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eBookdaUnidade1 economia, mercado financeiro e capitais

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Unidade 1
 Noções de 
economia e 
finanças
Rosilda do Rocio do Vale
Mercado 
Financeiro e de 
Capitais
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial 
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA
Projeto Gráfico 
MANUELA CÉSAR ARRUDA
Autora 
ROSILDA DO ROCIO DO VALE
Desenvolvedor 
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS
 Rosilda do Rocio do Vale
Olá. Meu nome é Rosilda do Rocio do Vale. Sou mestre em 
Administração com ênfase em finanças pela PUCPR, especialista 
em finanças corporativas e gestão organizacional e graduada em 
administração. Possuo experiência na área financeira, adquiridas ao longo 
dos anos realizando operações financeiras em empresa de comércio 
exterior. Faz sete anos que atuo no ensino superior, em disciplinas 
nas áreas de finanças e comércio exterior. Sou apaixonada pelo que 
faço. É muito gratificante poder transmitir meu conhecimento e minha 
experiência com quem está buscando aprendizado para atingir os seus 
objetivos pessoais e/ou profissionais. Por isso fui convidada pela Editora 
Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito 
feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Seja 
bem vindo e conte comigo!
A AUTORA
Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo 
projeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha 
de aprendizagem toda vez que:
ICONOGRÁFICOS
INTRODUÇÃO: 
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova com-
petência;
DEFINIÇÃO: 
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA: 
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE: 
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA? 
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA: 
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou 
discutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO: 
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO: 
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Noções de economia ................................................................................11
Conceitos de economia ......................................................................................................... 11
Fatores de produção ................................................................................................................ 14
Definição de bens de capital, bens de consumo e bens 
intermediários ............................................................................................................. 15
Conceito de microeconomia ............................................................................................... 15
Conceito de macroeconomia .............................................................................................. 16
Conceito de economia internacional ............................................................................. 17
Políticas econômicas ................................................................................20
Definições e objetivos das políticas econômicas ................................................. 20
Política monetária ....................................................................................................................... 21
Política fiscal ................................................................................................................................... 22
Política cambial .............................................................................................................................. 23
Política macroeconômica ..................................................................................................... 24
Indicadores econômicos ....................................................................................................... 25
Produto Interno Bruto (PIB) ................................................................................ 25
Produto Nacional Bruto (PNB) ......................................................................... 25
Índices de inflação ................................................................................................... 26
Taxa de câmbio .......................................................................................................... 27
Taxa Selic ....................................................................................................................... 28
Taxa de juros de longo prazo (TJLP) ........................................................... 28
Noções de finanças ...................................................................................30
Objetivo das empresas ........................................................................................................... 30
Objetivos de finanças ............................................................................................................... 32
Funções de finanças .................................................................................................................. 33
Decisão de investimento ..................................................................................... 33
Decisão de financiamento .................................................................................. 35
Decisão de dividendos ......................................................................................... 38
Tomada de decisão financeira e custo de capital............................. 38
Intermediação financeira ....................................................................................................... 39
Riscos financeiros e o ambiente econômico ..................................41
Riscos em finanças ...................................................................................................................... 41
Riscos versus incerteza ............................................................................................................ 42
Riscos na atividade econômica, em empresas em mercados financeiros 
44
Risco de mercado ................................................................................................... 45
Risco de crédito ........................................................................................................ 45
Risco operacional .................................................................................................... 46
Risco legal ..................................................................................................................... 46
Gestão dos riscos ......................................................................................................................... 47
Risco e retorno esperados .................................................................................................... 47
Relação risco, retorno e investimento ......................................................................... 48
Risco e rentabilidade ................................................................................................................ 48
Mercado Financeiro e de Capitais8
UNIDADE
01
NOÇÕES DE ECONOMIA E FINANÇAS
Mercado Financeiro e de Capitais 9
Você sabia que a área de mercado financeiro e de capitais está 
mais presente no seu dia a dia do que você possa imaginar? Quando você 
assiste nos telejornais ou lê na internet, etc, uma reportagem que diz, 
por exemplo: que o índice de inflação aumentou, que a bolsa de valores 
fechou em alta, que as taxas de juros aumentaram,que a cesta básica 
está mais cara. Você já parou para analisar qual o impacto que esta notícia 
tem nas suas rendas mensais, no mercado de trabalho, etc.? Por isso esta 
unidade foi elaborada visando lhe ajudar a melhor entender a relação da 
economia e finanças com seu dia, e sendo assim serão lhe proporcionados 
conhecimentos a respeito. E esta unidade apresenta noções de economia 
e finanças, em que se apresentam os conceitos de politica econômica e 
os seus desdobramentos na forma de politica monetária, fiscal, cambial 
e a politica macroeconômica, bem como os principais indicadores 
econômicos adotados no Brasil e assim poderá verificar os impactos da 
economia nos objetivos das empresas, nos objetivos financeiros e na 
tomada de decisão e quais os riscos que afetam o meio empresarial e 
também quais os reflexos que tudo isso tem no seu dia a dia. Isso mesmo. 
A economia faz parte sim do mercado financeiro e de capitais. Entendeu? 
Ao longo desta unidade letiva você vai mergulhar neste universo!
INTRODUÇÃO
Mercado Financeiro e de Capitais10
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 1. Nosso propósito é auxiliar 
você no desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o 
término desta etapa de estudos:
1. Entender os principais conceitos de economia e os impactos 
deles no dia a dia das empresas;
2. Conhecer os principais conceitos da política econômica e suas 
principais aplicações;
3. Compreender os principais conceitos de finanças e o seu 
funcionamento no cotidiano das empresas;
4. Identificar os principais riscos financeiros e a sua relação com o 
ambiente econômico.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho! 
OBJETIVOS
Mercado Financeiro e de Capitais 11
Noções de economia
INTRODUÇÃO:
Ao término deste capítulo você será capaz de entender o 
que é economia, os principais conceitos e qual o impacto 
da economia no dia a dia de cada pessoa e nas empresas. 
Isto será fundamental para o exercício de sua profissão e 
para seu dia a dia, pois seja em nosso cotidiano, seja nos 
jornais, no rádio, na televisão e na internet, nos deparamos 
com inúmeras questões econômicas, tais como: aumento de 
preços, desemprego, setores que crescem mais que outros, 
diferenças salariais, valorização e desvalorização da taxa de 
câmbio, diferenças de rendas entre as várias regiões do país, 
ociosidade em alguns setores de atividades, comportamento 
das taxas de juros, elevação de impostos e tarifas públicas, 
etc. Será que alguma vez você já parou para analisar como 
essas e outras questões estão presentes em sua vida e qual 
o impacto financeiro no seu salário? E então? Motivado para 
desenvolver esta competência? Então vamos lá aprender. 
Bom estudo!
Conceitos de economia 
Lagioia (2011) diz que a economia está presente no cotidiano de 
todas as pessoas e nos acompanha em todos os momentos de nossas 
vidas, e por isso é necessário que tenhamos conhecimento de alguns 
conceitos fundamentais para que possamos compreendê-la. 
De acordo com Assaf Neto (2014) é essencial o conhecimento de 
economia para um melhor entendimento do funcionamento e funções 
dos mercados financeiros, formando assim uma visão mais ampla e 
critica de todo o mercado financeiro, como as que envolvem poupança, 
investimento, etc., pois a compreensão da economia permite que relações 
sejam estabelecidas entre resultados agregados e o desempenho dos 
vários agentes econômicos, entende-se por agentes econômicos todas 
as pessoas e formas de organizações, que possuem capacidade de tomar 
decisões.
Mercado Financeiro e de Capitais12
 No mês de novembro de 2019 a inflação registrou o pior índice em 
4 anos, e isso deve ao aumento de mais de 8% no preço da carne. Quer 
entender mais leia a notícia a seguir: O preço da carne disparou 8,09% 
em novembro e puxou a inflação para cima. A carne teve o maior impacto 
individual na inflação oficial medida pelo IPCA (Índice de Preços ao 
Consumidor Amplo), que acelerou a 0,51% em novembro, após ter fechado 
a 0,51% em outubro. Esse foi o maior valor da inflação desde 2015 (1,01%). 
Em novembro do ano passado, a taxa havia sido negativa (-0,21%). Essa 
alta registrada no preço da carne é um valor médio para o país. Os preços 
variam por região e de acordo com o corte. Assim, o consumidor pode 
encontrar altas maiores nos açougues e supermercados. As informações 
foram divulgadas no dia 06/12/19 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística). Segundo o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, 
a alta da carne decore do aumento de compras pela China bem como da 
alta do dólar em relação ao real. “Isso incentiva a exportação, restringindo 
a oferta interna e elevando o preço dos produtos. Que tal você analisar 
esta noticia e verificar quais os impactos positivos ou negativos causados 
para o: pecuarista, açougue e supermercado, consumidor, etc. E você 
consome carne? Se sim. Sentiu este impacto no seu bolso?
