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Livro Digital - Direito Tributário

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CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 
 
 
 2 
CFC De A a Z 
1 Direito Tributário 
Olá, pessoal! Tudo bem com vocês? 
Sejam bem-vindos a mais uma aula do nosso curso CFC De A a Z para o Exame de Suficiência. 
Na aula de hoje falaremos sobre o Direito Tributário. Faremos um resumo sobre os principais 
pontos da matéria, baseado nos tópicos cobrados nos exames anteriores. 
Novamente, a leitura desta aula é indispensável. 
Um abraço. 
Prof. Gabriel Rabelo. 
@contabilidadefacilitada 
 
2 Introdução 
O Estado precisa obter recursos financeiros para desempenhar suas atividades, e o faz, 
basicamente, com a arrecadação de receitas originárias e receitas derivadas. 
As receitas originárias são decorrentes de operações em que o Estado, despido do seu poder de 
império (prerrogativa do Estado impor a sua vontade visando a realização do bem comum), atua 
como particular, auferindo renda por meio de seu patrimônio ou relações contratuais. Por 
exemplo, uma relação de contrato de aluguel, onde o Estado é locador de um imóvel e o particular 
é o locatário. 
Nessas relações predomina o regime jurídico de direito privado, onde o Estado e o particular se 
encontram em um mesmo patamar. 
Já as receitas derivadas são provenientes do patrimônio de terceiros. O Estado, revestido do seu 
poder de império, obriga o particular a entregar uma parte do seu patrimônio aos cofres públicos. 
Independente da manifestação de vontade do indivíduo, como acontece, por exemplo, com o 
pagamento de tributos, assunto de nossa aula de hoje. 
 
 
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 3 
3 Conceito de Tributo 
Conforme o Código Tributário Nacional: 
Art. 3.º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo 
valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída 
em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada 
Esclarecendo … 
 
Prestação Compulsória: Se tivéssemos a opção, provavelmente optaríamos por não 
pagarmos tributo, não é mesmo? Só que, infelizmente, essa obrigação está além da nossa 
vontade. Portanto, o tributo possui a característica da compulsoriedade. 
 
Prestação pecuniária, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir: Basicamente o 
legislador quis dizer que tributo deve ser pago em moeda ou por outros meios que possam 
ser expressos de tal forma, desde que, esses meios estejam previstos no Código Tributário 
Nacional. 
 
Não constitua sanção de ato ilícito: Tributo não pode ser confundido com multa. 
 
Instituída em lei: Como citamos, o tributo tem caráter compulsório, e, no ordenamento 
jurídico brasileiro, apenas a lei poderá obrigar o particular a fazer algo. Portanto, para que 
o tributo possa ser cobrado, é necessário que lei o institua. 
 
Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada: A partir do momento 
em que ocorre o fato gerador, a autoridade administrativa deverá cobrar o tributo 
independentemente de sua vontade. 
 
1) (FBC/CFC/2011.2) 
De acordo com o conceito de tributo estabelecido no Código Tributário Nacional, o tributo: 
a) deve ser cobrado mediante atividade administrativa plenamente discricionária. 
b) está submetido ao Princípio da Legalidade. 
c) pode constituir sanção de ato ilícito. 
d) pode ser pago por intermédio de prestação de serviço de qualquer natureza. 
Comentário: 
O Art. 3º do CTN precisa ser decorado para a prova. 
Vamos por parte… 
Letra A está errada porque segundo o CTN, o tributo deve ser cobrado mediante atividade 
administrativa plenamente VINCULADA. 
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 4 
Letra B é o gabarito da questão. O CTN traz que o tributo deve ser instituído mediante LEI, 
portanto, sua instituição está submetida ao Princípio da Legalidade. 
Letra C está incorreta porque, segundo o CTN, o tributo NÃO deve constituir sanção de ato ilícito. 
Letra D está errada porque, segundo o CTN, o tributo deverá ser pago em moeda ou em valor que 
nela se possa exprimir. O STF já consolidou o entendimento de que não é possível a extinção do 
crédito tributário por meio de realização de serviços pelo sujeito passivo. 
Gabarito →B 
3.1 Funções do Tributo 
Função Fiscal: Meramente arrecadatória. Quando o objetivo principal do Estado é apenas 
obtenção de recursos financeiros. Exemplo: Imposto de Renda possui como principal função a 
arrecadação de receita para financiamento das atividades estatais. 
Função Extrafiscal: Quando o tributo é utilizado para interferir em um setor específico do Estado. 
Exemplo: Para incentivar a exportação, a União poderá reduzir ou isentar das operações o imposto 
de exportação. Fazendo com que a exportação se torne menos onerosa para o exportador. Logo, é 
possível interferir em setores econômico-sociais apenas aumentando ou diminuindo tributos. 
As funções que um tributo pode desempenhar não são excludentes. Todo o tributo pode possuir 
as duas funções, sendo uma predominante em relação a outra. 
Ex: Imposto de Renda 
→ Função precípua: arrecadar recursos (Função fiscal) 
→ Função extrafiscal: distribuição de renda. Quem geralmente paga mais imposto de renda, é 
quem tem maior poder aquisitivo. Estas pessoas, na maioria das vezes, não fazem uso das 
atividades custeadas pela receita de arrecadação dos impostos como, por exemplo, o sistema 
público de saúde. Quem, na maioria das vezes, utiliza desses serviços, são as pessoas quem tem 
uma condição financeira menor e que, consequentemente, pagam menos Imposto de Renda. 
4 Espécies Tributárias 
Atualmente no Sistema Tributário brasileiro temos cinco espécies de tributos, são eles: 
Impostos 
Taxas 
Contribuições de Melhoria 
Empréstimos Compulsórios 
Contribuições Especiais 
 
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 5 
4.1 Imposto 
São tributos não vinculados à atuação do Estado, ou seja, o Estado não precisa atuar para que o 
fato gerador do imposto aconteça. Portanto, esse tributo não tem caráter contraprestacional, 
dizemos que são manifestações de riqueza do sujeito passivo (quem pagará o tributo). 
Além disso, a receita arrecadada com a instituição do imposto se destina a financiar atividades 
gerais do Estado, os chamados serviços universais (uti universi), e não uma atividade específica. 
Por exemplo, a receita arrecadada com o IPVA pode ser destinada à saúde, e não, 
necessariamente, à manutenção das estradas. 
Sempre que possível os impostos terão caráter pessoal (ex: será levado em conta as condições de 
cada pessoa para a cobrança do tributo. Ex: uma pessoa solteira que tem uma renda de 5000 
reais, não pagará o mesmo valor de Imposto de Renda que uma pessoa que também ganha 5000 
reais, porém, tem filhos, gastos médicos, com escola e etc. Essa pessoa, pagará menos IR que a 
pessoa solteira sem dependentes). 
A Constituição Federal traz de maneira enumerada a competência de cada ente federado para a 
instituição de impostos. Vejamos a tabela abaixo: 
 
Além desses impostos, a Constituição Federal no seu artigo 154, atribui à União a competência 
para instituir impostos residuais não cumulativos e que não tenham fato gerador ou base de 
cálculo próprios dos impostos já criados. Outra competência atribuída à União é a de instituir 
impostos extraordinários de guerra externa. Nesse caso, poderá a União criar um imposto 
extraordinário que tenha a base de cálculo ou o fato gerador idêntico a de outros impostos cuja 
competência não seja a sua. Por exemplo, a União, em caso de guerra externa iminente, poderá 
instituir um imposto sobre a circulação de mercadoria e serviços, cuja competência para 
instituição é originariamente dos Estados. 
Atenção! O Distrito Federal acumula as competências dos Estados e dos 
Municípios, isso porque seu território não é dividido em municípios. Com isso, 
dizemos que a competência do DF para instituir impostos é cumulativa. 
É vedado aos entes federativos instituir IMPOSTOS sobre: 
Competência para Instituir IMPOSTOS 
União 
Imposto de Importação (II) 
Impostode Exportação (IE) 
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) 
Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) 
Imposto Territorial Rural (ITR) 
Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF) 
Impstos Extraordinários de Guerra (IEG) 
Estados/DF 
Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) 
Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) 
Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) 
Municípios/DF 
Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) 
Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana (IPTU) 
Imposto de Transmissão Inter-Vivos (ITBI) 
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1. Renda, serviço e patrimônio uns dos outros. Exemplo: A União não poderá instituir imposto de 
renda sobre a renda auferida pelos estados. 
2. Renda, serviço e patrimônio dos partidos políticos e suas fundações, das entidades sindicais dos 
trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos. 
3. Livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. 
4. Fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou 
literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem 
como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação 
industrial de mídias ópticas de leitura a laser. 
2) (FBC/CFC/2013.1) 
Tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade 
estatal específica, relativa ao contribuinte é: 
 a) Contribuição de Melhoria. 
 b) Empréstimo Compulsório. 
 c) Imposto. 
d) Taxa. 
Comentário: 
Contribuição de Melhoria: Tem como fato gerador a valorização Imobiliária decorrente de obra da 
Administração Pública. 
Empréstimo Compulsório: Seu fato gerador não está bem definido na Constituição, mas devemos 
ter claro que empréstimos compulsórios são para situações emergentes ou de interesse público 
relevante. 
Imposto: Manifestação de Riqueza do Contribuinte. Não é um tributo que deriva de atividade 
prestada pelo estado. 
Taxa: Decorrente do exercício do poder de polícia ou de serviço público prestado ou posto à 
disposição pelo Estado. 
Gabarito → C 
 
3) (FBC/CFC/2014.1) 
Assinale a opção que apresenta apenas tributos de competência dos Estados e do Distrito Federal: 
a) Imposto sobre a propriedade de veículos automotores; imposto sobre a transmissão de bens 
causa mortis e doações; e imposto sobre a circulação de mercadorias, serviços de transporte e 
comunicação. 
b) Imposto sobre a transmissão de bens inter-vivos; imposto sobre a propriedade de veículos 
automotores; e imposto sobre a transmissão de bens causa mortis e doações. 
c) Imposto sobre a transmissão de bens causa mortis e doações; imposto sobre a circulação de 
mercadorias, serviços de transporte e comunicação; e imposto sobre a transmissão de bens inter-
vivos. 
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d) Imposto sobre a circulação de mercadorias, serviços de transporte e comunicação; imposto 
sobre a propriedade de veículos automotores; e imposto sobre a transmissão de bens inter-vivos. 
Comentário: 
Vamos relembrar a tabela de competência dos entes federativos para instituir impostos? 
 
