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FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS: CÁPSULAS Cápsulas moles Invólucro de gelatina maleável Conteúdo preenchido por líquidos, semi- sólidos ou sólidos O preenchimento das cápsulas moles envolve uma etapa de soldagem de duas metade das unidades, o que é possível com o uso de máquinas próprias para esse fim. Cápsulas moles ❖ Óleo de linhaça - antioxidante e renovador celular ❖ Óleo de peixe (ômega 3) - antiinflamatório ❖ Vitamina E - antioxidante ❖ Óleo de alho – reduz níveis de colesterol ❖ Óleo de prímula (ômega 6) – TPM, antiinflamatório ❖ Lecitina de soja (fosfolipídeos e triglicerídeos) - emagrecimento ❖ Óleo de cártamo - emagrecimento Cápsulas duras • Facilmente manipulados na farmácia de manipulação • Forma farmacêutica na qual os IFAS + excipientes são acondicionados em um pequeno invólucro à base de gelatina (pode ser dura ou mole) • Pode-se permitir a liberação do conteúdo da cápsula e mistura com alimentos ou líquidos?? depende... • Forma farmacêutica entérica; • Liberação controlada ou Cabeça Cápsulas duras Cápsulas duras Gelatina: origem animal (couro, ossos, tendões) Cápsulas vegetais – amido, celulose: judeus, islâmicos e vegetarianos PROCEDIMENTO ENVOLVIDOS NA MANIPULAÇÃO DE CÁPSULAS GELATINOSAS DURAS • Pesagem; • Trituração (gral e pistilo); • Tamisação (tâmis); • Mistura (gral e pistilo, seguido de saco plástico); • Enchimento das cápsulas; • Limpeza externa; • Acondicionamento; • Rotulagem Cápsulas duras Sprinkle caps® Cápsulas inovadoras Clorofila como corante Uso oral Uso sublingual Óvulos com probiótico Duocap Cápsulas duras 1 ml ------ 1000µl 0,17ml------ x x = 170µl 170 µl ▪ Princípio(s) ativo(s) = PA ou IFA ou API ▪ Excipiente(s). Cápsulas – Composição Básica Paracetamol Amido Celulose O que são excipientes? São substâncias que melhoram a veiculação do ativo. Até pouco tempo era considerado “inerte”, mas hoje sabemos que há influência na farmacocinética e estabilidade do ativo. Cápsulas – Excipientes ▪ Podem ser de 1% a 99% da fórmula. ▪ Concentração varia para: – Estabilizar princípio ativo; – Oferecer condições técnicas para preparo; – Completar o volume que o princípio ativo não ocupa. Cápsulas – Excipientes Cápsulas Classificação dos Excipientes ▪ Quanto à sua utilização: Tecnológicos Ligados à melhoria de características técnica ou à facilitação da cedência do ativo: ▪ Diluentes; ▪ Aglutinantes; ▪ Lubrificantes; ▪ Desagregantes. Complementares Adicionados para melhorar as características ligadas ao fármaco: ▪ Absorventes; ▪ Molhantes; ▪ Tampões. Excipiente Padrão Formulação 1 Estearato de magnésio 0,5 % Aerosil/tixosil 1,0 % LSS 1,0 % Talco farmacêutico 30,0 % Amido qsp 100,0 % Este excipiente deve ser usado para as fórmulas em geral e deve ser acrescentado de outros adjuvantes farmacotécnicos quando necessário. Excipiente Padrão Formulação 2 Aerosil/tixosil 1,0 % LSS 1,0 % Talco USP 30,0 % Celulose microcristalina 20,0 % Amido qsp 100,0 % Condições de Manipulação e Armazenamento ▪ Na manipulação: – Umidade relativa: 50% – Temperatura: 20% a 25ºC ▪ Armazenamento: – As cápsulas vazias devem ficar em local seco e arejado, longe do chão, em embalagens bem fechadas, distantes de fontes irradiadoras de calor, luz solar e umidade. Prazos de Validade A determinação do prazo de validade