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RESOLUÇÃO capitulo_08 VERSÃO 25-06-21

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Capítulo 8: Maximização de lucros e oferta competitiva 
 114 
CAPÍTULO 8 
MAXIMIZAÇÃO DE LUCROS E OFERTA COMPETITIVA 
OBSERVAÇÕES PARA O PROFESSOR 
 Este capítulo apresenta os incentivos com que se defronta uma empresa maximizadora de 
lucros e discute a interação entre as empresas em um mercado competitivo. Todas as seções do 
capítulo são importantes na formação de uma sólida base analítica voltada para o detalhamento do 
lado da oferta do mercado competitivo. A formação dessa base é crucial para o aproveitamento 
adequado da Parte III do texto. Apesar do capítulo ser escrito de forma muito clara e de fácil 
compreensão, os estudantes encontram dificuldades em muitos dos conceitos relacionados à escolha 
da quantidade ótima de produção pela empresa e à aplicação dos diagramas das curvas de custo 
apresentados no capítulo anterior. Uma sugestão a ser implementada em sala de aula é a discussão 
de tabelas semelhantes às utilizadas nos exercícios ao final do capítulo. Através de vários exemplos 
baseados nesse tipo de tabela, os estudantes podem entender os diferentes conceitos de custo, além 
da determinação do nível ótimo de produção da empresa. 
 A Seção 8.1 apresenta as três premissas básicas da competição perfeita e a Seção 8.2 discute 
a hipótese da maximização de lucros como o objetivo da empresa. Ambas as seções fornecem 
elementos importantes para a derivação da curva de oferta da empresa, apresentada nas Seções 8.3 a 
8.5. Na Seção 8.3, deriva-se o resultado geral de que a escolha ótima da empresa se dá no ponto em 
que a receita marginal é igual ao custo marginal. Em seguida, mostra-se que a competição perfeita 
corresponde a um caso particular dessa regra geral, para o qual o preço é igual à receita marginal ⎯ 
o que decorre da hipótese, apresentada na Seção 8.1, de que as firmas são tomadoras de preço. No 
caso dos estudantes terem estudado cálculo anteriormente, é interessante derivar a regra da 
igualdade entre receita e custo marginal explicitamente, através da derivação da função de lucro 
com relação a q. Caso os estudantes ainda não tenham estudado cálculo, é recomendável gastar um 
pouco mais de tempo na análise das tabelas de dados, de modo que fique claro para eles que o lucro 
é maximizado no ponto em que a receita marginal é igual ao custo marginal. É importante enfatizar 
que, para a empresa competitiva, a variável de escolha é a quantidade produzida, e não o preço. 
 Com o objetivo de situar o caso da competição perfeita no contexto mais amplo da teoria 
dos mercados, pode ser interessante apresentar uma breve discussão dos casos de monopólio, 
oligopólio e competição monopolística antes de discutir as hipóteses da competição perfeita. Tal 
discussão deveria abordar apenas as diferenças entre os vários casos no que se refere ao número de 
empresas na indústria, à existência de barreiras à entrada, à ocorrência de diferenciação de produtos, 
e ao caráter da interação estratégica entre as empresas ⎯ em particular, às expectativas de cada 
empresa com relação à reação das demais empresas a suas escolhas de preços e/ou quantidades. Isso 
deveria motivar o interesse dos estudantes. 
 As Seções 8.4 e 8.5 analisam em maior detalhe a escolha ótima da empresa e mostram que a 
curva de oferta da empresa corresponde ao trecho da curva de custo marginal acima da curva de 
custo variável médio. Alguns estudantes não devem ter dificuldades para entender a significância 
das condições de segunda ordem; para outros, porém, não estará claro por que a quantidade q0, na 
Figura 8.3, não é uma escolha ótima, apesar desse ponto satisfazer a condição RMg = CMg. Outros 
pontos que merecem uma discussão cuidadosa são: 1) a razão pela qual uma empresa permaneceria 
em atividade apesar de ter prejuízo no curto prazo, e 2) o fato de que maximizar lucros é o mesmo 
que minimizar prejuízos. 
Capítulo 8: Maximização de lucros e oferta competitiva 
 115 
 A obtenção da curva de oferta de mercado a partir das curvas de oferta das empresas é 
bastante simples; entretanto, a análise do equilíbrio competitivo de longo prazo apresenta algumas 
dificuldades para os estudantes. Dentre os conceitos mais complicados, cabe destacar os seguintes: 
• A razão pela qual a escolha ótima da empresa pode envolver prejuízos no curto prazo mas não 
no longo prazo. 
• A razão pela qual a livre entrada e saída da indústria tendem a reduzir o lucro econômico a zero 
no longo prazo. 
• A razão pela qual o preço é igual ao custo médio mínimo no longo prazo. 
Um exemplo interessante a ser discutido em sala de aula é o de uma indústria em que, inicialmente, 
existe apenas uma empresa auferindo lucro econômico positivo, e que passa a receber novas 
empresas até convergir para o ponto de equilíbrio de longo prazo. Discuta as mudanças no preço, 
quantidade e lucro ao longo desse processo, relacionando tais mudanças às motivações de cada 
empresa. 
 Este capítulo apresenta outros dois conceitos que serão tratados em maior detalhe no 
Capítulo 9: o excedente do produtor e a renda econômica. Cabe notar que os estudantes 
freqüentemente confundem os conceitos de lucro, excedente do produtor e renda econômica. 
 
