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Página inicial Conceitos de Gestão Financeira Prof. Me. Moacir Gomes da Silva Aspectos Introdutórios da Gestão Financeira, Ciclo Operacional e de Caixa, Orçamento, Liquidez e Rentabilidade. Noções de Planejamento do Capital de Giro e Fluxo de Caixa e Custo de Capital. Ambiente Econômico e Financeiro e Análise de Riscos. Políticas de Crédito e Gestão de Estoques. Métodos de Avaliação de Projetos. Acesso ao Mercado de Capitais e Mercado de Derivativos. Apresentar conceitos básicos e técnicas da gestão financeira numa abordagem sistêmica e aplicada, visando capacitar o acadêmico a utilizar estes conceitos e técnicas de forma adequada nas tomadas de decisões financeiras das empresas. Oportunidades de aprendizagem Você será capaz de compreender a Importância e principais funções da gestão financeira; Análise dos Riscos: contexto histórico e analise no ambiente externo da empresa; Conceito de Orçamento; Planejamento do Capital de Giro e Fluxo de Caixa; Política de Crédito e Gestão de Estoque. Apresentação Geral da Disciplina Falar de Gestão Financeira em certo momento penso: Como é viver em uma situação onde não temos dinheiro? Mas também, como é viver quando temos muito dinheiro (acredito que nesta situação são poucas pessoas!). Será que existe algum equilíbrio, https://sites.google.com/view/2021-conceitodegestofinanceira/p�gina-inicial https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/2021-conceitodegestofinanceira/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/2021-conceitodegestofinanceira/p%C3%A1gina-inicial onde poderíamos dizer que uma pessoa ou organização já possui o dinheiro suficiente? Vivemos em um mundo capitalista, onde o dinheiro é um dos instrumentos fundamentais para o desenvolvimento de uma sociedade (assim se espera). O que preciso aprender, seja pela educação (cursos, capacitações, fóruns, feiras, congressos e etc.), seja na experiência de vida para que eu possa viver minha vida em sociedade e nas organizações, utilizando melhor este recurso disponibilizado pelo mundo capitalista chamado de dinheiro. Como profissional de finanças, como usuário das informações de finanças ou como gestor financeiro, como posso contribuir no processo de planejamento, controle, análise e decisão financeira? Interessante que o mundo das finanças possui um arsenal de teorias, metodologias, ferramentas e técnicas que contribuem em muito para responder os questionamentos acima. Interessante que você junto comigo, através do conteúdo deste livro, iremos experimentar um pouco da Gestão Financeira, seus conceitos principais, o ciclo do dinheiro em nossas vidas e nas organizações. Outro ponto importante é compreender porque precisamos na gestão financeira de um instrumento de gestão chamado Fluxo de Caixa e por este entender os ciclos de caixa operacional (contas a receber, contas a pagar e tesouraria) e de investimentos. Através da gestão do caixa você irá observar que existem momentos que precisamos captar recursos e assim compreender os capitais oriundos dos sócios ou de terceiros, de terceiros os bancos são os principais representantes, com diversas operações financeiras que possibilitam a organização escolher como atender às suas necessidades de caixa, seja para a operação ou para investimentos. Quando não estamos com necessidade de captar recursos e temos a opção de investir recursos que “sobram” em nosso caixa, iremos observar que são várias as opções de destinar os recursos, seja investir em produtos financeiros bancários, seja em novos investimentos operacionais ou não operacionais, distribuir dividendos, realizar reservas e comprar outras empresas. O risco na gestão financeira é uma variável que estará sempre presente em nossas decisões e uma forma de mitigá-lo é através de instrumentos complementares de gestão que iremos denominar como políticas, procedimentos e normas. A síntese desta aprendizagem irá nos demonstrar o processo de planejar, analisar e controlar o fluxo dos recursos financeiros e assim principalmente contribuir ao processo decisório de uma forma mais assertiva, garantindo a perenidade das organizações. Vamos em frente. Em pauta Não deixe de ouvir o Podcast sobre a apresentação da Gestão Financeira, abrindo o tema , assim como a contribuição da gestão financeira para as organizações, não deixe de ouvir. Disponível aqui Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/view/2021-conceitodegestofinanceira/p�gina-inicial https://getfireshot.com https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fapigame.unicesumar.edu.br%2Fqrcode%2F10205&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNHhgQonWJojhI08I1I0wTlYwEUCxA https://sites.google.com/view/2021-conceitodegestofinanceira/p%C3%A1gina-inicial/unidade-1 Página inicial Gestão Financeira: Instrumentos de Planejamento e Controle Financeiro Você sabia que a maioria das empresas apresentam problemas de caixa em algum ou alguns momentos de sua história, mas poucas possuem suas informações financeiras estruturadas para um planejamento financeiro e evitar estes momentos? Como podemos formar um profissional para assumir este desafio e manter as organizações com um fluxo financeiro condizente com sua operação? Imagino que você já está pensando em encontrar algumas soluções. Aos profissionais da área de finanças um grande desafio, de grande responsabilidade, é destinado na essência de seu papel nas organizações, este desafio é manter a empresa com liquidez financeira suficiente ou mínima para manter a organização perene e garantir seu crescimento, sejam de organizações com fins lucrativos ou não, privadas ou públicas. Para superar este desafio, no conteúdo deste livro, com a ajuda de diversos autores referenciados aos textos (presentes na bibliografia deste), iremos compreender este mundo da gestão financeira e as oportunidades de carreira no mundo financeiro. Como saber qual o melhor momento para tomar uma decisão analisando os prazos médios? Uma organização em seu processo de gestão financeira analisa principalmente a variável tempo, pois iremos observar durante o módulo que a questão temporal irá definir a maioria das decisões na área financeira. Os prazos médios são os tempos que dedicamos as nossas decisões para o momento que pagamos aos nossos fornecedores, para o tempo que concedemos aos nossos clientes para vendas a prazo, o tempo que deixamos nossos produtos parados em estoque, entre outros. Vamos juntos compreender estes prazos. Você já se imaginou como um gestor financeiro de uma organização? Imagine que neste momento você precisa tomar uma decisão, pois temos uma situação financeira que exige alguns cuidados. Nesta organização você possui em caixa disponível (disponibilidades, dinheiro) um montante de R$ 12.000,00 e possui obrigações financeiras para pagamento, sendo salários R$ 5.000,00, aluguel de computadores R$ 5.000,00 e impostos R$ 4.000,00 que totalizam R$ 14.000,00 (5.000,00+5.000,00+4.000,00=14.000,00). Observe que não temos recursos disponíveis para quitar todas as obrigações, 10.000,00 de disponibilidades, menos 14.000,00 de obrigações, saldo final: falta de 4.000,00. Qual decisão você tomaria? Deixaria de pagar as obrigações? Como conseguir todo o dinheiro necessário para pagar a quantidade total de dívidas? Onde posso conseguir o dinheiro faltante? Você faria um empréstimo em um banco? Ou tentaria parcelar alguma das dívidas? O que fazer? https://sites.google.com/view/2021-conceitodegestofinanceira/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/2021-conceitodegestofinanceira/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/2021-conceitodegestofinanceira/p%C3%A1gina-inicial Tomar uma decisão não é um passo simples, principalmente quando estamos conversando sobre a gestão financeira. Emprestar dinheiro ou parcelar as dívidas, qual a melhor decisão, imagino que você está pensando em uma das alternativas. Este desafio acontece todos os dias nas organizações, captar recursospara sua operação e investimentos, negociar prazos, taxas de juros, como investir, que ferramentas usar para controlar e etc. O contexto a princípio simples torna-se complicado (complexo) quando não utilizamos metodologias e técnicas de análise apropriadas na gestão financeira. No caso proposto temos no mínimo seis questionamentos que merecem a sua resposta, mas o contexto acima não possui todas as informações necessárias para termos a melhor decisão. Quais as competências (conteúdo e habilidade) então são necessários para conseguir resolver este estudo de caso? ● Ponto 1: a compreensão do contexto, ou seja, o diagnóstico do cenário; ● Ponto 2: capacidade para compreender as informações necessárias para a análise; ● Ponto 3: conhecimento de linhas de financiamento, seus prazos, garantias e custos. As finanças das empresas, em seus primórdios consideradas como parte das Ciências Econômicas, vêm descrevendo ao longo do tempo um processo consistente de evolução conceitual e de técnicas (ASSAF, 2009). Interessante perceber que as finanças no início do século vinte começam a ter um destaque independente das ciências econômicas, pois neste momento da história a administração científica forma corpo com os estudos de Frederick Winslow Taylor criando o modelo conhecido como Taylorismo, aplicado nas organizações industriais da época. Taylor foi o primeiro administrador a utilizar métodos científicos no processo de gestão, ele preocupou-se com a produtividade, como realizar as tarefas com menor tempo e utilizou-se de instrumentos como gráficos, tabelas, relatórios auxiliando os gestores no processo decisório. Para o mundo das finanças, os estudos de Taylor contribuíram para destacar como os estudos dos processos de produção são interligados com a gestão financeira. Os pressupostos de que uma organização precisa ter lucro para o seu desenvolvimento, promoveu nos