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Perfil nutricional de idosos hospitalizados
227
Rev Bras Nutr Clin 2011; 26 (4): 227-33
Perfil nutricional de idosos hospitalizados
Nutritional profile of elderly hospitalized 
Unitermos:
Antropometria. Estado nutricional. Geriatria. Desnutrição. 
Hospitalização.
Key words:
Anthropometry. Nutritional status. Geriatrics. Malnutrition. 
Hospitalization.
Endereço para correspondência
Aline Silva de Aguiar Nemer
Universidade Federal de Juiz de Fora
Instituto de Ciências Biológicas- Departamento de Nutri-
ção Cidade Universitária – Bairro Martelos – Juiz de Fora 
MG, Brasil – CEP: 36036-900
E-mail: alinesaguiar@yahoo.com.br/ aline.nemer@ufjf.
edu.br
Submissão
2 dezembro de 2010
Aceito para publicação
6 de julho de 2011
RESUMO
Objetivo: Este trabalho teve como objetivo investigar o estado nutricional na inter-
nação de pacientes idosos e presença de sintomas gastrointestinais associados. 
Método: Avaliaram-se os prontuários de idosos, de ambos os sexos, com idade a 
partir de 60 anos que foram internados, entre agosto de 2008 e abril de 2009, na 
Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil. Após a 
triagem nutricional, os idosos realizaram avaliação nutricional antropométrica para 
a definição do diagnóstico nutricional. Resultados: Foram avaliados 212 idosos, 
sendo 54,7% do sexo feminino e 45,3% do sexo masculino. Dos idosos avaliados, 
49,6% estavam desnutridos, 32,5% eutróficos e 17,9% obesos, sem diferença entre 
os sexos. Houve maior prevalência de desnutrição entre os idosos acima dos 70 anos 
de idade e diminuição significativa de parâmetros antropométricos com o aumento da 
idade. Pacientes desnutridos apresentaram mais sintomas de constipação, anorexia 
e disfagia do que os não desnutridos (p<0,05). Conclusão: Foi alta a prevalência 
de desnutrição em idosos internados num hospital geral da região sudeste do Brasil, 
demonstrando a persistência desse problema no âmbito hospitalar. É necessária a 
avaliação nutricional precoce, a fim de detectar a desnutrição e evitar o agravamento 
do estado nutricional pela patologia apresentada e pelos sintomas gastrointestinais 
que dificultam o consumo alimentar adequado.
ABSTRACT
Objective: This study aimed to investigate the nutritional status of elderly patients 
on admission and presence of gastrointestinal symptoms associated. Methods: The 
medical records of patients of both sexes, aged from 60 years who were hospitalized 
between August 2008 and April 2009 at Santa Casa de Misericordia de Ouro Preto, Minas 
Gerais, Brazil were evaluated. After nutritional screening, the elderly were submited to 
nutritional assessment to define the nutritional diagnosis. Results: 212 elderly, 54.7% 
female and 45.3% male were evaluated. Among the elderly patients evaluated, 49.6% 
were malnourished, 32.5% eutrophic and 17.9% obese, with no difference between 
genders. There was a higher prevalence of malnutrition among the elderly above 70 
years of age and a significant reduction of anthropometric parameters with increasing 
age. Malnourished patients showed more symptoms of constipation, anorexia and 
dysphagia than non-malnourished (p <0.05). Conclusion: It was high the prevalence of 
malnutrition in elderly hospitalized in a general hospital in Southeastern Brazil, showing 
the persistence of this problem in hospitals. Nutritional assessment is required in order 
to detect early malnutrition and prevent worsening nutritional status by the pathology 
and the gastrointestinal symptoms that impair adequate dietary intake.
1. Mestranda em Ciências Biológicas; NUPEB; Universidade 
Federal de Ouro Preto, MG, Brasil.
2. Nutricionista pela Escola de Nutrição; Universidade Federal 
de Ouro Preto, MG, Brasil.
3. Nutricionista; Irmandade Santa Casa de Misericórdia de 
Ouro Preto, MG, Brasil.
4. Professor Adjunto; Departamento de Nutrição; Universidade 
Federal de Juiz de Fora, MG, Brasil.