Segundo Assaf Neto (2014) a economia estuda a riqueza, transações 
de troca realizadas entre pessoas e procura compreender a decisão 
de utilização de recursos produtivos escassos que são (terra, trabalho 
e capital), os quais carregam um custo de oportunidade no processo 
de transformação e produção de diversos bens e serviços, e sua 
distribuição para consumo. De acordo com Vasconcelos (2013) o custo 
de oportunidade é o sacrifício de deixar de produzir parte do bem X para 
produzir mais do bem Y. Obstfeld (2013) diz que como toda a economia 
possui recursos limitados, portanto para produzir mais de determinado 
bem, deve sacrificar um pouco da produção do outro. De acordo com 
Vasconcelos (2013) economia é a ciência que estuda de que maneira a 
sociedade decide empregar recursos produtivos escassos na produção 
de bens e serviços a fim de satisfazer ao máximo as necessidades 
humanas, ou seja, é a ciência que estuda como a sociedade administra 
Mercado Financeiro e de Capitais 13
recursos produtivos (fatores de produção) escassos. Vasconcelos (2013) 
diz que em qualquer sociedade os fatores de produção são limitados. 
Porém por outro lado, as necessidades humanas são ilimitadas e sempre 
se renovam, por força do crescimento populacional e pela contínua 
elevação do padrão de vida, sendo assim nenhum país, independente 
do seu grau de desenvolvimento, consegue dispor de todos os recursos 
dos quais necessita. Por isso, toda a sociedade tem que escolher entre 
alternativas de produção e de distribuição dos resultados da atividade 
produtiva para atender os vários grupos da sociedade. Portanto, diante da 
escassez dos recursos de produção, associada às necessidades ilimitadas 
do ser humano, os empresários precisam tomar decisões que atendam 
a demanda. E então terão que decidir: o que e quanto produzir? Como 
produzir? Para quem produzir?
Vasconcelos (2013) diz que diante da escassez de recursos 
de produção, a sociedade terá que escolher dentro de um leque de 
possibilidades de produção, o que e quanto produzir, ou seja, quais 
produtos serão produzidos e as respectivas quantidades a serem 
fabricadas. Bem como, terá que decidir como vai produzir, ou seja, quais 
recursos de produção serão utilizados para a produção de bens e serviços, 
escolhendo os métodos mais eficientes, aquele que tiver o menor custo 
de produção possível. E também para quem produzir, pois dependerá da 
oferta e da demanda nos mercados.
Segundo Maia (2014) o ser humano para sobreviver necessita 
satisfazer suas necessidades básicas, sem o que morreria. Sendo que 
as três necessidades primárias são: alimentos, vestuário e habitação. 
Portanto à medida que o ser humano foi progredindo, outras necessidades 
começou a surgir, tais como educação, lazer, conforto, etc., as quais são 
conhecidas como necessidades progressivas. Para satisfazer a todas 
essas necessidades, o homem precisa consumir bens, porém os alimentos 
encontrados na natureza não são suficientes,por isso é necessária a 
produção, sendo assim se tem dois grandes fatores econômicos que é 
o consumo e a produção. Como já vimos, a habitação é uma das três 
necessidades básicas do ser humano, então para você saber mais.
Mercado Financeiro e de Capitais14
ACESSE:
o link: https://bit.ly/2OrEC6g
Fatores de produção 
De acordo com Assaf Neto (2014) os fatores de produção 
representam todos os bens e serviços utilizados no processo de produção 
de outros bens, utilizando tecnologias adequadas.
Pinheiro (2012) diz que são os fatores de produção (trabalho, terra, 
e capital) que definem o potencial produtivo do sistema econômico, que 
consiste na produção de uma infinidade de bens e serviços.
De acordo com Pinheiro (2012) o trabalho constitui-se de todas as 
pessoas disponíveis para trabalhar, ou seja, é a disponibilidade de mão 
de obra (trabalhadores) no sistema econômico. Em terra incluem-se os 
recursos naturais disponíveis, os quais são incorporados às atividades 
econômicas, porém depende de outros fatores, tais como: evolução 
tecnológica, avanço da ocupação territorial, das facilidades de transportes, 
etc. O capital compreende o conjunto das riquezas acumuladas pela 
sociedade, dentre elas: fábricas, edifícios, máquinas, escolas, hospitais, 
etc., é com o emprego delas que a população ativa se equipa para o 
exercício das atividades de produção.
REFLITA:
Recentemente muito tem se falado em indústria 4.0, 
Inteligência Artificial (IA), Internet das coisas (IOT). E você, 
já parou para pensar como você está se preparando para 
atender às exigências deste novo mercado de trabalho que 
está aí batendo à sua porta?
Mercado Financeiro e de Capitais 15
Definição de bens de capital, bens de consumo e 
bens intermediários 
De acordo com Vasconcelos (2013) os bens de capital são aqueles 
que são utilizados na fabricação de outros bens, mas não se desgastam 
totalmente no processo produtivo. É o caso (por exemplo, de máquinas, 
equipamentos e instalações). Os quais são usualmente classificados no 
ativo das empresas, e uma das suas características é contribuir para a 
melhoria da produtividade da mão de obra.
No que se refere os bens de consumo Vasconcelos (2013) diz 
que são aqueles que se destinam diretamente ao atendimento das 
necessidades humanas. Os quais de acordo com sua durabilidade podem 
ser classificados como duráveis (geladeiras, fogões, etc.) ou como não 
duráveis (alimentos, produtos de higiene e limpeza). Você já tinha pensado 
isso? Que de todos os produtos que você compra alguns são duráveis e 
outros não duráveis?
Vasconcelos (2013) diz que bens intermediários são transformados 
ou agregados na produção de outros bens, os quais são consumidos 
totalmente no processo produtivo (insumos, matéria prima e 
componentes). Observe que a figura a seguir mostra a máquina colhedora 
de algodão que é um bem de capital, ou seja, é utilizada no processo 
produtivo para melhoria da produtividade da mão de obra, e o algodão 
em rolos que é um bem intermediário, ou seja, matéria prima o qual é 
utilizado para produção de bens de consumo dentre eles vestuário, etc. 
Que tal depois de ler este conteúdo, você pensar que matéria prima foi 
utilizada na produção dos produtos que estão próximos de você agora!
Os bens intermediários são transformados em outro bem, por isso 
diferenciam-se dos bens de consumo que são vendidos para consumo 
ou utilização final, e os bens de capital que não são consumidos e sim 
utilizados no processo produtivo e são bens finais.
Conceito de microeconomia
De acordo com Vasconcelos (2013) a microeconomia, ou teoria 
dos preços, analisa a formação de preços no mercado, ou seja, como a 
Mercado Financeiro e de Capitais16
empresa e consumidor interagem e decidem qual o preço e a quantidade 
de determinado bem ou serviço em mercados específicos. Portanto 
a microeconomia estuda o funcionamento da oferta e demanda na 
formação do preço no mercado, isto é, o preço obtido pela interação do 
conjunto de consumidores com o conjunto de empresa que fabricam um 
determinado bem ou serviço. 
Vasconcelos (2013) diz que a análise microeconômica ou teoria dos 
preços, preocupa-se em explicar como se determina o preço dos bens e 
serviços como (por exemplo, soja e automóveis) e os fatores de produção 
(salários, aluguéis, lucros) em mercados específicos, bem como procura 
responder questões aparentemente triviais, quando o preço de um bem 
se eleva a quantidade demandada desse bem deve cair, ou quando a 
oferta de determinado bem reduz o preço aumenta. Algo comum no 
inverno é o aumento no preço do tomate e do leite. Você já pensou por 
que isso ocorre? Ficou curioso? Que tal refletir um pouco mais!
De acordo com Vasconcelos (2013) a teoria microeconômica 
representa uma ferramenta útil para estabelecer políticas estratégicas, 
dentro de um horizonte de planejamento, tanto para empresas como para 
políticas econômicas. Para empresas a análise microeconômica pode 
subsidiar as seguintes decisões: política de preços das empresas, previsões 
de demanda e de faturamento, previsões de custos de produção, decisão 
da melhor alternativa de produção, avaliação e elaboração de projetos de 
investimentos, diferenciação de mercado, etc. 
Conceito de macroeconomia
Segundo Vasconcelos (2013) a macroeconomia enfoca o 
comportamento da economia como um todo, estuda o comportamento 
dos grandes agregados nacionais, como o produto interno bruto (PIB), 
o investimento agregado, o nível geral de preços, entre outros. A teoria 
macroeconômica preocupa-se mais com aspectos no curto prazo e, 
trata de questões como o desemprego e inflação. A abordagem global 
da macroeconomia tem a vantagem de estabelecer relações entre 
grandes agregados permitindo uma maior compreensão de algumas das 
interações mais relevantes da economia, entre os mercados de bens e 
Mercado Financeiro e de Capitais 17
serviços, o “mercado” monetário, financeiro e cambial, e o mercado de 
trabalho. Os objetivos da política macroeconômica são: alto nível de 
emprego, estabilidade de preços, distribuição de renda social justa e 
crescimento econômico. 
SAIBA MAIS:
Taxa de desemprego no Brasil cai para 11,8% revela IBGE, 
https://bit.ly/3euen9W. A partir dos seus conhecimentos de 
economia, leia atentamente a informação disponível no link e 
reflita qual o impacto que o conteúdo desta notícia apresentou 
para a economia.
Conceito de economia internacional
De acordo com Vasconcelos (2013) a economia internacional 
analisa as relações econômicas entre residentes e não residentes do 
país, os quais envolvem transações com bens e serviços e transações 
financeiras. Vasconcelos (2013) diz que atualmente do ponto de vista 
econômico, o mundo se apresenta crescentemente interligado, seja por 
fluxos comerciais, seja por fluxos financeiros, o que é fundamental para 
a maioria dos países, inclusive para o Brasil. Você sabe o que é Brexit e 
como ele impacta na economia Internacional? Que tal saber um pouco 
mais! Então acesse o link a seguir. https://bbc.in/2On7tZD
Você já parou para pensar o que leva os países a comercializarem 
entre si? Então, muitas explicações podem ser levantadas. Vasconcelos 
(2013) diz que pode ser a diversidade de condições de produção, ou a 
possibilidade de redução de custo na produção de determinado bem 
vendido para um mercado global, etc.
