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DESCRIÇÃO Nutrientes envolvidos nas principais desordens estéticas faciais, corporais e capilares. PROPÓSITO Compreender algumas desordens estéticas e os nutrientes envolvidos que potencializam os resultados do tratamento, permitindo aos profissionais de Estética maior êxito nos programas. OBJETIVOS MÓDULO 1 Reconhecer a estrutura da pele e dos fios, bem como os nutrientes envolvidos na saúde pelos e cabelos MÓDULO 2 Relacionar nutrição e tratamento do envelhecimento cutâneo, fotoproteção e processo da acne MÓDULO 3 Reconhecer como a terapia nutricional potencializa os resultados dos tratamentos nas disfunções corporais INTRODUÇÃO Vamos aprender sobre as principais disfunções estéticas e como a nutrição contribui para melhora desses aspectos e da qualidade de vida dos indivíduos. Não é de hoje que existe uma preocupação com a estética corporal, porém o culto ao corpo e o desejo de se encaixar nos padrões de beleza da atualidade fazem com que muitas pessoas recorram a inúmeros procedimentos estéticos e a dietas da moda, muitas vezes restritivas, para alcançar o corpo perfeito. Segundo o ranking feito no ano de 2019 pela International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS), o Brasil é o segundo colocado em número de cirurgias plásticas e procedimentos estéticos, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Já de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC, 2018), o Brasil está entre os países com maior número de consumidores de produtos relacionados à higiene pessoal e a cosméticos. Com esse crescimento da procura por procedimentos estéticos, aumentou-se também a preocupação com a adoção de um estilo de vida mais saudável. Logo, o profissional nutricionista está incluído no conjunto multidisciplinar da área Estética, lidando com o conhecimento e a aplicação de todo cuidado nutricional que envolve as necessidades de cada indivíduo. MÓDULO 1 Reconhecer a estrutura da pele e dos fios, bem como os nutrientes envolvidos na saúde pelos e cabelos PELE Em primeiro lugar vamos relembrar a estrutura da pele. A pele é o maior órgão do corpo humano e cobre toda a sua superfície externa. Estruturalmente, ela se divide em três camadas: A epiderme - camada mais superficial. A derme - camada média. A hipoderme – camada mais interna. Imagem: Shutterstock.com, Adaptado por Thaiane Andrade e Rossana Ramos Estrutura detalhada da pele. Vamos analisar cada uma dessas camadas. EPIDERME A epiderme é a camada mais superficial da pele, sendo formada pelo epitélio escamoso estratificado queratinizado e compreende quatro tipos camadas: CÓRNEA GRANULOSA ESPINHOSA BASAL Essa camada é composta também por quatro tipos de células, como podemos ver nas figuras a seguir. Imagem: Princípios de Anatomia e Fisiologia. TORTORA; DERRICKSON, 2016, pág. 317, Adaptado por Thaiane Andrade e Rossana Ramos OS QUERATINÓCITOS Imagem: Princípios de Anatomia e Fisiologia. TORTORA; DERRICKSON, 2016, pág. 317, Adaptado por Thaiane Andrade e Rossana Ramos OS MELANÓCITOS Imagem: Princípios de Anatomia e Fisiologia. TORTORA; DERRICKSON, 2016, pág. 317, Adaptado por Thaiane Andrade e Rossana Ramos OS MACRÓFAGOS INTRAEPIDÉRMICOS Células de Langerhans Imagem: Princípios de Anatomia e Fisiologia. TORTORA; DERRICKSON, 2016, pág. 317, Adaptado por Thaiane Andrade e Rossana Ramos AS CÉLULAS EPITELIAIS TÁTEIS Células de Merkel Os queratinócitos são os principais tipos de células que constituem a epiderme e são responsáveis pela produção de queratina, a maior proteína estrutural presente nessa camada, e sua função é a de proteção. Já os melanócitos são responsáveis pela produção da melanina (pigmento que confere coloração à pele) e protegem as células basais das ações causadas pelos raios ultravioletas. Os melanócitos possuem finas e longas projeções estendendo-se até os queratinócitos e, assim, transferem melanina para eles. Quando um indivíduo se expõe à radiação ultravioleta, o seu organismo aumenta a atividade dos melanócitos, produzindo mais melanina e, como consequência, há o escurecimento da pele. Na figura a seguir, temos a representação da estrutura da epiderme e suas células. Imagem: Princípios de Anatomia e Fisiologia. TORTORA; DERRICKSON, 2016, pág. 319. Estrutura da epiderme e as suas células. DERME A segunda camada da pele, intermediária, é a derme. Ela é composta principalmente por tecido conjuntivo fibroso e filamentoso e é bastante vascularizada. Nela, encontramos fibras elásticas e colágenas, vasos linfáticos, glândulas, nervos e folículos pilosos. Ela é dividida também em duas regiões: PAPILAR SUPERFICIAL RETICULAR PROFUNDA As fibras presentes na derme conferem resistência às forças de tração e estiramento, ou seja, a derme é capaz de esticar e voltar à sua forma natural com facilidade. Essa combinação de fibras elásticas e colágenas é o que proporciona