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ESTUDO DIRIGIDO - Sociologia Contemporanea..

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Estudo Dirigido 
 
Sociologia Contempora nea 
 
 
Material de disciplina 
 
Vídeoaulas 1 a 6 
Rotas de Aprendizagem 1 a 6 
 
Livro base: PAIXÃO, A. E. Sociologia Geral. Curitiba: Intersaberes, 2012 
 
Neste breve resumo, destacamos a importa ncia para seus estudos de alguns temas diretamente relacionados ao 
contexto trabalhado nesta disciplina. Os temas sugeridos abrangem o conteu do programa tico da sua disciplina 
nesta fase e lhe proporcionara o maior fixaça o de tais assuntos, consequentemente, melhor preparo para o 
sistema avaliativo adotado pelo Grupo Uninter. Esse e apenas um material complementar, que juntamente com a 
Rota de Aprendizagem completa (livro-base, videoaulas e material vinculado) das aulas compo em o referencial 
teo rico que ira embasar o seu aprendizado. Utilize-os da melhor maneira possí vel. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atença o! 
 
Esse material e para uso exclusivo dos estudantes da Uninter, e na o deve ser publicado ou 
compartilhado em redes sociais, reposito rios de textos acade micos ou grupos de mensagens. 
O seu compartilhamento infringe as polí ticas do Centro Universita rio UNINTER e podera 
implicar em sanço es disciplinares, com possibilidade de desligamento do quadro de alunos 
do Centro Universita rio, bem como responder aço es judiciais no a mbito cí vel e criminal. 
 
 
 
Sumário 
 
 
Capítulo 1 – Contexto histórico do aparecimento da sociologia. ..................................................................................................................... 4 
Capítulo 2 – A institucionalização da sociologia: Comte e Durkheim.............................................................................................................. 5 
Capítulo 4 – Max Weber e a racionalidade. ......................................................................................................................................................... 9 
Capítulo 5 – Indivíduo e sociedade. .................................................................................................................................................................... 11 
Capítulo 6 – A sociologia e a sociedade contemporânea. .............................................................................................................................. 13 
 
 
 
Capítulo 1 – Contexto histórico do aparecimento da sociologia. 
A sociologia pode ser definida, de forma simples, como a ciência que estuda as 
sociedades. Ela é produto da tentativa de compreensão da realidade social com base na 
ciência e na razão. A tentativa de compreender cientificamente a realidade social começa 
a se desenvolver a partir de fins do século XVIII, na Europa. 
 
A Idade Média europeia, que durou aproximadamente mil anos (do século V ao século 
XV) (...) esse período é também conhecido como a Idade das Trevas. Os homens 
utilizavam principalmente a religião e a tradição para explicar e organizar seu mundo. 
 
As explicações baseadas na fé perduraram durante quase todo o período (Idade Média). 
Mas aos poucos os homens foram procurando outras formas de explicação. Dois 
movimentos ocorridos na Europa são essenciais para o desenvolvimento de uma 
perspectiva científica e racional: o Renascimento e o Iluminismo. 
 
A partir do século XVI, principia na Europa um movimento chamado Renascimento: O 
Renascimento se constituiu em uma tendência cultural laica; Os renascentistas 
rejeitavam as explicações baseadas na fé, no misticismo, na tradição e passaram a 
buscar outras explicações para as coisas que aconteciam; O Renascimento influenciou 
as artes, a ciência, a literatura e a filosofia. 
 
O Renascimento era inspirado na cultura greco-romana e não aceitava os valores e as 
concepções da Idade Média. Um dos exemplos da perspectiva renascentista sobre a 
sociedade está na obra de Nicolau Maquiavel (1469-1527), intitulada O príncipe, em que 
procura investigar a realidade de forma realista, mais especificamente as relações de 
poder. 
 
