de identidade, o comportamento de quem está sob o estreito contiole óe estimulo da aprovação dos outros (veja Capítulo 5 no Self e Mindfuincss). Tais clientes são focados em ter a aprovação de outros c encontram dificuldades para falar sem respostas imediatas por parte do terapeuta. Uma vez que uma forte relação terapêutica tenha sido estabelecida, se o cliente estiver se habituando a experienciar a ansiedade dc não receber feedback imediato, a associação livre pode trazer à tona o CRB2 dc declarações autênticas que estão sob controle privado. Exercidos Escritos. Exercícios, tais como a escrita cronometrada (Goldberg, 1986) podem ser usados em sessão ou atribuídos como tarefa. Na escrita cronometrada, é dada ao cliente uma quantidade de tempo (exemplo: três minutos) para escrever qualquer coisa que vier a mente sem censura. A peça escrita pode ser sobre um tópico especifico que tenha sido apontado na terapia (exemplo: sentimentos relativos a um dos seus pais. ou medo de succsso ou fracasso) ou pode se referir a qualquer coisa que esteia na mente do cliente. F.xceto o limite de tempo c a tarefa ser escrita ao invés dc oral, é, praticamente, como associação livre, enquanto o objetivo é expressar sentimentos e pensamentos que estão sob o controle privado (Veja Capitulo 5) c podem ser mais difíceis para comunicar e expressar sob condições sociais normais. Uma vez reforçadas na terapia, essas expressões são mais prováveis dc ocorrer na vida diária. Outro exercício que pode ser introduzido no início da terapia, algumas vezes até na primeira sessão, é a tarefa da mão não dominante. Escrever com a mão não dominante tende a suscitar respostas mais potentes e menos '1 Técnica Terapêutica: As Chico Regras 107 usuais. Porque as pistas são diferentes daquelas que podem aparecer com a escrita normal (exemplo: mão não dominante, a escrita é simples se parece com uma escrita dc criança, dificuldade em escrever mais do que poucas palavras), havendo menos oportunidade histórica para desenvolver repertórios dc esquiva. Frequentemente, para a surpresa dos clientes, respostas mais inusitadas c infantis tendem a ser expressas, que por sua vez, podem resultar em emoções intensas, conexões a antigas memórias, explorações de dificuldade e material importante. Essas expressões emocionais na presença do terapeuta são CRBs2 potenciais dc intimidade (Veja Capítulo 6). Este exercício pode ser um tanto quanto poderoso c valioso, a serviço de evocar CRBs, dependendo dos problemas do cliente. Instruções para o exercício de escrita com a mão não dominante estão a seguir. Este c um exercício dc escrito puta a sua rnuu nào dominante. Eu peço que vocc escreva com a sua mão não dominante porque força você a ser mais breve e dircto ao pomo. Pois nào e algo que você csiá acostumado a fazer, você não pode exprimir-se Ião facilmente como de coslume. Eu vou ler para vocí uma sentença c gosiana que você escrevesse qualquer coisa que viesse à sua mente sem censurar isso. Você não precisa mostrar suas respostas para mim a núo ser que você queira, então, seja o mais honesto possível com você. . Eusimo ... . Eu preciso... . Eu anseio por... - Estou com medo... . Estou lutando com ... o Eu sonho em ... ® Eu finjo que isso... « É difícil , para eu falar sobre 'é difícil , para eu falar paia você... « Se cu tivesse dinheiro , cu iria... ° Sc cu tivesse coragem, eu iria... Técnico da cadeira vazia. Um?, técnica fundamental na Terapia da Gestalt (Perls, 1973) c na Psicoterapia Focada na Emoção (Greendberg, 2002), são os métodos da cadeira vazia que podem ser usados para evocar sentimentos e pensamentos evitados de ci»en;es dispostos e imaginativos. A cadeira vazia representa uma pess:n* que, tipicamente, evoca esquiva emocional. Quando eficaz, a cadeira vazia compartilha propriedades dc estímulos suficientes, em com-.:>i> com a pessoa "rea! " ou Sd (estimulo discriminativo) para evocar scmmicntos relevantes, mas é diferente o suficiente, para reduzir esquiva. Dr ponto de vista behaviorista, nào importa que o estímulo não exista "na realidade" porque estimulo imaginado pode ser muito similar, funcionaluicnte, ao estimulo real c assim pode ser útil na sala de terapia. Ademais, porque o estímulo é imaginado, quaisquer consequências que seguirem ao falar do estímulo real não irão ocorrer, 108 M. Tsai cl al facilitando a expressão de pensamentos c sentimentos, particularmente, difíceis na presença do terapeuta. Alem disso, cadeiras vazias podem evocar fortes respostas emocionais, porque os clientes estão se expondo a características aversivas da fonte de suas angústias, cm vez de falar sobre a fonte de suas angústias. Por exemplo, cm vez de falar sobre sentimentos de niio ter sido amadc por um dos seus pais, o cliente pode falar, diretamente, para a presença imaginada daquele pai na cadeira vazia (exemplo: "Eu acho que você mc abandonou quando eu tinha dois anos e você estava realmente deprimido " ). Em vez dc falar sobre como o cliente sc sente cm conflito com seus objetivos de vida, os diferentes objetivos podem ser antropomorfizados por imaginá- los sentados em cadeiras diferentes e encorajados para conversar (exemplo: "Eu quero subir a escada do sucesso " versus "Eu quero ficar cm casa e ser unta mãe o tempo lodo"). Embora tais movimentos requeiram uma discussão uiíiis extensiva envolvendo a teoria de quadro relacional (llayes ET AL., 2001) uma completa explicaçflo behaviorista c que eles podem funcionar para facilitar o contato com emoções reais, mas dificilmente experienciadas. Como afirmado anteriormente, para muitos clientes tais expressões emocionais na presença de seus terapeutas sào CRRS2. Evocando emoções por focar em sensações corporais. Clientes podem evitar seus sentimentos usando uma variedade de técnicas dc distração. Sc perguntados, prontamente estarão aptos a falar para o terapeuta os meios que usam para evitar emoções "Você sabe o que está fazendo para não sentir seus sentimentos?" Respostas que já ouvimos incluem "Eu conto de trás para frente a partir de 1000, por 7segundos, " "Eu te encolho na forma de um ponto no carpete c fico olhando," "Eu fico olhando para os espaços entre seus dentes da frente," e "Eu dissocio - é uma sensação de flutuar sobre meu corpo. " Embora clientes possam estar atentos às suas estratégias de distração, estão frequentemente desatentos de como bloqueiam respostas físicas que são a fonte dc seus sentimentos. O resumo abaixo é da 12' sessão dc terapia de MT com um cliente chamado Victor, cujos problemas presentes eram dificuldades cm contatar. rotular e expressar suas emoções. MT estava trabalhando com Victor para permitir que fizesse contato com a sua forma dc bloquear seus sentimentos, chamando atenção para seus comportamentos evitados, que incluíam não fazer contato visual, sorrindo quando ele sentia cmoçflo c segurando sua respiração. Terapeuta: Você está olhando pra mim assim (olhos olhando pra cima, inclinado para baixo), estou pensando se você pode olhar pra mim mais diretamente? Isso ajudaria a mc sentir mais conectada. Cliente: Tudo bem. T: O que está sentindo neste exato momento? ,I Técnica TeinpSutica: As Cinco Regras 109 C: Estou triste. Quando começo a pensar na peça a que assisti ontem á noite , havia tristeza, choro, há lágrimas em mim cm algum lugar. T: Você está sorrindo. O que acontccc quando sorri? Isso bloqueia suas lágrimas? C: Sim , eu acho. T: Viu, você está fazendo isso, está fazendo sua tristeza iremboru. E difícil ficar triste quando está sorrindo e dando risada de algum jeito. [MT está bloqueando - repertórios dc esquiva.] C: É verdade. T: Eu gostaria de ouvir mais sobre sua tristeza. C: Tudo bem. Então , a tristeza c sobre perda, separação. T: Como você experiencia isso no seu corpo neste momento? Seja direto - nó na garganta, sensação de peso no peito. O que sente? Você está piscando mais agora. C: Jura? Não sabia disso. Percebo a respiração artificial. T: Você está fazendo um ótimo trabalho ficando com você mesmo c não sorrindo, não pensando. Eu ouço você falar sobre essa peça c realmente isso mobilizou você. O que isso trouxe para a sua vida? (Reforçando estar em contato com seu corpo.] C: Eu pensei sobre meu pai ficando velho, meus psis ficando velhos Bem, no final da peça o personagem principal acaba morrendo c ele e seu amigo acabam falando para ambos que se amam c ele diz, "Sc cu tivesse outro filho, cu gostaria que cie fosse que nem você." É muito amoroso. Eu vou ficar com minha emoção. Hu não sei como aquilo se conecta com meus pais. O amor que tenho, eu sei que eles fizeram o melhor que puderam. E o suficiente? Foi apenas um momento bonito, e... T: Vamos voltar à declaração. Vocc pode falar isso de novo? (MT notou que o cliente parecia estar bloqueando suas emoções quando falou 1Se eu tivesse outro filho... ?eé evocativo sugerir que fale dc novo junto com o encorajamento implícito para sentir.) C: Hum, sc cu tivesse outro filho, gostaria que ele fosse que nem você. T: O que você fez para parar a emoção? C: Eu não sei. T: Você está sorrindo. Então as palavras "Se eu tivesse outro filho cu iria querer que ele fosse igual você" realmente o tocaram. "Se eu tivesse outro filho iria querer que ele fosse NO M. Tui cl a!. igual você" (MT repele esse declaração algumas vezes para manter seu poder evocalivo.J Eu não sei se você leve aquele sentimento quando estava crescendo, sc seus pais queriam que você fosse como e. Eu acho que, provavelmente, lenha sido o oposto, eles estavam tentando medicar você, acalmar você. Você não estava legal do jeito que estava. Você está segurando sua respiração? (Evocando emoção, bloqueando esquiva.] C: Sim, estou segurando minha respiração. T: O que aconteceria sc você apenas deixasse as lágrimas virem? C: Nada. Eu não entendo por que não consigo. Eu apenas ficaria triste. Eu não entendo, cu não sei por que não consigo fazer isso. T: Você na verdade conseguc fazer isso melhor do que muitos homens. Você se deixou ficarcomovido na peça, você se deixou soluçar quando estava sozinho. Eu acho que sc sentirá muito mais liberto se estiver em contato ainda mais com seus sentimentos c mais expressivo. A maior coisa para mim sobre a sua expressão emocional é a incongruência, o sorriso. A primeira coisa que quero que faça c cortar isso. Eu não sei o que isso faz você sentir, mas parece invaliuar, uma maneira muito efetiva de cortar os seus sentimentos. E estou imaginando como isso apareceu. Você teve que rir para seus pais e os deixar achar que tudo estava certo? C: Minha respiração está superficial. Estou suando cm meu peito c cm minhas pernas. Estou ansioso. T: O que está se passando que o deixa ansioso, o que precisa dizer que não cslá dizendo? Apenas fale. C: Vocc disse que meu sorriso coita o meu sentimento. Estava pensando que não quero ser apartado dos meus sentimentos. Eu nào quero me colocar em minha caixa. Meus pais me deixaram contido cm uma caixa. T: Sinto-me triste quando escuto você dizer que seus pais o colocaram nessa caixa. C É triste. T: Você pode dizer 1Sinto-me triste,? [Evocativo.) (Cliente sorri) Vocc está sorrindo de novo. C: *Eu, afirmo. Eu me sinto triste. T: Diga "Eu me sinto Iriste quando penso cm meus pais me colocando cm uma caixa. " Eu também me sinto Iriste sobre seus pais o colocando cm uma caixa. Sua voz é bem baixa. Diga isso com sua voz como quem quisesse dizer. .I Técnica Tcmpíuliui; A« Cinco Rej-m c T: C T: C T: C: T: C T: C: T: C: T: C: T: C: 111 Sinto-me iriste porque meus pais me colocaram em uma caixa. O que notou cm seu corpo? Estou apertado, não estou respirando, na verdade não estou me movendo. Isso era minha própria voz? Não? O que notou? Estou pensando o que está fazendo para interromper os seus sentimentos. Você não está sorrindo, o que é ótimo, mas está contido. Parece que está em uma caixa. Quais são as formas dc colocá-lo em uma caixa? Eles me deram medicamentos, nào toleravam emoções intensas , eram muito protetores, assegurando-sc de que as tarefas estavam feitas, colocando-me em um monte de atividades. Estou realmente impressionada o quão suave você soou. Eu acho que è exatamente o que está me contando, ser colocado em uma caixa, sendo medicado. Vocc parece ter tanta mágoa. Parece que está fazendo tudo o que pode para manté-la. Estou apertando meus dentes. Você tem técnicas impressionantes. Vocc nào está se deixando sorrir, porem está apertando seus dentes. Acho que estou bravo também. Há raiva lá dentro. Então, você alguma vez disse a eles que estava com raiva deles por medicarem você e assim por diante? Não, acho que nada diretamente. Não. Estava pensando se alguma vez disse que estava com raiva deles por não me amarem sendo quem sou. li continuo recebendo essa mensagem dc minha mãe. Minhas emoções se foram. Estou dissociado, nào estou? Isso é muito louco. Acho que está um pouco duro cuin você mesmo, você nào está muito louco. O que espera? Você cresceu nesse ambiente onde eles medicavam você porque você era um pouco demais para eles. E o que você acha que iria fazer, cmocionar-sc com um louco? Ainda não. Sou duro comigo, fico pensando a última frase, "Sc eu tivesse um filho gostaria que ele fosse justamente como você. , Então como fazemos isso? Fazemos o quê? Continuamos fazendo isso? Olhando para minhas defesas, tentar e chegar às emoções... Eu quero me emocionar. Eu quero que você consiga. (Chora brevemente) II? M TMl rl «I. Após um lempo substancial gasto em um trabalho evocativo focado cm como cie estava bloqueando seus sentimentos. Victor finalmente estava apto a sc conectar com suas emoções, dirctamente, na presença de MT. um comportamento que facilitou a sensação de conexão entre eles. Evocando o melhor de si. Uma maneira dc evocar CRBs2 é perguntar: "Como você age ou sente quando está em "sai melhor"? Como faria isso bem aqui, agora, comigo? " Isso é, algumas vezes, útil para conduzir o cliente a uma visualização ou reflexão, imaginando esse "seu melhor " . Frequentemente, essa visualizaçâoc gravada, assim o cliente pode ouvi-la como tarefa Primeiro, solicite algumas descrições do cliente sobre quais sensações são sentidas quando cm contato com "seu melhor " . Algumas vezes, quando estào tendo dificuldade coin uma questão particular fora da terapia, eles podem ser comunicados: "Ao final da reflexão, pedirei a você que escreva uma mensagem vinda deste *seu melhor*. ** Neste próximo exemplo, MT está trabalhando com uma cliente dtamada Jéssica que está desolada, pek» fato de o homem por quem se apa ixonou um alcoólatra recuperado, ter começado a beber novamente. Suas amigas a aconselharam