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1 GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA 2 Prefácio Prova prática é sempre um grande desafio para maioria por se tratar de um universo totalmente desconhecido. Passamos dias nos perguntando: O que iremos encontrar ao entrar em cada uma das estações? Como se comportar perante ator e examinador? Quais perguntas chaves não podemos deixar de fazer na hora da prova? Foi assim que mergulhando nesse universo, iniciamos uma verdadeira maratona em busca de tais respostas. Lendo e relendo vários materiais, realizando cursos teóricos e práticos, descobrimos que todo esse material nos leva apenas a uma palhinha do que vamos enfrentar, mas que na verdade não é o que irá decidir nossa aprovação. Pensando nisso, montamos esse material com a proposta, não de substituir outros materiais ou cursos, mas sim somarmos com eles. E assim concluímos que a melhor maneira de chegar a aprovação é PRATICANDO, não apenas lendo e decorando checklists, mas sim com estratégias e técnicas de aperfeiçoamento do raciocínio clínico, usar palavras chaves que o examinador gosta de escutar, pontos chaves e itens ocultos de cada checklist. Em resumo não são 3 ou 5 dias de cursos práticos que iram te fazer ter sucesso na prova, mas sim a forma que você irá se preparar de hoje até o dia da prova. Estamos apenas no início e na mesma situação de todos vocês, por isso sabemos exatamente quais angustias e questionamentos cada um de vocês tem. Aproveitem ao máximo nosso material, pratiquem muito e juntem-se a nós, através de nossas redes sociais, onde compartilharemos conhecimentos e evoluiremos juntos. Desejamos a todos muito sucesso nessa trajetória e que em breve possamos desfrutar desta carreira maravilhosa que escolhemos para nossas vidas. O sucesso é logo ali e vamos juntos em busca dele da melhor maneira que é PRATICANDO. Thayrony Cristian Naiara Rodrigues José Valmir Leandro Marcos Matheus Phellipe 3 Índice ABORTAMENTO ......................................................................................................................................5 CANDIDÍASE ............................................................................................................................................9 DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GRAVIDEZ (DHEG) .................................................................13 DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA (DIP) ................................................................................................17 DISTOCIA DE OMBRO ............................................................................................................................21 DIABETES MELLITUS GESTACIONAL ......................................................................................................25 DESCOLAMENTO PREMATURO DE PLACENTA ......................................................................................29 ENDOMETRIOSE ...................................................................................................................................33 VAGINOSE BACTERIANA (GARDNERELLA) .............................................................................................37 GRAVIDEZ ECTÓPICA ROTA ...................................................................................................................41 HIPERTENSÃO GESTACIONAL (PRÉ-ECLÂMPSIA) ...................................................................................45 HEMORRAGIA PUERPERAL ...................................................................................................................49 HIV NA GESTAÇÃO ................................................................................................................................53 ISOIMUNIZAÇÃO RH .............................................................................................................................58 LICENÇA MATERNIDADE .......................................................................................................................62 MOLA HIDATIFORME ............................................................................................................................65 4 NÓDULO DE MAMA ..............................................................................................................................70 PAPANICOLAU (LSIL) .............................................................................................................................75 PAPANICOLAU (HSIL) ............................................................................................................................79 PLANEJAMENTO FAMILIAR ...................................................................................................................83 PLACENTA PRÉVIA .................................................................................................................................87 PRÉ-NATAL ............................................................................................................................................91 SÍFILIS GESTACIONAL ............................................................................................................................95 SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS (SOP) .....................................................................................99 TOXOPLASMOSE GESTACIONAL .........................................................................................................103 TRABALHO DE PARTO .........................................................................................................................107 TRICOMONÍASE ..................................................................................................................................111 5 ABORTAMENTO Você está de plantão em uma Maternidade e recebe paciente do sexo feminino, 30 anos, referindo estar gestante, com queixa de sangramento vaginal após queda em casa. Nos próximos 10 minutos realize: • Anamnese direcionada • Exame Físico direcionado • Hipótese diagnóstica • Conduta terapêutica 6 INFORMAÇÕES DA PACIENTE: • Paciente refere atraso menstrual de 10 semanas, tendo realizado teste de farmácia com resultado positivo. • Refere ao momento sangramento vaginal intenso a 2 horas, dor tipo cólica (7/10) e um pouco de tontura. • Não iniciou ainda pré-natal (informa que iria iniciar essa semana). • Refere que estava lavando o chão da cozinha ontem, quando escorregou e caiu. Hoje apresentou sangramento vaginal. • Nega uso de qualquer tipo de medicação ou tentativa de manipulação. Diz que a gestação foi planejada. • G3P1A0 (filho vivo da primeira gestação). Nega comorbidades, alergia, tabagismo ou etilismo. • Ao final da consulta perguntar se aborto foi causado por sua queda em casa. SINAIS VITAIS: • REG • PA 100x60mmHg • FC 122bpm • FR 17irpm • SatO2 98% AA • T°36.5° EXAME FÍSICO: • Ectoscopia: paciente agitada, pálida com mucosas hipocoradas ++/4+ • ACV: RCR 2T BNF e AR: MVUA S/RA • Abdome: Inspeção (presença de útero gravídico 8cm abaixo do umbigo), Ausculta (RHA um pouco diminuídos com BCF inaudível), Palpação (doloroso em região hipogástrica), Percussão (sem alterações) • Exame especular: colo aberto com sangramento intenso vermelho vivo com saída de coágulos e restos placentários • Toque vaginal: colo com 6cm de dilatação EXAMES COMPLEMENTARES: • BHCG qualitativo (positivo) e quantitativo (3.000) • Tipagem sanguínea (A+) • USG transvaginal: útero com presença de restos ovulares, com BCF ausente 7 • Apresentou-se cordialmente como médico a paciente, iniciando consulta com perguntas abertas • Investiga inícioe intensidade do sangramento, tipo e intensidade da dor e sintomas associados • Investiga DUM, Gesta/Para/Aborto anteriores, realização de teste de gravidez e se gravidez foi planeja • Questiona uso de alguma medicação abortiva ou tentativa de manipulação • Pede permissão para realizar exame físico e ginecológico, lava mãos e calça luvas (pediu enfermeira no local) • Identifica sinais de choque hipovolêmico grau 3 e sangramento intenso vermelho vivo, com colo dilatado 6cm • Solicita B-HCG e Tipagem sanguínea, e dá diagnóstico de Abortamento incompleto sem necessidade de USG • Indica internação em UTI, prescreve MOV, HV vigorosa com 2 acessos e solicita reserva de sangue • Indica AMIU (até 12 semanas) ou Curetagem (>12 semanas) imediatamente para controle do sangramento • Acalma paciente informando que sua queda não provocou o aborto, sendo a principal hipótese nessa idade gestacional, má formações genéticas 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 8 IMAGENS DO CASO: • Tipos de abortamento • AMIU • Curetagem 9 CANDIDÍASE Você é o médico de uma ESF e recebe paciente do sexo feminino, 23 anos, com queixa de corrimento vaginal. Nos próximos 10 minutos realize: • Anamnese direcionada • Exame físico direcionado • Hipótese diagnóstica • Conduta Terapêutica 10 INFORMAÇÕES DA PACIENTE: • Paciente