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Gabriela Curi Gaspar u Advogada, Graduada em Direito pela Universidade Salvador – UNIFACS. Professora e Palestrante, Mestre em Novos Direitos e Relações Sociais Pela Universidade Federal da Bahia – UFBA. Pós- Graduada em Direito e Processo do Trabalho e em Direito do Estado, ambas pelo JusPodivm. Pós-Graduada em Compliance, Governança e Riscos pela Faculdade Baiana de Direito - FBD. Auditora de Sistema de Gestão de Compliance e Anticorrupção (ISO's 19600:2014 e 37001:2016) certificada pela World Compliance Association - WCA. Membro do Instituto Bahiano de Direito do Trabalho. 1. SISTEMA RETRIBUTIVO TRABALHISTA u Considerações Introdutórias u Ato de Fidúcia do Operário u Sal – Império Romano u Estipêndio, Ordenado, Soldos, Vencimentos, Subsídios, Honorários, Remuneração. u Salário – denominação imprópria: salário-maternidade, salário-família, salário de contribuição, salário de benefício, salário-educação 1. SISTEMA RETRIBUTIVO TRABALHISTA u Remuneração e Salário: distinções u Salário u “É o conjunto de parcelas contraprestativas pagas pelo empregador ao empregado em função do contrato de trabalho.” u Art. 457, caput, CLT u Art. 76 CLT e Leis salário mínimo pós CRFB/88 1. SISTEMA RETRIBUTIVO TRABALHISTA u Remuneração: Definição e distinções u Acepções: u 1ª Remuneração = Salário u 2ª Remuneração – Gênero / Salário – Espécie u 3ª art. 457, CLT : Remuneração = Salário + Gorjetas u Súmula 354 TST – integra a remuneração, mas não integra base de cálculo para demais parcelas (Aviso-prévio, ad. Noturno, HE, RSR) u Art. 29, § 1º, CLT –anotação na carteira (estimativa) Integram salário-contribuição – fins previdenciários u Lei n. 8.036/90 – FGTS gorjeta integra a base de cálculo u Lei 4.090/62 e 4.749/65 – gorjeta compõe a remuneração para efeitos de cálculo do 13º salário u Vertente do art. 76 e 457, CLT: regra geral – somente terá natureza salarial/remuneratória, parcelas retributivas habituais devidas e pagas diretamente pelo empregador ao empregado. Exceção: aceita-se que a média das gorjetas habitualmente recebidas integre-se ao salário contratual obreiro para todos os fins (exceto salário mínimo) 1.1 Parcelas Oriundas do Trabalho u Parcelas de natureza trabalhista e remuneratórias; u Parcelas de natureza trabalhista e não remuneratórias u Parcelas de natureza não trabalhista conexas ao contrato de emprego 1.1.1 Parcelas de natureza remuneratória: u Salário-base u Complementos salariais u Suplementos salariais REMUNERAÇÃO = salário-base + complementos salariais + suplementos salariais - Salário-base u Definição: u « É a unidade básica de retribuição pelo trabalho acertado. Valor estipulado como retribuição pelos serviços que compõem o plexo mínimo de suas atividades » - Salário-base u Modalidades de Aferição: u Unidade de Tempo u Unidade de Produção u Comissionista Puro x Comissionista Impuro (ou misto): u Comissionista Puro – Hora Extra (S. 340 TST – direito apenas ao adicional / OJ 235 SDI-I – exceção: atividades extenuantes – cortador de cana / S. 27, TST - RSR) u Valor-Hora: Montante total do resultado da produção / número de horas efetivamente trabalhadas u Comissionista Impuro: Salário-base é estipulado por unidade de tempo + comissões (complemento salarial) u Garantia do padrão salarial mínimo: art. 7,VII, CF/88 / art. 78 CLT. Lei n. 8.716/93 u Cláusula stare del credere: não recebimento da comissão pelo vendedor quando o comprador não vier a promover a liquidação da dívida. u Art. 698, CC/02 u Vendedores Viajantes e pracistas (lei 3.207/57 – art. 5 e 7) - somente é possível mediante negociação coletiva. u É vedada pela lei 4.886/65 art. 43 aos representantes comerciais autônomos. - Salário-base u Modalidades de Aferição: u Unidade de tarefa: Tempo + Produção u SUM-149 TAREFEIRO. FÉRIAS (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A remuneração das férias do tarefeiro deve ser calculada com base na média da produção do período aquisitivo, aplicando-se-lhe a tarifa da data da concessão. - Salário-base u Pisos Salariais u Existência Digna (art. 7º, IV e 170 CF/88) u Salário mínimo legal geral (CF): u SV 4 e 6 do STF, OJ 71 SDI-2 u Base de Cálculo do Adicional de Insalubridade – continua sendo o salário mínimo (Medida Cautelar em Reclamação n. 6.266-0 DF – suspensão da aplicação da súmula 228 TST u Salário Mínimo refere-se ao total da remuneração e não ao salário-base: OJ 272 SDI-I u Dimensão proporcional do salário mínimo: deve-se aferir o mínimo na dimensão proporcional ao número de horas ou dias trabalhados. u Salário mínimo legal (federal) específico ou salário profissional: profissionais que gozam de estatuto próprio. OJ 358 SDI-I / OJ 393 SDI-I/ súm. 143 TST. u Salário mínimo legal (estadual) específico ou piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho: (art. 7º, V, CF). Não confundir com o nacionalmente unificado (LC 103/2000). Não abarcados por L. Federal, CCT ou ACT - Salário-base u Salário Mínimo Contratual Coletivo ou Piso Salarial: u por norma coletiva u sentença normativa – dissídio normativo – salário mínimo normativo/salário normativo (art. 114, §2º, CF/ art. 766 CLT) u Salário mínimo contratual individual (contrato) u Plano de cargos e salários ou quadros de carreira - Salário-base u Teto Salarial u Serviço público u Ambito privado u Sociedade de economia mista e empresa pública e subsidiárias, quando recebem recursos da U, E, M, Dfpara pagamento de despesas de pessoal (art. 37, §9º, CF/88/ OJ 339 SDI-I/TST – não contempla a exceção – E-ED- RR-5249/2005/004-22-00.0) - Salário-base u Formas de Pagamento (art. 458, CLT): “Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa, por fôrça do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas. (sic)” - Salário-base u Formas de Pagamento: u Proporção (art. 82, CLT): u Dinheiro: mínimo de 30% u Prestações in natura: 70% u Oj 18 SDC18. DESCONTOS AUTORIZADOS NO SALÁRIO PELO TRABALHADOR. LIMITAÇÃO MÁXIMA DE 70% DO SALÁRIO BASE. (inserida em 25.05.1998) Os descontos efetuados com base em cláusula de acordo firmado entre as partes não podem ser superiores a 70% do salário base percebido pelo empregado, pois deve-se assegurar um mínimo de salário em espécie ao trabalhador. - Salário-base u Formas de Pagamento u Salário in especie ou salário em efetivo: dinheiro, moeda corrente. Forma preferencial e naturalmente exigível u Salário in natura ou salário em utilidades: utilidades como alimentação, habitação, vestuário, etc. Não é a forma preferencial. Necessita de ajuste contratual escrito. u Definição de Utilidades salariais – “bens suscetíveis de apreciação econômica que poderiam ser adquiridos pelos empregados mediante os salários recebidos, mas que, por um ajuste com os empregadores são-lhes oferecidos como substituintes do dinheiro. u Destinação: - para o trabalho ≠ Pelo trabalho - Salário-base u Formas de Pagamento u Salário in natura ou salário em utilidades: u Percentual máximo do salário em utilidades (art. 82, CLT) u 30% em dinheiro u 70% em utilidades u Art. 458 CLT – valores justos e razoáveis. u §3º do art. 458, CLT: u Habitação: 25% u Alimentação: 20% u OBS: empregados urbanos sobre o salário contratual. Empregados rurais percentuais invertidos (art, 9º, “a” e “b”. Da lei 5.889/73) sobre o salário mínimo. u Habitação coletiva: valor da habitação/nº coocupantes. Vedada a utilização da mesma unidade residencial por mais de uma família. u Habitação = salário utilidade -> gozar de liberdade e privacidade. ≠ alojamento funcional.u Súm. 367, TST - Salário-base u Formas de Pagamento u Salário in natura ou salário em utilidades: u Bens insuscetíveis de servir como utilidades salariais u Caput, Art. 458, CLT – bebidas alcoólicas u Súm. 367 TST – II – cigarro. u Utilidades não salariais (§2º do art. 458, CLT): u Para o trabalho X Pelo Trabalho u Regimento Interno/ Manual do Colaborador: utilização de ativos da empresa. - Salário-base u Formas de Pagamento u Salário in natura ou salário em utilidades: u Não são consideradas como salário as seguintes vantagens: u Vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, para a prestação do serviço; u Educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos à matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático; u Transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público; u Assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde; u Seguros de vida e de acidentes pessoais; u Previdência privada; u O valor correspondente ao vale-cultura - Salário-base u Formas de Pagamento u Salário in natura ou salário em utilidades: u Lei 13.467/2017 – §5º no art. 458 da CLT: o valor relativo à assistência prestada por serviço médico, ou odontológico, próprio ou não, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, próteses, órteses, despesas médico-hospitalares e outras similares, não integram o salário do empregado para qualquer efeito nem o salário de contribuição, para efeitos do previsto na alínea “q” do §9º do art. 28 da lei 8.212/91. - Salário-base u Formas de Pagamento u Salário in natura ou salário em utilidades: u Vale-cultura: u Programa de Cultura do Trabalhador u Remuneração de até 5 salários mínimos u R$ 50,00 reais mensais, insuscetível de reversão em pecúnia u Empresa Operadora/ Usuário / Empresa beneficiária / Empresa recebedora u Desconto: máx. 10% do valor do benefício - Salário-base u Formas de Pagamento u Salário in natura ou salário em utilidades: u Alimentação = utilidade – desde que outorgada como auxílio, desde que não seja o pagamento em dinheiro. A partir da l. 13.467/2017, §2ª do art. 457 da CLT. Pode ou não estar segundo o PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador – L. 6.321/76). Súm. 241 TST – Inaplicabilidade. u Antes da Reforma: Vale-Refeição pago por fora do PAT = Integrava o salário para os efeitos legais. u Pós-Reforma: qualquer auxílio alimentação, desde que não concedido em dinheiro, não mais será integrável à remuneração. u Fringe Benefits/Employee Benetifs: conjunto de vantagens e compensações, normalmente extrassalariais, que são oferecidas aos empregados como uma forma de estimulá-los a melhor realizar seus serviços. - Complementos Salariais u Parcelas que completam o salário base u Relacionadas com circunstâncias especiais u Salário sob condição - Complementos Salariais Salário-base C CC C C C C - Complementos Salariais Próprios u Adicionais: Devidos por conta de situações extraordinárias ou desvantajosas. Não Complessividade. u Adicional de Insalubridade (Art. 7º, XXIII, CF e Arts. 189 a 192 da CLT): atividades que exponham o trabalhador a agentes nocivos à saúde acima dos limites de tolerância. u Limites de tolerância são estabelecidos pelo Ministério do Trabalho (art. 190 da CLT) u Grau Máximo: 40% u Grau Médio: 20% u Grau Mínimo: 10% - Complementos Salariais Próprios u Adicional de Insalubridade u - Base de cálculo (Salário Mínimo) > Art. 192, parte final, da CLT, Súmula Vinculante nº 4, parte final, do STF e Suspensão da Súmula nº 228 TST u Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo. u - Trabalho a céu aberto - Complementos Salariais Próprios u Adicional de Insalubridade u OJ 173. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. ATIVIDADE A CÉU ABERTO. EXPOSIÇÃO AO SOL E AO CALOR. (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) – Res. 186/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 u I – Ausente previsão legal, indevido o adicional de insalubridade ao trabalhador em atividade a céu aberto, por sujeição à radiação solar (art. 195 da CLT e Anexo 7 da NR 15 da Portaria Nº 3214/78 do MTE). u II – Tem direito ao adicional de insalubridade o trabalhador que exerce atividade exposto ao calor acima dos limites de tolerância, inclusive em ambiente externo com carga solar, nas condições previstas no Anexo 3 da NR 15 da Portaria Nº 3214/78 do MTE. u - Trabalho com lixo - Complementos Salariais Próprios u Adicional de Insalubridade u Súmula nº 448 do TST u ATIVIDADE INSALUBRE. CARACTERIZAÇÃO. PREVISÃO NA NORMA REGULAMENTADORA Nº 15 DA PORTARIA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO Nº 3.214/78. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 4 da SBDI-1 com nova redação do item II ) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014. u I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho. u II – A higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande circulação, e a respectiva coleta de lixo, por não se equiparar à limpeza em residências e escritórios, enseja o pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, incidindo o disposto no Anexo 14 da NR-15 da Portaria do MTE nº 3.214/78 quanto à coleta e industrialização de lixo urbano. - Complementos Salariais Próprios u Adicional de Insalubridade u Apuração: perícia técnica por engenheiro ou médico especializado em segurança do trabalho u (art. 195, § 2º, da CLT) u - Regulamentação pela NR 15 do MTE u - Impossibilidade de acúmulo com adicional de periculosidade: o que for mais vantajoso para o empregado => periculosidade ou insalubridade (CLT, 193, § 2º). u Informativo 206 do TST: u Incidente de Recursos de Revista Repetitivos. “Tema nº 0017 – Cumulação de adicionais de periculosidade e de insalubridade amparados em fatos geradores distintos e autônomos.” A SBDI-I, em sua composição plena, por maioria, definiu a seguinte tese jurídica para o Tema Repetitivo nº 0017 – CUMULAÇÃO DE ADICIONAIS DE PERICULOSIDADE E DE INSALUBRIDADE AMPARADOS EM FATOS GERADORES DISTINTOS E AUTÔNOMOS: o art. 193, § 2º, da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal e veda a cumulação dos adicionais de insalubridade e de periculosidade, ainda que decorrentes de fatos geradores distintos e autônomos. Vencidos os Ministros Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, relator, Augusto César Leite de Carvalho, José Roberto Freire Pimenta, Hugo Carlos Scheuermann, Cláudio Mascarenhas Brandão e Lelio Bentes Corrêa. TST- IRR-239-55.2011.5.02.0319, SBDI-I, rel. Min. Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, red. p/ acórdão Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, 26.9.2019 - Complementos Salariais Próprios u Adicional de Periculosidade u atividades que implicam risco acentuado em virtude de exposição permanente a inflamáveis, explosivos, energia elétrica, roubos ou outra espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial (L. 12.740/2012), trabalho em motocicletas (L. 12.997/2014) e radiação ionizante/substância radioativa (OJ 345 SDI-I) u Lei 11.901/2009 – art. 6º, III: Bombeiro Civil u 30% sobre o salário-baseu É integrado à remuneração para o cálculo de férias, 13º salário, gratificações habituais, FGTS e verbas resilitórias e horas extras. Súm. 132 TST - Complementos Salariais Próprios u Adicional de Periculosidade u OJ-SDI1-385 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. DEVIDO. ARMAZENAMENTO DE LÍQUIDO INFLAMÁVEL NO PRÉDIO. CONSTRUÇÃO VERTICAL. (DEJT divulgado em 09, 10 e 11.06.2010) É devido o pagamento do adicional de periculosidade ao empregado que desenvolve suas atividades em edifício (construção vertical), seja em pavimento igual ou distinto daquele onde estão instalados tanques para armazenamento de líquido inflamável, em quantidade acima do limite legal, considerando-se como área de risco toda a área interna da construção vertical. u Adicional de Periculosidade u A questão do pagamento espontâneo u Súmula nº 453 do TST ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. PAGAMENTO ESPONTÂNEO. CARACTERIZAÇÃO DE FATO INCONTROVERSO. DESNECESSÁRIA A PERÍCIA DE QUE TRATA O ART. 195 DA CLT. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 406 da SBDI-1) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014 O pagamento de adicional de periculosidade efetuado por mera liberalidade da empresa, ainda que de forma proporcional ao tempo de exposição ao risco ou em percentual inferior ao máximo legalmente previsto, dispensa a realização da prova técnica exigida pelo art. 195 da CLT, pois torna incontroversa a existência do trabalho em condições perigosas. - Complementos Salariais Próprios u Adicional de Periculosidade u Súmula nº 191 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. INCIDÊNCIA. BASE DE CÁLCULO (cancelada a parte final da antiga redação e inseridos os itens II e III) - Res. 214/2016, DEJT divulgado em 30.11.2016 e 01 e 02.12.2016 I – O adicional de periculosidade incide apenas sobre o salário básico e não sobre este acrescido de outros adicionais. II – O adicional de periculosidade do empregado eletricitário, contratado sob a égide da Lei nº 7.369/1985, deve ser calculado sobre a totalidade das parcelas de natureza salarial. Não é válida norma coletiva mediante a qual se determina a incidência do referido adicional sobre o salário básico. III - A alteração da base de cálculo do adicional de periculosidade do eletricitário promovida pela Lei nº 12.740/2012 atinge somente contrato de trabalho firmado a partir de sua vigência, de modo que, nesse caso, o cálculo será realizado exclusivamente sobre o salário básico, conforme determina o § 1º do art. 193 da CLT. - Complementos Salariais Próprios u Adicional de Periculosidade u - Horas de sobreaviso – Súmula nº 132, II, TST u II - Durante as horas de sobreaviso, o empregado não se encontra em condições de risco, razão pela qual é incabível a integração do adicional de periculosidade sobre as mencionadas horas. (ex-OJ no 174 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000) u - Exposição permanente x intermitente x eventual (Súmula n. 364 do TST) - Complementos Salariais Próprios u Adicional de Periculosidade u Súmula nº 364 do TST ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO EVENTUAL, PERMANENTE E INTERMITENTE (inserido o item II) - Res. 209/2016, DEJT divulgado em 01, 02 e 03.06.2016 I - Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido. (ex-Ojs da SBDI-1 nºs 05 - inserida em 14.03.1994 - e 280 - DJ 11.08.2003) II - Não é válida a cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho fixando o adicional de periculosidade em percentual inferior ao estabelecido em lei e proporcional ao tempo de exposição ao risco, pois tal parcela constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantida por norma de ordem pública (arts. 7º, XXII e XXIII, da CF e 193, §1º, da CLT). u A eliminação do perigo (art. 194 da CLT) - Complementos Salariais Próprios - Complementos Salariais Próprios u Adicional de Horas Extraordinárias u Art. 7º, XVI, CF/88 u Min. 50% sobre a hora normal u Pode ser maior o percentual por lei específica ou por contrato, individual ou coletivo. u Base de cálculo = salário-base + adicional (por tempo de serviço, insalubridade, ou periculosidade e horas noturnas). *caso estes complementos sejam devidos. u Exceção – HE Portuários (OJ 60, II, SDI-I/TST) - 60. PORTUÁRIOS. HORA NOTURNA. HORAS EXTRAS. (LEI Nº 4.860/65, ARTS. 4º E 7º, § 5º) II - Para o cálculo das horas extras prestadas pelos trabalhadores portuários, observar-se-á somente o salário básico percebido, excluídos os adicionais de risco e produtividade. u Também compõem a base de cálculo de outras verbas (pagas pelo empregador - ver súm. 354, TST): quando habituais – a média das HE – integram o salário-base para efeito de cálculos das demais verbas (RSR, férias, 13º, etc). u Súmula nº 354 do TST u GORJETAS. NATUREZA JURÍDICA. REPERCUSSÕES (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a remuneração do empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado. - Complementos Salariais Próprios - Complementos Salariais Próprios u Adicional de Horas noturnas u Art. 7º, IX, CF/88 u Min. 20% (urbanos – art. 73, caput, CLT) – hora ficta 52’30 – Das 22h às 5h u Min. 25% (Rurais – parág. Ún. art. 7º, L. 5.889/73) – Das 21h às 5h (lavoura) – Das 20h às 04h (pecuária) u Súm. 265 TST – a transferência para o período diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno. u OJ 259 SDI-I - O adicional de periculosidade deve compor a base de cálculo do adicional noturno, já que também neste horário o trabalhador permanece sob as condições de risco. u Súm 60, I, TST - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos os efeitos - Complementos salariais Próprios u Adicional de Transferência u “Constitui acréscimo devido ao empregado provisoriamente transferido do local onde originariamente foi contratado.” u Arts. 469 e 470, CLT. u Art.469, CLT – a transferência que acarretar, NECESSARIAMENTE, a mudança de domicílio. u Min. 25% dos salários u OJ 113 SDI-I - Adicional de transferência. Cargo de confiança ou previsão contratual de transferência. Devido. Desde que a transferência seja provisória. Complementos salariais Próprios u Grarificações u Ideia de contentamento, reconhecimento patronal. u §1º do Art. 457, CLT Status de Complemento Salarial = a gratificação precisa ser legal para integrar o salário (e de função MP 808) (pós reforma trabalhista L. 13.467/17). u Gratificação ≠ Prêmio – estimular uma conduta positiva, servir de exemplo, decorrem de qualidades individuais. Gratificações decorrem de comportamentos praticados no passado e que irradiam efeitos no presente, em regra ter caráter coletivo. Complementos salariais Próprios u Gratificação pelo exercício de função de confiança u Recompensa oferecida pelo empregador a empregado investido no exercício de função qualificada como de confiança (direção, gerência, fiscalização, chefia ou equivalentes). u Intenção do empregador de compensação pelo acréscimo subjetivo de responsabilidades. u Art. 62, II e parág. Ún.,CLT. u Remuneração (salário-base + gratificação de função, se houver) for 40% superior à remuneração dos demais empregados. u Ex: Gerente – R$ 3.000,00 e Demais funcionários – R$ 1.500,00 Complementos salariais Próprios u Gratificação de Balanço u Manifestação de agradecimento, reconhecimento patronal por