Letra B, C e D estão Incorretas porque afirmam que o Imposto sobre a transmissão de bens inter-
vivos (ITBI) é competência dos Estados, quando na verdade, cabe aos Municípios a sua instituição. 
Gabarito: A. 
4.2 Taxas 
As taxas são tributos cujo fato gerador deriva de uma atuação do Estado, portanto, ao contrário 
dos impostos, as taxas são tributos retributivos ou contraprestacionais. 
Qualquer atividade pode ensejar a cobrança de Taxas? NÃO! 
Apenas a prestação de serviço público específico e divisível (quando o contribuinte sabe por qual 
atividade está pagando e quando o Estado consegue ver quem são os contribuintes, exemplo: 
atividade de coleta de lixo de imóvel), e pelo efetivo exercício do Poder de Polícia. Ou seja, se o 
Estado prestar serviço público específico e divisível, ou se o Estado exercer o poder de polícia, 
temos o fato gerador da cobrança de taxa. 
• As taxas não terão base de cálculo própria de imposto. 
Atenção! As taxas poderão ter elementos da base de cálculo de impostos, mas 
não poderão ser completamente IDÊNTICAS à base de cálculo desse tributo. 
4) (FBC/CFC/2012.1) 
O tributo que tem como fato gerador o exercício regular do poder de polícia é: 
a) a contribuição de melhoria. 
b) a contribuição social. 
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c) a taxa. 
d) o imposto. 
Comentário: 
Vamos relembrar os conceitos de cada espécie de tributo? 
Impostos: Tributos que incidem sobre manifestação de riqueza do sujeito passivo. Não tem caráter 
retributivo. 
Taxas: Decorrem do exercício do Poder de Polícia ou pela utilização efetiva ou potencial dos 
serviços públicos específicos e divisíveis. 
Contribuição de Melhoria: Decorre de obra pública que enseja valorização do imóvel. 
Empréstimos Compulsórios: São empréstimos coativos restituíveis para atender despesas 
extraordinárias com guerra externa ou sua iminência e investimentos de caráter público e 
relevante interesse nacional. 
Contribuições Especiais: Contribuições para financiar atividades específicas da Administração 
Pública. 
Gabarito: C 
4.3 Contribuições de Melhoria 
O tributo mais fácil de todos e um dos que mais caem no Exame de Suficiência. As contribuições 
de melhoria têm como fato gerador a valorização imobiliária (guardem essa expressão) 
decorrente de obra pública. Quem poderá cobrar a contribuição de melhoria? Ora, o ente 
federativo que está realizando a obra. Portanto, União, Estados, Distrito Federal e Municípios têm 
competência para instituir o tributo. 
Por exemplo: O município X decidiu asfaltar uma de suas ruas e, como consequência, os imóveis 
dessa área sofreram um aumento do seu valor. Em função dessa valorização do imóvel, a 
contribuição de melhoria deverá ser cobrada. 
Atenção! Asfalto enseja a cobrança de contribuição de melhoria, mero 
recapeamento de asfalto NÃO! 
5) (CONSULPLAN/CFC)/CFC/2018.1) 
As espécies tributárias são definidas pelo Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172/1966). Na 
hipótese em que a Secretaria de Obras do Município pavimente uma determinada rua e desse fato 
seja gerada valorização imobiliária aos moradores daquela rua, a cobrança de qual dos tributos a 
seguir poderia ser ensejada pelo Município? 
a) Taxa. 
b) Imposto. 
c) Empréstimo compulsório. 
d) Contribuição de melhoria. 
Comentário: 
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Quando a questão citar valorização imobiliária decorrente de obra pública, teremos o fato gerador 
do tributo Contribuição de Melhoria. 
Gabarito: D 
4.4 Empréstimos Compulsórios 
Instituídos mediante Lei Complementar Federal, os empréstimos compulsórios poderão ser 
exigidos pela União para cobrir as despesas extraordinárias decorrentes de guerra externa ou sua 
iminência, em situações de calamidade pública, investimentos público em caráter urgente e 
relevante interesse nacional. 
São restituíveis o que, apesar da peculiaridade, não os excluem do conceito de tributos, pois 
continuam como prestação compulsória pecuniária, paga em moeda, instituídos mediante lei e 
cobrados mediante atividade administrativa plenamente vinculada. 
A aplicação do recursos provenientes do recolhimento dos empréstimos compulsórios está 
vinculada à despesa que o criou. 
4.5 Contribuições Especiais 
As contribuições especiais se dividem em quatro tipos: 
1. Contribuições Sociais 
➔ Contribuições de Seguridade Social 
➔ Contribuições Sociais Gerais 
➔ Outras Contribuições Sociais 
2. Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) 
3. Contribuições Corporativas 
4. Contribuições de Custeio do Serviço de Iluminação Pública (COSIP) 
A competência para instituir as contribuições acima é da União, exceto para a instituição das 
Contribuições para Custeio do Serviço de IluminaçãoPública (COSIP), cuja competência cabe aos 
Municípios, e das Contribuições para Seguridade Social de servidores estaduais, distritais e 
municipais, cabendo à instituição do tributo ao respectivo ente federativo (Estado, DF ou 
municípios). 
As Contribuições Sociais têm sua receita destinada ao financiamento da seguridade social e da 
atuação da União em questões sociais. 
Já as Contribuições de intervenção no domínio econômico(CIDE) tem sua receita de arrecadação 
destinada a uma atividade específica, na qual se deseja incentivar. Por exemplo, a Cide-
combustível incide sobre operações envolvendo petróleo e seus derivados. A receita da 
arrecadação desse tributo tem por objetivo fomentar esse setor da economia. 
As contribuições corporativas, assim como as CIDES, também têm como objetivo o incentivo à 
atividade específica. Porém, no caso das contribuições corporativas, o produto arrecadado se 
destina às instituições de categoria profissional ou econômica. São exemplos de contribuições 
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corporativas as arrecadadas pelos conselhos de fiscalização profissional, como as contribuições 
para o Conselho Federal de Contabilidade, que você, como contador, pagará anualmente. 
Por fim, as Contribuições de Custeio do Serviço de Iluminação Pública (COSIP), como o nome já diz, 
tem sua receita vinculada à prestação dos serviços de iluminação pública. Diferente das demais 
contribuições especiais, a COSIP é instituída pelos Município e pelo Distrito Federal. 
5 Competência Tributária 
Competência tributária é a capacidade dos entes federativos instituírem, por meio de lei, os 
tributos atribuídos pela Constituição Federal. Ela é indelegável, ou seja, em ente federativo não 
pode transferi-la a outro ente, irrenunciável, e facultativa (o ente poderá ou não instituir o tributo 
a ele competente). 
Vejamos as espécies existentes de competência tributária: 
Competência Privativa: é atribuída a um ente específico, como é o caso dos impostos. Apenas os 
estados podem instituir ICMS e ITCMD, assim como apenas os municípios podem instituir IPTU e 
ISS, por exemplo. 
Competência Comum: Todos os entes federativos podem instituir o tributo. Por exemplo, as taxas 
e as contribuições de melhoria podem ser instituídas por qualquer ente federativo que realizar a 
atividade que enseja sua cobrança. 
Competência Cumulativa: Cabível apenas à União, no que se refere à instituição de tributos em 
território federal, e ao Distrito Federal, que possui capacidade para instituir tributos de 
competência dos estados e dos municípios. 
Competência Extraordinária: Capacidade da União instituir impostos em situações de guerra ou 
sua eminência, nesse caso, a base de cálculo e os fatos geradores dos novos impostos poderão ser 
os mesmos de impostos já existentes. 
Competência Residual: A Constituição Federal autoriza a União a instituir outro impostos e 
contribuições com fatos geradores diferentes dos que já existem. 
6 Limitações ao Poder de Tributar 
A Constituição Federal, no seu artigo 150, traz as limitações aos entes federativos ao poder de 
tributar. Essas limitações são dadas através dos Princípios Constitucionais Tributários que veremos 
a seguir. 
Princípio da Legalidade 
Como consta no artigo 3º do CTN, a instituição de tributo depende de lei. Para essa exigência não 
há exceção, ou seja, TODO tributo será instituído mediante lei. A regra é que essa lei seja 
ordinária, exceto para a instituição de: Empréstimos Compulsórios, Impostos Residuais, 
Contribuições Residuais e Impostos de Grande Fortuna. 
Apesar de não termos exceção para instituição do tributo, temos algumas exceções para a 
majoração da alíquota, são elas: 
1. Imposto de Importação 
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2. Imposto de Exportação 
3. Imposto sobre Produto Industrializados 
4. Impostos sobre Operações Financeiras 
5. CIDE – Combustível (Decreto do Chefe do Poder Executivo) 
6. ICMS- Combustível (ou ICMS-Monofásico) – Convênio da CONFAZ. 
Atenção: Alteração de Prazo e Alteração da Base de Cálculo do tributo também não precisam de 
previsão legal. 
6) (CONSULPLAN/CFC)/CFC/2019.1) 
O conceito de tributo pode ser encontrado no art. 3º do Código Tributário Nacional, ao exprimir 
que “tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa 
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade 
administrativa plenamente vinculada”. Ao condicionar a existência do tributo a sua instituição em 
lei, tal definição encontra-se amparada por qual dos princípios constitucionais? 
a) Isonomia. 
b) Legalidade. 
c) Anterioridade. 
d) Irretroatividade. 
Comentário: 
A Constituição Federal traz em seu Art. 150, inciso I o Princípio da Legalidade, o qual determina a 
impossibilidade de exigir ou majorar tributo sem lei anterior que o estabeleça. Devemos lembrar 
que para obrigar um particular a desempenhar qualquer atividade é necessário a edição de lei em 
sentido estrito. 
Gabarito B. 
Princípio da Isonomia 
Este princípio consiste em tratar de maneira igual os que se encontram em situações iguais e, de 
maneira desigual os que se encontram em situações desiguais. Assim, se dois contribuintes que 
recebem o mesmo salário e possuem as mesmas despesas, pagarão a mesma alíquota do imposto 
de renda. Um terceiro contribuinte, com salário e despesas diferentes, pagará uma alíquota 
diversa da dos dois contribuintes citados inicialmente. 
Relacionada à isonomia tributária temos o princípio da capacidade contributiva trazido pela 
Constituição Federal. Ele confere aos impostos, sempre que possível, um caráter pessoal, vide o 
imposto de renda. 
Art. 145. § 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo 
a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para 
conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos 
da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. 
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Princípio da Irretroatividade 
A Constituição Federal veda, em seu art. 150, inciso III, alínea a, que os entes federados cobrem 
tributos de fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei. Vamos lá… Vamos imaginar 
que antes da existência de lei estadual que instituísse o IPVA, você comprou um carro. Até então, 
comprar um carro não era fato gerador do IPVA (porque ele não existia). Pouco tempo depois da 
sua compra, a lei instituindo o IPVA começou a viger. O estado poderá exigir que você efetue o 
pagamento do tributo? Claro que não! Agora, passado alguns anos, você decidiu se desfazer do 
carro e comprar um novo. A compra desse novo carro configura fato gerador do IPVA, já que a lei 
já está em vigor. Entenderam? Essa vedação trazida no texto constitucional não possui qualquer 
exceção, e configura uma espécie de segurança jurídica para o cidadão. 
Princípio da Anterioridade do Exercício 
É vedado aos entes tributantes a cobrança no mesmo exercício financeiro em que estiver sido 
publicada lei instituindo ou majorando tributos. Ou seja, se lei aumentando a alíquota do ITBI for 
publicada no ano X1, sua cobrança só poderá acontecer a partir de primeiro de janeiro do ano X2. 
Essa regra apresenta diversas exceções, são elas: 
1. II, IE, IPI e IOF 
2. Impostos Extraordinários de guerra 
3. Empréstimos Compulsórios para guerra e calamidades públicas 
4. Contribuições para financiamento da Seguridade Social 
5. ICMS-Monofásico sobre Combustíveis 
6. CIDE-combustível. 
Esses tributos poderão ser cobrados no mesmo exercício financeiro em que tiveram suas alíquotas 
majoradas. 
Princípio da Anterioridade Nonagesimal (Noventena) 
Mais um princípio cujo objetivo é conferir segurança jurídica ao contribuinte. Em regra, ele deverá 
ser observado cumulativamente com o princípio da anterioridade anual.Este princípio exige o 
cumprimento do prazo mínimo de 90 dias para a cobrança de um tributo que tenha sido instituído 
ou majorado. 
Exceções à noventena: 
1. II, IE, IOF 
2. Imposto Extraordinário de Guerra 
3. Empréstimos Compulsório para caso de Guerra ou Calamidade 
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4. Imposto de Renda 
5. Base de Cálculo do IPTU 
6. Base de Cálculo do IPVA 
Princípio do Não Confisco 
No início desta aula trouxemos a definição de tributo e, como ficou claro, tributo NÃO 
configura sanção de ato ilícito. No Brasil, o conceito de confisco está relacionado à punição. 
Então, por lógica, tributo não pode ter efeito confiscatório. 
Art. 150, IV É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios utilizar tributos 
com efeito de confisco. 
Princípio da Liberdade de Tráfego 
É proibido pela Constituição Federal o uso de tributos interestaduais e intermunicipais que 
limitem o tráfego de pessoas e bens pelo território nacional. Nessa vedação não estão incluídos os 
pedágios, já que estes não são tributos. 
Atenção! O ICMS interestadual é uma exceção ao princípio da liberdade 
de tráfego, já que a própria Constituição assim o traz. 
Proteção do Pacto Federativo 
Vedações Específicas para União 
• A União não poderá cobrar tributo sobre a renda auferida pelos demais entes federativos e 
sobre a remuneração e provento de seus agentes públicos, em níveis superiores ao que 
fixar para suas próprias obrigações e agentes. 
• É vedado à União conceder isenções sobre tributos que não sejam de sua competência. Por 
exemplo, já vimos que o IPVA é um imposto de competência estadual, logo, a União não 
poderá conceder isenção do IPVA a nenhum contribuinte. 
• Fica proibida a instituição de tributos pela União que não sejam uniformes em todo país, 
exceto àqueles que forem utilizados com o objetivo de reduzir as desigualdades sociais e 
econômicas entre as regiões. 
Vedações específicas para Estados/DF e Municípios 
• Não poderão estabelecer diferenças tributárias entre bens e serviços em razão de sua 
procedência ou destino. 
 