últimos 70 anos um destaque importante as finanças, designando termos para o profissional responsável pela gestão financeira: a) área que tem a chave do cofre; b) área que de fato manda na empresa, termos estes que enaltecem a visão empresarial da necessidade de um cuidado especial com esta coisa chamada dinheiro. Claro que o lucro é uma palavra que demonstra o resultado econômico da organização, sua sustentabilidade, sua perenidade, mas é um termo que há 70 anos atrás possuía um destaque e uma compreensão de mais curto prazo, hoje as organizações prezam não somente para avaliações econômicas e financeiras de curto prazo, mas principalmente de visões de longo prazo, onde as finanças atuais contribuem em muito para este olhar. https://sites.google.com/view/2021-conceitodegestofinanceira/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com O olhar de longo prazo atual está relacionado a uma palavra chamada de investimentos, que ao analisar os investimentos financeiros realizados, possamos prever, planejar os retornos desejados e assim encontrarmos os lucros futuros necessários para a continuidade das organizações. Conecte-se No link a seguir, segue uma sugestão para a compreensão da evolução das finanças corporativas para as organizações. Alexandre Assaf Neto, especialista em finanças reconhecido nacionalmente e autor de diversos livros na área de finanças e um dos autores referenciados neste material, demonstra de uma forma resumida o desenvolvimento das finanças e a identificação dos principais pilares construídos a partir da década de 1950, a moderna teoria de finanças. Disponível aqui As organizações atuais são inteligentes, termo este que usamos para designar coisas que passam para um outro estágio de gestão, como por exemplo cidades inteligentes. A inteligência em encontrar soluções que garantam que a organização consiga alcançar sua missão, seus objetivos, sustentabilidade, preocupação ambiental e etc presentes em seu planejamento estratégico. As organizações inteligentes compreendem que a gestão financeira ajuda na análise de investimentos de curto e longo prazo, assim como na gestão financeira operacional com seus instrumentos e ferramentas. Neste movimento histórico o papel do Gestor Financeiro ganha cada vez mais destaque, passando de uma visão estática e especialista, para um profissional que compreende os processos operacionais e administrativos da empresa e assim consegue desempenhar um papel mais generalista, analítico e contribui de forma mais intensa para a continuidade da organização e para atender as expectativas de resultados aos interessados e investidores. Em minha vida profissional percebi que a aprendizagem financeira e o pensamento financeiro já começam em nosso dia a dia, pois quando estamos fora da organização realizamos diversas operações como ir ao supermercado, a compra de roupas, compra de um computador, um celular e diversos itens para satisfazer nossas necessidades. Mas, o pensamento financeiro nos orienta, para que possamos adquirir por exemplo os itens citados acima, ter condições financeiras para adquiri-los e assim avaliar, pesquisar e controlar o dinheiro e termos sucesso nesta gestão financeira. Para Gitman, (2009) a administração financeira diz respeito às responsabilidades e tarefas de controle visando a melhoria do resultado da empresa. https://sites.google.com/view/2021-conceitodegestofinanceira/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fapigame.unicesumar.edu.br%2Fqrcode%2F4046&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEsdE_96LgJb-SRDProy21M-dbkNw Para Lemes Junior (2002, p. 243) “A administração financeira direciona a empresa e estabelece o modo pelo qual os objetivos financeiros podem ser alcançados. Em sua maioria, as decisões demoram bastante para serem implantadas. Numa situação de incerteza, isso exige que as decisões sejam analisadas com grande antecedência” Como contador em minha formação, conheci duas palavras que iriam mudar minha compreensão sobre como controlar o dinheiro, as palavras são: débito e crédito. Percebi que quando estamos falando em receber recursos estamos falando em ter um crédito, assim como quando estamos falando em pagamentos estamos falando em débito. Como podemos ilustrar esta relação no mundo das finanças? De forma simples nosso entendimento é que quando estamos recebendo, ou realizando um Embolso (recebimento, crédito) temos uma entrada de dinheiro e quando estamos realizando um pagamento temos um Desembolso, ou seja, uma saída de dinheiro (débitos) Eu, antes, não imaginava em realizar um controle financeiro para acompanhar meus embolsos e desembolsos, mas ao trabalhar na área financeira percebi que o controle financeiro é um processo que permite compreender os tipos de recebimentos e pagamentos e assim classificá-los em tipos distintos para a compreensão da gestão financeira. Assim, quando falamos em Gestão Financeira nos referimos a investimentos, gastos fixos, gastos variáveis, lucros, empréstimos, financiamentos, valor patrimonial, resultados, desempenho e etc. Ações são necessárias para esta gestão, utilizando-se principalmente dos processos de gestão que são: Planejar, Analisar e Controlar as atividades financeiras da organização. O objetivo destas ações é garantir que a empresa tenha os resultados financeiros desejados no tempo estipulado ou desejado. A gestão financeira pode ser dividida em 4 partes, conforme observado na Figura 1: https://sites.google.com/view/2021-conceitodegestofinanceira/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Figura 1 – Visão Geral Gestão Financeira Fonte: o autor. As Finanças Corporativas são o principal papel de nosso contexto neste livro, através das finanças corporativas compreendemos a gestão financeira nas organizações. O Mercado Financeiro demonstra as relações das empresas com seu mundo exterior na busca das oportunidades de captação de recursos financeiros, assim como nas oportunidades de investimentos. O segmento das finanças pessoais não é diferentedas finanças corporativas, mas destinado a compreender e gerir os recursos das pessoas físicas. Por fim, compreender como as finanças motivam nosso comportamento e decisões no mundo das finanças. Segundo Hoji (2014), a gestão financeira busca oferecer maior rentabilidade sobre o capital das organizações, buscando conciliar da melhor forma as entradas e saídas de caixa da empresa. A busca de uma maior rentabilidade é possível através do planejamento financeiro, ferramenta de gestão que permite se antecipar a momentos que podem se tornar críticos (falta de recursos financeiros). O planejamento permite ao gestor de finanças ter controle das obrigações correntes de uma organização que compreende dívidas com terceiros, pagamento de fornecedores, impostos entre outros e assim determinar as melhores formas de captação de recursos que permitam o equilíbrio financeiro. Do profissional de finanças alguns papéis são desejados para uma excelente gestão financeira, sendo: a) Gestão de ativos: gerir as entradas e saídas de dinheiro e encontrar através do fluxo de caixa e a gestão do capital de giro que minimize os riscos e estabeleça o melhor retorno de capital e investimentos; b) Gestão de passivos: gerir as estruturas de capital, ou seja, as origens de recursos, sendo de capital próprio (sócios) ou de terceiros (ex: bancos) que garantam a organização a liquidez desejada com o menor custo e riscos; c) Planejamento Financeiro: os desejos futuros de crescimento da organização precisam prever e identificar riscos que possam comprometer os resultados, assim precisamos selecionar os ativos que sejam adequados a estrutura de capital e a rentabilidade mínima; d) Controle financeiro ou controladoria: gerir através de análise de indicadores, comparando o previsto com o realizado e assim medir o desempenho organizacional e definir ações corretivas quando necessárias para a eficácia empresarial. Você observa que estes papéis são importantes para a gestão financeira e econômica da organização. Pois se não conseguirmos pensar em nossos ativos, passivos, e não saibamos controlar seus desembolsos, podemos colocar a empresa em uma situação delicada. Será que você pode ser responsabilizado? As organizações possuem operações que podemos classificar em curto prazo e longo prazo, exemplo de operações e decisões de curto prazo são: a) Controle e gestão dos estoques de matérias primas ou produtos acabados; b) Controle e gestão do caixa (recebimentos e pagamentos); c) Controle e gestão da carteira de recebíveis; As decisões de longo prazo podem ser: https://sites.google.com/view/2021-conceitodegestofinanceira/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com a) Estratégias de financiamento e investimentos; b) Estrutura e custo de capital; c) Relacionamento com Investidores; d) Oportunidades de Investimentos Eu percebi em algumas empresas por onde passei na gestão de áreas financeiras ou em consultorias realizadas que o pensamento no curto prazo acaba imperando em detrimento das decisões de longo prazo. Desta forma, identificando um cenário preocupante de empresas com dificuldades financeiras, pois as organizações desejam ter resultados econômicos imediatos (rápidos), mas precisamos compreender que nem sempre os resultados desejados estão nas decisões de curto prazo e sim, também, nas decisões de longo prazo, ou seja, as decisões de longo prazo quando tomadas em conjunto e em equilíbrio com as de curto prazo contribuem em muito para uma vida financeira mais saudável. Assim, precisamos então estabelecer a relação entre a gestão financeira e os ciclos da empresa (econômico, operacional e financeiro). Na Figura 2 a seguir observa-se uma linha temporal, representando o período do mês 0 ao mês 3. Dentro deste período a organização realiza algumas atividades operacionais (compra e venda de mercadorias para revenda) que irão