Obstfeld (2013) diz que provavelmente a percepção isolada mais 
importante de toda a economia internacional é que existem ganhos do 
comércio, ou seja, quando os países vendem bens e serviços uns com 
os outros, essa troca quase sempre acarreta benefício para ambos. 
Embora as nações geralmente ganhem com o comércio internacional, 
Mercado Financeiro e de Capitais18
é bem possível que determinados grupos sejam prejudicados. E você já 
comprou algum produto importado? Se sua resposta é não porque nunca 
comprou nada nos sites de importados. Pense mais um pouco elembre 
quando você vai ao supermercado quantos produtos importados você 
encontra lá. Sem falar no diversos produtos que você compra e que talvez 
nem sabe que na sua fabricação vou utilizada matéria prima importada. 
Lembrou de algo? Tenho certeza que sim.
Figura 1 – Os continentes
Fonte: Wikimedia
VOCÊ SABIA?
 Que a China é o país que mais exporta produtos para o 
Brasil e que também é o país que mais importa produtos 
e matéria prima do Brasil, bem como é um dos países que 
possui a melhor estrutura logística no que se refere a portos 
e aeroportos?
 Importação é tudo o que um determinado país compra de outro, 
ou seja, pegando o Brasil como referência, é tudo o que o Brasil compra 
de outros países. Exportação, é tudo o que vendido para outros países, 
citando o Brasil com exemplo, é tudo o que O Brasil vende para outros 
países. Quando o país importa mais que exporta temos um déficit na 
Mercado Financeiro e de Capitais 19
Balança Comercial, e quando exporta mais que importa tem-se um 
superávit. Para a economia do país é melhor que se exporte mais, pois 
se exportamos mais temos que produzir mais e produzindo mais se gera 
mais emprego, as pessoas empregadas vão movimentar outros setores da 
economia. E podemos relacionar este exemplo com o que foi abordado 
no tópico 1.1 nos conceitos de economia. Viu como é importante entender 
sobre economia? 
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente 
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir 
tudo o que vimos. Você deve ter aprendido o que é economia, 
os principais conceitos e qual o impacto da economia no dia a 
dia de cada pessoa e nas empresas.
Mercado Financeiro e de Capitais20
Políticas econômicas
INTRODUÇÃO:
 Ao término deste capítulo você será capaz de conhecer os 
principais conceitos da política econômica, suas principais 
aplicações e a relação com o mercado financeiro. Isto 
será fundamental para o exercício de sua profissão, pois as 
políticas econômicas possuem relação direta com finanças e 
com o mercado financeiro, estão sempre presentes na vida 
das pessoas e das empresas e merecem atenção especial. E 
então? Motivado para desenvolver esta competência? Então 
vamos lá. Avante!
Definições e objetivos das políticas 
econômicas
Segundo Lagioia (2011) o estado exerce suas atividades por meio da 
política econômicas e tem como objetivo promover o desenvolvimento 
econômico, buscar o pleno emprego e sua estabilidade, equilibrar o 
volume financeiro das transações econômicas com o exterior, buscar a 
estabilidade de preços e o controle da inflação e promover a distribuição 
das riquezas e das rendas. Você sabe como esta teoria se aplica na 
realidade? Ainda não. Então acesse o link a seguir e veja um exemplo. 
https://bit.ly/2CD53mQ
De acordo com Assaf Neto (2014) a gestão da economia visa atender 
às necessidades de bens e serviços da sociedade e atingir determinados 
objetivos sociais e macroeconômicos, como emprego, estabilidade de 
preços, crescimento econômico, etc. Para que isso ocorra o governo atua 
por meio de políticas econômicas, que são identificadas principalmente 
por meio das políticas monetária, fiscal e cambial. Assaf Neto (2014) diz 
que as políticas econômicas são mais eficientes quando são aplicados 
em mercados financeiros mais desenvolvidos, pois em mercados menos 
evoluídos o governo costuma promover maior intervenção no mercado, 
Mercado Financeiro e de Capitais 21
que pode ser, por exemplo, por meio da fixação das taxas de juros, 
controle direto do crédito e subsídios ao setor produtivo.
Quanto à política econômica, Souza e Clemente (2012) dizem que é 
desnecessário enfatizar a importância das políticas monetárias, creditícia, 
fiscal e de comércio exterior, visto que as decisões governamentais nessas 
áreas afetam tanto direta quanto indiretamente os resultados econômicos 
das empresas. 
EXEMPLO: Em um cenário de grande instabilidade em que a taxa 
de inflação for elevada, os preços tendem a variar e não será possível 
fazer estimativas satisfatórias sobre os preços dos insumos, etc. com isso 
reduz o nível de investimento, pois a incerteza se apresenta como um 
freio para sobre os investimentos. Por outro lado, se os preços e as regras 
que afetam os lucros das empresas estiverem estáveis, os empresários 
estarão dispostos a realizar investimentos, pois criam fortes expectativas. 
Cavalcante, Misumi e Rudege (2009) dizem que a taxa de juros, 
impostos e câmbio, dependendo da maneira como são utilizados 
caracterizam um conjunto de ações com objetivos bem definidos que 
são conhecidos como políticas. A seguir estudaremos algumas políticas. 
Vamos lá! 
Política monetária 
Segundo Vasconcelos (2013) a política monetária refere-se à 
atuação do governo sobre a quantidade de títulos públicos disponíveis 
na economia. De acordo com Kerr (2011) a política monetária é a parte da 
política econômica global do governo que controla a oferta de moeda 
e as taxas de juros, com o objetivo de manter a estabilidade da moeda, 
manter o equilíbrio do balanço de pagamentos e buscar pleno emprego. 
O principal órgão do governo executor da política monetária é o Banco 
Central. Você sabe quais são as outras funções que o Banco Central 
exerce? Ainda não? Que tal acessar o site e ver o que mais o BACEN tem 
para lhe ensinar! www.bcb.gov.br
Mercado Financeiro e de Capitais22
Cavalcante, Misumi e Rudege (2009) dizem que para a administração 
das políticas visando a área econômica e financeira, o governo brasileiro 
adotou procedimentos para a efetiva concentração da autoridade 
monetária no Banco Central.
Lagioia (2011) diz que a política monetária pode ser definida como 
o controle da oferta da moeda e das taxas de juros que garantam a 
liquidez ideal de cada momento econômico, ou seja, é como o estado 
controla a quantidade de dinheiro que circula na economia, que quando 
bem utilizadas contribui para alcançar os seguintes objetivos: a expandir a 
econômica e o pleno emprego, minimizar a inflação e equilibrar a balança 
de pagamentos.
De acordo com Cavalcante, Misumi e Rudege (2009) a autoridade 
monetária não consegue interferir diretamente no cotidiano dos agentes 
econômicos para aumentar ou reduzir o nível de consumo, portanto para 
assegurar a liquidez da economia e assim elevar o nível de emprego, 
manter a estabilidade de preços e sustentar uma taxa de crescimento 
econômico adequada, a autoridade monetária precisa induzir os agentes 
econômicos a alterar o perfil dos seus gastos.
Política fiscal 
De acordo com Vasconcelos (2013) a política fiscal são todos os 
instrumentos que o governo dispõe para arrecadar tributos e controlar 
suas despesas. Segundo Lagioia (2011) o responsável pela política fiscal é 
o Congresso Nacional, o qual aprova os orçamentos do Governo Federal. 
Assaf Neto (2014) diz que quando o governo modifica a carga tributária, 
isso impacta na renda do consumidor, pois ao aumentar a carga tributária 
dos consumidores, o governo está diminuindo a renda disponível deles e 
em consequência o reduz o consumo agregado, pois se o consumidor tem 
que pagar mais impostos ele tem que reduzir seus níveis de poupança, a 
quantidade de bens e serviços que costuma adquirir, ou seja, um aumento 
de impostos tem por contrapartida uma redução no consumo por parte 
da população (demanda agregada). Você quer saber quanto o Brasil, seu 
Mercado Financeiro e de Capitais 23
estado, a capital de seu estado, sua cidade, etc, já arrecadou de tributos 
este ano até o momento? Então acesse o link a seguir. 
https://bit.ly/306hCiY
No que refere-se ao governo elevar os impostos das empresas 
Lagioia (2011) diz que as duas grandes repercussões previstas são a 
redução dos resultados, o que torna o capital investido menos atraente, e 
a menor capacidade de investimentos, pois por acumular menores fluxos 
de caixa asempresas tornam-se mais dependentes de empréstimo para 
financiar suas atividades. Kerr (2011) diz que ao aumentar a carga tributária 
das empresas o governo causa a redução da atratividade do investimento 
de capital e reduz a capacidade de investir das empresas. Portanto, a 
alteração na cobrança de impostos causa modificações na economia no 
que se refere consumo e investimento. 