QUESTÕES PARA REVISÃO 
1. Por que uma empresa incorrendo em prejuízos optaria por continuar a produzir, em vez de 
encerrar suas atividades? 
A empresa incorre em prejuízo quando as receitas são inferiores aos custos totais. 
No caso das receitas serem maiores do que os custos variáveis, mas inferiores aos 
custos totais, vale a pena para a empresa produzir no curto prazo, em vez de encerrar 
suas atividades, mesmo incorrendo em prejuízo. A empresa deve comparar os 
prejuízos obtidos na situação em que não produz e na situação em que apresenta 
produção positiva, e então escolher a alternativa que gera a menor perda. No curto 
prazo, o prejuízo será minimizado se a empresa for capaz de cobrir seus custos 
variáveis. No longo prazo, todos os custos são variáveis, de modo que a 
permanência da empresa no setor depende dos custos totais serem cobertos. 
2. Explique por que a curva de oferta de um setor é diferente da curva de custo marginal de 
longo prazo desse mesmo setor. 
No curto prazo, uma mudança no preço de mercado induz as empresas a modificar 
seu nível ótimo de produção. O nível ótimo ocorre no ponto em que o preço é igual 
ao custo marginal, desde que o custo marginal seja maior do que o custo variável 
médio. Logo, a curva de oferta de uma empresa corresponde à sua curva de custo 
marginal, no trecho acima do custo variável médio. (Quando o preço cai abaixo do 
custo variável médio, a empresa opta por abandonar as atividades.) 
No longo prazo, a empresa ajusta as quantidades de seus insumos de modo a igualar 
o custo marginal de longo prazo ao preço de mercado. No nível ótimo de produção, 
a empresa opera sobre uma curva de custo marginal de curto prazo, num ponto onde 
o custo marginal de curto prazo é igual ao preço. À medida que o preço de longo 
prazo muda, a empresa altera gradualmente a combinação de insumos de modo a 
Capítulo 8: Maximização de lucros e oferta competitiva 
 116 
minimizar seus custos. Logo, a oferta no longo prazo reage às mudanças no preço 
através de deslocamentos de uma curva de custo marginal de curto prazo para outra. 
Observe, ademais, que no longo prazo haverá entrada de novas empresas e a 
empresa auferirá lucro zero, de modo que qualquer nível de produção para o qual 
CMg>CMe é inviável. 
3. No equilíbrio de longo prazo, todas as empresas de um setor auferem lucro econômico zero. 
Por que tal afirmativa é verdadeira? 
A teoria da competição perfeita pressupõe explicitamente a ausência de barreiras à 
entrada ou saída de novos participantes do setor. Com livre entrada, a ocorrência de 
lucros econômicos positivos atrai novas empresas para o setor, o que desloca a curva 
de oferta para a direita, causando a queda do preço de equilíbrio do mercado e, 
portanto, a redução dos lucros.A entrada de novas empresas cessará apenas quando 
os lucros econômicos tiverem sido totalmente eliminados, caracterizando, assim, um 
equilíbrio em que todas as empresas auferem lucro zero. 
4. Qual a diferença entre lucro econômico e excedente do produtor? 
O lucro econômico é a diferença entre a receita total e o custo total, enquanto o 
excedente do produtor é a diferença entre a receita total e o custo variável total. A 
diferença entre lucro econômico e excedente do produtor é, portanto, o custo fixo de 
produção. 
5. Por que as empresas entram em um determinado setor quando sabem que no longo prazo 
seu lucro econômico será zero? 
A obtenção de lucro econômico positivo no curto prazo pode ser suficiente para 
incentivar a entrada em um setor. A ocorrência de lucro econômico zero no longo 
prazo implica retornos normais para os fatores de produção, incluindo o trabalho e o 
capital dos proprietários da empresa. Suponha o caso de um pequeno empresário 
cujo negócio apresenta lucro contábil positivo. Caso o lucro seja igual ao rendimento 
que o proprietário poderia obter em outra atividade, possivelmente assalariada, ele 
será indiferente entre permanecer no negócio ou abandonar as atividades. 
6. No início do século XX, havia muitos pequenos fabricantes de automóveis nos Estados 
Unidos. No final existiam apenas três grandes empresas automobilísticas. Suponhamos que 
essa situação não tenha sido resultado da falta de regulamentação contra os monopólios por 
parte do governo federal. Como você explica a redução no número de fabricantes de 
automóveis? (Dica: qual é a estrutura de custos inerente à indústria automobilística?) 
A indústria automobilística é altamente capital-intensiva. Isso significa que, mesmo 
na ausência de barreiras à competição no setor, a presença de retornos crescentes de 
escala pode reduzir o número de empresas no longo prazo. De fato, à medida que as 
empresas crescem, os retornos crescentes de escala implicam custos menores de 
produção, permitindo às empresas de grande porte cobrar preços mais baixos e, 
assim, expulsar do mercado as empresas menores. Se as economias de escala 
cessarem a partir de certo nível de produção, a configuração de mercado de 
equilíbrio comportará mais de uma empresa. 
7. O setor X caracteriza-se por uma total competição, de tal forma que cada empresa aufere 
lucro econômico nulo. Se o preço de mercado caísse, nenhuma empresa poderia sobreviver. 
Você concorda com essa afirmação? Discuta. 
Capítulo 8: Maximização de lucros e oferta competitiva 
 117 
A afirmação é falsa. Se o preço caísse abaixo do custo total médio, as empresas 
continuariam a produzir no curto prazo e cessariam a produção no longo prazo. Se o 
preço caísse abaixo do custo variável médio, as empresas deixariam de produzir no 
curto prazo. Logo, caso a redução no preço seja suficientemente pequena, ou seja, 
menor do que a diferença entre o preço e o custo variável médio, as empresas podem 
sobreviver. Se a redução no preço for maior do que a diferença entre o preço e o 