determinar sua gestão financeira, sendo: a) No mês 0 observa-se a Compra de Mercadorias (para revenda); b) No mês 1 a Venda de Mercadorias; c) No mês 2 o Pagamento de Fornecedores e; d) No mês 3 o Recebimento das vendas. Em uma operação empresarial, do instante da compra de mercadorias para revenda até o momento de sua venda, dois cenários ocorrem: a) Ciclo Econômico (4): neste intervalo de tempo os esforços organizacionais para a compra de mercadorias e sua venda; b) Prazos Médios de Estoque (PME) (1): neste mesmo intervalo, o tempo médio em que as mercadorias estavam em estoque. Em outro momento, entre o intervalo de tempo do mês 0 até o mês 2 ocorre a compra de mercadorias e o momento do pagamento financeiro dos fornecedores. No mês 2 temos o desembolso de recursos financeiros (dinheiro). Sendo assim encontramos os Prazos Médios de Pagamentos de Fornecedores (PMPF) (2), ou seja, desde o instante em que adquirimos as mercadorias até o seu momento de pagamento. Em outro instante, entre o período do mês 1, momento da venda, até o mês 3 ocorre o recebimento das vendas e encontramos mais um indicador importante no mundo das finanças que são os Prazos Médios de Recebimento de Vendas (PMRV) (3), neste momento o recebimento dos recursos financeiros (dinheiro). No intervalo de tempo entre o mês 2 e o mês 3 temos o momento do Ciclo Financeiro (5), ou seja, o intervalo de tempo medido em dias que a organização paga seus fornecedores até o momento que recebe de seus clientes, neste período a área de finanças precisa buscar recursos (próprios ou terceiros) para poder honrar suas obrigações em dia. Na visão macro, entre o intervalo de tempo do mês 0 ao mês 3 temos o período chamado de Ciclo Operacional. https://sites.google.com/view/2021-conceitodegestofinanceira/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Figura 2: Linha do Tempo – Prazos Médios Fonte: o autor. Estudo de Caso Considere uma empresa onde as mercadorias permaneçam 40 dias em estoque, com uma média de recebimento de clientes igual a 70 dias sendo o pagamento a fornecedores em 30 dias. Teremos os seguintes valores para o cálculo dos ciclos como exemplo: Prazo Médio de Estoque (PME) = 40 dias Prazo Médio de Vendas a Receber (PMVR) = 70 dias Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores (PMPF) = 30 dias Ciclo Econômico O ciclo econômico é o tempo em que a mercadoria permanece em estoque. Vai desde a aquisição dos produtos até o ato da venda, não levando em consideração o recebimento das mesmas (encaixe). Fórmula : Ciclo Econômico = Prazo Médio de Estoque (PME) Ciclo Econômico = 40 dias Ciclo Operacional Compreende o período entre a data da compra de mercadorias até o recebimento da venda. Em situações onde a empresa trabalhe com vendas à vista, o ciclo operacional pode ter o mesmo valor do ciclo econômico. Fórmula : Ciclo Operacional = Ciclo Econômico + Prazo Médio de Contas a Receber (PMCR) Ciclo Operacional = 40 dias + 70 dias Ciclo Operacional = 110 dias Ciclo Financeiro Também conhecido como Ciclo de caixa é o tempo entre o pagamento a fornecedores e o recebimento das vendas. Fórmula : Ciclo Financeiro = Ciclo Operacional - Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores (PMPF) Ciclo Financeiro = 110 dias - 30 dias Ciclo Financeiro = 80 dias Veja o modelo esquemático em seguida do estudo de caso, figura 3: https://sites.google.com/view/2021-conceitodegestofinanceira/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Figura 3 - Linha do Tempo – Prazos Médios - Atividade Fonte: o autor Diagnóstico (análise) Entre o momento do pagamento aos fornecedores e o recebimento das vendas, ciclo financeiro, observa-se no exemplo que este período é de 80 dias, ou seja, a empresa já desembolsou recursos para o pagamento a fornecedores e ainda não recebeu o valor das suas vendas pelo período de 80 dias. Neste período o gestor financeiro precisa captar recursos para poder honrar suas obrigações sem atrasar o pagamento. É importante para a empresa, sempre buscar alternativas que resultem em ciclos financeirosreduzidos, observando sempre as limitações do mercado e o setor econômico inserido. Com ciclos menores temos o aumento do giro de negócios, proporcionando maiores retornos sobre os investimentos. No exemplo acima temos um ciclo financeiro de 80 dias, isso significa dizer que durante 1 ano (360 dias) a empresa gira aproximadamente 4,5 vezes (360 dias/80 dias). Você já ouviu falar na palavra orçamento? Acredito que sim, pois é um termo que ouvimos em nossa casa, na televisão, com nossos amigos e em vários outros contextos. Podemos não compreender em todas as dimensões o que seja o orçamento, mas sabemos que através deste instrumento podemos ou não ter recursos em determinado momento (tempo). Você já fez um orçamento? Você faz o seu orçamento? Mas quais são as dimensões do orçamento? Em todas as áreas de negócios a probabilidade das melhores decisões são aquelas que foram tomadas de forma planejada. Uma decisão que foi pensada com antecedência terá uma menor probabilidade de dar errado. As decisões que são tomadas pela operação do dia a dia podem não contribuir para os resultados da forma desejada. Claro que na prática observar-se várias organizações não se utilizando do planejamento financeiro, mas sua existência e resultados desejados podem não ser atingidos. Na área financeira podemos afirmar que o risco se torna maior sem o planejamento. A probabilidade de termos prejuízos aumenta. Uma decisão financeira precisa ser com a reflexão necessária para evitar impactos negativos em seu caixa. A análise de finanças e investimentos é avessa ao risco, claro que investir em uma organização já é um risco inerente. https://sites.google.com/view/2021-conceitodegestofinanceira/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Gonçalves (2005), define que os riscos podem ser divididos em risco sistemático e não-sistemático. A compreensão de risco sistemático envolve as dimensões sociais, econômicas e políticas e também as variáveis econômicas do mercado que compreende: Taxas de Juros e Câmbio. O risco sistemático, quando ocorre, atinge todas as organizações. Agora, quando uma organização deseja correr o seu risco, fruto de seu processo decisório, denominamos esta ação de risco não sistemático. O risco não sistemático, também denominado de Risco Próprio Oliveira (2004), cita que os riscos de mercado, sendo os principais o de falta de liquidez e crédito, são controlados pelas instituições bancárias. Mas existe um risco, denominado de risco operacional, que identifica não conformidades nos processos organizacionais da empresa, citando os principais: falta de mapeamento de processos, falta de controle e capacitação dos colaboradores. A incerteza é uma variável presente de forma constante no processo de gestão de uma organização. Por isso Gitman (1997) destaca que o gestor saiba no dia a dia da gestão diferenciar o que é um risco e o que é incerteza. A incerteza está associada quando a organização não tem como estimar a sua provável existência ou ocorrência futura, mesmo que a organização possua estruturas organizadas de informação. O risco é um fenômeno empresarial que pode ser estimado, esta estimativa pode ter uma grau de acurácia mais apropriado se a empresa possuir sistemas de informações que permitam bases históricas para cálculos de probabilidade. Budget: palavra de origem inglesa, muito utilizada no mercado financeiro que significa no Brasil: Orçamento. Outra característica da palavra Budget é que ela remete a compreensão de orçamento empresarial, o qual compreende a gestão de Receitas, Custos e Despesas. Já no português a palavra orçamento representa para alguns autores o seguinte: Segundo Welsch (1983, p. 19) “[...] um dos enfoques mais importantes utilizados para facilitar a execução eficaz do processo de administração compreende o planejamento e controle de lucros em termos amplos”. Gitman (1997, p. 588) destaca que o Planejamento Financeiro é um procedimento importante para o funcionamento e sustentação da empresa, pois fornece roteiros para dirigir, coordenar e controlar suas ações na consecução de seus objetivos. O orçamento é uma expressão formal do planejamento gerencial que determina, em termos financeiros, os objetivos da organização e as estratégias para atingi-los (CORR & HILL, 1998, p. 1-2) https://sites.google.com/view/2021-conceitodegestofinanceira/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com Atenção Um orçamento é um plano da organização para um período específico, geralmente para um ano. O orçamento tem uma ligação direta com o plano estratégico, usando dados e informações mais atuais. Busca-se um realinhamento das receitas e despesas para que correspondam a um centro de responsabilidade, ou seja, a um determinado executivo (Anthony & Govindarajan, 2001, p. 45). Quando estamos na organização uma dúvida surge sempre, por onde você começaria a planejar as finanças de uma empresa? Pensando nos gastos ou nas receitas? Muitos alunos acreditam que o orçamento é uma ferramenta de gestão de grandes organizações, mas independentemente do tamanho ou segmento de mercado o orçamento pode ser implementado. Desta forma se iniciamos o pensamento e a elaboração do orçamento pela receita ou pelo gasto já é um grande ganho, pois a ferramenta irá contribuir em muito na gestão financeira. Em finanças o desejo é que a ferramenta orçamentária contribua no sincronismo decisório dos principais gestores da organização para que o fluxo financeiro transcorra da forma planejada e desejada e assim assegura o papel do gestor financeiro na organização. Você já ouviu falar em fluxo de caixa? Qual o papel desta ferramenta importantíssima no processo de gestão financeira? Existe uma relação entre esta ferramenta é a ferramenta do Orçamento? Dá-se o nome de fluxo de caixa (ou cash flow) à demonstração que exibe o quanto de dinheiro