a deixá-lo imediatamente c cia não sabe o que fazer. Além do mais, outros estressores em sua vida estão afetando, negativamente, seu senso de competência e confiança, como trabalhadora social e como mãe. Aqui está uma parte transcrita dc como este processo acontece: Terapeuta: Feche os olhos e se foque cm sua respiração. Permita-sc sentir quaisquer sentimentos que esteja tendo c fique com eles gentilmente. Fique bem como você é. estando em paz com qualquer coisa que esteja sentindo, descansando, suavemente, seu coração. Apenas fique focada cm sua respiração, pois é muito profunda e dá poder a você. Deixe-se sentir mais sólida com cada respiração. Com seus pés plantados, firmemente, no chão, deixe sentir a energia profunda vinda da terra. Imagine- se enraizada no chão, raízes alcançando profundamente, dentro da terra c trazendo a firmeza da terra. Permita o senso de expansão se desenvolver enquanto respira, tomando-se mais aberta c conectada, não apenas com você mesma, mas com os ritmos da natureza, abiindo-se a energias do céu. Enquanto respira, fique mais c mais cm contato com o "seu melhor" e com a voz que vem desse "seu melhor" . Eu sei que cu estive em contato com o melhor dc você. É 3 parte de você que continua querendo crescer e mover-se à frente c está apta a perseverar a despeito dc muitas adversidades. Essa c a parte que fez você superar o tumulto e a angústia dc sua infância. Essa parte acredita em você, sabe que tem donse contribuições .1 léenicu TempÉlilka As Cinco Regras importantes a fazer. E essa parte, realmente, ajuda a pavimentai a via para você dizer sim para coisas que são assustadoras e dizer não quando isso parecer inseguro. Essa parle, realmente. cuida de você c tem uma perspectiva do que realmente importa na longa caminhada. Ajuda você a seguir cm frente c e chcia de carinho por você c por outras pessoas. Reconhece a maneira que você foi ferida c como precisa se curar e, importante, também reconhecer o melhor de quem você c. Veja e sinta o melhor dc si mesma. Sinta como carrega seu corpo, como faz contato visual com os outros, como projeta sua energia para o mundo externo. Escute como sua voz é nítida. Sinta o tanto que está cm contato com sua csscncia. como se sente com compaixão frente a você mesma e aos outros. Está cm contato com seus pensamentos c sentimentos num nível profundo e está disposta a expressar estes pensamentos c sentimentos. Exerça seus sentidos neste momento, ao sentir-se corajosa c confiante. Como você carrega seu corpo? Como projeta a sua energia? Como você fala? O que fala? Como faz contato com os olhes? Imagine como interage com seus clientes c com suas crianças, diariamente, quando está cm contato com o melhor dc si. E pode começar ficando corajosa c confiante comigo, neste momento, agora. Como pode ser comigo na terapia, enquanto falando com sua voz mais profunda, falando c fazendo as coisas que sào mais difíceis pra você? Quando está em contato com essa voz sábia. essa tem mensagens importantes pra você. Veja sc consegue deixar com que isso fale com você agora. Deixe a mensagem vir através do que precisa saber. Quando tiver um pouco de clareza sobre o que o "seu melhor " quer que você saiba, você pode ir cm frente e escrever.Cliente: Eu escrevi 1Respire, confie, eu sei o que estou fazendo. Meu caminho é o atalho para o amor, que c a essência de quem eu sou. As coisas ficarão bem. As coisas darão certo,. T: Como sente isso vindo dc você. do "seu melhor" cu, c não de mim ' . ' C: Parece bem fundamentado. Parece verdade no sentido de que existem muitas experiências por trás disso. Minhas próprias experiências, pelas quais passei, se realizaram, e isso é a constante que carrega verdade ao longo da minha vida. Sempre que outras pessoas lhe falam isso. não tem jeito deelas saberem de verdade o que é ser vocc. Então é tranquilizador quando I 14 M. Tíai et al. outros dizem, mas é mais tranquilizador ainda quando você fala para você mesmo, porque você tem toda a história que está levando a esta declaração. Usando a Si Mesmo como uni Instrumento de Mudança Uma vez que o ajuste, a aliança terapêutica e a conceitualização de caso estão estabelecidas, na medida cm que os terapeutas possam deixar eles mesmos serem quem realmente são, uma relação mais poderosa e inesquecível poderá ser criada. Refletir sobre as questões seguintes poderá ajudar você, enquanto terapeuta, a aumentar seu potencial como um agente de mudança. * Quais são as suas qualidades que o fazem tornar-sc único como pessoa c como terapeuta? Como você pode usar seu diferencial para vantagem do cliente? . Alguns dos interesses de seu cliente combinam com os seus? Vocês têm em comum interesse em escalar montanha, costurar, tocar um instrumento musical, ler alguns autores, busca espiritual, correr, um bom jantar, viagem internacional, poesia, esportes? Considere revelar essa semelhança. Similarmente, vocês têm experiências de vida parecidas, tais como cresceram como católicos, são primogénitos, mudaram frequentemente para lugares diferentes durante a infância, foram membros de algum grupo minoritário? Quando experiências similares de vida se tornam mais pessoais, o terapeuta pode scntir-sc mais vulnerável ao abrir experiências tais como divórcio, abuso infantil ou morte de um membro da família. Um grande fator para levar em conta ao tomar a decisão dc se revelar c se tal revelação irá levar o cliente a ter maior contato com suas questões ou então o distanciará de seus focos. Outras considerações inciuem sc a revelação irá produzir mais aproximação do cliente e se a revelação é um Tl (comportamento problema) ou T2 (comportamento alvo) do terapeuta. » Qual é o seu conhccimentj sobre o seu cliente? O que v ocê. vê de muito especial nessa pessoa como essa pessoa afeta, positivamente, você e quão evocativo será para você espelhar dc volta para esse cliente o que c mais especial sobre ele/ela? Clientes estão, frequentemente, apenas em contato com suas fainas c deficiências; vocc dizer, consistentemente, para cies como cxperiencia as características positivas deles, é uma experiência que eles poderão nunca ter tido antes, criando uma virada na percepção dc si. . Quais são as maneiras pelas quais você cuida do cliente? Qualquer um pode dizer as palavras, "Cu me importo com você", mas é de longe mais impactante descrever seus comportamentos que indicam cuidados. Por 4 Técnica Terapêutica: Ai Cinco Regris exemplo, você pode falar como eles a afetam fora da hora da terapia, tal como , "Eu tive um sonho sobre você, " "Estive pensando outro dia sobre o que você falou para mim " , ou "Eu vi um filme e pensei no momento - Tenho que falar para cic sobre esse filme porque ele realmente vai gostar, " ou "Eu fui a um workshop na terapia de artes com você em mente porque pensei que as técnicas iam ser bem úteis cm nosso trabalho juntos." Declarações tais como estas são suscetíveis de serem evocativas (Regra 2) e naturalmente reforçadoras (Regra 3). . Como você pode assumir riscos para aprofundar sua relação terapêutica dc maneira que sirvam aos melhores interesses do cliente? Há tópicos que você evita apontar ao seu cliente (exemplo: o atraso dele, comportamentos que a afastam, cstimulando-o a dizer o que está sentindo por trás de sua fachada) porque seu desconforto iria por a prova os seus clientes? Há maneiras que você possa pedir para seus clientes serem mais presentes e abertos com você? As questões acima facilitam a exploração de come alguém pode se tomar um agente de mudança mais transparente c compassivo, através da revelação dos próprios pensamentos, reações c experiências pessoais. Tais estratégias de revelação podem fortalecer a relação terapêutica, tomar mais normal as experiências do cliente, modelar comportamento adaptativo e de intimidade (Goldfried, Burckell, e Eubanks-Cartcr, 2003), demonstrar afetos positivos e genuínos para os clicntcs (Robitschek e McCarthy, 199 l)e equalizaro poder na relação terapêutica (Mahalik. VanOrmer, e Simi, 2000). Por uma perspectiva da FAP, o efeito inais importante é que tais comportamentos podem evocar CRBs, bloquear CRBsl e reforçar CRBs2. Deste modo. revelar deve ser tomado, estrategicamente, com uma consciência de como isso pode evocar, reforçar ou punir CRBs de u;n cliente cm particular. Por exemplo, clicntcs cujos problemas incluem manter distância dc outros podem vir a ficar com medo de intimidade, da permissão para entrar no mundo emocional do terapeuta. Em tais casos, será útil para eles explorarem seus medos de proximidade c aprenderem maneiras de ficarem conectados, a despeito dc seus medos, uma habilidade que pode ser generalizada para suas relações cotidianas. Alternativamente, uma revelação terapêutica com Sal cliente pode tomar mais provável que ele cvile a relação terapêutica (exemplo: largue a terapia). Portanto, tais revelações devem ser feitas de modo que o cliente consigsi lidar com eia, deve quase sempre incluir uma discussão de como o cliente está reagindo à revelação c porque a revelação foi oferecida. Revelações estratégicas feitas pelo terapeuta podem aumentar a intimidade da relação terapêutica c tomá-la mais similar ás relações lá fora, deste modo facilitando a generalização. O pensamento dc usar a si mesmo como um instrumento terapêutico dc mudança, dentro do contexto da conceituação de caso do cliente, pode evocar CRBs e, deste modo, prover uma M . Twi cl at. exploração de emoções, temas e fatorcs da relação que podem levar ao crescimento do cliente. Obviamente, terapeutas têm diferentes níveis de conforto cm termos de quanta intimidade terapêutica eles almejam criar; tais diferenças individuais são reconhecidas aqui, através da apresentação de exemplos dc variações de procedimentos e fonnas. Existe uma clara expectativa, contudo, de que quando terapeutas aumentam seus riscos a serviço de evocar ou reforçar CRBs2, eles em troca serão reforçados pelo crescimento de seus clientes. Regra 3: Reforçar CRBs2 Naturalmente (Seja Amável Terapeuticamente) Uma importante distinção foi feita no Capítulo 1 entre reforçamento natural (que se assemelha e funciona similarmente a relações genuínas e de cuidados na comunidade do cliente) c reforçamento artificial (a "recompensa" mais comumente associada com behaviorismo, incluindo, proposital mente, o sorriso. di/endo "está bom" e dando fichas ou reforçadorcs monetários). A regra 3 é dc alguma forma enigmática; neste caso, a FAP c baseada na afirmação dc que reforçamento é o mecanismo primário dc mudança, mas esforços deliberados para reforçar correm o risco de produ/ir reforçamento artificial ou arbitrário , ao invés de natural. As seguintes recomendações buscam resolver este dilema, sugerindo abordagens que terapeutas possam usar para serem mais naturalmente reforçadorcs c evitarem usar reforçamento artificial. Tais comportamentos, naturalmente reforçadores, são descritos corno ' terapeuticamente amáveis * . O amor terapêutico c ético, é sempre no melhor interesse do cliente c é genuíno. Amar clientes não necessariamente significa usar a palavra'amor, com eles, mas sim promover uma sensibilidade requintada c uma preocupação benevolente para com as necessidades e sentimentos dos clientes c cuidar disso profundamente. Fatores que determinam se as reações do terapeuta são suscetíveis dc serem Icrapeuticamente amáveis e, naturalmente reforçadoras, incluem: responder ao CRBs I efetivamente; ser governado pelos melhores interesses do cliente c reforçado pelas suas melhorias; ter em seus repertórios os comportamentos meta do cliente; igualar suas expectativas com os repertórios correntes do cliente; c amplificar os seus sentimentos para aumentara relevância deles. Pelo fato de o bloqueio dc CRBsl estar tão intimamente ligado à evocação e reforçamento de CRBs2, esta discussão começa por descrever as melhores maneiras de terapeutas responderem a CRBsl. Respondendo ao CRBsl Efetivamente Abordar CRBsl , frequentemente, envolve fazer o uso terapêutico dc reações pessoais negativas, representativas da comunidade do cliente. Um A Técnica Terapêutica: A» Cinco Kcgras 117 exemplo c fornecido cm Kanter, Tsai, e Kohlcnberg (no prelo), em que o terapeuta da FAP deixa seu cliente saber que ele estava sendo ameaçador. É importante ressaltar, contudo, que CRBsl silo abordados no contexto de cuidado c preocupação do terapeuta para com o cliente e perante a conceitualização dos problemas dos clientes em termos dc fatorcs históricos e ambientais, ao invés dc alguma coisa "dentro, ou inerente ao cliente. É também vital que o cliente concorde que alguns comportamentos são, cm sessão, problemas conectados a problemas da vida diária c que o terapeuta tem a crença n3 habilidade do cliente de produ/ir mais comportamento adaptativo cm resposta ao CRBI pontuado. É melhor abordar CR Bs I, após o cliente ter expcricnciado reforçamento positivo natural suficiente, uma sólida relação terapêutica formada c após o cliente ter dado permissão paia o terapeuta fazer (exemplo: "Nós falamos sobre como é um problema para as pessoas acompanharem você quando você sai pela tangente, fica ok se eu interromper você quando fizer isso comigo? " ). Se possível, é melhor abordar ou bloquear um CRBI após o cliente já ter emitido um CRB2 em contrapartida. Por exemplo, o terapeuta pode dizer: "Você sabe que algumas vezes você c muito hábil para deixar sentir sua tristeza comigo? O que o está impedindo de fazer neste momento? " Tom dc voz e outras pistas não verbais (exemplo: inclinar para frente, mover a cadeira para mais perto), também agem como reforçadores. Em geral. respostas compassivamente atenuadas ao CRBsl são apropriadas a não ser que a abordagem não tenha sido efetiva no passado. Simplesmente punir CRBsl quase nunca ô encorajado, exceto nas mais extremas situações. envolvendo comportamento de ameaça dc vida. Alein disso, punições carregam riscos, hm particular, é bem sabido que punição na ausência dc reforçamento positivo para comportamento alternativo, geralmente, rende apenas quedas temporárias no comportamento alvo. Além disso, o punidor, neste caso o terapeuta, pode eliciar medo e frustração resultando em esquiva ou término do tratamento. Para mais detalhes em como trabalhar com esquiva dc cliente, recorra ao Capitulo 7,0 Curso da Terapia. Sendo Governado pelos Melhores Interesses do Cliente e Reforçado pelas Suas Melhorias Cuidar de clientes significa ser governado pelo que está nos melhores interesses dele c reforçado pelas suas melhorias e sucessos. As características de um terapeuta, naturalmente reforçador, são reminiscentes do que Carl