refere que a 20 dias está com corrimento branco grumoso (tipo ricota), sem odor e com prurido intenso. • Casada com vida sexual ativa (parceiro único) em uso de ACO. • DUM (há 10 dias), Menarca (aos 12 anos), Sexarca (aos 19 anos), G0P0A0, Papanicolau (nunca realizado). • Nega outros sintomas, alergias, comorbidades ou ISTs prévias. SINAIS VITAIS: • BEG • PA 120x80mmHg • FC 85bpm • FR 15irpm • SatO2 99% AA • T°36.5° EXAME FÍSICO: • Ectoscopia geral: sem alterações • ACV: RCR 2T BNF e AR: MVUA S/RA • Abdome: Inspeção (flácido), Ausculta (RHA normais), Palpação (indolor a palpação), Percussão (sem alterações) • Exame especular: leucorreia grumosa, esbranquiçada, aderida a parede e com hiperemia de paredes vaginais • Toque vaginal bimanual: colo fechado e sem dor a mobilização • MMII: sem lesões ou edemas EXAME COMPLEMENTAR: • PH: 4.1 (ácido), Teste das Aminas (KOH): Negativo • Microscopia (exame a fresco): presença de Pseudo-hifas 11 • Apresentou-se cordialmente a paciente e iniciou consulta com perguntas e questionamentos abertos • Na anamnese questiona sobre início do corrimento, cor, odor e presença de prurido • Questiona Menarca, Sexarca, vida sexual ativa, DUM, uso de método contraceptivo, quantidade de parceiros • Orientou sobre início da realização do Papanicolau aos 25 anos • Solicita permissão para realizar exame físico e ginecológico, lava as mãos e calça luvas • Realizar exame especular e toque vaginal corretamente, com presença de profissional de enfermagem • Identificou aspecto esbranquiçado do corrimento, realizou PH, Teste das aminas (KOH) e Microscopia a fresco • Dá o diagnóstico de Vaginite por Candidíase vaginal • Prescreve Miconazol (7 noites) ou Nistatina (14 noites) creme vaginal (não ter relação durante tratamento) • Reforça não se tratar de uma IST, Informando a não necessidade de tratar o parceiro 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 12 IMAGENS DO CASO: • Corrimento branco grumoso, aderido e com hiperemia de colo • Exame a fresco com presença de Pseudo-hifas 13 DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GRAVIDEZ (DHEG) Você é o médico de uma ESF e recebe paciente do sexo feminino, 35 anos, com 24 semanas de gestação, para sua consulta pré-natal de rotina. Nos próximos 10 minutos realize: • Anamnese direcionada • Exame físico direcionado • Hipótese diagnóstica • Conduta terapêutica 14 Informações da paciente: • Gestante em sua 4º consulta pré-natal, até o momento com pré-natal sem intercorrências, laboratórios sem alterações, vacinas em dia (DTPa tomada hoje antes da consulta), sem queixas ao momento. • Dados consulta anterior: IG (20 semanas); Peso (74kg); PA (110 x 80mmHg); BCF (148bpm); AU (20cm); Edema (+/4+); Queixas (sem queixas). • Histórico obstétrico: G4P3A0 (3 partos normais). • Em uso atualmente de Sulfato ferroso. SINAIS VITAIS: • BEG • PA 150x90mmHg • FC 78bpm • FR 17irpm • SatO2 99 AA • Tax 36.7° • Peso 77kg / Altura 1.66m (IMC 28) EXAME FÍSICO: • Ectoscopia geral: presença de cloasma gravídico • ACV: RCR 2T com Sopro sistólico paraesternal e AR: MVUA S/RA • Abdome: Inspenção (útero gravídico, com presença de linha nigra); Altura uterina (22cm), Palpação (Tônus uterino normal, com dinâmica uterina ausente), BCF (142bpm) • Manobra de Leopold: Situação (longitudinal); Dorso (esquerdo); Apresentação (cefálico); Insinuação (não insinuado) • Exame especular e Toque vaginal (colo fechado e sem alterações) • MMII: edemas +/4+ EXAMES COMPLEMENTARES: • Solicitados e aguardando resultados 15 • Apresentou-se cordialmente a paciente e iniciou consulta com perguntas e questionamentos abertos • Investigou queixas comuns da gestação (náuseas, vômitos, pirose, perca de liquido, polaciúria e edema) • Solicita cartão da gestante, avaliando histórico pré-natal, atualização vacinal e situação laboratorial • Solicitou permissão para realizar exame físico, lavou as mãos e calçou luvas (pediu presença de enfermeira) • Realizou exame físico obstétrico adequadamente Leopold, AU, Tônus, BCF, Especular e Toque • Solicitou sinais vitais e pesou a gestante (IMC), levantando hipótese diagnostica de Hipertensão gestacional • Solicitou HC, TGO, LDH, Bilirrubina total, Esfregaço de sangue, Creatinina e Proteinúria em 24h • Solicitou curva pressórica (MAPA ou MRPA), indicou dieta e atividade física e prescreveu AAS 100mg/d • Orientou sobre sinais de gravidade (convulsão, cefaleia, dor epigástrica e escotomas) • Agendou retorno em 1 semana para resultado dos exames ou procurar emergência imediatamente se sinais de alarme 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 16 IMAGENS DO CASO: • Cloasma gravídico • Linha nigra • Manobras de Leopold 17 DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA (DIP) Você é o médico de um Hospital de 2° nível e recebe paciente do sexo feminino, 34 anos, com queixa de dor pélvica a 1 semanas com piora nas últimas 48 horas. Nos próximos 10 minutos realize: • Anamnese direcionada • Exame físico direcionado • Hipótese diagnóstica • Conduta terapêutica 18 INFORMAÇÕES DA PACIENTE: • Paciente com cólica a 1 semana, que piorou a 2 dias (intensidade 7/10), apresentando febre a fazendo procurar o hospital. • Refere também dor durante relação sexual (dispareunia), ardência ao urinar (disúria) e corrimento purulento. • DUM (há 2 semanas, ciclo e fluxo menstrual normal); Menarca (aos 11 anos); Sexarca (aos 17 anos). • Solteira (com parceiro fixo). Não tem filhos, em uso de ACO e parceiros fazem uso de preservativo durante as relações. • Papanicolau em dia e sem alterações (último realizado aos 32 anos). Nega uso de medicações, alergias e comorbidades. SINAIS VITAIS: • REG • PA 120x80mmHg • FC 85bpm • FR 15irpm • SatO2 98% AA • Tax 37.9° EXAME FÍSICO: • Ectoscopia geral: sem alterações • ACV: RCR 2T BNF e AR: MVUA S/RA • Abdome: Inspeção (sem alterações);Ausculta (RHA um pouco diminuídos); Palpação (doloroso a palpação profunda em hipogástrico e fossas ilíacas, sem sinais de irritação peritoneal); Percussão (sem alterações) • Exame especular: presença de leucorreia purulenta saindo do orifício cervical com hiperemia da cérvice uterina • Toque vaginal bimanual: colo fechado com dor intensa a mobilização do colo • MMII: sem lesões ou edemas EXAMES COMPLEMENTARES: • HC Hb: 13 (Ref. 12-16), Ht: 40 (Ref. 36-48), Leuco: 14.000 (Ref. 3.700-10.000), Plaq: 290.000 (Ref. 150.000-450.000) • PCR e VHS (positivos); Testes rápidos HIV, Sífilis e Hepatite B e C (negativos) • Pesquisa para Gonococo e Clamídia na endocérvice (positiva) • USG TV (liquido livre restrito a pelve sem presença de abscesso tubo-ovariano) 19 • Apresentou-se cordialmente a paciente e iniciou consulta com perguntas e questionamentos abertos • Investigou evolução, tipo da dor, intensidade e sintomas associados (disúria, dispareunia, corrimento) • Questionou DUM, ciclo e fluxo menstrual, vida sexual ativa (parceiro fixo?) e uso de método contraceptivo • Solicitou permissão para realizar exame físico, lavou as mãos e calçou luvas (pediu presença de enfermeira) • No exame especular e toque vaginal bimanual identifica leucorreia purulenta e dor a mobilização do colo • Solicita HC, PCR, VHS, Testes rápidos (HIV, Sífilis e Hepatite B e C), Pesquisa de Gonococo e Clamídia e USG TV • Dá o diagnóstico de DIP leve sem abscesso tubo-ovariano, indicando tratamento ambulatorial • Prescreve Ceftriaxona 500mg IM DU, Doxiciclina 100mg e Metronidazol 500mg VO de 12/12h por 14 dias • Orienta não manter relações sexuais e não ingerir bebida alcoólica durante o tratamento • Informa associação do quadro com ISTs, reforçando cuidados de proteção durante as relações sexuais • Agenda retorno em 72hrs ou imediatamente em caso de piora e convoca parceiro para realização de exames OBS: Tratamento Hospitalar (Cefoxitina 2g EV 6/6h + Doxicilina 100mg VO 12/12h por 14 dias) 0 0,25 0.5 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,25 0.5 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 20 IMAGENS DO CASO: • Mapa mental • Classificação • Exame especular com leucorreia purulenta • USG com líquido livre restrito a pelve sem abscesso tubo-ovariano • USG com abscesso tubo-ovariano 21 DISTOCIA DE OMBRO Você está de plantão na maternidade e é chamado pela enfermeira obstétrica, que durante um trabalho de parto cefálico constata ombro impactado sem saída do concepto. Nos próximos 10 minutos realize: • Verbalizar o diagnóstico • Orientar a equipe para os próximos passos • Realizar manobras adequadas 22 INFORMAÇÕES DA PACIENTE: • Paciente G1P0A0, com pré-natal e parto sem intercorrências, todos exames laboratoriais realizados e sem alterações, vacinas em dia. • Evoluiu com trabalho de parto normal, com 39 semanas de gestação. • Enfermeira relata que na expulsão do concepto, observou impactação de ombro anterior. • Gestante ao momento estável hemodinamicamente. SINAIS VITAIS: • PA 110x70mmHg • FC 85bpm • FR 15irpm • SatO2 99% AA • Tax 36.5° • BCF 136bpm PASSO A PASSO: • Realiza rotação externa e tração do polo cefálico tentando desprendimento de ombro anterior (Sem sucesso) • McRoberts (hiperflexão das coxas com leve abdução): Sem sucesso • Rubin 1 (McRoberts + pressão supra púbica): Sem sucesso • Gaskin (posicionar paciente em 4 apoios): Com sucesso OUTRAS MANOBRAS QUE PODEM SER REALIZADAS EM CASO DE INSUCESSO: • Rubin 2 (girar o ombro da pube em sentido anti-horário). • Woods (girar o ombro do sacro em sentido anti-horário). • Woods reversa ou Parafuso (girar ombro do sacro em sentido horário). • Jacquemier (introduzir a mão na pelve materna até alcançar o braço posterior, tracionando até saída). • Zavannelli (reintroduzir cabeça fetal na cavidade uterina). OBS: Alta mortalidade materno-fetal. 