evidências positivas no balanço (não tem sede legal – previsão contratual – livre estipulação quanto a periodicidade/percentual); uSúm. 253 TST - A gratificação semestral não repercute no cálculo das horas extras, das férias e do aviso prévio, ainda que indenizados. Repercute, contudo, pelo seu duodécimo na indenização por antiguidade e na gratificação natalina. Complementos salariais Próprios u Prêmios anteriores à Lei 13.467/17 u “São estímulos oferecidos ao empregado para que ele inicie ou mantenha condutas positivas ao empreendimento. “ u Ex: assiduidade, pontualidade, produtividade e cumprimento de metas. u Caráter exemplar – Funcionário do mês. u Somente passaram a ter sele legal a partir da reforma trabalhista de 2017. Antes – previsão meramente contratual (inter partes ou contrato coletivo) u Diversos fatos geradores, periodicidade e forma de aferição. Normalmente são calculados sobre o salário-base. u Antes da Reforma trabalhista = Complemento Salarial – pagamento com habitualidade. Súm 209 STF. u Pós Reforma = os prêmios não integram mais a remuneração do empregado e não mais se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem mais base de incidência de encargos trabalhistas e previdenciários. (§4º do art. 457, CLT). u MP 808/17 – §22 – “se considerariam prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador, até duas vezes ao ano..” Complementos salariais Próprios u Comissões e Percentagens u Remuneração paga pelo comitente ao comissionado. Montante normalmente fixado em percentual. u Comissionados ou comissionistas puros: unidade de produção u Comissionistas impuros/mistos: unidade de tempo + produção (súmula 93, TST). u Quebra de Caixa u Natureza contratual u Atribuído ao empregado responsável pela guarda de numerário do empregador u Verba de incentivo para atenuar eventuais diferenças negativas no fechamento do fluxo contábil. u Art. 462, §1º, CLT – desconto salarial pelos danos culposamente impostos ao empregador. u Súm. 247 TST - Súmula nº 247 do TST - QUEBRA DE CAIXA. NATUREZA JURÍDICA - A parcela paga aos bancários sob a denominação "quebra de caixa" possui natureza salarial, integrando o salário do prestador de serviços, para todos os efeitos legais. u Contagem deve ser feita na presença do empregado (RO 00974-2006.015.03.00.0) Complementos Salariais Próprios u Luvas u São verbas salariais atribuídas ao empregado como incentivo à assinatura do contrato. u Atleta profissional, cabelereiro, etc. u Liberdade Contratual: montante único ou parcelado; em dinheiro ou em utilidades u Doutrina e Jurisprudência: Parcela de natureza salarial u “Fundo de trabalho” X “fundo de comércio” u Integram a remuneração para efeitos de cálculo de férias, 13º, recolhimento de FGTS. Complementos Salariais Impróprios u São verbas que incrementam o salário-base, mas independem de fato gerador. São, em verdade, acréscimos ao salário-base. u Abono salarial anterior à Lei 13.467/2017 u Antecipações salariais que visam minorar os danos causados ao trabalhador por conta da demorado processo de outorga de efetivo aumento salarial. São integrados ao salário na medida em que são concedidos os acréscimos salariais u OBS: tiveram natureza não remuneratória durante 4 dias entre a data de vigência da L. 13.467/2017 e a MP 808/2017 Complementos Salariais Impróprios u Adicional por Tempo de Serviço u Também chamados de “gratificações” por vezes. u Ideia de aumento destacado. u Não tem sede legal u SUM-202 GRATIFICAÇÃO POR TEMPO DE SERVIÇO. COMPENSAÇÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Existindo, ao mesmo tempo, gratificação por tempo de serviço outorgada pelo empregador e outra da mesma natureza prevista em acordo coletivo, convenção coletiva ou sentença normativa, o empregado tem direito a receber, exclusivamente, a que lhe seja mais benéfica. u SUM-203 GRATIFICAÇÃO POR TEMPO DE SERVIÇO. NATUREZA SALARIAL (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003A gratificação por tempo de serviço integra o salário para todos os efeitos legais. u SUM. 225 REPOUSO SEMANAL. CÁLCULO. GRATIFICAÇÕES POR TEMPO DE SERVIÇO E PRODUTIVIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 As gratificações por tempo de serviço e produtividade, pagas mensalmente, não repercutem no cálculo do repouso semanal remunerado. u Gratificação Natalina ou Décimo Terceiro Salário u Lei 4.749/65 e Dec. 57.155/65 u Art. 7º, VIII, CRFB/88 – denomina de 13º Salario. u Vantagem de natureza salarial paga a cada ano correspondente a 1/12 avos da remuneração devida até dezembro. u A fração igual ou superior a 15 dias de trabalho será havida como mês integral. Complementos Salariais Impróprios - Suplementos salariais Remuneração Salário-base C C C C C C C Suplementos Salariais Gorjetas ou Geltas - Suplementos Salariais P A T R à O EMPREGADO FORNECEDOR CLIENTE u Pagamento feito por terceiros com os quais o empregador mantém relações comerciais com o objetivo de incentivar os empregados. u Pode os empregados ser contratados para receber unicamente suplementos salariais? u Gorjeta u OBS: Com a queda da MP 808/2017, o único dispositivo, da CLT, que trata sobre gorjetas é o art. 457, caput e §3º, da CLT, tendo caído toda a sua disciplina jurídica. Lei 13.419/17 revogada pela Lei 13.467/17. u Art. 457, caput, e § 3º da CLT u Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. u § 3º Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como também o valor cobrado pela empresa, como serviço