Rogers chamou em sua terapia centrada no cliente, autenticidade, empatia c cuidados. Conhecido por sua oposição a *usar reforçamento , para controlar outros, Rogers iria, certamente, não usar isso deliberadamente. Contudo. uma análise cuidadosa dc suas reações aos clientes (Truax, 1966) indica que Rogers reagia, diferencialmentc, a algumas classes de comportamentos M . T*ai cl ai. do cliente. Seus cuidados e autenticidade, provavelmente, se manifestavam como interesse, preocupação, aflição e envolvimento que, naturalmente, puniam CRBs 1 e reforçavam CRBs2. Deste modo, sugerimos que a chamada de Roger para autenticidade e cuidado é um método indireto de aumentar a ocorrência de contingências dc reforçamento natural. A relação terapêutica é uma desigualdade de poder c deste modo é importante focar-se na questão, "O que é melhor para meu cliente no momento e ao longo da jornada? " Mantendo essa questão no primeiro plano do tratamento, minimiza-se a possibilidade de explorar ou prejudicar os clientes, através dc uma serie dc situações que podem ser nocivas para eles, tais como uma dependência não saudável do terapeuta, envolvimento sexual ou tratamentos intermináveis, em que ambas as partes são gratificadas por uma relação que é mais amizade que terapia. Tendo em seu Repertório os Comportamentos Meta do Cliente Terapeutas são mais capazes de discriminar CRBsl dc clientes e criar CRBs2 quando cies têm os comportamentos meta do cliente em seus próprios repertórios. Por exemplo, se um cliente está se sentindo invalidado por alguma coisa que o terapeuta falou e se fecha, é improvável para um terapeuta q-."e evita conflito c feedback negativo discriminar que o cliente está triste c se engajando em um CRB1 dc afastamento. É também improvável que tal terapeuta encoraje um CRB2 envolvendo uma discussão aberta sobre o que acabou dc acontecer entre eles, para ajudar o clicnlc a fazer o mesmo em suas relações diárias. Similarmente, se o terapeuta está desdenhoso ou com medo de um apego ou dependência (exemplo: e-mail frequente ao terapeuta, anunciando sentimentos de pavor das próximas férias do terapeuta), ele ou ela achará difícil usar isso como oportunidades terapêuticas. Um discurso útil pode incluir explorar como os comportamentos de dependência do cliente acontecem cm relacionamentos atuais e criar maneiras mais saudáveis de expressar apego e dependência cm ambos os casos, na relação terapêutica e nas relações cotidianas. Correspondendo Expectativas com Repertórios Atuais do Cliente Estar ciente dos repertórios atuais do cliente ajudará terapeutas a terem expectativas sensatas e estarem atentos às nuances dc melhoras. Continuando com o exemplo da cliente que se sentiu, extremamente, dependente de seu terapeuta, não é útil esperar que ela diga alegremente: "Tenha ótimas férias", dado que ela teve ideias suicidas ao pensar em sua terapeuta indo embora. Ao contrário, seu comportamento foi modelado para que cada passo da tarefa terapêutica, embora difícil para ela, combinasse com o que ela era capaz cm termos de seu repertório atual: (1) indo para o A Técnica Terjp&iiica: As Cinco Regras hospital enquanto seu terapeuta estava de férias; (2) cncontrando-se com um terapeuta suporte embora tendo sessões telefónicas com o terapeuta primário que estava de férias; (3) pedir um objeto de transição (exemplo: ursinho dc pelúcia) do terapeuta e tendo sessões com o terapeuta suporte, sem ter sessões telefónicas com o terapeuta primário; (4) pedindo por um pequeno objeto de onde o terapeuta estava indo, para saber que o terapeuta estava com ela cm mente; (5) não necessitando de contato enquanto seu terapeuta estava fora, por arrumar muitos encontros com amigos. Embora desafiadoras , essas tarefas terapêuticas não pareceram impossíveis para ela, porque aconteceram por um período de dez anos. A cliente agora alcançou um ponto em sua terapia em que ela tem uma rede social dc suporte completa e vê seu terapeuta a cada dois meses. Tecnicamente, a estratégia acima incorpora o princípio dc modelagem por aproximações sucessivas de um comportamento alvo desejado e CRBs 1 e CRBs2 devem ser definidos pensando em modelagem. Por exemplo, embora o objetivo final para a cliente acima era a não dependência do terapeuta, se estritamente a não dependência fora vista como um CRB2, a cliente nunca teria emitidoqualquer comportamento que teria sido reforçado. A tarefa do terapeuta é identificar graus dc melhorias dentro das capacidades da cliente. O que é uma melhora significativa cm termos do nível atual de funcionamento da cliente? O que seria uma pequena, mas rpai. melhora para essa cliente? O problema de modelar levaina certa complicação para a FAP. Especificamente, embora o terapeuta possa estar reforçando CRBs2 que são aproximações sucessivas para o comportamento alvo, estes CRBs2 podem não estar sendo reforçados por outros lá fora. Deste modo, comportamentos que estão ocorrendo na relação terapêutica não serão mantidos por outros na vida diária. For exemplo, a primeira tentativa assertiva dc uma cliente muito tinuda pode ser reforçada pelo terapeuta, ap sai dc ser desajeitada e improvável de encontrar sucesso no mundo lá fora. Ou a primeira tentativa de um cliente de ficar mais tempo com sua esposa pode ser explicada por eia coino "Você só quer que cu pare dc encher." isso pode ser discutido dirctamcntc com o cliente. O terapeuta p<xle explicar que a reiação terapêutica é uma oportunidade para praticar c melhorar comportamentos interpessoais importantes antes de "ir para rua" com eles. O terapeuta pode também explicar que clínicos são. provavelmente, mais sensíveis a mudanças sutis e mais reforçados por cias, porque scjs únicos propósitos na relação são ajudar o cliente Relações da vida diária são mais complicadas e parceiros dc relação podem requerer tempo e paciência antes de mudarem também. O terapeuta, sendo sensível aos progressos do c lie me e sendo, reforçado naturalmente por pequenas melhorias sobre o funcionamento atual, pode criar a apreciação do cliente para essas pequenas mudanças também, tal que elas se tomem auto-reforçadoras o suficiente, 120 M. 1"sai cl ul para fornecer ao cliente o tempo necessário para maior crescimento, mesmo na ausência de respostas positivas dos outros. Amplificando os Sentimentos para Aumentar as Suas Relevâncias Algumas vezes c útil para os terapeutas adicionar outros comportamentos verbais, a uma rcaçào básica, a fim de aumentar a efetividadc terapêutica. Amplificação pode ajudar clientes a discernirem e serem reforçados por manifestações sutis das reações particulares do terapeuta que, de outro modo, podem não ser notadas. Para ilustrar, considcrc um cliente masculino que tem dificuldade em estabelecer relações íntimas e que correu um risco em revelar sentimentos vulneráveis, durante a sessão. Sua revelação resulta em reações espontâneas, em sua maioria privadas c, sutilmentc observáveis pelo terapeuta, incluindo predisposições para agir de maneiras carinhosas c comportamentos respondentes privados, que correspondem a 'sentir-se próximo,. Sc o CRBI do cliente, contudo, se refere a uma falta de sensibilidade para as sutilezas, tais reações não iriam ser discriminadas c teriam efeitos icforçadores fracos. Nesse caso, o terapeuta pode descrever reações privadas dizendo, por exemplo: "Eu me sinto tocado pelo que você acabou de falar." Sem essa amplificação, as reações do terapeuta teriam pouco ou nenhum efeito rc- * »jiçador no CRB2 do cliente. Com esta declaração, o terapeuta pode também estar sc arriscando c pode evocar CRBs adicionais, relacionados à intimidade, no cliente. O próximo caso c o material de uma sessão, dc um trabalho de seis meses de MT com seu cliente SJ, um homem dc 41 anos, que entrou cm terapia, procurando trabalhar os efeitos do abuso emocional c físico de sua intãncia c desenvolver relações intimas cm sua vida diária. Terapeuta: Então vocc está me dizendo que. por causa dc suas interações, sua consciência do impacto em outras pessoas está dramaticamente aumentando (MT tem reforçado essa consciência como um CRB2]. Cliente: Sim, muito. Estou mais atento em como cu interajo com outras pessoas. Vias será que estou interagindo de uma maneira saudável? Estariam as minhas necessidades vindo à tona, minhas confidências vindo à lona? T: O que parece saudável pra você sobre como você e cu interagimos? C: A única coisa que está vindo à minha cabeça, eu vou, simplesmente, responder sem pensar, é que você vê por mim. h mais ou menos como sc você estivesse cm um avião. Desculpa, mas essa é a imagem que está vindo na minha cabeça. SJ é 4 Técnica Terapêutica: As Cinco Regrai 121 muito parecido com o Safeco Ficld (Estádio de baseball dc Seattle), ok, estando comigo, isso é bom. O teto está fechado no Safeco Field, mas para Mavis eu abri aquele teto que recolhe c você está cm um avião voando ao redor . Você vê Sj em Ioda a imagem, você vc toda a vista , o bom, o estranho , o desajeitado, tudo. Mas você também vê o centro do campo, você vê a base do basebol , hs coisas boas do basebol. E vocc tem binóculos , vocc vc aqui e vê toda a coisa boa , mas aí dc novo você vc sobre a arquibancada, vocc vê a cara conflituosa pintada nas laterais , vocc vê a arquibancada reservada e os assentos . Você vê minha imagem inteira. E diz '1% eu quero sair com os meus óculos dc sol, com o meu pequeno helicóptero , cu talvez aterrisse c saia com SJ . , É uma simples metáfora , mas é verdade. Você me aceita pelo que sou c tenho de bom , o estranho e o que não c tão bom. Tem um conforto c uma segurança dentro de você , dentro dc nossa dinâmica c c como eu me sinto . Sinto-me seguro quando estou aqui com você. T: SJ . você está certo. É uma grande metáfora c me sinto muito tocada peio que está dizendo. [Regra3, Embora MT sentisse que exibiu sinais sutis dc estar tocada , ela amplificou a expressão dc sentimentos com a intenção dc faciiitar o reforçamento natural c a evocação de CRBs. Regra 2.] C: E eu não vou retirar o que eu disse , mas vou fazer uma pergunta em relação ã FAP. Considerando a sua habilidade , você, supostamente, deve representar de maneira geral o mundo lá fora para que então eu possa interagir com você do mesmo jeito que interajo, lá fora, no mundo. Como faço para chegara esse nivcl de segurança a esse sentimento confortável , legal com outras pessoas, outras pessoas seguras que veem SJ pelo que ele c? [SJ está perguntando uma questão importante e relevante , mas não está reconhecendo a resposta de sentir-se tocada dc MT. Esse c um CRBI c será respondido depois como mostra abaixo.] T: Você está esperando algum tipo de resposta filosófica profunda que vai resolver seus problemas? C: Sim , imediatamente, no alvo, dentro dc 30 segundos. Hum . T: Vocc já sabe a resposta. C: Tenho de assumir riscos pessoais. Eu tenho que chegar lá e me envolver. [CRB3.J T: SJ , tendo feito isso comigo, aumenta a possibilidade de você estar apto a fazer isso com outras pessoas. Eu tenho toda a 122 M. Tui et il. crença dc que cslará apto a fa/cr isso com oulras pessoas. Você acha que lem sido um trajclo fácil pra você? Você esteve bem assustado algumas vezes. Você realmente se forçou a assumir riscos comigo e eu sei que pode fazer o mesmo com os outros. [Regra 3, reforçamento natural; Regra 5 facilite generalização.) C Certo. T: Podemos agora nos concentrar sobre o que aconteceu hoje... o que sobressaiu pra você hoje? Por favor, dc respostas curtas. [MT está sugerindo o CRB2 de responder sucintamente.) C: Um certo poder, que de fato estou fazendo o que preciso fazer. que pode nio ser tão grande ou mal ou feio como cu acho. Sinto-me encorajado por você. T: O que ressalta para mim c que eu nmei sua metáfora, cu fiquei movida por isso e me pergunto se voei sentiu o quão comovida cu estava. I- vocc não criou espaço pra isso. Eu te talei que estava tocada, comecei a ficar com lágrimas e vocc prosseguiu com sua fala Isso é algo que quero que observe fora daqui, especialmente, quando estiver cum sua namorada, quando vocc utiliza a sua maneira de se comunicar para ficar no comando. Apenas fique alento a isso. para criar mais espaço pata outra pessoa, para estar ciente do que está acontecendo.Quão alento vocc estava sobre o que estava acontecendo? (Chamando atenção para o CRB1 de discriminação limitada das respostas emocionais positivas de MT. sua falta de construção dc reforçamento dc intimidade e sugerindo 02s.j C: Nào muilo atento, mas ainda isso desencadeia memórias c coisas como essas que aconteceram no passado. T: O que desencadeia coisas? C: Quando vocc me elogiou semana passada e eu nào, eu passei por cima. como com Paul no trabalho. T: Não mc dc q ;t*quer exemplos agora, estamos falando sobre vocc c eu. |Bloqueando C,RB I dc esquiva dc intimidade dc SJ. mas dito com um tom gentil.) C: Você me elogiou no passado c cu tive dificuldade cm receber isso. Semana passada, foi iegal, Mavis me elogiou. T: Antes você nào conseguia deixar e agora começou a deixar. Você estava falando sobre sua consciência dc outras pessoas c dc como isso dccolou. Continue trabalhando nisso. Isso também aumenta sua couexfto comigo c com outros. (Regra 5 , facilite generalização.) 4 Técnica Terapêutica; As Cii»co Regras 123 C Aumenta. Estando com o silencio . Em outras palavras, alguém diz alguma coisa que cu as comovi ou deixei-as tocadas , ficar quieto, ficar com o silêncio, aceitar o que disseram. Eu posso ser desse jeito com minha namorada. Regra 4: Observe os Efeitos Potencialmente Reforçadoras do Comportamento do Terapeuta em Relação aos CRBs do Cliente (Esteja Atento ao Impacto) A Regra -l destaca a importância dc prestar atenção às rcaçòcs do cliente e o terapeuta observar o efeito do seu comportamento sobre o cliente. Por definição, o cliente tem experienciado reforçamento terapêutico apenas sobre o seu comportamento alvo. Portanto, é csscncia! que terapeutas avaliem o grau em que o seu comportamento funcionou como reforçador. Coniinuando a prestar atenção para a função do próprio comportamento , o terapeuta pode graduar a sua resposta conforme necessário para maximizar o seu potencial para o reforçamento. Aqui discutimos múltiplas estratégias p3ra esuL- vIeccr a Regra 4, incluindo estratégias explícitas (questões dc processo do terapeuta) c implícitas (prestar atenção). É claro que :: única maneira de o terapeuta, realmente, saber que a respos*a qu- t:nha a intenção de ser reforçadora era dc fato reforçadora é através da observação de mudança, na frequência ou intensidade, do comportamento alvo. Questões de processamento explicitas, contudo, podem servir para dar ideias sobre os efeitos reforçadores das respostas do terapeuta. I-.sstis questões podem ser razoavelmente simples e, geralmente, ocorrem após uma interação CRB2/Regra 3. Por exemplo, o terapeuta pode, simplesmente, perguntar " como foi aquilo pra você?" ou. "quando respondeu pra você daquela maneira, como se .