23 • Apresentou-se e comunicou-se cordialmente com gestante e enfermeira, questionado ocorrido • Solicita presença de 2 auxiliares de enfermagem na sala parto para ajuda-lo • Paramentou-se com EPIs estéreis na ordem correta (touca, máscara, óculos, capote, propé e luvas) • Realiza rotação externa e tração do polo cefálico tentando desprendimento de ombro anterior (sem sucesso) • Diagnosticou corretamente Distocia de ombro (verbalizando diagnóstico) • Solicita ajuda dos auxiliares de enfermagem e informa gestante que irá iniciar manobras de desprendimento • Realiza manobra de McRoberts com ajuda de auxiliares de enfermagem corretamente • Realiza manobra de Rubin 1 (realizada por 1 auxiliar corretamente) • Solicita gestante em posição de 4 apoios e realiza manobra de Gaskin • Não realizou ou indicou manobra de Kristeller em nenhum momento do parto • Realizou manobras obedecendo sequência correta • Após expulsão do concepto, solicitou a enfermeira administração de 10 UI de Ocitocina IM. 0 0,25 0.5 0 0,25 0.5 0 0,25 0.5 0 0,5 1.0 0 0,25 0.5 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 24 IMAGENS DO CASO: • Manobra de McRobert + Rubin 1 • Manobra de Gaskin • Manobra de Kristeller (totalmente proscrito) 25 DIABETES MELLITUS GESTACIONAL Você é o médico de uma ESF e recebe paciente do sexo feminino, 28 anos, com 27 semanas de gestação para consulta pré-natal, trazendo exames laboratoriais solicitados na consulta anterior. Nos próximos 10 minutos realize: • Anamnese direcionada • Exame físico • Hipótese diagnóstica • Conduta e orientações 26 EXAMES TRAZIDOS PELA PACIENTE: • TOTG 75g: Jejum (93); Após 1h (185); Após 2hrs (140) • EAS (2 piócitos/campo), VDRL e HIV (negativos), Toxoplasmose: IgM (negativo); IgG (positivo) • Tipagem sanguínea (AB+) INFORMAÇÕES DA PACIENTE: • Gestante atualmente sedentária. Nega comorbidades atualmente. Nega alergias. Histórico de pai e mãe diabéticos. • Não refere queixas ao momento, no início da gestação teve alguns episódios de vômitos que já melhoraram. • G2P1A0 (1 parto cesárea). Se perguntada dizer que obstetra falou que seu bebê era muito grande para parto normal. • Exames laboratoriais de 1º trimestre, sem alterações. Vacinas realizadas (Hepatite B e Influenza). • Peso antes de engravidar (66kg). SINAIS VITAIS: • BEG • PA 110x70mmHg • FC 78bpm • FR 17irpm • SatO2 99% AA • Tax 36.7° • Peso: 81kg / Altura 1.67m (IMC 29 = sobrepeso) EXAME FÍSICO: • Ectoscopia: Cloasma gravídico em face e Acantose nigricans em região da nuca • ACV: RCR 2T com Sopro sistólico paraesternal e AR: MVUA S/RA • Abdome: Inspenção (útero gravídico, com presença de linha nigra); Altura uterina (29cm), Palpação (Tônus uterino normal com dinâmica uterina ausente), BCF (142bpm) • Manobra de Leopold: Situação (longitudinal); Dorso (esquerdo); Apresentação (cefálico); Insinuação (não insinuado) • Exame especular e Toque vaginal (colo fechado e sem alterações) • MMII: edemas +/4+ 27 • Apresentou-se cordialmente a gestante e iniciou consulta com perguntas e questionamentos abertos • Solicitou exames trazidos pela paciente (conferiu identificação) e avaliou resultados corretamente • Solicitou cartão de gestante e avaliou atualização vacinal (identificando falta de vacina DTPa) • De acordo com exames identifica e verbaliza Diabetes Gestacional e imunidade para Toxoplasmose • Investigou hábitos de vida, antecedentes patológicos pessoas e familiares e antecedentes obstétricos • Solicitou permissão para realizar exame físico, lavou mãos e calçou luvas (solicitando enfermeira na sala) • Realiza examefísico geral e obstétrico corretamente identificando Acantose nigricans e sobrepeso (IMC) • Indica dieta e atividade física para controle glicêmico e Vacina DTpa imediatamente • Orienta sobre complicações fetais de DM Gestacional (Macrossomia, Hipoglicemia neonatal, DM II) • Agenda reavaliação em 2 semanas, informando que se glicemia não for controlada irá encaminha-la ao pré- natal de alto risco 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 28 IMAGENS DO CASO: • Valores diagnósticos (DM gestacional) • Acantose Nigricans 29 DESCOLAMENTO PREMATURO DE PLACENTA Você é o médico de uma Maternidade e recebe paciente do sexo feminino, 37 anos, com 35 semanas de gestação, queixando-se de dor abdominal e sangramento vaginal. Nos próximos 10 minutos realize: • Anamnese direcionada • Exame físico direcionado • Hipótese diagnóstica • Conduta terapêutica 30 INFORMAÇÕES DA PACIENTE: • Gestante admitida com quadro de agitação e dor abdominal tipo cólica intensa (9/10) e súbita. • Refere também sangramento vaginal escuro de pouca quantidade. Relata que seu bebê está mexendo pouco. • Gestante em acompanhamento no pré-natal de risco por hipertensão gestacional (controlada com uso de Alfa metildopa). • Pré-natal com 6 consultas realizadas até o momento, sem outras intercorrências, G4P3A0 (2 cesarianas). • Situação vacinal em dia. Laboratórios realizados sem alterações. SINAIS VITAIS: • REG • PA 160x90mmHg • FC 90bpm • FR 18irpm • SatO2 97% AA • Tax 36.5° EXAME FÍSICO: • Ectoscopia: facie álgica • ACV: RCR 2T com Sopro sistólico paraesternal e AR: MVUA S/RA • Abdome: Inspenção (útero gravídico, com presença de linha nigra); Altura uterina (33cm), Palpação (Tônus uterino aumentado, com dinâmica uterina ausente), BCF (122bpm) • Manobra de Leopold: Situação (longitudinal); Dorso (esquerdo); Apresentação (cefálico); Insinuação (não insinuado) • Exame especular (sangramento vaginal escuro) e Toque vaginal (colo grosso com 1 polpa digital de dilatação) • MMII: edemas +/4+ EXAME COMPLEMENTAR: • USG obstétrico (presença de coagulo retro placentário, feto vivo, BCF 110 bpm) • HC Hb: 12 (Ref. 12-16), Ht: 36 (Ref. 36-48), Leuco: 8.000 (Ref. 3.700-10.000), Plaq: 290.000 (Ref. 150.000-450.000) • Tipagem sanguínea (A+) • Cardiotocografia: DIP II (diminuição da FC fetal (110bpm) e presença de desacelerações) 31 • Apresentou-se cordialmente a paciente e iniciou consulta com perguntas e questionamentos abertos • Na anamnese investigou característica da dor e do sangramento e intercorrências na gestação • Solicitou cartão da gestante e avaliou exames laboratoriais anteriores e situação vacinal • Solicitou permissão para realizar exame físico, lavou as mãos e calçou luvas (pediu enfermeira presente) • Realizou exame físico obstétrico corretamente (AU, Tônus, Leopold, BCF, Exame especular e Toque vaginal) • Dá diagnostico de Descolamento Prematuro de Placenta (DPP) sem solicitação de USG obstétrico • Solicitou monitorização fetal por cardiotocografia (interpretou corretamente e identificou SFA) • Estabilizou gestante: Decúbito lateral esq, O2 (10L/min), Baixou PA (Hidralazina) e realizou Amniotomia • Identificou necessidade de resolução da gestação imediatamente, informando a paciente • Contatou Obstetra e encaminhou gestante para cesárea 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 32 IMAGENS DO CASO: • Quadro clínico • Fluxograma de conduta • Cardiotocografia DIP 1 33 ENDOMETRIOSE Você é o médico de uma ESF e recebe paciente do sexo feminino, 34 anos, com queixa de dor intensa durante seus ciclos menstruais, e que a anos tenta engravidar, sem sucesso. Nos próximos 10 minutos realize: • Anamnese direcionada • Exame físico direcionado • Hipótese diagnóstica • Conduta terapêutica 34 INFORMAÇÕES DA PACIENTE: • Paciente com menstruação regular, com mais ou menos 5 dias de duração e fluxo aumentado. • Refere dor cólica intensa (8/10) e progressiva a cada ciclo menstrual, que melhoram a após seu período. • Casada, tentando engravidar a mais de 1 ano (mantém 3 relações sexuais por semana, há mais ou menos 1 ano). • Refere dor durante suas relações sexuais (Dispareunia). DUM (há 5 dias); Menarca (aos 11 anos); Sexarca (aos 17 anos). • Papanicolau em dia, sem alterações. Não faz uso de nenhum método contraceptivo. Nega comorbidades e alergias. SINAIS VITAIS: • BEG • PA 120x80mmHg • FC 85bpm • FR 15irpm • SatO2 99% AA • Tax 36.5° EXAME FÍSICO: • Ectoscopia geral: sem alterações • ACV: RCR 2T BNF e AR: MVUA S/RA • Abdome: Inspenção (abdome flácido); Ausculta (RHA normais), Palpação (dor a palpação profunda em região pélvica, sem sinais de irritação peritoneal), Percussão (sem alterações) • Exame especular (sem alterações) • Toque vaginal bimanual (dor a mobilização do colo, com modularidades em fundo de saco de Douglas) • MMII: sem