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7 Legislação Tributária 
Segundo o Código Tributário Nacional, legislação tributária compreende todos os atos normativos 
que tratem sobre matéria tributária. Apesar da grande quantidade de normas, na prática da 
atividade tributária, poderá haver ausência de legislação que trate sobre determinado assunto. 
Nesse caso, o próprio código tributário traz, no seu artigo 108, uma ordem de técnicas a serem 
seguidas pela autoridade fiscal para solucionar a ausência de norma legislativa: 
Analogia 
Princípios gerais do direito tributário 
Princípios gerais do direito público 
Equidade 
 
Atenção! 
Ainda conforme o Art.108 do CTN: 
§ 1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei. 
§ 2º O emprego da equidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido. 
A interpretação da legislação tributária é feita utilizando-se de diversas técnicas de interpretação 
do direito público, o que nos interessa é saber que o CTN traz algumas especificidades, que caem 
em prova, sobre essa análise da matéria tributária, são elas: 
1. INTERPRETAÇÃO LITERAL DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA QUE DISPONHA SOBRE: 
I - suspensão ou exclusão do crédito tributário; 
II - outorga de isenção; 
III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias. 
Nos casos listados a cima, o legislador vincula a autoridade à análise da lei de maneira literal, 
portanto, o que está escrito na lei é o que deverá ser seguido pela autoridade, sem margem para 
outra interpretação. 
2. A lei tributária que define infrações, ou imponha penalidades, será 
interpretada da maneira mais favorável ao acusado, em caso de dúvidas 
sobre: 
I - à capitulação legal do fato; 
II - à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus efeitos; 
III - à autoria, imputabilidade, ou punibilidade; 
IV - à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação. 
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 15 
 
 
7) (FBC/CFC/2017.2) 
De acordo com o que estabelece o Código Tributário Nacional a respeito da interpretação e 
integração da legislação tributária, é CORRETO afirmar que: 
a) a legislação tributária que disponha sobre suspensão ou exclusão do crédito tributário; a 
outorga de isenção; e a dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias, é 
interpretada literalmente. 
b) em caso de dúvida quanto à autoria, imputabilidade ou punibilidade, interpreta-se a lei 
tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, da maneira menos favorável ao 
acusado. 
c) na ausência de disposição expressa, para aplicar a legislação tributária a autoridade competente 
utilizará, sucessivamente, na ordem indicada: os princípios gerais de direito privado; a equidade; a 
ampla defesa. 
d) o emprego da analogia e da equidade na interpretação da legislação tributária deverão resultar, 
respectivamente, em exigência de tributo não previsto em lei e na dispensa do pagamento de 
tributo devido. 
Comentário: 
a)Correta. Transcrição do art. 111 do CTN. 
b)Errada. O erro está ao afirmar que a interpretação da lei tributária que define infrações será 
menos favorável ao acusado, e não a mais favorável. 
c)Errada. A ordem disposta na questão está incorreta, o correto seria: Analogia, aplicação dos 
princípios gerais do direito tributário, aplicação dos princípios gerais do direito público e equidade. 
d)Errada. Segundo os parágrafos 1º e 2º do art. 108, a aplicação da analogia não poderá resultar 
em exigência do tributo não previsto em lei e a equidade não poderá resultar na dispensa do 
pagamento devido. 
Gabarito →A 
8) (FBC/CFC/2011.1) 
Com relação à legislação tributária, julgue os itens abaixo como Verdadeiros (V) ou Falsos (F) e, em 
seguida, assinale a opção CORRETA. 
I. Qualquer tributo, uma vez instituído por Lei, pode ser modificado por Decreto, que são normas 
jurídicas elaboradas pelo Poder Executivo. 
II. Medidas Provisórias são editadas pelo Presidente da República. Caso o Congresso não aprecie a 
matéria em 60 dias, prorrogável por mais 60, fica convertida, automaticamente, em Lei. 
III. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta. 
A sequência CORRETA é: 
 a) F, F, V. 
 b) F, V, F. 
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 16 
 c) F, V, V. 
d) V, V, F. 
Comentário: 
I. Qualquer tributo, uma vez instituído por Lei, pode ser modificado por Decreto, que são 
normas jurídicas elaboradas pelo Poder Executivo. 
Alternativa Falsa. Apenas os tributos que fazem parte do rol de exceções ao princípio da 
legalidade é que poderão ser modificados por decreto. 
I. Medidas Provisórias são editadas pelo Presidente da República. Caso o Congresso não aprecie 
a matéria em 60 dias, prorrogável por mais 60, fica convertida, automaticamente, em Lei. 
Alternativa Falsa. As medidas provisórias, com o fim do prazo, perderá a sua eficácia. Portanto, ao 
erro da alternativa está em afirmar que as medidas provisórias serão automaticamente 
convertidas em lei. 
I. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta. 
Alternativa Verdadeira. As leis complementares têm processo legislativo especial. Para que uma 
lei complementar seja aprovada, é necessário que a maioria absoluta dos votos. 
Gabarito →A 
 