Daniela Pala1 
Lilian Freitas da Silva2 
Alinia Quelia Araujo Bastos1 
Wânia Maria Silva3 
Aline Silva de Aguiar Nemer4 
AArtigo Original
Pala D et al.
228
Rev Bras Nutr Clin 2011; 26 (4): 227-33
INTRODUÇÃO 
Os idosos representam parte da população brasileira que 
mais cresceu nos últimos anos, inclusive nas cidades brasileiras 
de médio porte. Há a estimativa de que em 2025 essa população 
aumentará quinze vezes, representando cerca de 34 milhões de 
pessoas1. O aumento da população idosa também aumenta a 
prevalência de doenças crônicas não transmissíveis, sendo as 
doenças do aparelho circulatório, as neoplasias e as doenças do 
aparelho respiratório as três mais frequentes de óbito entre os 
idosos brasileiros2. 
O processo de envelhecimento implica em transformações 
naturais, podendo ser observado aumento progressivo na 
gordura corporal, redução da massa óssea e da massa corporal 
magra3,4. O declínio natural das funções fisiológicas no envelhe-
cimento leva a menor eficiência na absorção e no metabolismo 
dos nutrientes5. Questões sociais e econômicas também preju-
dicam a prática para a conquista de uma alimentação saudável e 
a manutenção de um estado nutricional adequado6, aumentando 
o risco de desenvolver desnutrição7. 
Entre os fatores que interferem no estado nutricional do 
idoso, observa-se a própria patologia, seus sintomas e compli-
cações; o uso de vários medicamentos; as alterações de rotina 
(horários, alimentação e de ambiente que prejudicam a ingestão 
dos alimentos), bem como a falta de avaliação e monitorização 
nutricional adequada8, tornando-se clara a importância de se 
estabelecer o diagnóstico nutricional precoce por meio de 
ferramentas e recursos adequados atualmente disponíveis nos 
próprios hospitais9.
A avaliação nutricional no momento da internação diminui o 
risco do desenvolvimento da desnutrição ao longo da hospitali-
zação e previne o agravamento do quadro clínico dos pacientes 
já desnutridos 10. Dessa forma, o presente estudo teve como obje-
tivo investigar o estado nutricional na internação de pacientes 
idosos e a presença de sintomas gastrointestinais associados. 
MÉTODO
A Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Ouro Preto, 
MG, foi o primeiro hospital a ser criado em Minas Gerais 
(1735) e o sétimo no Brasil. Trata-se de um hospital geral de 
natureza filantrópica, composto de 106 leitos, sendo 77 destes 
destinados ao atendimento pelo Sistema Único de Saúde e 29 
ao atendimento de pacientes conveniados a planos de saúde.
Realizou-se a análise dos prontuários de idosos internados 
na Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Ouro Preto, no 
período de agosto de 2008 a abril de 2009, coletando infor-
mações dos prontuários arquivados no Serviço de Nutrição do 
referido hospital referente à identificação do paciente, diagnós-
tico, sinais e sintomas clínicos, patologias associadas, triagem 
nutricional, dados antropométricos e diagnóstico nutricional.
Foram incluídos no estudo os prontuários de idosos de 
ambos os sexos, com idade a partir de 60 anos11, que estavam 
deambulando e que realizaram a avaliação nutricional. 
Foram excluídos os prontuários dos pacientes cujo peso e 
altura foram estimados e os prontuários incompletos quanto 
à avaliação e ao diagnóstico nutricional. O estudo foi apro-
vado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFOP (CAAE: 
0042.0.238.000-09).
Após a internação, os idosos foram submetidos à triagem 
nutricional realizada pelo Serviço de Nutrição, nas primeiras 48 
horas de internação, a partir da aplicação de um formulário que 
investigou dados referentes à alteração do peso e do consumo 
alimentar, presença de sintomas gastrointestinais significativos, 
avaliação da capacidade funcional e exame físico de avaliação 
de perda de massa muscular ou adiposa. Este questionário foi 
respondido pelo paciente ou pelo acompanhante, em caso deste 
estar impossibilitado de responder. 
Após a triagem nutricional, os pacientes em risco nutricional 
foram encaminhados para a realização da avaliação nutricional 
antropométrica pelo Serviço de Nutrição Clínica, para a defi-nição do diagnóstico nutricional e posterior acompanhamento 
dietoterápico. 