«entiu?" ou, "você acha que minha respos!2 tomou nuis provável pra vocc lazer o que fez de novo, ou menos? "" Uma importante consideração quando perguntada essas questões é o momento. Irmbon cias devam ocorrer apus tentativas de reforçar um CRB, elas não devem ser leites logo na sequência. Uma intcraçàoCRB2/Regra 3 na FAP pode ser um tanto intensa e »lenWiva imediata de tentai "processar~ essa interação com questões do tipo-Regra 4 podem truncar a interação Mbni e podem representar uma sut.l esquiva da intensidade criada pelo terapeuta Deste modo, o terapeuta deve ser sensível ao Hm natural da interação do t *RIU e cpenassegii : i< .".u -\norsamento da Re pr.» ' quando a interação estiver chegado a uma coikíuO» natural. Isso pode resultar etn esperar alé a próxima sessão pata processar a interação. Prestar atenção sem questionamento explícito c, igualmente, importante. 124 M. Ttthi cl ul Neste exemplo de caso, SJ (o cliente descrito previamente), mandou um email à M l na tarde que antecedia a consulta das 8:30 da manhã, dizendo a ela seu diagnóstico de severa doença pcriodontal c perguntado uma questão sobre seus CRBs. MI abriu o email à noite e não respondeu, pois sua consulta com ele era cm menos que 12 hoias. SJ começou a sessão da seguinte maneira. Cliente: Você recebeu meu email? Terapeuta: Recebi. É uma má noticia sobre sua doença |>criodontal. C: Usualmente você apenas responde, dizendo entendi ou algo assim, então estava pensando se era você nào reforçando comportamento mim em mim. (Regra I, por causa de suas dificuldades assertivas, MT está pensando se SJ levantando essa questão de ela não responder a ele seria um CRH2.J T: Nào, estou abarrotada de coisas, pois estou saindo do pais depois de amanhã Eu tenho um monte de cmails e era muito tarde da noite. Vocc mc fe/ uma pergunta que cu nem tive tempo pra pensar, então mc desculpe se esperou por cu «li/cr obrigado pelo email. (Regra 3, reforçar CRB2.J C Eu nio estava sentado esperando muito pelo email. T: Estava pensando, eu irei vê-lo pela manhã c então podemos falar sobre isso, C Certo, exaíamente. mas... T: Mas esti dizendo que seria bom se eu tivesse dito " eu vou te verde manhã , (Regra 3, novamente reforçando naturalmente o CRI32 do cliente de estar levando isso seriamente.] C Sim. sc vocc tivesse confirmado que havia recebido. Íí um pouco importante pra mim, nio uma dissertação, mas apenas uma confirmação, "positivo recebi ? ou algo do tipo. (Cliente está sendo mais direto com seu pedido, outro CKB2.) T: Você está certo, teria me custado apenas dois segundos para mandar algo assim e você nào teria ficado pensando se cu tinha recebido seu email. (Regra 3, MT está. novamente, reforçando seu pedido.} (... no fina! da sessão) C: Em suas viagens, se pudesse, nào consigo lembrar o nome do chocolate. (Esse ê um pedido incomum do cliente, sugerindo que SJ foi reforçado pelo seu pedido anterior de que MT confirmasse seu email. Regra 4, notando os efeitos do reforçamento do terapeuta.) T . Vocc quer que cu lhe traga uma barra de chocolate? (MT estava um pouco surpresa e podia ver como esse pedido tinha .t Técnica Terapêutica: As Cinco Kcgrai 125 propriedades tanto de CR BI quanto de CRB2. Ela deu uma resposta evasiva, pois queria um tempo pra pensar corno ela iria manusear esse pedido. Ultimamente, ela havia decidido que queria reforçi-lo por pedir, esse era um tato disfarçado dc mando que eles poderiam discutir numa outia hora (ele estava , provavelmente, ansioso por nào vc-la durante duas semanas) e pegar pra ele esse pequeno item era um nto de construção de relação.] T: Tenho que ir. C: Quero perguntar mais uma questão. Alguns dos estudos que foram citados nos papeis que estou lendo dc I AP não estão mais acessíveis. Você tem cópias deles no 111)7 (1 considerou esse pedido um CRB1 em que o cliente nào estava prestando atenção nas suas necessidades - ela já tinha indicado que estava cheia de coisas por causa de sua longa viagem e ele havia passado do tempo dc sua sessão ] T: Eu nio posso ver isso agora ,pois estou muito sobrecarregada com todos os afazeres que tenho , então em algum momento. no final dc agosto, tome nota de quaisquer papeis cm que esteja interessado e eu vou ver . (MT nào reforçou esse pedido, mas deu n oportunidade para ele tni/er isso de novo cm outra hora .] Na sequência acima, seguindo a Regra 4, MT viu os pedidos de SJ como evoluindo dc CRB2 para CRB2/I para CRBI. Pareceu que se, a principio, seu pedido inicial fosse levado a sério , seria dificil pra ele *pisar no freio, falando o que queria. Isso destaca o fato dc que, devido ao processo dc modelagem, um CRB2 (fazer um pedido) pode sc tomar um CRBI (fazer um pedido numa hora nào apropriada). Deste modo um CRBI diferente emergiu e o novo alvo do CRB2 envolve SJ discriminado mais e ficando sensível para quando ele faz seus pedidos ou suas perguntas (Classe B no FIAT-Q). No futuro, MT estará mais atenta ao comportamento dc pedir dc SJ ( Regra 1) e levantará o tópico de como ele lida com o pedir o que quer e o impacto disso nela (Regra 2). Ela o deixará saber quando seus pedidos constituírem CRBsl e o reforçará porpedidos que sejam ( RBs2 (Regra 3). Aderir a Regia 4 significaria monitorar de perto a trajetória dc seu comportamento de pedir para que no final SJ discrimine mais e fique sensível para quando e como ele faz seus pedidos. MT irá também ajudá-lo a generalizar esse comportamento (Regra 5) dc uma maneira que facilite o equilíbrio entre focar as suas necessidades versus as dos outros e receber c dar de uma maneira que otimi/c aproximação cm seus relacionamentos diários. Em termos da Regra 4, é também importante para terapeutas focar no M Tm. « «I. papel dos l is (Compor1an>cnlos problema do terapeuta na sessão) e T2s (Comportamentos alvo do terapeuta na sessão), porque uma atenção aumentada de si vai. lado a lado, com uma atenção aumentada do impacto de si nos clientes. Recomendamos que terapeutas deixem tempo para explorar questões tais como as seguintes. . O que você evita abordar com seu cliente? . Como essa esquiva afeia o trabalho que você faz com esse cliente? . O que você evita quando lida com a sua vida? (exemplo: afa/eres. pessoas, memórias, necessidades, sentimentos) . Como suas esquivas diárias afeiam o trabalho que você faz com seus clientes? . Quais suo os específicos T2s que quer desenvolver com cada cliente baseado na concepção do caso? Regra 5: Forneça Interpretações Funcionais Analiticamente Orientadas e implemente Estratégias de Generalização (Interprete e Generalize) Uma grande dose de conversa ocorre durante as sessões terapêuticas e essa regra identifica certos tipos de falas do terapeuta, de importância particular na FA!,. Um cliente pode perguntar ao terapeuta "Por que cu fiz aquilo?" ou "Por que tenho tanto medo de intimidade? " c o terapeuta esperar para dar a resposta. Do ponto de vista behaviorista, a resposta é apenas um pouco de comportamento verbal referido como um 1motivo. * 'Motivos* da FAP são prqjetados pja ajuda: chei.tcs a acharem soluções para seus problemas e para ajudar a generalizar o progresso na terapia para o couduno. Um motivo funcional analiticamente orientado inclui uma história que leva cm conta, como foi adaptativo para clientes adirem do jeito que o fizeram. Por exemplo, ser intimo e aberto não ê apenas benéfico para formar e manter relacionamentos próximos, mas também faz esse alguém ser vulnerável a punição. Para um cliente ern particular, pode ser que sua história inclua uma infância e'ou um período mais tarde, onde a tentativa de intimidade foi punida. Clientes que levam em conta sua falta de intimidade, por referir a essa história estão cm melhores condições para assumir riscos no futuro para remediar o problema. Paralelos entre Comportamentos na Sessão e CuíiJianos Paralelos *de fora para dentro * assumem o lugar, quando eventos cotidianos correspondem a situações na sessão e paralelos *dc dentro para fora, ocorrem quando eventos na sessão correspondem a eventos cohdianos. 4 Tícoic* Ur jptucxj A» Coco Regrai 127 Esses paralelos podem facilitar a generalização de ganhos feitos na relação clicntc-tcrapcuta para o cotidiano. tanto quanto auxiliar na identificação dc CRBs. Ambos são importantes c uma hoa sessão de FAP pode envolver uma considerável combinação, entre conteúdo cotidiano c na seesão , através de múltiplos paralelos dentro para fora e fora para dentro. Facilitar a generalização é essencial na FAP , deste modo ilustrações de diferentes casos desse processo serão fornecidas. Este primeiro exemplo c uma interação entre MT e sua cliente Alicia (descrita no Capitulo 7) que participou de um tratamento de 20 sessões para depressão c para parar de fumar. Ne.stn sessão, cias estilo disculindo um paralelo fora para dentro, porque Alicia está tendo dificuldades com relação a seu afastamento quando fica sabendo que alguém está preocupada com ela. Terapeuta Você sabe como eu já disse inúmeras vezes no nosso trabalho juntas, que nossa relação é muito, muito importante c que é um microcosmo de seus relacionamentos na vida IA fora . [Regra 2: Evoque CRB. MT hipotclizou que Alícia, cancelando sua recente sessão devido à dor nas costas , poderia ser um CRB I, envolvendo esquiva da proximidade, que vem aumentando em sua relação terapêutica. Regra I: Esteja Atento a CRBs.J Cliente: Ú , estava pensando nisso e eu escrevi sobre isso em minha folha dc ligação entre sessões. Quando penso sobre os relacionamentos que já tive, todos meus namorados , eu gosto muito da conquista, mas uma vez que eles mudam e começam a gostar de mim, cu acho mim. Ai eu me sinto sufocada. Percebi que, dc ccrta forma, fiz isso nessa relaçào também. T: Comigo? C: É , era como a empolgaçâo nc começo, tudo é novo. ai você realmente focou cm mim e pregou atenção em mim c eu congelei. F não sei por que. no ponto no momento em que as pessoas retribuem a energia que eu e*iou colocando. a; cu e louqucço T: Relações próximas envolvendo intimidade podem trazer à tona muita dor, que você certamente experienciou em suas relações com homens- Então faz sentido que você possa querer ficar preocupadac cair fora. Isso dá a você mais um scn:;o i v controle sobre a relação, nins lutnbétn pode trazer à tona. Je fato, o efeito que está tentando evitar. [Uma imerpreiaçâo Regra 5 ] É tão importante que você possa dizer isso em voz alta. é inacreditável , porque cu, certamente, senti você enlouquecendo. [Regra 3, reforçando o falo dc estar se abrindo ) C: Sim , eu sinto isso muito forte, quando conheci Jay, a mesma I?S M Tmí ei ai coisa, com Tcrry foi ate pior. Eu gosto de você, mas não quis que gostasse de mim. íi claro que tenho meu terror de ser rejeitada, então isso solidifica a rejeição. T: Então e se vocc tivesse me deixado gostar de você c deixado você se aproximar de mim, o que acontcceiia? C: íi perda, a coisa da rejeição, que está amarrada na perda também. Eu apenas cstariaà beira de perder, me preocupando todo dia sobre perder alguém que gosta de mim. Talvez cu seja muito mais lenta cm relacionamentos do que acho que sou. Eu gosto de pensar que faço amigos muito rápido, mas ai eu me dou conta de que meus sentimentos loucos aparecem, o que cu devo fazer c aí penso c se eu esperar, mas não sei como ficarei durante essa espera. T: Eu acho que a outra pessoa também tem que esperar, é como se cu soubesse o que você estava fa/endo, nós temos um compromisso, eu estava torcendo para você falar para mim sobre isso c você está falando. Você estava apta a falar qualquer coisa para essas pessoas com quein estava envolvida? C Não, porque cu estava aterrorizada de perdê-los Quando relacionamentos chegam ao ponto onde eles me importam, eu tenho uma medida de tempo psíquica, cu tenho que rejeitar antes de ser rejeitada. Sc eu persistir e ficar convencida de que não serei rejeitada de primeira, estarei apta a me comprometer novamente. T: Parece que nós passamos por isso, você e eu? C . Com certeza. T: Qual o seu modo de sentir isso? C: Parece confortável agora, mas era tão estranho, cu passei por exatamente isso. Pelos primeiros quatro ineses e meio cu estava tão empolgada que você se preocupava tanto comigo. ai eu fi/, cu passei por essa coisa louca. T: Eu acho que ajudei você a entrar nessa, quando estava ligando toda manhã para ajudà-la no processo para parar de fumar. Então estamos falando sobre a ideia de você ser honesta sobre isso, enquanto isso estava acontecendo. Para mim pareceu importante que eu tenha ficado bem estável. C: Ê verdade, ai eu estava convencida que você não iria me largar ou virar as costas para mim. T: Parece que qu2ndo você fila sobre isso, a pressão acaba. Então para você dizer, estou assustada e sobrecarregada, e... C: Eu não fi/. isso, exccto por aqui. T . Eu me senti tão melhor quando me contou. [Amplificando A Técnica Terapêutica: A» Cinco Rr|ni 129 sentimentos.] O Eu terei que fazer uma anotação mental disso . T: Isso é muito importante. Não vejo a hora de você entrar em um relacionamento, de aparecer essa questão c falar sobre isso. Eu não posso enfatizar, suficientemente, o quão concctariie é ter alguém falando o que está acontecendo , ter você falando pia mim, toda essa conversa que estamos tendo é simplesmente fantástica. [Regra 3. mais reforçamento natural. Regra 5, encorajando um paralelo dentro para fora.] Este exemplo do segundo caso é Michacl , um pesquisador bnlhantc , que sofreu uma severa depressão enquanto ele cada vez mais encontrava dificuldade para obter doações para financiar seus projetos de pesquisa. I-Je está em terapia com MT, indo e vindo, por cinco anos. Nos últimos dois .mos ele tem evitado, geralmente, estímulos Íntimos interpessoais e notou um desapontamento particular, que resultou cm uma falta de desejo sexual. A transcrição do segmento abaixo ilustra como Ml reforçou seu CRB2 de entrar cm contato com estimulo sexual . Ela então dirccionou atenção para o 02 de intimidade sexual que é possível entre Michacl e sua esposa (Um paralelo dentro para fora). Terapeuta: Você não está fa/.endo muitoconlaío visual comigo hoje. Tem alguma coisa que está evitando? Cliente Ok , talvez, certamente por causa da morte de sua mãe (T voltou ao trabalho após o funeral dc sua mãe), estou me segurando, não deliberadamente, mas talvez me segurando porque eu sinto que você precisa de um tempo T: O que você está segurando? Como você seria se não estivesse preocupado cm me dar um tempo? C Eu diria que posso ver que coitou seu cabelo e que eu gostei muito do que di%se logo quando cheguei sobre cu ter dado a você um presente importante. (O cliente havia prometido na última sessão não come-er suicídio .) T: Fale-mc mais sobre isso . C; É... uhm... parle dc mim fica excitado , parte dc mim começa a se sentir triste , é uma combinação estranha. T: Excitado sexualmente? (Apontar excitação sexual de Michacl na sessão é evocativo . MT quer evocar o CRB2 dc fazer contato c expressar sentimentos relacionados á intimidade , incluindo os sexuais . Fazer essa pergunta provocou ansiedade, exigiu coragem e foi um exemplo dc 12 da parte de MI.