Política cambial
De acordo com Kerr (2011) a política cambial diz respeito à gestão 
das taxas de câmbio e ao controle das operações cambiais, a política 
cambial influencia diretamente nas transações internacionais de um país, 
tais como: remessas de capitais, empréstimos estrangeiros e saldo da 
balança comercial. No que se refere à taxa de cambio Assaf Neto (2014) 
diz que ela representa o valor com que a autoridade monetária de um 
país aceita negociar sua moeda, ou seja, vender a moeda de sua emissão 
ou adquirir.
Assaf Neto (2014) diz também que um câmbio encontra-se 
valorizado quando se necessita de menor volume de moeda nacional 
para comprar um mesmo volume de moeda estrangeira, nesta situação 
o ambiente econômico encontra-se favorável aos importadores, pois se 
pode adquirir produtos por um valor mais baixo. Por outro lado, quando 
é necessária mais moeda nacional para se comprar o mesmo volume de 
moeda estrangeira o câmbio está desvalorizado e torna-se atraente para 
os exportadores, pois podem receber um valor maior de moeda por seus 
produtos vendidos para o exterior.
Mercado Financeiro e de Capitais24
Cavalcante, Misumi e Rudege (2009) dizem que a administração 
da política cambial é uma das atividades fundamentais dos governos de 
países bem sucedidos, pois intervenções desastrosas no mercado de 
câmbio podem arruinar o crédito de um país. Provavelmente você muitas 
vezes já ouviu nos telejornais que o dólar fechou em alta ou em baixa. 
Como vimos a política cambial tem grande impacto na economia. Que tal 
aprender um pouco mais. https://bit.ly/2Zwuvnr
Política macroeconômica 
De acordo com Vasconcelos (2013) a macroeconômica estuda a 
economia como um todo e, que essa abordagem da macroeconomia 
possibilita uma compreensão maior das interações da economia com os 
mercados de bens e serviços, o “mercado” monetário, financeiro, cambial, 
e o mercado de trabalho, e dessa forma representa um importante 
instrumento para a política e a programação econômica.
Conforme Pinheiro (2012) o desempenho da economia reflete 
na Bolsa de valores, pois se a economia vai bem, as empresas têm a 
possibilidade de obter bom desempenho e consequentemente suas 
ações subirão, provocando uma alta da bolsa. Com isso possibilitando que 
sejam realizadas previsões que resultarão em grandes oportunidades de 
ganhos nos investimentos em ações. Pinheiro (2012) diz que as variáveis 
macroeconômicas que mais impactam na bolsa de valores são: nível 
de preços “inflação”, PIB, população, investimento direto estrangeiro, 
exportações globais, importações globais, desemprego, taxa de juros 
Selic, reservas internacionais, taxa de câmbio. 
VOCÊ SABIA?
 Que em março de 2017 a BMF&BOVESPA fez uma fusão com 
a Cetip, criando a B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) se tornando a 5ª 
maior Bolsa de Valores do Mundo.
Mercado Financeiro e de Capitais 25
Pinheiro (2012) diz também, que com a globalização as economias 
estão cada vez mais relacionadas e as bolsas seguem o mesmo caminho. 
Indicadores econômicos 
Segundo Lagioia (2011) os reflexos da política econômica de um 
país são expressos por indicadores, que são um conjunto de dados que 
dão ideia da situação da economia de um país, estado ou município, em 
determinado período de tempo, os indicadores econômicos podem ser 
utilizados em analises isoladamente ou de forma combinada, os principais 
são: Produto Interno Bruto (PIB), Produto Nacional Bruto (PNB), Índice de 
Inflação, Taxa de Cambio, Taxa Selic e Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP).
Produto Interno Bruto (PIB)
De acordo com Lagioia (2011) o Produto Interno Bruto (PIB) 
corresponde à soma de tudo o que é produzido dentro de um esperado 
espaço geográfico em um determinado período de tempo o qual 
geralmente é utilizado é de um ano, mas podem ser realizadas divulgações 
trimestrais e semestrais. https://bit.ly/3fwbMhk
Produto Nacional Bruto (PNB)
Lagioia (2011) diz que o Produto Nacional Bruto (PNB) é o resultado 
de tudo o que foi produzido pelos agentes econômicos de determinado 
país, em qualquer parte do mundo, enquanto que o PIB considera 
somente o que foi feito dentro de um país.
EXEMPLO: Se uma empresa brasileira constrói uma estrada na 
Inglaterra, o faturamento referente a essa estrada entra no PNB, mas não 
entra no PIB, já se a grife italiana Gucci vende uma bolsa no Brasil, o valor 
da venda entra no PIB brasileiro, mas não entra no PNB do nosso país. 
De acordo com Lagioia (2011) o comportamento do PIB ou PNB é 
um dos indicativos da saúde econômica de um país, pois determina o 
risco país e a cotação de papéis no mercado financeiro internacional.
Mercado Financeiro e de Capitais26
Índices de inflação
Os índices de inflação conforme Lagioia (2011) correspondem à 
média das variações dos preços dos produtos consumidos pelas famílias 
das diferentes faixas de renda e em diversas regiões brasileiras. 
EXEMPLO: Imagine uma família em que cada pessoa tem hábitos 
de consumo diferente e, portanto consomem produtos diversos. Sendo 
que o pai compra seus ternos e gravatas, a mãe compra os vestidos, e a 
filha a maquiagem. Todos esses produtos variam de preços, e dessa forma, 
cada pessoa “observa” sua própria inflação. Da mesma forma, as cidades e 
as regiões do país consomem artigos diferentes e quantidades diferentes 
dos mesmos artigos e para apurar a inflação os órgãos responsáveis 
fazem médias de consumo, por extensão das cidades, regiões, etc.
De acordo com Lagioia (2011) no Brasil, existem vários índices que 
registram a inflação e estão divididos em três grandes grupos, que são: 
o índice de preços ao consumidor (IPC); índice geral de preços (IGP) e 
índices de preço ao consumidor de São Paulo (IPC / FIPE) 
Lagioia (2011) diz que os índices de preços ao consumidor, possuem 
cobertura nacional, é apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística (IBGE), e dividem em duas categorias, sendo o Índice Nacional 
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atualmente é o índice oficial do 
Brasil, por ser considerado um indicador mais relevante do ponto de vista 
da política monetária, ele verifica a variação dos preços dos produtos 
consumidos pelas famílias que possuem renda entre 1 e 40 salários-
mínimos, e foi escolhido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) como 
referência para o sistema de metas da inflação, o qual é utilizado desde 
1999. E o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) muito utilizado 
nos dissídios salariais, pois representa a variação de preços dos artigos 
consumidos por famílias que ganham até oito salários mínimos e residem 
nas áreas urbanas.
De acordo com Lagioia (2011) os índices gerais de preços, são 
apurados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e se dividem em três 
categorias, sendo o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), Índice 
Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) e o Índice Geral de 
Mercado Financeiro e de Capitais 27
Preços – Versão 10 (IGP-10), os indicadores da “família IGP) são muito 
utilizados no mercado financeiro, como para balizar as correções de 
alguns títulos emitidos pelo Tesouro Nacional e Depósitos Bancários 
com renda pós- fixada acima de um ano, também são utilizados para 
correção dos contratos de aluguel e como indexador de algumas tarifas 
como energia elétrica. Os IGPs são compostos pelo Índice de Preços por 
Atacado (IPA), Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice Nacional 
de Custos da Construção Cívil (INCC). O que diferencia entre cada um dos 
índices da família IGP é somente o período de coleta dos preços, sendoque para o IGP-M são feitas três apurações mensais, enquanto que para o 
IGP-DI e IGP-10 são realizadas apenas uma apuração mensal. E agora que 
você já sabe os conceitos sobre índices de preços. Conseguiu associar o 
conteúdo a algum fato da realidade?
De acordo com Lagioia (2011) os índices de preços ao consumidor 
de São Paulo é apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas 
(FIPE), da Universidade de São Paulo (USP), ele mede a variação de preços 
para consumidores na cidade de São Paulo com base nos gastos de quem 
ganha de um a vinte salários mínimos, o período de pesquisas ocorre 
a partir do primeiro ao último dia útil de cada mês. É o mais tradicional 
indicador da evolução do custo de vida das famílias paulistanas e um dos 
mais antigos do Brasil, o qual teve início em 1939.
Taxa de câmbio
De acordo com Lagioia (2011) a taxa de câmbio é o valor que a moeda 
de um país possui em relação a outra moeda, apesar no nome “taxa” é um 
valor e não um “percentual”. Pra entender melhor como funciona, vejam os 
exemplos a seguir, quando se fala em “câmbio de compra” estamos nos 
referindo ao valor pelo qual o agente financeiro que pode ser o banco ou 
casa de câmbio, etc., está comprando a moeda, por outro lado, quando se 
fala em “câmbio de venda” estamos falando do valor pelo qual o agente 
financeiro está vendendo a moeda.
Segundo Ferreira (2012) a taxa de câmbio é o preço em moeda 
nacional de uma moeda estrangeira, o qual permite calcular a relação de 
troca, ela influência diretamente no desempenho das bolsas de valores, 
Mercado Financeiro e de Capitais28
uma vez que afeta toda a economia. Quer saber como isso acontece? Vou 
lhe dar um exemplo.
EXEMPLO: Uma queda na taxa de câmbio induz um aumento nas 
exportações e para atender a essa demanda as empresas tendem a 
produzir mais e a contratar mais mão de obra, como consequência as 
empresas crescem e a economia também e a bolsa de valores que reflete 
o desempenho da economia apresentará uma alta, em função da queda 
na taxa de câmbio.