lesões ou edemas EXAMES COMPLEMENTARES: • USG TV (Imagens císticas ecogênicas em ovários com aspecto de vidro moído) 35 • Apresentou-se cordialmente a paciente e iniciou consulta com perguntas e questionamentos abertos • Questiona sobre Menarca, Vida sexual ativa, Dispareunia, DUM e uso de Método contraceptivo • Questionou sobre duração dos ciclos, intensidade do sangramento e característica da dor • Solicita permissão para realizar exame físico e ginecológico, lava mãos e calça luvas (Pedir enfermeira na sala) • Solicita USG TV após observar alterações no exame ginecológico (dor a mobilização do colo no toque vaginal) • Dá o diagnóstico de Endometriose com imagem de USG compatível com Endometrioma • Explica que provável causa de sua infertilidade seja devido a Endometriose • Informa que a conduta inicial é manter a paciente em amenorreia e que a conduta definitiva é cirúrgica • Prescreve Acetato de Medroxiprogesterona ou ACO combinado (uso continuo) e AINES (melhora da dor) • Encaminha paciente ao cirurgião ginecológico para realização de Videolaparoscopia com biopsia 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 36 IMAGENS DO CASO: • USG TV com Endometrioma em ovário esquerdo • Mapa mental 37 VAGINOSE BACTERIANA (GARDNERELLA) Você é o médico de uma ESF e recebe paciente do sexo feminino, 28 anos, com queixa de corrimento vaginal. Nos próximos 10 minutos realize: • Anamnese direcionada • Exame físico direcionado • Hipótese diagnóstica • Conduta Terapêutica 38 INFORMAÇÕES DA PACIENTE: • Refere corrimento acinzentado a 20 dias, malcheiroso que piora durante a relação (odor de peixe podre), que não coça. • Casada, em uso de DIU de cobre a 1 ano (colocado após sua última gestação). G2P2A0 (2 partos vaginais). • Menarca (aos 13 anos); Sexarca (aos 17 anos); DUM (a 15 dias). • Papanicolau realizado aos 25 e 26 anos (ambos sem alterações). • Nega Dispareunia, Comorbidades ou Alergias. Esposo não apresenta nenhum sintoma. SINAIS VITAIS: • BEG • PA 120x80mmHg • FC 85bpm • FR 15irpm • SatO2 99% AA • Tax 36.5° EXAME FÍSICO: • Ectoscopia geral: sem alterações • ACV: RCR 2T BNF e AR: MVUA S/RA • Abdome: Inspenção (abdome flácido); Ausculta (RHA normais), Palpação (indolor a palpação), Percussão (sem alterações) • Exame especular (presença de Leucorreia fluida e branca acinzentadasem hiperemia de paredes vaginais) • Toque vaginal bimanual (colo fechado e indolor a mobilização) • MMII: sem lesões ou edemas EXAMES COMPLEMENTARES: • PH: 5.1 • KOH (Teste das Aminas): Positivo (odor de peixe podre) • Microscopia (exame a fresco): presença de Clue cells 39 • Apresentou-se cordialmente a paciente e iniciou consulta com perguntas e questionamentos abertos • Na anamnese questiona sobre início do corrimento, cor, odor e presença de prurido • Questiona sobre Menarca, Vida sexual ativa (Dispareunia), DUM e uso método contraceptivo • Questiona sobre Papanicolau e orienta sobre nova coleta aos 29 anos • Solicita permissão para realizar exame físico e ginecológico, lava mãos e calça luvas (Pedir enfermeira na sala) • Realiza exame especular e toque vaginal corretamente • Identifica aspecto, realizando PH vaginal, KOH (Teste das Aminas) e Microscopia a fresco (identifica Clue Cells) • Dá diagnóstico de Vaginose Bacteriana por Gardnerella vaginalis • Prescreve Metronidazol 500mg 12/12h VO por 7 dias e orienta não ingerir álcool (efeito Antabuse) • Informa a não necessidade de tratar parceiro, pois não se trata de uma IST 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 40 IMAGENS DO CASO: • Exame especular • Microscopia a fresco com presença de Clue Cells • Mapa mental (corrimentos vaginais) 41 GRAVIDEZ ECTÓPICA ROTA Você é o médico de uma UPA e recebe paciente do sexo feminino, 20 anos, com queixa de dor pélvica intensa, acompanhada de sangramento vaginal discreto. Nos próximos 10 minutos realize: • Anamnese direcionada • Exame físico • Hipótese diagnóstica • Conduta terapêutica 42 INFORMAÇÕES DA PACIENTE: • Paciente apresentando dor intensa a 4 horas (9/10) em pontada em FIE, com sangramento vaginal discreto e escuro. • Refere também fraqueza, tontura, sensação de desmaio e náuseas (nega vômitos). • Nulípara, casada, com vida sexual ativa e em uso de DIU de cobre (há 2 anos) como método contraceptivo. • DUM (há 60 dias); Menarca (aos 12 anos); Sexarca (aos 15 anos). • Nega comorbidades, cirurgias prévias ou alergias. SINAIS VITAIS: • REG • PA 90x60mmHg • FC 125bpm • FR 22irpm • SatO2 95% • Tax 36.6° EXAME FÍSICO: • Ectoscopia: paciente com fácie álgica e palidez cutânea, hipocorada (+++/+4) • ACV: RCR 2T BNF e AR: MVUA S/RA • Pulsos: rápidos e filiformes • Abdome: Inspenção (levemente distendido); Ausculta (RHA diminuídos), Palpação (doloroso difusamente a palpação superficial e em FIE doloroso a palpação profunda, com sinais de irritação peritoneal), Percussão (submacicez) • Exame especular: sangramento escuro, discreto saindo do orifício cervical • Toque vaginal bimanual: dor a mobilização e abaulamento em fundo do saco de Douglas (Sinal de Proust) • MMII: sem lesões ou edemas EXAMES COMPLEMENTARES: • HC Hb: 9 (Ref. 12-16), Ht: 28 (Ref. 36-48), Leuco: 13.000 (Ref. 3.700-10.000), Plaq: 190.000 (Ref. 150.000-450.000) • B-HCG: Positivo / Tipagem sanguínea: A+ (positivo) • USG TV: presença de de líquido livre em cavidade abdominal, com útero vazio 43 • Apresenta-se e inicia consulta com perguntas abertas, identifica gravidade levando a sala vermelha (MOV) • Investiga início do quadro, tipo da dor e do sangramento, intensidade e sintomas associados • Investiga DUM, vida sexual ativa, uso de método contraceptivo e antecedentes obstétricos • Investigou antecedentes patológicos e cirurgias previas • Solicita permissão para realizar exame físico e ginecológico, lava mãos e calça luvas (Pedir enfermeira na sala) • Realizou exame físico abdominal (localizando região da dor) e Exame especular e Toque vaginal • Solicita BHCG, HC, Tipagem sanguínea e USG-TV (interpretando resultados corretamente) • Dá o diagnóstico de Gravidez Ectópica Rota com instabilidade hemodinâmica (choque hipovolêmico grau 3) • Indica internação com 2 acessos venosos calibrosos, cristaloides aquecidos, reserva sanguínea e analgesia • Contactou especialista (Cirurgião ou Obstetra) e encaminhou paciente para Laparotomia após estabilização OBS: Paciente RH- (negativo): realizar imunoglobulina anti-D em até 72 horas de admissão. 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 44 IMAGENS DO CASO: • USG TV (útero vazio com líquido livre na cavidade) • Mapa mental gravidez ectópica 45 HIPERTENSÃO GESTACIONAL (PRÉ-ECLÂMPSIA) Você é o médico de uma ESF e recebe paciente do sexo feminino, 34 anos, gestante com 37 semanas, com queixa de cansaço e mal-estar. Nos próximos 10 minutos realize: • Anamnese direcionada • Exame físico • Hipótese diagnóstica • Conduta terapêutica 46 INFORMAÇÕES DA PACIENTE: • Gestante procura atendimento por apresentar a 2hrs, dor de cabeça holocraniana (7/10) e desconforto no estômago. • Nega outros sintomas. Nega sangramento ou perda de líquido. Nega comorbidades ou alergias. • Pré-natal sem intercorrências (6 consultas realizadas). Exames laboratoriais realizados e sem alterações, vacinas em dia. • G3P1A1 (aborto na primeira gestação e 1 parto normal). • Após diagnóstico gestante perguntar (Meu bebê está bem? Meu parto será cesárea?) SINAIS VITAIS: • REG • PA 170x110mmHg • FC 90bpm • FR 16irpm • SatO2 97% AA • Tax 36.5° • Peso 58kg / Altura 1,60 (IMC:22) EXAME FÍSICO: • Ectoscopia: paciente orientada e um pouco ansiosa e com rubor de face • Fundo de olho: sem alterações • ACV: RCR 2T com sopro sistólico paraesternal e AR: MVUA S/RA • Abdome: Inspenção (útero gravídico, com presença de linha nigra); Altura uterina (33cm), Palpação (Tônus uterino normal, com dinâmica uterina ausente), BCF (142bpm) • Manobra de Leopold: Situação (longitudinal); Dorso (esquerdo); Apresentação (cefálico); Insinuação (não insinuado) • Exame especular (sem alterações) e Toque vaginal (colo fechado) • MMII: +++/4+ EXAMES COMPLEMENTARES: • Proteína em fita urinária: ++/4+ • Relação Proteína / Creatinina urinária: 0,4mg 47 • Apresentou-se cordialmente a paciente e iniciou consulta com perguntas e questionamentos abertos • Na anamnese investiga início e evolução do quadro, tipo e intensidade da dor • Investiga sintomas associados (náuseas, vômitos, alterações visuais, convulsão, perda de líquido ou sangue) • Solicita cartão da gestante, avaliando histórico pré-natal, atualização vacinal e situação laboratorial • Solicita permissão para realizar exame físico e obstétrico, lava mãos e calça luvas (Pedir enfermeira na sala) • Colheu sinais vitais e IMC e realizou exame obstétrico (AU, Tônus, Dinâmica, Leopold, BCF, Especular e Toque) • Pensa em Hipertensão gestacional e solicita Proteína em fita urinária ou Relação Proteína/Creatinina urinária • Dá o diagnóstico de Pré-Eclâmpsia, colocando paciente em decúbito lateral esquerdo • Prescreve Hidralazina (baixar a PA) e Sulfato de Magnésio 50% 4g EV + 