8 Obrigação Tributária 
Como falamos no início desta aula, a relação tributária deriva de uma obrigação do particular com 
o Estado. Uma vez instituído em lei e ocorrido o fato gerador, temos uma obrigação com o fisco. 
Portanto: 
Fato Gerador é o ato ou fato que constitui a obrigação tributária 
Podemos dizer que o fato gerador é a situação concreta que se encaixa na hipótese prevista em lei 
para ocorrência da tributação. 
Exemplo: Ter um imóvel na zona urbana é a situação concreta que se encaixa na lei que instituiu o 
IPTU, possibilitando a cobrança desseimposto. 
Após sua constituição, a obrigação tributária deverá ser declarada formalmente pela autoridade 
fiscal, que o faz por meio de um processo conhecido como lançamento tributário. A partir dele, 
temos o reconhecimento da obrigação tributária e a constituição do crédito tributário. 
Segundo o artigo 113 do CTN, a obrigação tributária se divide em duas: Principal e Acessória. 
Obrigação Principal: Depende de conteúdo pecuniário. Se envolver pagamento de prestação 
pecuniária, seja tributo ou multa, a obrigação é principal. A obrigação tributária surge com a 
ocorrência do fato gerador e se extingue com a extinção do crédito tributário dela decorrente. 
Obrigação Acessória: Decorre da legislação tributária e consiste em fazer ou deixar de fazer algo, 
desde que, não envolva a prestação pecuniária. Exemplo: Emissão de Notas Fiscais e elaboração 
dos cadernos fiscais. 
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Uma vez não observado o cumprimento da obrigação acessória, esta se converterá em obrigação 
principal. Como exemplo, temos uma multa (obrigação principal) decorrente da não emissão de 
notas fiscais (obrigação acessória) pelo prestador de serviços. 
 
 
 
 
9) (Consuplan/Exame Suficiência/CFC/2019.1) 
As obrigações tributárias dividem-se em principais e acessórias. 
Dentre as alternativas relacionadas, assinale a que corresponde a uma obrigação principal. 
a) Escrituração dos livros fiscais. 
b) Emissão da nota fiscal de venda de mercadoria ou serviço. 
c) Cálculo do saldo credor de ICMS por uma empresa exportadora. 
d) Pagamento dos tributos incidentes sobre a prestação de serviços de qualquer natureza. 
Comentário: Obrigação Principal refere-se à obrigação pecuniária, ou seja, pagamento. A única 
alternativa que traz uma obrigação de pagar como exemplo é a alternativa D. Na letra C, o 
examinador faz referência à apresentação do cálculo do saldo credor, um exemplo de obrigação 
acessória, assim como os exemplos trazidos nas alternativas A e B. 
Gabarito → D 
8.1 Sujeitos da Obrigação Tributária 
8.1.1 Sujeito Ativo 
É a pessoa jurídica de direito público competente para exigir o cumprimento da obrigação. 
Exemplo: A União é o sujeito ativo das contribuições para seguridade social, assim como o Estado 
na cobrança de IPVA e os Municípios na exigência do IPTU. 
8.1.2 Sujeito Passivo 
O sujeito passivo será o encarregado de cumprir obrigações que a lei dispuser. Por exemplo, na 
obrigação tributária principal, o sujeito passivo será a pessoa incumbida de pagar o tributo. Já na 
obrigação tributária acessória, o sujeito passivo será o responsável por emitir as notas fiscais, por 
exemplo. 
MACETE: Passivo – Paga (“P” de passivo - “P” de Pagar) 
Regra 
Classificação dos bens de 
propriedade da companhia
Regra 
Classificação dos bens de propriedade 
da companhia
Obrigação 
Principal 
Obrigação 
Acessória 
Pagar tributo ou multa 
Fazer ou deixar de fazer alguma coisa 
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 18 
Exemplos de sujeitos passivos: Proprietário de veículo automotor que deverá pagar IPVA, 
proprietário de imóvel urbano que deverá pagar IPTU e prestador de serviço que deverá emitir 
notas fiscais referentes ao serviço prestado. 
O sujeito passivo poderá ser dividido em dois grupos: Contribuintes e Responsáveis. 
Contribuinte: Relação direta e pessoal com a situação de ocorrência do fato gerador. 
Responsável: Não possui relação direta e pessoal com a situação de ocorrência só fato gerador, 
porém, está, de alguma forma, vinculado a ele. Necessita de expressa previsão legal. Exemplo: Em 
caso de morte do contribuinte, caberá ao responsável, no caso o espólio e os herdeiros, o 
cumprimento das obrigações tributárias do contribuinte. 
10) (FBC/CFC/2013.1) 
O Código Tributário Nacional institui as normas gerais de direito tributário, que são exigidas pela 
Constituição brasileira e regula as normas gerais de direito tributário, aplicáveis à todos os entes 
da federação. 
Relacione os termos referentes à obrigação, na primeira coluna, com a respectiva descrição, na 
segunda coluna, e, em seguida, assinale a opção CORRETA. 
(1) Obrigação Acessória 
(2) Fato Gerador 
(3) Obrigação Principal 
(4) Sujeito ativo 
(5) Sujeito passivo 
( ) Imposto de Renda apurado sobre o lucro auferido pela empresa e Imposto sobre Produtos 
Industrializados incidente sobre a venda de produtos. 
( ) Emissão de nota fiscal e entrega da declaração do Imposto de Renda. 
( ) Venda de produtos base de cálculo do Imposto sobre Produtos Industrializados. 
 ( ) Empresa obrigada ao pagamento do tributo. 
( ) Pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o cumprimento da 
obrigação tributária. 
A sequência CORRETA é: 
 a) 2, 1, 3, 4, 5. 
 b) 2, 3, 1, 5, 4. 
 c) 3, 1, 2, 5, 4. 
d) 3, 2, 1, 4, 5. 
Comentário: 
Imposto de Renda apurado sobre o lucro auferido pela empresa e Imposto sobre Produtos 
Industrializados incidente sobre a venda de produtos. 
Item 3. Obrigação Principal, que, na alternativa, consiste no pagamento dos impostos apurados 
sobre o lucro e as vendas de produtos industrializados. 
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Emissão de nota fiscal e entrega da declaração do Imposto de Renda. 
Item 1. Obrigação Acessória, cuja definição é fazer ou deixar de fazer algo estabelecido em lei. No 
caso da questão, emitir nota fiscal e entregar a declaração do imposto de renda. 
Venda de produtos base de cálculo do Imposto sobre Produtos Industrializados. 
Alternativa mal redigida, porém, o ideal seria resolver a questão por eliminação. A resposta seria o 
Item 2. Fato Gerador, que é o ato que resulta no surgimento de uma obrigação tributária. 
Empresa obrigada ao pagamento do tributo. 
Item 5. Sujeito Passivo. Em uma relação tributária, configura-se sujeito passivo aquele que tem a 
obrigação de pagar ou fazer ou deixar de fazer algo. 
Pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o cumprimento da 
obrigação tributária. 
Item 6. Sujeito Ativo. A alternativa traz a definição legal de sujeito ativo. 
9 Suspensão do Crédito Tributário 
O Código Tributário Nacional traz em seu Art. 151 as hipóteses em que a exigibilidade do crédito 
tributário poderá ser suspensa. Nessas situações, tanto o fato gerador, quanto o reconhecimento 
do crédito pela autoridade fiscal ocorrem, porém, a sua cobrança não será realizada. 
São hipóteses de suspensão do crédito tributário de acordo com o CTN: 
Moratória 
Depósito do Montante Integral 
Recurso Administrativo 
Reclamação 
Liminar em concessão de Mandado de Segurança 
Liminar em outras ações judiciais 
Parcelamento 
 