entra e sai da organização em determinado período passado, presente e futuro. As atividades operacionais, os investimentos e o financiamento fazem parte das categorias de demonstração do fluxo de caixa. O fluxo de caixa operacional indica o dinheiro recebido ou desembolsado para as atividades de operação, ou seja, os processos produtivos para a geração dos produtos e/ou serviços realizados pela organização. O fluxo de caixa de investimentos corresponde ao dinheiro aplicado bens de capital, bens mobiliários (carros, ações, etc), bens imobiliários (prédios, instalações, etc.), e o fluxo de caixa de financiamento diz respeito principalmente ao dinheiro de empréstimos para o financiamento das operações e ativos fixos da organização. Segundo Ross et al (2013), uma variável de gestão financeira que precisa ser estimada pelo gestor financeiro é conseguir encontrar o montante de recursos financeiros (dinheiro) em poder da empresa, para cumprir com suas obrigações de curto prazo, a terminologia utilizada na prática é Caixa Mínimo. O gestor financeiro precisa possuir competências técnicas de estimular no processo operacional a entrada de recebimentos financeiros antes do pagamento de obrigações financeiras, na prática nem sempre possível, O gestor financeiro pode adotar manter recursos financeiros em caixa, mas existe uma preocupação que dinheiro em caixa nem sempre é uma boa prática de gestão financeira, pois este recurso alocado no caixa poderia ser utilizado em processos operacionais da empresa. Na prática os gestores financeiros mantêm recursos em caixa para atender algumas demandas, sejam para o processo de transações financeiras para o dia a dia operacional da empresa, seja para ter uma certa quantia de dinheiro para um eventual risco e por último para usar o recurso para especulação financeira no mercado financeiro. Segundo Hoji (2014), o capital de giro é considerado um recurso de curto prazo, pois são recursos convertidos em um prazo máximo de um ano. Santos (2010) aponta que os componentes do capital de giro são: ativo circulante, disponibilidadesfinanceiras, contas a receber e estoques. O Futuro demanda uma competição digital cada vez mais acirrada, desta forma o acesso às informações certas no momento adequado para o processo decisório torna-se fator crítico de sucesso. Muitos são os desafios para a gestão financeira das organizações, mas eu gostaria de citar algumas: a) Acompanhar as mudanças tecnológicas; b) Gerir Big Datas; https://sites.google.com/view/2021-conceitodegestofinanceira/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com c) Estar em conformidade com os marcos legais e demandas de compliance; d) Atender demandas de reportes (relatórios) mais adequados ao processo decisório. e) Capacitação em ferramentas de gestão de informações, como exemplo o BI ( business intelligence ); Inspire-se Uma sugestão de uma leitura e de um vídeo para que você possa se inspirar é a história do Tiago Azevedo, CFO Brasil do Mercado Livre e Finalista do Prêmio Equilibrista do IBEF SP. No link a seguir você pode inspirar-se com um gestor da área financeira, onde Tiago compartilhou o passo a passo de sua carreira e os grandes aprendizados que teve em mentoring do IBEF Jovem. Ele aponta 10 aprendizados de carreira durante esse processo, compartilhando uma visão de abertura e determinação para galgar novos postos durante a trajetória profissional. Interessante no vídeo é observar o aprendizado de Tiago na liderança de equipes utilizando-se de ferramentas de gestão como o forecast e gestão de caixa. Disponível aqui Em pauta Não deixe de ouvir o Podcast sobre Contribuição das Tecnologias para a Gestão Financeira. As tecnologias são parte importante em todos os segmentos de nossa sociedade, desde sempre, mas principalmente nos últimos 30 anos, a tecnologia digital contribui de forma significativa para a gestão financeira nas organizações e sociedade. Disponível aqui Na prática Não deixe de assistir o Na Prática, onde estamos abordando o tema da gestão financeira nas organizações e como a gestão financeira pode de fato na prática contribuir para os resultados desejados e um clima organizacional mais equilibrado. Não perca. Disponível aqui Nos ambientes organizacionais as dificuldades de gestão financeira são desafiadoras, não deixar faltar recursos e ao mesmo tempo também deixar “sobrar” recursos sem a oportunidade adequada de investimentos e retorno são situações críticas. Nesta unidade você observou a evolução histórica da gestão financeira, o papel da gestão financeira e do gestor financeiro. Os conceitos de orçamento são fundamentais para contribuir no planejamento financeiro e assim mitigar os riscos de falta de recursos em momentos não esperados. Através dos fluxos de caixa percebemos como os recursos financeiros “caminham” pela organização, sua origem e aplicação. O capital de giro e sua gestão são instrumentos eficazes para a melhor gestão financeira. https://sites.google.com/view/2021-conceitodegestofinanceira/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fapigame.unicesumar.edu.br%2Fqrcode%2F10208&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEya-hwOe11qoqrW8UdOTzNiyVRGw https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fapigame.unicesumar.edu.br%2Fqrcode%2F10202&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGl-jShb5NCGm4GRJPsLZ7V4dWBOA https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fapigame.unicesumar.edu.br%2Fqrcode%2F10209&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNFm0thMIsgYeuI0Dazok47a3S_4QQ Eu destaco agora 3 competências fundamentais para o sucesso de uma gestão financeira: a) Conhecer o negócio e seu ciclo operacional b) Compreender as ferramentas de gestão financeiras (fluxo de caixa e orçamento); c) Avaliar o processo decisório da organização. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/view/2021-conceitodegestofinanceira/p�gina-inicial/unidade-1 https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/2021-conceitodegestofinanceira/p%C3%A1gina-inicial/agora-%C3%A9-com-voc%C3%AA Página inicial AGORA É COM VOCÊ A empresa Boa Gestão, desde sua fundação, nunca esteve na situação abaixo em sua gestão financeira em seus Ciclos Operacional, Econômico e Financeiro. Ver a figura 1 a seguir: Figura 1: Linha do Tempo – Prazos Médios - Atividade Fonte: o autor. Analisando o fluxo da organização você pode agora realizar o cálculo dos seguintes fluxos: a) Ciclo Econômico; b) Ciclo Financeiro; c) Ciclo Operacional. Após o cálculo dos ciclos, realize a análise financeira da empresa e informe se a mesma está necessitando de capital para pagar os seus fornecedores ou não. Orientação de resposta Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/view/2021-conceitodegestofinanceira/p�gina-inicial/agora-�-com-voc� https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/2021-conceitodegestofinanceira/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/2021-conceitodegestofinanceira/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/2021-conceitodegestofinanceira/p%C3%A1gina-inicial/refer%C3%AAncias Página inicial REFERÊNCIAS ANTONY, R. N. & GOVINDARAJAN V. . Sistemas de Controle Gerencial. São Paulo: Atlas.2001. ASSAF NETO, A.; LIMA, G. G. Curso de Administração Financeira. Atlas, 2009. ASSAF NETO, A.. Finanças corporativas e valor. São Paulo: Atlas, 2003. ASSAF NETO, A. – Mercado financeiro – 10. ed. – São Paulo : Atlas, 2011. FUJI, A.. Títulos e valores mobiliários: um estudo da contabilização a valor de mercado pelas instituições financeiras no Brasil. São Paulo. 2006. Gitman, L.J. Princípios de Administração Financeira (7ª ed.) São Paulo: Harbra Ltda.1997 GITMAN, L J. Princípios da administração financeira, 12ª Ed. Pearson, 2009. GONÇALVES, R. Condicionantes do risco de liquidez em cooperativas de economia e crédito mútuo do estado de Minas Gerais Mestrado em Economia Aplicada thesis HOJI, M. Administração Financeira e Orçamentária. Atlas, 2009. HOJI, M. . Administração financeira na prática. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2014. https://sites.google.com/view/2021-conceitodegestofinanceira/p�gina-inicial/refer�ncias https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/2021-conceitodegestofinanceira/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/2021-conceitodegestofinanceira/p%C3%A1gina-inicial LEMES JUNIOR, A. B., CHEROBIM, Ana Paula, RIGO, Cláudio Miessa. Administração financeira: princípios, fundamentos e práticas brasileiras. Rio de Janeiro: Campus, 2002. OLIVEIRA, A. Método para avaliação de risco operacional em bancos Mestrado em Engenharia de Produção thesis ROSS, S. A. et al. Fundamentos de administração financeira. 9. ed. Porto Alegre, 2013 SANTOS, E. O. dos. Administração financeira da pequena e média empresa. São Paulo: Atlas, 2010 Welsch, G. A. (1983). Orçamento Empresarial (4ª ed.). São Paulo: Atlas. REFERÊNCIAS ON-LINE PORTAL, da educação. Análise de Investimentos. Disponível em : https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/contabilidade/avaliacao-de-investimentos/44792 , Acesso em 01/11/2019. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/view/2021-conceitodegestofinanceira/p�gina-inicial/refer�ncias https://getfireshot.com https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fwww.portaleducacao.com.br%2Fconteudo%2Fartigos%2Fcontabilidade%2Favaliacao-de-investimentos%2F44792&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNE-H835G0Tv0A85cWhG-ABT3gnGxA https://sites.google.com/view/2021-conceitodegestofinanceira/p%C3%A1gina-inicial/editorial Página inicial EDITORIAL Profile Meu nome é Moacir Gomes da Silva, um apaixonado pelo mundo das finanças e grande admirador pela área de tecnologia. Sou formado em Ciências Contábeis com especialização em Controladoria, MBA em Gestão de Projetos, MBA em Finanças e Políticas Fiscal e também Especialização em Business Intelligence . Meu Mestrado é em Educação e Novas Tecnologias. Nestes últimos 17 anos atuando como Diretor Financeiro e Administrativo em grandes organizações, principalmente, em organizações da área de Educação. Também sou formado em outrasduas graduações em Engenharia, sou Engenheiro Elétrico e também sou Engenheiro de Computação. As especializações na área de tecnologias são: desenvolvimento Mobile e Game Design. Busco na minha formação a convergência das finanças, tecnologia e Lattes educação. Atuando como professor universitário nos últimos 20 anos em diversas instituições de ensino, assim como consultor nas áreas de finanças, análise de O que não tem no meu currículo investimentos, gestão de custos e controladoria. Atualmente, cursando graduação em Licenciatura em Pedagogia. O que não tem no meu currículo Quando criança eu observava meus pais e ouvia eles conversarem sobre uma coisa chamada dinheiro, não conseguia compreender exatamente o que aquilo representava naquele momento, ouvia deles também palavras como orçamento, salário, custos, despesas, contas para pagar e etc. Na adolescência tive a percepção mais clara do que o dinheiro representava para uma família e o quanto meu pai e mãe tinham dificuldades em realizar a gestão financeira do mês, sempre com muita restrições e dívidas para pagar. Isto acabou direcionando minha curiosidade e formação em compreender o mundo das finanças e poder ajudar pessoas e organizações a não passarem por dificuldades como observava com meus pais. Gosto muito de praticar corrida de rua, sou torcedor do Flamengo e tenho um filho maravilhoso chamado Gabriel. Sou apaixonado pela leitura e pelos estudos, nos últimos anos procurando complementar minha visão financeira do mundo com dimensões complementares: do impacto das tecnologias, dos modelos de https://sites.google.com/view/2021-conceitodegestofinanceira/p�gina-inicial/editorial https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/2021-conceitodegestofinanceira/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/2021-conceitodegestofinanceira/p%C3%A1gina-inicial https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fapigame.unicesumar.edu.br%2Fqrcode%2F10207&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNHaVVQdcbWl7BpCBpHb1ICoNcNhuA https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fapigame.unicesumar.edu.br%2Fqrcode%2F10206&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNES-EbV0DkKpxyoXkYmVGbSb8aFVw aprendizagem (educação) e do comportamento decisório em finanças por pessoas e organizações. DIREÇÃO UNICESUMAR Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação a Distância; SILVA, Moacir Gomes da. Conceito de Gestão Financeira . Moacir Gomes da Silva. Maringá-Pr.: UniCesumar, 2021. “Pós-graduação Universo - EaD”. 1. Conceito. 2. Gestão. 3. Financeira. 4. EaD. I. Título. CDD - 22 ed. 372 CIP - NBR 12899 - AACR/2 Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar Head de pós-graduação Victor V. Biazon Diretoria de Design Educacional Equipe Recursos Educacionais Digitais Fotos : Shutterstock NEAD - Núcleo de Educação a Distância https://sites.google.com/view/2021-conceitodegestofinanceira/p�gina-inicial/editorial https://getfireshot.com Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 Retornar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/view/2021-conceitodegestofinanceira/p�gina-inicial/editorial https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/2021-conceitodegestofinanceira/p%C3%A1gina-inicial Página inicial Decisões de Investimento Prof. Me. Moacir Gomes da Silva Oportunidades de aprendizagem Nesta unidade a decisão de investimento está na essência central dos estudos, mas para chegar nesta decisão (ou decisões), alguns conhecimentos se fazem necessários. Um ponto importante é a compreensão do ambiente institucional que um país ou região se organiza com suas leis e práticas financeiras. Estaremos compreendendo quais são estas instituições e a contribuição de cada uma no sistema financeiro nacional. Após esta compreensão iremos observar a relação do tempo e o retorno do investimento, assim como apresentar as principais formas de capitalizar o dinheiro. Por último, o sistema atual financeiro e organizacional utiliza-se de novas formas de tornar seus retornos mais relevantes, uma destas estruturas é a governança corporativa e a relação com investidores. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/view/2021-conceito-de-gesto-finance/p�gina-inicial https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/2021-conceito-de-gesto-finance/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/2021-conceito-de-gesto-finance/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/2021-conceito-de-gesto-finance/p%C3%A1gina-inicial/unidade-2 Página inicial Decisões de Investimento Eu observo o mercado financeiro e as movimentações financeiras realizadas e pergunto-me, como investir e ter algum grau de segurança do retorno do capital investido? Será que temos como ter certeza do retorno do capital investido? Quais as opções de recursos que o mercado proporciona? Como prestar contas aos interessados (investidores) se os recursos aplicados estão sendo geridos para se atingir os resultados esperados? https://sites.google.com/view/2021-conceito-de-gesto-finance/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com https://sites.google.com/view/2021-conceito-de-gesto-finance/p%C3%A1gina-inicial https://sites.google.com/view/2021-conceito-de-gesto-finance/p%C3%A1gina-inicial Em muitas situações em reuniões da alta administração de uma organização, reuniões estas que são realizadas para analisar algum evento e depois na maioria das situações tomar uma decisão. Quando nestas reuniões estamos falando de dinheiro, alguns pontos de decisão podem ser analisados, como resultado da empresa em determinado momento, oportunidade de redução de custos, oportunidade de aumento de receita, oportunidades de investimentos, entre outros. O conhecimento da gestão financeira contribui em muito para uma decisão mais assertiva. Em uma situação de investimento abaixo qual decisão de investimento escolher? Você tem os seguintes cenários abaixo: Cenário 1: Investir R$ 1,00 agora e daqui 30 minutos eu te devolvo R$ 1,50. Cenário 2: Investir R$ 10,00 agora e daqui 30 minutos eu te devolvo R$ 11,00. Para a reflexão sobre desafio vamos assumir que: a) Temos os recursos necessários para investir; b) As propostas são excludentes (escolher um ou outro); c) Não precisamos aqui considerar inflação, impostos, custo de oportunidade e etc; d) Não é uma pegadinha. Qual a sua decisão? Foi difícil a escolha de qual investimento realizar? Aqui precisamos realizar uma reflexão de alguns pontos essenciais na gestão financeira: a) Qual a Missão de uma Organização? Ao olhar da gestão financeira criar valor para o acionista (investidor), ou seja, deixar o acionista mais rico. b) Quando se cria valor para o acionista – investidor? Quando o fluxo de caixa dos benefícios de um novo projeto de investimento “valem” mais que o capital empregado/investido. Exemplo: - Investimento em um projeto de investimento: R$ 10.000,00 - Benefícios estimados (fluxo de caixa gerado pelo investimento): R$ 15.000,00 - Valor Criado pelo projeto de investimento: R$ 5.000,00 c) Qual a missão da análise de um novo investimento? Estimar o quanto o novo investimento cria ou não valor para o acionista. d) Por que criar valor para o acionista é fundamental? Para que a empresa possa continuar atraindo recursos para novos investimentos e assim “garantir” a sua continuidade. https://sites.google.com/view/2021-conceito-de-gesto-finance/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com Ok, depois destas reflexões qual foi de fato a sua decisão? Caso você tenha decidido no desafio investir R$ 1,00 para receber R$ 1,50 após 30 minutos acredito que tenha percebidoque o ganho do investimento foi de 50%: 1,50 / 1,00 = 1,50 , ou seja, 50% a mais de retorno em taxa e em valor financeiro o ganho foi de 50 centavos. Caso você tenha decidido no desafio investir R$ 10,00 para receber R$ 11,00 após 30 minutos observou que o retorno do investimento foi de 10%: 11,00 / 10,00 = 1,10 , ou seja, 10% a mais de retorno em taxa e em valor financeiro o ganho foi de R$ 1,00. Não podemos afirmar qual investimento é o melhor, pois vamos observar que para esta decisão outros critérios são necessários. Na opção 1 temos um retorno maior em taxa (50%), enquanto no segundo temos um retorno absoluto em reais maior (R$ 1,00), ou seja, cada alternativa tem pontos fortes, assim como pontos de reflexão como o montante de capital investido na opção 1 que é de somente R$ 1,00 e na segunda opção um investimento maior de R$ 10,00. No Brasil existe um sistema chamado de “Sistema Financeiro Nacional (SFN)”, que é composto por organizações financeiras públicas e privadas. Este sistema, através destas diversas entidades regulamentam, fiscalizam e executam operações que proporcionam a circulação da moeda (dinheiro) e do crédito na economia do nosso país. https://sites.google.com/view/2021-conceito-de-gesto-finance/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com Em todo o mundo tivemos o desenvolvimento destes sistemas que contribuem para a regulação do mercado financeiro de cada país. Segundo Assaf (2011:38) O Sistema Financeiro Nacional pode ser entendido como um conjunto de instituições financeiras e instrumentos financeiros que visam, em última análise, transferir recursos dos agentes econômicos (pessoas, empresas, governo) superavitários para os deficitários. Segundo Cravo (2011:53) O Sistema Financeiro Nacional pode ser definido como um conjunto de mercados, instituições e instrumentos financeiros que possibilitam a transferências de recursos dos ofertados finais para os tomadores finais. Conecte-se Algumas leis do Brasil regulamentam