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Introdução à Parasitologia Humana

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MICROBIOLOGIA, 
PARASITOLOGIA E 
IMUNOLOGIA HUMANA
PROFEª : CAMI LA TONET
B I OMÉDI CA ESP. EM C I TOPATOLOG IA 
DI AG NÓSTICA
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
O QUE VEM EM MENTE 
QUANDO FALAMOS SOBRE 
PARASITOLOGIA?
PARASITOLOGIA Parasitologia é o estudo dos parasitas, das doenças parasitárias,
métodos de diagnósticos e controle de doenças parasitárias.
CONCEITOS BÁSICOS
• PARASITO (A): ser que obtém seu alimento retirando do outro.
• Exemplo: tênia no homem.
• PARASITISMO: é quando o parasita utiliza/invade outro organismo para obter alimento e sobreviver.
• O parasita depende do hospedeiro para sobreviver.
• Exemplo: piolho no couro cabeludo.
CONCEITOS BÁSICOS
• AGENTE ETIOLÓGICO: que causa a doença/parasitismo.
• HOSPEDEIRO: Organismo que alberga/abriga o parasita.
• HOSPEDEIRO DEFINITIVO: apresenta o parasita na faze adulta.
• HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: abriga a fase de larva do parasita.
• VETOR: que leva algo de algum lugar para outro.
• Exemplo: moscas e mosquitos.
• HABITAT: lugar que oferece condições favoráveis à vida e
ao desenvolvimento de determinada espécie .
• Exemplo: o hábitat do Necator americanus é o duodeno
humano.
CONCEITOS BÁSICOS
CONCEITOS BÁSICOS
• TROPISMO: parasitas são atraídos por alguma condição (ex: calor, frio, seco, úmido, molhado...).
• INFECÇÃO: ocorre quando o parasita invade o hospedeiro.
• ENDOPARASITAS: vivem dentro do organismo (EX: verme intestinal).
• ECTOPARASITAS: vivem fora do organismo (EX: carrapato, piolho, sarna).
• HEMOPARASITAS: Parasita que vive na corrente sanguínea (Ex: Trypanosoma cruzi causador da Doença
de Chagas e o Plasmodium sp. causador da malária).
MALÁRIA
TIPOS DE RELAÇÕES
• Podem ser positivas/ harmônicas, benefício mútuo.
• Negativas/ desarmônicas, prejuízo para um dos participantes.
POSITIVAS
NEUTRALISMO Onde nenhuma espécie é afetada pela associação.
FORESIA Uma espécie fornece transporte ou suporte para a outra. Relação positiva entre espécies.
EX: carrapatos e ácaros.
MUTUALISMO Convivência recíproca, espécies são incapazes de viver sozinhas. Uma espécie usa o metabolismo da outra
para sobreviver. É obrigatória. EX: bactérias que vivem no sistema digestório.
SIMBIOSE Dependência recíproca, uma espécie não vive sem a outra.
EX: orquídeas que vivem em plantas.
TIPOS DE RELAÇÕES
NEGATIVAS
COMPETIÇÃO Cada espécie afeta direta ou indiretamente outra espécie.
EX: animais que se alimentam do mesmo tipo de planta.
CANIBALISMO Um animal se alimenta da mesma espécie ou mesma família.
EX: aranhas se alimentam de louva-a-deus.
PREDATISMO Uma espécie se alimenta da outra. 
EX: gavião que devora outros pássaros e roedores.
SINTOMAS
• São ocasionados pela agressão do parasita ao hospedeiro.
• O parasita obtém recursos do hospedeiro para sobreviver, com isso o corpo ativa o sistema de defesa
para tentar combater o parasita.
• O sintomas dependem das ações do parasita sobre organismo do hospedeiro.
• AÇÃO ESPOLIATIVA: parasita absorve nutrientes/sangue do hospedeiro (parasitas fixos na mucosa
intestinal).
• AÇÃO TÓXICA: parasitas produzem enzimas que causam lesões ao hospedeiro.
SINTOMAS
• AÇÃO MECÂNICA: parasitas impedem o fluxo ou absorção do alimento (EX: Ascaridíase).
• AÇÃO TRAUMÁTICA: parasita entra dentro da célula a rompe (parasitas pequenos) (EX: Malária).