A partir da segunda metade do século XVIII, a Europa presencia outro movimento 
intelectual que procura enfatizar a razão e a ciência para explicar o universo. Esse 
movimento ficou conhecido como Iluminismo, o que rendeu ao século XVIII a 
denominação de Século das Luzes, pois pretendia lançar “luzes” sobre os aspectos da 
realidade que estavam encobertos. Com o Iluminismo, o homem e a razão são colocados 
no centro do universo, e a abordagem científica ganha novo impulso com os seguintes 
estudiosos: 
• Jean-Jacques Rousseau: estudou as causas da desigualdade social e defendeu a 
democracia como forma de governo. 
• Montesquieu: defendia a criação de poderes separados (legislativo, executivo e 
judiciário). 
• Voltaire: defendia a razão e combatia o fanatismo religioso. 
 
Com o advento da ciência, as explicações baseadas na fé e na tradição foram, pouco a 
pouco, sendo substituídas por formas racionais e científicas de conhecimento. E a 
maneira como os homens viviam em sociedade, as relações que estabeleciam, os 
distúrbios e os problemas ocorridos em suas vidas passaram também a ser alvo de uma 
abordagem científica. A sociologia nos ajuda a compreender melhor as questões relativas 
a nossa organização social e à forma como vivemos coletivamente. 
 
Estudar sociologia não deve ser apenas adquirir conhecimentos ou decorar teorias. É 
necessário pensar sociologicamente, ou seja, ver os fatos que acontecem em nossa vida 
sob outra perspectiva, fugindo das visões rotineiras e preconceituosas. Outras 
transformações na sociedade também foram importantes para o surgimento da sociologia. 
Entre elas, duas foram essenciais para essa ciência. Trata-se das “duas grandes 
revoluções” dos séculos XVIII e XIX na Europa: a Revolução Francesa e a Revolução 
Industrial, as quais impuseram novos problemas para os pensadores da época 
 
A Revolução Francesa, em 1789, significou o fim do feudalismo na Europa, promovendo 
profundas transformações na economia, na vida política e nas formas culturais. A 
Revolução Francesa promoveu as seguintes situações: 
• Revolução significava, sobretudo, a ascensão de uma nova classe ao poder: a 
burguesia. 
• A Revolução afetou o poder eclesiástico, confiscando terras e transferindo para o 
Estado as funções tradicionalmente controladas pela Igreja, como a educação e a 
organização cultural. 
• Com a Revolução estava estabelecida uma nova ordem social, sob o lema 
“Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. 
 
A Revolução Industrial se iniciou na Inglaterra no final do século XVIII e se disseminou 
por toda a Europa durante o século XIX, seguem algumas mudanças ocorridas na época: 
• Com a Revolução Industrial novos problemas apareceram, como o aumento da 
prostituição, do alcoolismo e da criminalidade, e surgiram surtos epidêmicos de tifo 
e cólera. 
• Com essas transformações – industrialização, crescimento das cidades, êxodo 
rural – começou a surgir uma nova classe social, urbana e intimamente ligada à 
industrialização: o proletariado. 
• Surgem os Trade Unions, organizações dos operários das fábricas inglesas 
durante a segunda metade do século XIX, que mais trade evoluíram para os 
sindicatos 
 
Capítulo 2 – A institucionalização da sociologia: Comte e Durkheim. 
Como a nova ordem social se mostrava com vários problemas, as respostas dadas pela 
ciência que começava a se formar apresentavam um caráter conservador. Os 
pensadores da época não tinham um método próprio para abordar seu objeto, então 
resolveram adotar o método das ciências naturais. Ciências naturais são aquelas que 
têm como objeto de estudo a natureza. Entre elas a física, a química, a biologia, a 
matemática e a lógica. 
 
