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Estudo Dirigido Sociologia Contempora nea Material de disciplina Vídeoaulas 1 a 6 Rotas de Aprendizagem 1 a 6 Livro base: PAIXÃO, A. E. Sociologia Geral. Curitiba: Intersaberes, 2012 Neste breve resumo, destacamos a importa ncia para seus estudos de alguns temas diretamente relacionados ao contexto trabalhado nesta disciplina. Os temas sugeridos abrangem o conteu do programa tico da sua disciplina nesta fase e lhe proporcionara o maior fixaça o de tais assuntos, consequentemente, melhor preparo para o sistema avaliativo adotado pelo Grupo Uninter. Esse e apenas um material complementar, que juntamente com a Rota de Aprendizagem completa (livro-base, videoaulas e material vinculado) das aulas compo em o referencial teo rico que ira embasar o seu aprendizado. Utilize-os da melhor maneira possí vel. Bons estudos! Atença o! Esse material e para uso exclusivo dos estudantes da Uninter, e na o deve ser publicado ou compartilhado em redes sociais, reposito rios de textos acade micos ou grupos de mensagens. O seu compartilhamento infringe as polí ticas do Centro Universita rio UNINTER e podera implicar em sanço es disciplinares, com possibilidade de desligamento do quadro de alunos do Centro Universita rio, bem como responder aço es judiciais no a mbito cí vel e criminal. Sumário Capítulo 1 – Contexto histórico do aparecimento da sociologia. ..................................................................................................................... 4 Capítulo 2 – A institucionalização da sociologia: Comte e Durkheim.............................................................................................................. 5 Capítulo 4 – Max Weber e a racionalidade. ......................................................................................................................................................... 9 Capítulo 5 – Indivíduo e sociedade. .................................................................................................................................................................... 11 Capítulo 6 – A sociologia e a sociedade contemporânea. .............................................................................................................................. 13 Capítulo 1 – Contexto histórico do aparecimento da sociologia. A sociologia pode ser definida, de forma simples, como a ciência que estuda as sociedades. Ela é produto da tentativa de compreensão da realidade social com base na ciência e na razão. A tentativa de compreender cientificamente a realidade social começa a se desenvolver a partir de fins do século XVIII, na Europa. A Idade Média europeia, que durou aproximadamente mil anos (do século V ao século XV) (...) esse período é também conhecido como a Idade das Trevas. Os homens utilizavam principalmente a religião e a tradição para explicar e organizar seu mundo. As explicações baseadas na fé perduraram durante quase todo o período (Idade Média). Mas aos poucos os homens foram procurando outras formas de explicação. Dois movimentos ocorridos na Europa são essenciais para o desenvolvimento de uma perspectiva científica e racional: o Renascimento e o Iluminismo. A partir do século XVI, principia na Europa um movimento chamado Renascimento: O Renascimento se constituiu em uma tendência cultural laica; Os renascentistas rejeitavam as explicações baseadas na fé, no misticismo, na tradição e passaram a buscar outras explicações para as coisas que aconteciam; O Renascimento influenciou as artes, a ciência, a literatura e a filosofia. O Renascimento era inspirado na cultura greco-romana e não aceitava os valores e as concepções da Idade Média. Um dos exemplos da perspectiva renascentista sobre a sociedade está na obra de Nicolau Maquiavel (1469-1527), intitulada O príncipe, em que procura investigar a realidade de forma realista, mais especificamente as relações de poder. A partir da segunda metade do século XVIII, a Europa presencia outro movimento intelectual que procura enfatizar a razão e a ciência para explicar o universo. Esse movimento ficou conhecido como Iluminismo, o que rendeu ao século XVIII a denominação de Século das Luzes, pois pretendia lançar “luzes” sobre os aspectos da realidade que estavam encobertos. Com o Iluminismo, o homem e a razão são colocados no centro do universo, e a abordagem científica ganha novo impulso com os seguintes estudiosos: • Jean-Jacques Rousseau: estudou as causas da desigualdade social e defendeu a democracia como forma de governo. • Montesquieu: defendia a criação de poderes separados (legislativo, executivo e judiciário). • Voltaire: defendia a razão e combatia o fanatismo religioso. Com o advento da ciência, as explicações baseadas na fé e na tradição foram, pouco a pouco, sendo substituídas por formas racionais e científicas de conhecimento. E a maneira como os homens viviam em sociedade, as relações que estabeleciam, os distúrbios e os problemas ocorridos em suas vidas passaram também a ser alvo de uma abordagem científica. A sociologia nos ajuda a compreender melhor as questões relativas a nossa organização social e à forma como vivemos coletivamente. Estudar sociologia não deve ser apenas adquirir conhecimentos ou decorar teorias. É necessário pensar sociologicamente, ou seja, ver os fatos que acontecem em nossa vida sob outra perspectiva, fugindo das visões rotineiras e preconceituosas. Outras transformações na sociedade também foram importantes para o surgimento da sociologia. Entre elas, duas foram essenciais para essa ciência. Trata-se das “duas grandes revoluções” dos séculos XVIII e XIX na Europa: a Revolução Francesa e a Revolução Industrial, as quais impuseram novos problemas para os pensadores da época A Revolução Francesa, em 1789, significou o fim do feudalismo na Europa, promovendo profundas transformações na economia, na vida política e nas formas culturais. A Revolução Francesa promoveu as seguintes situações: • Revolução significava, sobretudo, a ascensão de uma nova classe ao poder: a burguesia. • A Revolução afetou o poder eclesiástico, confiscando terras e transferindo para o Estado as funções tradicionalmente controladas pela Igreja, como a educação e a organização cultural. • Com a Revolução estava estabelecida uma nova ordem social, sob o lema “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. A Revolução Industrial se iniciou na Inglaterra no final do século XVIII e se disseminou por toda a Europa durante o século XIX, seguem algumas mudanças ocorridas na época: • Com a Revolução Industrial novos problemas apareceram, como o aumento da prostituição, do alcoolismo e da criminalidade, e surgiram surtos epidêmicos de tifo e cólera. • Com essas transformações – industrialização, crescimento das cidades, êxodo rural – começou a surgir uma nova classe social, urbana e intimamente ligada à industrialização: o proletariado. • Surgem os Trade Unions, organizações dos operários das fábricas inglesas durante a segunda metade do século XIX, que mais trade evoluíram para os sindicatos Capítulo 2 – A institucionalização da sociologia: Comte e Durkheim. Como a nova ordem social se mostrava com vários problemas, as respostas dadas pela ciência que começava a se formar apresentavam um caráter conservador. Os pensadores da época não tinham um método próprio para abordar seu objeto, então resolveram adotar o método das ciências naturais. Ciências naturais são aquelas que têm como objeto de estudo a natureza. Entre elas a física, a química, a biologia, a matemática e a lógica. Método científico se refere aos procedimentos, às técnicas, à maneira como será abordado o objetivo de estudo. A definição desses elementos – procedimentos, técnicas, abordagem – garante a legitimidadedo conhecimento científico O francês Auguste Comte (1791-1857) aparece como um dos pioneiros na elaboração tanto da sociologia quanto das respostas que ela poderia dar aos desafios que lhe eram colocados. O Positivismo de Comte apresentava as seguintes concepções: • Tudo aquilo que foge as “leis gerais” pode ser considerado patológico. • Postula que a ciência deve se fundar na observação, na comparação e na classificação. • A ciência deve procurar leis gerais de validade universal. • Postula a separação rígida entre pesquisador e objeto de estudo. Percebeu-se que houve influência do pensamento positivista de Comte no Brasil, pois na Proclamação da República brasileira, as ideias positivistas forma muito marcantes, influenciando vários republicanos e contribuindo para o amadurecimento de suas ideias. Essa influência ficou marcada no lema de nossa bandeira: “Ordem e progresso”. “Entendo por física social a ciência que tem por objetivo o estudo dos fenômenos sociais, considerados com o mesmo espírito que os fenômenos astronômicos, físicos, químicos e fisiológicos, isto é, como submetidos a leis naturais