Taxa Selic 
Lagioia (2011) diz que o Sistema Especial de Liquidação e Custódia 
(Taxa Selic) é a taxa média ponderada e ajustada das operações de 
financiamento por um dia, lastreadas em títulos públicos, é a partir dessa 
taxa que o governo vai oferecer ao mercado os seus títulos.
Assaf Neto (2012) diz que os títulos negociados no SELIC 
normalmente apresentam elevada liquidez e risco reduzido, visto que são 
títulos públicos emitidos pelo poder público, sendo que as taxa desses 
títulos negociados constituem-se na principal referência no mercado para 
a formação das taxas de juros. A taxa SELIC é normalmente expressa em 
taxa anual.
 • Títulos públicos: Podem ser emitidos pela União, Estados 
e Munícipios, é uma importante alternativa de captação 
de recursos para o governo, bem como, apresentam-se 
como uma interessante oportunidade de investimentos 
para os aplicadores de mercado em geral, que podem ser 
pessoas físicas e jurídicas. 
Taxa de juros de longo prazo (TJLP)
De acordo com Lagioia (2011) a Taxa de Juros de Longo Prazo 
(TJLP) é utilizada para remunerar empréstimos de longo prazo, possui um 
período de vigência de um trimestre-calendário, é fixada pelo Conselho 
Monetário Nacional e divulgada até o último dia útil do trimestre.
Mercado Financeiro e de Capitais 29
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente 
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir 
tudo o que vimos. Você deve ter aprendido os principais 
conceitos da política econômica, suas principais aplicações e 
a relação com o mercado financeiro.
Mercado Financeiro e de Capitais30
Noções de finanças
INTRODUÇÃO:
Ao término deste capítulo você será capaz de compreender os 
principais conceitos de finanças e como as finanças funcionam 
no cotidiano, quais os objetivos e funções de finanças. Isto será 
fundamental para o exercício de sua profissão, pois a gestão 
financeira é indispensável para o sucesso da empresa e a 
satisfação dos acionistas. E então? Motivado para desenvolver 
esta competência? Então vamos lá. Avante!
Objetivo das empresas 
De acordo com Hoji (2012) as empresas brasileiras com fins 
lucrativos, possuem como objetivo financeiro a maximização de seu 
valor de mercado, pois com a empresa consegue contribuir para o 
desenvolvimento da sociedade e de seus colaboradores. Ainda segundo 
Hoji (2012) a empresa, seja ela industrial, comercial, de prestação de 
serviços, etc., contribui para o desenvolvimento da sociedade produzindo 
bens e serviços, pois ela processa recursos e fornece produtos, bens e 
serviços, dessa forma interagindo com o ambiente ao seu redor e assim 
cumprindo com seu papel na sociedade. Observe a Figura 2 e procure 
analisar onde você consegue se incluir e contribuir com o desenvolvimento 
da sociedade. Que tal? Tenho certeza que você faz parte.
De acordo com Hoji (2012) a empresa deve ser vista como um 
sistema de geração de lucro, em que os proprietários, ou acionistas, 
injetam recursos com a finalidade de obter o retorno proporcional ao risco 
assumido, e para que a empresa produza o retorno adequado para os 
acionistas, os administradores e empregados que representam a empresa 
perante terceiros, devem interagir com os agentes externos para obter os 
resultados desejados em suas transações, conforme mostra a Figura 3.
Mercado Financeiro e de Capitais 31
Figura 2 – A empresa como um sistema aberto.
Figura 3 – Visão da empresa como um sistema de geração de lucro.
Fonte: Adaptado pelo autor
Fonte: Adaptado pelo autor
Mercado Financeiro e de Capitais32
Objetivos de finanças 
Segundo Padoveze (2016) o objetivo de finanças é a maximização 
do lucro, maximização da riqueza e criação de valor, e que a maximização 
do lucro é o principal objetivo de finanças, sendo considerado o propósito 
mais importante da atividade financeira. Porém, é possível fazer uma 
distinção entre os conceitos de maximização do lucro e maximização da 
riqueza.
Padoveze (2016) diz que o conceito de maximização do lucro parte 
da equação contábil de que o lucro é resultante das receitas menos as 
despesas. Porém, apesar de lógico este conceito pode não conduzir as 
empresas a uma melhor situação, pois a obtenção de um bom lucro não 
quer dizer que o futuro da empresa será beneficiado, visto que o conceito 
de maximização do lucro tem a visão no curto prazo e não permitindo 
uma visão no longo prazo. Sendo que, os acionistas investem pensando 
em dividendos recorrentes e contínuos ao longo prazo, razão porque 
gestões de aumento do lucro no curto prazo podem estar em desacordo 
com os interesses dos acionistas. 
Ainda de acordo com Padoveze (2016) administradores das 
empresas com interesses dissociados dos acionistas podem tomar 
decisões que levem a obter um excelente lucro, mas comprometer o 
futuro da empresa. Alguns exemplos de possibilidades que podem levar 
a tais resultados são: redução ou suspensão dos gastos com treinamentos 
e capacitação de funcionários; redução dos gastos com desenvolvimento 
de novos produtos; redução ou suspensão dos investimentos em 
modernização do parque operacional; aumento do volume de vendas 
por meio de descontos de preços, aumentando o valor do lucro, mas 
diminuindo a lucratividade dos produtos. Portanto, esses tipos de decisão 
estão associados ao objetivo de obtenção de maior lucro em determinado 
período e não remete a geração de lucro futuro. 
Conforme Padoveze (2016) a maximização da riqueza é o mesmo 
que criação de valor, pois a criação de valor representa o aumento da 
riqueza e maximizando-se a riqueza, maximiza-se o valor. Sendo que, a 
riqueza compreende o valor patrimonial de alguém ou de uma empresa, 
Mercado Financeiro e de Capitais 33
o qual é mensurado economicamente e, inclui todos os investimentos 
líquidos de suas dividas e os lucros gerados poresses investimentos até 
o momento da mensuração da riqueza. O valor da riqueza dos acionistas 
é representado nas demonstrações financeiras pelo valor do capital 
próprio ou patrimônio liquido. Para que você possa melhor entender o 
que são demonstrações financeiras, estou lhe disponibilizando o acesso 
aos demonstrativos financeiros da empresa AMBEV, acessando o link a 
seguir você poderá pesquisar as informações financeiras que desejar, da 
empresa AMBEV. https://bit.ly/3gWzd3n
Funções de finanças
Para Padoveze (2016) as principais funções de finanças decorrem 
das decisões de investimento, de financiamento e de dividendos, as quais 
os administradores são levados a tomar no cotidiano, com o objetivo de 
criar valor para a empresa e para os acionistas. 
Decisão de investimento
Padoveze (2016) diz que a decisão de investimento é a mais importante 
das três, pois é a própria razão de ser de um empreendimento, ou seja, 
um investimento para gerar produtos e serviços e, consequentemente, 
por meio destes, gerar resultados. A decisão de investir é a mais complexa 
das decisões financeiras, pois envolve incerteza em todo o seu processo, 
visto que trabalha com um intervalo de tempo no presente para uma 
recuperação no futuro.
De acordo com Hoji (2012) um investimento pode ser representado 
por aquisição de uma empresa, expansão de operação, implantação de 
software, etc., os quais irão gerar resultados econômicos durante sua 
vida útil, porém, as decisões de investimentos devem ser tomadas com 
base em informações cuidadosamente analisadas, pois comprometem a 
riqueza de uma empresa por longo tempo e seu retorno efetivo pode 
ser estimado somente no presente, e por isso acaba gerando incerteza. 
Hoji (2012) diz que para a tomada de decisão, um investimento deve ser 
comparável com outro investimento. 
Mercado Financeiro e de Capitais34
EXEMPLO: Deve-se fazer a comparação entre a compra de um 
equipamento novo ou a manutenção do equipamento antigo; a instalação 
de uma fábrica nova ou o aumento da capacidade de produção da fábrica 
existente; investir em gastos em pesquisas e desenvolvimento ou comprar 
tecnologia existente no mercado. 
Ainda de acordo com Hoji (2012) a engenharia econômica tem a 
finalidade de possibilitar a escolha da melhor alternativa de investimento, 
utilizando métodos de análise específicos, que demonstrem com clareza 
os retornos sobre os investimentos, considerando os níveis de riscos 
assumidos, e assim proporcionem a otimização dos recursos. Pense, em 
alguma decisão de investimento que você teve que fazer em sua vida 
pessoal. Você teve que analisar uma série de questões antes de tomar a 
decisão. Porém nas empresas existem ferramentas que dão suporte para 
tomar as decisões de forma a reduzir os riscos.
Conforme Souza e Clemente (2012) um investimento, para a 
empresa, é um desembolso feito visando gerar um fluxo de benefícios 
futuros, usualmente superior a um ano, porém a decisão de investir é de 
natureza complexa, pois depende do retorno esperado e, quanto maiores 
forem os ganhos futuros, mais atraentes esse investimento parecerá para 
qualquer investidor, porém os ganhos futuros não são certos, e temos 
dois fatores que devem ser analisados, que são os retornos esperados 
que atraem os investidores e o risco que o afasta. Portanto, para a decisão 
de investimento é necessário realizar a estimativa do retorno esperado e 
do grau de risco associado a esse retorno.