MACETE: MORRDER e LIMPAR 
Moratória 
A Moratória consiste na prorrogação do prazo para o pagamento do tributo. Esse “benefício” 
poderá ser concedido para todos os contribuintes de determinado tributo, ou apenas para um 
grupo restrito de contribuintes, e em caso de motivos de força maior. 
Depósito do Montante Integral 
O questionamento da cobrança do tributo por via judicial não suspende a exigibilidade do crédito 
tributário. Portanto, para evitar a cobrança do tributo e a ocorrência dos juros de mora (por atraso 
do pagamento do tributo), o sujeito passivo deposita o montante integral do valor devido. Esse 
depósito suspende a exigibilidade do pagamento do crédito tributário até que o processo na via 
judicial seja decidido. 
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 20 
Reclamação e Recurso Administrativo 
O contribuinte, ao discordar do lançamento do crédito tributário, poderá questioná-lo de duas 
maneiras: pela via administrativa ou pela via judicial. Nesta última, como vimos no tópico anterior, 
a exigibilidade do crédito tributário não é suspensa, dependendo, para isso, do depósito do 
montante integral. Já na via administrativa, a impugnação do lançamento constitui hipótese de 
suspensão da cobrança do crédito tributário. Portanto, o contribuinte ao reclamar da cobrança do 
tributoe questioná-lo via administrativa, terá a exigibilidade do crédito suspensa. 
11) (FBC/Exame Suficiência/CFC/2013.2) 
De acordo com o Código Tributário Nacional, no que diz respeito ao parcelamento de débitos 
tributários, assinale a opção CORRETA. 
 a) O parcelamento constitui uma das modalidades de extinção dos créditos tributários prescritas 
pelo Código Tributário Nacional. 
 b) O parcelamento constitui uma das modalidades de remissão dos créditos tributários prescritas 
pelo Código Tributário Nacional. 
 c) O parcelamento dispensa o cumprimento das obrigações acessórias a partir da data de sua 
concessão. 
 d) O Parcelamento é uma modalidade de suspensão da exigibilidade do crédito tributário. 
Comentário: 
Como vimos anteriormente, o Parcelamento constitui uma das hipóteses de suspensão da 
exigibilidade do crédito tributário previstas no Art. 151 do CTN. 
 MACETE: MORRDER e LIMPAR: MORatória DEpósito do montante integral, Recursos e 
Reclamações e LIMinar em Mandado de Segurança ou outras ações judiciais e PARcelamento. 
Gabarito → D 
10 Exclusão do Crédito Tributário 
São situações onde o fato gerador acontece, há o surgimento da obrigação principal, porém, o 
lançamento fica impedido de acontecer, logo, o crédito tributário não será reconhecido. 
 Nas hipóteses de exclusão do crédito tributário, o lançamento fica impedido 
de acontecer. 
São hipóteses de exclusão do crédito tributário a isenção e a anistia. A primeira se refere ao 
crédito relativo ao tributo, já a segunda exclui o crédito que se originou em decorrência de 
penalidade pecuniária. Tanto as isenções quanto as anistias poderão ser concedidas em caráter 
geral, quando atingir todos os sujeitos passivos, ou em caráter subjetivo, quando atingir apenas as 
pessoas que cumpram os requisitos estabelecidos para concessão do benefício 
 
Isenção → Tributos 
Anistia → Penalidade Pecuniária 
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 21 
11 Extinção do Crédito Tributário 
Ocorre quando o crédito tributário deixa de existir. Segundo o CTN, são hipóteses de extinção do 
crédito tributário: 
Art. 156. Extinguem o crédito tributário: 
 
I - o pagamento; 
II - a compensação; 
III - a transação; 
IV – remissão; 
V - a prescrição e a decadência; 
VI - a conversão de depósito em renda; 
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do 
disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º; 
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 
164; 
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na 
órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatóriaX - a 
decisão judicial passada em julgado. 
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições 
estabelecidas em lei. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001) (Vide Lei nº 
13.259, de 2016) 
Atenção! 
Para prova, decorem apenas as hipóteses de suspensão e exclusão do crédito tributário, o que não 
for nenhuma dessas hipóteses será extinção. 
 
Pagamento: Consiste na entrega ao sujeito ativo do valor correspondente à obrigação principal. 
Compensação: A compensação ocorre quando o sujeito passivo tem um crédito com a Fazenda, 
decorrente, por exemplo, de um pagamento de tributo realizado a maior. Nessa hipótese, o 
crédito tributário devido pelo contribuinte, se autorizado por lei, poderá se compensar com o 
saldo que o contribuinte tem com o fisco. 
Transação: Acordo entre a fazenda pública e o sujeito passivo, com concessões mútuas, visando a 
extinção do crédito tributário. 
Remissão: é a extinção do crédito através do perdão total ou parcial da dívida. 
Decadência: é a perda do direito da Fazenda de fazer o lançamento por decurso do prazo. 
Prescrição: é a perda do direito da Fazenda de cobrar o crédito tributário por decurso do tempo. 
Atenção! Na decadência o Crédito Tributário não foi constituído porque a Fazenda perdeu o prazo 
de fazer o lançamento. Já na prescrição, o crédito tributário foi constituído, mas a Fazenda perdeu 
o prazo para cobrá-lo. 
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 22 
Conversão do depósito em renda: Se, na ação judicial, o contribuinte tiver feito o depósito do 
montante devido, este valor, ao final do processo julgado improcedente, será convertido em favor 
da Fazenda Pública. 
Pagamento antecipado e homologação do lançamento: é o que acontece no Imposto de Renda, 
por exemplo. Primeiro o tributo é pago e somente depois a Fazenda homologa a extinção do 
crédito tributário. 
Consignação em pagamento julgada pela procedência: modalidade de extinção do pagamento 
por meio de depósito judicial, que ocorre quando a Fazenda Pública se recusa a receber o 
pagamento do sujeito passivo. 
Decisão judicial passada em julgado: decisão judicial que reconhece a extinção do crédito 
tributário. 
Decisão administrativa irreformável: Decisão no âmbito do processo administrativo que anula o 
lançamento realizado, extinguindo, por consequência, o crédito tributário. 
Dação em pagamento em bens imóveis: permite à Fazenda a possibilidade de aceitar bem imóvel 
como forma de extinção do crédito tributário. 
12) (FBC/Exame de Suficiência/2015.2) 
De acordo com o Código Tributário Nacional, considere as situações que extinguem o crédito 
tributário, apresentadas nos itens abaixo, e, em seguida, assinale a opção CORRETA. 
I. O pagamento antecipado e a homologação do lançamento. 
II. A decisão judicial passada em julgado. 
III. A consignação em pagamento. 
IV. A concessão de medida liminar em mandado de segurança. 
Estão CORRETAS as situações apresentadas nos itens: 
 a) I e II. 
 b) I, II e III. 
 c) I, III e IV. 
 d) II, III e IV. 
Comentário: As alternativas I, II e III trazem exemplos de modalidades de extinção do crédito 
tributário. Portanto, é a nossa resposta. A alternativa IV traz uma hipótese de suspensão do 
crédito tributário, logo, incorreta. 
Gabarito→ B 
 
13) (FBC/Exame de Suficiência/2015.2) 
O crédito tributário constituído na forma da legislação tributária será extinto, EXCETO: 
a) pela dação em pagamento em bens imóveis. 
b) pelo pagamento. 
c) pela decisão judicial passada em julgado. 
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 23 
d) pelo parcelamento. 
Comentário: No enunciado da questão, o examinador pede uma hipótese que não constitua 
forma de extinção do crédito tributário. O que devemos levar para prova? As hipóteses de 
suspensão (MORDERR e LIMPAR) e de exclusão (Isenção e Anistia) do crédito tributário. Portanto, 
a letra D seria a resposta. Já que o Parcelamento representa uma possibilidade de suspensão da 
exigibilidade do crédito. 
Gabarito →D 
12 Outras Questões Comentadas 
14) (FBC/CFC/2011.2) 
Com relação à instituição dos tributos, julgue os itens abaixo e, em seguida, assinale a opção 
CORRETA. 
I. A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva 
obrigação. 
II. É relevante qualificar o tributo pela denominação e demais características formais adotadas 
pela lei. 
III. É relevante qualificar o tributo pela destinação legal do produto da sua arrecadação. 
IV. O tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor se possa exprimir, 
que não constitua sanção de ato ilícito. 
 
Estão certos apenas os itens: 
a) I e II. 
b) I e IV. 
c) II e III. 
d) III e IV. 
Comentário: 
Vamos por partes… 
I. A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva 
obrigação 
Afirmativa Correta. Reprodução do Art. 4 do Código Tributário Nacional. Como falamos no início 
da aula, para identificarmos o tributo é necessário olharmos para o fato gerador que ensejou a 
cobrança do mesmo. Atualmente é incorreto afirmarmos que a natureza do tributo é determinada 
exclusivamente pelo seu Fato Gerador, o mais adequado seria dizer que a natureza jurídica será 
determinada pelo cotejo entre fato gerador e a base de cálculo. 
II. É relevante qualificar o tributo pela denominação e demais característicasformais adotadas 
pela lei. 
Afirmativa Incorreta. É IRRELEVANTE qualificar o tributo pela sua denominação. 
III. É relevante qualificar o tributo pela destinação legal do produto da sua arrecadação. 
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Afirmativa Incorreta. Mesmo motivo da afirmativa anterior, a questão traz que é relevante, 
porém, o correto seria afirmar que é IRRELEVANTE qualificar o tributo pela destinação legal do 
produto. 
IV. O tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor se possa 
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito. 
Afirmativa Correta. Conceito de tributo presente no Art. 3º do CTN. 
Gabarito → B. 
 
15) (FBC/CFC/2014.2) 
Assinale a opção que apresenta o tributo cobrado pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal 
ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, instituído para fazer face ao custo 
de obras públicas de que decorra valorização imobiliária. 
a) Contribuição de Melhoria. 
b) Empréstimo Compulsório. 
c) Imposto. 
d) Taxa. 
Comentário: 
Mais uma vez, o enunciado falou sobre valorização imobiliária decorrente de obra pública? 
Contribuição de Melhoria. Esse tributo é de competência comum entre os entes federativos, e sua 
instituição caberá ao ente que realizar a obra. 
Gabarito → A. 
 
16) (FBC/CFC/2013.2) 
Uma Lei Ordinária Municipal, publicada em 1º de setembro de 2013, aumentou: 
√√ à alíquota do Imposto sobre Transmissão de Bens Intervivos – ITBI; e 
√√ o valor venal dos imóveis para fins de cálculo do Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU. 
 
