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CENTRO UNIVERSITÁRIO FEI CAMILA SANTOS MUNIZ: 11.218.074-0 KAUE MANOEL DA COSTA 11.218.243.1 MATEUS ROCHA DA SILVA 11.218.068-2 EXPERIMENTO 4: ESTUDO DO EFEITO DA CONCENTRAÇÃO DE AÇÚCARES E DO TIPO DE MOSTO NA FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA EM ESCALA DE BANCADA São Bernardo do Campo 2022 EXPERIMENTO 4 AULA 01: FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA 1) Dados dos ensaios da Turma 653 Tabela 1: Propriedades obtidas para o ensaio 3 Grupo Ensaio 3 (Melaço) T(°C) °Brix desejado Volume Total Massa De Melaço Brix inicial D0 (g/mL) Brix final Df (g/mL) 1 30 10 500 62,5 11,2 1,050 6,2 1,018 2 30 15 500 93,75 14,2 1,064 8,3 1,022 3 30 20 500 125 17,5 1,077 9,6 1,025 4 30 25 500 156,25 23,3 1,109 12,9 1,042 5 30 35 500 218,75 30,5 1,140 18,4 1,050 6 30 50 500 312,5 42,5 1,200 37,1 1,151 Fonte: o autor Tabela 2: Propriedades obtidas para o ensaio 4 Grupo Ensaio 4 (Sacaose) T(°C) °Brix desejado Volume Total Massa De Sacarose Brix inicial D0 (g/mL) Brix final Df (g/mL) 1 30 50 500 250 43,3 1,195 40,7 1,180 2 30 35 500 175 31,5 1,135 25,3 1,088 3 30 25 500 125 23,5 1,111 16,2 1,047 4 30 20 500 100 19,2 1,080 12,2 1,040 5 30 15 500 75 14,3 1,062 5,1 1,003 6 30 10 500 50 9,7 1,038 3,2 0,992 Fonte: o autor 1.1 Dados dos ensaios do grupo 4 Tabela 3: Propriedades obtidas para os ensaios do grupo 6 Grupo Ensaio 3 (Melaço) T(°C) °Brix desejado Volume Total Massa De Melaço Brix inicial D0 (g/mL) Brix final Df (g/mL) 4 30 25 500 156,25 23,3 1,109 12,9 1,042 Grupo Ensaio 4 (Sacaose) T(°C) °Brix desejado Volume Total Massa De Sacarose Brix inicial D0 (g/mL) Brix final Df (g/mL) 4 30 20 500 100 19,2 1,080 12,2 1,040 Fonte: o autor 2) Reta de atenuação dos ensaios realizados por todos os grupos Gráfico 1: Reta de Atenuação do ensaio 3 – Melaço (Agregando todos os grupos) Fonte: o autor Gráfico 2: Reta de Atenuação do ensaio 4 – Sacarose (Agregando todos os grupos) Fonte: o autor 3) Cálculo da grandeza de Queda Relativa (Rf) – Ensaio 3 - Melaço 𝑅𝑓 = (𝐷0 − 𝐷𝑓) 𝐷0 ∗ 100 𝐺𝑟𝑢𝑝𝑜 1: 𝑅𝑓 (1) = (1,050 − 1,018) 1,050 ∗ 100 → 𝑅𝑓 (1) = 3,05% 𝐺𝑟𝑢𝑝𝑜 2: 𝑅𝑓 (2) = (1,064 − 1,022) 1,064 ∗ 100 → 𝑅𝑓 (2) = 3,95% 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6 1,7 1,8 1,9 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 D en si d ad e (g /m L ) Tempo (h) Reta de atenuação - Sacarose Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Grupo 6 𝐺𝑟𝑢𝑝𝑜 3: 𝑅𝑓 (3) = (1,077 − 1,025) 1,077 ∗ 100 → 𝑅𝑓 (3) = 4,83% 𝐺𝑟𝑢𝑝𝑜 4: 𝑅𝑓 (4) = (1,109 − 1,042) 1,109 ∗ 100 → 𝑅𝑓 (4) = 6,04% 𝐺𝑟𝑢𝑝𝑜 5: 𝑅𝑓 (5) = (1,140 − 1,050) 1,140 ∗ 100 → 𝑅𝑓 (5) = 7,89% 𝐺𝑟𝑢𝑝𝑜 6: 𝑅𝑓 (6) = (1,200 − 1,151) 1,200 ∗ 100 → 𝑅𝑓 (6) = 4,08% 4) Cálculo da grandeza de Queda Relativa (Rf) – Ensaio 4 - Sacarose 𝑅𝑓 = (𝐷0 − 𝐷𝑓) 𝐷0 ∗ 100 𝐺𝑟𝑢𝑝𝑜 1: 𝑅𝑓 (1) = (1,195 − 1,180) 1,195 ∗ 100 → 𝑅𝑓 (1) = 1,25% 𝐺𝑟𝑢𝑝𝑜 2: 𝑅𝑓 (2) = (1,135 − 1,088) 1,135 ∗ 100 → 𝑅𝑓 (2) = 4,14% 𝐺𝑟𝑢𝑝𝑜 3: 𝑅𝑓 (3) = (1,111 − 1,047) 1,111 ∗ 100 → 𝑅𝑓 (3) = 5,76% 𝐺𝑟𝑢𝑝𝑜 4: 𝑅𝑓 (4) = (1,080 − 1,040) 1,080 ∗ 100 → 𝑅𝑓 (4) = 3,70% 𝐺𝑟𝑢𝑝𝑜 5: 𝑅𝑓 (5) = (1,062 − 1,003) 1,062 ∗ 100 → 𝑅𝑓 (5) = 5,56% 𝐺𝑟𝑢𝑝𝑜 6: 𝑅𝑓 (6) = (1,038 − 0,992) 1,038 ∗ 100 → 𝑅𝑓 (6) = 4,43% 5) Representação gráfica da Queda Relativa de Densidade em função do BRIX para os ensaios 3 e 4 utilizando os dados de todos