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Contestação em Ação de Exoneração de Alimentos

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE FAMÍLIA, SUCESSÕES E AUSÊNCIA DA COMARCA DE PASSOS/ MINAS GERAIS.
   
PROCESSO: 
*5001883-48.2018.8.16.0479*
 
 CAROLINE FERREIRA SILVA, nacionalidade Brasileira, solteira ,estudante, portador da Cédula de Identidade M-64.323.738-6 expedida pela SSP/MG, inscrito no CPF sob nº 391.487.808-80, nascido aos 18/02/1998, e RAISSA VITÓRIA FERREIRA SILVA, nacionalidade Brasileira, solteira, estudante, portadora do RG, 64.323.744-6, devidamente inscrita no cadastro de pessoa física CPF 391.487.798-73, nascida em 18/12/1999, ambas residente à R. Hugo Fávero, 03, jardim Boa Vista , CEP 14840-000, Guariba – SP, vem à presença de Vossa Excelência, por seu representante constituído propor 
CONTESTAÇÃO
Em face da Ação de exoneração de alimentos com pedido de liminar, movida por EVA VITORIA DA SILVA, dizendo e requerendo o que segue:
I- DA SÍNTESE DOS FATOS
Trata-se de ação de exoneração de alimentos indevidamente movida pela Autora uma vez que entre as partes restou acordado que seriam pagos aos Autores, a título de prestação alimentícia, o equivalente a meio salário mínimo nacional vigente, até o dia 05 de cada mês, a ser depositado na conta corrente em nome da Genitora. 
Como se extrai da documentação acostada, as contestantes em nada mudaram sua condição, ao contrario do que alega a autora, estão buscando melhora em suas condições de vida através dos estudos.
Corroborando com tal alegação segue anexo comprovante de regular matricula e frequência em curso superior, sendo assim não cabível a presente exoneração.
Outro fato e que as contestantes necessitam de tal ajuda para custear o mínimo de suas despesas, pois o valor pago a titulo de alimentos sempre tem que ser complementado devido a outros custos pessoais das requeridas.
Fato é que ainda que compadeça com a situação de saúde da avó, não se pode olvidar que as requeridas também necessitam deste valor, uma vez que o pai não deu e não dá qualquer tipo de ajuda.
Levanto em conta que a requerente recebe o valor de quase dois mil reais e em caso de ação de alimentos avoengos , em caso de deferimento pagaria o mínimo de 30% que chegaria o patamar de aproximados 670,00 (seiscentos e setenta reais) , perfeitamente cabível que continue a ser pago o valor de R$477,00 a titulo de alimentos.
Notamos ainda que é real a necessidade das contestantes, uma vez que estudam e não possuem nenhuma ajuda a não ser o valor que recebe. 
Todavia, diferentemente do que foi narrado onde alega a autora que não possui condição de arcar com tal valor, devido ao fato principal que as requeridas são maiores de idade, não merece prosperar tais alegações, razão pela qual impugna todos os documentos e argumentos trazidos pela inicial.
II- DA GRATUIDADE JUDICIÁRIA
A gratuidade de justiça busca garantir o amplo acesso ao judiciário, devendo ser concedido àqueles que não podem arcar com as custas processuais sem comprometer a sua subsistências, conforme clara redação do Código de Processo Civil de 2015:
Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso.
§ 1o Se superveniente à primeira manifestação da parte na instância, o pedido poderá ser formulado por petição simples, nos autos do próprio processo, e não suspenderá seu curso.
§ 2o O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão de gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do preenchimento dos referidos pressupostos.
§ 3o Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural.
Trata-se de ação movida em desfavor das contestantes que não possuem condições evidentes de arcar com as custas processuais, não podendo ser considerados os rendimentos da mãe para análise da capacidade, conforme precedentes sobre o tema:
APELAÇÃO. ALIMENTOS. REVISÃO. (...) AJG. O apelante, uma criança, que recebe alimentos do pai, evidentemente não tem condições de pagar sustas e honorários. E os rendimentos da mãe não devem ser considerados para fins de AJG. Favor concedido. APELO PARCIALMENTE PROVIDO. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70072721897, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Ivan Leomar Bruxel, Julgado em 14/12/2017).