a distensão e a extensão da derme e, ainda, a habilidade dessa camada de voltar à sua forma original após a distensão, como é possível ver em na gravidez, por exemplo. HIPODERME A hipoderme é formada por lobos gordurosos com septos fibrosos bem definidos apoiados na derme se conectando à fascia superficialis. Ela exibe fibras elásticas e colágenas. A presença desses septos confere integridade celular. Esses lobos de gordura se dispõem em camadas únicas ou em várias camadas, dependendo da quantidade de gordura de cada indivíduo. ESTRUTURA DO FIO Antes de estudarmos os nutrientes, faremos uma breve revisão também sobre conceitos básicos. Os pelos estão presentes por todo o nosso corpo e têm como função proteger a pele, regular a temperatura corporal e aumentar a sensibilidade. Apesar de variar em tamanho, cor e formato, o folículo piloso possui a mesma estrutura, podendo ser dividido em duas partes: uma interna e outra externa. Na parte interna, temos a raiz do pelo; e na externa, a sua haste. Imagem: Shutterstock.com, Adaptado por Jéssica Tilio e Rossana Ramos A estrutura do fio. A haste e a raiz do pelo possuem três camadas: MEDULA Parte mais interna do fio. CÓRTEX Maior parte da fibra capilar. CUTÍCULA Parte mais externa do fio. VOCÊ SABIA javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) A estrutura química do pelo e do cabelo é formada por carbono, oxigênio, nitrogênio, enxofre e alguns minerais. Além disso, eles possuem vários aminoácidos e lipídios. CICLO DE CRESCIMENTO DO PELO Consiste em três fases: ANÁGENA Fase de crescimento e dura em torno de 2 a 6 anos. Cerca de 80 a 90% dos nossos fios estão nessa fase. CATÁGENA Fase de regressão. Cerca de 1% dos fios se encontram nela. Dura em torno de 2 semanas a 1 mês. TELÓGENA Fase de repouso em que ocorre a expulsão do pelo. Dura uns 3 meses e cerca de 15% dos fios estão nela. Normalmente, ocorre a queda de 120 fios por dia nessa fase. Imagem: Shutterstock.com, Adaptado por Jéssica Tilio e Rossana Ramos Fase de crescimento do fio. Uma dieta deficiente em proteínas, lipídios, vitaminas e minerais pode prejudicar a saúde dos fios. Vamos descobrir, então, quais são os nutrientes essenciais para que os nossos cabelos cresçam saudáveis? NUTRIENTES ENVOLVIDOS NA SAÚDE DOS FIOS A falta das vitaminas C, D e A está relacionada à queda de cabelo (alopecia). A vitamina C participa da formação do colágeno, a vitamina A é importante para a hidratação e fortalecimento dos fios e a vitamina D participa do crescimento capilar. O ferro também está ligado a vários tipos de alopecia. No quadro abaixo podemos ver algumas fontes alimentares em que o encontramos. Cereais Integrais Carnes Sementes Cacau Leguminosas Vegetais verde-escuro Quadro: Alimentos fontes de ferro. Elaborado por Jéssica Tilio. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal A deficiência de selênio também está associada à alopecia e à despigmentação dos fios. Esse mineral tem como função manter a integridadedo cabelo e é utilizado também no tratamento de caspa e seborreia. Outra vitamina ligada à despigmentação dos fios e alopecia é a biotina, uma vitamina do complexo B também conhecida como vitamina B7 ou H. SAIBA MAIS A biotina é utilizada em tratamentos para a calvície. Essa vitamina também é importante para a síntese de proteínas, principalmente a queratina, o que a torna importante para o crescimento de fios saudáveis e desenvolvimento do folículo piloso. Veja as fontes de biotina: Carnes Frutas Oleaginosas Cereais Vegetais Ovos Quadro: Alimentos fontes de biotina. Elaborado por Jéssica Tilio. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal O zinco é um mineral que também participa da síntese de queratina e de ácidos graxos essenciais na proteção do folículo piloso. Ele é importante para o crescimento e desenvolvimento do cabelo. Sua deficiência leva a fios quebradiços, finos e sem brilho. Conheça a seguir as fontes de zinco. Cereais Integrais Oleaginosas Carne vermelha Tubérculos Quadro: Alimentos fontes de zinco. Elaborado por Jéssica Tilio. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Uma nutrição balanceada, adequada tanto em macronutrientes quanto em micronutrientes, é fundamental para uma boa saúde do nosso organismo como um todo. NUTRIENTES NA ESTÉTICA CAPILAR Agora, a especialista Luciana Moreira falará um pouco a respeito dos nutrientes necessários para uma boa saúde dos fios, bem como contextualizará a importância da esteticista para alcançar bons resultados na terapia capilar. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. QUAIS SÃO AS FASES DO CRESCIMENTO DO PELO? A) Anágena, Telógena e Exógena B) Anágena, Catágena, Telógena C) Catágena, Exógena e Endógena D) Anágena, Catágena e Endógena E) Anágena, Catágena e Telófila 2. QUAIS SÃO OS ALIMENTOS QUE MELHORAM A SAÚDE DOS FIOS? A) Vitamina A, manganês, iodo, cálcio B) Vitaminas A, C, D, selênio, zinco, biotina e ferro C) Vitaminas A e D, zinco e ferro D) Vitaminas C e D, selênio, zinco, biotina e ferro E) Vitamina C e D, biotina, ferro, cálcio e potássio GABARITO 1. Quais são as fases do crescimento do pelo? A alternativa "B " está correta. A fase anágena é a fase de crescimento do pelo, a fase catágena é a fase de regressão dos fios e a fase telógena é a fase de repouso em que ocorre a expulsão dos pelos. 2. Quais são os alimentos que melhoram a saúde dos fios? A alternativa "B " está correta. Vitaminas A C, D, selênio, zinco, biotina e ferro são nutrientes que contribuem para o crescimento e desenvolvimento dos fios e evitam a alopecia. MÓDULO 2 Relacionar nutrição e tratamento do envelhecimento cutâneo, fotoproteção e processo da acne ENVELHECIMENTO CUTÂNEO Você pode achar que o envelhecimento da nossa pele só acontece quando atingimos a terceira idade, não é mesmo? Mas saiba que esse envelhecimento não é um estado e não acontece só em uma determinada idade. Ele é progressivo e ocorre ao longo do tempo. A qualidade desse envelhecimento tem relação direta com o estilo de vida do indivíduo. O envelhecimento pode acontecer de duas maneiras: Intrínseca O envelhecimento intrínseco ou cronoenvelhecimento está relacionado a fatores inerentes à genética e a idade. É natural. Extrínseca O envelhecimento extrínseco está relacionado a fatores externos, como exposição solar, poluição, consumo de álcool, tabagismo e alimentação. As camadas da pele sofrem alterações com o processo de envelhecimento e alguns sinais ficam claros. EXEMPLO Presença de rugas, flacidez, manchas e diminuição da espessura da pele. A partir de agora abordaremos principalmente o envelhecimento extrínseco causado pela exposição solar. FOTOENVELHECIMENTO E FOTOPROTEÇÃO Os raios ultravioletas (UV) são os maiores causadores do fotoenvelhecimento cutâneo. Conforme o organismo vai se expondo a essa radiação, uma série de alterações acontecem nas células da nossa pele. A radiação ultravioleta pode ser subdividida em três comprimentos de onda: UVA Tem comprimento de onda mais longo. UVB Tem comprimento de onda intermediário. UVC Tem comprimento de onda curto. Imagem: Shutterstock.com, Adaptado por Thaiane Andrade e Rossana Ramos Penetração dos raios UV na pele. Esses raios são responsáveis pela produção dos chamados radicais livres, que causam o fotoenvelhecimento. O nosso organismo possui um sistema antioxidante para combater esses radicais livres, mas, com o passar dos anos, ele se torna ineficiente. A fotoproteção tem como objetivo prevenir o fotoenvelhecimento e pode ser feita por uso tópico ou oral. Na forma oral, utiliza-se os nutrientes antioxidantes manipulados de acordo com a necessidade de cada indivíduo e com dosagens específicas. NUTRIENTES ANTIOXIDANTES Sabe-se que os fotoprotetores são grandes aliados contra o fotoenvelhecimento. O uso do filtro solar é importantíssimo para retardar esse fenômeno. Mas você sabe quais hábitos alimentares devemos manter para que o nosso sistema antioxidante funcione bem? Em primeiro lugar, precisamos saber o que são radicais livres e substâncias antioxidantes. RADICAIS LIVRES São moléculas que possuem um ou mais elétrons não pareados capazes de reagir a outras moléculas, principalmente o oxigênio, gerando um estresse oxidativo que acaba danificando nosso DNA. Os radicais livres podem ser formados de maneira endógena (interna), por meio de reações metabólicas, ou exógenas (externas). Imagem: Shutterstock.com, Adaptado por Jéssica Tilio e Rossana Ramos Formação dos radicais livres. RADICAIS LIVRES Através da explicação da especialista Luciana Moreira você compreenderá como os radicais livres podem se formar e seu impacto sobre a fotoproteção e o envelhecimento cutâneo. ANTIOXIDANTES São substâncias capazes de retardar ou impedir a formação dos radicais livres. As principais substâncias antioxidantes provenientes da dieta são: CAROTENOIDES VITAMINA A VITAMINA C VITAMINA E FLAVONOIDES SELÊNIO Vamos analisar cada uma delas. CAROTENOIDES E VITAMINA A Os carotenoides são pigmentos produzidos por plantas e estão presentes principalmente em vegetais e frutas de cor amarelo-alaranjado e vermelhos. Existem em torno de 600 substâncias carotenoides, mas apenas 20 são encontradas em alimentos, sendo o betacaroteno e o licopeno os principais. Os carotenoides são precursores da vitamina A e lipossolúveis, ou seja, precisam de lipídios para ser melhor absorvidos e sua ação se dá a partir da propriedade de inibir a oxidação dos radicais livres. EXEMPLO Veja alguns exemplos de alimentos fontes de carotenoides: Abóbora, batata-doce, cenoura, goiaba, laranja, mamão, pêssego, pimentão, tomate. A vitamina A é uma vitamina lipossolúvel encontrada principalmente em alimentos de origem animal e sua função antioxidante é capaz de restaurar os danos causados ao DNA das células. EXEMPLO Veja