5g IM em cada nádega (Prichard) • Diz que o bebê está bem ao momento e que via de parto será decidida pelo obstetra (provável parto normal) • Faz contato com serviço de obstetrícia e solicita ambulância, realizando transferência da gestante OBS: Antídoto Sulfato de Magnésio (Gluconato de Cálcio 10% 10ml EV) 0 0,25 0.5 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,25 0.5 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 48 IMAGENS DO CASO: • Mapa mental DHEG • Esquemas Pritchard e Zuspan49 HEMORRAGIA PUERPERAL Você está de plantão em uma Maternidade e é chamado na enfermaria para avaliar uma puérpera de 35 anos, com quadro de sangramento vaginal após parto vaginal a 3 horas. Nos próximos 10 minutos realize: • Anamnese direcionada • Exame Físico direcionado • Hipótese diagnóstica • Conduta Terapêutica 50 INFORMAÇÕES DO PACIENTE: • Enfermeira relata que puérpera estava bem, no leito e que começou sangramento a mais ou menos 50 minutos. • Puérpera G4/P3/C1/A0. Pré-natal e parto atual sem intercorrências. • Informações do RN: Peso (4.000g), Comprimento (55cm), PC (36cm), Apgar (8/9). • Puérpera relata ao momento tontura e desconforto abdominal. SINAIS VITAIS: • REG • PA 100 x 60mmHg • FC 130bpm • FR 25irpm • SatO2 98% AA • Tax 36,7° EXAME FÍSICO: • Ectoscopia: paciente com mucosas hipocoradas ++/4+ • ACV: RCR 2T BNF e AR: MVUA S/RA • Abdome: útero com tônus amolecido acima da cicatriz umbilical (não melhora tônus com massagem nem com drogas) • Exame especular: ausência de laceração ou restos placentários, com saída de sangramento vermelho vivo do orifício cervical (não melhora tônus com massagem nem com drogas) • MMII: lesão da picada e edema discreto em pé esquerdo (pulsos presentes) EXAMES COMPLEMENTARES: • HC Hb: 11 (Ref. 12-16), Ht: 33 (Ref. 36-48), Leuco: 18.000 (Ref. 3.700-10.000), Plaq: 190.000 (Ref. 150.000-450.000) • Coagulograma (sem alterações) • Tipagem sanguínea: A+ • USG abdominal: não disponível 51 • Apresentou-se cordialmente como médico e acalmou a paciente • Comunicou-se adequadamente a enfermeira com atenção e respeito, dando as orientações necessárias • Explicou possíveis causas do sangramento (tônus, trauma, tecido e trombina) • Pediu permissão para realizar procedimento, lavou as mãos, calçou luvas e pediu um biombo • Iniciou massagem uterina bimanual avaliando tônus uterino, identificou choque grau 3 e pediu laboratórios • Fez aplicação de Ocitocina 20 UI em 500ml de SF0,9% EV + Ácido Tranexâmico EV (reserva sanguínea) • Realizou exame especular investigando trauma do trajeto e identificando origem do sangramento • Solicitou aplicação de Ergometrina IM e Misoprostol 600-800 mcg Via retal • Reavaliou útero vendo necessidade de procedimento cirúrgico (B-lynch, Embolização ou Histerectomia) • Solicitou avaliação com Obstetra e encaminhou ao Centro Cirúrgico (com colocação do balão de Bakri) 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 52 IMAGENS DO CASO: • Mapa Mental • Massagem uterina bimanual • Balão de Bakri 53 HIV NA GESTAÇÃO Você é o médico de uma ESF e recebe paciente do sexo feminino, 22 anos, com 14 semanas de gestação, trazendo exames laboratoriais solicitados por você na primeira consulta pré-natal. Nos próximos 10 minutos realize: • Interprete corretamente os exames • Informe adequadamente resultados • Colha sinais vitais e realize exame obstétrico • Trace uma conduta 54 INFORMAÇÕES DO PACIENTE: • Primigesta, solteira (sem parceiro fixo), gestação não planejada (14 sem.), que não fazia uso de método contraceptivo. • Mora com a mãe, sem emprego fixo, trabalha como catadora de alumínio (paciente com vulnerabilidade social). • Cartão vacinal solicitado na primeira consulta, não trazido na consulta atual. • Nega queixas na gestação atual. Nega comorbidades ou alergias. Não tabagista, bebe socialmente. • Não está fazendo uso de Sulfato Ferroso nem Ácido Fólico ao momento. • Nunca havia realizado exame para HIV (conhece pouco sobre a doença, mas sabe que é uma IST e que não tem cura). • OBS: Após resultado de Sorologia HIV gestante chora e fica muito nervosa. EXAMES TRAZIDOS PELA PACIENTE: • HC Hb: 12 (Ref. 12-16), Ht: 36 (Ref. 36-48), Leuco: 7.000 (Ref. 3.700-10.000), Plaq: 190.000 (Ref. 150.000-450.000) • Tipagem sanguínea (AB+); Glicemia de jejum (76) • EAS e Urocultura (sem alterações) • VDRL (negativo); Hepatite B e C (negativos); Sorologia HIV (positiva) • Toxoplasmose: IgM (negativo), IgG (positivo), • USG obstétrico: gestação tópica, única com feto vivo de 14 semanas SINAIS VITAIS: • BEG • PA 110 x 70mmHg • FC 78bpm • FR 17irpm • SatO2 99% AA • Tax 36.7° • Peso: 58kg / Altura: 1,60m (IMC: 22) 55 EXAMES COMPLEMENTARES: • Teste rápido HIV (positivo) EXAME FÍSICO: • Ectoscopia geral: sem alterações • ACV: RCR 2T BNF e AR: MVUA S/RA • Abdome: Inspeção (útero gravídico); AU (14cm); Palpação (tônus normal); BCF (142bpm); Leopold (impossível realizar) • Exame especular e Toque vaginal (sem alterações) • MMII: sem edemas 56 • Apresentou-se cordialmente a paciente e iniciou consulta com perguntas e questionamentos abertos • Busca saber se gestação está evoluindo bem, se paciente tem alguma queixa e solicita exames trazidos por ela • Identifica sorologia HIV positiva e inicia Protocolo SPIKES, oferecendo conforto e água para paciente (S) • Busca conhecimento da paciente sobre HIV (P) e faz correções sobre o conhecimento dela se necessário (I) • Informa resultado do exame a paciente de forma clara e compreensível (K) • Demonstra compaixão, oferece apoio emocional se aproximando da paciente, oferece lenço de papel (E) • Diz que irá realizar 1 teste rápido para confirmação diagnóstica e a partir daí serão tomadas as condutas (S) • Solicita permissão para realizar exame obstétrico, lava mãos e se paramenta (pedir enfermeira na sala) • Identifica e verbaliza que gestante e bebê estão bem ao momento e que ela está imune para Toxoplasmose • Prescreve imediatamente TARV (Tenofovir, Lamivudina e Dolutegravir) e orienta parar de beber • Solicita a presença do parceiro para realização de exames • Realiza notificação do caso e encaminha gestante ao pré-natal de alto risco 0 0,25 0.5 0 0,25 0.5 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,25 0.5 0 0,25 0.5 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 57 IMAGENS DO CASO: • Protocolo SPIKES • Atualização TARV na gestação OBS: TDF (Tenofovir) / 3TC (Lamivudina) / EFZ (Efavirenz) / ATV/r (Ritonavir) / DTG (Dolutegravir) 58 ISOIMUNIZAÇÃO RH Você é o médico de uma ESF e recebe paciente de 21 anos, com 14 semanas de gestação, para sua consulta pré-natal, trazendo exames laboratoriais solicitados por você na consulta anterior. Nos próximos 10 minutos realize: • Anamnese direcionada • Exame físico direcionado • Hipótese diagnóstica • Conduta terapêutica 59 INFORMAÇÕES DA PACIENTE: • Primigesta, com gestação de 14 semanas planejada, casada, não refere nenhuma queixa atualmente. • Cartão vacinal com vacinas tomadas (Hepatite B e Influenza). Consulta anterior sem nenhuma alteração. • Nega comorbidades ou alergias. Tipagem sanguínea do esposo A+ (positivo). EXAMES TRAZIDOS PELA PACIENTE: • HC Hb: 13 (Ref. 12-16), Ht: 37 (Ref. 36-48), Leuco: 6.000 (Ref. 3.700-10.000), Plaq: 290.000 (Ref. 150.000-450.000) • Tipagem sanguínea: O- (negativo) / EAS e Urocultura (sem alterações) / Glicemia de jejum (76) • VDRL (negativo) / Sorologia HIV (negativa) / Sorologia Hepatite B e C (negativas) • Toxoplasmose: IgM (negativo); IgG (positivo) • USG obstétrico: gestação tópica, única com feto vivo de 14 semanas SINAIS VITAIS: • BEG • PA 110 x 70mmHg • FC 78bpm • FR 17irpm • SatO2 99% AA • Tax 36.7° • Peso / Estatura (adequados) EXAME FÍSICO: • Ectoscopiageral: sem alterações • ACV: RCR 2T BNF e AR: MVUA S/RA • Abdome: Inspeção (útero gravídico); AU (13cm); Palpação (tônus normal); BCF (142bpm); Leopold (impossível realizar) • Exame especular e Toque vaginal (sem alterações) • MMII: sem edemas EXAMES COMPLEMENTARES: • Coombs indireto (negativo) 60 • Apresentou-se cordialmente a paciente e iniciou consulta com perguntas e questionamentos abertos • Na anamnese investiga queixas da gravidez (náuseas, vômito, pirose, perca de liquido, polaciúria, edema) • Solicita cartão da gestante confirma identificação e avalia atualização vacinal e alterações de consulta anterior • Solicita exames trazidos identificando Tipagem sanguínea Rh- (negativo) e imunidade contra Toxoplasmose • Solicita Tipagem sanguínea do pai da criança e confirma incompatibilidade entre esposa e marido • Solicita Coombs indireito, identificando que feto ainda não foi sensibilizado • Solicita permissão para realizar exame físico e obstétrico, lava mãos e calça luvas (pedir enfermeira na sala) • Realiza exame obstétrico corretamente: AU, Tônus, BCF, Exame especular e Toque vaginal • Orienta administração de vacina Imunoglobulina anti-D com 28 semanas de gestação • Encaminha gestante para avaliação em pré-natal de alto risco 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 61 PASSO A PASSO, PRÉ-NATAL DE GESTANTE RH- (NEGATIVO): • 1º passo: solicitar tipagem sanguínea do pai da criança→ se Rh- (encerrar investigação), se Rh+ (solicitar Coombs indireto) • 2º passo: se Coombs indireto negativo (vacina imunoglobulina Anti-D na 28° sem), se Coombs indireto positivo (Titulação) • 3º passo: se Titulação < 1/16 (repetir mensalmente), se Titulação > 1/16 (Dopplervelocimetria da artéria cerebral média) • 4º passo: se Dopplervelocimetria < 1,5 (reavaliar feto semanalmente), se Dopplervelocimetria > 1,5 (anemia fetal) • 5º passo: se anemia fetal, realizar transfusão sanguínea por Cordocentese guiada por USG e parto entre 35-37 semanas. 