ou adicional, a qualquer título, e destinado à distribuição aos empregados. (Redação dada pela Lei nº 13.419, de 2017) u - Efeitos: Integração para todos os efeitos, exceto aviso prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado (Súmula 354 do TST) - Suplementos salariais u Súmula nº 354 do TST - GORJETAS. NATUREZA JURÍDICA. REPERCUSSÕES (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a remuneração do empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado. u Gueltas u Incentivos pagos pelos fornecedores do empregador, com anuência deste u - Aplicação analógica da Súmula n. 354 do TST - Suplementos salariais Parcelas de Natureza não Salarial u Indenizações u Penalidades u Ressarcimentos u Não Salariais por força de lei Parcelas de Natureza não Salarial u Indenizações u Reparatórias: conserta ou repõe equipamentos destruídos em serviço/alimentação por prestação de HE u Compensatórias: seguro-desemprego/férias indenizadas/aviso prévio indenizado e as dos arts. 496 e 487,CLT u Penalidades u Multas Moratórias u Art. 467 e §8º, 477, CLT u Multas Compensatórias u Multas decorrentes do descumprimento de normas coletivas u SUM-384 MULTA CONVENCIONAL. COBRANÇA – Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I - O descumprimento de qualquer cláusula constante de instrumentos normativos diversos não submete o empregado a ajuizar várias ações, pleiteando em cada uma o pagamento da multa referente ao descumprimento de obrigações previstas nas cláusulas respectivas. (ex-OJ nº 150 da SBDI-I - inserida em 27.11.1998) II - É aplicável multa prevista em instrumento normativo (sentença normativa, convenção ou acordo coletivo) em caso de descumprimento de obrigação prevista em lei, mesmo que a norma coletiva seja mera repetição de texto legal. (ex-OJ nº 239 da SBDI-I - inserida em 20.06.2001) u Ressarcimentos u Ajuda de custo u Visa a cobertura das despesas gastas pelo empregado quando se fixa em novo território, por ordem do empregador u Art. 457, §2º, CLT u 2oAs importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) Parcelas de Natureza não Salarial Parcelas de Natureza não Salarial u Diárias u Visa a cobertura das despesas gastas pelo empregado quando se desloca por ordem do empregador u Art. 457, §2º, CLT u 2o As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) u OBS: Reforma extirpou a antiga presunção contida no §2º de que as diárias que excediam a 50% do valor do salário teriam natureza salarial. Súm. 101 e 318 TST e IN 8da Secretaria Nacional do Trabalho u Verba de Quilometragem u Prêmios u Art. 457, §2º e §4º, CLT u 2o As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) u § 4o Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador em forma de bens, serviços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razão de desempenho superior ao ordinariamente esperado no exercício de suas atividades. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) u OBS: a limitação ao pagamento por duas vezes ao ano inserida pela MP 808/2017 deixou de existir com a queda desta. Parcelas de Natureza não Salarial u Parcelas Não Salariais Por força de Lei u Salário-família (art. 7º, XII) u Participação nos lucros e resultados u SUM-451 PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS. RESCISÃO CONTRATUAL ANTERIOR À DATA DA DISTRIBUIÇÃO DOS LUCROS. PAGAMENTO PROPORCIONAL AOS MESES TRABALHADOS. PRINCÍPIO DA ISONOMIA. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 390 da SBDII) Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014 Fere o princípio da isonomia instituir vantagem mediante acordo coletivo ou norma regulamentar que condiciona a percepção da parcela participação nos lucros e resultados ao fato de estar o contrato de trabalho em vigor na data prevista para a distribuição dos lucros. Assim, inclusive na rescisão contratual antecipada, é devido o pagamento da parcela de forma proporcional aos meses trabalhados, pois o exempregado concorreu para os resultados positivos da empresa. u Abono Pecuniário de Férias (art. 143 e 144) u Parcela in natura recebida de acordo com o PAT u Parcela Recebida a título de vale-transporte Parcelas de Natureza não Salarial Parcelas de Natureza Não Trabalhista Conexas ao Contrato de trabalho u Direito de Arena u A jurisprudência vinha atribuindo a mesma natureza da Gorjeta – Súmula n. 354 do TST u A Lei 9.615/98, entretanto, foi alterada em março/2011 (art. 42, §1º), passando a atribuir natureza civil a esta parcela u Art. 42. Pertence às entidades de prática desportiva o direito de arena, consistente na prerrogativa exclusiva de negociar, autorizar ou proibir a captação, a fixação, a emissão, a transmissão, a retransmissão ou a reprodução de imagens, por qualquer meio ou processo, de espetáculo desportivo de que participem. (Redação dada pela Lei nº 12.395, de 2011). Parcelas de Natureza Não Trabalhista Conexas ao Contrato de trabalho u § 1º Salvo convenção coletiva de trabalho em contrário, 5% (cinco por cento) da receita proveniente da exploração de direitos desportivos audiovisuais serão repassados aos sindicatos de atletas profissionais, e estes distribuirão, em partes iguais, aos atletas profissionais participantes do espetáculo, como parcela de natureza civil. (Redação dada pela Lei nº 12.395, de 2011). u § 2o O disposto neste artigo não se aplica à exibição de flagrantes de espetáculo ou evento desportivo para fins exclusivamente jornalísticos, desportivos ou educativos ou para a captação