• AÇÃO IRRITATIVA: presença constante de vermes na mucosa (EX: Oxiurose).
• AÇÃO ENZIMÁTICA: produção de enzima que degrada a pele ( EX: bicho-do-pé).
• AÇÃO ANÓXICA: parasitas que consomem oxigênio (EX: Plasmodium; malária).
TRANSMISSÃO
Conato 
pessoal
Boca Pele Mucosa Conjuntiva
Narinas Placenta Genitais Água Alimentos 
Mãos sujas
Solos 
contaminados
Vetores
Entre 
outros...
TRANSMISSÃO
• CORPO HUMANO: cada parasita tem seu habitat.
• Sistema digestivo (EX: Ascaridíase, Giardíase).
• Sistema circulatório/ sanguíneo ou linfático (disseminação) (EX: Malária).
• Pele ( EX: Leishmaniose cutânea).
• Sistema respiratório (EX: Ancilostomose, vermes migram para os pulmões).
• Sistema genito-urinário (EX: Trichomonas vaginalis).
• Tecido conjuntivo (EX: Ceratite amebiana).
• Sistema nervoso central (SNC) (EX: Cisticerco/Tênia).
DIAGNÓSTICO
• Exames parasitológicos de fezes.
• Exame direto, amostra fresca.
• Métodos quantitativos (nº de parasitas).
• Métodos qualitativos (tipo de parasita).
• Esfregaço sanguíneo.
• Biópsia de músculo.
• Análise de líquido cefalorraquidiano.
• Testes moleculares (material genético do parasita).
• Sorológico (anticorpos IgG e IgM).
CLASSIFICAÇÃO DOS PARASITAS
PARASITAS CARACTERÍSTICAS EXEMPLOS
PROTOZOÁRIOS Unicelulares
Reprodução geralmente assexuada (bipartição)
Trichomonas vaginalis
Leishmania donovani
Giárdia lambia
Trypanosoma cruzi
ARTRÓPODES Insetos ou ácaros que possuem esqueleto e patas 
articuladas. 
Baratas, moscas, pulgas...
HELMINTOS Vermes achatados, não possuem ossos. Ascaris lumbricoides
Ancylostoma duodenale
Taenia solium.
PARASITOSES 
HUMANAS
PROTOZOÁRIOS 
TECIDUAIS
TRANSMITIDOS ATRAVÉS DA PICADA DE INSETOS.
MALÁRIA
• AGENTE ETIOLÓGICO: Plasmodium sp.
• Doença prevalente nos países de clima tropical e subtropical (Amazônia).
• PERÍODO DE INCUBAÇÃO: de 18 a 30 dias.
• TRANSMISSÃO: pela picada e saliva do mosquito Anopheles sp., também por sangue, seringas, de mãe para filho.
• Mosquito (vetor) pica ao entardecer ou a noite.
• LOCAL DE INFECÇÃO: corrente sanguínea.
• Invadem e afetam as hemácias (rompem).
ESPOROZOÍTOMEROZOÍTO
MALÁRIA
• Mosquito infectado, pica o ser humano e injeta o protozoário na
forma de esporozoíto.
• Os esporozoítos seguem através da corrente sanguínea em direção
ao fígado e infectam os hepatócitos.
• Os esporozoítos originam merozoítos, infectam e rompem as
hemácias.
• Cada merozoíto infecta uma hemácia.
MALÁRIA
• SINTOMAS:
• Sudorese, calafrios, febre alta (41°C), delírios, vômitos, anemia, icterícia,
hipoglicemia, cefaléia, hepatite, insuficiência renal, convulsões,
hemorragias e coma.
• Esplenomegalia e hepatomegalia.
• DIAGNÓSTICO: Esfregaço sanguíneo, teste rápido e teste molecular.
• VACINA em desenvolvimento.
Exame microscópico do 
sangue corado com Giemsa.
LEISHMANIOSE
• AGENTE ETIOLÓGICO: Leishmania sp.
• TRANSMISSÃO: vetorial, pela picada de mosquitos.
• 1ª Leishmaniose cutânea (pele) – benigna.
• 2ª Leishmaniose tegumentar (pele e mucosas) – grave.
• 3ª Leishmaniose visceral (órgãos) – grave, risco de óbito.
• Zoonose que afeta homens e animais.
• Possível infecção por contato com as lesões.