62 LICENÇA MATERNIDADE Você é o médico de uma Maternidade e está em seu consultório, quando recebe uma puérpera que já está de alta, querendo algumas informações sobre seu retorno ao trabalho e como fará para seguir dando leite materno. Nos próximos 10 minutos realize: • Esclarecer sobre licença maternidade • Explicar sobre armazenamento do leite materno • Esclarecer dúvidas 63 PERGUNTAS FEITAS PELA PACIENTE: • Quanto tempo tenho de licença maternidade? • Meu salário vai ser reduzido nesse período? • Corro risco de ser demitida antes desses 120 dias? • Meu esposo tem direito a algum tipo de licença também? • Vou precisar levar algum documento na empresa onde trabalho, para ter direito a licença? • Como posso está armazenando o leite, e por quanto tempo posso guardar esse leite? • Se eu retornar ao trabalho antes de 6 meses, posso continuar amamentando meu bebê? • Até quando preciso dar só o peito para meu filho? VANTAGENS DO ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO PARA O BEBÊ: • Prevenção de doenças graves (respiratórias, diarreicas e alérgicas) • Melhora do crescimento e desenvolvimento cerebral • Fortalece vínculo afetivo mãe bebê VANTAGENS DO ALEITAMENTO MATERNO PARA A MÃE: • Prevenção de hemorragia pós-parto • Atua como método contraceptivo até os 6 meses • Promove o fortalecimento dos ossos • Diminui risco de câncer de mama e ovário • Diminui risco de desenvolver Diabetes tipo 2 • Promove perda de peso (700kcal/dia) • Promove economia e eficácia (Leite bom, barato e limpo) 64 • Apresentou-se cordialmente a paciente e iniciou consulta com perguntas e questionamentos abertos • Explicou que tem direito a 120 dias de licença maternidade após alta previsto por lei • Informou que dependendo da empresa essa licença pode ser estendida para 180 dias • Orientou que se possuir carteira assinada, não terá prejuízo ao salário e ao emprego • Explicou que caso necessário o pai tem direito a 5 dias de licença paternidade • Informou que a notificação ao empregador será dada por você em forma de atestado • Explica que deve armazenar leite em frasco estéril (fervido) de vidro com tampa armazenamento • Informa que o tempo de conservação do leite é: Ambiente (2 horas), Geladeira (12 horas) e Freezer (15 dias) • Orienta que até os 6 meses terá direito a 2 intervalos de 30 minutos em seu dia de trabalho para amamentar • Explica importância de manter aleitamento materno exclusivo até 6 meses (verbaliza benefícios mãe e filho) • Esclarece dúvidas restantes, despedindo-se cordialmente de mãe e filho 0 0,25 0.5 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,25 0.5 65 MOLA HIDATIFORME Você é o médico de uma Maternidade e recebe paciente do sexo feminino, 35 anos, com queixa de atraso menstrual a 6 semanas, e apresentando sangramento vaginal. Nos próximos 10 minutos realize: • Anamnese direcionada • Exame físico direcionado • Hipótese diagnóstica • Conduta terapêutica 66 INFORMAÇÕES DO PACIENTE: • Paciente refere que está sem menstruar a 6 semanas e que observou barriga crescendo um pouco (acha que está grávida). • Relata que a 2 dias apresenta sangramento vaginal estranho, que aumentou de volume hoje pela manhã. • Refere também um pouco de fraqueza, dor cólica pélvica leve (3/10), náuseas e vários episódios de vômito. • Paciente casada (parceiro fixo), com vida sexual ativa, em uso de ACO. Tabagista (20 cigarros dia) e não etilista. • Antecedente G3P1A2 (filho vivo de parto normal, da primeira gestação). Nega comorbidades, uso de mediações e alergias. SINAIS VITAIS: • REG • PA 130 x 80mmHg • FC 91bpm • FR 19irpm • SatO2 97% AA • Tax 37° EXAME FÍSICO: • Ectoscopia geral: sem alterações • Fundo de olho: sem alterações • ACV: RCR 2T BNF e AR: MVUA S/RA • Abdome: Inspeção (útero gravídico), AU (12cm), Palpação (tônus amolecidos), BCF (ausente) • Exame especular (sangramento com eliminação de vesículas) / Toque vaginal (colo dilatado 2cm, indolor a mobilização) • MMII: sem lesões ou edemas EXAMES COMPLEMENTARES: • B-HCG qualitativo (positivo) / B-HCG quantitativ0 (210.000) / Tipagem sanguínea: O- (negativo) • HC Hb: 11 (Ref. 12-16), Ht: 35 (Ref. 36-48), Leuco: 7.000 (Ref. 3.700-10.000), Plaq: 190.000 (Ref. 150.000-450.000) • Ureia: 31 (Ref. 16-40), Creatinina: 0.9 (Ref. 0.6-1.2) / TGO: 36 (Ref. 5-40), TGP: 41 (Ref. 7-56) / TSH: 1.1 (Ref. 0.3-5.6) • USG TV (massa heterogenia, com espaços anecóicos, em aspecto de tempestade de neve, com ausência de feto) • Rx de tórax PA (sem alterações) 67 • Apresentou-se cordialmente a paciente e iniciou consulta com perguntas e questionamentos abertos • Investiga DUM, vida sexual ativa, característica da dor e sangramento, uso de ACO e sintomas associados • Investiga antecedentes patológicos e obstétricos, hábitos de vida (tabagismo e etilismo), uso de medicações • Solicita B-HCG qualitativo, interpretando resultado corretamente e informando a paciente • Solicita permissão para realizar exame físico e obstétrico, lava mãos e paramenta-se (Pedir enfermeira na sala) • Colhe sinais vitais e realiza Fundo de olho, AU, Tônus uterino, BCF, Exame especular e Toque vaginal • Suspeita de gestação molar e solicita B-HCG quantitativo e USG-TV (interpretando resultados corretamente) • Dá o diagnóstico de gestação molar com Mola Hidatiforme completa • Solicita HC, Tipagem sanguínea, Ureia, Creatinina, TGO, TGP, TSH e Rx de tórax (interpretando corretamente) • Indicou esvaziamentouterino com (Vacuoaspiração / AMIU / Curetagem) e analise histopatológica do material • Indica vacina Imunoglobulina Anti-D (RH-) após esvaziamento em até 72 horas • Na alta orienta acompanhamento B-HCG semanal (avaliando queda e negativação entre 8-10 semanas) • Orienta continuar com ACO e não engravidar durante 1 ano, orientando também parar de fumar 0 0,25 0.5 0 0,25 0.5 0 0,25 0.5 0 0,25 0.5 0 0,25 0.5 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,25 0,5 68 IMAGENS DO CASO: • USG-TV com imagem em tempestade de neve • Sangramento com presença de vesículas • Rx de tórax sem alterações • Mapa mental Doença trofoblástica gestacional • Seguimento pós-molar do B-HCG 69 70 NÓDULO DE MAMA Você é o médico de uma ESF e recebe paciente do sexo feminino, 40 anos, relatando que percebeu um caroço em sua mama esquerda há 4 dias ao tomar banho. Nos próximos 10 minutos realize: • Anamnese direcionada • Exame físico direcionado • Hipótese diagnóstica • Conduta terapêutica 71 INFORMAÇÕES DO PACIENTE: • Paciente relata que no banho observou caroço pequeno, duro, indolor e saída de um líquido claro em sua mama esquerda. • Nulípara (não deseja ter filhos), namorando (com parceiro fixo). Em uso de ACO e namorado preservativo durante relações. • Papanicolau em dia e sem alterações. DUM (há 15 dias), Menarca (aos 10 anos), Sexarca (aos 16 anos). • Nega históricos patológicos pessoais, uso de medicações (exceto ACO) e alergias. Nega tabagismo e bebe socialmente. • Histórico patológico pessoal (mãe falecida aos 50 anos, de Câncer de ovário, descoberto aos 43 anos). SINAIS VITAIS: • BEG • PA 120 x 80mmHg • FC 85bpm • FR 16irpm • SatO2 99% AA • Tax 36.5° EXAME FÍSICO: • Ectoscopia geral: sem alterações • ACV: RCR 2T BNF e AR: MVUA S/RA • Mamas: a) Inspeção Estática: Mama esquerda (pele em QSL em aspecto de casca de laranja), Mama direita (sem alteração) b) Inspeção Dinâmica: Mama esquerda (pele com retração em QSL), Mama direita (sem alteração) c) Palpação: Mama esquerda (nódulo duro, aderido à parede e bordes irregulares em QSL), Mama direita (sem alteração) d) Descarga papilar: Mama esquerda (espontânea e a expressão tipo água de rocha), Mama direita (sem alteração) • Linfonodos: cervicais, infra e supra claviculares, paraesternais (linfonodos ausentes) e axilares (linfonodo axilar esquerdo) • Exame especular (sem alterações) e Toque vaginal (colo fechado e sem dor a mobilização) • MMII: sem lesões ou edemas EXAMES COMPLEMENTARES: • Mamografia, USG de mamas e/ou PAAF (solicitados e aguardado resultado) 72 • Apresentou-se cordialmente a paciente e iniciou consulta com perguntas e questionamentos abertos • Na anamnese questiona sobre tempo de aparecimento, características do nódulo e presença de descarga papilar • Busca históricos ginecológicos (Papanicolau) e patológicos pessoais e história de CA de mama e ovário na família • Solicita permissão para realizar exame físico e das mamas, lava mãos e calça luvas (pedir enfermeira na sala) • Realiza inspeção