de apostas legalmente autorizadas, respeitadas as seguintes condições: (Redação dada pela Lei nº 13.155, de 2015) Parcelas de Natureza Não Trabalhista Conexas ao Contrato de trabalho u I - a captação das imagens para a exibição de flagrante de espetáculo ou evento desportivo dar- se-á em locais reservados, nos estádios e ginásios, para não detentores de direitos ou, caso não disponíveis, mediante o fornecimento das imagens pelo detentor de direitos locais para a respectiva mídia; (Incluído pela Lei nº 12.395, de 2011). u II - a duração de todas as imagens do flagrante do espetáculo ou evento desportivo exibidas não poderá exceder 3% (três por cento) do total do tempo de espetáculo ou evento; (Incluído pela Lei nº 12.395, de 2011). u III - é proibida a associação das imagens exibidas com base neste artigo a qualquer forma de patrocínio, propaganda ou promoção comercial. (Incluído pela Lei nº 12.395, de 2011). Parcelas de Natureza Não Trabalhista Conexas ao Contrato de trabalho u Stock Options u Oferta aos empregados de ações que ficam estocadas (guardadas/reservadas), garantindo a estes o direito de comprá-las por valores históricos depois e um período de expectativa: uma vez aderindo ao plano, os empregados precisam comprar as ações depois do período de carência, correndo, assim, o risco das ações terem valorizado ou não. u Compra-se por valores históricos / vende-se pelo preço de mercado u Ausência de natureza salarial (Precedentes: RO nº 00895-2009-014-03-00-5 / TST AIRR-89600-84.2009.5.03.0009 / TST-AIRR-133600-72.2009.5.03.0106) Parcelas de Natureza Não Trabalhista Conexas ao Contrato de trabalho u Direito de uso de imagem u - Contrato de natureza civil u Art. 87-A. O direito ao uso da imagem do atleta pode ser por ele cedido ou explorado, mediante ajuste contratual de natureza civil e com fixação de direitos, deveres e condições inconfundíveis com o contrato especial de trabalho desportivo. (Incluído pela Lei nº 12.395, de 2011). u Parágrafo único. Quando houver, por parte do atleta, a cessão de direitos ao uso de sua imagem para a entidade de prática desportiva detentora do contrato especial de trabalho desportivo, o valor correspondente ao uso da imagem não poderá ultrapassar 40% (quarenta por cento) da remuneração total paga ao atleta, composta pela soma do salário e dos valores pagos pelo direito ao uso da imagem. (Incluído pela Lei nº 13.155, de 2015) u - A indenização pelo uso indevido da imagem do empregado para fins comerciais (“outdoor humano”) u Art. 20 do CC/2002. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais. u Art. 456-A. Cabe ao empregador definir o padrão de vestimenta no meio ambiente laboral, sendo lícita a inclusão no uniforme de logomarcas da própria empresa ou de empresas parceiras e de outros itens de identificação relacionados à atividade desempenhada. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) u Parágrafo único. A higienização do uniforme é de responsabilidade do trabalhador, salvo nas hipóteses em que forem necessários procedimentos ou produtos diferentes dos utilizados para a higienização das vestimentasde uso comum. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) Parcelas de Natureza Não Trabalhista Conexas ao Contrato de trabalho Regras de proteção ao salário u Contra abusos do empregador u Irredutibilidade (art. 7º, VI, C.F/88) u OBS: O caso da pandemia da COVID 19 e a ADI 6363 – MP 936 - L. 14.020/2020 (art. 7º, I e art. 11) u Inalterabilidade u Periodicidade: Máxima (art. 459 da CLT); Exceções: comissões, percentagens e gratificações (art. 466 da CLT) u Art. 459 da CLT - O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser estipulado por período superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens e gratificações. u Possibilidade de despedida indireta (art. 483, d, da CLT) u O tempo de atraso e a previsão da Lei Pelé (9.615/98) Regras de proteção ao salário u Art. 31. A entidade de prática desportiva empregadora que estiver com pagamento de salário ou de contrato de direito de imagem de atleta profissional em atraso, no todo ou em parte, por período igual ou superior a três meses, terá o contrato especial de trabalho desportivo daquele atleta rescindido, ficando o atleta livre para transferir-se para qualquer outra entidade de prática desportiva de mesma modalidade, nacional ou internacional, e exigir a cláusula compensatória desportiva e os haveres devidos. (Redação dada pela Lei nº 13.155, de 2015) u § 1o São entendidos como salário, para efeitos do previsto no caput, o abono de férias, o décimo terceiro salário, as gratificações, os prêmios e demais verbas inclusas no contrato de trabalho. u § 2o A mora contumaz será considerada também pelo não recolhimento do FGTS e das contribuições previdenciárias. u § 5o O atleta com contrato especial de trabalho desportivo rescindido na forma do caput fica autorizado a transferir-se para outra entidade de prática desportiva, inclusive da mesma divisão, independentemente do número de partidas das quais tenha participado na competição, bem como a disputar a competição que estiver em andamento por ocasião da rescisão contratual. Regras de proteção ao salário u Prova do pagamento (art. 464, CLT) u - Salário complessivo (Súmula n. 91 do TST) u Súmula nº 91 do TST - SALÁRIO COMPLESSIVO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou percentagem para atender englobadamente vários direitos legais ou contratuais do trabalhador. u Controle