| 130 M Ta. ei *1 G (Aceno com a cabeça) T. Interessante. Com que frequência vocc cxperiencia essa combinação de estar excitado e triste? Ru diria muito raramente. T: Fale-me mais Então você gostou bastante do que cu disse, prometer não cometer suicídio é um dos melhores presentes que nunca ninguém tinha dado a mim. O . Vê, isso não fa/ nenhum sentido. Eu entendo porque me sinto triste. Eu sempre me sinto triste quando alguém fala coisas boas sobre mim. Mas por que eu fico excitado nâo tenho ideia. T: Então está excitado agora? C: Mm-hmm. T . Como se sente? C: Ligeiramente embaraçoso. Mas eu não posso estar Ião embaraçado, pois senão cu não iria te dizer, iria? Nào é um tópico de conversa que eu, normalmente, falo para as pessoas quando essas coisas acontecem. T: Nós estamos muito além de uma conversa social educada. Eu realmente valorizo isso de você, que você pode me dizer qualquer coisa. C: Eu acho que meu corpo está começando a me dizer que quer sexo. T: Faz muito tempo que sentiu isso. O Mm-hmm. T: Então como é para o seu corpo dizer a você que cie quer sexo? C: Pode ser angustiante. \) Antes de interpretar isso, apenas me fale como 880 tis sensações. O que 0 seu corpo está te falando? Como você sabe que ele quer sexo? "v C Eu passei muito tempo em lojas olhando meninas, admirando- as. até mesmo as mais velhas... T: Isso é ótimo! Michacl. Você está olhando a J (sua esposa) diferentemente , Eu espero que ela ainda esteia aberta para estar, fisicamente, íntima com você porque você a rejeitou bastante. C É. T: Você acha que ela ainda está aberta pra isso? C: Eu vou dizer que sim. T: O que faz você achar que sim? C: De vez cm quando eu lhe dou um abraço c seguro seus seios 4 teme» Teiapciuca: A» Cinco Regi» por trás. T: E o que ela faz quando você segura os seios dela? C Ela não me rejeita. [Além de tudo. MT estava tomando cuidado para não arriscar punir os CRD2 envolvidos cm ter e expressar sentimentos sexuais fazendo o típico >tudo bem ter sentimentos aqui, mas existe uma regra estrita de não tocar.] Atribuindo Tarefa A FAP, em ultima análise , é uma terapia behaviorista c o sucesso c alcançado quando o cliente muda seu comportamento na vida diária. Deste modo, a atribuição de tarefas é também importante para a Regra 3. As melhores atribuições de tarefas na FAP sào quando o cliente se engaja em um CRB2 durante a sessão c a tarefa para o cliente agora é levar este comportamento melho: "para a estrada" e testar com pessoas significativas em sua vida. Por exemplo, o terapeuta pode dizer, "Vocc mc permitiu ajudá- lo sem me afastar c deu certo. Por que você não tenta isso com seu parceiro essa semana, se uma oportunidade aparcccr?". Atribuições de tarefas na FAP sÃo paia eiwolw .* outra pessoa na vida do cliente c o terapeuta nào pode garantir como essa pessoa irá responder. Isso é, particularmente, uma questão ii .undo o CRB2 na Sessão c uma aproximação do comportamento desejado - tais comportamentos são CRBs2 na sessão , mas ainda nào estão prontos para a \ ida diária e isso pode ser discutido com o cliente. Esse próximo caso é um exemplo de como um cliente de MT estava preparado para focar em sentir-sc presente c fixado na sessão e então foi pedido para praticar os comportamentos específicos, associados com tais .sentimentos cm suas relações de fora. Terapeuta: Você pode sentir a diferença quando está se sentindo ,mojo, (termo d. cliente para quando ele está sc sentindo Migado*)? Cliente: Sim. ok, bom Eu pratiquei o que falamos com a Jennifer. Eu posso seut:r aquilo fisicamente. Então eu prestei muita atenção a meu corpo. I*. prestei atenção de como estava no dia. Eu tentei não faiar tão rapidamente, com os pensamentos desmoronando em minha abeça. i içando centrado aqui cm meu plexo soiar c sim cu podia sentir. Eu conheço aquele sentimento centrado. T: Você está realmente d» lcrer»c. Você exala sua energia de forma diferente quando está centrado. C: Mm-hmm. Você pode sentir aquela confiança vinda de mim. T: Sim, eu posso sentir aquela energia confiante vindo de vocc. M Tmí «I »l C Sim. é interessante, cu cheguei de fato a uma posição onde posso falar sobre as diferenças naqueles dois c*ta dos do ser. T: I ' cu acho que todas essas mulheres estio respondendo. C: Eu acho que isso faz parte. Estou tendo respostas pos itivas de diversas mulheres que tem respondido a mim pessoa lmente, não apenas meu email. Posso sentir isso agora. Estava sent indo aquela centralização c me ajudou a ficar presente, ao inv és de ficar preso demais nas maquinações ansiosas do meu cérebro. T \tocê é bem rápido. Nós focamos em algo c vocc já sai fazen do. É bem empolgante C Bem. você c cu atingimos algo aqui que eu tenho procura do em terapia por um bom tempo. As últimas vezes, em terapia, est ive procurando alguém, que mc ajudasse a descobrir o que eu poderia colocar em questão. Esse é um lestemunho para o nosso tra balho juntos, c um testemunho para você enquanto terapeuta, c um lestemunho para 11FAP. Pois, o que fizemos foi: você mc aju dou a prestar atenção cm meu comportamento aqui na sa la cu prestei atenção sobre o que estava acontecendo comigo. Aquilo foi uma peça chave a respeito do que está acontecendo em meu s relacionamentos. E eu poderia falar bastante, mas est amos falando sobre isso ao invés de focar em algo que eu poderia levar para fora desta sala. Neste caso foi um sentimento; um sentimento focado, preso, com o qual cu entrei em contato e a partir disso Fique apto a tirá-lo daqui. Então, obrigado. T: Bem. é comovente pra mim. Questões Éticas e Precauções A FAP busca enar uma profunda c intensa experiência terapêut ica; o grau de ponderação, cuidado c cautela que terapeu tas da FAP trazem para >cus trabalhos deve ser. igualmente, profun do e intenso.Código de ética desenvolvido para guiar terapeutas cm geral, ta! como a APA Ethical Guidelines (Associação Americana de Psicologia, 2002) c rele vante e aplicável para a FAP. Características espec íficas da FAP garantem que algumas dessas orientações sejam particularmente importantes. As seções a seguir delineiam diversas precauções cm termos de áreas de preocupação ética em potenc ial c as formas como se relacionam com a IAP. Questões adicionais são também discutidas porque sào específicas para a prática competente da FAP. Evite Exploração Sexual 4 Tccnica Tcrapcirtici; Al Cinco Refira* A intensidade e a intimidade emocional que estão frequentemente presentes nas relações da FAP podem aumentar as chances de uma atração sexual se desenvolver. Terapeutas da FAP devem, portanto ter as melhores barreiras possíveis nesta área. Como descrito no código feminista de ética (fcminist-therapy-institutc.org/ethics.htm), terapeutas não devem, evidentemente, explorar clientes sexualmente, mas também devem conhecer formas mais sutis de explorar o comportamento sexual. Por exemplo, se um cliente tem um CRBI de procurar aprovação dos outros através dc um comportamento sexual izado de uma maneira que seja prejudicial à sua própria pessoa, o terapeuta da FA P deve estar apto a idcnli ficar esse comportamento e evitar reforçá-lo. Esteja Atento a l leses Culturais Todos nós fomos formados pelos contextos culturais nos quais vivemos. Dado isso , terapeutas da FAP devem ter cuidado ao definir comportamentos do cliente como CRBIs c CRB2s baseados somente em expectativas culturais. Quando nào estamos atentos aos nossos vieses, podemos sem referência reforçar um cliente por um comportamento que c na verdade um CRBI. Por exemplo, sc terapeutas esperam que homens sejam menos emotivos, eles podem, sutilmente. punir expressão emocional cm um clicntc, mesmo que tal expressão seja um CRB2 para aquela pessoa. i\ão Continue um Tratamento que não esteja trazendo beneficias Tratamento FAP não ajuda todos os clientes. A pesquisa também apoia, claramente, a importância da afinidade tcrapeuta-clicntc. Sc a terapia não está funcionando bem, é muitas vezes, emocionalmente evocativa ou desgastante, e pode resultar, para o terapêuta, cm comportamentos problemáticos lais como: culpabilização docliente, distanciamento direto ou indireto ou rejeição ao clicntc, tomar-se excessivamente apologético, autocritico ou continuar a terapia, tenazmente, sem reconhecer a falta de progresso. Às \ezcs, ter um cliente dccidido a não continuar o tratamento pode representar um importante CRB2 e o terapeuta da FAP deve estar apto para reforçar tal comportamento. Competência para Conduzir a FAP Na discussão acima sobre regras da FAP, os fatores que são importantes para conduzir a FAP foram apontados. Aqui reiteramos as variáveis mais significativas para os terapeutas da FAP desenvolverem cm si mesmos. A importância do conhecimento aprofundado do cliente. Terapeutas da FAP assumem riscos, evocam CRBs c criam relações terapêuticas 134 M. Thi «I «I intensas. Iodas essas experiências cem potencial para serem benéficas, mas também podem ser estressantes c desafiadoras ou até prejudiciais para o cliente. O terapeuta, portanto deve prosseguir com cautela c lazer uso cuidadoso de princípios de modelagem. Isso exige conhecer o cliente bem c saber quais comportamentos exibidos pelo terapeuta irào encorajar crescimento e mudança, num nivel que o cliente esteja preparado, versus quais comportamentos seriam opressivos ou mal colocados, de uma maneira que leve a um desengajamento, aflição indevida ou até o término da terapia. Terapeutas da FAP são encorajados a informar, cuidadosamente, o cliente sobre 11 natureza do tratamento (referente à seção prévia "Dando o raciocínio da FAP,), mas também equilibrar o foco na sessão de maneira que o cliente possa tolerar. A importância de estar sendo contiolado por rejorçadoits que são benéficos/wa o cliente. De uma perspectiva FAP, urna fonte primária de violação ética é a situação de o terapeuta estar sendo controlado por reforçadores. que não são benéficos para o cliente. Por exemplo, o terapeuta pode ser reforçado por expressões frequentes de gratidão c louvor de um cliente, quando tal comportamento é um CRRI. Se o terapeuta nào estiver ciente deste processo, ele/ela pode responder de uma maneira que reforce e ajude a manter o problema do cliente. Deste modo, é muito importante que terapeutas reconheçam áreas pessoais que podem estar vulneráveis a reforçadores, que nào são úteis para o cliente. A importância da autoconsciência do terapeuta. A FAP encoraja terapeutas a assumirem riscos; tais riscos podem ser levados num contexto de clareza c de autoconsciência. Terapeutas da FAP eficientes «levem ter um alto nivcl de autoconsciência , dispostos a examinar seus próprios motivos c serem reforçadores e possuiem habilidades para reconhecer e responder a seus próprios TI s, nào defensivamente. Hmbora esse tipo de autoconsciência seja importante a todos os terapeutas, acreditamos que isso seja. particularmente, importante na FAP. porque o terapeuta está sendo encorajado a assumir riscos e evocar CRBs. Por exemplo, um terapeuta que es«ja solitário ou com falta de intimidade cm relações pessoais, pode apoiar-se demais em relações terapêuticas, como uma fonte primária de aproximação e sentir-se atraído pela FAP como um meio dc aumentar ou justificar :a! intimidade. Tal terapeuta pode colocar demandas sutis ou nào sutis no cliente, para maior aproximação, sob o disfarce das regras da FAP. É crucial que os terapeutas da FAP examinem suas próprias respostas c Tis ce uma maneira constante. Consulta c supervisão são, frequentemente, partes cruciais de tais questionamentos. A importância de ter o comportamento alvo do cliente em sen p>óprio repertório. Teorias psicodinâmicas tradicionais têm enfatizado a importância do desenvolvimento de autonomia, como um sinal dc saúde psicológica e a importância de minimizar a dependência na relação terapêutica Orientações 4 Técmic. Tojpíuócj A» Cinco Rcfru j j5 éticas tem, similarmente , focado no estabelecimento c manutenção dc barreiras. Humanistas , terapeutas feministas c outros tem enfatizado a relação natural do desenvolvimento humano , a importância de psicoterapeutas estarem aptos a engajar-se em relacionamentos genuínos e muito cuidadosos com seus clientes , e nào permitindo que relações intensas gerem pessoas muito dependentes. Terapeutas da FAP devem estar aptos c serem flexíveis para balancear essas perspectivas, dependendo das questões e necessidades do cliente. Muitos clientes tem dificuldade em aceitar cuidados c ajuda c tem problemas cm serem vulneráveis, abertos, próximos ou íntimos com outros. Com tais clientes , o terapeuta da FAP precisa criar um contexto em que há oportunidades para engajar-se, com o terapeuta, cm maneiras novas c mais conectadas. Um terapeuta que se sinia desconfortável com aproximação e não leniu tiara tal limitação, provavelmente, nAo se engajará em comportamentos que evoquem conexões ou intimidade com seu cliente, num nivel que pareça arriscado ou perigoso. O cliente pode nào ter a oportunidade para trabalhar com questões essenciais sobre aproximação em relacionamentos ou ser reforçado por CRB2s nesta área. Similarmente , um terapeuta que esteja desconfortável com a intimidade, proximidade ou vulnerabilidade, pode estar inclinado a interpretar um pedido do cliente por mais aproximação, questões pessoais sobre o terapeuta ou expressões dc dependência do terapeuta, como CRBls cm uma ampla classe de depcnoéacia ou dc necessidade dc relacionamentos. Para alguns clientes, este talvez seja o caso, mas é, claramente, problemático se os próprios TI s do terapeuta 'ev «m a assumir, erroneamente, os comportamentos do cliente retratando u.n CRB1 sendo que nào o são. Alterna.i vãmente , clientes que têm dificuldade em tolerar a separação, a solidào cr a;:ir independentemente, podem necessitar que o terapeuta evoque e reforce tais comportamentos. Novamente, um terapeuta que tenha dificuldade com distincia , autonomia ou .