estática e dinâmica das mamas corretamente (preocupou-se com exposição da paciente) • Realiza palpação de cadeia linfática corretamente e identifica presença linfonodo axilar esquerdo • Realiza Palpação das mamas (corretamente) e Expressão mamária em busca de descarga papilar • Associa características do nódulo e informa a paciente que são características suspeitas (sem assustar a paciente) • Solicita USG de mama ou PAAF (diferenciar entre nódulo ou cisto) e Mamografia • Orienta retorno com resultado de exames, para nova avaliação e conduta para o caso • Esclarece dúvidas restantes e despede-se da paciente, deixando portas da unidade sempre abertas 0 0,25 0.5 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,25 0.5 73 IMAGENS PARA EXAME DAS MAMAS: • Sequência correta • Inspeção estática • Inspeção dinâmica • Palpação de linfonodo axilar • Técnica de palpação da mama • Expressão mamária 74 IMAGENS COMPLEMENTARES: • Mama esquerda dividida em quadrantes • PAAF • Core Biopsy • Mamografia normal (BI-RADS 1) • BI-RADS 75 PAPANICOLAU (LSIL) Você é o médico de uma ESF e recebe paciente do sexo feminino, 57 anos, trazendo resultado de Papanicolau para sua avaliação. Nos próximos 10 minutos realize: • Anamnese direcionada • Hipótese diagnostica • Conduta e orientações 76 RESULTADO DE PAPANICOLAU: • LSIL • Papanicolau anterior realizado a 3 anos, sem alterações. INFORMAÇÕES DA PACIENTE: • Paciente sem queixas ao momento. Casada a 25 anos (G3P3A0), vida sexual ativa. Nega comorbidades e alergias. • Menarca (aos 13 anos); Sexarca (aos 18 anos); Menopausa (aos 52 anos). • Menopausa (aos 48 anos). Nega uso de reposição hormonal. Nunca realizou mamografia. • Histórico de trombose familiar (mãe). SINAIS VITAIS: • BEG • PA 120 x 80mmHg • FC 87bpm • FR 16irpm • SatO2 98% AA • Tax 36.5° EXAME FÍSICO: • Ectoscopia geral: sem alterações • ACV: RCR 2T BNF e AR: MVUA S/RA • Abdome: Inspeção (flácido), Ausculta (RHA normais), Palpação (indolor a palpação), Percussão (sem alterações) • Exame especular e Toque vaginal (não consta no Checklist) • MMII: sem lesões ou edemas 77 • Apresentou-se cordialmente a paciente e iniciou consulta com perguntas e questionamentos abertos • Investiga queixas, menarca, sexarca, vida sexual ativa, parceiro fixo, menopausa e uso de reposição hormonal • Questiona histórico ginecológico/obstétrico, histórico patológico pessoal e familiar e se já realizou mamografia • Solicita Papanicolau trazido pela paciente e questiona sobre Papanicolau anteriores e seus respectivos resultados • Dá o diagnóstico de LSIL (lesão de baixo grau), acalma paciente informando não ser algo grave até o momento • Não realizou exame físico em nenhum momento da consulta e não indicou reposição hormonal • Indica realização de novo Papanicolau após 6 meses e solicita realização de Mamografia • Orienta retorno imediato a unidade de saúde em caso de dor, sangramento ou leucorreia • Esclarecer dúvidas informando se tratar de doença causada pelo vírus HPV 16-18 • Agenda retorno para avaliação de resultado da mamografia e após 6 meses para resultado de novo Papanicolau 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 78 IMAGENS DO CASO: • Técnica de coleta • Materiais de coleta • Diagnóstico e conduta • Escolha do espéculo 79 PAPANICOLAU (HSIL) Você é o médico de uma ESF e recebe paciente do sexo feminino, 49 anos, trazendo resultado de Papanicolau para sua avaliação. Nos próximos 10 minutos realize: • Anamnese direcionada • Hipótese diagnóstica • Conduta e orientações 80 RESULTADO DE PAPANICOLAU: • HSIL • Papanicolau anterior realizado a 3 anos, sem alterações INFORMAÇÕES DA PACIENTE: • Paciente sem queixas ao momento, casada a 10 anos (parceiro fixo),vida sexual ativa (não recorda quantidade de parceiros). • DUM (há 5 meses); Menarca (aos 11 anos); Sexarca (aos 16 anos). G2P2A0. • Laqueadura a 5 anos (não faz uso de método contraceptivo). Nega histórico patológico pessoal ou familiar. Nega alergias. SINAIS VITAIS: • BEG • PA 110 x 60mmHg • FC 92bpm • FR 19irpm • SatO2 98% AA • Tax 37° EXAME FÍSICO: • Ectoscopia geral: sem alterações • ACV: RCR 2T BNF e AR: MVUA S/RA • Abdome: Inspeção (flácido), Ausculta (RHA normais), Palpação (indolor a palpação), Percussão (sem alterações) • Exame especular e Toque vaginal (não consta no Checklist) • MMII: sem lesões ou edemas EXAMES COMPLEMENTARES: • Colposcopia + Biópsia (resultado NIC 2) 81 • Apresentou-se cordialmente a paciente e iniciou consulta com perguntas e questionamentos abertos • Na anamnese questiona queixas, menarca, sexarca, vida sexual ativa, DUM, uso de ACO, quantidade de parceiros • Não realiza exame físico ou ginecológico em nenhum momento da consulta • Solicita exame e questiona sobre Papanicolau anteriores e seus respectivos resultados • Dá o diagnóstico de HSIL (lesão de alto grau) • Acalma a paciente explicando que serão realizados outros exames para melhor diagnóstico • Solicita realização de Colposcopia e Biopsia (Teste Schiller) • Interpreta resultado corretamente (NIC 2), orientando a necessidade de Conização (explica procedimento) • Esclarece dúvidas informando se tratar de doença causada pelo vírus HPV 16-18 • Encaminha paciente ao Ginecologista para realização de Conização 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 82 IMAGENS DO CASO: • Aspectos do colo • Teste de Schiller positivo • Teste de Schiller negativo • Conização • Colposcopia 83 PLANEJAMENTO FAMILIAR Você é o médico de uma ESF e recebe paciente do sexo feminino, 30 anos, desejando iniciar método contraceptivo. Nos próximos 10 minutos realize: • Anamnese direcionada • Exame físico direcionado • Hipótese diagnóstica • Conduta terapêutica 84 INFORMAÇÕES DA PACIENTE: • Paciente procura ESF, pois há 6 meses está sem usar ACO, pois o último que ela usava, estava muito caro, por isso parou. • Casada (parceiro fixo), com esposo fazendo uso de preservativo desde que parou seu anticoncepcional. • DUM (há 4 dias); Menarca (aos 11 anos); Sexarca (aos 17 anos). G2P2A0 (não deseja engravidar ao momento). • Nega histórico de Trombose, Enxaqueca, HAS, DM, Tabagismo, Epilepsia e CA de mama ou ovário (pessoal ou familiar). • Papanicolau realizados aos 25 e 26 anos (ambos sem alterações). • Paciente deseja voltar a usar pílula (não deseja outro método contraceptivo). SINAIS VITAIS: • BEG • PA 110x70mmHg • FC 78bpm • FR 15irpm • SatO2 99% AA • Tax 36.5° • Peso: 67kg / Altura: 1.70m (IMC=23) EXAME FÍSICO: • Ectoscopia geral: sem alterações • ACV: RCR 2T BNF e AR: MVUA S/RA • Abdome: Inspenção (flácido); Ausculta (RHA normais), Palpação (indolor a palpação), Percussão (sem alterações) • MMII: sem lesão ou edemas EXAMES COMPLEMENTARES: • Papanicolau (Espéculo, Espátula de Ayres, Escova Endocervical, Lâmina, Lápis, Fixador, Coletor, Foco luminoso): a) Exame especular (sem alterações): realiza coleta Ectocervical (espátula de Ayres) e Endocervical (escova Endocervical) b) Toque vaginal bimanual (colo fechado e indolor a palpação de colo e anexos) 85 • Apresentou-se cordialmente a paciente e iniciou atendimento com perguntas e questionamentos abertos • Buscou saber qual o motivo que a fez parar de tomar seu anticonceptivo • Questiona DUM, menarca, sexarca, vida sexual ativa (parceiro fixo), uso de algum método de proteção • Busca histórico de Trombose, Enxaqueca, HAS, DM, Tabagismo, Epilepsia e CA de mama (pessoal ou familiar) • Investiga histórico de Papanicolau (informando que paciente teria que ter colhido exame aos 29 anos) • Informa possibilidades de contraceptivos (DIU, ACO, Injetáveis mensais e Injetáveis trimestrais) • Pede permissão para exame físico e coleta de Papanicolau. Lava mãos e calças luvas (Pedir enfermeira na sala) • Solicita Espéculo, Espátula de Ayres, Escova Endocervical, Lâmina, Lápis, Fixador, Coletor, Foco luminoso • Realiza coleta e toque vaginal bimanual corretamente (verbalizando todo o procedimento) • Prescreve ACO orientando uso, o que fazer quando esquecer e inconvenientes (náuseas, spotting e mastalgia) • Agenda retorno para resultado de Papanicolau e reforça indicação de dupla proteção 0 0,25 0.5 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,25 0.5 86 IMAGENS DO CASO: • Materiais de coleta Papanicolau • Método de coleta • Escolha do espéculo • Orientações de quando esquecer a pílula 87 PLACENTA PRÉVIA Você é o médico de uma Maternidade e recebe paciente do sexo feminino, 36 anos, com 37 semanas de gestação, com queixa de sangramento vaginal. Nos próximos 10 minutos realize: • Anamnese direcionada • Exame físico direcionado • Hipótese diagnóstica • Conduta terapêutica 88 INFORMAÇÕES DO PACIENTE: • Gestante admitida referindo que a 2 horas, iniciou sangramento vaginal, discreto, vermelho vivo e indolor. • Nega traumas, manipulações ou uso de medicações. Nega comorbidades ou alergias. • Relata que durante a gestação apresentou 3 episódios de sangramento discreto, que se resolveram espontaneamente. • Pré-natal sem outras intercorrências (6 consultas realizadas). Laboratórios e vacinas em dia. G3P2A0 (2 