Para tal benefício as Requerentes juntam declaração de hipossuficiência e copia da carteira de trabalho, os quais demonstram a inviabilidade de pagamento das custas judicias sem comprometer sua subsistência, 
Assim, por simples petição, sem outras provas exigíveis por lei, faz jus o Requerente ao benefício da gratuidade de justiça:
PROCESSUAL CIVIL. IMPUGNAÇÃO À ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA. AUSÊNCIA DE PROVA EM CONTRÁRIO. 1.O direito ao benefício da assistência judiciária gratuita não é apenas para o miserável, e pode ser requerido por aquele que não tem condições de pagar as custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo de seu sustento e de sua família. Precedentes. 2.O escopo da gratuidade de justiça é assegurar a todos o acesso ao Judiciário, conferindo eficácia aos comandos constitucionais insculpidos nos incisosXXXVeLXXIVdo art.5ºdaCarta da Republica. 3.Ao impugnante incumbe o ônus de provar cabalmente a inexistência dos requisitos autorizadores à concessão do benefício da assistência judiciária gratuita. 4.Inexistindo prova de que, a despeito da parte impugnada atuar no ramo de paisagismo, aufira renda suficiente para arcar com o pagamento das custas e despesas do processo sem o comprometimento de seu próprio sustento, tem-se por correta a rejeição da Impugnação à Assistência Judiciária. 5.Apelação Cível conhecida e não provida. (APC 20140111258250 Orgão Julgador1ª Turma Cível DJE : 23/02/2016 . Relator NÍDIA CORRÊA LIMA)
Assim, considerando a demonstração inequívoca da necessidade do Requerente, tem-se por comprovada sua miserabilidade, fazendo jus ao benefício.
Por tais razões, com fulcro no artigo 5º, LXXIV da Constituição Federal e pelo artigo 98 do CPC, requer seja deferida a gratuidade de justiça ao requerente.
2. MÉRITO DA CONTESTAÇÃO
A Contestaste impugna todos os fatos articulados na inicial o que se contrapõem com os termos desta peça, esperando a IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO PROPOSTA, pelos seguintes motivos:
Da alegada alteração do poder aquisitivo do Contestante
O Código Civil, em seus arts. 1.699 e 1.708 do Código Civil, estabelece a possibilidade de revisão dos alimentos exclusivamente nos casos em que manifestamente houver mudança na situação financeira do alimentante, in verbis:
Art. 1.699. Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira de quem os supre, ou na de quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme as circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do encargo.
Ocorre que, diferentemente do que foi alegado, o Autor não teve drástica redução de seus vencimentos ou submetido a situação que impactasse em sua capacidade em prestar alimentos. Pelo contrário, mantém padrão de vida elevado, conforme ________ 
Conforme leciona renomada doutrina:
"O surgimento de nova família e o nascimento de outros filhos não é motivo instantâneo e razão infalível de redução da obrigação alimentar preexistente, sendo ônus do devedor provar, satisfatoriamente, que houve substancial alteração de sua capacidade econômica. Tais fatos, inclusive, mais evidenciam a capacidade econômica do alimentante, pois só constitui família ou tem filhos quem tem condições para arcar com os encargos decorrentes." DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias - Edição 2017, e-book, 28.40. Ação revisional e exoneratória)
Afinal, a procedência dos argumentos exige prova robusta da insuficiência alimentar do Autor que venha a comprometer a sua própria subsistência, conforme entendimento da jurisprudência:
REVISÃO. ALIMENTOS. ALTERAÇÃO NO BINÔMIO NECESSIDADE/POSSIBILIDADE. DIMINUIÇÃO DA CAPACIDADE ECONÔMICA DOALIMENTANTE. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO. 1. A fixação da pensão alimentícia norteia-se pelo binômio necessidade/capacidade, admitindo-se a alteração no valor fixado na hipótese de rompimento do equilíbrio necessário entre os fatores integrantes desse critério, conforme estabelece o art. 1.699 do Código Civil. 2. O sustento da criança deve ser proporcionado por ambos os pais, na medida das respectivas possibilidades. 3. É incabível a redução da prestação de alimentos quando os documentos apresentados pelo apelante são insuficientes para comprovar a redução de sua capacidade financeira. 4. Apelação conhecida e desprovida. (TJ-DF 20160710155697 - Segredo de Justiça 0014797-32.2016.8.07.0007, Relator: DIAULAS COSTA RIBEIRO, 8ª TURMA CÍVEL, Data de Publicação: Publicado no DJE : 26/09/2017 . Pág.: 557/567)
APELAÇÃO. REVISÃO DE ALIMENTOS. Para que seja possível reforma do valor estabelecido por sentença ou acordo homologado anterior ao ajuizamento da revisão de alimentos, é imprescindível a apresentação probatória que demonstre alteração fático-jurídica de quem paga, ou de quem recebe. No caso, o genitor não demonstrou de forma suficiente alteração em seus rendimentos, uma vez que suas alegações não conferem com suas despesas. Constituição de nova união não possui condão de revisaralimentos, uma vez que a responsabilidade do genitor perante seu filho não se altera nesta circunstância. Manutenção da sentença. APELO IMPROVIDO. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70069975027, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Ivan Leomar Bruxel, Julgado em 09/11/2017).