Na avaliação antropométrica, foram analisadas as medidas de 
peso corporal (kg), altura (m), circunferência braquial (CB- cm), 
prega cutânea triciptal (PCT-mm) e foram calculados o Índice de 
Massa Corporal (IMC- kg/m²) e a circunferência muscular do 
braço (CMB- cm). Para todos os parâmetros foram realizadas 
três medidas, utilizando-se a média aritmética das mesmas12.
O peso corporal foi obtido através da balança digital portátil 
(Tanita ® - capacidade máxima de 150 kg), com os pacientes 
usando roupas leves e com os pés descalços. Para aferir a 
estatura, utilizou-se estadiômetro de metal com precisão de 
0,1 mm, preconizado pela OMS12. Para não mascarar o estado 
nutricional, os pacientes que apresentaram ascite ou edema 
tiveram desconto no peso corporal total, segundo James13 e 
Martins14, respectivamente.
O IMC foi classificado usando pontos de corte específicos 
para a idade que ampliam a faixa de normalidade diante 
de alterações fisiológicas próprias do envelhecimento. No 
presente estudo, usou-se a classificação de Lipschitz, utili-
zando como limite aceitável para esse grupo etário IMC entre 
22 e 27 kg/m², sendo os pontos de corte para baixo peso 
IMC abaixo de 22 kg/m² e para sobrepeso, valores acima 
de 27 kg/m² 15.
A circunferência braquial foi coletada por fita métrica 
graduada inelástica, com precisão de 0,1 cm. A PCT é uma 
forma indireta de mensuração da adiposidade corporal e 
apresenta forte correlação com o percentual total de gordura 
corporal. A PCT foi obtida pelo adipômetro da marca 
Cescorf®, obedecendo os critérios preconizados da OMS12. 
Utilizou-se os dados de referência de Third National Health 
and Nutrition Examination Survey (NHANES III) para clas-
sificação da PCT, CB e CMB16.
Análise Estatística
Para a análise dos dados foi utilizado o programa estatís-
tico SPSS versão 12.0. Os idosos foram categorizados por 
sexo, faixa etária e diagnóstico nutricional. Os resultados de 
IMC, PCT, CB e CMB foram apresentados em média, desvio 
padrão e percentis. Para avaliar a diferença na distribuição 
das variáveis categóricas, diagnóstico nutricional e patologias 
por sexo e faixa etária foi utilizado o teste do qui-quadrado. O 
teste Kruskall-Wallis, seguido do Teste U de Mann-Whitney, 
foi utilizado para avaliação de diferenças das médias de IMC, 
CB, CMB, PCT quanto à faixa etária de idoso jovem (60 a 
Perfil nutricional de idosos hospitalizados
229
Rev Bras Nutr Clin 2011; 26 (4): 227-33
69 anos), idoso velho (70 a 79 anos) e idoso muito velho (> 
80 anos)17 e quanto ao sexo, uma vez que estes dados não 
apresentaram distribuição normal de acordo com o teste de 
Kolmogorov-Smirnov. Para todos os testes estatísticos, foi 
considerado o nível de significância de 5%.
RESULTADOS 
Foram selecionados 319 prontuários, sendo excluídos 
55 prontuários de idosos impossibilitados de serem pesados 
e medidos e 52 prontuários incompletos. Dessa forma, a 
amostra foi composta por 212 idosos, sendo 116 (54,7%) do 
sexo masculino e 96 (45,3%) do sexo feminino. A faixa etária 
compreendeu três patamares: idosos jovens (60 a 69 anos) 
33%; idosos velhos (70 a 79 anos) 35,8% e idosos muito 
velhos (acima de 80 anos) 31,1%. A idade mínima foi de 
60 anos e a máxima de 103 anos, obtendo-se uma média de 
75,0 ± 9,6 anos. As patologias mais prevalentes como causa 
de internação, tanto para homens quanto para as mulheres, 
foram as doenças cardiovasculares (n=77/ 36,3%) e doenças 
pulmonares (n= 21/ 9,9%) (Tabela 1).
O diagnóstico nutricional revelou que 49,5% dos idosos 
internados estavam com desnutrição, 32,5%, eutróficos e 17,9%, 
com obesidade, sem diferença estatística entre os sexos. Entre-
tanto, foi maior a prevalência de desnutrição entre os idosos 
acima dos 70 anos de idade (Figura 1). 