cesarianas). SINAIS VITAIS: • REG • PA 110 x 70mmHg • FC 90bpm (105bpm se Toque vaginal) • FR 18irpm • SatO2 97% AA • Tax 36.5° EXAME FÍSICO: • Ectoscopia geral: presença de cloasma gravídico • ACV: RCR 2T BNF e AR: MVUA S/RA • Abdome: Inspenção (útero gravídico, com presença de linha nigra); Altura uterina (36cm), Palpação (Tônus uterino normal com dinâmica uterina ausente), BCF (142bpm / Se toque vaginal BCF 122) • Manobra de Leopold: Situação (longitudinal); Dorso (esquerdo); Apresentação (cefálico); Insinuação (não insinuado) • Exame especular (colo fechado com sangramento discreto, vermelho rutilante, saindo do canal cérvico vaginal) • Toque vaginal (se realizar, paciente aumenta sangramento vaginal e feto entra em SFA) • MMII: edemas +/4+ EXAMES COMPLEMENTARES: • USG obstétrico (placenta insertada recobrindo todo orifício cervical, com feto vivo, BCF 142bpm) • HC: Hb: 11 (Ref. 12-16), Ht: 35 (Ref. 36-48), Leuco: 5.000 (Ref. 3.700-10.000), Plaq: 210.000 (Ref. 150.000-450.000) • Tipagem sanguínea: A+ (positivo) • Cardiotocografia: FCF 142bpm com ausência de desacelerações tardias ou variáveis (DIP 1 = Normal) 89 • Apresentou-se cordialmente a gestante e iniciou consulta com perguntas e questionamentos abertos • Investiga características do sangramento (início, intensidade, cor, dor) e histórico de trauma ou manipulação • Solicita cartão pré-natal investigando intercorrências no pré-natal, vacinas em dia, GPA (busca cesárea anterior) • Solicita permissão para realizar exame físico e obstétrico, lavou mãos e calçou luvas (Pedir enfermeira na sala) • Colhe sinais vitais e realiza exame obstétrico corretamente (AU, tônus, dinâmica, BCF, Leopold, exame especular) • Não realizou toque vaginal • Suspeita de Placenta prévia e solicita USG obstétrico, HC e Tipagem sanguínea • Dá o diagnóstico de Placenta Prévia centro total • Indica internação com HV e solicita monitorizaçãofetal com Cardiotocografia (identificando DIP 1) • Contatou Obstetra, solicitou reserva sanguínea e encaminhou gestante para parto cesárea OBS: Em caso de gestação pré-termo→ internação + controle hemodinâmico materno + controle fetal (cardiotocografia) + repouso + corticoide (maduração pulmonar) + tocólise. 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 90 IMAGENS DO CASO: • Placenta prévia classificação • Fatores de risco • USG obstétrico com placenta centro-total • Cardiotocografia DIP 1 91 PRÉ-NATAL Você é o médico de uma ESF e recebe paciente do sexo feminino, 24 anos, casada, trazendo exame B-HCG positivo. Nos próximos 10 minutos realize: • Inicie o Pré-natal da paciente • Realize exame físico obstétrico • Calcule IG e DPP • Esclareça dúvidas restantes OBS: DATA DA CONSULTA: 17/05/2021 92 INFORMAÇÕES DA PACIENTE: • Exame B-HCG confirmado como sendo da paciente. • Paciente sem queixas (nega sangramento ou perda de liquido). Casada (gestação planejada). Não fazia uso de ACO a 6 meses. • Nega histórico patológico pessoal e familiar. Nega gemelaridade familiar. • Cartão vacinal: Hepatite B (2 doses) e DT (2 doses). • G1P0A0; DUM: 22/03/2021; IG (56 dias ÷ 7) = 10 semanas e 4 dias; DPP (Regra de Naegele) = 29/12/2021. • Nega tabagismo, etilismo e sedentarismo (faz caminhadas). Não faz uso de nenhuma medicação ao momento. Nega alergias. SINAIS VITAIS: • BEG • PA 110 x 70mmHg • FC 75bpm • FR 16irpm • SatO2 99% • Tax 36.5° • Peso 66kg / Altura 1.70m (IMC 22) EXAME FÍSICO: • Ectoscopia geral: sem alterações • ACV: RCR 2T BNF e AR: MVUA S/RA • Abdome: Inspeção (presença de útero gravídico), AU (10cm), Tônus (normal), Leopold (impossível realizar) • Exame especular e Toque vaginal (sem alterações) • MMII: sem lesões ou edemas EXAMES QUE DEVEM SER SOLICITADOS: • HC; Tipagem sanguínea; Glicemia de jejum; EAS e Urocultura; Sorologias (HIV, Hepatite B, VDRL e Toxoplasmose) • USG obstétrico transvaginal (não obrigatório, mas atualmente recomendável realizar até 12 semanas de gestação) 93 • Apresentou-se cordialmente a paciente e iniciou consulta com perguntas e questionamentos abertos • Investiga hábitos de vida (tabagismo, etilismo, sedentarismo) e antecedentes patológicos pessoais e familiares • Investiga DUM, uso de contraceptivo, desejo de gestar, estado civil (parceiro fixo) • Calcula IG e DPP corretamente (pela DUM) • Solicita permissão para realizar exame obstétrico, lava mãos e calça luvas (Pedir enfermeira na sala) • Colhe sinais vitais, peso/altura (calcula IMC) e realiza exame obstétrico • Solicita HC; Tipagem sanguínea; Glicemia jejum; EAS e Urocultura; Sorologias (HIV, Hep. B, VDRL e Toxoplasmose) • Solicita USG obstétrico transvaginal e orienta vacinas contra Hepatite B, Influenza e DTPa (após 20 semanas) • Prescreve Ácido fólico e orienta profilaxia para Toxoplasmose (evitar contato com terra e gatos, lavar alimentos) • Preenche cartão pré-natal corretamente e agenda retorno para nova consulta em 4 semanas 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 94 IMAGENS DO CASO: • Calendário de consultas • DPP (regra de Naegele) • Cálculo da idade gestacional Nº dias ÷ 7 95 SÍFILIS GESTACIONAL Você é o médico de uma ESF e recebe paciente do sexo feminino, 21 anos, com 14 semanas de gestação, para sua segunda consulta pré-natal, trazendo exames solicitados por você na primeira consulta. Nos próximos 10 minutos realize: • Anamnese direcionada • Exame físico direcionado • Hipótese diagnóstica • Conduta terapêutica 96 INFORMAÇÕES DO PACIENTE: • Primigesta (G1P0A0), solteira (não tem boa relação com o pai do bebê), gravidez atual indesejada. • Sem queixas. Refere nunca ter observado nenhum tipo de lesão genital. Nunca realizou tratamento para Sífilis. Nega alergias. • Cartão vacinal: Hepatite B e Influenza (tomadas e atualizadas na consulta anterior); DT (2 doses tomadas). • Possui 2 gatos casa e gosta de comer carne malpassada. Nega comorbidades e alergias (sem uso de medicação atualmente) EXAMES TRAZIDOS PELA PACIENTE (NOME DO EXAME NÃO CONFERE COM NOME DA PACIENTE): • HC: Hb: 12.5 (Ref. 12-16), Ht: 38 (Ref. 36-48), Leuco: 6.000 (Ref. 3.700-10.000), Plaq: 200.000 (Ref. 150.000-450.000) • Tipagem sanguínea (AB+) / EAS e Urocultura (sem alterações) / Glicemia de jejum (76) • HBsAg IgM (negativo) e IgG (positivo) / VDRL (1:64) / HIV (negativo) / Toxoplasmose IgM (negativo) e IgG (negativo) • USG obstétrica transvaginal (gestação tópica de 14 semanas, com feto vivo) SINAIS VITAIS: • BEG • PA 110 x 70mmHg • FC 72bpm • FR 18irpm • SatO2 99% AA • Peso 66kg / Altura 1.70m (IMC 22) • Tax 36.5° EXAME FÍSICO: • Ectoscopia geral: sem alterações • ACV RCR 2T BNF e AR MVUA S/RA • Abdome: Inspeção (presença de útero gravídico), AU (14cm), Tônus (normal), BCF (148bpm), Leopold (impossível realizar) • Exame especular e Toque vaginal (sem alterações) / Inspeção da vulva (sem lesões) • MMII: sem edemas EXAMES COMPLEMENTARES DISPONÍVEIS NA UBS: • Teste rápido para Sífilis (positivo) / Teste rápido para Hepatite C (negativo) 97 • Apresentou-se cordialmente a paciente e iniciou consulta com perguntas e questionamentos abertos • Na anamnese investigou queixas (náuseas, vômito, pirose, perca de liquido, polaciúria, edema) • Solicitou cartão de gestante e avaliou atualização vacinal (orienta DTPA com 20 semanas fechando esquema) • Avaliou resultado de exames identificando VDRL positivo e susceptível a Toxoplasmose • Solicita Teste rápido para Sífilis (confirmar diagnóstico) e Hepatite C (buscando outras ISTs) • Investiga Sífilis anterior, histórico de lesões genitais ou tratamento para Sífilis • Solicita permissão para realizar exame obstétrico/ginecológico, lava mãos e calça luvas (Pedir enfermeira na sala) • Dá o diagnóstico de Sífilis latente tardia (duração desconhecida), questionando alergia a penicilina • Prescreve P Benzatina 2.400.000 UI em 3 doses semanais IM • Orienta como lavar alimentos e não manipular terra ou gatos pois é susceptível a Toxoplasmose • Encaminha para pré-natal de risco e convoca parceiro • Realiza notificação do caso 0 0,25 0.5 0 0,25 0.5 0 0,25 0.5 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,25 0.5 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 0 0,5 1.0 98 IMAGENS DO CASO: • Classificação • Tratamento 99 SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS (SOP) Você é o médico de uma ESF e recebe paciente do sexo feminino, 28 anos, casada, com queixa de ciclos menstruais irregulares e com atrasos frequentes. Nos próximos 10 minutos realize: • Anamnese direcionada • Exame físico direcionado • Hipótese diagnóstica • Conduta terapêutica 100 INFORMAÇÕES DO PACIENTE: • Paciente nulípara, casada (parceiro fixo), vida sexual ativa (relações 3x por semana), não faz uso de nenhum método contraceptivo a 1 ano (deseja engravidar). Relata que mãe tinha mesmos problemas de atrasos menstruais • Nega outras comorbidades (pessoais e familiares), etilismo ou tabagismo. Nega alergias. • DUM (há 60 dias), relata atrasos e irregularidades já a 4 ciclos. Menarca (aos 12 anos), Sexarca (aos 18 anos). • Relata que
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