LEISHMANIOSE
• FONTES DE INFECÇÃO: animais domésticos e silvestres com presença de
lesões.
• PERÍODO DE INCUBAÇÃO: Incubação de dias até 36 meses após a picada
do mosquito.
• NOTIFICAÇÃO: É doença de notificação compulsória nacional, ou seja, é
necessário realizar investigação epidemiológica.
LEISHMANIOSE
• FORMAS DOS PARASITAS: amastigotas (intracelular) e promastigotas (fora da célula).
• ASPECTOS CLÍNICOS:
• Afeta principalmente os membros superiores, inferiores e cabeça.
• INÍCIO: lesão papulosa no local da picada, nódulo endurecido, com prurido intenso.
• Cura espontânea ou disseminação.
LEISHMANIOSE
• LEISHMANIOSE CUTÂNEA - BENIGNA
• Apresenta lesões cutâneas únicas ou múltiplas de difícil cicatrização.
• CARACTERÍSTICAS DAS LESÕES: pápulas que evoluem para úlceras, aumento dos linfonodos e
disseminação para outros órgãos e tecidos.
• Causa destruição dos tecidos.
• DIAGNÓSTICO: raspados, aspirados ou biópsia das lesões.
LEISHMANIOSE
• LEISHMANIOSE TEGUMENTAR - GRAVE
• Lesões múltiplas (geralmente faciais), onde ocorre perca de pedaços.
• Pode evoluir para lesões mucosas na cavidade nasal, faringe, laringe, cavidade oral, ulcerações e
perfurações (palato, septo nasal e úvula).
• DIAGNÓSTICO:
• Aspirados ou raspados de borda de lesão.
• PCR (molecular).
LEISHMANIOSE
• LEISHMANIOSE VISCERAL - conhecida como “calazar”
• Período de incubação de 2 semanas a 18 meses.
• SINAIS E SINTOMAS:
• Causa febre, fraqueza, anemia,emagrecimento, hepato-esplenomegalia
(aumento do fígado e do baço), hemorragia e diarreia.
• Doença de caráter debilitante e imunodepressivo.
• Parasitismo é frequente no baço e fígado.
• DIAGNÓSTICO:
• Aspirados de medula óssea, baço, fígado e linfonodos.
DOENÇA DE CHAGAS
• AGENTES ETIOLÓGICO: Trypanosoma cruzi - causa a Tripanossomíase.
• VETOR: hemíptero (parecido com uma barata) – “barbeiro”, se alimenta de sangue.
• Habito noturno.
• Predileção pela face.
• PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 5 a 14 dias após a picada.
•TRANSMISSÃO:
• VETORIAL: Pelas fezes que o “barbeiro” deposita ao picar o indivíduo.
• VIA ORAL: Ingestão de açaí ou caldo de cana contaminados.
• VERTICAL: durante a gravidez.
DOENÇA DE CHAGAS
• LOCAL DE INFECÇÃO: sangue, órgãos e tecidos.
• FORMAS DOS PARASITAS:
• EPIMASTIGOTA: presente no intestino do animal que transmite.
• AMASTIGOTAS: forma intracelular, no sangue.
• TRIPOMASTIGOTAS: extracelular, nos diversos tecidos.
DOENÇA DE CHAGAS
• INFECÇÃO AGUDA: febre, mal-estar, fraqueza, aumento do fígado e do
baço, dilatação dos órgãos cavitários, anemia, fibrose.
• INFECÇÃO CRÔNICA: coração aumenta de tamanho (coração de boi),
distúrbios neurológicos, é incurável, mas existe tratamento.
• Se não coça, ocorre propagação via linfática (linfonodos) atingindo os olhos
- CHAGOMA DE INOCULAÇÃO ou Sinal de Romaña.
DOENÇA DE CHAGAS
• DIAGNÓSTICO:
• Esfregaço sanguíneo: visualização do parasita no sangue.
• Sorologia: pesquisa de anticorpos.
• Molecular (PCR- Polymerase Chain Reaction ou reação em cadeia da polimerase).
• FASE AGUDA: sorologia (IgM e IgG) e exame de sangue a fresco.
• FASE CRÔNICA: sorologia (IgM e IgG) e PCR.
TOXOPLASMOSE
• AGENTES ETIOLÓGICO: Toxoplasma gondii.
• Infecção oportunista e cosmopolita.