Método científico se refere aos procedimentos, às técnicas, à maneira como será 
abordado o objetivo de estudo. A definição desses elementos – procedimentos, técnicas, 
abordagem – garante a legitimidadedo conhecimento científico 
 
O francês Auguste Comte (1791-1857) aparece como um dos pioneiros na elaboração 
tanto da sociologia quanto das respostas que ela poderia dar aos desafios que lhe eram 
colocados. O Positivismo de Comte apresentava as seguintes concepções: 
• Tudo aquilo que foge as “leis gerais” pode ser considerado patológico. 
• Postula que a ciência deve se fundar na observação, na comparação e na 
classificação. 
• A ciência deve procurar leis gerais de validade universal. 
• Postula a separação rígida entre pesquisador e objeto de estudo. 
 
Percebeu-se que houve influência do pensamento positivista de Comte no Brasil, pois na 
Proclamação da República brasileira, as ideias positivistas forma muito marcantes, 
influenciando vários republicanos e contribuindo para o amadurecimento de suas ideias. 
Essa influência ficou marcada no lema de nossa bandeira: “Ordem e progresso”. 
 
“Entendo por física social a ciência que tem por objetivo o estudo dos fenômenos sociais, 
considerados com o mesmo espírito que os fenômenos astronômicos, físicos, químicos 
e fisiológicos, isto é, como submetidos a leis naturais e invariáveis, cuja descoberta é o 
objetivo especial de suas pesquisas. (Comte, 1983b. p. 53)”. Sobre os estudos de Comte 
podemos elencar: 
 
• A sociologia deveria descobrir as leis gerais que regiam a sociedade. Assim, com 
o conhecimento dessas leis seria possível conduzir a sociedade ao seu pleno 
desenvolvimento e mesmo prever como estaria no futuro. 
• As ideias de evolução e ordem são recorrentes no pensamento positivista de Comte. 
• Comte buscava um conhecimento baseado em evidências empíricas, formuladas 
com base na observação, na comparação e na experimentação. 
• Comte propunha para as ciências sociais um método semelhante ao método das 
ciências naturais. 
 
Durkheim propôs uma metodologia científica para a sociologia que permitisse o estudo 
de leis ‘concretas’, e não generalidades abstratas. Buscou construir conceitos que 
possibilitassem a abordagem da realidade social. Para Durkheim os fatos sociais são 
maneiras de agir, de pensar, de sentir que se impõem aos indivíduos. 
 
Durkheim (1960) afirma que os fatores sociais têm três características básicas que 
permitem sua identificação na realidade: a exterioridade, a coercitividade e a 
generalidade/coletividade: 
• Gerais/Coletivos: aparecem nas partes (indivíduos) porque estão no todo 
(sociedade). 
• Exteriores: pois existem fora das consciências individuais. 
• Coercitivos: porque as regras e as condutas sociais se impõem aos indivíduos. 
 
Assim como Comte, Durkheim vê a sociedade em um estado de desorganização. E aqui 
podemos perceber melhor a influência positivista em sua obra. Na sociologia 
durkheimiana, a coesão da sociedade é um dos elementos que merecem uma 
preocupação teórica. Segue a sua descrição sobre sociedades tradicionais e modernas: 
 
 
 
Durkheim preocupava-se com a falta de laços que predam o indivíduo à sociedade. (...) 
ele chamava isso de anomia, que levaria, segundo sua concepção, à desintegração da 
sociedade. Anomia designa um estado de ausência de regras e normas na sociedade, o 
que leva a um estado de desordem e falta de coesão social. 
 
Capítulo 3 – A sociologia de Karl Marx. 
O filósofo, economista e sociólogo alemão Karl Marx (1818-1883) também presenciou 
os desdobramentos da Revolução Industrial, como Comte e Durkheim. Ele considera a 
dinâmica social como portadora de uma ordem evolutiva, como faz Comte. Percebeu-se 
que Karl Marx concentra seus esforços na contradição que a realidade apresenta. 
Sobre os estudos de Marx sobre a “contradição”: 
• Segundo Marx, a contradição, a união de elementos opostos, é a condição para a 
realidade se concretizar. 
• Em sua obra, Marx procura fazer uma análise do capitalismo, mas seu objetivo 
não é apenas proceder a essa análise para saber como funciona; com isso ele 
quer poder transformar a sociedade, ou seja, produzir uma nova realidade a partir 
das contradições do capitalismo. 
• Marx vê a contradição como um elemento essencial da realidade. 
 