deve ser baseada em informações de avaliação da estabilidade físico-química dos fármacos e considerações sobre sua esterilidade. Ideal Realização de estudos de estabilidade. Segundo a USP ed. 24 Fórmulas não contendo água: 6 meses. Segundo a RDC no 67/2007 Deve ser vinculado ao período do tratamento. REVESTIMENTO ENTÉRICO EM FARMÁCIA COM MANIPULAÇÃO Revestimento Gastro Resistente Razões para o revestimento ▪ Princípios-ativos que possam ser degradados no estômago (antes da absorção intestinal) – enzimas. ▪ Substâncias medicamentosas irritantes pra a mucosa gástrica Exemplo: diclofenaco. ▪ Fármacos que produzam náuseas ou vômitos Exemplo: ácido nicotínico. Capacidade média das cápsulas gelatinosas duras Tamanho das cápsulas Volume em µl Volume em ml Capacidade média em mg 000 1370 1,370 1000 a 12000 00 950 0,950 570 a 1140 0 600 0,600 400 a 816 1 500 0,500 300 a 600 2 370 0,370 222 a 444 3 300 0,300 180 a 360 4 210 0,210 126 a 252 DENSIDADE DO PA Todas as matérias-primas que passam por análise no controle físico-químico devem ser medidas as duas densidades D = massa (g) volume (ml) Volume em (ml) da amostra pesada em (g) será vertido para a proveta e será realizada a leitura do valor em (ml) Massa pesada em (g) em balança semi-analítica ou analítica a depender da quantidade da amostra DENSIDADE DO EXCIPIENTE Excipientes preparados na farmácia devem ser medidas a sua densidade Formulação 1 Estearato de magnésio 0,5 % Aerosil/tixosil 1,0 % LSS 1,0 % Talco farmacêutico 30,0 % Amido qsp 100,0 % D = massa (g) volume (ml) Volume em (ml) da amostra pesada em (g) será vertido para a proveta e será realizada a leitura do valor em (ml) Massa da amostra pesada em (g) em balança semi- analítica Excipiente Vamos manipular? Alendronato de sódio 70mg 20 cápsulas Vamos manipular? 1º Passo: 70mg x 20 cápsulas = 1400mg = 1,4g 2º Passo: calcular a densidade do pó 3º Passo: inserir com cuidado pó (1,4g) dentro da proveta 4º Passo: bater 10 vezes a proveta com cautela e fazer a leitura (ml) do volume compactado. 5º Passo: suponha a leitura de um volume fictício de 1,8ml Vamos calcular.... 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 D = = 1,4𝑔 1,8𝑚𝑙 = 0,777 g/ml 70𝑚𝑔 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 0,777g = Volume = 90 µl ou 0,09ml A B Verificar a tabela de cápsulas: 0,210ml – 0,09ml = 0,120ml Capsula n° 4 Tamanho das cápsulas Volume em µl Volume em ml 000 1370 1,370 00 950 0,950 0 600 0,600 1 500 0,500 2 370 0,370 3 300 0,300 4 210 0,210 0,07𝑔 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 0,777g = Volume = 0,09ml ou Vamos calcular... 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 0,120𝑚𝑙 0,4761g = Massa = 0,057g x 20 cápsulas =1,14g de excipiente padrão a ser pesado para a manipulação das cápsulas de alendronato de sódio. C Suponha uma densidade fictícia de um excipiente padrão de 0,4761g Manipulando... 