Os valores médios de IMC, CB, PCT e CMB variaram entre 
os idosos jovens, idosos velhos e idosos muito velhos, demons-
trando diminuição significativa nos valores de IMC, da massa 
adiposa (CB e PCT) e da massa protéica somática (CMB) com 
o aumento da idade (Figura 2 e Tabela 2). Não houve diferença 
significativa entre os sexos. A Tabela 2 apresenta a distribuição 
em percentil dos valores do IMC e das medidas de PCT, CB e 
CMB conforme o sexo. 
Dentre as comorbidades apresentadas, foi maior a preva-
lência de idosos hipertensos 76,4% (n= 162), seguidos de 
25% diabéticos (n= 53), e 20,8% dislipidêmicos (n= 44). 
Houve idosos que apresentaram uma ou mais comorbidades 
simultaneamente.
Dentre os sintomas gastrointestinais apresentados pelos 
pacientes houve maior prevalência de náuseas e vômitos 
(32,0%), seguidos de constipação intestinal (25,7 %), disfagia 
(23,9%), anorexia (19,4%), e diarreia (8,5%). Os pacientes 
desnutridos apresentaram mais sintomas de constipação, 
anorexia e disfagia (Tabela 3). 
Tabela 1 – Características das mulheres e homens idosos 
internados na Irmandade Santa Casa de Misericórdia de 
Ouro Preto, MG, Brasil.
Características da amostra* Masculino (n= 116)
Feminino 
(n=96)
Idade (anos) 75,49 ± 9,44 74,46 ± 9,78
Faixa etária (n)
60 a 69 anos 35 35
70 a 79 anos 43 33
 ≥ 80 anos 38 28
Patologias na internação (n)
Doenças Cardiovasculares 38 39
Doenças Respiratórias 23 14
Distúrbio Metabólico 6 11
Doença Gastrointestinal 6 5
Nefropatias 3 3
Neoplasia 6 4
Úlcera 2 1
Cirurgias 1 1
Alcoolismo 0 2
Outras‡ 31 16
* p> 0,05
‡ Fratura do fêmur, convulsão, trauma abdominal, artrite reumatoide, anorexia, 
anemia, inapetência, ITU, infecção, inflamação, edema, comissura labial, co-
lelitíase, icterícia, colecistite, pancreatite, amputação, apendicite, pielonefrite, 
abdome agudo, mielofibroma, choque séptico, desidratação, hérnia, diarreia.
0
10
20
30
40
50
60
70
Masculino Feminino 60-69 70-79 ≥ 80
%
 id
os
os
Desnutrição Eutrofia Obesidade
Sexo Faixa etária (anos) *
Figura 1 – Diagnóstico nutricional por sexo e faixa etária entre os idosos inter-
nados na Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Ouro Preto, MG, Brasil.
* p= 0,001 (teste qui-quadrado). Para efeito de comparação das diferenças en-
tre o diagnóstico nutricional, os dados ≥ 80 com 70-79 anos foram agrupados. 
Figura 2 – Média do IMC, CB, PCT e CMB por faixa etária dos idosos inter-
nados na Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Ouro Preto, MG.
* ‡ ¦ p< 0,05; Teste U- Mann Whitney. Símbolos iguais indicam diferença 
entre as faixas etárias.
Pala D et al.
230
Rev Bras Nutr Clin 2011; 26 (4): 227-33
DISCUSSÃO
Estudos nacionais sobre envelhecimento populacional e 
Sistema Único de Saúde18-20 demonstram que as duas causas mais 
frequentes de internação em idosos, de ambos os sexos, são a 
insuficiência cardíaca e coronariana e as doenças pulmonares, 
que se revezam como a primeira e segunda causa. O acidente 
vascular encefálico (AVE), a crise hipertensiva, as enteroin-
fecções, a desnutrição, a desidratação e a anemia estão sempre 
presentes como causas intermediárias, tanto para homens quanto 
para mulheres. Dados municipais disponibilizados pelo Datasus 
demonstram que as doenças do aparelho circulatório são a causa 
primária de 36,2% das internações, em indivíduos com mais de 
60 anos, enquanto a prevalência por doença do aparelho respi-
ratório é 21,2%21. Constatamos, no presente estudo, resultados 
semelhantes aos já reportados. 