e invariáveis, cuja descoberta é o objetivo especial de suas pesquisas. (Comte, 1983b. p. 53)”. Sobre os estudos de Comte podemos elencar: • A sociologia deveria descobrir as leis gerais que regiam a sociedade. Assim, com o conhecimento dessas leis seria possível conduzir a sociedade ao seu pleno desenvolvimento e mesmo prever como estaria no futuro. • As ideias de evolução e ordem são recorrentes no pensamento positivista de Comte. • Comte buscava um conhecimento baseado em evidências empíricas, formuladas com base na observação, na comparação e na experimentação. • Comte propunha para as ciências sociais um método semelhante ao método das ciências naturais. Durkheim propôs uma metodologia científica para a sociologia que permitisse o estudo de leis ‘concretas’, e não generalidades abstratas. Buscou construir conceitos que possibilitassem a abordagem da realidade social. Para Durkheim os fatos sociais são maneiras de agir, de pensar, de sentir que se impõem aos indivíduos. Durkheim (1960) afirma que os fatores sociais têm três características básicas que permitem sua identificação na realidade: a exterioridade, a coercitividade e a generalidade/coletividade: • Gerais/Coletivos: aparecem nas partes (indivíduos) porque estão no todo (sociedade). • Exteriores: pois existem fora das consciências individuais. • Coercitivos: porque as regras e as condutas sociais se impõem aos indivíduos. Assim como Comte, Durkheim vê a sociedade em um estado de desorganização. E aqui podemos perceber melhor a influência positivista em sua obra. Na sociologia durkheimiana, a coesão da sociedade é um dos elementos que merecem uma preocupação teórica. Segue a sua descrição sobre sociedades tradicionais e modernas: Durkheim preocupava-se com a falta de laços que predam o indivíduo à sociedade. (...) ele chamava isso de anomia, que levaria, segundo sua concepção, à desintegração da sociedade. Anomia designa um estado de ausência de regras e normas na sociedade, o que leva a um estado de desordem e falta de coesão social. Capítulo 3 – A sociologia de Karl Marx. O filósofo, economista e sociólogo alemão Karl Marx (1818-1883) também presenciou os desdobramentos da Revolução Industrial, como Comte e Durkheim. Ele considera a dinâmica social como portadora de uma ordem evolutiva, como faz Comte. Percebeu-se que Karl Marx concentra seus esforços na contradição que a realidade apresenta. Sobre os estudos de Marx sobre a “contradição”: • Segundo Marx, a contradição, a união de elementos opostos, é a condição para a realidade se concretizar. • Em sua obra, Marx procura fazer uma análise do capitalismo, mas seu objetivo não é apenas proceder a essa análise para saber como funciona; com isso ele quer poder transformar a sociedade, ou seja, produzir uma nova realidade a partir das contradições do capitalismo. • Marx vê a contradição como um elemento essencial da realidade. Na sociedade capitalista analisada por Marx (1968-1978), os trabalhadores são proprietários da sua força de trabalho, enquanto os burgueses são proprietários dos meios de produção. Seguem os conceitos de Marx em relação às “forças produtivas”, às “relações de produção” e ao “trabalho”: • Relações de produção: são formadas pelas relações de propriedade e de distribuição, ou seja, referem-se aos tipos de propriedade que existem e como são distribuídos os bens produzidos, de acordo com os tipos de propriedade. • Trabalho: é a interação do homem com a natureza para prover sua sobrevivência. • Forças produtivas: são todas as forças, meios, técnicas e formas de organizar o trabalho que a sociedade utiliza para produzir aquilo de que necessita. Marx estudou de forma incessante a temática que envolve a “contradição”: Para Marx: “Ao se transformarem, os modos de produzir transformam toda a sociedade”. Segundo Marx, são três os modos de produção vigentes ao longo da história: • O modo de produção escravista antigo. • O modo de produção feudal. • O modo de produção capitalista. Marx descreve o Materialismo histórico da seguinte forma é a maneira como os homens produzem a materialidade do mundo condiciona a vida social. As grandes transformações são as transformações na foram de produzir – estrutura econômica -, que, por sua vez, transformam toda a sociedade. Trabalhadores e capitalistas estão em oposição, pois seus interesses são contrários. Na temática que envolve o “capitalismo” pela análise de Karl Marx surgem as seguintes constatações: • Na sociedade capitalista as relações de produção definem dois grandes grupos: de um lado, os capitalistas, donos dos meios de produção necessários para transformar a natureza e produzir mercadorias; do outro, os trabalhadores que possuem como propriedade apenas a sua força de trabalho. • Nas condições do capitalismo, quanto mais alto for o salário, mais baixo será o lucro do capitalista. • Na relação de complementaridade, o capitalista só consegue pôr em funcionamento os seus meios de produção mediante a força de trabalho dos trabalhadores Karl Marx relatou que: “Com o seu trabalho, o homem confere valor às coisas.”