Na sociedade capitalista analisada por Marx (1968-1978), os trabalhadores são 
proprietários da sua força de trabalho, enquanto os burgueses são proprietários dos 
meios de produção. Seguem os conceitos de Marx em relação às “forças produtivas”, às 
“relações de produção” e ao “trabalho”: 
 
• Relações de produção: são formadas pelas relações de propriedade e de 
distribuição, ou seja, referem-se aos tipos de propriedade que existem e como são 
distribuídos os bens produzidos, de acordo com os tipos de propriedade. 
• Trabalho: é a interação do homem com a natureza para prover sua sobrevivência. 
• Forças produtivas: são todas as forças, meios, técnicas e formas de organizar o 
trabalho que a sociedade utiliza para produzir aquilo de que necessita. 
 
Marx estudou de forma incessante a temática que envolve a “contradição”: 
 
Para Marx: “Ao se transformarem, os modos de produzir transformam toda a sociedade”. 
Segundo Marx, são três os modos de produção vigentes ao longo da história: 
• O modo de produção escravista antigo. 
• O modo de produção feudal. 
• O modo de produção capitalista. 
 
Marx descreve o Materialismo histórico da seguinte forma é a maneira como os homens 
produzem a materialidade do mundo condiciona a vida social. As grandes transformações 
são as transformações na foram de produzir – estrutura econômica -, que, por sua vez, 
transformam toda a sociedade. 
Trabalhadores e capitalistas estão em oposição, pois seus interesses são contrários. Na 
temática que envolve o “capitalismo” pela análise de Karl Marx surgem as seguintes 
constatações: 
• Na sociedade capitalista as relações de produção definem dois grandes grupos: 
de um lado, os capitalistas, donos dos meios de produção necessários para 
transformar a natureza e produzir mercadorias; do outro, os trabalhadores que 
possuem como propriedade apenas a sua força de trabalho. 
• Nas condições do capitalismo, quanto mais alto for o salário, mais baixo será o 
lucro do capitalista. 
• Na relação de complementaridade, o capitalista só consegue pôr em 
funcionamento os seus meios de produção mediante a força de trabalho dos 
trabalhadores 
 
Karl Marx relatou que: “Com o seu trabalho, o homem confere valor às coisas.”. Quanto 
a temática que envolve o “trabalho/trabalhador” e suas relações definidas por Karl Marx: 
• O homem trabalhador se esvazia de sua humanidade e passa a ser apenas força 
de trabalho. 
• O trabalhador é separado do saber do seu trabalho e também do resultado dele, 
mas não percebe sua condição. Marx chama esse trabalho de alienado. 
• A injustiça maior, ou a grande contradição do capitalismo, é o fato de os 
trabalhadores não serem proprietários da riqueza que produzem 
 
O salário representa apenas uma parte da riqueza que o trabalhador produz; o resto da 
riqueza é apropriada pelo capitalista na forma daquilo que Marx chama de Mais-Valia. 
 
O homem trabalhador se esvazia de sua humanidade e passa a ser apenas força de 
trabalho. Por outro lado, as mercadorias que produz como que ‘adquirem vida’. A 
“mercadoria” pela apreciação de Karl Marx: 
• No sistema de corporações, era o próprio mestre artesão que vendia seu produto 
a outra pessoa. No capitalismo, a mercadoria é vendida no mercado e já não tem 
mais nenhuma relação com quem a produziu. 
• A mercadoria é misteriosa simplesmente por encobrir características sociais do 
próprio trabalho dos homens. 
• Uma cadeira passa a ser igual a um valor em uma determinada moeda. A isso 
Marx chama de fetichismo da mercadoria e reificação do homem. Ou seja, as 
mercadorias criam vida, e o homem se tornar uma “coisa”, um objeto, a força de 
trabalho que confere valor à mercadoria. 
 