Padoveze (2016) diz que as propostas de investimentos envolvem 
riscos, visto que os benefícios futuros não são conhecidos e que o 
capital investido tem um custo financeiro ou de capital, e que o mesmo 
deve ser recuperado para justificar o investimento e o risco e, portanto, 
algumas variáveis devem ser analisadas para a tomada de decisão, 
citando-se como exemplo algumas: o valor do investimento; o período 
previsto de operacionalização do investimento; os fluxos futuros de lucros 
e caixa previstos pelo investimento durante o período previsto; o risco 
envolvido no investimento; o custo de capital. No que se refere ao balanço 
patrimonial, a decisão de investimento está no ativo.
Mercado Financeiro e de Capitais 35
Hoji (2012) diz que é importante realizar a avaliação econômico-
financeira de investimento para avaliar o fluxo de caixa futuro gerado pelo 
investimento realizado, visto que, existe o desembolso inicial e espera-se 
que o fluxo de caixa líquido seja positivo em períodos futuros.
Decisão de financiamento
De acordo com Padoveze (2016) a decisão de financiamento é 
a segunda decisão mais importante, pois o administrador financeiro 
é responsável por determinar o melhor mix de financiamento para o 
projeto ou estrutura de capital da empresa, seja, capital próprio e capital 
de terceiros. A decisão de financiamento envolve algumas variáveis, tais 
como: o montante do investimento; a disponibilidade de fundos de capital 
próprio e / ou de terceiros; o risco do investimento; o custo de capital 
das fontes de financiamento. No que se refere ao balanço patrimonial, a 
decisão de financiamento está ligada ao passivo.
NOTA:
Capital próprio: é obtido por meio de integralização de ações 
preferenciais e ordinárias e com os lucros retidos; Capital 
de terceiros: pode ser obtido por meio de empréstimos, 
financiamentos e emissão de títulos de dívida.
Padoveze (2016) diz que a integralização de capital social é a principal 
fonte de recursos próprios, se a empresa for limitada, o dinheiro injetado 
na empresa a título de capital social é registrado sob o nome de cotas e, se 
a empresa for uma sociedade anônima, seja de capital aberto ou fechado, 
é registrada sob o nome de ações. A outra fonte de recursos próprios é a 
reinversão de lucros, na qual a parcela de lucros obtidos em cada período 
que não é distribuída entre os acionistas, é automaticamente reinvertida. 
Porém, a reinversão de lucros só se justifica se os investimentos na própria 
empresa apresentarem rentabilidade superior ao custo de oportunidade 
de capital do acionista.
Mercado Financeiro e de Capitais36
NOTA:
As empresas de sociedade anônima de capital aberto têm 
registro nas bolsas de valores transações com suas ações 
são feitas num mercado aberto e organizado, com cotações 
a todo instante e garantias que um mercado organizado, 
monitorado pela CVM, pode dar. Enquanto que as ações das 
empresas de sociedade anônima de capital fechado não têm 
um mercado organizado e são transacionadas no mercado 
de balcão, que não oferece possibilidade usual de oferta ao 
público, tendo assim um grau maior de dificuldade, pois não 
há demandante e ofertantes conhecidos no mercado aberto.
Hoji (2012) diz que são inúmeras as modalidades de financiamento 
existentes no mercado financeiro, sendo que as fontes de capital de 
terceiros podem ser tanto financiamentos quanto empréstimos e, portanto, 
os empréstimos e financiamentos podem ser em moeda nacional ou 
estrangeira. Os principais empréstimos e financiamentos de capital de 
terceiros realizados em moeda nacional são: capital de giro, desconta de 
títulos, Hot Money, conta garantida, factoring, debêntures e recursos do 
BNDES. Enquanto os principais empréstimos e financiamentos em moeda 
estrangeira são: adiantamento sobre contratos de câmbio, financiamento 
de importação, arrendamento mercantil, etc.
Segundo Hoji (2012) os empréstimos para capital de giro são 
fornecidos por meio de contrato no qual são estabelecidas as condições 
gerais e específicas da operação como valor, vencimento e a taxa de 
juros. Podem ser exigidas garantias, tais como: duplicatas, hipotecas, etc. 
Com relação ao desconto de títulos Hoji (2014) diz que o cedente da 
duplicata ou nota promissória transfere ao banco o direito de recebê-los 
nos respectivos vencimentos, recebendo antecipadamente o valor líquido 
dos títulos após descontados os juros. No vencimento, o devedor paga o 
valor do título ao banco, quebaixa da responsabilidade do cedente.
Mercado Financeiro e de Capitais 37
Hot Money de acordo com Hoji (2012) é um empréstimo de curtíssimo 
prazo, geralmente de um dia a uma semana, a taxa de juros é baseada no 
CDI, acrescida de spread do banco e impostos, devido a cobrança de IOF 
e CPMF, etc., o custo efetivo pode tornar-se excessivamente alto.
Conforme Hoji (2012) a conta garantida é para pessoa jurídica, na 
qual o banco abre uma conta de crédito para a empresa, a qual saca o 
valor de acordo com a necessidade e até o limite estabelecido, pode 
cobrir o saldo a qualquer tempo, sendo os encargos financeiros pagos 
periodicamente.
Factoring de acordo com Hoji (2012) é uma operação de fomento 
comercial, na qual os direitos creditórios sobre a duplicatas são cedidos 
para a empresa de factoring, está operação não é regulamentada pelo 
Banco Central. Por seu custo final ser mais alto que os praticados pelos 
bancos são normalmente utilizados por empresas de pequeno e médio 
porte que têm dificuldades em obter linhas de crédito em bancos.
Hoji (2012) diz que debêntures é um título emitido por sociedades 
anônimas de capital aberto, para captar recursos de médio e longo prazo 
no mercado financeiro.
Segundo Hoji(2012) o BNDES fornece linhas de financiamento de 
máquinas e equipamentos de fabricação (FINAME); financiamento à 
exportação de máquinas e equipamentos, entre outras.
Para Hoji (2012) o adiantamento sobre contratos de câmbio é um 
incentivo à exportação, devido a isso seu custo é mais baixo do que a 
taxa de mercado, o exportador de posse do contrato de fornecimento 
ou pedido de compra e recebe o valor equivalente em moeda local, 
convertido pela taxa de câmbio da data da operação. A operação pode 
ser realizada antes do embarque e recebe o nome de ACC ou após o 
embarque que passa a chamar-se ACE. E aí, ficou interessado no assunto 
e quer saber mais? https://bit.ly/2CC7beY
Em relação ao financiamento da importação, Hoji (2012) diz que os 
bens adquiridos no exterior podem ser financiados, e que em vez de o 
importador pagar as compras à vista, o banco paga a vista o exportador e 
Mercado Financeiro e de Capitais38
importador fica devendo para o banco e pagará de acordo com o vencimento 
definido. É uma modalidade de crédito muito utilizada por empresas de 
importação, disponíveis em diversos bancos comerciais, porém para que 
você possa aprofundar um pouco mais seus conhecimentos disponibilizo 
o link do banco do Brasil, o qual também apresenta outras modalidades 
de crédito para empresas. Ficou interessado? https://bit.ly/32ttEWv
Arrendamento mercantil de acordo com Hoji (2012) é uma forma de 
financiamento de bens do Ativo Imobilizado, na qual por meio do Leasing 
uma empresa arrenda um bem do fabricante, o bem pode ser móvel ou 
imóvel, de fabricação nacional ou estrangeira, mediante pagamentos 
mensais, trimestrais, etc. durante a vigência do contrato.
Decisão de dividendos
De acordo com Padoveze (2016) a decisão de dividendos é a terceira, 
e ela complementa as outras duas já citadas anteriormente, uma vez que 
trata do retorno do capital aos investidores após a geração de lucros e 
criação de valor, pois implica na decisão de distribuir ou reter os lucros 
obtidos. Sendo que, a distribuição de dividendos determina a parcela de 
lucros que fica retido na empresa, a qual deve ser analisada em relação 
ao custo de oportunidade de autofinanciamento, a decisão de dividendos 
deve ser analisada sempre em relação à decisão de financiamento. No 
que refere ao balanço patrimonial à decisão de dividendos está ligada ao 
passivo.
Tomada de decisão financeira e custo de capital
De acordo com Padoveze (2016) no que se refere às decisões 
financeiras e o custo de capital, a administração financeira se embasa na 
solução dessas três decisões (investimento, financiamento e dividendos), 
pois elas estão inter-relacionadas e juntas elas determinam o valor da 
empresa para os acionistas. Sendo que, o custo de capital das fontes de 
financiamento determina a avaliação do projeto de investimento e sua 
aceitação ou não, enquanto que, os lucros gerados pelo investimento 
devem cobrir o custo de capital, remunerando as fontes próprias e de 
terceiros e gerando o valor adicionado para a empresa e os acionistas, e 
Mercado Financeiro e de Capitais 39
após a remuneração das fontes de financiamento de terceiros, a distribuição 
de dividendos justifica o investimento de capital dos acionistas. Portanto, 
o custo de capital é o elemento que integra as decisões de investimentos, 
financiamentos e dividendos.
Intermediação financeira 
Pinheiro (2012) define intermediação financeira como uma atividade 
que tem por finalidade viabilizar o atendimento das necessidades 
financeiras de curto, médio e longo prazo dos agentes econômicos 
deficitário. Ou seja, os que necessitam de recursos, ao mesmo tempo 
aplicando o excedente monetário dos agentes econômicos superavitários, 
os poupadores que estão dispostos a realizar transações financeiras no 
mercado financeiro, para melhor entender observe a Figura 3.