. Quanto a temática que envolve o “trabalho/trabalhador” e suas relações definidas por Karl Marx: • O homem trabalhador se esvazia de sua humanidade e passa a ser apenas força de trabalho. • O trabalhador é separado do saber do seu trabalho e também do resultado dele, mas não percebe sua condição. Marx chama esse trabalho de alienado. • A injustiça maior, ou a grande contradição do capitalismo, é o fato de os trabalhadores não serem proprietários da riqueza que produzem O salário representa apenas uma parte da riqueza que o trabalhador produz; o resto da riqueza é apropriada pelo capitalista na forma daquilo que Marx chama de Mais-Valia. O homem trabalhador se esvazia de sua humanidade e passa a ser apenas força de trabalho. Por outro lado, as mercadorias que produz como que ‘adquirem vida’. A “mercadoria” pela apreciação de Karl Marx: • No sistema de corporações, era o próprio mestre artesão que vendia seu produto a outra pessoa. No capitalismo, a mercadoria é vendida no mercado e já não tem mais nenhuma relação com quem a produziu. • A mercadoria é misteriosa simplesmente por encobrir características sociais do próprio trabalho dos homens. • Uma cadeira passa a ser igual a um valor em uma determinada moeda. A isso Marx chama de fetichismo da mercadoria e reificação do homem. Ou seja, as mercadorias criam vida, e o homem se tornar uma “coisa”, um objeto, a força de trabalho que confere valor à mercadoria. Marx visava ao conhecimento de uma totalidade – a sociedade capitalista –, e o cerne da busca por essa totalidade está na relação entreo homem e suas obras: • Na análise que Marx faz do capitalismo aparecem categorias importantes para pensarmos nossa sociedade, como ideologia, classes sociais, mais valia. Com base nesses conceitos, é possível ver a sociedade capitalista portadora de uma grande contradição. • Outro ponto importante da análise marxista da sociedade se refere à relação entre estrutura econômica e superestrutura da sociedade e a maneira como os homens tomam consciência das suas reais condições de existência. • Para Marx, a forma como os homens se inserem no trabalho define a sua posição na sociedade. Capítulo 4 – Max Weber e a racionalidade. Weber não parte da análise do todo para entender as partes; ele faz o caminho inverso: parte do indivíduo para entender a sociedade. O ponto central da sociologia de Max Weber é o conceito de ação social. Sobre a temática que envolve a sociologia compreensiva de Max Weber é importante destacar: • A sociologia weberiana procura compreender como o ator dá sentido à sua conduta, à sua ação social, que pode ser racionalmente orientada. • Examinando-se o indivíduo e a sua intencionalidade, é possível compreender as instituições, os grupos, os comportamentos. • Nem toda ação é social e nem todo contato entre os homens é necessariamente social, só merecendo a denominação de social quando está orientada pela ação dos outros. Para Weber a sociedade não é superior ao indivíduo, como em Durkheim, ou uma estrutura que se impõe, como em Marx. A realidade social aparece como uma ´teia´, formada pelas relações entre os indivíduos. Não é possível descobrir as ´leis gerais´ que orientam as intenções sociais, simplesmente, porque essas leis não existem. O que o sociólogo pode descobrir e estudar é o sentido que o indivíduo confere à ação que empreende. Na sua tentativa de compreender os fenômenos sociais, Weber estabelece uma tipologia das ações sociais: Preste atenção em mais este termo – maneira de agir. Ele é importante para entendermos como o indivíduo faz as normas e, ao mesmo tempo, é produto delas. Weber distingue duas maneira ou modos de agir. O primeiro ele chama de agir em comunidade, e o segundo, de agir em sociedade. Normas não são somente leis escritas, mas costumes e convenções. Porém, ao mesmo tempo que