A simples maioridade do alimentado não reflete na automática extinção dos alimentos, exigindo-se para tanto, prova capaz de deduzir a capacidade do alimentado na sua manutenção:
APELAÇÃO. REVISÃO DE ALIMENTOS. A fim que de seja possível a reforma da verba alimentícia, imperioso constar nos autos a mudança na situação fático-jurídica daquele que pretende a mudança. No caso, a autora, alimentanda, maior de idade, demonstrou suas necessidades de reforma do valor que se beneficia, e o réu, genitor, não logrou êxito em demonstrar a impossibilidade de atendimento. Reforma parcial da sentença, para elevar os alimentos para 1,5 salário mínimo nacional. A parcial procedência da ação não implica imposição de honorários em favor do réu. APELO PROVIDO, EM PARTE. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70068902717, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Ivan Leomar Bruxel, Julgado em 13/07/2017).
A doutrina, nesse mesmo sentido, destaca sobre a necessária manutenção dos alimentos, inclusive após a maioridade civil:
"Os gastos dos filhos maiores de idade ou menores emancipados continuarão tendo de ser atendidos pelos pais com os quais convivem e dos quais dependem financeiramente enquanto complementam sua educação e formação necessários para que possam ter um futuro e uma carreira profissional, prolongando-se o vínculo de alimentos até que a prole alcance sua autossuficiência econômica, que nem sempre encerra com o fim dos estudos, (...)". (MADALENO, Rolf. Manual de Direito de Família. Editora Gen, 2017. Versão Kindle, p. 9472)
Assim, diante da necessária manutenção do binômio necessidade/capacidade, imperiosa a manutenção dos alimentos pactuados.
Portanto, totalmente improcedente os pedidos ventilados na inicial, razão pela qual conduz à sua imediata extinção.
3. DAS PROVAS TRAZIDAS AOS AUTOS 
Os documentos juntados à inicial tratam-se de provas insuficientes a comprovar o alegado, uma vez que: ________ 
Portanto, considerando que é dever do Autor, nos termos do art. 320 do CPC, instruir a inicial com os documentos indispensáveis à propositura da ação, requer a total improcedência da ação.
2. DAS PROVAS QUE PRETENDE PRODUZIR
Caso seja dada a continuidade à presente ação, o Contestante pretende instruir seus argumentos com as seguintes provas:
a) depoimento pessoal da autora, para esclarecimentos;
b) ouvida de testemunhas, cujo rol será depositado em Cartório na devida oportunidade, caso não ocorra o julgamento antecipado da lide, com a acolhida das preliminares arguidas nesta Contestação;
c) a juntada dos documentos em anexo, em especial ________ .
7. DOS PEDIDOS
1. Diante de todo o exposto, em sede de CONTESTAÇÃO, requer:
O deferimento do pedido de Gratuidade de Justiça;
A TOTAL IMPROCEDÊNCIA da presente demanda, com a manutenção do valor de alimentos fixados em ________ ;
A condenação do Autor ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios.