1º Passo: montar o tabuleiro de numeração 4 com as cápsulas; 2º Passo: pesar o excipiente; 3º Passo: certificar o peso do ingrediente ativo de 1,4g, acrescentar se necessário; 4º Passo: adicionar o excipiente no gral para ambientação; 5º Passo: adicionar o ativo aos poucos e macerar em gral com o pistilo; 6º Passo: homogeinizar garantindo uma mistura perfeita dos pós; 7º Passo: tamisar o conteúdo dentro de saco plástico, sacudir simulando uma homogeinização em V. 8º Passo: em seguida verter para o tabuleiro e encapsular, preenchendo todos os receptáculos do corpo das cápsulas; 9º Passo: travar as cápsulas, limpá-las com cross hatch, realizar controle de qualidade (peso médio, desvio padrão etc.) segundo RDC 67/2007 Homogeinizador em V https://www.youtube.com/watch?v=QyhAjDb8m3M VCom o braço simulamos uma movimentação do pó tipo em https://www.youtube.com/watch?v=QyhAjDb8m3M https://www.youtube.com/watch?v=WvTDdz9Heb0 Novidades no mercado magistral https://www.youtube.com/watch?v=qT6z0-SRisc https://www.youtube.com/watch?v=qT6z0-SRisc Vamos aprender a calcular e manipular cápsulas? Clínica das Flores Rua dos Jovens, Santa Chiara. Alendronato de sódio 70mg Aviar 20 cápsulas Tomar 1 cápsula em jejum a cada 7 dias Dr. Lilisbely Douh CRM 000123 Amostra (g) = 1,4g Vamostra = 1,8ml D excipiente = 0,4761g/ml Alendronato de sódio 70mg - mandar 20 cápsulas Amostra (g) = 1,4g Vamostra = 1,8ml D excipiente = 0,4761g/ml VAMOS CALCULAR D = m(g) D = 1,4g 1,8ml D = 0,777g/ml A 0,777 = 0,07g 1 V (ml) 0,777V = 0,07.1 0,777V = 0,07 V = 70 0,777 V = 0,09ml B Pela tabela a que cabe é a de número 4 0,210ml – 0,09ml = 0,12ml 0,4761 = _m 1 0,12 m.1= 0,4761.0,12 m = 0,057 V = 0,057 1 V = 0,057gC 0,057g x 20 cápsulas = 1,14g de excipiente Cáscara sagrada 300mg → D=0,45g/ml Agar Agar 100mg → D=0,53g/ml D excipiente = 0,51g/ml Decidir qual o número da Cápsula a ser manipulado e a quantidade do excipiente em gramas a ser utilizado para 100 cápsulas. VAMOS CALCULAR Clínica das Flores Rua dos Jovens, Santa Chiara. Cáscara sagrada 300mg Ágar agar 100mg Manda 100 cápsulas Tomar 1 cápsula ao dia Dr. Lilisbely Douh CRM 000123 Cáscara sagrada 300mg - D=0,45g/ml Agar Agar 100mg – D=0,53g/ml 100 cápsulas V = 0,411ml D excipiente = 0,51g/ml VAMOS CALCULAR B 0,51 = _ m 1 0,134 m.1= 0,51 . 0,134 m = 0,006g m= 0,006g x 100 cáps = 0,6g C A Passo pronto D= m v (0,3+0,1 = 0,4g) 0,49 = 0,4g 1 V (ml) 0,49V = 0,4.1 0,49V = 0,4 V = 0,4 0,49 V = 0,816ml Cáps 00 = 0,950 – 0,816 = 0,134ml 0,45+0,53 = 0,98/2 = 0,49g/ml Média das densidades Hidralazina 20mg - 30 cápsulas m = 0,6g V = 2ml D excipiente = 0,60g/ml Decidir qual o número da Cápsula a ser manipulado e a quantidade do excipiente em gramas a ser utilizado para 30 cápsulas VAMOS CALCULAR Clínica das Flores Rua dos Jovens, Santa Chiara. Hidralazina 20mg 30 cápsulas Tomar 1 cápsula pela manhã Dr. Lilisbely Douh CRM 000123 Hidralazina 20mg - 30 cápsulas m = 0,6g V = 2ml D excipiente = 0,60g/ml VAMOS CALCULAR D= m v 0,3 = 0,02 1 V (ml) 0,3V = 0,02 0,3V = 0,02 V = 0,02 0,3 V = 0,066ml B Olhar para a tabela de cápsulas e escolher qual cabe 0,1957ml. Pela tabela a que cabe é a de número 4 0,210ml – 0,066ml = 0,144ml 0,60 = m 1 0,144 m.1= 0,6 . 0,144 m = 0,0864g m= 0,0864g x 30 cáps = 2,592g C D = m(g) = 0,6g = 0,3g/ml V (ml) 2ml A 10g da mistura de fármacos ocupam 21ml Densidade do excipiente = 0,33g/ml Manipular na cápsula 4 = 0,21ml e a quantidade do excipiente em gramas a ser utilizado. VAMOS CALCULAR Clínica das Flores Rua dos Jovens, Santa Chiara. Chá verde 250mg Spirulina 500mg 30 cápsulas Tomar 1 cápsula ao dia por 20 dias Dr. Lilisbely Douh CRM 000123 Chá verde 250mg Spirulina 500mg na cápsula 4 = 0,21ml 30 cápsulas 10g da mistura de fármacos ocupam 21ml Densidade do excipiente = 0,33g/ml VAMOS CALCULAR D= m v 0,33 = _m__ 1 0,11 1.m = 0,33.0,11 m= 0,0363g Por sua vez quantidade de excipiente deverá ser multiplicada apenas por 30, portanto 0,0363gx30 cápsulas = 1,089g C Cáps 4 = 0,21ml Uma cápsula de número 4 não cabe 1,57ml, precisarei de mais: 0,21ml+0,21ml+0,21ml+0,21ml+0,21ml+0,21ml+0,21ml+ 0,21ml = 1,68ml (8 cápsulas) 1,68ml – 1,57 = 0,11ml No tabulerio deverão ser inseridas 8x30 = 240 cápsulas 0,476 = 0,75 1 V V.0,476= 0,75 . 