as normas influenciam a maneira de o indivíduo agir, são resultado das ações dos indivíduos. É o mesmo que dizer que os indivíduos fazem as normas e também são feitos por elas. Weber descreve o “agir em comunidade” e o “agir em sociedade”: Você já deve ter percebido que Weber fala muito em racionalidade e em regras. Ele fala sobre a ação social racional, o agir segundo as regras, os regulamentos sociais vigentes. Para Weber a racionalidade é um dos principais elementos da ordem social. Segundo Weber, o processo de racionalização é o abandono das concepções mágicas e tradicionais como formas de explicação e orientação da vida social, em favor de formas cada vez mais precisas, organizadas e burocratizadas. É uma adaptação cada vez maior entre meio racionais para se conseguirem os fins desejados. As pessoas obedecem às regras ou guiam o seu comportamento pela existência delas não apenas porque temem a punção que elas impõem, mas porque estão convencidas de que elas são verdadeiras, porque há um consenso em torno da necessidade de obedecer, mesmo que não se obedeça. Weber distingue três tipos básicos de dominação: a dominação carismática, a dominação tradicional e a dominação racional-legal. Poder é diferente de dominação: poder é a capacidade de impor a vontade, e dominação é a probabilidade de encontrar obediência. Abaixo os três tipos de dominação descritas por Max Weber: • Dominação carismática: tem sua legitimidade apoiada na crença de que a pessoa ou pessoas que mandam têm um poder mágico, sobrenatural ou religioso e também um caráter heroico. • Dominação tradicional: está apoiada na crença em um poder sagrado herdado das tradições. • Dominação racional-legal: tem seu fundamento na legalidade da lei e na legitimidade do poder daqueles que fazem essas leis e normas. A ética protestante e o espírito do capitalismo” de Max Weber apresenta um aspecto inovador, na particularidade de relacionar seitas protestantes e uma conduta capitalista que considera particular do Ocidente. Sobre o livro “A ética protestante e o espírito do capitalismo” de Max Weber: • Weber entende por espírito do capitalismo uma conduta que busca legalmente o lucro por meio de uma adequação racional e planejada entre meios e fins, associada a uma atitude rígida em relação aos prazeres e ao gozo desse lucro, tendo o trabalho como resultado da expressão de uma virtude. • A vocação do homem protestante implica determinada conduta do capitalismo, não aquele capitalismo que se expressa na busca incontrolável pelo lucro, mas o capitalismo ocidental, que associa a ideia de uma economia livre e uma racionalidade. • O livro “A ética protestante e o espírito do capitalismo” procura relacionar aspectos da religião com o comportamento humano, com o objetivo de compreender o capitalismo Capítulo 5 – Indivíduo e sociedade. Weber vê no capitalismo a manifestação de uma racionalidade ainda não encontrada em outros tempos e locais. Para ele, o ponto central do capitalismo é a racionalização da conduta humana. A vida tende a se tornar vazia e sem sentido, e o homem fica condenado a viver aprisionado pelas regras criadas por ele mesmo. Essa imposição dos padrões sociais, das regras, das normas e dos valores da sociedade e sua assimilação pelo indivíduo receberam um nome de processo de socialização. Na Índia, onde os casos de meninos-lobo foram relativamente numerosos, descobriram- se, em 1920, duas crianças, Amala e Kamala, vivendo no meio de uma família de lobos. Sobre a imposição dos padrões sociais: • Sem a imposição dos padrões sociais não seríamos humanos, pois é a sociedade que nos faz humanos. • A imposição não é algo “perverso” ou “desumanizante. Pelo contrário, ela nos permite desenvolver nossas potencialidades individuais. • Essa imposição dos padrões sociais, das regras, das normas e dos valores da sociedade e sua assimilação recebem o nome de processo de socialização. Socialização é um processo de aprender a ser membro de uma sociedade, adquirindo seus costumes, hábitos, gostos, técnicas, sentimento, normas, valores e maneiras. O processo de socialização é acompanhado do processo de interiorização. A socialização também nos confere uma identidade. Em sociologia, a identidade se refere à forma e aos elementos que possibilitam uma compreensão sobre o que os indivíduos são e sobre o que é significativo para eles. A socialização é dividida em primária e secundária, conforme abaixo: Na sociologia, a cultura: • Se refere a um sistema de símbolos e significados, compartilhados por membros de uma sociedade, que torna possível a vida em comum. • A cultura compreende tanto aspectos materiais – objetos, símbolos, tecnologia – quanto aspectos imateriais – crenças, hábitos, ideias e valores. • Cultura sempre se refere a aspectos, significados, valores e símbolos compartilhados. • A cultura é dinâmica e está em constante transformação e ressignificação Além de socialização e cultura, outro conceito importante dentro da sociologia é o de instituição social, o qual também sofre algumas ´distorções´ do senso comum. Estudou- se que o conceito de instituição social se aproxima muito do conceito de fator social de Durkheim, sendo assim, podemos afirmar que as instituições sociais são fatos sociais cristalizados. Uma das características fundamentais das instituições sociais é que a historicidade é uma das características das instituições sociais, pois todas elas possuem uma história No capítulo V, que trata do “Indivíduoe Sociedade” foram tratados os seguintes temas: “os conceitos de socialização, cultura e instituições sociais”, segue um resumo: • Na socialização aprendemos a ser membros da sociedade, adquirindo os costumes, os gostos, os hábitos, os modos, as maneiras, os valores e os significados do nosso grupo social. • Mediante a socialização e a aquisição da cultura, podemos construir uma identidade, o que nos permite o sentimento de pertencimento a uma coletividade, bem como o desenvolvimento de nossa individualizada e personalidade. • As instituições sociais possuem cinco características fundamentais: a exterioridade, a objetividade, a coercitividade, a autoridade moral e a historicidade. Capítulo 6 – A sociologia e a sociedade contemporânea. Quando Taylor propôs e sistematizou seus princípios de organização do trabalho, ele partiu de uma série de elementos que já tinham espaço no interior da fábrica e cujo objetivo era controlar o trabalhador durante sua permanência na oficina. O principal estudo de Taylor para definir uma maneira ótima de executar as tarefas na fábrica, foi o estudo de tempo e movimentos. Importante compreender o conceito de Taylorismo: Outra forma de organizar a produção que revolucionou o mundo do trabalho foi o fordismo. Sobre os estudos de Henry Ford podemos destacar: • Com o fordismo, os métodos tayloristas foram aperfeiçoados. • Fordismo é uma forma de organizar baseada na produção em massa de produtos padronizados, com cada operário executando uma função específica ao longo da esteira fordista. • Além da produção em massa e padronizada, o fordismo prevê também o consumo em massa. Abaixo o conceito de Fordismo: A crise dos princípios fordistas inaugurou uma conjuntura de alterações e rearranjos capitalistas – e não apenas de um sistema organizador da produção –, desencadeando um processo de reorganização por parte do capital, com o intuito de recuperar seus níveis de acumulação. A crise do fordismo se deveu a alguns fatores, como a saturação do mercado europeu e a crescente competição do mercado asiático, a crise do petróleo a partir dos anos 1960 e o aumento dos custos com a produção. A grande fábrica integrada e verticalizada de Ford cedeu espaço para a fábrica enxuta e flexível da reestruturação produtiva. Quanto as empresas enxutas e flexíveis: • A fábrica enxuta é a fábrica pós-fordista que terceiriza determinadas etapas da produção e serviços. • A fábrica enxuta não executa mais serviços de limpeza, manutenção, alimentação, entre outros, mas contrata empresas responsáveis por essas atividades. • Com a externalização e a terceirização de serviços, a empresa-mãe reduz os quadros de funcionários, diminuindo o custo de produção. Globalização significa que o mundo está se tornando um ´mundo único´, em que as pessoas, os países e os grupos se tornam cada vez mais interdependentes, ou, poderíamos dizer, cada vez mais conectados. A globalização envolve os seguintes fatores: econômico, político, cultural e social. Outro fator de grande importância para a globalização é o desenvolvimento das telecomunicações. Alguns estudiosos consideram que a globalização produz uma espécie de homogeneidade cultural. Verificou-se que com a crise do Fordismo e a crise do petróleo as empresas precisaram ajustar o seu modo de produção, sendo assim a palavra de ordem passa a ser flexibilização: dos processos de trabalho.
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