• Parasita intracelular obrigatório.
• LOCAL DE INFECÇÃO: sangue e tecidos.
• TRANSMISSÃO:
• Pelas fezes contaminadas dos gatos, cachorros.... (presença de oocistos)
• Via oral pelo consumo de carne crua ou mal passada, água contaminada e verduras mal lavadas.
• De mãe para filho – forma congênita.
TOXOPLASMOSE
• FORMA CONGÊNITA: mãe para filho, transmissão vertical.
• Pode gerar alterações fetais, levar a morte fetal, aborto, calcificação do cérebro, hidrocefalia,
alterações psicomotoras, convulsões....
• Maior risco quando a mãe adquire a toxoplasmose durante a gravidez.
TOXOPLASMOSE
• RECOMENDAÇÕES ÁS GESTANTES:
• Todas as gestantes devem realizar a sorologia para
Toxoplasmose na primeira consulta de pré-natal.
• Não comer carne crua ou malpassada.
• Dar preferência ás carnes congeladas.
• Não comer ovos crus ou malcozidos.
• Beber água filtrada.
• Lavar bem frutas, verduras e legumes.
• Evitar contato com gatos e com tudo que possa estar
contaminado com suas fezes.
• Fazer limpeza diária com água fervente do recipiente
em que os gatos depositam suas fezes.
• Usar luvas ao manusear a terra ou jardim.
TOXOPLASMOSE
• FORMAS DO PARASITA:
• OOCISTO: extracelular, presente nas fezes dos gatos.
• TAQUIZOITO: intracelular.
• BRADIZOITO: extracelular, cria cistos nos tecidos.
• SINAIS E SINTOMAS:
• Subclínicas, sem febre.
• Semelhantes a uma gripe (dor de cabeça constante, cansaço excessivo, dor nos músculos, dor de
garganta, dificuldade para respirar, confusão mental, convulsões).
• CASOS GRAVES: febre ata, meningocefalite, hepatite, lesões oculares, miocardite....
TOXOPLASMOSE
• DIAGNÓSTICO:
• SOROLOGIA: dosagem de anticorpos específicos (IgM e IgG).
• PCR em líquido amniótico.
• Rastreamento sorológico durante o pré-natal, detecção de anticorpos (IgG e IgM) contra Toxoplasma
gondii.
• IgG ou IgM positivos indica mãe positiva.
• Quando IgM positivo deve-se realizar outro exame o teste de Avidez IgG para confirmar a infecção
aguda/recente.
TOXOPLASMOSE
• DIAGNÓSTICO:
• Para o feto: Exames do líquido amniótico.
• Para o recém-nascido: Exames de sangue e outros fluidos, exames de imagem do cérebro, punção
lombar e exames oculares, versões mais completas do teste do pezinho, também podem diagnosticar
toxoplasmose.
• TRATAMENTO: combinação de antiparasitários e antibióticos como clindamicina, pirimetamina,
sulfadiazina, sulfametoxazol-trimetoprima e espiramicina.
•TRATAMENTO GESTANTE: associação de sulfadiazina e pirimetamina, que atua sinergicamente contra o
parasito.
TRICOMONIOSE
• AGENTE ETIOLÓGICO: Trichomonas vaginalis.
• Parasita cosmopolita (parasita que se adapta facilmente as condições).
• Afeta homens e mulheres – Infecção sexualmente transmissível (IST).
• PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 3 a 20 dias.
• Protozoário flagelado que habita no trato geniturinário humano.
• LOCAL DE INFECÇÃO: trato geniturinário (uretra, vagina, colo uterino).
• FORMAS DOS PARASITAS:
• TROFOZOÍTOS: formato piriforme, núcleo oval e com cinco flagelos.
TRICOMONIOSE
• TRANSMISSÃO:
• Contato sexual. Pode sobreviver por mais de uma semana sob o prepúcio do homem.
• Por roupas, toalhas e assentos sanitários contaminados.
• SINTOMAS:
• Assintomático (geralmente homens).
• MULHERES: Vaginite com corrimento abundante e fétido, secreção bolhosa, edema, manchas avermelhadas,
prurido, ardor...
• HOMENS: uretrite, fluxo leitoso/purulento, prurido, ardência miccional, prostatite, cistite...