o Sistema Financeiro Nacional, recomendo a leitura da lei abaixo: a) Lei no 4.595, de 31.12.1964, considerada a lei da “reforma bancária”. A leitura orienta sobre os temas e conceitos da Reforma Bancária no Brasil. Disponível aqui Em um artigo científico desenvolvido por Jose, Marcos e Sara da Universidade Federal do Cariri (2014), com o título de Sistema Financeiro Nacional (SFN), os mesmos demonstram de forma simples e clara as instituições participantes do SFN. Primeiro compreender que temos um Subsistema chamado de Normativo que é constituído por instituições que estabelecem diretrizes de atuação das instituições financeiras operativas e controle do mercado. Esse subsistema é composto pelo Conselho Monetário Nacional, Banco Central, Comissão de valores Mobiliários, Banco do Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e a Caixa econômica federal . O papel de cada entidade deste subsistema são: https://sites.google.com/view/2021-conceito-de-gesto-finance/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fapigame.unicesumar.edu.br%2Fqrcode%2F10212&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNHb7Kwh6GMELmUNExWkNzwxvkwSEA Conselho Monetário Nacional – CMN O CMN é a entidade superior do SFN. Como órgão Normativo por excelência não é cabível funções executivas sendo responsável pela fixação das diretrizes das políticas monetárias, creditícia e cambial do país. Segundo Fortuna (2010:19,20) suas atribuições são: ▪ Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia e seu processo de desenvolvimento; ▪ Regular o valor interno da moeda, prevenindo ou corrigindo os surtos inflacionários ou deflacionários de origem interna ou externa; ▪ Regular o valor externo da moeda e o equilíbrio do balanço de pagamentos do país; ▪ Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras públicas ou privadas, de forma a garantir condições favoráveis ao desenvolvimento equilibrado da economia nacional; ▪ Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros, de forma a tomar mais eficiente o sistema de pagamento e mobilização de recursos; ▪ Zelar pela liquidez e pela solvência das instituições financeiras; ▪ Coordenar as políticas monetárias, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública interna e externa; e ▪ Estabelecer a meta da inflação. Segundo Fortuna (2010:20) a partir destas atribuições, o CMN também está responsável por outras atribuições complementares: ▪ Autorizar as emissões de papel moeda; ▪ Aprovar os orçamentos monetários preparados pelo banco central; ▪ Fixar diretrizes e normas da política cambial; ▪ Disciplinar o crédito em suas modalidades e as formas das operações creditícias; ▪ Estabelecer limites para remuneração das operações e serviços bancários ou financeiros; ▪ Determinar as taxas do recolhimento compulsório das instituições financeiras; ▪ Regulamentar as operações de redesconto de liquidez, ▪ Outorgar ao banco central o monopólio de operações de câmbio quando o balanço de pagamento o exigir; ▪ Estabelecer normas a serem seguidas pelo BC nas transações com títulos públicos; ▪ Regular a constituição, o funcionamento e a fiscalização de todas as instituições financeiras que operam no país. https://sites.google.com/view/2021-conceito-de-gesto-finance/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com Banco Central do Brasil – BC ou Bacen A gestão da política econômica nacional compete ao Banco Central do Brasil, tem por objetivos principais estabilizar a compra de moeda de cada país, o sistema financeiro, definir política monetária, regulando as taxas de juros, taxas de câmbio e etc. Segundo Fortuna (2010: 20,21) suas atribuições são: ▪ Emitir papel moeda e moeda metálica nas condições e limites autorizados pelo CMN; ▪ Executar os serviços do meio circulante; ▪ Receber os recolhimentos compulsórios dos bancos comerciais e os depósitos voluntários das instituições financeiras e bancárias que operam no País; ▪ Realizar operações de redesconto e empréstimos às instituições financeiras dentro de um enfoque de política econômica do Governo ou como socorro a problemas de liquidez; ▪ Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis; ▪ Efetuar, como instrumento de política monetária, operações de compra e venda de títulos públicos federais; ▪ Emitir títulos de responsabilidade própria, de acordo com as condições estabelecidas pelo CMN; ▪ Exercer o controle de crédito sob todas as formas; ▪ Exercer a fiscalização das instituições financeiras, punindo-as quando necessário; ▪ Autorizar o funcionamento, estabelecendo a dinâmica operacional, de todas as instituições financeiras; ▪ Estabelecer as condições para o exercício de quaisquer cargos de direção nas instituições financeiras privadas; ▪ Vigiar a interferência de outras empresas nos mercados financeiros e de capitais; ▪ Controlar o fluxo de capitais estrangeiros, garantindo o correto funcionamento do mercado cambial, operando, inclusive, via ouro, moeda ou operações de crédito no exterior; https://sites.google.com/view/2021-conceito-de-gesto-finance/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com ▪ Determinar, via Copom, a taxa de juros de referência para as operações de um dia – a taxa selic. O Banco Central em resumo pode intervir, gerenciar, executar se necessário no sistema financeiro para garantir o funcionamento da economia do país. Comissão de Valores Mobiliário – CVM Segundo Jose, Marcos e Sara (2017) a Comissão de Valores Mobiliários foi criada pela Lei 6.385, em 07/12/76, com a missão de regular, fiscalizar e promover o desenvolvimento do mercado de valores mobiliários, para ser mais exato mercado de debênture em ações e serve também para proteger os investidores, lembrando que ele é um órgão normativo. São algumas de suas atribuições: ▪ Fortalecer o mercado de ações; ▪ Fiscalizar a emissão, registro, distribuição ea negociação de títulos emitidos pelas S/A de capital aberto; ▪ Assegurar o Funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsas, protegendo os investidores contra atos ilegais de administradores e acionistas; ▪ Estimular a formação de poupança e sua aplicação de valores mobiliários. Conecte-se A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foi criada em 07/12/1976 pela Lei 6.385/76, com o objetivo de fiscalizar, normatizar, disciplinar e desenvolver o mercado de valores mobiliários no Brasil. https://sites.google.com/view/2021-conceito-de-gesto-finance/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com A CVM é uma entidade autárquica em regime especial, vinculada ao Ministério da Economia, com personalidade jurídica e patrimônio próprios, dotada de autoridade administrativa independente, ausência de subordinação hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus dirigentes, e autonomia financeira e orçamentária. Acesse o site e tenha mais informações sobre a CVM. Disponível aqui Banco do Brasil – BB Segundo Jose, Marcos e Sara (2017) é um banco com multiplicidade que atua em parceria com o governo na execução dos serviços bancários. Ele teve uma função típica de autoridade monetária até janeiro de 1986. Hoje o BB é um conglomerado financeiro de ponta que vem aos poucos se ajustando à estrutura de um banco múltiplo tradicional. Algumas Atribuições: ▪ Atuar como autoridade monetária com função de agente financeiro do Governo e com banco comercial; ▪ Executar por conta do BC a compensação de cheques e outros papéis; ▪ Dar execução à política de comércio exterior. https://sites.google.com/view/2021-conceito-de-gesto-finance/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fapigame.unicesumar.edu.br%2Fqrcode%2F10213&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNE3QJIyUCoWJvcwfvuzHJmPuW9euQ Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES O BNDES tem como responsabilidade a política de investimento de longo prazo do Governo Federal, assim como processos de privatização. Hoje é uma das principais instituições financeiras de fomento do Brasil. Atribuições: ▪ Impulsionar o desenvolvimento econômico e social do País; ▪ Promover o desenvolvimento integrado das atividades agrícolas, ▪ Industriais e de serviços; ▪ Gerir todo o processo de privatização das empresas estatais; ▪ Atenuar desequilíbrios regionais. https://sites.google.com/view/2021-conceito-de-gesto-finance/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com Caixa Econômica Federal – CEF ou Caixa A Caixa Econômica Federal é uma instituição financeira pública. Atua de forma autônoma e apresenta um objetivo social, sua responsabilidade é pela operacionalização das políticas do Governo Federal como habitação popular e saneamento. Atribuições: ▪ receber depósitos à vista e os repassar na forma de financiamento habitacional; ▪ captar poupanças e depósitos à vista como principal fonte; ▪ financiar o sistema de habitação; ▪ centralizar o recolhimento e a aplicação de recursos oriundos do FGTS; ▪ conceder empréstimos e financiamentos a programas e projetos nas áreas sociais, educacionais, de saúde e etc. Conselho de Recursos do SFN-CRSFN Segundo Jose, Marcos e Sara (2017), foi criado pelo Decreto 91.152 de 15/03/85. Sendo um órgão integrante do Ministério da Fazenda, sua principal atribuição é julgar os recursos interpostos das decisões relativa a aplicação de penalidades administrativas do BCB e da CVM. Subsistema Intermediação Existe outro subsistema de nome Intermediação que é mais operativo, ou seja, composto por instituições bancárias e não bancárias que atuam em operações de intermediação financeira. Este subsistema é composto por diversas entidades, mas podemos classificar os principais grupos: Bancário, Não Bancário, Poupança e Empréstimo, Auxiliares e Não Financeiras. As Instituições financeiras monetárias segundo Assaf (2011:45,46) englobam os Bancos Comerciais, Bancos Múltiplos e Caixas Econômicas. https://sites.google.com/view/2021-conceito-de-gesto-finance/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com