A produção de todas as provas admitidas em direito, em especial a ________ 
Seja requisitada à Repartição Pública ________ a emissão de certidão ________ , necessária à comprovação do direito aqui pleiteado nos termos do art. 438 do CPC;
Manifesta o interesse na realização de audiência conciliatória;
A condenação do Autor ao pagamento de honorários advocatícios nos parâmetros previstos no art. 85, §2º do CPC;
Do valor da causa à Reconvenção: R$ ________ 
Nestes termos, pede deferimento
________ , ________ 
________ OAB/ ________ 
Anexos:
1. Declaração de hipossuficiência
2. Comprovante de renda
3. Procuração
sejam estes subscritores habilitados nos autos. 
Nos termos do art. 1º do Ato número 423/CSJT, de 12 de novembro de 2013, procedo à juntada, em anexo, de petição em arquivo eletrônico, tipo "Portable Document Format" (.pdf), de qualidade padrão "PDF-A", nos termos do artigo 1º, § 2º, inciso II, da Lei nº 11.419, de 19 de dezembro de 2006, e em conformidade com o parágrafo único do artigo 1º do Ato acima mencionado, sendo que eventuais documentos que a instruem também serão anexados.	
Termos em que, pede deferimento.
De Passos para Assaí, 21 de julho de 2017
P.p.
 LUCIANO HENRIQUE MEZENCIO 
 OAB/MG 165.740
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL DO JUIZADO ESPECIAL DA COMARCA DE PASSOS UNIDADE FEDERATIVA DE MINAS GERAIS.
ABIGAIL DE SOUZA FERREIRA , pessoa jurídica de direito privado, devidamente inscrita no cadastro de pessoa jurídica CNPJ 21.357.393/0001-65 , estabelecida no endereço rua Dr. Borsari , 186 , bairro Penha, CEP 37904-210, cidade de Passos / Minas Gerais, neste ato representada por sua representante legal Abigail de Souza Ferreira, nacionalidade Brasileira, casada, devidamente inscrito no cadastro de pessoa física CPF 0963617976-44 , filha de Marcos Antônio Ferreira e Rute Maria de Souza Ferreira , nascida em 25 de março de 1989, residente a , Rua Dr. Borsari , 186 , CEP 37904-210,bairro Penha , Cidade Passos, Estado Minas Gerais. 
 Comparece, com o devido respeito à presença de Vossa Excelência, intermediada por seu mandatário ao final firmado - instrumento procuratório acostado - causídico inscrito na Ordem dos advogados do Brasil, Seção do Minas Gerais, sob o nº. 165.740.
 Com seu endereço profissional consignado no timbre desta, vem ajuizar, com fulcro nos art. 319 e seguintes do Novo Código de Processo Civil , como artigo 5º, inciso XXXV, da Constituição Federal bem como artigo 394 do Código Civil, a presente :
AÇÃO DE COBRANÇA 
Em desfavor de CLEBER MARTINS AMPARADO, nacionalidade Brasileira, estado civil(desconhecido), devidamente inscrito no cadastro de pessoa física CPF n 072.648.356-77, residente na R. GUANABARA 1154, CEP 37900-564, Jardim HARMONIA, Passos - MG, pelas razões a seguir aduzidas:
I - DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Inicialmente requer seja deferida a gratuidade de justiça, de acordo com Lei 1.060/50, com alterações introduzidas pela Lei nº 7.510/86, uma vez que sua situação financeira não permite arcar com os ônus processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo de seu sustento e de seus familiares. Nos termos do art. 5º, LXXIV, da CF e do art. 4º da Lei 1.060/50 (Estabelece normas para a concessão de assistência judiciária aos necessitados), que dizem:
Art. 5º, LXXIV, CF. “o Estado prestará assistência jurídica integral a gratuita aos que comprovem insuficiência de recursos. ” (Grifo nosso) Lei 1.060/50, Art. 4º. “A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária,mediante simples afirmação, na própria petição inicial, de que não está em condições de pagar às custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família. ” (Grifo nosso)
Assim requer a gratuidade do poder Judiciário nós temos da lei e principalmente nos termos do artigo 98 e 102 do NCPC, diante das argumentações acima demonstradas, informamos que segue em anexo provas documentais que confirmem a veracidade da necessidade da assistência judiciária gratuita (declaração de hipossuficiência).