Figura 4: Intermediação financeira
Fonte: Adaptado pela autora
De acordo com Pinheiro (2012), o processo de intermediação 
financeira funciona por meio da transferência de recursos entre ofertadores 
de recursos que podem ser pessoas físicas, pessoas jurídicas e governo 
federal, estadual e municipal, que possuem recursos excedentes, por 
outro lado os tomadores de recursos também podem ser pessoas físicas, 
pessoas jurídicas e governo federal, estadual e municipal, que necessitem 
de recursos, e a intermediação de compra dos recursos dos ofertadores 
e os vende aos tomadores é realizada por (bancos; caixas econômicas; 
sociedade de crédito imobiliário; factoring; sociedades de crédito, 
financiamento e investimento; sociedade de crédito mercantil, etc.), sendo 
as transferências viabilizadas por meio de mercados financeiros. Você 
certamente em algum momento já foi poupador ou tomador. Você sabia 
como são realizadas essas operações financeiras? 
Mercado Financeiro e de Capitais40
Segundo Kerr (2011) a intermediação financeira pode ser direta ou 
indireta, é direta quando o poupador deposita seus recursos excedentes 
em uma instituição financeira (ex. banco comercial) que recebe do 
poupador e repassa ao tomador; é direta quando a instituição financeira 
coloca poupadores e tomadores em contato direto. Se os recursos 
poupados forem aplicados para ampliar a capacidade produtiva podem 
aumentar ainda mais a renda dos poupadores, e desta forma representam 
um investimento. Portanto, poupança e investimento constituem a base 
do mercado financeiro.
Cavalcante, Misumi e Rudege (2009) dizem que a intermediação 
financeira é importante, pois funciona como forma de aproximar de 
forma organizada, a oferta e a procura, nas negociações com valores 
mobiliários, ativos financeiros e derivativos em geral. Sem a presença 
do intermediário financeiro, as pessoas que possuem recursos ociosos 
e aquelas que necessitam de recursos para o desenvolvimento das 
atividades econômicas teriam pouca oportunidade de se encontrarem, 
e quando estivessem frente a frente teriam dificuldades e obstáculos na 
forma de negociar a oferta e a demanda dos recursos financeiros. Imagine 
como seria sem os intermediadores. Será que seria mais difícil conseguir 
crédito? Qual o impacto que que isso teria na economia?
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente 
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir 
tudo o que vimos. Você deve ter aprendido os conceitos 
de finanças e como elas funcionam no cotidiano, quais os 
objetivos e funções de finanças.
Mercado Financeiro e de Capitais 41
Riscos financeiros e o ambiente econômico
INTRODUÇÃO:
Ao término deste capítulo você será capaz de entender a 
relação da economia com o mercadofinanceiro, bem como a 
importância do mercado financeiro para a sociedade. Isto será 
fundamental para o exercício de sua profissão e para seu dia 
a dia, pois pessoas que ocupam ou pretendem ocupar um 
cargo de responsabilidade em empresa privada ou pública, 
ou ter seu próprio negócio, necessitarão de conhecimentos 
de economia e finanças para que possam analisar os 
problemas e tomar decisões com as soluções mais viáveis 
para casa situação e assim podendo minimizar os impactos 
dos riscos. Vamos adiante? Motivado para desenvolver esta 
competência? Bom estudo.
Riscos em finanças
De acordo com Oliveira et.al. (2018) devido ao ambiente econômico 
ter sofrido grandes mudanças ao longo dos anos 2000, como consequência 
foram trazidos novos níveis de risco à realidade das empresas, e como 
as empresas estão inseridas neste ambiente, estão submetidas a uma 
série de riscos devido à falta de certeza sobre o futuro. Portanto, o risco 
é inerente à atividade empresarial. Conhecer os riscos, tomar decisões 
ou ações que possam reduzi-los ou eliminá-los, é algumas questões 
que devem ser consideradas antes de empreender ou conduzir qualquer 
atividade.
Segundo Hoji (2012) o risco existe em todas as operações 
empresariais, tudo que é decidido hoje, visando um resultado futuro, 
está sujeito a algum grau de risco. Porém, com base em condições e 
fatos conhecidos, podem-se projetar os fatos que acontecerão no futuro, 
sendo que os mesmos podem acontecer, mas não exatamente como foi 
projetado. 
Oliveira et.al. (2018) diz que em finanças o termo risco representa 
a probabilidade de perda, que de acordo com a definição financeira, é 
Mercado Financeiro e de Capitais42
a dispersão de resultados inesperados, decorrentes do movimento das 
variações financeiras, ou seja, risco financeiro significa estar exposto à 
volatilidade. Se ocorrer um movimento adverso no preço ou na taxa de 
juros pode afetar os fluxos de caixa da empresa e, portanto, prejudicar 
sua rentabilidade ou valor de mercado. Você deve estar se perguntando, 
como isso acontece na realidade no meio empresarial. Aí vai um exemplo. 
Tenho que certeza que a partir deste exemplo você vai conseguir pensar 
em muitos outros. E você, já passou por alguma situação de risco? Que 
tal tentar lembrar. 
EXEMPLO: Uma empresa que se financia com uma taxa de juros 
variável estará exposta ao risco, pois se a taxa de juros subir os custos 
financeiros se elevaram também; ao contrário, se um investimento 
financeiro for realizado com taxa de juros variável, estará exposta ao risco, 
pois se as taxas de juros baixarem, ela poderá obter rendimentos menores 
se comparados com outras opções.
Riscos versus incerteza
De acordo com Assaf Neto (2014) as decisões não são tomadas em 
ambiente de total certeza com relação a seus resultados, como essas 
decisões estão voltadas para o futuro existe, portanto a variável incerteza 
nas operações do mercado financeiro. Sendo que se a incerteza estiver 
associado a verificação de determinado evento que possa ser quantificada 
por meio de probabilidades dos diversos resultados previstos, diz-se que 
a decisão está sendo tomada sob uma situação de risco. Oliveira et.al. 
(2018) diz que os riscos e as incertezas refletem rapidamente no sistema 
financeiro global em razão da grande interconexão dos mercados, sabe-
se também que muitos negócios e empresas deixarão de existir num 
futuro não muito distante, que traz apreensão, e diante disso o tema risco 
ficou mais complexo e nenhuma organização está imune aos seus efeitos.
De acordo com Oliveira et.al. (2018) o risco pode ser entendido como 
a incerteza a respeito dos resultados esperados e, tanto o risco como a 
incerteza, está associado à existência de um conhecimento incompleto, 
Mercado Financeiro e de Capitais 43
porém, a uma diferença conceitual entre eles. Oliveira et.al. (2018) dizem 
que o risco se refere aos casos em que se conhecem os eventos futuros, 
se conhece a dimensão deles em termos do investimento analisado e, 
antecipadamente, também se conhece a probabilidade de ocorrência 
desses eventos. Já a incerteza é a falta de certeza, ou seja, existe dúvida, 
pois são situações nas quais se tem conhecimento antecipado dos 
eventos futuros, podendo ou não saber a dimensão deles, mas não se 
sabe com antecedência a probabilidade de acontecerem.
Souza e Clemente (2012) dizem que o termo incerteza é geralmente 
utilizado quando a informação é tão escassa que não se sabe quais os 
eventos possíveis ou se sabe os eventos possíveis, mas não se consegue 
atribuir probabilidade a eles. Como por exemplo: o comportamento da 
economia, as vendas futuras de certo produto, o desgaste e custo de 
manutenção de equipamentos, etc., pois neste exemplo, pode se fazer 
previsão, mas não se pode determinar quando e com que intensidade eles 
irão ocorrer. Enquanto que, o termo risco é utilizado quando a informação 
disponível é suficiente para determinar os possíveis eventos e atribuir-lhes 
probabilidade. Oliveira et. al. (2018) dizem que em uma situação de risco, 
sabe-se a exata distribuição de probabilidade de cada um dos eventos 
possíveis relacionados à decisão tomada.
De acordo com Oliveira et. al. (2018) a medição do risco é 
fundamental para o conhecimento do nível de probabilidade aceitável de 
perda de valores em determinados momentos e, a análise e o controle 
de riscos proporcionam informações sobre a realidade econômica 
empresarial. Portanto, é importante que o tema “risco” esteja no radar 
das empresas para que possam minimizar os efeitos e tomar as decisões 
mais adequadas.
Você já deve ter assistido nos telejornais reportagens sobre o 
cadastro positivo. Você sabe o que é, e como ele impacta no mercado 
financeiro e quais os benefícios que você enquanto consumidor terá? 
Como já visto que todas as operações financeiras apresentam riscos, 
pois as decisões são tomadas no presente para acontecer no futuro. 
Diante disso, o cadastro positivo tem como objetivo reduzir o índice de 
Mercado Financeiro e de Capitais44
risco e incerteza no mercado financeiro. Ficou interessado? Estou lhe 
disponibilizando o link da Serasa, o qual apresenta todas as informações 
necessárias sobre o cadastro positivo, tenho certeza que será útil e que 
esclarecerá as eventuais dúvidas que você possa ter. http://bit.ly/2r7HI74.
Riscos na atividade econômica, em empresas 
em mercados financeiros
De acordo com Oliveira et.al. (2018) são diversos os tipos de riscos 
que estão envolvidos na atividade econômica, e elas começam antes 
mesmo das operações serem fechadas e continuam após seu fechamento. 