Os bancos Comerciais são instituições financeiras sob a forma sociedades anônimas. Bancos Múltiplos surgiu como reflexo da evolução dos bancos comerciais e do crescimento do mercado. Bancos Comerciais – BC São sociedades anônimas que podem ter controle público ou privado. Fazem a função de agentes superavitários para os deficitários. Os bancos podem: ▪ Descontar títulos; ▪ Realizar operações de abertura de crédito simples ou em conta corrente (contas garantidas); ▪ Realizar operações especiais, inclusive de crédito rural, de câmbio e comércio internacional; ▪ Obter recursos externos para repasse e outros. Caixas Econômicas – CE Conforme Fortuna (2010: 28,29) como sua principal atividade, integram o Sistema Financeiro Nacional Brasileiro de poupanças e empréstimos e o sistema financeiro da habitação, sendo, juntamente com os bancos comerciais, as mais antigas instituições do sistema Financeiro Nacional. As caixas econômicas também realizam operações de crédito e financiamento direto ao consumidor. Bancos Cooperativos –BCo Conforme Jose, Marcos, Sara (2017) através da resolução 2.193, de 31/08/95, autorizou a constituição de bancos comerciais na forma de sociedades anônimas de capital fechado, com exclusividade de cooperativas de crédito singulares, na realidade o BC autorizou para que a s cooperativas de crédito abrissem seus próprios bancos comerciais. Podendo fazer as mesmas coisas que os outros bancos comerciais fazem, como por exemplo: ▪ Talão de cheques; ▪ Emitir cartão de crédito; ▪ Compensação de documentos; e ▪ Administrar carteira de crédito. Cooperativas de Crédito - CC Segundo Fortuna (2010: 30) a lei 5.764, de 16/12/71, definiu a política de cooperativismo como sendo a atividade decorrente das iniciativas ligadas ao sistema cooperativo, originárias de setor público ou privado, isoladas ou coordenadas entre si, desde que reconhecido o seu interesse público, e instituiu o regime jurídico das sociedades cooperativas. Isso quer dizer que a CC são instituições financeiras sem fins lucrativos, uma atividade econômica de um bem comum, sem objetivo de lucro, constituída como sociedade de pessoas com forma e natureza jurídica própria. Sua finalidade é prestar serviços ou conceder créditos e geralmente atuam nos setores primários. Instituições Financeiras não Bancárias ou não monetárias Estas instituições atuam com ativos financeiros não monetários, não é permitida a emissão de moeda escritural, pela impossibilidade de captar recursos à vista. Segundo Fortuna (2010:32) são as instituições que captam recursos para empréstimos, através da emissão de títulos e, portanto, intermediam a moeda. Bancos de desenvolvimento – BD Instituições públicas de âmbito estadual que promovem o desenvolvimento econômico e social de uma região. O BNDES é o principal, mas destacam-se outros bancos como: BNB, BASA, apoiam o setor privado da economia, por meio de empréstimos e financiamentos, arrendamento mercantil, garantias e outros. https://sites.google.com/view/2021-conceito-de-gesto-finance/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com Bancos de investimentos – BI Segundo Assaf (2011:46) são os grandes municiadores de crédito de médio e longo prazo no mercado, suprindo os agentes carentes de recursos para investimento em capital de giro e capital fixo. Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimentos – Financeiras Conhecida como financeira, sua competência é financiamento de bens duráveis às pessoas físicas por meio de crédito direto ao consumidor. Pode ser classificado como: ▪ Independentes; ▪ Ligados a conglomerados financeiros; ▪ Ligados a grandes estabelecimentos comerciais; ▪ Ligados a grandes grupos industriais (exemplo: montadora de veículos). Sociedade de Credito ao Microempreendedor – SCM Conforme Jose, Marcos, Sara(2017) criadas pela MP 1.958-26, de 06/01/2000, com o objetivo de criar um modelo de financiamento sem assistencialismo, que atendesse com o mínimo de burocracia a um grande número da população que não tem acesso ao sistema bancário tradicional, foi regulamentada pela resolução 2.874, de 26/07/2001 são companhias fechadas nos termos da Lei 6.704, 15/12/1976 elas podem conceder financiamentos e prestar garantias a pessoas físicas para empreendimentos de natureza profissional, comercial ou industrial de pequeno porte a pessoas jurídicas classificadas como microempresas. Algumas de suas operações: aplicar as disponibilidades de caixa no mercado financeiro; ceder créditos, inclusive às companhias securitizadoras. São vedadas: ▪ A concessão de empréstimos para fins de consumo; ▪ A participação societária em instituições financeiras e em outras instituições autorizadas a funcionar pelo o BC; ▪ A captação de recursos junto ao público, bem como a emissão de títulos e valores mobiliários. Companhias Hipotecárias – CH Segundo Fortuna (2010) A resolução 2.122, de 30/11/94, do BC estabeleceu as regras para a constituição e o funcionamento das Companhias Hipotecarias, que devem ser estabelecidas sob a forma de sociedade anônima. A constituição e o funcionamento das CH dependem de autorização do BC. Sociedade de Crédito Imobiliário – SCI São financiamentos de operações imobiliárias que envolvem a compra de bens imóveis, destinam-se a construção, a venda ou aquisição de habitação. Elas costumam levar os recursos por meio de letras imobiliárias de cadernetas de poupança. Associação de Poupança e Empréstimo – APE Por serem sociedades civis sem fins lucrativos, a captação de recursos ocorre por cadernetas de poupança onde seus depositantes são exclusivamente pessoas físicas com o principal objetivo de financiamento imobiliário. Bancos de Câmbio –Bcam Segundo Fortuna (2010:37) a resolução 3.426, de 21/12/06, dispôs sobre a constituição e o funcionamento de instituições financeiras especializadas na realização de operações de câmbio, tais como: compra e venda de moeda estrangeira; transferência de recursos de e para o exterior; financiamento de exportação e importação; adiantamento sobre contratos de câmbio – ACE; e outras operações, inclusive de prestação de serviços previstas na regulamentação do mercado de câmbio. https://sites.google.com/view/2021-conceito-de-gesto-finance/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com Sistema Brasileiro de poupança e empréstimo – SBPE Ao ser decretada a extinção do BNH (Decreto – Lei 2.291, de 21/11/86) o Sistema Financeiro de Habitação do Brasil passou a ser constituído pelas instituições do SBPE que são representadas por: CEF, Sociedade de Créditos Imobiliários, Associação de Poupança e empréstimos a bancos múltiplos. Existem outras organizações que são auxiliares do Mercado Financeiro, sendo: a) Sociedade corretoras de títulos e valores mobiliários – CTVM Essa instituição tem exclusividade na intermediação financeira nos pregões das bolsas de valores, podendo intermediar com títulos e valores imobiliários. Tendo o direito de comprar, vender e distribuir títulos e valores mobiliários. b) Sociedade distribuidora de títulos e valores mobiliários – DTVM São instituições intermediadoras de títulos e valores mobiliários, se assemelham bastante aos das corretoras. Sendo que se destacam em: ▪ Aplicações por conta própria ou de terceiros (intermediação) em títulos e valores mobiliários de renda fixa e variável; ▪ Operações no mercado aberto; ▪ Participação em lançamentos públicos de ações. c) Sociedade de Arrendamento Mercantil (Leasing) As Sociedades de Arrendamento Mercantil captam recursos por intermédio da emissão de debêntures, com características de longo prazo. Sua característica principal são as operações de leasing, que tratam de locação de bens de forma que, no final do contrato, o locatário pode renovar o contrato, adquirir o bem por um valor residencial ou devolver o bem locado à sociedade. Atualmente, tem sido comum operações de leasing em que o valor residual é pago de forma diluída ao longo do período contratual ou de forma antecipada, no início do período. d) Agências de fomento ou desenvolvimento – AF Segundo Fortuna (2010:38) a resolução 2.828, de 30/03/2001, do BC estabeleceu as regras atuais que dispõem sobre a constituição e o funcionamento das agências de fomento. e) Instituições Não Financeiras Segundo Assaf (2011:50), as sociedades de fomento comercial – factoring - são empresas comerciais (não financeiras) que operam por meio de aquisições de duplicatas, cheques etc. de forma similar a uma operação de desconto bancário. As empresas factoring têm como fonte de recursos fundos próprios e empréstimos bancários, não são considerados uma operação financeira de crédito e sim uma transferência. Observa-se desta forma no Brasil mudanças expressivas na configuração do Sistema Financeiro Nacional que permitiu adequar-se às necessidades de nossa sociedade. https://sites.google.com/view/2021-conceito-de-gesto-finance/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com Conecte-se Assista ao vídeo sugerido e compreenda um pouco mais sobre o Sistema Financeiro Nacional. Disponível aqui Após este arcabouço da estrutura institucional no Brasil do Sistema Financeiro, outro ponto importante na área de finanças é o valor do dinheiro no tempo. As decisões financeiras estão relacionadas aos custos e aos benefícios de um investimento no tempo. Precisamos comparar os valores das somas de dinheiro em diferentes datas. As competências que precisamos são conhecimentos em Fluxo de Caixa e o Custo do Dinheiro no tempo, Conforme Bertolo (2010) o valor do dinheiro no tempo (VDT) se refere ao fato que dinheiro na mão hoje vale mais do que a esperança dessa mesma quantia ser recebida no futuro. Existem no mínimo três razões do porquê isto é verdadeiro. Primeiro, dinheiro na mão hoje pode ser investido, rendendo juros, de modo que você terminará com mais dinheiro no futuro. Em segundo