II-DOS FATOS - ALÍCERAS CONSIDERAÇÕES FÁTICAS 
O requerente é credor da parte requerida na importância líquida, certa e exigível de R$512,00(quinhentos e doze reais), representado pela(s) cártula(s) (docs. Anexo). 
O Valor atualizado até a presente data perfaz o valor de R$1063,59(mil e sessenta e três reais e cinquenta e nove centavos) discriminados no respectivo memorial (doc. Anexo), nos termos (CPC/2015, art. 700, § 2º, inc. I).
Sempre procurando respeitar a inúmeras promessas de pagamento por parte da promovida.
Malgrado a mora da postulada (CC, art. 394), por diversas vezes a promovente pleiteou em caráter amigável a liquidação do débito, porém, sem lograr êxito.
Dessa forma, não resta alternativa à parte credora a não ser recorrer ao Judiciário a fim de ver satisfeito seu direito de receber pelo crédito demandado.
Não obstante, o promovente almeja o recebimento da dívida, desta feita por intermédio da presente AÇÃO DE COBRANÇA.
III-DO DIREITO
A legislação brasileira, em especial o Código Civil, prevê a possibilidade de o credor buscar a satisfação de seu crédito mediante a oposição de ação pertinente. 
No presente caso, tem-se em tela um ato ilícito pelo descumprimento de obrigação pactuada por parte do Réu, o que se enquadra no Código Civil nos seguintes termos:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Ou seja, pela omissão voluntária do réu, que reflete diretamente num prejuízo ao Autor tem-se configurado um ato ilícito.
No mesmo sentido, o Código Civil dispõe:
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
No presente caso, tem-se a demonstração inequívoca da ilicitude do ato do Réu ao deixar de pagar as parcelas que foram pactuadas derivadas desta nota promissória objeto da lide, devendo de pronto ser condenado ao pagamento.
APELAÇÃO CÍVEL. CONDOMÍNIO. AÇÃO DE COBRANÇA. AÇÃO DE COBRANÇA. PAGAMENTO. ÔNUS DA PROVA. Na ação de cobrança, uma vez demonstrado o fato constitutivo do direito do autor, ao réu incumbe fazer prova do pagamento por aplicação da regra contida no inc. II do art. 333 do CPC /73. - Circunstância dos autos em que comprovado o pagamento da dívida; e se impõe julgar improcedente a ação. SUCUMBÊNCIA. Sucumbência invertida. RECURSO PROVIDO. (Apelação Cível Nº 70073812687, Décima Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: João Moreno Pomar, Julgado em 29/06/2017).
Ampla doutrina reforça a importância da censura ao enriquecimento sem causa, para fins da efetiva preservação da boa-fé nas relações jurídicas:
“O repúdio ao enriquecimento indevido estriba-se no princípio maior da equidade, que não permite o ganho de um, em detrimento de outro, sem uma causa que o justifique. (...) A tese, hoje, preferida pela doutrina brasileira é a da admissão do princípio genérico de repulsa ao enriquecimento sem causa indevido. Essa a opinião de que participo.” (RODRIGUES, Silvio. Direito civil: parte geral das obrigações. 24 ed. São Paulo: Saraiva, 1996, p. 159.)
Reza nossa magna carta p seguinte em seu artigo 5º, inciso XXXV , da Constituição Federal : 
“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”
Além de estar revestido dos preceitos legais de nossa CARTA MAIOR, encontrasse ainda respaldado por nosso Código civil que transcreve:
“Artigo 394 da Lei nº 10.406 de 10 de janeiro de 2002 : Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer. ”
“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”
“Artigo 927 da Lei nº 10.406 de 10 de janeiro de 2002 :Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.”
O emitente pactuou que pagaria o valor do contrato ao autor, ou seja, transformando o autor em legítimo portador que tem o direito àquele valor.
IV-DIES A QUO DOS JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA
Na ação de cobrança, a correção monetária corre a partir da data em que o requerido deixou de quitar seu débito estando em mora com o autor.
Ademais, se já não bastasse todos os amparos legais apresentados pelo autor, prescreve a Legislação Substantiva Civil que:
Art. 397. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo, constitui de pleno direito em mora o devedor.