custo variável médio mínimo, as empresas não sobreviverão. Em geral, pode-se 
esperar que algumas empresas sobrevivam e outras abandonem o setor, sendo que o 
número de empresas que saem deve ser o estritamente necessário para que o lucro 
deixe de ser negativo. 
8. O crescimento da demanda de filmes em vídeo também aumenta os salários dos atores e das 
atrizes substancialmente. A curva da oferta no longo prazo para filmes é horizontal ou 
ascendente? Explique. 
A curva de oferta de longo prazo depende da estrutura de custos do setor. Se a oferta 
de atores e atrizes for fixa, o aumento do número de filmes produzidos causará o 
aumento dos salários. Logo, o setor apresenta custos crescentes, o que significa que 
sua curva de oferta de longo prazo deve ser positivamente inclinada.. 
9. Verdadeiro ou falso: uma empresa deveria sempre operar no nível de produção em que o 
custo médio no longo prazo fosse minimizado. Explique. 
Falso. No longo prazo, sob competição perfeita, as empresas devem produzir no 
ponto de custo médio mínimo. A curva de custo médio de longo prazo é formada 
pelos pontos de custo mínimo para cada nível de produção. No curto prazo, porém, é 
possível que a empresa não esteja produzindo a quantidade ótima de longo prazo. 
Logo, na presença de algum fator de produção fixo, a empresa não produz 
necessariamente no ponto de custo médio mínimo. 
10. Será que pode haver rendimentos constantes de escala em um setor com curva de oferta 
ascendente? Explique. 
Os rendimentos constantes de escala implicam que aumentos proporcionais em 
todos os insumos geram o mesmo aumento proporcional na produção. Aumentos 
proporcionais em todos os insumos podem causar a elevação dos preços caso as 
curvas de oferta dos insumos sejam positivamente inclinadas. Por exemplo, na 
produção que utiliza insumos raros ou esgotados verá um aumento dos custos de 
produção assim que a produção aumentar em escala. Insumos duplicados ainda 
renderão níveis ótimos de produção duplos, mas devido aos custos crescentes, a 
empresa não pode oferecer quantidades maiores de mercadorias sem aumentar os 
preços. Logo, os rendimentos constantes de escala não implicam necessariamente 
uma curva de oferta horizontal. 
11. Quais as suposições necessárias para que um mercado seja considerado perfeitamente 
competitivo? Com base em tudo o que você aprendeu neste capítulo, por que cada uma de tais 
suposições se faz necessária? 
As duas principais hipóteses da competição perfeita são: (1) todas as empresas no 
setor são tomadoras de preço, e (2) há livre entrada e saída de empresas do mercado. 
O objetivo deste capítulo é discutir de que forma o equilíbrio competitivo é atingido 
a partir dessas hipóteses. Vimos, em particular, que no equilíbrio competitivo o 
preço é igual ao custo marginal. Ambas as hipóteses são necessárias para garantir 
que tal condição seja satisfeita. No curto prazo, o preço poderia ser maior do que o 
Capítulo 8: Maximização de lucros e oferta competitiva 
 118 
custo médio, implicando lucros econômicos positivos. Com livre entrada e saída, a 
ocorrência de lucros econômicos positivos atrai novas empresas para o setor, o que 
exerce pressão para baixo sobre o preço, até que este se iguale ao custo marginal e 
ao custo médio mínimo. 
12. Suponhamos que uma empresa competitiva se defronte com um aumento da demanda 
(isto é, a curva da demanda desloca-se para cima). Por meio de quais passos um mercado 
competitivo assegura um aumento no nível de produção? Será que sua resposta mudaria caso 
o governo impusesse um limite de preço? 
Supondo uma oferta fixa, o aumento na demanda aumenta o preço e os lucros. O 
aumento no preço induz as empresas presentes no setor a aumentar sua produção. 
Além disso, a ocorrência de lucro positivo deve incentivar a entrada de novas 
empresas no setor, deslocando a curva da oferta para a direita. Isso resultaria em um 
novo equilíbrio com uma maior quantidade produzida e um preço que garantiria a 
todas as empresas um lucro econômico zero. Se o governo implementasse um limite 
de preço, o lucro seria menor do que no caso anterior, reduzindo o incentivo à 
entrada. Com lucro econômico zero, não há entrada de empresas ou deslocamento da 
curva de oferta. 
13. O governo aprova uma lei autorizando um substancial subsídio para cada acre de terra 
utilizado no plantio de tabaco. De que maneira esse subsídio federal influenciaria a curva da 
oferta do tabaco no longo prazo? 
O subsídio à produção de tabaco diminuiria os custos de produção da empresa, 
causando a entrada de novas empresas no setor e o deslocamento da curva de oferta 
para a direita. 
14. Certa marca de aspirador de pó pode ser comprada em inúmeras lojas, bem como por 
diversos catálogos e em vários sites na Internet. 
a. Se todas as lojas cobrarem o mesmo preço, no longo prazo todas terão um lucro 
econômico nulo?Sim, ao cobrarem o mesmo preço elas terão um lucro econômico nulo no longo 
prazo. Se o lucro econômico for maior do que zero, novas empresas entrarão no 
setor; e se o lucro econômico for menos do que zero, as empresas sairão do setor. 
b. Se todas as lojas cobram o mesmo preço e uma delas opera em sede própria, sem pagar 
aluguel, essa loja está obtendo um lucro econômico positivo? 
Não, ela ainda continua com um lucro econômico nulo. Se ela não paga aluguel, 
então o custo pela utilização da sede é zero, mas ainda existe o custo de 
oportunidade, que representa o valor da melhor alternativa de uso do espaço. 
c. A loja que não paga aluguel tem uma motivação para abaixar o preço do aspirador? 
Não, ela não tem, porque isso diminuiria seu lucro econômico. Como todas as lojas 
vendem o mesmo produto, elas podem estabelecer o mesmo preço. Ao estabelecer 
um preço menor, a loja deixaria de maximizar seu lucro. 
 