Marx visava ao conhecimento de uma totalidade – a sociedade capitalista –, e o cerne da 
busca por essa totalidade está na relação entreo homem e suas obras: 
• Na análise que Marx faz do capitalismo aparecem categorias importantes para 
pensarmos nossa sociedade, como ideologia, classes sociais, mais valia. Com 
base nesses conceitos, é possível ver a sociedade capitalista portadora de uma 
grande contradição. 
• Outro ponto importante da análise marxista da sociedade se refere à relação entre 
estrutura econômica e superestrutura da sociedade e a maneira como os homens 
tomam consciência das suas reais condições de existência. 
• Para Marx, a forma como os homens se inserem no trabalho define a sua posição 
na sociedade. 
 
 
Capítulo 4 – Max Weber e a racionalidade. 
 
Weber não parte da análise do todo para entender as partes; ele faz o caminho inverso: 
parte do indivíduo para entender a sociedade. O ponto central da sociologia de Max 
Weber é o conceito de ação social. 
 
Sobre a temática que envolve a sociologia compreensiva de Max Weber é importante 
destacar: 
• A sociologia weberiana procura compreender como o ator dá sentido à sua conduta, 
à sua ação social, que pode ser racionalmente orientada. 
• Examinando-se o indivíduo e a sua intencionalidade, é possível compreender as 
instituições, os grupos, os comportamentos. 
• Nem toda ação é social e nem todo contato entre os homens é necessariamente 
social, só merecendo a denominação de social quando está orientada pela ação 
dos outros. 
 
Para Weber a sociedade não é superior ao indivíduo, como em Durkheim, ou uma 
estrutura que se impõe, como em Marx. A realidade social aparece como uma ´teia´, 
formada pelas relações entre os indivíduos. Não é possível descobrir as ´leis gerais´ que 
orientam as intenções sociais, simplesmente, porque essas leis não existem. O que o 
sociólogo pode descobrir e estudar é o sentido que o indivíduo confere à ação que 
empreende. 
 
Na sua tentativa de compreender os fenômenos sociais, Weber estabelece uma tipologia 
das ações sociais: 
 
 
Preste atenção em mais este termo – maneira de agir. Ele é importante para entendermos 
como o indivíduo faz as normas e, ao mesmo tempo, é produto delas. Weber distingue 
duas maneira ou modos de agir. O primeiro ele chama de agir em comunidade, e o 
segundo, de agir em sociedade. 
 
Normas não são somente leis escritas, mas costumes e convenções. Porém, ao mesmo 
tempo que as normas influenciam a maneira de o indivíduo agir, são resultado das ações 
dos indivíduos. É o mesmo que dizer que os indivíduos fazem as normas e também são 
feitos por elas. Weber descreve o “agir em comunidade” e o “agir em sociedade”: 
 
 
 
Você já deve ter percebido que Weber fala muito em racionalidade e em regras. Ele fala 
sobre a ação social racional, o agir segundo as regras, os regulamentos sociais vigentes. 
Para Weber a racionalidade é um dos principais elementos da ordem social. 
Segundo Weber, o processo de racionalização é o abandono das concepções mágicas e 
tradicionais como formas de explicação e orientação da vida social, em favor de formas 
cada vez mais precisas, organizadas e burocratizadas. É uma adaptação cada vez maior 
entre meio racionais para se conseguirem os fins desejados. 
 
As pessoas obedecem às regras ou guiam o seu comportamento pela existência delas 
não apenas porque temem a punção que elas impõem, mas porque estão convencidas 
de que elas são verdadeiras, porque há um consenso em torno da necessidade de 
obedecer, mesmo que não se obedeça. Weber distingue três tipos básicos de dominação: 
a dominação carismática, a dominação tradicional e a dominação racional-legal. 
 