lugar, o poder de compra do dinheiro pode mudar no tempo devido à inflação. Finalmente, a receita de dinheiro esperada no futuro é, em geral, incerta. https://sites.google.com/view/2021-conceito-de-gesto-finance/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fapigame.unicesumar.edu.br%2Fqrcode%2F10214&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNG0k_OL-1Urboj8bpqIBR2ZVsNosQ Um dos pontos principais do dinheiro no tempo é a compreensão dos juros. Bertolo (2010) complementa, a linha de tempo pode ser uma ferramenta muito valiosa na análise VDT. A linha de tempo ajuda a visualizar o que está acontecendo dentro de um problema específico. Usaremos a linha de tempo nos em todos os capítulos para ilustrar sua utilidade. Esta representação é dada de forma analítica ou gráfica. Exemplo: Imaginemos investir, no instante inicial zero, R$ 6.000,00; no instante 1 e 2 receber, respectivamente, R$ 3.000,00 e R$ 5.000,00; no instante 3 investir R$ 2.000,0 e, no instante 4, receber R$ 10.000,00. O Fluxo de Caixa analítico que representa a dimensão financeira pode ser representado assim: Tabela 1: Entrada e Saída de Recursos Fonte: o autor. Se convencionássemos que as entradas de dinheiro são positivas e as saídas negativas, poderíamos representar analiticamente o mesmo Fluxo de Caixa da seguinte maneira: https://sites.google.com/view/2021-conceito-de-gesto-finance/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com Tabela 2: Entrada e Saída de Recursos - Consolidado Fonte: o autor. O Fluxo de Caixa pode ser também representado graficamente por um diagrama como mostrado na figura a seguir: Figura 1: Linha do Tempo Fonte: o autor. VP indica valor presente e o i representa a taxa de juros. https://sites.google.com/view/2021-conceito-de-gesto-finance/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com Aqui neste ponto, eu e você precisamoscompreender o que é Juro: é o recurso (dinheiro) pago pelo uso do dinheiro emprestado ou como remuneração do capital empregado em atividades produtivas. Assim como os juros, outros temas importantes em finanças são importantes compreender na visão do professor Bertolo (2010): a) INFLAÇÃO (perda de poder da moeda) - diminuição do poder aquisitivo da moeda no tempo obriga que o investimento produza retorno maior que o capital investido. b) UTILIDADE - investir significa deixar de consumir hoje para consumir amanhã, o que só é atraente quando o capital recebe remuneração adequada, isto é, havendo preferência temporal para consumir, as pessoas querem uma recompensa pela abstinência do consumo. O prêmio para que não haja consumo é o juro. c) RISCO - existe sempre a possibilidade do investimento não corresponder às expectativas. Isso se deve ao fato de o devedor não poder pagar o débito, o tempo de empréstimo (as operações de curto prazo são menos arriscadas) e o volume do capital emprestado. Pode-se associar ao acréscimo na taxa pelo maior risco, como sendo um seguro que aquele que oferta os fundos cobra por assumi-los. d) OPORTUNIDADE - os recursos disponíveis para investir são limitados, motivo pelo qual ao se aceitar determinado projeto perde-se oportunidades de ganhos em outros; e é preciso que o primeiro ofereça retorno satisfatório. Em finanças o investidor é remunerado pelo retorno do investimento medido pela taxa de juro. Para o tomador de empréstimos o seu custo é medido também pela taxa de juros (custo do capital – capital de terceiros). Se formos representar isso em uma fórmula podemos determinar que chama-se taxa de juros a razão entre os juros J que serão cobrados no fim do período e o capital VP inicialmente empregado. Assim: i = J / VP Desta forma podemos exercitar: Exemplo: Uma organização emprestou R$ 2000,00 e irá pagar após um ano R$ 200,00 de juros, calcule a taxa de juros: I = ? https://sites.google.com/view/2021-conceito-de-gesto-finance/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com Juros = 200,00 Valor Presente (valor emprestado) = 2000,00 i = J / VP i = 200 / 2000 i = 0,10 transformar número decimal em percentual/porcentagem: i = 0,10 X 100 = 10 = 10% 100 100 i = 10% ao ano. ( resposta ) Um outro exemplo, é calcularmos o VP (valor presente), para os seguintes dados: I = 10% a.m. (ao mês) Juros = R$ 200,00 Valor Presente (valor emprestado) = ? Considerando que após 30 dias (1 mês), qual deve ser o valor que foi emprestado (VP)? Fórmula e Resolução: i = J / VP o,1 = 200 / VP VP = 200 / 0,1 VP = R$ 2.000,00 ( resposta ) https://sites.google.com/view/2021-conceito-de-gesto-finance/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com A avaliação de investimentos no Brasil segue algumas legislações, uma delas a legislação da Contabilidade que surge principalmente na Lei Nº 6.404/76, que define as regras contábeis para as sociedades por ações. outras legislações importantes irão determinar por exemplo o Regulamento do Imposto de Renda, assim como as Instruções, Deliberações, Ofícios Circulares e outros documentos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Código Civil. Poder ter mais capital, leva as pessoas a procurarem opções de investimentos, principalmente que possam ter um retorno lucrativo e favorável. O investimento ao ser realizado, precisa ser observado se o mesmo terá um caráter mais permanente ou temporário. Os investimentos permanentes geralmente estão associados a investimento em uma sociedade/organização, desde seu início ou em empresas que já estão operando. São investimentos de médio a longo prazo. Os investimentos temporários, como o próprio nome designa, são aplicações de mais curto ou médio prazo, com retornos desejados conforme a estratégia do investidor. https://sites.google.com/view/2021-conceito-de-gesto-finance/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com Após a compreensão dos tipos de investimentos, um ponto relevante é a compreensão da Governança Corporativa. No Brasil o principal organismo que aborda o tema é o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). Conforme Lanzana (2004, p.24), a governança corporativa é uma prática do sistema que trata dos mecanismos da administração estratégica e operacional da organização, a qual possui como princípio, melhorias da imagem, rentabilidade das atividades que fazem parte da atividade em que atua. Nos ambientes corporativos atuais a governança corporativa pretende aumentar a probabilidade de os investidores garantirem para si o retorno sobre seu investimento, por meio de diversos mecanismos estruturais na organização como a necessidade de um Conselho de Administração, Auditoria Externa, Comitês, Compliance, Gestão de Riscos, Controladoria entre outros. Importante destacar que uma organização é uma entidade que negocia mercadorias, ou presta serviços, produz bens. O nascimento de uma empresa se faz pelas fontes de financiamento, que podem ter duas origens conforme visto anteriormente: a) Capital Próprio; b) Capital de Terceiros; O Capital Próprio na visão da governança corporativa é o capital da fonte própria de investimentos oriunda de seus acionistas, quando nos referimos aos registros na contabilidade é o grupo de contas do Patrimônio Líquido. A princípio este grupo é considerado como um “não exigível”, sem um vencimento explícito de quando a empresa deverá devolver o capital a seus acionistas. Os lucros da organização e seus acúmulos transitam pelo Patrimônio Líquido, demonstrando a evolução patrimonial. O Capital de Terceiros tem por objetivo financiar ativos permanentes para o funcionamento da organização e/ou financiar a operação da empresa em seu capital de giro. Desta forma, a estrutura de capital fundamenta a influência direta do mercado sobre a gestão e controle da organização, o que determina os graus de risco do capital investido. https://sites.google.com/view/2021-conceito-de-gesto-finance/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com Conecte-se No Brasil, o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) é uma organização sem fins lucrativos, referência nacional e internacional em governança corporativa. O instituto contribui para o desempenho sustentável das organizações por meio da geração e disseminação de conhecimento das melhores práticas em governança corporativa, influenciando e representando os mais diversos agentes, visando uma sociedade melhor. Abaixo o link para mais informações: Disponível aqui Outro ponto importante na dimensão financeira da governança corporativa é o chamado “Conflito de Agência”, pois através da governança corporativa podemos minimizar os conflitos que surgem do fenômeno de separação entre a propriedade e a gestão da organização. Assim, ao delegar ao Gestor o poder de decisão o acionista perde o poder de controle sobre a organização, surgindo a partir deste momento os conflitos de agência, pois os interesses daqueles que administram a organização nem sempre estão alinhados com os seus acionistas. https://sites.google.com/view/2021-conceito-de-gesto-finance/p�gina-inicial/unidade-2 https://getfireshot.com https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fapigame.unicesumar.edu.br%2Fqrcode%2F10215&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGR0BTEgmv-UxcqMf6sOOOfowO-tA Para contribuir e deixar a gestão de investimentos de uma forma transparente, a Relação com Investidores torna-se necessária, é uma área que se constitui como interlocutor entre a empresa que negocia suas ações no mercado da bolsa de valores e todo o mercado que precisa compreender esta empresa. A relação com investidores (RI) realiza a divulgação de informações de forma periódica e/ou eventual, assessora o processo de organizar reuniões (assembleia, com acionista e etc) e atende as demandas eventuais de informações específicas para o mercado e acionistas. Segundo Dolphin (2004), o RI tem sido considerado uma área importante nas
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