TRICOMONIOSE
• DIAGNÓSTICO: Exame direto de secreção vaginal ou uretral fresca. Presença de trofozoítos.
• HOMEM: secreção uretral e prostática, urina, sêmen, coleta pela manhã, uso de swab umidecido em
solução salina.
• MULHER: não realizar a higiene vaginal por 18 a 24h, utilizar espéculo não lubrificado e swab para a
coleta.
• Citopatológico.
• Molecular (PCR).
• Imunológico - sorologia.
• Exame de urina.
PROTOZOÁRIOS 
INTESTINAIS
TRANSMITIDOS ATRAVÉS DA INGESTA DE ALIMENTOS CONTAMINADOS, 
OOCISTOS OU CONTATO COM PESSOAS INFECTADAS COM MÁ HIGIENE.
PROTOZOÁRIOS INTESTINAIS
• Formas evolutivas de protozoários eliminadas via anal juntamente ou
não com as fezes:
• CISTO: É a forma inativa.
• TROFOZOÍTO: É a forma ativa do protozoário, na qual ele se
alimenta e se reproduz, por diferentes processos.
AMEBÍASE INTESTINAL
• AGENTE ETIOLÓGICO: Entamoeba histolytica.
• LOCAL DE INFECÇÃO: Ameba que infecta o intestino grosso.
• PERÍODO DE INCUBAÇÃO: Entre 2 a 4 semanas, podendo variar dias, meses ou anos.
• TRANSMISSÃO:
• Alimentos e água contaminados. Ingestão de cistos.
• Contato sexual anal-oral.
AMEBÍASE INTESTINAL
• DESINTERIA AMEBIANA CRÔNICA: 3 – 5 evacuações/dia, com muco e sangue, cólica, tenesmo (vontade de
evacuar, mas sem conteúdo).
• COLITE FULMINANTE: 30 ou mais evacuações/dia, cólica intensa, alta mortalidade.
• COMPLICAÇÕES INTESTINAIS: perfuração, hemorragia e apendicite.
• COMPLICAÇÕES EXTRA INTESTINAIS: amebíase hepática (infecção secundária), amebíase pulmonar,
amebíase cerebral, amebíase cutânea.
AMEBÍASE INTESTINAL
• COMPLICAÇÕES: abcesso hepático, pulmonar ou cerebral, pericardite, colite fulminante com
perfuração, entre outras.
• DIAGNÓSTICO:
• Exame direto a fresco (fezes de no máximos 18 horas após a coleta). Identificação de cistos nas
fezes.
• Sorologia.
• Moleculares.
• NÃO REALIZAR PUNÇÃO, POIS PODE ROMPER OS CISTOS.
GIARDÍASE
• AGENTES ETIOLÓGICO: Giárdia duodenalis – conhecida como “Diarreia dos
viajantes”.
• Parasita cosmopolita e com distribuição mundial.
• Encontrada principalmente em ambientes coletivos (banheiros públicos).
• Protozoário piriforme (forma de pêra), possui dois núcleos e quatro pares
de flagelos.
• LOCAL DE INFECÇÃO: Habita o intestino delgado.
• Possui forma de trofozoíto e cisto.
TROFOZOÍTO
CISTOS
GIARDÍASE
• TRANSMISSÃO: Ingestão de alimentos e água contaminada. Presença de cistos.
• PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 1 a 3 semanas.
• SINTOMAS:
• Assintomática.
• Diarreia, cólicas, febre, náuseas, vômitos, perda de peso, gazes...
• A doença causa a diminuição da absorção de nutrientes de todo o trato digestivo e leva a desnutrição.
• Maior incidência em crianças de 0 a 10 anos.
GIARDÍASE
•DIAGNÓSTICO:• DIAGNÓSTICO CLÍNICO.
• DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: Exame direto de fezes.
• Fezes formadas: procura-se cistos.
• Fezes diarreicas: procura-se trofozoítos.
• Suco duodenal: procura-se trofozoítos.
• BIÓPSIA.
• MOLECULAR.
• ENTERTEST: para obter amostra da parte superior do intestino delgado.
AMEBAS DE VIDA LIVRE
SÃO PROTOZOÁRIOS INDEPENDENTES, NÃO NECESSITAM DE HOSPEDEIRO 
HUMANO OU ANIMAL. 
RARAMENTE CAUSAM DOENÇAS.