 
 
Capítulo 8: Maximização de lucros e oferta competitiva 
 119 
EXERCÍCIOS 
1. Na tabela a seguir, vemos o preço (em dólares) pelo qual uma empresa pode vender uma 
unidade de sua produção, bem como o custo total dessa produção. 
a. Preencha as lacunas. 
q P 
 
R 
P = 60 
CT  
P = 60 
CMg 
 
RMg 
P = 60 
R 
P = 50 
RMg 
P = 50 
 
P = 50 
0 60 0 100 -100 - - 0 - -100 
1 60 60 150 -90 50 60 50 50 -100 
2 60 120 178 -58 28 60 100 50 -78 
3 60 180 198 -18 20 60 150 50 -48 
4 60 240 212 28 14 60 200 50 -12 
5 60 300 230 70 18 60 250 50 20 
6 60 360 250 110 20 60 300 50 50 
7 60 420 272 148 22 60 350 50 78 
8 60 480 310 170 38 60 400 50 90 
9 60 540 355 185 45 60 450 50 95 
10 60 600 410 190 55 60 500 50 90 
11 60 660 475 185 65 60 550 50 75 
 
A tabela abaixo mostra a receita e o custo da empresa para os dois preços. 
q P 
 
RT 
P = 60 
CT  
P = 60 
CMg 
P = 60 
RMg 
P = 60 
RT 
P = 50 
RMg 
P = 50 
 
P = 50 
0 60 0 100 -100 ___ ___ 0 ___ -100 
1 60 60 150 -90 50 60 50 50 -100 
2 60 120 178 -58 28 60 100 50 -78 
3 60 180 198 -18 20 60 150 50 -48 
4 60 240 212 28 14 60 200 50 -12 
5 60 300 230 70 18 60 250 50 20 
6 60 360 250 110 20 60 300 50 50 
7 60 420 272 148 22 60 350 50 78 
8 60 480 310 170 38 60 400 50 90 
9 60 540 355 185 45 60 450 50 95 
10 60 600 410 190 55 60 500 50 90 
11 60 660 475 185 65 60 550 50 75 
 
Capítulo 8: Maximização de lucros e oferta competitiva 
 120 
 
b. Mostre o que acontecerá com a escolha de produção e o lucro da empresa, caso o preço do 
produto caia de $60 para $50. 
Ao preço de $60, a empresa deveria produzir dez unidades de produto para 
maximizar seu lucro, porque essa é a quantidade mais próxima do ponto em que o 
preço se iguala ao custo marginal. Ao preço de $50, a empresa deveria produzir 
nove unidades de produto com o objetivo de maximizar seu lucro. Quando o preço 
cai de $60 para $50, o lucro cai de $190 para $95. 
 
2. A partir dos dados da tabela, mostre o que ocorreria com a escolha do nível de produção da 
empresa e com seu lucro caso o custo fixo de produção subisse de $100 para $150 e, 
posteriormente, para $200. Suponha que o preço do produto continue a ser $60 por unidade. 
Que conclusão geral você pode tirar dos efeitos dos custos fixos na escolha do nível de 
produção pela empresa? 
A tabela abaixo mostra as informações de receita e custo da empresa para os casos 
com custo fixo igual a CF = 100, 150 e 200. 
q P 
 
R 
 
CT 
CF = 100 
 
CF = 100 
CMg 
 
CT 
CF = 150 
 
CF = 150 
CT 
CF = 200 
 
CF = 200 
0 60 0 100 -100 __ 150 -150 200 -200 
1 60 60 150 -90 50 200 -140 250 -190 
2 60 120 178 -58 28 228 -108 278 -158 
3 60 180 198 -18 20 248 -68 298 -118 
4 60 240 212 28 14 262 -22 312 -72 
5 60 300 230 70 18 280 20 330 -30 
6 60 360 250 110 20 300 60 350 10 
7 60 420 272 148 22 322 98 372 48 
8 60 480 310 170 38 360 120 410 70 
9 60 540 355 185 45 405 135 455 85 
10 60 600 410 190 55 460 140 510 90 
11 60 660 475 185 65 525 135 575 85 
Em todos os casos acima ⎯ com custo fixo igual a 100, 150 e 200 ⎯, a empresa 
produzirá 10 unidades, pois essa é a quantidade mais próxima do ponto em que o 
preço é igual ao custo marginal (excluídos os casos em que o custo marginal é 
superior ao preço). Os custos fixos não influenciam a quantidade ótima produzida, 
pois não afetam o custo marginal. Os altos custos fixos também resultam em lucros 
menores. 
Capítulo 8: Maximização de lucros e oferta competitiva 
 121 
3. Utilize as mesmas informações do exercício 1 para responder às seguintes questões: 
a. Determine a curva da oferta no curto prazo da empresa. (Dica: você pode desenhar as 
curvas de custo apropriadas.) 
 A curva de oferta de curto prazo da empresa corresponde ao trecho de sua curva de 
custo marginal acima da curva de custo variável médio. A tabela a seguir apresenta 
informações referentes ao custo marginal, custo total, custo variável, custo fixo e 
custo variável médio da empresa. A empresa poderá produzir 8 ou mais unidades, 
dependendo do preço de mercado, mas não produzirá no intervalo de 0 a 7 unidades, 
pois nesse intervalo o CVMe é maior do que o CMg. Quando o CVMe é maior do 
que o CMg, a empresa minimiza suas perdas deixando de produzir. 
q CT CMg CVT CFT CVMe 
0 100 ___ 0 100 ___ 
1 150 50 50 100 50,0 
2 178 28 78 100 39,0 
3 198 20 98 100 32,7 
4 212 14 112 100 28,0 
5 230 18 130 100 26,0 
6 250 20 150 100 25,0 
7 272 22 172 100 24,6 
8 310 38 210 100 26,3 
9 355 45 255 100 28,3 
10 410 55 310 100 31,0 
11 475 65 375 100 34,1 
 
 
Capítulo 8: Maximização de lucros e oferta competitiva 
 122 
b. Se 100 empresas idênticas estiverem atuando no mercado, qual será a expressão da 
curva da oferta do setor? 
Para 100 empresas com estruturas de custo idênticas, a curva da oferta de mercado é 
a soma horizontal da produção de cada empresa, para cada preço. 
 
800 
60 
Q 
P 
S 
 
 
4. Suponhamos que você seja administrador de uma fabricante de relógios de pulso que opera 
em um mercado competitivo. Seu custo de produção é expresso pela equação: C = 200 + 2q
2
, 
onde q é o nível de produção e C é o custo total. (O custo marginal de produção é 4q; o custo 
fixo é de $200.) 
Dados: 
Função Custo: C = 200 + 2q
2 
CMg = 4q (derivada da Função Custo) 
CF = 200 
 
a. Se o preço dos relógios for $100, quantos relógios você deverá produzir para 
maximizar o lucro? 
Dados: 
Função Custo: C = 200 + 2q
2 
CMg = 4q (derivada da Função Custo) 
P = 100 
RMg = P = 100 
Ponto de Máximo Lucro: RMg = CMg 
 
Os lucros são máximos quando o custo marginal é igual à receita marginal. No caso 
em questão, a receita marginal é igual a $100; tendo em vista que, em um mercado 
competitivo, o preço é igual à receita marginal: 
RMg = CMg 
100 = 4q, ou q = 25 
Capítulo 8: Maximização de lucros e oferta competitiva 
 123 
b. Qual será o nível de lucro? 
O lucro é igual a receita total menos o custo total: 
Dados: 
 = RT – CT 
RT = P*Q 
Função Custo: C = 200 + 2q
2 
 
 = (100)(25) - (200 + 2*25
2
) = $1.050 
 
c. Qual será o preço mínimo no qual a empresa apresentará uma produção positiva? 
A empresa deve produzir no curto prazo se as receitas recebidas forem superiores a 
seus custos variáveis. Lembre que a curva de oferta de curto prazo da empresa é o 
trecho de sua curva de custo marginal acima do ponto de custo variável médio 
mínimo. O custo variável médio é dado por: CV/q = 2q2/q = 2q. Além disso, o CMg 
é igual a 4q. 
Logo, o CMg é maior do que o CVMe para qualquer nível de produção acima de 0 e, 
consequentemente, a empresa produz no curto prazo para qualquer preço acima de 
zero. 
 
