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DEMENCIAS (DSM-5) TRANSTORNO NEUROCGNITIVO MAIOR 1. Multiplos déficits cognitivos: Amnesia/ Afasia/ Apraxia/Agnosia/Disfunção executiva/ Disfunção visiospacial 2. Perda AVDS 3. Declínio significativo 4. Excluir delirium, depressão, doença mental FATORES DE RISCO - IDADE: >75 anos – único fator de risco comprovado Fatores prováveis não modificáveis: Historia previa> família / Sindrome de down Fatores prováveis modificáveis: HAS/DM/OBESIDADE/TABAGISMO/ SEDENTARISMO. INVESTIGAÇÃO DE DEMENCIAS -Hemograma: -> Estado infeccioso -> Delirium - Ureia, creatinina -> Função renal -> Aumento de ureia -> Confusão - TSH e T4l : Crise tireotoxica (confusão aguda) ou hipotireoidismo(depressão, apatia) - Vitm B12 - Enzimas hepáticas: -> Amonia > Encefalopatia hepática. - Sorologia sífilis e HIV: Neuro sífilis DEMENCIA DE ALZHEIMER Geralmente diagnosticada em pessoas com mais de 65 anos. De início Recente (antes dos 65 anos) – apenas 5-10% de pacientes acometidos. É a 6a maior causa de morte nos Estados Unidos, e a 5a maior causa de morte em pessoas com mais de 65 anos. Prevalência de aproximadamente 6 milhões de pessoas com 65 anos ou mais nos EUA. INCIDÊNCIA DE DEMÊNCIA DE ALZHEIMER 65 a 69 anos: 2% 70 a 74 anos: 4% 75 a 79 anos: 8% 80 a 85 anos: 16% > 85 anos: 35 a 50% -------- Incidencia dobra a cada 5 anos. FATORES DE RISCO Idade/ Genética/ Fatores de risco cardiovascular / Nível educacional- fator protetor – reserva cognitiva A forma genética familiar é responsável apenas por 3 a 4% dos diagnósticos. Enquanto a forma esporádica (também chamada de início tardio) perfaz os outros 96 a 97%. FAMILIAR: - Cromossomo 21 – Mutações na APP; -Mutações na pressenilina 1 (cromossomo 14), e na 2 (cromossomo 1) – autossômica dominante – a pressenilina faz parte da gama secretase. ESPORÁDICA -cromossomo 19 – Homozigótico para o alelo ε4ε4 – Genes codificadores da proteína ApoE; -uma cópia do alelo ε4 aumenta o risco de 50% para DA aos 70 anos; -duas cópias do alelo ε4 aumenta o risco de 50% para DA aos 60 anos. FISIOPATOLOGIA As duas principais mudanças estruturais: 1. Emaranhados neurofibrilares Hiperfosforilação da proteína TAU no intracelular. 2. Placas β amiloide Depósito das proteínas β amiloide no extracelular. 3. Função hipocolinérgica: ACTH – neurotransmissor deficiente. Atrofia cortical difusa, placas senis e novelos neurofibrilares, degeneração granulovasculares e perda neuronal. Redução volumétrica do hipocampo, córtex entorrinal e cíngulo posterior e sinal precoce de DA( doença de Alzheimer). Região do hipocampo é primeira atingida FASES ASSINTOMATICA COMPROMETIMENTO COGNITIVO LEVE DEMENCIA PESQUISA E PRE-CLINICA BIOMARCADORES TRATAMENTO POUCO EFICAS/ DIAG CLINICO FASE PRÉ-CLINICA Marcadores biológicos de liquor: Peptídeo β-amiloide: amiloidogênese cerebral Tau total: marcador de dano axonal Fosfo-Tau: hiperfosforilação da proteína Tau PET-PiB Increased radio-ligand retention in AD compared to control subjects PET-FDG. Pooled sensitivities and specificities (9 studies) of 86% for temporo-parietal hypometabolism. DIAGNOSTICO A incidência de demência cumulativa foi de 14,9% em indivíduos com MCI e com idade superior a 65 anos, acompanhados por dois anos. Mais frequente é CCL amnéstico. CCL de múltiplos domínios, principalmente da função executiva, sugere estágio inicial de demência vascular. COMPROMETIMENTO COGNITIVO LEVE CRITERIOS CLINICOS · alteração cognitiva corroborada pelo paciente e/ou familiar e/ou pelo médico assistente · alteração de um ou mais domínios cognitivos (declínio do desempenho) – mais frequente a memória · manutenção da independência funcional – prejuízo mínimo – menos eficiência, mantém independência funcional · sem critérios para demência DIAGNOSTICO DE DEMÊNCIA DE ALZHEIMER DIAGNÓSTICO DA DEMENCIA DE ALZHEIMER É PELA AVALIAÇÃO CLINICA História clínica colhida pelo paciente e confirmada pelos familiares. Evolução progressiva e insidiosa. Afastar causas potencialmente reversíveis. Rastreio Neurocognitivo – MEEM, Teste do Relógio, Teste de Fluência Verbal, Teste de Figuras, Teste das palavras de Cerad, MOCA. Avaliação Neuropsicológica. EVOLUÇÃO CLINICA Leve: Pequenas alterações nas atividades de vida diária. Familia nega sintomas. Moderada: Avançada: Completa depndencia das atividades de vida diária – 5 anos Avançada terminal: TRATAMENTO As medicações atuais atuam na diminuição da velocidade de declínio e nas alterações comportamentais e psicológicas da demência de Alzheimer HIPÓTESE HIPOCOLINÉRGICA - por uma redução na síntese de acetilcolina . HIPÓTESE ANTIGLUTAMATÉRGICA - Bloqueio do receptor NMDA. Tratamento na fase leve a moderada 1*linha INIBIDORES ACETILCOLINESTERASE Efeitos colaterais ੦ náuseas, vômitos ou diarreia, anorexia, emagrecimento, dor abdominal, insônia, dor de cabeça, incontinência urinária, broncoconstrição, aumento de secreção pulmonar, bradicardia, síncope, hipertensão arterial, hipotensão postural, arritmia cardíaca, tremor, convulsões e agitação. Muitas vezes, esses sintomas limitam a utilização desses medicamentos. ੦ Rivastigmina – 9 mg a 12 mg/dia ੦ Rivastigmina patch de 5 cm2/dia, de 10 cm2/dia e 15 cm2 - • menor interação medicamentosa • fase leve a moderada no Brasil ੦ Galantamina ER – 16 a 24 mg/dia • metabolização hepática CYP 2D6 e 3A4 • redução de dose da DRC • fase leve a moderada ੦ Donepezila – 5 a 10 mg/dia • reversível • metabolização hepática (CYP 2D6 e 3A4) • fase leve, moderada a grave • o único IACHE para fase grave no Brasil Fase moderada a grave MEMANTINA – AÇÃO ANTIGLUTAMATÉRGICA ੦ 20 mg/dia ੦ antagonista não competitivo de NMDA ੦ fase moderada a grave ੦ baixa metabolização hepática ੦ excreção renal de 75 a 90% ੦ agitação, incontinência urinária, diarreia, insônia, tonteira e dor de cabeça NÃO EXISTEM TRATAMENTOS APROVADOS PELO FDA PARA COMPROMETIMENTO COGNITIVO LEVE!!! DEMENCIA VASCULAR Dados epidemiológicos norte-americanos e europeus apontam a demência vascular como a 2ª causa mais comum de demência, correspondendo de 10 a 20% dos casos. A prevalência varia com a região e os critérios utilizados, aproximando-se de 1 a 4% na população acima de 65 anos. O diagnóstico de demência vascular provável é apoiado por: ੦ início súbito e deterioração em degraus ੦ déficit focal e disfunção executiva ੦ presença de distúrbios de marcha precoce: apraxia da marcha, marcha magnética, parkinsonismo ੦ história de síncopes, tonturas ou quedas sem causa aparente ੦ urge-incontinência urinária sem causa urológica ੦ paralisia pseudobulbar - ENFRAQUECIMENTO DE LINGUA, E DISFAGIA / incontinências sentimentais ੦ Apatia/Depressão A diferenciação entre DA e Demência Vascular é muito simples, mas pode haver sobreposição, o que chamamos de demência mista. A escala de Hachinski foi criada para facilitar a diferenciação entre DA, demência vascular e demência mista. Causas: DOENÇA DE BINSWANGER Início insidioso em mais de 50% dos pacientes Não há história típica de AVC e/ou ataque isquêmico transitório Apraxia da marcha Urgência ou incontinência urinária de urgência Depressão DEMENCIA POR CORPOS DE LEWY É a segunda demência neurodegenerativa após 60 anos e a terceira no geral 10 a 15 % dos casos de autopsia ੦ corpúsculos de Lewy - inclusões citoplasmáticas eosinofílicas hialinas (α-sinucleína) no córtex e no tronco encefálico DEMENCIA DA DEGENERAÇÃO LOBAR FRONTOTEMPORAL A DLFT pode corresponder até 10 a 20% das demências degenerativas pré-senil. Prevalência: 15 por 100.000 hab. entre as idades de 45 e 64. Fator hereditário importante. Histórico familiar de 40 a 50%. Progressão rápida entre 4 a 8 anos. Variante comportamental (mais comum – Pick) e linguagem. Disfunção executiva, linguagem, impulso. No exame de imagem, atrofia lobar frontal e temporal desproporcional, mas no inicio pode ser ausente. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DAS DEMÊNCIAS NÃO ALZHEIMER Os Inibidores da Acetilcolinesterase(Rivastigmina, Galantamina e Donepezila) são indicados para tratamento de Demência por corpos de Lewy e Demência Vascular. Apesar de alguma controvérsia na literatura, a Memantina também pode ser indicada nas Demências por corpos de Lewy e Vascular. Não há nenhuma medicação aprovada para o tratamento da Demência por Degeneração Frontotemporal. Utiliza psicotrópicos para sintomas comportamentais.
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