exemplos de alimentos fontes de vitamina A: Camarão, fígado, óleo de peixes, ostras, ovos e queijos. VITAMINA C Ao contrário dos carotenoides e da vitamina A, a vitamina C é hidrossolúvel, ou seja, precisa de água para ser mais bem absorvida. Essa vitamina é o antioxidante mais presente no nosso organismo, sendo essencial para a formação das fibras colágenas. A vitamina C, junto com a vitamina E, é responsável por diminuir a ação dos radicais livres. EXEMPLO Conheça alguns alimentos fontes de vitamina C: Abacaxi, acerola, brócolis, caju, couve, goiaba, kiwi, laranja, manga, melão, morango e tangerina. VITAMINA E É uma vitamina lipossolúvel importante no processo de combate aos radicais livres. Ela se acumula nas membranas celulares conferindo um efeito de proteção a elas, evitando, assim, a peroxidação lipídica. Alguns alimentos fontes de vitamina E são encontrados no quadro a seguir: Abacate Atum Couve Mamão Abóbora Avelã Espinafre Óleos vegetais Amendoim Azeite de oliva Fígado Salmão Amêndoa Brócolis Folha de mostarda Semente deabóbora Quadro: Alimentos fontes de vitamina E. Elaborado por Jéssica Tilio Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal FLAVONOIDES Os flavonoides são compostos bioativos capazes de inibir a peroxidação dos lipídios, ou seja, combatem os radicais livres. Além disso, são substâncias com ação anti-inflamatória. Eles estão naturalmente presentes em frutas e em raízes e folhas de plantas. EXEMPLO Veja alguns exemplos de alimentos fontes de flavonoides: Acerola, brócolis, cacau, chás, cebola, cevada, maçã, uva e vinho tinto. SELÊNIO O selênio é um mineral que aumenta a ação de uma enzima antioxidante chamada de glutationa peroxidase. Essa enzima atua dentro da célula neutralizando os radicais livres. Além disso, o selênio atua combatendo o estresse oxidativo, que é um dano celular envolvido no processo de envelhecimento cutâneo. EXEMPLO Veja alguns alimentos fontes de selênio: Castanha do Brasil, gema de ovo, fígado e peixes. É muito importante manter uma alimentação balanceada e adequada em quantidade e qualidade dos alimentos. Saber como ocorre o fotoenvelhecimento e como preveni-lo é papel fundamental de todo nutricionista. TERAPIA NUTRICIONAL PARA A ACNE São inúmeros os tratamentos para a acne, mas o nosso foco neste módulo é saber como a nutrição influencia na melhora desses casos. Atualmente, estudos científicos têm como objetivo avaliar os efeitos da nutrição, tanto na prevenção do surgimento da acne quanto na melhora do seu estado. Para entender melhor esse mecanismo, esses estudos envolvem alimentos anti-inflamatórios, dietas com alta ingestão de gorduras, qualidade da microbiota intestinal, índice glicêmico de alimentos, ingestão de vitaminas e minerais e consumo de alguns alimentos. ALIMENTOS ANTI-INFLAMATÓRIOS (ÔMEGA 3) A utilização do ômega 3 no tratamento da acne se dá pelo fato de essa gordura favorecer a diminuição da liberação de substâncias pró-inflamatórias presentes no processo inflamatório e aumentar a liberação de substâncias anti-inflamatórias. Além disso, a suplementação ou o consumo de ômega-3 em alimentos inibem o crescimento de algumas bactérias que causam a acne. DIETA HIPERLIPÍDICA O sebo é composto por lipídios. Logo, uma dieta rica em determinados tipos de gordura pode aumentar consideravelmente a produção de sebo, favorecendo o aparecimento de acne. Alguns estudos correlacionam alergia ou intolerância alimentar à inflamação que esse processo causa, pois, a partir do consumo deles, ocorre mais acne. Contudo, são mecanismos ainda não completamente compreendidos. MICROBIOTA INTESTINAL E USO DE PROBIÓTICOS Os probióticos são bactérias não patogênicas que trazem benefícios à nossa saúde. O uso deles melhora a colonização das bactérias do nosso intestino. Um indivíduo com bom funcionamento da microbiota intestinal melhora a absorção de diversos nutrientes e fortalece o sistema imunológico. Alguns estudos relatam que os probióticos inibem a liberação de citocinas pró-inflamatórias agindo como anti-inflamatórios e como agentes imunomoduladores. Dessa forma, melhoram os casos de acne mais graves, como as do tipo III e IV. Por isso, os probióticos têm efeito promissor no tratamento da acne. ÍNDICE GLICÊMICO DOS ALIMENTOS Uma dieta rica em alimentos com alto índice glicêmico eleva rapidamente a insulina no nosso organismo. Esse aumento tem relação com a hiperqueratinização dos folículos nas glândulas sebáceas, o que faz com que cresça a produção de sebo. Isso está relacionado ao surgimento da acne. INGESTÃO DE VITAMINAS E MINERAIS Os micronutrientes são importantes para uma série de reações metabólicas no nosso organismo. Eles participam de diversos processos que englobam: Regulação de resposta inflamatória Ação antioxidante Ativação de hormônios Ação anti-inflamatória Ação antibiótica Melhora na atividade da glândula sebácea Melhora no