«eparaçSo cm relacionamentos pode. inadvertidamente , reforçar CRBls do cliente. Ele/ela pode não reconhecer esses comportamentos como CRBI s cu criar oportunidades para CRB2s ocorrerem. Ess.*.i habilidades cc rcUciona-.cu;o envolvendo tanto aproximação quanto independência e exemplo de uma ampla faixa dc comportamentos que o terapeuta da FAP. idealmente, irá fortalecer a fim dc ajudar os clientes a desenvolverem comportamentos ri-niíarcs. Assim como um terapeuta que tenha medo dc altura está incapadiadn para conduzir um tratamento ao vivo com clientes que :cnham fobia de altura, terapeutas da FAP são mais suscetivcis de serem eficientes , se eles puderem engajar-se nos comportamentos que estão ajudando os clientes a desenvolverem. Terapeutas da FAP devem, cuidadosamente, avaliar os tipos dc problemas do cliente que possam, efetivãmente, ajudar levando em consideração suas próprias M. IMi cl al histórias, repertórios comportamentais e limitações atuais da vida. Mi s sâo fortemente encorajados a apontar áreas dc limitação cm sua própria psicoterapia ou cm supervisão c consulta. Conclusão Na conclusão, gostaríamos dc destacar que, a serviço do crescimento do clicntc, não apenas modelamos o comportamento do cliente, nus nos permitimos ser modelados por ele. Como Martin Bubbcr (n.d) declarou, "Todas as jornadas têm destinos sccrctos dos quais o viajante nâo tem conhecimento." Permita-se expcricnciar cada relação terapêutica como tal jornada. Gostaríamos também dc enfatizar que regras behavioristas definidas c descritas neste capitulo, não são rígidas e formuladas como, normalmente. está implícito no uso comum do termo ' regra * . Nenhum procedimento de outras terapias é para ser excluído, mas sim, a qualquer momento, a abordagem governada por regra da FAP pode levar à consciência e à utilização dc uma oportunidade terapêutica. Endossamos completamente o ponto de vista dc (ircbcn (1981) expresso abaixo. A psicoterapia aio t elaborar uni conjunto dc regras sobre o que algocm nio pode fa/cr regras sobre quando faiar ou nio falar, coo» lidar com feria», cacto lidar cocr. hora» perdidos, e assim por diante. É algo muito mais simples que isso. É o encontro c o trabalho conjunto dc duas pessoas; i irabalho duro c honcslo VVjcí pede di/cr, t um trabalho dc amor. (p. 455) Refcrcncias Addis, M E.. & Carpcnier, K. M (2000) The trcatmenl rationale in cognilivc bchavinrul Ihcrapv: Psychologuat mechanism und clinicai guidclincs. Cognitivr and Bchaiioral PractKt. 7{2X 147-156. Amcncan Psychologtcal Association. (2002) F.thical principie» oíp»ychologi»t» and codc of conduci. Amencan Psrchoiogia, 57,1060-1073. Barncs-Holmcs. D.. Barnes-Holmcs, Y., ti Cullinan. V. (2000). Rcbtioiu! Freme Theory and Skinner 1s Vertul Behavioc Apossibksynthcsis The B.-kavior Analysr. 2J,69-84 Bubber, M. (n.d.) Martin Huber quates Rctricved February 14,2008. írom thinkexisl conv quotcvmartin buber/ CalUjilian. 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Consequentemente, não esperaríamos que Descartes buscasse terapia para descobrir "quem ele era" , ou que reclamasse sentir-se um camaleão que muda sua personalidade dependendo das circunstâncias em que sc encontra. A declaração dc Descartes também denota que cie era auto-observador ou atento à sua experiência privada de pensar como uma atividade ou processo independente dos conteúdos de seus pensamentos. Isto sugere que ele poderia recuar e observar objetivamente os dados básicos de sua experiência. O ato de estar atento sem julgar o processo de pensamento entra na definição K I Xavvrf*.; Uv.;,.,,, fep.").». ..í P.jxholsgy. irtMtftil: Sítírte VI» ! «.» c -i! ' Oi íjiu-rf -v> ítiiií Miifclm V n-llinj. I"»D o>rrb«i<Ort - fkí nwllerir.iT omo me upiink «i uirw «u< i.uiriiiioi iih rttpiwSi&IUi ycc «i»i , P«n«» «piía.» 5-J MasMtos m iTvr. Uolii»: KuUcjhiig 1 IWil - liw uno »lo tu ll liado pira o jcli diiícuiiií: di cxtnW iro< pilou laui ptlbm ioBi"1»« < * uitpf<Kai)ci»M oíc "iirf.W-vo c tau «raro i» nnsfmo p;ti<n*. Pm; çtcvtit no fcjw i;on «(Krrnlí-n.li. loiut o< <pui>o -i nu rui o"icn»í ™ (oiuirunn «n> jMlparaciwti »i ' «ram.i.lK mm* Hl AKiimUMU Pia " «luv-íixn» ra.(«V o «KiJ.I.Af.t Uvl «r iblinuk. (iiiil.n.Jii.iiir c .»* pir |>juiir urra Mpignlii cço>fi:a I M invlujiila |\1« li tnorlUoO lioil Atcicrto NcM. r>> WWÍl M«Wl A. M Tl» .< AL.. . .w r.n.Ih» lO.KXiWí-MSt-»»»-».* " S«íokc-I1u.«co Ucdu. LLC XB» 140 R. J. Kotilcnbwg d «I. demind/ulness, uma estratégia cada vez mais popular no (rolamento dc problemas psicológicos (c.g., Linchan, 1993; Hayes, Follcitc, & l.inchan, 2004), c que desempenha um papel importante cm muitos casos da PAR O objetivo deste capítulo é fornecer uma explicação behaviorista do self e dc mind/ulness, explicar como a falia dc senso dc self pode interferir no mindfulnesst c prover sugestões para modelar intervenções de (rolamentos que focam o self e o mindfulness na FAP. Uma Visão Behaviorista do Self Vamos começar com um simples exercício de dois passos. Faça o I ° passo agora - olhe para sua mfio por aproximadamente cinco segundos. Agora o 2° passo - olhe novamente para sua mão por alguns segundos, mas enquanto faz isso, lente tomar-se consciente de quevocê está olhando. Se este exercício der certo, os passos devem ter envolvido duas fornias de conscienc ia. Durante o 1 ° passo você eslava simplesmente olhando para sua mão - notando a mão em si. Você deve ter notado algumas características e se perguntado sobre o que qnci íamos que você visse. Essa atenção envolve discriminações simples, feitas por todas as criaturas, verbais ou nào. f- atcnçào pura. automática e inconsciente. O 2° passo, todavia, incorporou um segundo tipo dc consciência. Você nào estava simplesmente vendo sua mio. mas estava "vendo " que vocc estava vendo sua mão. Isto é,você estava cicntc de um "você " , alguma " coisa " ou "alguém" que estava olhando, notando, imaginando. Você deve ter até tentado metaforicamente recuar para observar-se olhando pnrn sua mão. A experiência de um "você" que está observando é aquela a que o público em geral c a maioria dos cientistas sociais se referem como sendo "o self. Dcikman (1999) define este self como um "Eu " com uma consciência permanente, descaracterizada e imutável, alguma coisa central que testemunha todos os eventos, tanto internos quanto externos. A Experiência do Self Neste capítulo os termos 'consciência, , "autoconsciência,, c ' auto- obscrvaçào ' são usados alternadamente para referir-se ao 2t (ipo de consciência descrita noexcrcicio acima. Skinner afirmou que. %..)uma pessoa se torna consciente de um modo diferente quando uma comunidade verbal arranja contingências sob as quais ele não só vê um objeto mas ele "vê" que está vendo. Neste modo especial, a conscicntização c um produto social" (Skinner, 1974, p. 220). Skinner, assim, enfati/ou o modo pelo qual uma história social particular é necessária para um homem aprender a ver que ele vê. Sendo esta história normativa cm nossa cultura, unidades comuns podem ser esperadas nas descrições dc um self "norma!> ou ,ideal*. Nem todos, entretanto, desenvolvem o selfdeal almejado. Isto é, apesar dc algumas 5 Self c MindfiilDess similaridades, um senso dc self é aprendido c por isso depende das peculiaridades desta história dc aprendizagem; consequentemente, a experiência do self pode variar bastante. Nós conccitualizamos um contínuo dc experiência; cm um extremo há uma experiência ideal de continuidade e uniformidade do self, "algo central " correspondente às descrições de Descartes c Dcikman; no outro extremo, um senso dc self vazio e instável. correspondente às cxpenências de clientes que afirmam, "eu não sei quem sou " , ou que reportam múltiplos selves. Nossa visão behaviorista ê que a experiência dc self consiste em *algo central' que é expericnciado, c o processo de estar cicntc de ou reconhecer este 1algocentral,. A análise funcional de experiência doje focali/a, então, os estímulos discriminativos (Sds) dos quais alguém se torna ciente e identifica este 'algo central , . Este foco no self como um objeto ê congruente com seu uso por clientes e por psicólogos convencionais do self Nossa tarefa c , então, identificar este algo expericnciado que ê o self. Esta análise ê guiada pela discussão de j*//proposta por Skinner (1953, 1957) c pela análise funcional do comportamento verbal de nomear estímulos (c.g., bola, carro), conhecido como tatcar (Skinner. 1957; Barnes Holmes, Barnes Holmes & Culliman , 2000). lista abordagem ê compatível com a do contemporâneo e inovador analítico-comportamenlal Steve Haves e a análise dc seus colegas (Hayes & Gregg, 2000; Hayes & Wilson, 1993). Apesar dc focarmos noíeZ/comoalgo experienciado ou percebido, não damos a ele propriedades de agente (e.g., conceitos psicanalíticos dc id, ego e superego) para depois os usarnws para esclarecer problemas do self Ao contrário, atentamo-nos em entender a funcionalidade do selí, através da compreensão da natureza interpessoal do ambiente que influencia no seu desenvolvimento, c as condições sob as quais experiências "normais" e "problemáticas" do í<7/"ocorTcm. Em uma linguagem nào técnica, suponha que estamos tentando entender a experiência de alguém que está sentindo calor. Poderíamos colocar um homem em uma sala com temperatura controlada, variá-la, medi-la, e descobrir qual temperatura é necessária para que esta pessoa sinta calor. liste relato poderia ser um tato, resposta controlada por um estimulo discriminativo especifico da experiência de sentir calor. Nossa compreensão seria ainda maior, todavia , se soubéssemos mais sobre a experiência anterior desta pessoa com ambientes quentes e frios. Se ele foi criado no deserto , um aumento considerável na temperatura da sala seria necessário para que ele dissesse que está com calor, mais do que seria necessário para alguém nascido e criado no Alaska Quanto mais se sabe sobre as variáveis históricas e contextuais que resultam no individuo reportando que sente calor, mais poderemos dizer que *entendemos , sua experiência. Esta abordagem para entendermos a experiência de alguém está intimamente conectada à compreensão do estimulo (a coisa) que levou ao relato verbal , c a hipótese é que estes mesmos fatorcs que afeiam a experiência interna dc uns também afetam o relato verbal desta experiência. 142 * > Kohlcoberg o >1 Nossa abordagem para entender a experiência do self e similar à do calor descrita acima. Da mesma maneira que nós poderíamos explicar a experiência do calor através da identificação dos estímulos c sua respectiva história para a resposta "calor " , explicamos a experiência do self através da descrição do estimulo e da historia referente às palavras usadas para identificar o self. Estas palavras incluem ,eu,, 1mim,, ,bnby, 011 o nome próprio de criança como *Davc, ou 'Dottie, (quando usados para se referir ao self de alguém), e ,você, (como usado de maneira inadequada por crianças pequenas para referir-se a si mesmos). Nós poderiamos nos contentar dizendo que termos como estes são membros de uma mesma classe dc equivalência. Consequentemente, a análise do "eu* pode ser vista como um protótipo para a análise dc outras respostas verbais associadas ao self. A especificação do estimulo para o * eu * elucida então o 'fenómeno* ou a ilusória *coisa central* experienciada como o self. O Desenvolvimento do Senso de Self Quando as crianças estão aprendendo a falar, elas estào dc fato aprendendo a latear, ou dizer o som das palavras evocadas por estímulos discriminativos específicos (Sds). O processo sc inicia com o aprendizado do significado de faias individuais (na FAP, *unidades funcionais ' ). Como exemplo, considere como uma criança aprende a tatear uma , maçã , . É óbvio para seu pai (como observador) qual o objeto a que criança está se referindo pelo termo ,maçã , . Para a criança nào-veibal. todavia, é. a princípio. uma situação confusa. Considere os inúmeros estímulos discriminativos potenciais presentes que podem estar ligados de maneira incorrcia a palavra .maçã * . Para confundir a questão, existem ainda numerosos estímulos privados (e.g., sensações corpóreas associadas a ati\idades neurais e hormonais) que esião disponíveis somente para a criança. Por outro lado, extraordinariamente, a criança aprende a discriminara maçã publicamente observável, do estímulo sopa, como o Sd que evoca 1maçà\ Com certeza, para que isso ocorra, seus pais (a 1comunidade verbal ,) precisam ser consistentes e usar reforçamento diferencial para assegurar que ' maça > é somente aplicado quando uma maçã está presente, e não é uma resposta apropriada a outro estímulo (e.g., mamãe, papai, rcaçôes corpóreas específicas, ou qualquer outro objeto do ambiente). A criança aprende a dizer 1maçã, porque este foi um estímulo que estava consistentemente presente em cada ocasião em que dizer ' maçã ' foi reforçado. Pesquisadores do comportamento verbal sugerem que o que é aprendido neste estágio e o comportamento bidireciona! de relações verbais (e.g., a palavra * maçã * é equivalente ao objeto maçã, c vice-versa). Linguistas c psicólogos do desenvolvimento chamam o período dos seis meses aos dois anos dc 'período de falas dc uma única palavra , . (Cooley, 5 Scirc Msndfulsess 1908; Dore, 1985; Fraibcrg, 1977; Peters, 19S3). Neste estágio inicial, até frases dc múltiplas palavras como ,mamãe vem, c 'suco acabou' agem como unidades funcionais c não são compreendidas como palavras individuais. Para ilustrar, considere o caso de um dos pais tentando ensinar a frase 'eu vejo maçã', uma vez que a criança aprendeu a tatear "maçã * . O pai deseja que a criança relate sua experiência privada de 'ver uma maçã,. Se o pai for bem sucedido , 1eu vejo maçã" pode ser usado para relatar tanto maçãs físicas quanto imaginárias, de tal forma que a criança pode descrever e pcrccbcr sua atividade privada dc ver uma maçã, mesmo que não esteja presente um estímulo público denominado maçã. Para fazer com que a fala da criança ,eu vejo maçã, rcilita este refinamento, o pai tem a difícil tarefa dc ensinar a criança a ficar sob controle da experiência privada de ver uma maçã quando diz icu vejo maçã,. lista tarefa è difícil porque o pai não pode asscgurar-sc de que a criança está realmente tendo a esperada experiência privada dc ver. Por outro lado, o pai confia no estímulo público para este fim, incluindo a orientação encoberta da criança em direção à maçã pelo movimento da sua cabeça, por apontar, mover os olhos e olhar fixo na direção da maçã. O estímulo público pode variar sutilmente dependendo da localização da maçã, da criança, iluminação do ambiente, entre outros fatorcs. Caso o pai seja bem sucedido, todavia, o estimulo privado associado ao ver privado ganhará controle sobre *eu vejo maçã , já que este é o estímulo consistentemente presente cada vez que a fala 'eu vejo maçã, foi reforçada. Mesmo que tenhamos tomado a licença poética na descrição acima ao supor que o pai está tentando ensinar a criança propositadamente a diferença entre o estimulo público *maçã, c o estímulo privado dc ver uma maçã. sabc-se que não há um conceito próv io envolvido quando os pais interagem com suas crianças. O faso é que. todavia, cada :«ni dc nós pode relatar quando estamos vendo uma maçã imaginária ou tendo uma experiência visual privada que é evidência deste aprendizado a.titrior. Mesmo que os outros possam discordar dc nossa visão sobre esta questão, não acreditamos que nascemos com a habilidade dc ver ou ; -..,atar imagens privadas; ao contrário. poderiamos argumentar que temos dc agradecer a nossos pais ou cuidadores por ter nos ensinado a lazer isso. A mesma complexidade está presente sempre que nós ou nossas crianças somos ensinados a taicar ou identificar qualquer evento privado corno sentimenioji de fome, tristeza, alegria ou raiva. Kohlenberg e Tsai (1991) fornecem uma explicação comportamental detalhada dos três estágios do desenvolvimento da linguagem relacionados ao tato *eu " emergindo como uma unidade funcional separada (PP. i24-168). Os três estágios esíão dispostos na figura 5.1. Como ilustrado na figura 5.1. durante o !