CERATITE AMEBIANA
• AGENTE ETIOLÓGICO: Acanthamoeba sp.
• Presentes no solo, ar, água doce e do mar, poeira...
• Pode causar ceratite amebiana – usuários de lente de contato.
• Parasita entra em contato através de algum trauma.
• LOCAL DE INFECÇÃO: Geralmente ocorre apenas em um dos olhos.
• Pode causar lesões de córnea e até perda da visão.
• FORMAS: cística e a trofozoítica.
• SINAIS E SINTOMAS: lacrimejamento dos olhos, dor e sensibilidade a luz.
• DIAGNÓSTICO: através de raspado da córnea, para exame direto e cultura.
PROTOZOÁRIOS 
EMERGENTES
PROTOZOÁRIOS EM QUE O NÚMERO DE CASOS VEM AUMENTANDO
NOS ÚLTIMOS ANOS.
ISOSPORÍASE
• AGENTE ETIOLÓGICO: Isospora belli.
• Intracelular obrigatório.
• Mais frequente em regiões quentes, onde as condições de higiene são precárias.
• INCUBAÇÃO: 7 a 10 dias.
• SINAIS E SINTOMAS: diarreia, febre, perda de peso, náuseas, cefaléia.
• LOCAL DE INFECÇÃO: trato gastrointestinal.
OOCISTO
ISOSPORÍASE
• TRANSMISSÃO:
• Ingestão de oocistos presentes na água ou alimentos.
• O homem se contamina pela ingestão de oocistos junto com a água e alimentos contaminados.
• DIAGNÓSTICO:
• Exame de fezes a fresco. Pesquisa de oocistos nas fezes.
• Sorologia.
HELMINTOS
NORMALMENTE RESIDEM NO INTESTINO DO HOSPEDEIRO.
ENTEROBÍASE OU OXIUROSE
• AGENTE ETIOLÓGICO: Enterobius vermicularis.
• Homem é o hospedeiro.
• Infecção benigna, não mata.
• SINTOMAS: coceira anal (prurido anal noturno).
• LOCAL DE INFECÇÃO: intestino, ânus.
• CONTAMINAÇÃO: através da ingestão de ovos pelo indivíduo.
• DIAGNÓSTICO:
• Presença de vermes nas roupas íntimas ou de cama.
• Exame de fezes.
• Swab anal pela manhã, com presença de ovos e fêmeas.
ASCARIDÍASE
• AGENTE ETIOLÓGICO: Ascaris lumbricoides. “Lombriga”
• Homem é o hospedeiro.
• LOCAL DE INFECÇÃO: trato gastrointestinal.
• CONTAMINAÇÃO: ingestão de ovos.
• Os ovos ingeridos liberam larvas que rompem a parede intestinal, caindo na
circulação, iniciando um percurso pelo fígado, coração e pulmões.
• Vermes podem se enrolar, formar nós e bloquear a passagem das fezes,
rompendo a parede do intestino e causando hemorragias.
ASCARIDÍASE
• ASPECTOS CLÍNICOS:
• Assintomáticos.
• Abdome proeminente, dor abdominal, inflamação da mucosa intestinal, diarreia, mal absorção e
perda de apetite.
• COMPLICAÇÕES: Obstrução intestinal, perfuração intestinal, colecistite, colelitíase, pancreatite
aguda e abscesso hepático.
• DIAGNÓSTICO:
• Exame direto de fezes. Pesquisa de ovos e vermes.
• Radiografias.
ANCILOSTOMOSE
•AGENTE ETIOLÓGICO: Ancylostoma duodenale. “amarelão” - doença do Jeca Tatu.
• Hospedeiro é o homem.
• Habita o intestino delgado.
• FORMAS:
• OVOS: sua ingestão causa contaminação.
• LARVAS RABDITÓIDE: não causam infecção.
• LARVA FILARIOIDE: causam a infecção através da penetração na pele das pele mãos ou pés.
• LARVA MIGRANS “BICHO GEOGRÁFICO”: forma cutânea e subcutânea de migração de larvas
filarioides.
ANCILOSTOMOSE
• CONTAMINAÇÃO: solo contaminado onde o parasita penetra na pele.
• Podem migrar através do sistema circulatório para o coração, pulmões, laringe, esôfago, estômago,
intestino....