1 V = 0,75 0,476 V= 1,57ml B D = m(g) = 10g = 0,476g/ml V (ml) 21ml A Chá verde 250mg Spirulina 500mg na cápsula 4 = 0,21ml 30 cápsulas 10g da mistura de fármacos ocupam 21ml Densidade do excipiente = 0,33g/ml VAMOS CALCULAR Cáps 4 = 0,21ml → aqui 8 cápsulas serão usadas Uma cápsula de número 4 não cabe 1,57ml, precisarei de mais: 0,21ml+0,21ml+0,21ml+0,21ml+0,21ml+0,21ml+0,21ml =1,68ml 1,68ml – 1,57ml = 0,11ml de EXCIPIENTE 1 2 3 4 5 6 7 8 VAMOS CALCULAR: SUPONHA MANIPULAR NA CÁPSULA 3 (AGORA) Cáps 3 = 0,3ml → aqui 5 cápsulas serão usadas e pode? Uma cápsula de número 3 não cabe 1,57ml, precisarei de mais: 0,3ml + 0,3ml + 0,3ml +0,3ml+ 0,3ml +0,3ml = 1,5ml 1,5ml – 1,57ml = 0,07ml de ATIVO ficará de fora da cápsula e aí como fazer? Pode? Não de modo nenhum, mas é possível “bater” mais o tabuleiro e inserir o 0,07ml de ATIVO e a cápsula irá sem EXCIPIENTE. 1 2 3 4 5 6 Chá verde 250mg Spirulina 500mg na cápsula 3 = 0,30ml 30 cápsulas 10g da mistura de fármacos ocupam 21ml Densidade do excipiente = 0,33g/ml m = 5g V = 12ml Qual cápsula e qual a quantidade de excipiente (g)? VAMOS CALCULAR Clínica das Flores Rua dos Jovens, Santa Chiara. Hidroxicloroquina sulfato 155mg 20 cápsulas Conforme orientação médica Dr. Lilisbely Douh CRM 000123 VAMOS CALCULAR C Olha na tabela qual cápsula que irá caber 0,372ml, decisão pela cápsula 2 0,370ml. A quantidade de 0,002ml será inserida pelo manipulador experiente e sem perdas no processo de manipulação que envolverá batidas no tabuleito 0,416 = 0,155 1 V V.0,416= 0,155 . 1 V = 0,155 0,416 V= 0,372ml B D = m(g) = 5g = 0,416g/ml V (ml) 12ml A Hidroxicoloroquina sulfato 155mg Preparar 20 cápsulas m = 5g V = 12ml NÃO HÁ PASSO DE CÁLCULO PARA QUANTIDADE DE EXCIPIENTE PESO MÉDIO REFERÊNCIAS • BATISTUZZO, J.A.O., ITAYA, M., ETO, Y. Formulário Médico-Farmacêutico. 5 ed. São Paulo: Editora Tecnopress, 2015. • FERREIRA, A.O. Guia Prático de Farmácia Magistral. 4 ed. 2 vol. Juiz de Fora: Pharmabooks, 2011. • SOUZA, V. M; ANTUNES JUNIRO, D. Ativos dermatológicos: dermocosméticos e nutracêuticos. V. 10. São Paulo: D. A. Junior, 2019. • ANSEL, H.C., POPOVICH, N.G., JUNIOR, L.V.A. Farmacotécnica: Formas Farmacêuticas e Sistemas de Liberação de Fármacos. 6 ed. São Paulo: Ed. Premier, 2000. 568 p. • AULTON, M. E. Delineamento de Formas Farmacêuticas. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. 677 p. • Formulário Nacional da Farmacopeia Brasileira: 2012. 2 ed. 225 p. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/hotsite/farmacopeiabrasileira/arquivos/2012/FNFB%202_Revisao_2_CO FAR_setembro_2012_atual.pdf • The United States Pharmacopeia: The national formulary: 2008 USP 31. 26° ed. Rockville, MD: United States Pharmacopeia Convention, 2008. 2876 p. • THOMPSON, J.E. A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos. 1 ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. 576 p.
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