metabolismo dos lipídios EXEMPLO Alguns exemplos de micronutrientes estudados são: zinco, selênio, cobre, vitamina A, vitamina B5 (ácido pantotênico), vitamina B6 (piridoxina) e vitamina D. Vários especialistas buscam correlacionar a ingestão de vitaminas e minerais com o sucesso no tratamento da acne. CONSUMO DE ALIMENTOS VERSUS ACNE Alguns estudos, na última década, correlacionam o consumo de determinados alimentos com o surgimento e o agravamento dos casos de acne. Um desses alimentos é o leite. Segundo Pujol (2020),entre 14 e 19 anos apresentando acne ou não, verificou que os indivíduos com acne consumiam leite desnatado e semidesnatado. Essa relação se deve ao fato de que esse tipo de leite eleva a insulina pós-prandial, ativando uma substância que estimula a produção de sebo nas glândulas sebáceas. Além disso, alguns componentes do leite desnatado e semidesnatado estimulam a síntese de hormônios andrógenos, o que piora os casos de acne. Agora que você já sabe como acontece o envelhecimento cutâneo, a acne e os principais nutrientes envolvidos nas condutas nutricionais para a melhora dessas disfunções estéticas faciais, vamos fixar o conteúdo? VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. QUAL É A MELHOR MANEIRA DE PREVENIR O ENVELHECIMENTO CUTÂNEO? A) Usar filtro solar. B) Evitar a exposição solar excessiva, o consumo de álcool e tabaco e ter uma alimentação rica em alimentos antioxidantes. C) Comer alimentos ricos em açúcares e gorduras. D) Pegar sol em horários específicos, consumir álcool com moderação e consumir alimentos fontes de carboidratos. E) Evitar exposição solar. 2. COMO O ÍNDICE GLICÊMICO PODE AGRAVAR OS CASOS DE ACNE? A) O índice glicêmico aumenta a produção de lipídios, a produção de sebo e de acne. B) O índice glicêmico não tem relação com o surgimento e/ou agravamento da acne. C) O índice glicêmico pode aumentar a produção de sebo que está relacionada ao surgimento da acne. D) O índice glicêmico aumenta a produção de substâncias pró-inflamatórias, agravando os casos de acne. E) Alimentos com elevado índice glicêmico desequilibram a microbiota intestinal aumentando a liberação de substâncias inflamatórias, causando a acne. GABARITO 1. Qual é a melhor maneira de prevenir o envelhecimento cutâneo? A alternativa "B " está correta. Evitar o envelhecimento extrínseco ajuda a retardar o envelhecimento cutâneo, uma vez que o envelhecimento intrínseco acontece de forma natural. 2. Como o índice glicêmico pode agravar os casos de acne? A alternativa "C " está correta. O consumo de alimentos com elevado índice glicêmico aumenta a insulina no sangue fazendo com que haja uma hiperqueratinização dos folículos e crescimento da produção de sebo. MÓDULO 3 Reconhecer como a terapia nutricional potencializa os resultados dos tratamentos nas disfunções corporais OBESIDADE A obesidade é multifatorial envolvendo aspectos externos ou socioambientais e internos, como distúrbios endócrinos ou genéticos. Ela se correlaciona com diversas doenças, como diabetes, doenças cardiovasculares, esteatose hepática não alcoólica, e ainda é fator de risco para o surgimento da síndrome metabólica. A terapia nutricional para a obesidade é muito importante para a promoção da saúde dos indivíduos acometidos por essa doença e envolve mudança nos hábitos alimentares para controlar o ganho de peso e evitar o surgimento das diversas comorbidades relacionadas ao quadro. Neste módulo, abordaremos a obesidade quanto ao mecanismo de aumento excessivo de tecido adiposo corporal. CLASSIFICAÇÃO DA OBESIDADE Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade pode ser classificada seguindo algumas faixas de Índice de Massa Corpórea (IMC), que é calculado dividindo-se o peso em quilos pela altura ao quadrado em metros. Contudo, essa não é a melhor maneira de avaliar se um indivíduo é obeso, pois esse método de IMC não leva em consideração a massa muscular e a massa de gordura. IMC Classificação Abaixo de 18,5 Abaixo do peso Entre 18,6 e 24,9 Eutrofia Entre 25 e 29,9 Sobrepeso Entre 30 e 34,9 ObesidadeGrau I Entre 35 e 39,9 Obesidade Grau II Acima de 40 Obesidade Grau III Quadro: Classificação do IMC. Elaborado pela OMS, 1995. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal BALANÇO ENERGÉTICO Como dito anteriormente, a obesidade é multifatorial, então, vamos entender como a nutrição influencia o início desse quadro. 1 Nos últimos anos o padrão das dietas se modificou bastante. O estilo de vida dos indivíduos mudou e cada vez mais as pessoas estão saindo de casa para trabalhar e não têm tempo disponível para cozinhar sua própria comida. As propagandas de produtos industrializados estão cada vez mais presentes, o número de restaurantes fast-foods substituindo as refeições convencionais é enorme e a falta de tempo para a prática de atividade física é uma realidade. Esses são alguns fatores que contribuem atualmente para o ganho de peso excessivo nos indivíduos. 