Juros moratórios
No que diz respeito aos juros moratórios, esses devem incidir a partir do vencimento da dívida, uma vez que se trata de obrigação líquida, com vencimento antes ajustado.
V-DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS
Destarte, frente à relevância dos motivos em que se assentam os pedidos da inicial, com amparo legal sólido, confia o autor, que por medida de justiça, o presente pleito será acatado e os direitos do requerente assegurados requerendo a Vossa Excelência:
I. Ex positis, requer o autor que, ao final, digne-se Vossa Excelência de julgar procedente a presente ação, condenando o réu a pagar o principal, no valor de R$1063,59(mil e sessenta e três reais e cinquenta e nove centavos), acrescido de juros legais desde a citação, correção monetária desde a data do negócio, despesas, custas e honorários advocatícios que Vossa Excelência houver por bem arbitrar;
II. A concessão dos benefícios da justiça gratuita, com fulcro na Lei n° 1.060/50 na forma de seu artigo 4º, com a redação que lhe deu a lei 7.115/83 e 7.510/86, e, principalmente, com base no artigo 5º, inciso LXXIV, da Constituição Federal, que não tenho condições de pagar à custa e demais despesas processuais, sem prejuízo do meu próprio sustento e o de minha família. Requeiro, ainda, que o benefício abranja a todos os atos do processo, na forma do art. 98 do Código de Processo Civil;
III. Requer-se que a citação da ré seja efetuada pelo correio, nos termos dos arts. 246, I; 247 e 248 do Código de Processo Civil, para responder no prazo de 15 (quinze) dias (art. 335, do Código de Processo Civil), sob pena de serem tidos por verdadeiros todos os fatos aqui alegados (art. 344 do Código de Processo Civil), devendo o respectivo mandado conter as finalidades da citação, as respectivas determinações e cominações, bem como a cópia do despacho do(a) MM. Juiz(a), comunicando, ainda, o prazo para resposta, o juízo e o cartório, com o respectivo endereço;
Ou
IV. Nos termos do art. 246, II, do Código de Processo Civil (justificar o motivo, posto que a citação por Oficial de Justiça é subsidiária) requer-se a citação do réu por intermédio do Sr. Oficial de Justiça para, querendo, responder no prazo de 15 (quinze) dias (art. 335, do Código de Processo Civil), sob pena de serem tidos por verdadeiros todos os fatos aqui alegados (art. 344 do Código de Processo Civil), devendo o respectivo mandado conteras finalidades da citação, as respectivas determinações e cominações, bem como a cópia do despacho do(a) MM. Juiz(a), comunicando, ainda, o prazo para resposta, o juízo e o cartório, com o respectivo endereço, facultando-se ao Sr. Oficial de Justiça encarregado da diligência proceder nos dias e horários de exceção (CPC, art. 212, § 2º);
V. Tendo em vista a natureza do direito e demonstrando e o espírito conciliador, a par das inúmeras tentativas de resolver amigavelmente a questão, o autor desde já, nos termos do art. 334 do Código de Processo Civil, manifesta interesse em composição, aguardando a designação de audiência de conciliação;
VI. A condenação da ré em custas e honorários advocatícios;
VII. Requer que todas as publicações sejam feitas em nome de seu procurador conforme OAB constante no rodapé deste petitório.
Entende a Autora que o resultado da demanda prescinde de produção de provas. Todavia, ressalva a mesma que, caso este não seja o entendimento de Vossa Excelência, protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direitos admitidos (CPC, art. 319, inc. VI), notadamente a juntada de novos documentos; bem como pelo depoimento pessoal do representante legal da Ré, sob pena de confissão; oitiva testemunhal; vistorias; laudos se necessidade houver, para todos os efeitos de direito.
Dá-se à causa o valor de R$1063,59(mil e sessenta e três reais e cinquenta e nove centavos), correspondendo ao valor da dívida devidamente atualizada, acrescida de valores correspondentes às penalidades. (CPC, art. 292, inc. I).
Termos em que, pede deferimento.
Passos, 11 de julho de 2018
P.p.
 LUCIANO HENRIQUE MEZENCIO 
 OAB/MG 165.740
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