Poder é diferente de dominação: poder é a capacidade de impor a vontade, e dominação 
é a probabilidade de encontrar obediência. Abaixo os três tipos de dominação descritas 
por Max Weber: 
• Dominação carismática: tem sua legitimidade apoiada na crença de que a pessoa 
ou pessoas que mandam têm um poder mágico, sobrenatural ou religioso e 
também um caráter heroico. 
• Dominação tradicional: está apoiada na crença em um poder sagrado herdado das 
tradições. 
• Dominação racional-legal: tem seu fundamento na legalidade da lei e na 
legitimidade do poder daqueles que fazem essas leis e normas. 
 
A ética protestante e o espírito do capitalismo” de Max Weber apresenta um aspecto 
inovador, na particularidade de relacionar seitas protestantes e uma conduta capitalista 
que considera particular do Ocidente. Sobre o livro “A ética protestante e o espírito do 
capitalismo” de Max Weber: 
• Weber entende por espírito do capitalismo uma conduta que busca legalmente o 
lucro por meio de uma adequação racional e planejada entre meios e fins, 
associada a uma atitude rígida em relação aos prazeres e ao gozo desse lucro, 
tendo o trabalho como resultado da expressão de uma virtude. 
• A vocação do homem protestante implica determinada conduta do capitalismo, não 
aquele capitalismo que se expressa na busca incontrolável pelo lucro, mas o 
capitalismo ocidental, que associa a ideia de uma economia livre e uma 
racionalidade. 
• O livro “A ética protestante e o espírito do capitalismo” procura relacionar aspectos 
da religião com o comportamento humano, com o objetivo de compreender o 
capitalismo 
 
 
Capítulo 5 – Indivíduo e sociedade. 
 
Weber vê no capitalismo a manifestação de uma racionalidade ainda não encontrada em 
outros tempos e locais. Para ele, o ponto central do capitalismo é a racionalização da 
conduta humana. A vida tende a se tornar vazia e sem sentido, e o homem fica 
condenado a viver aprisionado pelas regras criadas por ele mesmo. Essa imposição dos 
padrões sociais, das regras, das normas e dos valores da sociedade e sua assimilação 
pelo indivíduo receberam um nome de processo de socialização. 
 
Na Índia, onde os casos de meninos-lobo foram relativamente numerosos, descobriram-
se, em 1920, duas crianças, Amala e Kamala, vivendo no meio de uma família de lobos. 
Sobre a imposição dos padrões sociais: 
• Sem a imposição dos padrões sociais não seríamos humanos, pois é a sociedade 
que nos faz humanos. 
• A imposição não é algo “perverso” ou “desumanizante. Pelo contrário, ela nos 
permite desenvolver nossas potencialidades individuais. 
• Essa imposição dos padrões sociais, das regras, das normas e dos valores da 
sociedade e sua assimilação recebem o nome de processo de socialização. 
 
 
Socialização é um processo de aprender a ser membro de uma sociedade, adquirindo 
seus costumes, hábitos, gostos, técnicas, sentimento, normas, valores e maneiras. O 
processo de socialização é acompanhado do processo de interiorização. 
 
 
A socialização também nos confere uma identidade. Em sociologia, a identidade se refere 
à forma e aos elementos que possibilitam uma compreensão sobre o que os indivíduos 
são e sobre o que é significativo para eles. A socialização é dividida em primária e 
secundária, conforme abaixo: 
 
 
 
 
Na sociologia, a cultura: 
• Se refere a um sistema de símbolos e significados, compartilhados por membros 
de uma sociedade, que torna possível a vida em comum. 
• A cultura compreende tanto aspectos materiais – objetos, símbolos, tecnologia – 
quanto aspectos imateriais – crenças, hábitos, ideias e valores. 
• Cultura sempre se refere a aspectos, significados, valores e símbolos 
compartilhados. 
• A cultura é dinâmica e está em constante transformação e ressignificação 
 
Além de socialização e cultura, outro conceito importante dentro da sociologia é o de 
instituição social, o qual também sofre algumas ´distorções´ do senso comum. Estudou-
se que o conceito de instituição social se aproxima muito do conceito de fator social de 
Durkheim, sendo assim, podemos afirmar que as instituições sociais são fatos sociais 
cristalizados. 
 