De acordo com a legislação tributária, o município poderá cobrar os tributos com base na lei 
aprovada, em setembro de 2013, a partir de: 
a) 1º de janeiro de 2014. 
b) 1º de dezembro de 2013. 
c) 1º de outubro de 2013. 
d) 1º de setembro de 2013. 
Comentário: 
A questão trata do Princípio da Anterioridade Anual. Os tributos só poderão ser cobrados no 
exercício financeiro seguinte ao que foram instituídos. 
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A esse princípio temos como exceções: O imposto de renda, o IPI, II, IE e IOF, os empréstimos 
compulsórios, o ICMS-Monofásico, Cide-Combustível, Impostos Extraordinários de Guerra e 
Contribuições para Seguridade Social. Tanto o ITBI quanto o IPTU não fazem parte das exceções, 
portanto, observam o princípio da anterioridade anual. 
Logo, somente poderão ser cobrados no exercício financeiro seguinte ao qual foram instituídos. 
Se, segundo a questão, eles foram instituídos em 2013, a legislação tributária poderá cobrá-los a 
partir de 2014. 
Gabarito → A. 
 
17) (FBC/CFC/2011.1) 
A Lei nº. X, publicada no dia 30 de agosto de 2010, majorou a alíquota do Imposto sobre Produtos 
Industrializados - IPI, sendo omissa quanto à sua entrada em vigor. 
Com relação à situação hipotética apresentada e à vigência das leis tributárias, assinale a opção 
CORRETA. 
a) A referida majoração somente poderá ser cobrada nos casos em que os fatos geradores tenham 
ocorrido a partir de 1°.1.2011, devido aos Princípios da Legalidade, da Anualidade e da Tipicidade 
Cerrada. 
b) De acordo com o Princípio da Anterioridade Nonagesimal, a referida majoração somente 
poderá ser cobrada em face dos fatos geradores ocorridos após noventa dias da sua publicação. 
c) Os valores provenientes dessa majoração podem ser cobrados em face dos fatos geradores 
ocorridos a partir de sua publicação, já que o IPI não se submete ao Princípio da Anterioridade. 
d) Poderá ser cobrada a referida majoração em face dos fatos geradores ocorridos após quarenta 
e cinco dias da publicação na Lei nº. X, devido à regra contida na Lei de Introdução ao Código Civil, 
já que aquela Lei foi omissa quanto a sua entrada em vigor. 
Comentário: 
O IPI é um imposto que NÃO observa o Princípio da Anterioridade Anual, porém, ele observa o 
Princípio da Noventena ou Anterioridade Nonagesimal. Portanto, ele só poderá ser cobrado a 
partir de 90 dias após a publicação da lei que o majorou. 
Gabarito → B. 
 
18) (FBC/CFC/2012.2) 
Compete à União instituir imposto sobre: 
a) importação de produtos estrangeiros e propriedade territorial rural. 
b) importação de produtos estrangeiros e propriedade de veículos automotores. 
c) propriedade de veículos automotores e transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens 
ou direitos. 
d) propriedade territorial rural e transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos. 
Comentário: 
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Letra A é a alternativa correta. O Imposto de importação e o Imposto de Propriedade rural são de 
competência exclusiva da União. 
Nas demais alternativas, temos o IPVA e o ITCMD que são impostos de competência privativa dos 
Estados e Distrito Federal. 
Gabarito→ A 
 
19) (FBC/CFC/2011.1) 
Com relação à interpretação da legislação tributária, julgue os itens abaixo e, em seguida, assinale 
a opção CORRETA. 
I. Interpreta-se, literalmente, a legislação tributária que disponha sobre suspensão ou exclusão do 
crédito tributário. 
II. A lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, interpreta-se da maneira mais 
favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto à capitulação legal do fato, à natureza ou às 
circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus efeitos, à autoria, 
imputabilidade, ou punibilidade, e à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação. 
III. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação 
tributária utilizará nesta ordem: os Princípios Gerais de Direito Público, os Princípios Gerais de 
Direito Tributário e a Analogia. 
Estão CERTOS os itens: 
 a) I e II, apenas. 
 b) I e III, apenas. 
 c) I, II e III. 
d) II e III, apenas. 
Comentário: 
As alternativas trazem a literalidade dos artigos 111 e 112 respectivamente do CTN. Já a 
alternativa III é falsa, por trazer a ordem diferente da estabelecida pelo código, que seria: 
Analogia, princípios gerais do direito tributário, princípios gerais do direito público e equidade. 
Gabarito → A 
 
20) (CONSULPLAN/CFC/2018.2) 
De acordo com a Lei nº 5172/1966 (Código Tributário Nacional), em seu art. 113, as obrigações 
tributárias se dividem entre principais e acessórias. Dentre as listadas a seguir, todas são 
obrigações acessórias, EXCETO: 
a) Pagamento do tributo devido. 
b) Preparação e envio das declarações exigidas pelo Fisco. 
c) Escrituração das operações de circulação de mercadoria. 
d) Emissão da nota fiscal de venda de mercadoria ou serviço. 
Comentário: 
CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 
 
 
 27 
Vamos relembrar os conceitos? 
Obrigações principais são aquelas cujo objetivo é o pagamento de prestação pecuniária, seja o 
tributo, seja sanção. Já as obrigações acessórias estão relacionadas a “fazer ou deixar de fazer 
algo” que a lei estabelece. 
O enunciado pede uma alternativa que tenha como resposta uma obrigação principal. Portanto, a 
única opção que se refere à prestação pecuniária é a letra A, pagamento de tributo devido. As 
demais alternativas trazem exemplos de obrigações acessórias 
Gabarito → A 
 
21) (CONSULPLAN/CFC/2018.1) 
De acordo com o a Lei nº 5.172/1.966 (Código Tributário Nacional), um dos elementos da 
obrigação tributária é a sujeição ativa. De acordo com a definição prevista pelo Código Tributário 
Nacional podem ser sujeitos ativos da obrigação tributária os entes denominados a seguir, 
EXCETO: 
a) União. 
b) Estados. 
c) Municípios. 
d) Contribuintes. 
Comentário: 
Sujeito Ativo da obrigação tributária é a pessoa jurídica de direito público competente para 
instituir o tributo. Portanto, dentre as alternativas, a única que não representa um sujeito ativo é a 
letra D. Contribuintes são classificados como sujeitos passivos das obrigações tributárias. 
Gabarito → D 
 
22) (FBC/CFC/2016.1) 
De acordo com o Código Tributário Nacional, quanto a Obrigações, Fato Gerador, Sujeito Ativo e 
Passivo, julgue as afirmaçõesabaixo como Verdadeiras (V) ou Falsas (F) e, em seguida, assinale a 
opção CORRETA. 
I. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente 
para a sua ocorrência. 
II. Sujeito ativo é a pessoa a quem cabe realizar o pagamento do montante do débito, mesmo se a 
obrigação for principal ou acessória. 
III. A obrigação tributária principal corresponde a sujeitar-se à atividade de fiscalização exercida 
pelo ente tributante. 
IV. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se contribuinte quando tem relação pessoal e 
direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador. 
A sequência CORRETA é: 
a) F, F, V, V. 
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 28 
b) F, V, F, V. 
c) V, F, F, V. 
d) V, F, V, F. 
Comentário: 
I. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente 
para a sua ocorrência. 
Alternativa Correta. Literalidade do Art. 114 do CTN. 
Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e 
suficiente à sua ocorrência. 
II. Sujeito ativo é a pessoa a quem cabe realizar o pagamento do montante do débito, mesmo se 
a obrigação for principal ou acessória. 
Alternativa Incorreta. Sujeito ativo é a pessoa jurídica de direito público competente para instituir 
os tributos. Na questão temos a definição de sujeito passivo. 
III. A obrigação tributária principal corresponde a sujeitar-se à atividade de fiscalização exercida 
pelo ente tributante. 
Alternativa Incorreta. Obrigação tributária principal está relacionada à prestação pecuniária. 
IV. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se contribuinte quando tem relação pessoal e 
direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador. 
Alternativa Correta. O contribuinte é definido por ter uma relação direta e pessoal com o fato 
gerador do tributo. 
Gabarito → C 
 
23) (FBC/CFC/2011.1) 
No que diz respeito ao parcelamento disposto no Código Tributário Nacional, assinale a opção 
CORRETA. 
a) O parcelamento afasta o cumprimento da obrigação acessória. 
b) O parcelamento constitui uma das modalidades de extinção dos créditos tributários prescritas 
pelo Código Tributário Nacional. 
c) O parcelamento é uma modalidade de suspensão da exigibilidade do crédito tributário. 
d) O parcelamento extingue o crédito tributário de forma fracionada e continuada, quando a 
legislação tributária não dispuser a respeito. 
Comentário: 
O parcelamento, segundo o Art. 151 do CTN constitui hipótese de suspensão da exigibilidade do 
crédito tributário, que possibilita que o contribuinte que não tenha condições de pagar o tributo à 
vista pague a dívida de forma parcelada. Logo, a alternativa correta é a letra C. 
A alternativa A está errada porque o parcelamento não afasta o cumprimento da obrigação 
acessória. 
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 29 
A alternativa B e D estão incorretas ao afirmar que o Parcelamento constitui hipótese de extinção 
do crédito tributário. 
Gabarito → C 
 
24) (CONSULPLAN/CFC/2018.2) 
O crédito tributário representa o direito de crédito da Fazenda Pública perante o contribuinte ou o 
responsável a pagar o tributo. O Código Tributário Nacional define as hipóteses de extinção, 
suspensão e exclusão do crédito tributário. Qual dos meios a seguir NÃO acarreta em extinção da 
exigibilidade do crédito tributário? 
 a) Pagamento. 
 b) Parcelamento. 
 c) Compensação. 
d) Decisão judicial passada em julgado. 
Comentário: 
Hipóteses de Suspensão do crédito tributário: MORDERR e LIMPAR 
 