• Adultos se fixam na mucosa do intestino através de “dentes” e sugam sangue.
• O indivíduo pode perder até 250ml de sangue por dia.
Larva migrans “bicho geográfico” 
ANCILOSTOMOSE
• LOCAL DE INFECÇÃO: pele e disseminação pelos órgãos.
• PERÍODO DE INCUBAÇÃO: Semanas ou meses.
• SINTOMAS:
• Dor abdominal, perda do apetite, náuseas, vômitos e diarreia, que pode ser ou não acompanhada de
sangue.
• Irritação na pele.
• Além de causar anemia e “amarelão”.
• DIAGNÓSTICO:
• Exame de fezes – pesquisa de ovos e larvas nas fezes (3 amostras).
ANCILOSTOMOSE
• COMPLICAÇÕES:
• Amenorréia (ausência da menstruação).
• Anemia intensa devido à perda de sangue.
• Hemorragias intestinais.
• Pele de cor amarelada (devido à presença dos vermes no intestino delgado).
• Ainda aparecer aparecer na pele (no local que a larva penetrou aparecer vermelhidão, coceira e
irritação).
FILARIOSE
• AGENTE ETIOLÓGICO: Wuchereria brancrofti. “Elefantíase”
• FILÁRIAS: são vermes que não põe ovos.
• Hospedeiro intermediário é o mosquito.
• TRANSMISSÃO: pela picada do mosquito contaminado.
• LOCAL DE INFECÇÃO: vermes atingem os vasos linfáticos.
• ASPECTOS CLÍNICOS:
• Afeta testículos, mamas, membros superiores e inferiores.
• Dilatação dos vasos linfáticos.
• Ressecamento e rachaduras na pele.
FILARIOSE
• SINTOMAS:
• Sintomas imunológicos, prurido, febre, mal estar, tosse, asma, fatiga, erupções, adenopatias
(inchaço dos gânglios linfáticos) e com inchaços nos membros, escroto ou mamas.
• DIAGNÓSTICO:
• Esfregaço sanguíneo.
• Sorologia.
• Ultrassonografia dos vasos linfáticos.
ESQUISTOSSOMOSE
• AGENTE ETIOLÓGICO: Schistossoma mansoni. “Barriga-d’água”.
• São trematódeos, vermes achatados e pouco longos.
• São hermafroditas. A fêmea vive dentro do macho.
• HABITAT: os vermes vivem no sistema circulatório.
• LOCAL DE INFECÇÃO: corrente sanguínea e trato gastrointestinal.
ESQUISTOSSOMOSE
• FORMAS:
• OVOS: precisam entrar em contato com a água para evoluir.
• MIRACÍDIO (LARVA CILIADA): infecta o caramujo (hospedeiro intermediário).
• CERCÁRIA: sai do caramujo e infecta humanos.
• METACERCÁRIAS: formas presentes nas folhas e verduras.
• TRANSMISSÃO: entrada pela pele (forma cercária) ou ingestão pelos alimentos (forma
metacercária).
• O ser humano libera ovos nas fezes.
ESQUISTOSSOMOSE
• SINTOMAS:
• 1ª Dermatite com prurido no local de entrara, erupções cutâneas, febre baixa...
• Evolui para diarreia com sangue e muco, náuseas, vômitos, fraqueza, tosse seca,
aumento do fígado e do baço.
• Pode levar a óbito.
• DIAGNÓSTICO:
• Pesquisa de ovos nas fezes, biópsia retal e hepática, exame sorológico.
TENÍASE, CITICERCOSE
• AGENTE ETIOLÓGICO: Taenia solium e Taenia saginata.
• Causam teníase ou cisticercose.
• São helmintos achatados.
• HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: porco ou gado.
• HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Homem.
• ESTRUTURA:
• ESCÓLEX: cabeça, estrutura de fixação.
• COLO: região de crescimento.
• PROGLÓTES: cada segmento, contém os ovos.
• ESTRÓBIO: conjunto de proglotes.
TENÍASE, CITICERCOSE
• CONTAMINAÇÃO: ingestão de carnes cruas ou mal cozidas, com presença de
ovos.
• A maioria das pessoas apresenta apenas uma única tênia - SOLITÁRIA.
• No intestino, o ovo rompe e libera a larva, que cresce e origina a TÊNIA ADULTA.