O estudo epidemiológico desenvolvido pela Sociedade 
Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (SBNPE)22, em 
1996, o Inquérito Brasileiro de Avaliação Nutricional Hospitalar 
(IBRANUTRI), revelou uma prevalência de 48,1% de desnutrição 
hospitalar como média referenciada dos hospitais brasileiros. 
Comparando-se com os resultados obtidos, observa-se a perma-
nente prevalência de desnutrição em pacientes hospitalizados e a 
preocupação aumentada por se tratar de pacientes idosos.
Os pacientes com 80 anos de idade ou mais têm chance 
aumentada de serem classificados como desnutridos, quando 
comparados aos demais níveis de risco nutricional. Oaumento 
da idade pode estar relacionado a um estado nutricional preju-
dicado, principalmente quando associado a problemas clínicos, 
psicológicos, sociais e econômicos23. 
São poucas as pesquisas brasileiras realizadas com pacientes 
idosos hospitalizados. A maioria dos estudos realizados em 
âmbito hospitalar não diferencia por faixa etária, implicando, 
assim, na leitura dos resultados finais. Ao mesmo tempo, os 
estudos que correlacionam idosos e avaliação do estado nutri-
cional o fazem em Programas de Assistência Municipais e 
Instituições de Longa Permanência, o que dificulta comparações, 
pois o perfil do indivíduo hospitalizado, geralmente, é diferente.
Izawa et al.24, em um trabalho realizado no Japão, encontraram 
39,9% dos idosos eutróficos, 51,2% em risco nutricional e 8,9% 
com obesidade. Outros estudos apontam que a desnutrição pode 
chegar a 60% em pacientes idosos25. A desnutrição e o risco nutri-
cional foram observados, respectivamente, em 22% e 36% dos 
idosos no momento da internação hospitalar no interior de São 
Paulo 26. Azevedo et al.27 avaliaram idosos internados, no Hospital 
das Clínicas de Pernambuco e também observaram magreza pelo 
IMC entre 24,1% ou 11,2% dos idosos através da classificação de 
Lipschitz e OMS. Em comparação aos estudos citados, foi alta a 
prevalência de desnutrição entre os idosos internados em Ouro 
Preto (49,6%), cidade do interior de Minas Gerais. 
Consequências como condições clínicas pré-existentes, assim 
como prejuízo funcional, doenças crônicas, disfagia, anorexia e 
dificuldade de mastigação por causas dentárias podem prejudicar 
Tabela 2 – Percentis das variáveis antropométricas PCT, CB e CMB conforme o sexo de idosos hospitalizados na 
Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Ouro Preto, MG.
 Sexo Percentis
5 10 25 50 75 90 95
PCT (mm) masculino 5,9 8,8 11,6 15,0 22,9 27,9 33,0
 feminino 3,4 4,0 7,0 10,0 13,9 17,3 23,7
CB (cm) masculino 19,4 20,9 23,0 27,0 30,7 34,9 37,1
 feminino 17,0 20,0 23,1 26,0 29,0 32,0 33,1
CMB (cm) masculino 16,1 17,4 19,3 21,7 24,4 26,2 27,9
 feminino 16,3 18,2 20,6 23,1 25,1 27,8 28,6
PCT: prega cutânea triciptal; CB: circunferência do braço; CMB: circunferência muscular do braço.
Tabela 3 – Frequência de sintomas gastrointestinais entre os idosos com e sem desnutrição internados na Irmandade 
Santa Casa de Misericórdia de Ouro Preto, MG.