 
Hipóteses de Exclusão do Crédito Tributário: Isenção e Anistia 
Hipóteses de Extinção do Crédito Tributário : 
I - o pagamento; 
II - a compensação; 
III - a transação; 
IV – remissão; 
V - a prescrição e a decadência; 
VI - a conversão de depósito em renda; 
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento; 
VIII - a consignação em pagamento; 
IX - a decisão administrativa irreformável; 
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, 
A única alternativa que não traz uma possibilidade de extinção do crédito tributário é a letra B, 
que traz uma hipótese de suspensão do crédito, o parcelamento. 
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 30 
Gabarito → B 
 
25) (FBC/CFC/2012.1) 
O crédito tributário constituído na forma da legislação tributária será extinto, EXCETO: 
 a) pela dação em pagamento em bens imóveis. 
 b) pelo pagamento. 
 c) pela decisão judicial passada em julgado. 
d) pelo parcelamento. 
Comentário: 
Vejam que as questões sobre esse assunto se repetem. Mais uma vez podemos utilizar a técnica 
da exclusão de alternativas, para isso, devemos ter em mente as hipóteses de suspensão 
(MORDERR e LIMPAR) e exclusão do crédito tributário (Isenção e Anistia). Por tanto, por 
eliminação, a resposta é parcelamento, que configura possibilidade de suspensão da exigibilidade 
do crédito. 
Gabarito → D 
 
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 31 
13 Resumo Desta Aula 
Conceito de Tributo: prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa 
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade 
administrativa plenamente vinculada. 
 Fiscal: Arrecadação de recursos para financiamento das atividades estatais. 
Funções do Tributos 
 Extrafiscal: Produto arrecadado com a instituição de tributos é destinado a 
uma área específica da atuação estatal, como forma de incentivo. 
 
Espécies Tributárias 
Impostos: Tributo cujo fato gerador independe de uma atuação do Estado. Sempre que possível 
terão caráter pessoal. 
 
Taxas: Tributos contraprestacionais, ou seja, seu fato gerador depende da prestação, pelo Estado, 
de serviço público específico e divisível e exercício do poder de polícia. Todos os entes federativos 
têm competência para a instituição de taxas. 
Contribuições de Melhoria: Tributo cujo fato gerador depende de valorização imobiliária 
decorrente da realização de obra pública. Caberá ao ente que realizou a obra a instituição do 
tributo. 
Empréstimo Compulsório: podem ser exigidos apenas pela União para financiar as despesas 
extraordinárias decorrentes de guerra externa ou sua iminência, situações de calamidade pública, 
investimentos público em caráter urgente e relevante interesse nacional. 
Contribuições Especiais: Cabe à União a instituição dessas contribuições, exceto: COSIP 
(Competência dos Municípios e DF) e Contribuições para seguridade social de servidores 
estaduais, distritais e municipais (Competência dos Estados, DF e Municípios). Classificam-se em: 
1. Contribuições Sociais 
➔ Contribuições de Seguridade Social 
➔ Contribuições Sociais Gerais 
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 32 
➔ Outras Contribuições Sociais 
2. Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) 
3. Contribuições Corporativas 
4. Contribuições de Custeio do Serviço de Iluminação Pública (COSIP) 
Competência Tributária: Capacidade dos entes federados instituírem os tributos autorizados pela 
Constituição Federal. É indelegável e irrenunciável. Podem ser: Privativa, Comum, Cumulativa, 
Extraordinária e Residual. 
Limitações ao Poder de Tributar: Limitações trazidas pela Constituição Federal. 
Princípio da Legalidade: Todo Tributo deverá ser instituído e majorado por meio de lei. Não há 
exceções para a instituição, porém, temos as seguintes exceções para majoração dos tributos: 
1. Imposto de Importação 
2. Imposto de Exportação 
3. Imposto sobre Produto Industrializados 
4. Impostos sobre Operações Financeiras 
5. CIDE – Combustível (Decreto do Chefe do Poder Executivo) 
6. ICMS- Combustível (ou ICMS-Monofásico) – Convênio da CONFAZ. 
 
Princípio da Isonomia: consiste em tratar de maneira igual os que se encontram em situações 
iguais e, de maneira desigual os que se encontram em situações desiguais. 
Princípio da Irretroatividade:Veda a cobrança de tributos sobre fatos geradores ocorridos antes 
da vigência da lei que os instituiu. 
Princípio da Anterioridade do Exercício: Os entes tributantes não podem realizar a cobrança no 
mesmo exercício financeiro em que estiver sido publicada lei instituindo ou majorando tributos. 
Exceções: 
1. II, IE, IPI e IOF 
2. Impostos Extraordinários de guerra 
3. Empréstimos Compulsórios para guerra e calamidades públicas 
4. Contribuições para financiamento da Seguridade Social 
5. ICMS-Monofásico sobre Combustíveis 
6. CIDE-combustível. 
Princípio da Anterioridade Nonagesimal: exige o cumprimento do prazo mínimo de 90 dias para a 
cobrança de um tributo que tenha sido instituído ou majorado. 
Exceções: 
1. II, IE, IOF 
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 33 
2. Imposto Extraordinário de Guerra 
3. Empréstimos Compulsório para caso de Guerra ou Calamidade 
4. Imposto de Renda 
5. Base de Cálculo do IPTU 
6. Base de Cálculo do IPVA 
Princípio do Não Confisco: Tributo não decorre como sanção de ato ilícito, não tem caráter 
punitivo, portanto, não pode ser usado com o efeito de confisco. 
Princípio da Liberdade de Tráfego: É proibido pela Constituição Federal o uso de tributos 
interestaduais e intermunicipais que limitem o tráfego de pessoas e bens pelo território nacional. 
Legislação Tributária: Todos os atos normativos que tratem sobre matéria de direito tributário. 
• Quando não houver norma expressa, a autoridade deverá seguir a seguinte ordem para 
solução da situação: Analogia, Princípios gerais do direito tributário, princípios gerais do direito 
público e equidade. 
• O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei. 
• O emprego da equidade não poderá resultar em dispensa de pagamento de tributo devido. 
• Interpretação literal das normas que disponham sobre: 
I - suspensão ou exclusão do crédito tributário; 
II - outorga de isenção; 
III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias. 
• A lei tributária que define infrações, ou imponha penalidades, será interpretada da maneira 
mais favorável ao acusado, em caso de dúvidas sobre: 
I - à capitulação legal do fato; 
II - à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus efeitos; 
III - à autoria, imputabilidade, ou punibilidade; 
IV - à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação. 
Fato Gerador: é o ato ou fato que constitui a obrigação tributária 
 Principal: Obrigação que envolve pagamento de prestação pecuniária. 
Obrigação Tributária 
 Acessória: Obrigação que envolve fazer ou deixar de fazer alguma coisa. 
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 34 
 Ativo: Pessoa jurídica de direito púb. que tem competência para 
 instituir o tributo. Ex: União 
Sujeitos da Obrigação Tributária 
 Contribuinte 
 Passivo: Quem deverá cumprir a obrigação. 
 Responsável 
Lançamento tributário: Ato da autoridade fiscal que reconhece a obrigação tributária e constitui o 
crédito tributário. 
Suspensão do Crédito Tributário: Suspensão da exigibilidade do Crédito Tributário. O lançamento 
será feito, mas a cobrança será suspensa. São hipóteses de suspensão: 
Moratória 
Depósito do Montante Integral 
Recurso Administrativo 
Reclamação 
Liminar em concessão de Mandado de Segurança 
Liminar em outras ações judiciais 
Parcelamento 
MACETE: MORRDER e LIMPAR 
Exclusão do Crédito Tributário: O lançamento fica impedido de acontecer. São hipóteses de 
exclusão: 
Isenção Tributos 
Anistia Penalidade Pecuniária 
Extinção do Crédito Tributário: ocorre quando o crédito tributário deixa de existir. 
São hipóteses de extinção: 
1. Pagamento 
2. Compensação 
3. Transação 
4. Remissão 
5. Prescrição 
6. Decadência 
7. Conversão de depósito em renda 
8. Pagamento antecipado e a homologação do lançamento 
9. Consignação em pagamento julgada pela procedência 
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 35 
10. Decisão administrativa irreformável 
11. Decisão judicial passada em julgado. 
12. Dação em pagamento em bens imóveis, 
 