2 3 O consumo de alimentos com alta densidade energética aliado a um estilo de vida sedentário é o principal fator para o crescimento da obesidade no mundo. O ganho de peso em um indivíduo acontece devido a uma grande ingestão de calorias extras em um planejamento alimentar. Por isso, o balanço energético é importante para entendermos como acontece a fisiopatologia da obesidade. O balanço energético é dado pelo equilíbrio da quantidade de calorias ingeridas em uma dieta e a quantidade de calorias gastas nas atividades diárias. Representação do balanço energético positivo. Imagem: Shutterstock.com, Adaptado por Thaiane Andrade e Rossana Ramos BALANÇO ENERGÉTICO POSITIVO É causado pelo desequilíbrio entre a ingestão e o gasto de calorias, gerando acúmulo de gordura corporal no organismo e, se for contínuo, pode levar o indivíduo à obesidade. Representação do balanço energético negativo. Imagem: Shutterstock.com, Adaptado por Jéssica Tilio e Rossana Ramos BALANÇO ENERGÉTICO NEGATIVO É exatamente o contrário. Ocorre quando gastamos mais calorias do que ingerimos e, consequentemente, isso leva à perda de peso. BALANÇO ENERGÉTICO Agora, assista ao vídeo a seguir para compreender o balanço energético e como ele influencia no surgimento da obesidade. O tecido adiposo é responsável por secretar várias substâncias que agem regulando o balanço energético. Uma dessas substâncias é a leptina e a outra a grelina. Vamos analisá-las. LEPTINA GRELINA LEPTINA É uma proteína produzida pelo tecido adiposo e está envolvida com a inibição da fome e aumento da saciedade. Ela começa a agir quando ingerimos um alimento mandando um sinal para o nosso sistema nervoso central, que, por sua vez, secretará várias substâncias em resposta a essa ingestão para reduzi-la, regulando o nosso apetite e agindo como um hormônio anorexígeno. GRELINA É um hormônio produzido pelo estômago e tem o efeito contrário ao da leptina, estimulando assim a fome. Chamamos de hormônio orexígeno. Estudos apontam que os níveis de grelina se encontram aumentados antes das refeições. Após as refeições, ele sofre queda, demonstrando que esse hormônio é um estimulante da fome. Em obesos, a grelina se encontra em nível reduzido. Imagem: Shutterstock.com, Adaptado por Jéssica Tilio e “Rossana Ramos Leptina e grelina e o balanço energético. ATENÇÃO Alguns estudos demonstram que indivíduos obesos têm maior concentração da leptina. O excesso de peso aumenta os níveis da leptina, o que causa certa resistência à sua ação. Isso gera um desequilíbrio entre a ingestão e o balanço energético. Por isso, a terapia nutricional é tão importante para restabelecer o equilíbrio. TERAPIA NUTRICIONAL NA OBESIDADE A terapia nutricional na obesidade visa garantir a qualidade de vida do indivíduo e a melhora dos sintomas por meio da redução do peso e, como consequência, da redução da gordura corporal. Alguns alimentos são importantes para regular a ingestão de calorias, promovendo maior saciedade e aumentando o gasto energético devido ao seu do efeito termogênico. Isso auxilia a perda de peso, além de reduzir o risco do surgimento de doenças. ÔMEGA 3 Como vimos, trata-se de um ácido graxo essencial obtido pela alimentação que tem poder anti- inflamatório. Além disso, o ômega 3 reduz o risco do surgimento de doenças cardiovasculares e a melhora o perfil lipídico e a resistência à insulina. Alguns estudos avaliam se a suplementação de ômega 3 em obesos é capaz de reduzir a gordura corporal. No quadro, temos os alimentos que são fontes de ômega-3: Origem animal Origem vegetal Atum, anchova Semente de chia Arenque, corvina Semente de linhaça Salmão, sardinha Óleo de linhaça Quadro: Alimentos que são fonte de ômega 3. Elaborado por Jéssica Tilio. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal FITOSTERÓIS São substâncias encontradas nos vegetais, principalmente em óleos vegetais e oleaginosas. A sua estrutura química se assemelha à molécula de colesterol. Os fitosteróis têm ação anti-inflamatória e neuroprotetora e ainda auxiliam na melhora do perfil lipídico e na resistência à insulina. Conheça alguns alimentos ricos em fitosteróis: Amêndoas Nozes Óleos vegetais Castanhas Semente de gergelim Vegetais Quadro: Alimentos ricos em fitosteróis. Elaborado por Jéssica Tilio. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal FIBRAS As fibras são importantes em um planejamento alimentar porque aumentam a saciedade. Isso reduz o apetite e auxilia na manutenção do peso. As fibras também melhoram o perfil lipídico e diminuem a glicemia. Na terapia nutricional para a obesidade, as fibras agirão mandando um sinal de saciedade para o cérebro, fazendo com que o indivíduo se sinta saciado e reduza, assim, a ingestão calórica extra. Veja os alimentos fontes de fibras: Cereais Integrais (amaranto, arroz, aveia, centeio, cevada, quinoa, trigo) Vegetais Frutas Sementes (abóbora, chia, gergelim, girassol, linhaça) Leguminosas (ervilha, feijões, grão de bico, lentilha, soja) Quadro: Alimentos fontes de fibras. Elaborado por Jéssica Tilio. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal RESVERATROL É um polifenol encontrado nas uvas e tem função anti-inflamatória e antioxidante. ATENÇÃO Segundo o Ministério da Saúde, o consumo de fibras por dia deve ser de 25-30g. FIBROEDEMA GELOIDE O fibroedema geloide ou a famosa celulite afeta muitas pessoas, mas, principalmente, as mulheres. É um processo inflamatório que leva a uma alteração do tecido subcutâneo. O fibroedema geloide pode ter causa genética, hormonal ou ocorrer pelo excesso de tecido adiposo corporal. Localiza-se, sobretudo, na região dos quadris, glúteos e pernas, mas pode aparecer em outras regiões. Foto: Shutterstock.com, Adaptado por Jéssica Tilio e Rossana Ramos Fibroedema geloide na região das coxas. FISIOPATOLOGIA DO FIBROEDEMA GELOIDE Podemos entender a fisiopatologia do fibroedema geloide de duas formas: ALTERAÇÕES ANATÔMICAS E HORMONAIS Nas mulheres, as fáscias se encontram verticalmente, enquanto nos homens elas são horizontais e diagonais. Essa distinção anatômica faz com que a gordura fique mais acumulada nelas, tornando o aspecto da pele ondulado e irregular. A diferença hormonal entre os sexos também é responsável por isso. Imagem: Shutterstock.com, Adaptado por Jéssica Tilio e Rossana Ramos Diferença entre a pele da mulher e do homem. ALTERAÇÕES VASCULARES O crescimento no número e no tamanho dos adipócitos leva a uma série de alterações microcirculatórias vasculares e linfáticas na hipoderme, ampliando a permeabilidade dos vasos, atraindo água e causando edema. O aumento do tamanho do adipócito forma micronódulos, que acabam esclerosando o septo fibroso, reduzindo o fluxo sanguíneo e a drenagem linfática, originando a celulite. Imagem: Shutterstock.com, Adaptado por Jéssica Tilio e Rossana Ramos A formação da celulite. GRAUS DO FIBROEDEMA GELOIDE GRAU I Não évisível, mas, ao comprimir a pele, somos capazes de ver pequenas ondulações ou “furinhos”. Foto: Shutterstock.com Celulite Grau I. GRAU II Já se torna visível sem haver compressão da pele. Não apresenta dor. Foto: Shutterstock.com Celulite Grau II. GRAU III As alterações na pele são claramente perceptíveis. É a famosa pele com aspecto de casca de laranja. Em alguns casos, há presença de dor. GRAU IV É a forma mais grave, pois, junto com as alterações da pele, há comprometimento circulatório que leva o indivíduo à dor. TERAPIA NUTRICIONAL NO FIBROEDEMA GELOIDE Para evitar o surgimento da celulite ou melhorar o seu aspecto, é importante aliar uma alimentação saudável à prática de exercício físico. Logo, o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados deve ser evitado. Uma dieta normossódica ou hipossódica é válida, uma vez que o sódio é associado à retenção de líquido e o aumento desse mineral comprime os vasos sanguíneos. Dietas normoglicídicas ou hipoglicídicas e normolipídicas e hipolipídicas também ajudam, pois o consumo excessivo de carboidratos e gorduras leva ao acréscimo de peso corporal. Portanto, é importante optar pelo consumo de carboidratos integrais e gorduras boas (como oleaginosas, abacate, coco, azeite). NORMOSSÓDICA Dieta com quantidade normal de sódio (sal). HIPOSSÓDICA javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) Dieta com quantidade reduzida em sódio. NORMOGLICÍDICAS Dieta com quantidade normal de carboidratos. HIPOGLICÍDICAS Dieta com quantidade reduzida em carboidratos NORMOLIPÍDICAS Dieta com quantidade normal de gordura. HIPOLIPÍDICAS Dieta com quantidade reduzida em gordura. FLACIDEZ A flacidez faz parte do envelhecimento natural do nosso organismo e acontece devido à diminuição da produção do colágeno, que, como vimos, é uma proteína estrutural que confere resistência e elasticidade aos tecidos. Imagem: Shutterstock.com, Adaptado por Jéssica Tilio e Rossana Ramos Diminuição da produção de colágeno. TERAPIA NUTRICIONAL NA FLACIDEZ Como o colágeno é uma proteína, é preciso que a ingestão proteica esteja adequada de acordo com as necessidades energéticas de cada indivíduo. Além disso, a vitamina C e a vitamina E são importantes para sua síntese. ESTRIAS Você já deve ter ouvido falar nas famosas estrias, certo? Devido à presença das fibras elásticas e colágenas e da estrutura vascularizada da derme, o processo de estiramento da pele pode causar danos: uma cicatriz interna por conta do rompimento entre as fibras e de pequenos vasos. De início, as estrias são avermelhadas por causa do rompimento dos vasos dérmicos e, após um tempo, se tornam brancas ou acinzentadas por conta do processo de cicatrização do tecido. Normalmente, as estrias aparecem na região abdominal, coxas, glúteos, seios, costas e, em alguns casos, braços e