Uma das características fundamentais das instituições sociais é que a historicidade é 
uma das características das instituições sociais, pois todas elas possuem uma história 
 
No capítulo V, que trata do “Indivíduoe Sociedade” foram tratados os seguintes temas: 
“os conceitos de socialização, cultura e instituições sociais”, segue um resumo: 
• Na socialização aprendemos a ser membros da sociedade, adquirindo os 
costumes, os gostos, os hábitos, os modos, as maneiras, os valores e os 
significados do nosso grupo social. 
• Mediante a socialização e a aquisição da cultura, podemos construir uma 
identidade, o que nos permite o sentimento de pertencimento a uma coletividade, 
bem como o desenvolvimento de nossa individualizada e personalidade. 
• As instituições sociais possuem cinco características fundamentais: a 
exterioridade, a objetividade, a coercitividade, a autoridade moral e a historicidade. 
 
 
Capítulo 6 – A sociologia e a sociedade contemporânea. 
 
Quando Taylor propôs e sistematizou seus princípios de organização do trabalho, ele 
partiu de uma série de elementos que já tinham espaço no interior da fábrica e cujo 
objetivo era controlar o trabalhador durante sua permanência na oficina. O principal 
estudo de Taylor para definir uma maneira ótima de executar as tarefas na fábrica, foi o 
estudo de tempo e movimentos. 
Importante compreender o conceito de Taylorismo: 
 
 
Outra forma de organizar a produção que revolucionou o mundo do trabalho foi o fordismo. 
Sobre os estudos de Henry Ford podemos destacar: 
• Com o fordismo, os métodos tayloristas foram aperfeiçoados. 
• Fordismo é uma forma de organizar baseada na produção em massa de produtos 
padronizados, com cada operário executando uma função específica ao longo da 
esteira fordista. 
• Além da produção em massa e padronizada, o fordismo prevê também o consumo 
em massa. 
 
Abaixo o conceito de Fordismo: 
 
 
A crise dos princípios fordistas inaugurou uma conjuntura de alterações e rearranjos 
capitalistas – e não apenas de um sistema organizador da produção –, desencadeando 
um processo de reorganização por parte do capital, com o intuito de recuperar seus níveis 
de acumulação. A crise do fordismo se deveu a alguns fatores, como a saturação do 
mercado europeu e a crescente competição do mercado asiático, a crise do petróleo a 
partir dos anos 1960 e o aumento dos custos com a produção. A grande fábrica integrada 
e verticalizada de Ford cedeu espaço para a fábrica enxuta e flexível da reestruturação 
produtiva. 
 
Quanto as empresas enxutas e flexíveis: 
• A fábrica enxuta é a fábrica pós-fordista que terceiriza determinadas etapas da 
produção e serviços. 
• A fábrica enxuta não executa mais serviços de limpeza, manutenção, alimentação, 
entre outros, mas contrata empresas responsáveis por essas atividades. 
• Com a externalização e a terceirização de serviços, a empresa-mãe reduz os 
quadros de funcionários, diminuindo o custo de produção. 
 
Globalização significa que o mundo está se tornando um ´mundo único´, em que as 
pessoas, os países e os grupos se tornam cada vez mais interdependentes, ou, 
poderíamos dizer, cada vez mais conectados. A globalização envolve os seguintes 
fatores: econômico, político, cultural e social. Outro fator de grande importância para a 
globalização é o desenvolvimento das telecomunicações. Alguns estudiosos consideram 
que a globalização produz uma espécie de homogeneidade cultural. 
 
Verificou-se que com a crise do Fordismo e a crise do petróleo as empresas precisaram 
ajustar o seu modo de produção, sendo assim a palavra de ordem passa a ser 
flexibilização: dos processos de trabalho.

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