Desnutrição n (%) Sem desnutrição* n (%) Total n (%)
Náuseas e vômitos Sim 37 (56,1) 29 (43,9) 66 (100)
Não 68 (46,6) 78 (53,4) 146 (100)
Diarreia Sim 9 (47,4) 10 (52,6) 19 (100)
Não 96 (49,7) 97 (50,3) 193 (100)
Constipação ‡ Sim 40 (64,5) 22 (35,5) 62 (100)
Não 65 (43,3) 85 (56,7) 150 (100)
Anorexia ‡ Sim 28 (65,1) 15 (34,9) 43 (100)
Não 77 (45,6) 92 (54,4) 169 (100)
Edema Sim 22 (59,5) 15 (40,5) 37 (100)
Não 83 (47,7) 91 (52,3) 174 (100)
Disfagia ‡ Sim 33 (63,5) 19 (36,5) 52 (100)
Não 70 (44,3) 88 (55,7) 158 (100)
* Sem desnutrição: eutrofia e obesidade
‡ p< 0,05. Teste qui-quadrado
Perfil nutricional de idosos hospitalizados
231
Rev Bras Nutr Clin 2011; 26 (4): 227-33
o estado nutricional desses pacientes28. Em se tratando de 
pacientes hospitalizados, além da patologia presente, geralmente, 
os fatores circunstanciais agravantes são a alimentação hospitalar, 
a mudança de hábitos e os horários alimentares.
Nos idosos, o processo da doença pode contribuir com a 
piora do estado nutricional e submeter o organismo a diversas 
alterações anatômicas e funcionais, com repercussão nas 
condições de saúde e nutrição do idoso29. A determinação do 
diagnóstico nutricional do idoso é um processo fundamental, 
mas que pode encontrar limitações. A diferenciação entre doença 
subjacente e desnutrição, e a separação de seus efeitos nos 
resultados em pacientes idosos têm se constituído em verdadeiro 
desafio clínico30. 
Até o momento, não existe consenso quanto ao melhor 
instrumento de avaliação nutricional do idoso, o que requer a 
análise conjunta de diversas medidas (antropométricas, dieté-
ticas e bioquímicas) para alcançar um diagnóstico31. Não há 
ainda uma definição clara dos limites de corte do IMC para 
esse estágio da vida, existindo poucos estudos para valores de 
referência específicos. De acordo com Lipischitz15, os pontos de 
corte para baixo peso e pré-obesidade são IMC abaixo de 22 kg/
m2 e acima de 27 kg/m2, respectivamente. Este ponto de corte, 
quando aplicado à amostra, resulta em um alto índice de desnu-
trição. Azevedo et al.27 compararam a alteração na classificação 
do estado nutricional através dos critérios de Lipschitz15 e da 
OMS12, constatando maior prevalência de desnutrição e obesi-
dade entre homens quando seguiu o primeiro critério. Como 
não foi objetivo do presente estudo comparar os padrões para a 
classificação e sim avaliar o estado nutricional na internação, os 
valores médios de IMC indicam magreza a partir dos 70 anos de 
idade, agravando este quadro nos idosos com idade ≥ 80 anos. 
Com o envelhecimento, ocorre aumento na gordura corporal 
total e redução do tecido muscular. Os resultados mostraram 
uma diminuição dos valores médios de PCT, CB, CMB com o 
aumento da idade entre os idosos, concordando com os valores 
médios diferenciados estabelecidos pelo NHANES III, onde 
as médias são maiores para os idosos jovens (60-69 anos) em 
relação aos idosos aos 80 anos16. Isso demonstra a necessidade 
de ter cuidado e considerar o aumento da idade na escolha do 
parâmetro e na interpretação da avaliação antropométrica31.
A reserva de tecido muscular pode ser estimada antropo-
metricamente pela circunferência muscular do braço (CMB) 
e circunferência da panturrilha32. Vários pesquisadores consi-
deram a circunferência da panturrilha o indicador mais sensível 
de alterações musculares no indivíduo idoso33, mostrando boa 
associação com a presença de desnutrição entre idosos hospi-
talizados quando seu valor é igual ou menor a 31 cm34. No 
presente estudo, esta medida constava em apenas 32 prontuários 
dos 212 avaliados, não sendo relatada nos resultados. O não 
preenchimento ou realização desta medida em 180 prontuários 
avaliados mostra a necessidade de treinamento da equipe para 
a realização desta importante e fácil medida como rotina da 
avaliação nutricional. 
Utilizando como comparação os valores de percentil 50 
estabelecidos para mulheres e homens idosos pelo NHANES 
III, o percentil 50 para a CMB, referente aos idosos do presente 
estudo, mostra uma redução da massa protéica somática na 
internação de homens idosos. Entretanto, as mulheres apresen-
taram menor valor para o percentil 50 quanto à massa adiposa, 
representada pelos valores da PCT e CB16.