° estágio a criança aprende unidades extensas e independentes que são a base dc outras unidades intermediárias abstratas do 2° estágio. Então o 'cu* do 3° estágio emerge de unidades de tamanho médio do 2° estágio. Como um exemplo que ilustra a Ml R. 1 Kahknbcrjt ct «I Fig. 5.1 Ov nós estágio» de desenvolvimento do comportamento verbal que resultam em ~ eu "cmcr;: iKÍo como unidade funciona! nxwn como variações ns experifneia de apicnder podem f.nalmcnw influenciar a expcrtínci» da sd/(o cm) Por exemplo, as letras c frases cro negrim icprt»<num ~ eu * ~quc mo w>ou-oUdo>p*x(cUt mulos) privado*, c ai sccombiaao com mposla4 controladas por estímulos públicos (letras c sentenças sombreadas), le»ando a um tipo de senso de ir//mais fraco. variabilidade na emergência do * eu , , os termos cm negrito representam a força ou o grau do controle privado que pode estar ocorrendo em um dado individuo. Consequentemente a frise "eu quero suco * ocoitc quando a criança realmente *quer suco * e está experimentando o estado privado ,querendo suco " . Em contraste, a frase "cu quero sorvete " é provocada pela mãe (que quer sorvete naquele momento). O resultado final do 2C estágio, " eu quero * está somente sob controle parcial da estimulação privada c sob controle parcial da percepção da criança daquilo que a mâc quer. A experiência do * cu * que emerge no 3" estágio pode ser pensado como a experiência de uma 'perspectiva * ou >local" definido por Hayes (1984). Este estimulo c aquele que permanece constante sobre todas as afirmações ieu quero X * ou ,eu vejo X,. da mesma maneira que a atividadc (querendo ou vendo) c o objeto (o'X 'qucê desejado ou visto) variam. Hayes. Bames- 5 Self « Mmilfulness MJ Holmcs e Roche (2001), argumentam que um comportamento verbal adicional c necessário para uma experiência completa do self como uma perspectiva 3 ser desenvolvida. Em particular, a criança cm crescimento aprende a distinguir *cu" de 'você', 'aqui , de *lá* e *agora" de "depois". O self como perspectiva emerge dcsic tipo mais complexo de comporta mento verbal. Por exemplo, algumas vc/es a criança pode estar a 1,5m do seu pai e outras vezes a I5m , mas 11 criança está sempre 'aqui' c nunca ,lá,. O estimulo privado, que e sempre ,cu, aqui e agora" c inclui algumas sensações internas do corpo, parccc tomar o controle. Desta forma, a resposta *cu " como uma unidade constante ao longo do tempo fica sob o controle de estímulo da perspectiva (o local) de onde emana outro comportamento. É crucial admitir que este local de onde o comportamento emana não ê o corpo, mesmo que ele observe o que acontece dentro do corpo."Eu machuquei meu dedo" c ,eu tenho uma dor dc barriga, são exemplos que nos ensinam esta discriminação, da mesma forma que o ,eu* observa o corpo, mas não pode ser o corpo. Porque a perspectiva da qual esta observação ocorre parece estar locali/ada atrás dos olhos, todavia, "o olho, é experienciado como algo dentro do corpo. Am idades sob controle privado - atividades atribuídas ao 'cu, - são cxperienciadas como vindas dc dentro. A experiência do self continua ao longo do tempo (e.g., você cm seu 10' aniversário é o mesmo que você agora, mesmo que seu corpo seja completamente diferente), sonu-sc a isso à história de aprendizado que distingue o senso dc self como algo que emana dc dentro deste corpo, mas não c o corpo (Hayes, Strosahl. e Wilson . 1999). De uma maneira ideal, o se/f vem a ser experienciado como algo imutável, localizado centralmente, c continuo, c um senso de interioridade se desenvolve. Nossa teoria de que o self se desenvolve conw resultado da aquisição da linguagem (e a conotação de *eu" emerge da conotação de frases mais extensas em que ' cu * está fixado) não é nova. Em 1908 , Cooley eoletou dados referentes à aquisição do *cu* quando uma criança aprende a falar. Mesmo que não apresentados em termos behavioristas , esta teoria é extraordinariamente parecida com a nossa. Cooley concluiu que aos vinte cseis meses, sentenças como *eu não sei", ,eu quero..., e "venha mc ver parecem ter sido aprendidas como 'um lodo' (p.135) - cm nossa terminologia, unidades funcionais amplas. Cooley afirma que "Através destes. ela provavelmente tem a ideia dc "cu* por eliminação, (isto c). o resto da sentença varia, mas o pronome permanece constantemente associado à expressão do desejo, à atitude àosef (p.355). I m nossa terminologia, *cu * surge como urru unidade funcional mínima. Mesmo que O desenvolvimento ideal leve a um amplo grau dc controle da resposta 'cu* por um estimulo privado (dentro da pele), desenvolvimentos mais problemáticos levam ao oposto - o desenvolvimento dc um grau de controle mínimo do *eu, por estimulo privado Em situações como estas, um R. J Kohlenberg e( al número dc rcsposlas de ,eu X, do 2° estágio passam a ser dc controle público (coino ilustrado na figura 5.1). Isso provavelmente tem origem nas relações primárias com pais ou cuidadores que inadvertidamente ensinaram as crianças a perceber sinais para dizer 1 cu , sob controle de um estimulo público (pessoas ou situações públicas), ao invés dc eventos privados e respostas a que somente a criança pode acessar. Tome como exemplo uma criança pequena Tammy. num supermercado com sua màe. Tammy diz, "quero um doce " . Sua mãe, com pressa para terminar as compras, diz: "não, você não precisa " . Essa afirmação impede a experiência privada dc Tammy passar a controlar a resposta 1 eu quero * . Se isso ocorrer regularmente numa extensa variedade de circunstâncias, ' eu quero ' passa a ficar gradativamente sob controle público. A resposta 1 eu quero , de Tammy poderá ser fortemente influenciada pela presença de pessoas importantes que parecem furiosas ou apressadas. Estímulos discriminativos públicos passarão a controlar se ela realmente quer alguma coisa ou não, e a experiência de querer, que idealmente deveria controlar a resposta ' querer " de Tammy, terá que esperar (se pudermos dizer isso), e finalmente não terá controle algum sob o comportamento de Tammy. Este processo ocorre sem que Tammy perceba. Caso invalidações similares das respostas 'eu X, de Tammy ocorrerem, seus problemas relati vos à òtia experiência do self podem tomar-se mais severos. Por exemplo, imagine a afirmação "sinto-me doente hoje " , tendo como resposta, "bobagem, você está perfeitamente bem " . Ou a afirmação, "estou com fome " , tendo como retorno, "não. você não está, ainda não é hora do almoço!" Essas alterações podem permear a história daqueles que eventualmente dizem que suas ações não vêm dc dentro, ou nào estào fazendo aquilo que parecem estar fazendo. Isso pode ainda parecer meio inacreditável, mas quantas vezes você ouviu iniciações como: "você gostaria de sair hoje à noite?" , "cu não sei, e você? " ou "você quer sobremesa?", "bem. não estou certo, e você?". Mesmo que as afirmações acima nào sejam patológicas, elas ilustram comportamento referente ao self que são ditos (tateados) como estando sob controle público. Existe um espectro de severidade dc problemas com o selí, dependendo do grau de controle privado da unidade ' eu " , lenha cm mente que esta situação não envolve alguém suprimindo uma resposta verbal dc sentimentos ou necessidades. Ao contrário, esta sessão se ocupa em apontar os antecedentes desenvolvidos por alguém atento a seu sentimento (estimulo privado) e sua necessidade (reiorçadores), e como este alguém começa a notá-los em primeiro lugar. Além do mais, note que esta discussão não se refere simplesmente a indivíduos inassertivos - essas pessoas podem saber o que querem, mas relutam cm dizer o que querem. Lm contraste, pessoas que têm suas respostas 1 eu sob controle público realmente não sabem o que querem, o que podem fazer, o que sentem etc.. a menos que descubram o que os outros querem ou permitem. Sob condições ideais, o S Self c Miftdfiilncss 147 1 eu , emana de dentro e, portanto, em casos como aqueles descritos acima um forte senso de vazio ocupa o lugar onde o self deveria estar. Isso pode ser relatado caso a maior parte daquilo que uma pessoa se refere como *eu* esteja realmente tanto sob controle quanto sujeito â modificação dos outros. Kanter, Parker, e Kohlenbcrg (2001) referem-se ao desenvolvimento de uma medida pública versus uma dc controle privado sobre a experiência do self (Escala de Experiência do Self, ou EOSS). A escala EOSS foi administrada a uma amostra de estudantes de graduação e participantes com Transtorno dc Personalidade Borderline (BPD). Os participantes BPD relataram um controle público mais significativo da experiência do self cos resultados da escala EOSS também correlacionaram fortemente as medidas dc autoestima c dissociação, de maneirq que, mais controle público predizia menos autoestima e mais dissociação. Esses achados fornecem suporte empírico preliminar para a teoria acima. Voltando aos csttidos clássicos de Arch,s (1951), que investigou a influência social de conceitos perceptuais básicos, um vasto conteúdo de literatura também oferece suporte às premissas da teoria comportamental do self. Estes estudos iniciais demonstram que o público pode exercer uma forte influência cm como indivíduos reportam experiências perceptivas. Além disso, pesquisas iniciais sob o local (lócus) do controle (Rotter, 1966) identificaram que os indivíduos diferem no grau cm que cxpericnciam seus comportamentos, sendo controlados internamente (por eles mesmos) ou externamente (pelos outros). Esta teoria psicológica social, todavia, nào oferece uma explicação de como estas diferenças individuais se desenvolvem. Por exemplo, por que certas pessoas respondem às influências públicas no experimento de Asch, enquanto outras não? Quais aspectos específicos do desenvolvimento explicam essas diferenças entre pessoas? Nossa teoria ai «ai explica como esses padrões dc comportamento podem desenvolver-se. O processo da vida real, com certeza. é bem mais complexo e não ião linear como sugerido pelo quadro disposto acima. Reconhecemos que essa teoria acima é apenas um rascunho de um rico fenómeno contínuo, (para uma descrição mais detalhada deste processo, busque cm Kohlenberg e Tsai. 1991. ! 995). O senso de self em resumo, se desenvolve cm parceria com a linguagem. Sob condições ideais, o senso de seífè unia perspectiva interna estável sob controle de estímulo privado. Se a tendência de alguém se comportar de uma determinada maneira c consistentemente colocada à prova por um ambiente punitivo ou que o invalida; mesmo assim, esse alguém pode reconhecer que seu próprio comportamento não vem dc dentro. Dc ccna forma , isso não ocorre se o comportamento for sempre (ou quase sempre) determinado pelo que está ocorrendo fora da pele - se a tendência em se comportar está sob controle público. Esta história dc invalidação que leva aocontroie público do senso dc je// - e um lator primordial no desenvolvimento de transtornos do self em nossa cultura. R. J. Kohtcnberg cl iil Mindfulncss Considere o exemplo clínico na seguinte cilaçào de Germer (2005) do livro de Germer, Siegel e Fulton (2005) Mindfulness em Psicoterapia (p. 3- 4) como uma introdução àquilo que se entende por mindfulness no seu mg terapêutico. As pessoas estào certas de uma coisa quando vêm para psicoterapia: eles querem se sentir melhor, elas normalmente têm algumas ideias sobre como atingir esta mela. inesmo que a terapia não proceda da maneira esperada. Por exemplo, uma jovem mulher, vamos chamá-la de Lynn, com Transtorno de pânico. poderia procurar um terapeuta esperando livrar-se de um caos emocional característico de sua condição. Lynn pode estar procurando libertar-se de sua ansiedade, mas à medida que a terapia progride, Lynn. na realidade, descobre liberdade em senti r-se ansiosa. Como isso ocorre? Uma forte aliança terapêutica pode prover aLynn coragem e proteção para começar a explorar seu pânico mais de perto. Através de um automonitorarnento, Lynn começa a perceber as sensações de ansiedade em seu corpo e os pensamentos associados a ela. Ela aprende a lidar com o pânico ao falar consigo mesmo sobre ele. Quando Lynn estiver pronta, poderá experimentar diretamente as sensações de ansiedade que engatilham um ataque de pânico e tcstar-sc num shopping ou em um avião. I ste processo completo requer que I ynn enfrente a ansiedade. Ocorreu, neste caso, uma barganha compassiva entre o esperado c obtido. O que pode ser surpreendente para alguns leitores é que Germer nào menciona intervenções terapêuticas como ficar sentado quieto e focando num pensamento, mantra ou respiração. Técnicas deste tipo normalmente referem-se à meditação c são consideradas protótipos de intervenções mindfulness. De fato, parece que Lynn recebe algo parecido com a tradicional CBT (Terapia Cognitivo-Comportamental) para o tratamento do pânico. Aqui, extraímos várias generalizações do caso de Lynn que são relevantes à discussão do mindfulness: (I) os pacientes entram para