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 36 
14 Questões Comentadas Nesta Aula 
1 (FBC/CFC/2011.2) 
De acordo com o conceito de tributo estabelecido no Código Tributário Nacional, o tributo: 
a) deve ser cobrado mediante atividade administrativa plenamente discricionária. 
b) está submetido ao Princípio da Legalidade. 
c) pode constituir sanção de ato ilícito. 
d) pode ser pago por intermédio de prestação de serviço de qualquer natureza. 
2 (FBC/CFC/2013.1) 
Tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade 
estatal específica, relativa ao contribuinte é: 
 a) Contribuição de Melhoria. 
 b) Empréstimo Compulsório. 
 c) Imposto. 
d) Taxa. 
3 (FBC/CFC/2014.1) 
Assinale a opção que apresenta apenas tributos de competência dos Estados e do Distrito Federal: 
a) Imposto sobre a propriedade de veículos automotores; imposto sobre a transmissão de bens 
causa mortis e doações; e imposto sobre a circulação de mercadorias, serviços de transporte e 
comunicação. 
b) Imposto sobre a transmissão de bens inter-vivos; imposto sobre a propriedade de veículos 
automotores; e imposto sobre a transmissão de bens causa mortis e doações. 
c) Imposto sobre a transmissão de bens causa mortis e doações; imposto sobre a circulação de 
mercadorias, serviços de transporte e comunicação; e imposto sobre a transmissão de bens inter-
vivos. 
d) Imposto sobre a circulação de mercadorias, serviços de transporte e comunicação; imposto 
sobre a propriedade de veículos automotores; e imposto sobre a transmissão de bens inter-vivos. 
4 (FBC/CFC/2012.1) 
O tributo que tem como fato gerador o exercício regular do poder de polícia é: 
a) a contribuição de melhoria. 
b) a contribuição social. 
c) a taxa. 
d) o imposto. 
5 (CONSULPLAN/CFC)/CFC/2018.1) 
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 37 
As espécies tributárias são definidas pelo Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172/1966). Na 
hipótese em que a Secretaria de Obras do Município pavimente uma determinada rua e desse fato 
seja gerada valorização imobiliária aos moradores daquela rua, a cobrança de qual dos tributos a 
seguir poderia ser ensejada pelo Município? 
a) Taxa. 
b) Imposto. 
c) Empréstimo compulsório. 
d) Contribuição de melhoria. 
6 (CONSULPLAN/CFC)/CFC/2019.1) 
 O conceito de tributo pode ser encontrado no art. 3º do Código Tributário Nacional, ao exprimir 
que “tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa 
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade 
administrativa plenamente vinculada”. Ao condicionar a existência do tributo a sua instituição em 
lei, tal definição encontra-se amparada por qual dos princípios constitucionais? 
a) Isonomia. 
b) Legalidade. 
c) Anterioridade. 
d) Irretroatividade. 
7 (FBC/CFC/2017.2) 
De acordo com o que estabelece o Código Tributário Nacional a respeito da interpretação e 
integração da legislação tributária, é CORRETO afirmar que: 
a) a legislação tributária que disponha sobre suspensão ou exclusão do crédito tributário; a 
outorga de isenção; e a dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias, é 
interpretada literalmente. 
b) em caso de dúvida quanto à autoria, imputabilidade ou punibilidade, interpreta-se a lei 
tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, da maneira menos favorável ao 
acusado. 
c) na ausência de disposição expressa, paraaplicar a legislação tributária a autoridade competente 
utilizará, sucessivamente, na ordem indicada: os princípios gerais de direito privado; a equidade; a 
ampla defesa. 
d) o emprego da analogia e da equidade na interpretação da legislação tributária deverão resultar, 
respectivamente, em exigência de tributo não previsto em lei e na dispensa do pagamento de 
tributo devido. 
8 (FBC/CFC/2011.1) 
Com relação à legislação tributária, julgue os itens abaixo como Verdadeiros (V) ou Falsos (F) e, em 
seguida, assinale a opção CORRETA. 
I. Qualquer tributo, uma vez instituído por Lei, pode ser modificado por Decreto, que são normas 
jurídicas elaboradas pelo Poder Executivo. 
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 38 
II. Medidas Provisórias são editadas pelo Presidente da República. Caso o Congresso não aprecie a 
matéria em 60 dias, prorrogável por mais 60, fica convertida, automaticamente, em Lei. 
III. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta. 
A sequência CORRETA é: 
 a) F, F, V. 
 b) F, V, F. 
 c) F, V, V. 
d) V, V, F. 
9 (FBC/Exame Suficiência/CFC/2019.1) 
As obrigações tributárias dividem-se em principais e acessórias. 
Dentre as alternativas relacionadas, assinale a que corresponde a uma obrigação principal. 
a) Escrituração dos livros fiscais. 
b) Emissão da nota fiscal de venda de mercadoria ou serviço. 
c) Cálculo do saldo credor de ICMS por uma empresa exportadora. 
d) Pagamento dos tributos incidentes sobre a prestação de serviços de qualquer natureza. 
10 (FBC/CFC/2013.1) 
O Código Tributário Nacional institui as normas gerais de direito tributário, que são exigidas pela 
Constituição brasileira e regula as normas gerais de direito tributário, aplicáveis à todos os entes 
da federação. 
Relacione os termos referentes à obrigação, na primeira coluna, com a respectiva descrição, na 
segunda coluna, e, em seguida, assinale a opção CORRETA. 
(1) Obrigação Acessória 
(2) Fato Gerador 
(3) Obrigação Principal 
(4) Sujeito ativo 
(5) Sujeito passivo 
( ) Imposto de Renda apurado sobre o lucro auferido pela empresa e Imposto sobre Produtos 
Industrializados incidente sobre a venda de produtos. 
( ) Emissão de nota fiscal e entrega da declaração do Imposto de Renda. 
( ) Venda de produtos base de cálculo do Imposto sobre Produtos Industrializados. 
 ( ) Empresa obrigada ao pagamento do tributo. 
( ) Pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o cumprimento da 
obrigação tributária. 
A sequência CORRETA é: 
 a) 2, 1, 3, 4, 5. 
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 39 
 b) 2, 3, 1, 5, 4. 
 c) 3, 1, 2, 5, 4. 
d) 3, 2, 1, 4, 5. 
11 (FBC/Exame Suficiência/CFC/2013.2) 
De acordo com o Código Tributário Nacional, no que diz respeito ao parcelamento de débitos 
tributários, assinale a opção CORRETA. 
 a) O parcelamento constitui uma das modalidades de extinção dos créditos tributários prescritas 
pelo Código Tributário Nacional. 
 b) O parcelamento constitui uma das modalidades de remissão dos créditos tributários prescritas 
pelo Código Tributário Nacional. 
 c) O parcelamento dispensa o cumprimento das obrigações acessórias a partir da data de sua 
concessão. 
d) O Parcelamento é uma modalidade de suspensão da exigibilidade do crédito tributário. 
12 (FBC/Exame de Suficiência/2015.2) 
De acordo com o Código Tributário Nacional, considere as situações que extinguem o crédito 
tributário, apresentadas nos itens abaixo, e, em seguida, assinale a opção CORRETA. 
I. O pagamento antecipado e a homologação do lançamento. 
II. A decisão judicial passada em julgado. 
III. A consignação em pagamento. 
IV. A concessão de medida liminar em mandado de segurança. 
Estão CORRETAS as situações apresentadas nos itens: 
 a) I e II. 
 b) I, II e III. 
 c) I, III e IV. 
d) II, III e IV. 
13 (FBC/Exame de Suficiência/2015.2) 
O crédito tributário constituído na forma da legislação tributária será extinto, EXCETO: 
a) pela dação em pagamento em bens imóveis. 
b) pelo pagamento. 
c) pela decisão judicial passada em julgado. 
d) pelo parcelamento. 
14 (FBC/CFC/2011.2) 
Com relação à instituição dos tributos, julgue os itens abaixo e, em seguida, assinale a opção 
CORRETA. 
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 40 
I. A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva 
obrigação. 
II. É relevante qualificar o tributo pela denominação e demais características formais adotadas 
pela lei. 
III. É relevante qualificar o tributo pela destinação legal do produto da sua arrecadação. 
IV. O tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor se possa exprimir, 
que não constitua sanção de ato ilícito. 
 
Estão certos apenas os itens: 
a) I e II. 
b) I e IV. 
c) II e III. 
d) III e IV. 
15 (FBC/CFC/2014.2) 
Assinale a opção que apresenta o tributo cobrado pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal 
ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, instituído para fazer face ao custo 
de obras públicas de que decorra valorização imobiliária. 
a) Contribuição de Melhoria. 
b) Empréstimo Compulsório. 
c) Imposto. 
d) Taxa. 
16 (FBC/CFC/2013.2) 
Uma Lei Ordinária Municipal, publicada em 1º de setembro de 2013, aumentou: 
√√ à alíquota do Imposto sobre Transmissão de Bens Intervivos – ITBI; e 
√√ o valor venal dos imóveis para fins de cálculo do Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU. 
 
De acordo com a legislação tributária, o município poderá cobrar os tributos com base na lei 
aprovada, em setembro de 2013, a partir de: 
a) 1º de janeiro de 2014. 
b) 1º de dezembro de 2013. 
c) 1º de outubro de 2013. 
d) 1º de setembro de 2013. 
17 (FBC/CFC/2011.1) 
 A Lei nº. X, publicada no dia 30 de agosto de 2010, majorou a alíquota do Imposto sobre Produtos 
Industrializados - IPI, sendo omissa quanto à sua entrada em vigor. 
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 41 
 
Com relação à situação hipotética apresentada e à vigência das leis tributárias, assinale a opção 
CORRETA. 
a) A referida majoração somente poderá ser cobrada nos casos em que os fatos geradores tenham 
ocorrido a partir de 1°.1.2011, devido aos Princípios da Legalidade, da Anualidade e da Tipicidade 
Cerrada. 
b) De acordo com o Princípio da Anterioridade Nonagesimal, a referida majoração somente 
poderá ser cobrada em face dos fatos geradores ocorridos após noventa dias da sua publicação. 
c) Os valores provenientes dessa majoração podem ser cobrados em face dos fatos geradores 
ocorridos a partir de sua publicação, já que o IPI não se submete ao Princípio da Anterioridade. 
d) Poderá ser cobrada a referida majoração em face dos fatos geradores ocorridos após quarenta 
e cinco dias da publicação na Lei nº. X, devido à regra contida na Lei de Introdução ao Código Civil, 
já que aquela Lei foi omissa quanto a sua entrada em vigor. 
18 (FBC/CFC/2012.2) 
Compete à União instituir imposto sobre: 
a) importação de produtos estrangeiros e propriedade territorial rural. 
b) importação de produtos estrangeiros e propriedade de veículos automotores. 
c) propriedade de veículos automotores e transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens 
ou direitos. 
d) propriedade territorial rural e transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos. 
19 (FBC/CFC/2011.1) 
Com relação à interpretação da legislação tributária, julgue os itens abaixo e, em seguida, assinale 
a opção CORRETA. 
I. Interpreta-se, literalmente, a legislação tributária que disponha sobre suspensão ou exclusão do 
crédito tributário. 
II. A lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, interpreta-se da maneira mais 
favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto à capitulação legal do fato, à natureza ou às 
circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus efeitos, à autoria, 
imputabilidade, ou punibilidade, e à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação. 
III. Na ausência de disposição expressa,

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