5. Suponhamos que o custo marginal de uma empresa competitiva para obter um nível de 
produção q seja expresso pela equação CMg(q) = 3 + 2q. Se o preço de mercado do produto 
da empresa for $9, então: 
Dados: 
CMg(q) = 3 + 2q 
P = 9 
 
a. Qual será o nível de produção escolhido pela empresa? 
Dados: 
Ponto de Máximo Lucro:RMg = CMg 
CMg(q) = 3 + 2q 
P = 9 = RMg 
A empresa deve igualar a receita marginal ao custo marginal para maximizar seu 
lucro. Dado que a empresa opera em um mercado competitivo, o preço de mercado 
com que se defronta é igual à receita marginal. Logo, a empresa deve escolher um 
nível de produção tal que o preço de mercado seja igual ao custo marginal: 
RMg = CMg 
9 = 3 + 2q, ou q = 3 
Capítulo 8: Maximização de lucros e oferta competitiva 
 124 
 
b. Qual o excedente do produtor dessa empresa? 
O excedente do produtor é dado pela área abaixo do preço de mercado, i.e., $9.00, e 
acima da curva de custo marginal, i.e., 3 + 2q. Tendo em vista que o CMg é linear, o 
excedente do produtor é um triângulo com base igual a $6 (9 - 3 = 6) e altura igual a 
3, que é o nível de produção para o qual P = CMg. Logo, o excedente do produtor é 
igual a 
(0,5)(6)(3) = $9. 
Veja a figuras.
Preço
Quantidade
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
1 2 3 4
CMg(q) = 3 + 2q
Producer’s
Surplus
Excedente do
produtor
P = $9,00
 
 
 
 
 
c. Suponhamos que o custo variável médio da empresa seja expresso pela equação 
CVMe(q) = 3 + q. Suponhamos que o custo fixo da empresa seja $3. Será que, no curto 
prazo, ela estará auferindo lucro positivo, negativo ou zero? 
Capítulo 8: Maximização de lucros e oferta competitiva 
 125 
 
 
Dados: 
CVMe(q) = 3 + q 
CF = 3 
q = 3 
 = RT – CT 
RT = P*Q 
 
CMg(q) = 3 + 2q 
P = 9 = RMg 
 
O lucro é igual à receita total menos o custo total. O custo total é igual ao custo 
variável total mais o custo fixo total. O custo variável total é dado por (CVMe)(q). 
Logo, para q = 3, 
CV = (3 + 3)(3) = $18. 
O custo fixo é igual a $3. Logo, o custo total, dado por CV mais CF, é: 
CT = 18 + 3 = $21. 
A receita total é dada pela multiplicação do preço pela quantidade: 
RT = ($9)(3) = $27. 
O lucro, dado pela receita total menos o custo total, é: 
 = $27 - $21 = $6. 
Logo, a empresa aufere lucro econômico positivo. 
A solução poderia ser obtida de outra forma. Sabemos que o lucro é igual ao 
excedente do produtor menos o custo fixo; dado que, no item b, o excedente do 
produtor foi calculado em $9, o lucro deve ser igual a 9-3, ou seja, $6. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 8: Maximização de lucros e oferta competitiva 
 126 
6. Uma empresa atua num setor competitivo e tem uma função de custo total CT = 50 + 4q + 
2q2 e uma função de custo marginal CMg = 4 + 4q. Ao preço de mercado dado, de $20, a 
empresa está produzindo 5 unidades. Ela está maximizando seu lucro? Que volume de 
produção ela deveria ter no longo prazo? 
Dados 
CT = 50 + 4q + 2q2 
CMg = 4 + 4q 
P = $20 = RMg 
q = 5 
Ponto de Máximo Lucro: RMg = CMg 
RMg = CMg 
20 = 4 + 4q 
4q = 20 – 4 
q = 16/4 
q = 4 
 
Se a empresa estiver maximizando seu lucro, então o preço será igual ao custo 
marginal. P = CMg resulta em P = 20 = 4 + 4q = CMg, ou q = 4. 
 
O nível atual de lucro, para q = 5, é: 
 = RT – CT 
 = 20*5-(50+4*5+2*5*5) 
 = 100 – 120 
 = – 20 
 
E o nível de maximização de lucro é: 
 = RT – CT 
 = 20*4-(50+4*4+2*4*4) 
 = 80 – 98 
 = – 18 
Não havendo mudança no preço do produto ou na estrutura de custos, a empresa 
deve produzir q = 0 unidades no longo prazo, desde que para essa quantidade o 
preço seja igual ao custo marginal, e o lucro econômico seja negativo. A empresa, 
então, sairá do setor. 
 
 
Capítulo 8: Maximização de lucros e oferta competitiva 
 127 
7. Suponha que a função de custo da mesma empresa seja C(q) = 4q2 + 16. 
a. Calcule o custo variável, o custo fixo, o custo médio, o custo variável médio e o custo 
fixo médio. (Dica: o custo marginal é dado por CMg = 8q.) 
Dados 
C(q) = 4q2 + 16 
CMg = 8q 
P = $20 = RMg 
 
Custo variável é a parte do custo total que depende de q (4q2), e custo fixo é a parte 
do custo total que não depende de q (16). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
b. Mostre as curvas de custo médio, de custo marginal e de custo variável médio em um 
gráfico. 
A curva de custo médio é em formato de U. O custo médio é relativamente maior no 
começo porque a empresa não consegue distribuir o custo fixo para várias unidades 
de produção. Com o aumento da produção, os custos fixos médios cairão, de forma 
relativa, rapidamente. O custo médio aumentará em algum ponto porque o custo fixo 
médio se tornará menor, e o custo variável médio aumenta à medida que o q 
aumenta. O custo variável médio aumentará por causa da diminuição do retorno para 
o trabalho de fator variável. CMg e CVMe são lineares e passam pela origem. O 
custo variável médio estará em algum lugar abaixo do custo médio. O custo 
marginal estará em algum lugar abaixo do custo variável médio. Se o médio 
aumentar, o marginal deve ficar abaixo dele. O custo marginal atingirá o custo 
médio no seu ponto mínimo. 
 