A hipertensão arterial sistêmica é uma das doenças mais 
frequentes nos idosos35. Com o envelhecimento, há diminuição 
na elasticidade dos grandes vasos, o que aumenta a pressão 
arterial. A associação de outros fatores determinantes também 
deve ser considerada na contribuição para o aparecimento da 
hipertensão nessa população, como o sobrepeso/obesidade, o 
tabagismo, o sedentarismo, a dislipidemia e o diabetes do tipo 
II 36. Dados municipais mostram que a taxa de mortalidade 
por Doenças Cerebrovasculares e Infarto Agudo do Miocárdio 
(IAM), na população analisada, é de 42% e 56,5%, respec-
tivamente. A taxa para Diabetes Mellitus chega a 27,5%37. 
Os resultados encontrados possuem compatibilidade com os 
dados do município de Ouro Preto, considerando que a hiper-
tensão arterial seja um importante fator de risco para doenças 
cardiovasculares. 
Na maioria das vezes, sintomas como náuseas, anorexia, 
dor abdominal e diarreia estavam relacionadas à patologia de 
base que levou o paciente à internação. No presente estudo, 
aproximadamente 50% dos pacientes desnutridos apresentavam 
constipação, anorexia ou disfagia no momento da internação. 
Nos idosos, a anorexia e a disfagia podem ser causadas pelo 
envelhecimento natural associado a doenças sistêmicas e por 
fatores não associados ao trato gastrointestinal, como problemas 
cognitivos e psiquiátricos, comprometimentofísico de membros 
superiores, deterioração dos músculos da mastigação e doenças 
dentais, trazendo riscos nutricionais à essa população38. 
A identificação e a intervenção precoce do estado nutricional 
em idosos disfágicos podem amenizar os efeitos deletérios da 
desnutrição. No estudo de Maciel et al.39, com idosos internados 
submetidos à avaliação fonoaudiológica específica e à avaliação 
nutricional, concluiu-se que a frequência de risco de disfagia dos 
pacientes idosos, no momento da admissão na clínica médica 
foi elevada (69%), bem como a frequência de estado nutricional 
inadequado (71%). 
Em vários estudos com idosos, foi encontrada alta preva-
lência de constipação, outro sintoma gastrointestinal eviden-
ciado. Camilleri et al.40, em sua revisão na literatura, encon-
traram prevalência de 24,1% nos gerontes. Estes números podem 
aumentar para cerca de 44% quando são avaliados apenas idosos 
internados41. No entanto, a constipação na população geriátrica 
não parece ser decorrente apenas do processo de envelhecimento 
orgânico, mas ser multifatorial. Está relacionada com a baixa 
ingestão de fibras, o sedentarismo, o uso de medicamentos 
constipantes e uma variedade de doenças neurológicas que 
afetam a inervação do intestino42. 
Sabe-se que os sintomas gastrointestinais poderão atuar 
como modificadores do apetite, inibindo a ingestão calórica 
adequada, o que, consequentemente, concorrerá para desnu-
trição nas suas diversas formas de apresentação43.
O aumento da população idosa traduz-se em maior número 
de problemas crônicos, entre eles as doenças cardiovasculares 
e a uma demanda cada vez maior por Serviços de Saúde. 
No âmbito hospitalar, a desnutrição prevalente associada à 
doença acarreta várias complicações, levando ao aumento da 
Pala D et al.
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morbimortalidade. Associada às alterações inerentes à idade e 
à alta taxa de internações geriátricas, tem-se a maior susceti-
bilidade desses pacientes estarem em desequilíbrio nutricional 
no momento da internação.
CONCLUSÃO
Foi alta a prevalência de desnutrição em pacientes idosos 
internados, mostrando a persistência desse problema no âmbito 
hospitalar. Há a necessidade da avaliação nutricional precoce, 
completa e adequada entre os idosos internados, a fim de detectar 
a desnutrição, evitando o agravamento do estado nutricional 
pela patologia apresentada e pelos sintomas gastrointestinais 
nesta população. 
AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem à Pró-Reitoria de Extensão da 
Universidade Federal de Ouro Preto, pelo apoio financeiro, e 
à Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Ouro Preto, MG.
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