• TÊNIA ADULTA origina proglótides cheias de ovos.
• Proglótides se desprendem e são liberadas nas evacuações. Ocasionando a
contaminação do solo.
• Os ovos vão contaminar os animais (porco ou gado).
• Atingindo a corrente sanguínea e se alojando na musculatura do animal.
• O ser humano ingere a carne e se contamina.
TENÍASE, CITICERCOSE
• LOCAIS DE INFECÇÃO:
• TENÍASE: causa infecção no intestino humano.
• CISTICERCOSE: ovos passam para a corrente sanguínea (se
espalham) e evoluem para cisticercos (larvas) e se alojam
em tecidos humanos (como cérebro, olhos, coração e
músculos). Pode ser fatal.
TENÍASE, CITICERCOSE
• SINTOMAS:
• Assintomática.
• Transtornos dispépticos, tais como: alterações do apetite (fome intensa ou perda do apetite),
enjoos, diarreias frequentes, perturbações nervosas, irritação, fadiga e insônia.
• DIAGNÓSTICO:
• Exame parasitológico de fezes.
• Pesquisa de ovos na região perianal.
• Exames de imagem (cisticercose).
• Exames sorológicos e líquido cefalorraquidiano.
ARTRÓPODES
INSETOS COM PATAS ARTICULADAS.
PEDICULOSE
• AGENTE ETIOLÓGICO:Piolhos - Pediculus humanus capitis.
• São insetos (parasitas) que se prendem aos pelos e cabelos.
• Alimentam-se do sangue, causam coceira e manchas vermelhas, devido à saliva injetada durante a
picada.
• Normalmente não apresentam graves consequências à saúde.
• As fêmeas põem os ovos chamados lêndeas.
• A larva leva nove dias para se tornar um piolho adulto.
• Um piolho vive de 3 a 4 semanas. O ciclo reprodutivo do piolho é de cerca de 21 dias.
PEDICULOSE
• TRANSMISSÃO:
• Mais frequente em escolas e no ambiente domiciliar.
• Contato mais próximo.
• Compartilhar escovas de cabelo, pentes, bonés, toucas...
• DIAGNÓSTICO:
• Sintomas e visualização dos piolhos e lêndeas.
PEDICULOSE PUBIANA
• Infecção dos pelos pubianos provocada por um tipo de piolho chamado Pthirus pubis.
• Afeta a região púbica, axilas, barba, cílios e sobrancelhas.
• A pediculose pubiana é considerada uma doença sexualmente transmissível (DST).
• TRANSMISSÃO: contato direto entre pelos pubianos durante o ato sexual.
ESCABIOSE
• AGENTE ETIOLÓGICO: Sarcoptes scabiei. “Sarna”
• Infestação parasitária da pele.
• Ácaro que se alimenta da queratina da pele (camada superficial) causando descamação e coceira.
• São pequenas lesões eritematosas elevadas (pápulas), que formam uma crosta, provocadas pelo ato de
coçar a região infectada.
• TRANSMISSÃO:
• De uma pessoa para outra.
• De animais para pessoa.
• DIAGNÓSTICO:
• Exames de sangue.
• Amostras das lesões (presença do ácaro).
MIÍASE
•“Bicheira”
• Ocasionada pelos ovos da mosca Cochliomyia hominivorax – “varejeira”.
• Ocorre a postura dos ovos na superfície da pele e posterior eclosão para liberação das larvas.
• TECIDOS SADIOS: ovos penetram na pele ao coçar, presença de furúnculos e nódulos.
• TECIDOS MORTOS (FERIDAS): a mosca se alimenta do tecido morto, coloca seus ovos na ferida, ovos eclodem e
saem as larvas que também se alimentam deste tecido.
• Em ambos os tecidos as larvas se alimentam deles.
“BERNE”
• AGENTE ETIOLÓGICO: Mosca Dermatobia himinis.
• CONTAMINAÇÃO:
• Postura de ovos na pele.
• Postura de ovos em outros artrópodes (mosquitos), que podem carregar e espalhar os ovos e as larvas.
• Apresenta apenas uma larva por buraco.
• Apresenta lesão (buraco) na pele que serve para a larva respirar.
• A larva fica embaixo da pele.
• Com o passar do tempo a larva cresce e apresenta espinhos ao seu redor.
DÚVIDAS??

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