dos descontos (art. 462 CLT / Súmula n. 342 do TST / OJ 251 SDI-1 > frentista-cheque sem fundo) u Art. 462 - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositvos de lei ou de contrato coletivo. u § 1º - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde de que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado. (Parágrafo único renumerado pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) Regras de proteção ao salário u SÚMULA N. 342 DO TST - DESCONTOS SALARIAIS. ART. 462 DA CLT (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Descontos salariais efetuados pelo empregador, com a autorização prévia e por escrito do empregado, para ser integrado em planos de assistência odontológica, médico-hospitalar, de seguro, de previdência privada, ou de entidade cooperativa, cultural ou recreativo-associativa de seus trabalhadores, em seu benefício e de seus dependentes, não afrontam o disposto no art. 462 da CLT, salvo se ficar demonstrada a existência de coação ou de outro defeito que vicie o ato jurídico. u OJ 251. DESCONTOS. FRENTISTA. CHEQUES SEM FUNDOS (inserida em 13.03.2002) É lícito o desconto salarial referente à devolução de cheques sem fundos, quando o frentista não observar as recomendações previstas em instrumento coletivo. Regras de proteção ao salário u - Vedação do truck system (sistema de troca): (art. 462, §§ 2º e 3º da CLT) u 2º - É vedado à empresa que mantiver armazém para venda de mercadorias aos empregados ou serviços estimados a proporcionar-lhes prestações " in natura " exercer qualquer coação ou induzimento no sentido de que os empregados se utilizem do armazém ou dos serviços. (Incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) u § 3º - Sempre que não for possível o acesso dos empregados a armazéns ou serviços não mantidos pela Empresa, é lícito à autoridade competente determinar a adoção de medidas adequadas, visando a que as mercadorias sejam vendidas e os serviços prestados a preços razoáveis, sem intuito de lucro e sempre em benefício das empregados. Regras de proteção ao salário u Contra credores do empregado u Impenhorabilidade: (art. 833, IV do CPC) u Exceção: pagamento de prestação alimentícia u Crédito igualmente alimentar (OJ n. 153 da SDI-2 do TST x § 2º do art. 833 do CPC/2015) u Contra credores do empregador u Não é alcançado pela falência do empregador (art. 449 da CLT) Regras de proteção ao salário u Equiparação Salarial u - Requisitos - art. 461 da CLT u Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) u § 1o Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos e a diferença de tempo na função não seja superior a dois anos.(Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) u § 2o Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira ou adotar, por meio de norma interna da empresa ou de negociação coletiva, plano de cargos e salários, dispensada qualquer forma de homologação ou registro em órgão público.(Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) u § 3o No caso do § 2o deste artigo, as promoções poderão ser feitas por merecimento e por antiguidade, ou por apenas um destes critérios, dentro de cada categoria profissional. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) u § 4º - O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou mental atestada pelo órgão competente da Previdência Social não servirá de paradigma para fins de equiparação salarial. (Incluído pela Lei nº 5.798, de 31.8.1972) Regras de proteção ao salário u - Impossibilidade de equiparação em cadeia u § 5o A equiparação salarial só será possível entre empregados contemporâneos no cargo ou na função, ficando vedada a indicação de paradigmas remotos, ainda que o paradigma contemporâneo tenha obtido a vantagem em ação judicial própria. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) u - multa em favor do empregado u § 6o No caso de comprovada discriminação por motivo de sexo ou etnia, o juízo determinará, além do pagamento das diferenças salariais devidas, multa, em favor do empregado discriminado, no valor de 50% (cinquenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) Regras de proteção ao salário u Equivalência salarial u 8.1 Trabalho Temporário u Art. 12, a, da Lei n. 6.019/74 u Art. 12 - Ficam assegurados ao trabalhador temporário os seguintes direitos: u a) remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora ou cliente calculados à base horária, garantida, em qualquer hipótese, a percepção do salário mínimo regional; Regras de proteção ao salário u Terceirização de serviços u Art. 4º-C, § 1o, da Lei n. 6.019/74 u §1º Contratante e contratada poderão estabelecer, se assim entenderem, que os empregados da contratada farão jus a salário equivalente ao pago aos empregados da contratante, além de outros direitosnão previstos neste artigo (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) u STF (25/09/2020): “O Plenário Virtual do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por maioria de votos, que não é possível a equiparação de direitos trabalhistas entre terceirizados e empregados de empresa pública. O entendimento foi firmado no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 635546, com repercussão geral reconhecida (Tema 383), finalizado em 21/9.” Regras de proteção ao salário Atividade – Política de Utilização de Ativos u O que é ativo? u Objetivo u Abrangência u Diretrizes u Critérios u responsabilidades
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