Sendo que, os riscos econômicos são os que derivam de outros fatores e 
que podem implicar a ocorrência de um maior nível de gastos ou de um 
menor nível de receitas, como por exemplo: avanços tecnológicos podem 
implicar que determinados equipamentos produtivos fiquem obsoletos 
antes do prazo inicialmente previsto.
Segundo Hoji (2012) os riscos de natureza financeira podem exercer 
impacto sobre os ativos e passivos financeiros, bem como sobre os preços 
futuros e podem causar grandes prejuízos financeiros, como por exemplo, 
aumento inesperado e considerável do preço da matéria prima; redução 
forçada do preço de venda; aumento ou redução inesperada e considerável 
da taxa de câmbio; aumento ou redução inesperada e considerável da 
taxa de juros, etc. Dos exemplos citados que proporcionam riscos de 
natureza financeira, vamos pegar “o aumento ou redução inesperada e 
considerável da taxa do Dólar”. A notícia disponibilizada a seguir mostra 
que o Dólar teve uma alta. E aí, vamos ver o que aconteceu com o dólar?
REFLITA:
 E agora! Que tal refletir sobre quais são as causas da alta 
do dólar? Quais os impactos para a economia quer seja 
para os investidores, empresários sejam importadores ou 
exportadores e para você enquanto consumidor? Observe na 
figura a seguir a variação do Dólar em 2020, no que serefere 
às negociações comerciais empresariais é o Dólar comercial 
que é utilizado, o dólar turismo é utilizado para conversão em 
operações para turistas. 
Mercado Financeiro e de Capitais 45
Oliveira et.al. (2018) dizem que adotando uma visão estratégica sobre 
a empresa, os riscos que elas estão expostas são: riscos de negócios, que 
são os riscos que a empresa está disposta a assumir para criar vantagens 
competitivas e agregar valor aos acionistas; riscos estratégicos, que são 
os riscos resultantes de mudanças fundamentais na economia ou no 
ambiente político; e os riscos financeiros, que são os riscos relacionados 
com as possíveis perdas nos mercados financeiros, sendo que a 
exposição ao risco financeiro implica um ganho ou uma perda financeira, 
dependendo do comportamento dos preços em questão. 
De acordo com Oliveira et.al. (2018) atualmente as operações 
financeiras estão expostas a riscos que podem produzir grandes impactos 
nos resultados e na continuidade das empresas e dentre os diversos 
riscos aos quais as empresas estão expostas, os riscos financeiros são 
considerados os mais importantes. Os riscos financeiros podem ser 
classificados em quatro categorias, que são: risco de mercado, risco de 
crédito, risco operacional e, risco legal.
Risco de mercado 
Segundo Oliveira et. al. (2018) os riscos de mercado se referem à 
possibilidade de perda em determinado período, os quais podem ser 
causados por fatores como, movimentos inesperados e adversos nas 
taxas de juros, taxas de câmbio ou preço dos ativos. Que tal pensar no 
que ocorre com o dólar! O qual talvez seja o mais comum no nosso dia 
a dia, pois sempre que tem uma alteração na taxa cambial ouvimos nos 
noticiários. 
Risco de crédito 
Oliveira et. al. (2018) dizem que o risco de crédito é a probabilidade 
de que um cliente o valor principal que foi tomado como empréstimo e / 
ou crédito e nem pague os juros conforme negociados, e está relacionado 
com a capacidade da outra parte de cumprir as obrigações negociadas. 
Sendo que quanto maior o montante da dívida e a taxa de juros que 
uma empresa pública ou privada deve pagar, maior a probabilidade de 
a soma da amortização e dos juros se tornarem um problema. Você já 
Mercado Financeiro e de Capitais46
deve ter ouvido nos noticiários que a taxa de inadimplência aumentou ou 
diminuiu em determinado período. E aí, conseguiu entender melhor como 
o risco de crédito impacta em nossas vidas e na situação financeira das 
empresas?
Risco operacional 
Conforme Oliveira et. al. (2018) o risco operacional pode ser 
entendido pelo conjunto de incidentes possíveis na cadeia de operações 
e manipulações necessárias para materializar o posicionamento no 
mercado. Os riscos operacionais são oriundos da falta de segurança 
na guarda e no transporte de ativos, da insuficiência de controles e 
informações, de processamento e controles inadequados, de quebra de 
sigilo, da possibilidade de fraudes. Os podem ocasionar riscos de crédito, 
liquidez, etc.
Hoji (2012) diz que os riscos de natureza operacional podem ser 
causados por catástrofes, fraudes, falha humana, produtos e serviços. 
Como por exemplo: perda material que podem ser causadas por incêndio, 
naufrágio. Inundação, terremoto, guerra, colisão de veículos, roubo, etc.; 
lucro cessante que podem ser causados por perda de lucro em função 
da paralisação das operações pelo incêndio, falta de matéria prima no 
mercado, etc.. E você conseguiu lembrar alguma situação? Que tal pensar 
nos casos das operações realizadas pela Lava Jato.
Risco legal 
Oliveira et. al. (2018) dizem que o risco legal traduz a possibilidade de 
ocorrência de perdas pelo fato de um contrato não ter aplicabilidade legal 
e inclui riscos resultantes de documentação insuficiente e de poderes 
reduzidos da contraparte. Portanto, esse risco ocorre com a possibilidade 
de uma perda em função da não execução de uma operação provocada 
pela incapacidade de uma das partes não cumprir os compromissos, 
ou quando uma contraparte não tem autoridade legal para realizar uma 
transação. 
Mercado Financeiro e de Capitais 47
Gestão dos riscos
De acordo com Hoji (2012) a gestão dos riscos é muito importante em 
qualquer empresa, pois com o mercado globalizado, um fato econômico 
ocorrido na Ásia, provoca reflexo imediato na economia brasileira. Sendo 
que, principalmente os riscos de natureza financeira devem ser bem 
administrados, pois exercem impactos também sobre as operações, 
como por exemplo, o aumento dos custos de produção ou financiamento 
é repassado aos preços e esse fator pode prejudicar as vendas. Muito 
se ouviu falar em praticamente todos os telejornais e também lemos na 
internet, referente a morte do general iraniano Qasem Soleimani. E então? 
Você sabe que este fato pode ter impacto no Brasil. Quer saber mais. 
Acesse o link a seguir e leia a notícia. https://bit.ly/2Wh8F5h
Risco e retorno esperados
Para Assaf Neto (2014) o conceito de risco pode ser entendido de 
diferentes maneiras, dependendo da pessoa que está avaliando, alguns 
tipos de risco podem ser: risco aéreo, para uma companhia seguradora; 
risco de contrair uma doença para uma pessoa qualquer; risco de 
insucesso de um negócio, para o empresário; e assim por diante. Sendo o 
risco interpretado pelo nível de incerteza associado a um acontecimento. 
No caso de empresas, os riscos se referem ao seu risco total, que é o risco 
econômico e o financeiro.
Segundo Assaf Neto (2014) as principais causas determinantes 
do risco econômico são de natureza conjuntural (alterações na 
economia, tecnologia, etc.), de mercado (crescimento da concorrência) 
e do próprio planejamento e gestão da empresa (vendas, custos, preços, 
investimentos, etc.). Enquanto que o risco financeiro está mais diretamente 
relacionado com o endividamento (passivo) da empresa, sua capacidade 
de pagamento, e não com as decisões de ativos, conforme definidas para 
o risco econômico. Sendo, portanto, que o risco total de qualquer ativo é 
definido pela parte sistemática que é o (risco sistemático ou conjuntural) e 
não sistemática que é o ( risco específico ou próprio do ativo).
Mercado Financeiro e de Capitais48
De acordo com Assaf Neto (2014) o risco sistemático é inerente a 
todos os ativos negociados na carteira e, são determinados por eventos 
de natureza política, econômica e social, enquanto que o risco não 
sistemático é identificado nas características do próprio ativo, não se 
alastrando aos demais ativos da carteira. E você já realizou algum tipo de 
investimento em ações?
No que se refere ao retorno, Assaf Neto (2014) diz que pode ser 
entendido como um ganho ou perda, de um investimento em um 
determinado período de tempo.
Relação risco, retorno e investimento 
Para Assaf Neto (2014) a postura de um investidor em relação ao risco 
é pessoal, sendo que alguns podem ter um perfil avesso ao risco e prefere 
investimentos que possibilitem retorno com menor risco, porém tem o 
que se mantém neutro sendo indiferente ao risco e também é indiferente 
ao risco de retorno do investimento, e tem o investidor que é propenso ao 
risco e prefere os investimentos com maior risco. E você? Qual é seu perfil 
de investidor? Se você é avesso ao risco vou lhe deixar o link de acesso ao 
site do Tesouro Nacional. Ficou interessado? Então acesse o link e saiba 
tudo o que você precisa para começar investir. https://bit.ly/30auh4o
Risco e rentabilidade 
De acordo com Oliveira et. al. (2018) a liquidez pode ser entendida 
como a capacidade de uma instituição honrar seus compromissos 
financeiros no vencimento, é um indicador bastante importante para as 
empresas, visto que reflete a capacidade de pagamento delas, porém, 
a liquidez de uma empresa é motivo de preocupação para acionistas, 
credores, administradores e investidores, visto que pode impactar na 
rentabilidade dos acionistas e também na capacidade de pagamento em

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