panturrilha. Imagem: Shutterstock.com, Adaptado por Jéssica Tilio e Rossana Ramos Diminuição da produção de colágeno. SAIBA MAIS Isso acontece normalmente quando há um estiramento rápido da pele, como gravidez, puberdade, ganho de massa muscular e gordura. TERAPIA NUTRICIONAL PARA ESTRIAS Como não conseguimos eliminar as estrias por completo, é fundamental evitar que elas apareçam e a nutrição pode colaborar para isso. Manter um peso adequado e ajustar o balanço energético evita que a pele tenha um estirão em algumas regiões do corpo. Logo, dietas normoglicídicas e normolipídicas contribuem para a manutenção do peso. Alimentos que participam da síntese de colágeno, como a vitamina C e E, também são importantes para manter a integridade da pele. Esse também é o caso do mineral silício, encontrado nos alimentos listados a seguir. Abóbora Cereais integrais Espinafre Cenoura Coentro Frutas secas Maçã Manga Oleaginosas Quadro: Alimentos fontes de silício. Elaborado por Jéssica Tilio. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. AS FIBRAS AUXILIAM NA TERAPIA NUTRICIONAL DA OBESIDADE POR AUMENTAREM A SACIEDADE E REDUZIREM A INGESTÃO CALÓRICA EXTRA. QUAIS SÃO OS ALIMENTOS RICOS EM FIBRA QUE PODEM SER ADICIONADOS A UM PLANEJAMENTO ALIMENTAR COM ESSA FINALIDADE? A) Frutas, cereais refinados, açúcares e gordura B) Cereais integrais, açúcares, sementes e leguminosas C) Cereais integrais, vegetais, frutas, alimentos ultraprocessados e leguminosas D) Cereais refinados, vegetais, frutas, sementes, alimentos ultraprocessados E) Cereais integrais, vegetais, frutas, sementes e leguminosas 2. QUAIS SÃO OS HORMÔNIOS ENVOLVIDOS NO PROCESSO DE FOME E SACIEDADE? A) Leptina e adrenalina B) Adrenalina e grelina C) Leptina e grelina D) Adrenalina e noradrenalina E) Tiroxina e grelina GABARITO 1. As fibras auxiliam na terapia nutricional da obesidade por aumentarem a saciedade e reduzirem a ingestão calórica extra. Quais são os alimentos ricos em fibra que podem ser adicionados a um planejamento alimentar com essa finalidade? A alternativa "E " está correta. As fibras aumentam a saciedade reduzindo assim o apetite e auxiliando na manutenção do peso. Exemplos de fibras alimentares são: cereais Integrais (amaranto, arroz, aveia, centeio, cevada, quinoa, trigo), vegetais, frutas, sementes (abóbora, chia, gergelim, girassol, linhaça) e leguminosas (ervilha, feijões, grão de bico, lentilha, soja). 2. Quais são os hormônios envolvidos no processo de fome e saciedade? A alternativa "C " está correta. Leptina é produzida pelo tecido adiposo e está envolvida com a inibição da fome e o aumento da saciedade, enquanto a grelina é um hormônio produzido pelo estômago e tem o efeito contrário ao da leptina, estimulando, assim, a fome. CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao longo destes módulos, vimos como os nutrientes são importantes para a integridade da nossa pele, dos nossos cabelos e da nossa saúde. Nosso papel como nutricionista é promover saúde em primeiro lugar e, como consequência, a melhora estética e no bem-estar dos nossos pacientes. Desordens estéticas podem acometer qualquer indivíduo em qualquer fase da vida e a terapia nutricional é uma grande aliada para a melhora desses quadros. Como estudamos, uma alimentação saudável é importante para promover a nossa saúde e para melhorar a nossa qualidade de vida. Por isso, o conhecimento dos nutrientes envolvidos nos processos estéticos é fundamental para ajudarmos nossos pacientes. O nutricionista que atua na área de Estética é capaz de potencializar os resultados de seus programas de tratamento, atuando na transformação dos hábitos alimentares por meio da orientação individualizada sobre a alimentação equilibrada em quantidade e qualidade de nutrientes. Dessa forma, é capaz de atuar no combate às disfunções estéticas. AVALIAÇÃO DO TEMA: REFERÊNCIAS ABIHPEC. Panorama do Setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos. 2018. Consultado eletronicamente em: 6 abril 2021. ISAPS. Aesthetic/Cosmetic Procedures performed in 2019. 2019. Consultado eletronicamente em: 6 abril 2021. PUJOL, A. P. Nutrição aplicada à estética. 2. ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2020. 542 p TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 14.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. World Health Organization. Body mass index classification – report of a WHO consultation on obesity. 1995. Consultado na internet em: 10 fev. 2021 EXPLORE+ Leia os seguintes artigos no portal Nutrição e Estética Brasil: Os principais micronutrientes evidenciados na nutrição estética; Nutrição como coadjuvante do tratamento da acne; O que é a nutrição estética? Como minimizar o envelhecimento capilar com a nutrição eficiente? CONTEUDISTA Jéssica Chris Amorim Tilio CURRÍCULO LATTES javascript:void(0);
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