 
 
 
Capítulo 8: Maximização de lucros e oferta competitiva 
 128 
c. Calcule a produção que minimiza o custo médio. 
A quantidade de custo médio mínima ocorre onde CMg é igual a CMe: 
 
CMg = 8q 
 
 
 
16
q
= 4q
16 = 4q2
4 = q 2
2 = q.
 
d. Em que intervalo de preços a empresa terá uma produção positiva? 
A empresa oferecerá níveis positivos de produção assim que P = CMg > CVMe, ou 
assim que conseguir cobrir seus custos variáveis de produção. Neste caso, o custo 
marginal está acima do custo variável médio, e a empresa conseguirá níveis 
positivos a qualquer preço positivo. 
 
e. Em que intervalo de preços a empresa terá um lucro negativo? 
A empresa terá lucro negativo quando P = CMg > CMe, ou com um preço abaixo do 
custo médio mínimo. No item c, chegamos à quantidade mínima de custo médio de 
q=2. Inserindo q=2 na função de custo médio, chegaremos à CMe=16. Assim, a 
empresa terá lucro negativo se o preço for inferior a 16. 
 
f. Em que intervalo de preços a empresa terá um lucro positivo? 
No item e, vimos que a empresa teria lucro negativo se o preço fosse inferior a 16. 
Assim, ela terá um lucro positivo sempre que o preço for superior a 16. 
 
 
Capítulo 8: Maximização de lucros e oferta competitiva 
 129 
 
 
 
 
8. Uma empresa competitiva tem a seguinte função de custo no curto prazo: C(q) = q3 – 8q2 + 
30q + 5. 
Dados: 
C(q) = q3 – 8q2 + 30q + 5 
 
a. Calcule o CMg, o CMe e o CVMe; em seguida, represente-os num gráfico. 
As funções podem ser calculadas da seguinte forma: 
 
 
 
Graficamente, as três funções de custos são em formato de U, sendo que o custo cai 
inicialmente quando q aumenta, e quando o custo aumenta, q também aumenta. O 
custo variável médio fica abaixo do custo médio. O custo marginal estará 
inicialmente abaixo do CVMe e aumentará para atingi-lo em seu ponto mínimo. O 
CMg estará inicialmente abaixo do CMe em seu ponto mínimo. 
 
b. Em que intervalo de preços o produto será zero? 
Capítulo 8: Maximização de lucros e oferta competitiva 
 130 
A empresa achará rentável produzir no longo prazo enquanto o preço for maior ou 
igual ao custo variável médio. Se o preço for menor, a empresa achará melhor fechar 
o negócio no curto prazo, pois perderá apenas o custo fixo e não o fixo mais o 
variável. Aqui, é preciso calcular o custo variável médio mínimo, que pode ser feito 
de duas maneiras. Você pode estabelecer o custo marginal igual ao custo variável 
médio, ou pode optar por q e substituir em CVMe para encontrar o CVMe mínimo. 
Vamos considerar, neste caso, que o CVMe seja igual a CMg: 
 
 
 
 
No entanto, a firma terá uma produção zero se P<14. 
c. Identifique em seu gráfico a curva de oferta da empresa. 
A curva de oferta da empresa é a curva de CMg, acima do ponto onde CMg=CVMe. 
A empresa produzirá no ponto onde o preço é igual a CMg, desde que CMg seja 
maior ou igual a CVMe. 
d. A que preço a empresa fornecerá exatamente 6 unidades de produto? 
A empresa maximiza seu lucro ao escolher um nível de produção em que P=CMg. 
Para chegar ao preço que a empresa fornecerá 6 unidades deproduto, basta colocar 
que q é igual a 6 e descobrir o CMg: 
P = CMg = 3q2 – 16q + 30 = 3(62) – 16(6) + 30 = 42. 
*9.a. Suponhamos que a função de produção de uma empresa seja q = 9x
1
2 no curto prazo, 
sendo $1.000 o valor dos custos fixos e x o insumo variável, o qual custa $4.000 por 
unidade. Qual é o custo inicial de produzir no nível q? Em outras palavras, identifique 
a função de custo total C(q). 
A função de custo total C(x) = custo fixo + custo variável = 1.000 + 4.000x. Como o 
insumo variável custa $4.000 por unidade, o custo variável é 4.000 vezes o número 
de unidades, ou 4000x. Então, para reescrever a função da produção e expressar x 
em termos de q, temos 
 
x =
q
2
81
. Depois, podemos substituir isso na função abaixo 
para obter C(q): 
 
C(q) =
4000q
2
81
+1000 
b. Escreva a equação para a curva da oferta. 
A empresa produz quando P=CMg, logo, a curva do custo marginal é a curva da 
oferta, ou 
 
P =
8000q
81
. 
c. Se o preço é $1.000, quantas unidades a empresa produzirá? Qual é o nível de lucro? 
Ilustre sua resposta em um gráfico de curva de custos. 
Para resolver esse problema, iguale o preço ao custo marginal, e então: 
 