terapia querendo 'livrar-se* de sentimentos e pensamentos negativos; (2) por outro lado, o processo do tratamento envolve facilitar que o paciente entre em contato e permaneça na presença de pensamentos c sentimentos negativos; (3) a relação terapêutica fornece um ambiente seguro para que o cliente entre cm contato com situações que evoquem esses pensamentos e sentimentos evitados; e (4) ,permanecer presente , cm situações evocativas pode ocorrer sob a aparência dc fazer o oposto - a terapia é apresentada ao cliente como uma forma dc livrar-se de pensamentos e sentimentos. Os próprios terapeutas podem ou não estar cientes desta contradição c, consequentemente, participam sem saher da conhecida e tão falada "barganha,, listamos gratos que várias técnicas conduzem a um mindfulness maior, aumentam a capacidade de permanecer presente c trazem resultados melhores. Consistente com este sentimento, indicamos que intervenções 5 Self e Miiulftilncks M» promotoras dc mindfulness ocorrem, naturalmente, com frequência, cm todos os tipos de psicoterapia, de forma intencional ou nào. Unia tfsâo Behaviorista dc Mindfulness Nossa visão behaviorista de mindfulncss se destina a ajudar terapeutas a decidir quando essas intervenções podem ser úteis. Técnicas para aumentar o estado de mindfulncss do cliente são sugeridas, muitas das quais são facilmente integradas às CBTs, assim como a outras modalidades de tratamento. Um exemplo dc caso abaixo ilustra como extrair intervenções da CBT para aumentar a ocorrência natural de mindfulncss que já acontece na maioria das terapias. Mesmo evitando definir mindfulness como uma intervenção específica, um procedimento particular de meditação baseado na resposta de relaxamento proposta por Herbert 6enson*s (Benson, 1975) c apresentado, c discutimos como esta proposta pode ser asada de uma maneira consistente com a 1 AP. Não é de surpreender que o mindfulncss seja considerado um comportamento no contexto da FAP. Istoé, estar mindfulncss c considerado um tipo dc autoconsciência que também desempenha um papel no desenvolvimento do self De acordo com a abordagem analítica funcional , evitamos descrições topográficas de mindfulness; examinamos seus efeitos e suas consequências. O foco é nos efeitos que têm implicações terapêuticas. Reconhecemos literalmente que definir mindfulness em lermos dc efeitos terapêuticos exclui tanto noções geralmente aceitas quanto descrições topográficas, especificamente cm contextos dc práticas espirituais ou autodesenvolv nnento. Para evitar confusão, vamos nos referirão fenómeno de interesse como 1mindfulncss terapêutico,. Mantendo esta limitação em nosso campo dc visão, começaremos considerando como os outros definem mindfulness c, em seguida, tentaremos extrair suas funções implícitas ou os efeitos desta prática. Alan Mailatt, entre os primeiros cogniti vistas comportamentais a reconhecer o potencial terapêutico de mindfulness (Marlatt c Marques, 1977), tem pesquisado e escrito sobre suas aplicações clínicas. Recentemente, Witkiewitz and Marlatt (2005) definiram mindfulness como um estado mctacognitivo dc atenção não julgadora, focado na experiência direta momento a momento dos pensamentos contínuos, sentimentos c sensações físicas. Nesta concepção, a atenção está focada na respiração como a base da consciência e, se alguém se distrai, volta sua atenção para a respiração tão logo se dá conta de que este estado transferiu-se para outros eventos cognitivos. A descrição de Janct Surrey*s (2005) sobre mindfulness enfati/a os aspectos interpessoais de mindfulness enquanto está fazendo psicoterapia relacional. 150 R. 1. Kohlenbcrg et a!. Esiar concclado, lanlo a si mesmo quanto aos outros, nunca ê algo estático. É um processo dc movimentos sucessivos de aproximação, afastamento c retorno. O mind/ulnessCuIliva a consciência deste movimento, informado pela intenção dc retomar à conexão novamente. Em mindfulness, o objeto da nossa investigação è nossa conexão a qualquer coisa que aparecer no momento, (p.94) Ela então dcscrcve o processo da perspectiva do terapeuta e nota seus efeitos terapêuticos. ... o terapeuta permanece atento às mudanças dc momento a momento c às suas sensações, sentimentos, pensamentos c memórias... Através da relação, o terapeuta oferece ao paciente a possibilidade dc permanecer emocionalmente presente com ele, talvez pcrmancccr cni contato com sentimentos diliccis por <mais um momento * ; consequentemente, aumenta a capacidade do paciente para unia atenção mi/sdful, cm conexão consigo mesmo. A sintonia enfática do terapeuta ajuda a extrair o que dc faio ocorre no momento presente sem depreciar ou envergonhar o paciente - com aceitação. (p. 94-95) Tanto Marlatt quanto Surrcy descrevem mind/ulness como um tipo de atenção ou consciência que possui duas características: (I) é não julgadora; c (2) tem um loco no aqui agora. Estes elementos são encontrados cm quase todas as definições dc mindfulness (Gcrmer, 2005). Primeiro vamos descrever o elemento não julgador do mindfulness. Hsão não julgadora. E manter a relevância clínica da análise, o 1julgamento, de interesse é definido como um tato avaliativo que está sob controle de um estimulo aversivo. Por exemplo, o tacto 'ruim' indica que um estímulo aversivo Sd (estar sendo criticado) foi contatado. O estímulo aversivo pode ser um pensamento, sentimento, ação dc outros, ou a ocorrência dc outros acontecimentos do mundo. O repertório de resposta associado, que é evocado pelo Sd aversivo. inclui esquiva, fuga, ataques e ações relacionadas a controlar ou eliminar os Sds aversivos. Tatos c respostas como estas são geralmente funcionais; pense cm evitar o Sd aversivo dc um carro descendo pela rua cm direção ao local em que você se encontra. Aqui restringimos nossas análises, todavia, a situações em que julgamentos negativosc repertórios de respostas deste tipo são problemáticos para o cliente. A implicação é que estar 1mindful , c terapeuti ca mente não julgador envolve não se esquivar ou tentar controlar os Sds aversivos, o que c conhecido por aceitação Este ponto de vista e consistente com a discussão de Hayes at ai. (1999) sobre aceitação na Terapia de Aceitação c Compromisso ( ACI). mesmo que estes autores enfatizem a esquiva cxpcrtcncial (esquiva dc Sds aversivos que são pensamentos, sentimentos c outras experiências privadas). Através da visão deles, aceitação envolve entrar em contato com a função dos estímulos automáticos ou diretos das experiências, sem agir no intuito dc reduzi-los ou de manipular tais funções c sem aluar nas bases das funções derivadas ou verbais (Haycs, 1994). A análise comportamental da linguagem, segundo Hayes e colegas (Hayes at al. 2001), fornece uma explicação elegante,5 Self e Mindfulness ISI empiricamente embasada c compreensiva dc corno um tato (e.g., ' bad') pode tornar-sc funcionalmente aversivo - através da equivalência de estímulos c processos relacionados - e evocar esquiva. Suas análises também oferecem um modelo que dcscrcve como estes tatos podem servir a outras funções de estímulos que favorecem o surgimento de problemas clínicos. Os terapeutas da FAP são encorajados a aprender a teoria c as intervenções da ACT. Foco no aqui agora. O foco no aqui agora é o segundo elemento na definição de mindfulness. Alguns dados sugerem que um foco no aqui agora (também relativo a "estar presente no momento,) tem funções similares às dc aceitação (Brown e Ryan. 2003). Tolle (2004), autor bastante lido, expressou este sentimento ao apontar que dar "atenção total a qualquer coisa que ocorre no momento... implica que se aceite completamente o que ocorre, porque você não pode dar atenção total a algo e ao mesmo tempo resistir a este algo " (p. 56). Então, mesmo um estado dc não julgamento c focado no aqui agora pode acarretar topografias diferentes nas várias definições de mindfulness. Sua função terapêutica primária é definida aqui como redutora de repertórios problemáticos dc esquiva. Mindfulness Terapêutico Definimos funcionalmente mindfulness terapêutico como um tipo dc autoconsciência que ajuda o clicntc a permanecer na presença de Sds aversivos (como pensamentos negaiivos, sentimentos e situações) que evocam tipicamente repertórios de esquiva. Na sequência, isso disponibiliza uma oportunidade para emergir c reforçar comportamentos novos e mais adaptativos. Usar uma definição funcional pode ajudar a rcduzii uma confusão relevante na literatura do mindfulness, que resultou nu fracasso cm distinguir técnicas dc um processo psicológico (Hayes e Wilson (2003)). Uma abordagem possível com função de ajutia: o cliente a permanecer presente pode ser imposta sumariamente, chamada intervenções focadas no bloqueio de esquiva ou.bloqucio si-bilo da esquiva. Além das questões éticas c relacionadas á aliança terapêutica, intervenções desta ordem seriam quase impossíveis de ser implementadas, já que a esquiva ainda pode ocorrer no domínio privado c, portanto, não esta sujeita ao controle externo. Ao invés disso, focamos técnicas para mudar a função dos Sds aversivos que tipicamente evocam esquiva. Por exemplo, considere um cliente, Millie, que tetn medo de contaminar-se e evi>-i tocar em maçanetas. As maçanetas funcionam como Sds aversivos que evoesm tatos avaliativos negativos e repertórios de esquiva; consequentemente, privam a cliente da oportunidade de extinguir a ansiedade e da emergência de um novo comportamento produtivo. Assuma que Milie é encorajada « desistir de 'tentar livrar-se dos pensamentos ' c , ao contrário disso, é encorajada a observar (e.g., parar e ver) seu próprio pensamento como um processo, ao invés dc um conteúdo. R. I. Kohlentierg cl al A observação do pensamento como processo é uma funvâo dc emergência do 1cu penso " como uma unidade funcional (Estágio II), o clicntc taleando a alividade privada de pensar como uma unidade independente sem imporiar-se com conteúdo do pensamento. O mesmo se aplica a outros comporlamcntos do estágio II do "eu x , , como "eu sinto" c 'cu percebo,. Sendo assim, Millic poderia ser solicitada a perceber (estar ciente dc) outros eventos na presença da maçaneta, como prestar atenção ao ritmo da sua respiração, o tique-taque do relógio, o gosto dc alho cm sua língua, e outras sensações. Estar mlndful transforma o Sd aversivo original, maçaneta (nos termos da Teoria dos Quadros Relacionais(RFT). Houve uma transferência da função discriminativa (Haycs at ai.» 2001), reduzindo suas propriedades aversivas c, consequentemente, proporcionando uma oportunidade para um comportamento produtivo. Implicações Clínicas para problemas do Self F.in termos gerais, clientes com extensos problemas do self iniciam tratamento mostrando-se, na sessão, cuidadosos, excessivamente atentos c pre<»cup3dos com a opinião do terapeuta sobre eles. F.les nào descrevem confidencialmente seus sentimentos, crenças, vontades, gostos e desgostos. lodos estes comporlamcntos sào prováveis CRBls, e indicam uma falta dc controle da experiência do self pelo estimulo privado. Sc o tratamento é bem sucedido, seus comportamentos dentro da sessão deveriam tomar-sc mais fidedignos e confiáveis, e inclui CRB2s de desenções livres dc pensamento, sentimentos, vontades c crenças. A descrição do comportamento do cliente no parágrafo anterior poderia aparentar ser uma investida psicotcrápica comum. Uma fonic primária dc dificuldade destes clientes é a falta dc controle privado c, consequentemente, um tratamento por uni terapeuta que c acolhedor, responsivo c que encoraja a expressão dos sentimentos pode naturalmente disponibilizar as contingências para o fortalecimento do controle prnado. liste tipo de ambiente psicotcripico genérico é o antídoto para invalidar o ambiente inicial que falhou em reforçar o controle dc estímulos privados. Além disso, o modelo coinporlamental da IAl» oferece algumas sugestões especificas para o tratamento. Reforce Falas nu Ausência de Sinais Públicos Específicos Para clientes com problemas de self, muito do comportamento está sob intenso controle de estímulos provenientes dos outros. lílcs mostram-se vigilantes e cuidadosamente focados 110 terapeuta, observando nuancc dc expressão facial c entonação dc voz. Todavia, nào sendo claro à primeira vista, quase tudo que esses clientes falam sobre eles e o que pensam e sentem pode estar sendo influenciado pelo terapeuta como Sd. O 5 Self e Mindfulncu procedimento do terapeuta descrito abaixo se destina a afrouxar este controle através do encorajamento c reforçamento dis falas do cliente na ausência dc sinais externos específicos. Hm outras palavias. o tratamento consiste em aumentar os CRB2s das afirmações ,eu x' sob controle privado, que também irão ajudar a eventual emergência do controle privado sobre o 'eu,. Uma maneiro dc ajudar clientes a estabelecer controlo privado c que o terapeuta fique sentado cm silêncio mindfully - simplesmente estando presente, ouvindo sem julgamento - ao invés de estruturar cada momento da sessão com perguntas. Uma variante da tarefa psicanalítica chamada associação livre psicanalítica pode ser oferecida ao clicntc para aumentar a chance dc evocar CRB 2 na form3 dc respostas *eu x* sob controle privado. É problemático usar esta estratégia durante os estágios iniciais do tratamento , já que pode evocar um CRB 1 dc esquiva do cliente. Um grande número dc clientes tem reclamado do fracasso dc tratamentos anteriores devido á passividade do terapeuta anterior. Somado a isso , a rígida adesão á regra do silêncio do terapeuta provavelmente dificulte o reforçamento de CRB 2s que poua vir a ocorrer . Por exemplo, um clicntc pode dizer, "Eu nào posso suportar isso". Esta é uma resposta " cu x , que o terapeuta deve levar a sério e, consequentemente, reforçar o controle privado dc uma afirmação 'eu x\ Os terapeutas da FAP frequentemente usam estratégias dc outras terapias, se provado que elas lidam com as funções dos comportamentos problemáticos na vida doclicntc. li essencial, todavia , que esteja claro para o terapeuta que 1 topografia da estratégia (e.g., o silêncio do terapeuta) c menos importante que sua função; neste caso , que evoque estímulos privados do tipo 1cu x\ Nos estágios iniciais do tratamento, terapeutas irão bcncficiar-se de um foco mindfid do momento presente, para que possam responder dc maneira flexível e apropriada quando os clientes emitirem CRB 2s. Mais tarde , na terapia, depois que os clientes passarem a ter uni repertório de controle priv ado das repostas do tipo ,eu x\ mais passividade da parte do terapeuta pode ser útil. O caso subsequente envolvendo