P =
8000q
81
=1000 q =10.125 
Capítulo 8: Maximização de lucros e oferta competitiva 
 131 
O lucro é 1.000 * 10,125 – (1.000 + (4.000 * 10,125 * 10,125)/81) = 4062,5. 
Graficamente, a empresa produz onde a linha de preço atinge a curva CMg. Se o 
lucro for positivo, isso acontecerá com uma quantidade em que o preço é maior 
que o custo médio. Para visualizar o lucro no gráfico, pegue a diferença dos 
quadros da receita (preço vezes quantidade) e dos custos (custo médio vezes 
quantidade). O retângulo formado é a área de lucro. 
10. Suponha que você recebeu as seguintes informações sobre determinado setor: 
QD = 6.500 – 100P Demanda de mercado 
QS = 1.200P Oferta de mercado 
C(q) = 722 + q2 Função de custo total de cada empresa 
 200 
CMg(q) = 2q Função de custo marginal de cada empresa 
 200 
Suponha também que todas as empresas sejam idênticas e que o mercado se caracterize pela 
competição pura. 
a. Calcule o preço de equilíbrio, a quantidade de equilíbrio, a produção de cada empresa 
e o lucro de cada uma. 
O preço e a quantidade de equilíbrio são encontrados quando a oferta é igual à 
demanda de mercado, então 6.500 – 100P = 1.200P. Resolva a equação para chegar 
a P=5 e substitua esse valor para chegar a Q = 6000. Para calcular a produção da 
empresa, iguale o preço ao custo marginal, para que 
 
5 =
2q
200
 e q=500. O lucro da 
empresa é a receita total menos o custo total ou 
 
 = pq−C(q)= 5(500)− 722−
500
2
200
= 528. Note que quando a produção total no 
mercado é 6000, e a produção da empresa é 500, deve haver 6.000/500=12 
empresas no setor. 
b. No longo prazo, devemos esperar ver entradas ou saídas nesse setor? Explique. Que 
efeito as entradas ou saídas terão no equilíbrio de mercado? 
Entradas porque as empresas do setor estão tendo lucro positivo. Conforme as 
empresas entram, a curva de oferta para o setor volta-se para baixo e para a direita, e 
o preço de equilíbrio cai. Isso reduzirá o lucro da empresa a zero até que não haja 
mais incentivo para novas entradas. 
c. Qual é o preço mais baixo pelo qual as empresas venderiam sua produção no longo 
prazo? A esse preço, o lucro é positivo, negativo ou nulo? Explique. 
No longo prazo, a empresa não venderia por um preço que estivesse abaixo do custo 
médio mínimo, pois o lucro seria negativo e a empresa estaria em melhores 
condições se vendesse seus recursos fixos e não produzisse nada. Para descobrir o 
custo médio mínimo, iguale o custo marginal ao custo médio e encontre q: 
Capítulo 8: Maximização de lucros e oferta competitiva 
 132 
 
 
 
 
 
Sendo assim, a empresa não venderia a nenhum preço que estivesse abaixo de 3.8 no 
longo prazo. 
d. Qual é o preço mais baixo pelo qual as empresas venderiam sua produção no curto 
prazo? A esse preço, o lucro é positivo, negativo ou nulo? Explique. 
A empresa venderia a qualquer preço positivo, porque assim o custo marginal estaria 
acima do custo variável médio (CVMe = q/2.000). O lucro é negativo enquanto o 
preço se mantém abaixo do custo variável médio, ou enquanto o preço está abaixo 
de 3.8. 
11. Suponhamos que uma empresa competitiva tenha uma função de custo total C(q) = 450 = 
15q = 2q2 e uma função de custo marginal CMg(q) = 15 + 4q. Se o preço de mercado é P = $115 
por unidade, calcule o nível de produção da empresa. Calcule também o nível de lucro e o 
nível de excedente do produtor. 
A empresa deve produzir enquanto o preço for igual ao custo marginal, ou seja, P = 
115 = 15 + 4q = CMg e q = 25. O lucro é 
 
 =115(25) − 450 −15(25) − 2(25
2
) = 800 . O excedente do produtor é o lucro 
mais o custom fixo, ou seja, 1250. Note que o excedente também pode ser 
encontrado graficamente ao se calcular a área abaixo da linha do preço e acima da 
curva (de oferta) do custo marginal, isto é, EP=0,5*(115-15)*25=1250. 
12. Muitas lojas oferecem serviços de revelação de filmes. Suponha que cada uma tenha uma 
função de custo C(q) = 50 + 0,50q + 0,08q2 e um custo marginal CMg = 0,5 + 0,16q. 
a. Se atualmente o custo para revelar um rolo de filme é $ 8,50, o setor está no equilíbrio 
de longo prazo? Em caso negativo, calcule o preço associado ao equilíbrio de longo 
prazo. 
Primeiro é preciso encontrar a quantidade máxima de lucro associada ao preço de 
$8,50, estabelecendo o preço igual ao custo marginal, para que 
CMg=0,5+0,16q=8,5=P, ou q=50. O lucro seria, então, 8,50+50-
(50+0,5*50+0,08*50*50)=$150. O setor não está no equilíbrio de longo prazo 
porque o lucro é maior que zero. Em um equilíbrio de longo prazo, as empresas 
produzem quando o preço é igual ao custo médio mínimo e não há incentivo para 
entrada ou saída. Para encontrar o ponto de custo médio mínimo, iguale o custo 
médio ao custo marginal e descubra q: 
CMg = 0,5 + 0,16q = 50/q + 0,5 + 0,08q = CMg 
0,08q2 = 50 
 
 
q = 25. 
Para saber o preço de longo prazo no mercado, substitua q=25 no custo marginal 
ou no custo médio para chegar a P=$4,50. 
Capítulo 8: Maximização de lucros e oferta competitiva 
 133 
b. Suponhamos agora que se desenvolva uma nova tecnologia capaz de reduzir o custo da 
revelação em 25%. Partindo do pressuposto de que o setor está no equilíbrio de longo 
prazo, quanto cada loja estaria disposta a pagar para adquirir essa nova tecnologia? 
A novas funções de custo total e de custo marginal podem ser calculadas 
multiplicando-se as antigas funções por 0,75 (ou 75%), ficando assim: 
Cnova(q) = 0,75(50 + 0,5q + 0,08q
2) = 37,5 + 0,375q + 0,06q2 
Cmgnova(q) = 0,375 + 0,12q 
A empresa igualará o custo marginal ao preço, que é de $4,50 no equilíbrio de longo 
prazo. Calcule q para descobrir que a empresa desenvolverá aproximadamente 34 
rolos de filme. Se q=34, então o lucro é de $33,39. Esse seria o máximo que a 
empresa pagaria pela nova tecnologia. Note que se todas as empresas adotarem a 
nova tecnologia e produzirem mais, o preço no mercado cairá e o lucro de cada 
empresa será reduzido a zero. 
13. Pense numa cidade com várias barracas de cachorro-quente no centro. Suponha que cada 
vendedor tenha um custo marginal de $1,50 por cachorro-quente vendido e nenhum custo 
fixo. Suponha que o número máximo de cachorros-quentes que cada vendedor pode fazer por 
dia seja 100. 
a. Sendo $2 o preço do cachorro-quente, quantos lanches cada vendedor gostaria de 
vender? 
Se o custo marginal for igual a 1,5 e o preço for igual a 2, o vendedor de cachorro-
quente vai querer vender o máximo possível, ou seja, 100 cachorros-quentes. 
b. Se o setor for perfeitamente competitivo, o preço permanecerá em $2? Em caso 
negativo, qual será o preço? 
O preço deve cair para $1,50, para que seja igualado ao custo marginal. Cada 
vendedor terá um incentivo para baixar o preço de umcachorro-quente para menos 
de $2, assim poderá vender mais do que seus concorrentes. Nenhum deles, no 
entanto, venderá o cachorro-quente por um preço inferior ao custo marginal, e o 
preço continuará a cair até atingir $1,50. 
c. Se cada barraca vende exatamente 100 cachorros-quentes por dia e a demanda é Q = 
4.400 – 1.200P, quantas barracas existem? 
Se o preço for $1,50, então Q = 4.400 – 1.200 * 1,5 = 2.600 no total. Se cada 
vendedor vende 100 cachorros-quentes por dia, existem 26 vendedores. 
d. Suponha que a prefeitura decida regulamentar a venda de cachorros-quentes e passe a 
emitir licenças. Se apenas 20 licenças forem concedidas e cada vendedor continuar a 
vender 100 cachorros-quentes por dia, a que preço cada lanche será vendido? 
Se existem 20 vendedores que vendem 100 cachorros-quentes por dia cada um, 
então o número total vendido é de 2.000. Se Q = 2.000, então P = $2, de acordo com 
a curva de demanda. 
e. Suponha que a prefeitura decida vender as licenças. Qual o preço máximo que um 
vendedor pagaria por uma licença? 
Com o novo preço de $2 por cachorro-quente, o vendedor obtém um lucro de $0,50 
por sanduíche, ou um total de $50. Esse é o preço máximo que eles pagariam em 
uma base diária. 
Capítulo 8: Maximização de lucros e oferta competitiva 
 134 
14. Uma empresa deve pagar um imposto sobre vendas no valor de $1 por unidade produzida. 
O produto é vendido por $5 em um setor competitivo com muitos participantes. 
a. De que forma tal imposto influenciará as curvas de custo da empresa? 
A cobrança de um imposto de $1 sobre determinada empresa deve provocar o 
deslocamento de todas as curvas de custo em $1 para cima. O custo total torna-se 
CT+qt, ou CT+q, desde que t=1. O custo médio será CMe+1. O custo marginal será 
CMg+1. 
b. O que ocorrerá com o preço da empresa, com seu nível de produção e com seu lucro? 
Dado que a empresa é tomadora de preço em um mercado competitivo, a cobrança 
de um imposto sobre sua produção não afetará o preço cobrado, pois o preço de 
mercado não se altera. Dado que a curva de oferta de curto prazo da empresa 
corresponde ao trecho de sua curva de custo marginal acima da curva de custo 
variável médio e que a curva de custo marginal se desloca para cima (para a 
esquerda), a empresa estará ofertando menos para cada nível de preço. Os lucros 
também serão menores para cada nível de produção. 
c. Haverá entrada ou saída no setor? 
Se o imposto incide sobre uma única empresa, tal empresa será obrigada a 
abandonar o setor, pois no longo prazo o preço de mercado será inferior a seu custo 
médio mínimo. 
15. Um imposto de 10% sobre vendas passa a incidir sobre metade das empresas (aquelas que 
poluem o meio ambiente) em um setor competitivo. A receita do imposto arrecadado é paga a 
cada uma das demais empresas do setor (aquelas que não poluem o meio ambiente) por meio 
de um subsídio correspondente a 10% do valor de sua produção vendida. 
a. Supondo que todas as empresas tenham custos médios constantes idênticos no longo 
prazo antes da política de subsídio fiscal, o que você espera que ocorra (no curto e no 
longo prazo) com o preço do produto, com o nível de produção das empresas e com o 
nível de produção do setor? (Dica: de que forma o preço se relaciona com o insumo do 
setor?) 
O preço de mercado do produto depende da quantidade produzida pela totalidade 
das empresas no setor. O efeito imediato da política de subsídio fiscal é a redução 
das quantidades ofertadas pela empresas poluidoras e o aumento das quantidades das 
demais empresas. Supondo que, antes da implementação da política de subsídios, o 
setor se encontrasse no equilíbrio de longo prazo, o preço seria igual ao custo 
marginal e ao custo médio mínimo de longo prazo. Após a implementação da 
política, o preço se encontra abaixo do custo médio mínimo para as empresas 
poluidoras; conseqüentemente, tais empresas deverão sair do setor. Por sua vez, as 
empresas não poluidoras auferem lucros econômicos que incentivam a entrada de 
novas empresas não poluidoras. Caso o setor apresente custos constantes e a redução 
da quantidade ofertada pelas empresas poluidoras seja exatamente compensada pelo 
aumento da quantidade ofertada pelas empresas não poluidoras, o preço 
permanecerá inalterado. 
b. Será que tal política pode sempre ser praticada com a receita fiscal se igualando ao 
valor pago na forma de subsídios? Por quê? Explique. 
À medida que as empresas poluidoras deixam a indústria e novas empresas não 
poluidoras entram no mercado, as receitas dos impostos cobrados das empresas 
Capítulo 8: Maximização de lucros e oferta competitiva 
 135 
poluidoras diminuem e as despesas com os subsídios pagos às empresas não 
poluidoras aumentam. Tal desequilíbrio fiscal surge assim que a primeira empresa 
poluidora sai do setor e persiste a partir de então. Se os impostos e subsídios são 
reajustados para cada empresa nova ou já existente, então as receitas das empresas 
poluidoras diminuirão e as empresas não poluidoras terão subsídios cada vez 
menores.

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