os grupos: Gráfico 3: Queda Relativa de densidade em função do BRIX para os ensaios 3 e 4 Fonte: o autor 6) Discussão dos Resultados da aula 1 - Fermentação: • Por que nas usinas de álcool e açúcar utiliza-se preferencialmente o teor de açúcares em torno de 20 BRIX para a fermentação? O melaço quando está em sua forma pura (80 °Brix) está muito concentrado, e isso atrapalha o rendimento da levedura devido a pressão osmótica, causando até morte celular dos mesmos, apesar de uma grande concentração facilitar a produção do etanol e baixa produtividade da vinhaça. Concentração abaixo de 15 °Brix, abaixa o rendimento de etanol, com grande aumento no subproduto vinhaça, perdendo assim a qualidade do álcool. Por isso, 20°Brix está na faixa ideal pois não estressa a levedura por conta da concentração e pressão osmótica e ideal para Bom rendimento de etanol e baixa (quase nula) produção de vinhaça, aumentando a qualidade e quantidade de etanol • Por que nas usinas de álcool e açúcar utiliza-se mosto preparado com melaço e caldo de cana no lugar de usar o açúcar para a fermentação? As usinas de álcool e açúcar dão preferência pelo uso de mosto preparado com melaço e caldo de cana pois diferente de açucares simples (tais como a glicose, frutose e sacarose), isso pois, quantidades de açúcar maiores no mosto são desejáveis para permitir a maior produção de etanol, podendo-se chegar a mostos com até 15 % de etanol e reduzindo o volume de vinhaça. Mostos de cana de açúcar apresentam em torno de 21° BRIX (aproximadamente 21% de sólidos dissolvidos), levando a um rendimento alcoólico em torno de 9% a 11% de etanol no mosto. Por último, importante destacar que por viabilidade econômica, a utilização de mosto preparado com melaço e caldo de cana de açúcar é mais favorável do que o uso de açúcar AULA 02: DETERMINAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA Cálculo da eficiência de fermentação ou rendimento (EF): 1) Estequiometria da fermentação alcoólica: 𝐶12𝐻22𝑂11 (𝑠𝑎𝑐𝑎𝑟𝑜𝑠𝑒) + 𝐻2𝑂 → 𝐶6𝐻12𝑂6 (𝑔𝑙𝑖𝑐𝑜𝑠𝑒) + 𝐶6𝐻12𝑂6 (𝑓𝑟𝑢𝑡𝑜𝑠𝑒) 𝐶6𝐻12𝑂6 (𝑔𝑙𝑖𝑐𝑜𝑠𝑒/𝑓𝑟𝑢𝑡𝑜𝑠𝑒) → 2𝐶2𝐻5𝑂𝐻 (𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙) + 2𝐶𝑂2 2) Fator de conversão substrato a produto teórico (YP/S teórico): 𝑌𝑃/𝑆 = ∆𝑃 ∆𝑆 𝑌𝑃/𝑠𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 = (2 ∗ 46) 180 = 𝟎, 𝟓𝟏𝟏 𝒈𝒆𝒕𝒂𝒏𝒐𝒍 𝒈𝒈𝒍𝒊𝒄𝒐𝒔𝒆 3) Cálculos da obtenção do Etanol (dados do grupo 4) Para o cálculo da porcentagem do volume de etanol produzido, será necessário a utilização da Tabela Alcoolométrica para converter a densidade experimental a 20°C em % em volume. Para o grupo 4, encontrou-se uma densidade de 0,9895 a 20°C Para encontrar a %(v/v) na tabela, será necessária uma interpolação: D 20°C / 20°C % v/v 0,98956 7,5 0,98950 x 0,98944 7,6 𝑥 = % 𝑣 𝑣 = 7,55 Volume de etanol produzido (base de 500 mL) 𝑣𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 = 0,0755 ∗ 500 𝑚𝐿 = 𝟑𝟕, 𝟕𝟓 𝒎𝑳 Massa de etanol produzida (ρ etanol anidro = 0,789 g/cm³) 𝑚𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙 = 37,75 𝑐𝑚 3 ∗ 0,789 𝑔/𝑐𝑚³ 𝒎𝒆𝒕𝒂𝒏𝒐𝒍 = 𝟐𝟗, 𝟕𝟖 𝒈 Massa equivalente de Glicose: 𝑛𝑠𝑎𝑐𝑎𝑟𝑜𝑠𝑒 = 𝑚𝑠𝑎𝑐𝑎𝑟𝑜𝑠𝑒/342 𝑛𝑠𝑎𝑐𝑎𝑟𝑜𝑠𝑒 = 100/342 𝑛𝑠𝑎𝑐𝑎𝑟𝑜𝑠𝑒 = 0,292 𝑚𝑜𝑙 𝑚𝑔𝑙𝑖𝑐𝑜𝑠𝑒 = 𝑛𝑠𝑎𝑐𝑎𝑟𝑜𝑠𝑒 ∗ 2 ∗ 180 𝑚𝑔𝑙𝑖𝑐𝑜𝑠𝑒 = 0,292 ∗ 2 ∗ 180 𝒎𝒈𝒍𝒊𝒄𝒐𝒔𝒆 = 𝟏𝟎𝟓, 𝟏𝟐 𝒈 Fator de conversão substrato a produto experimental: 𝑌𝑃/𝑆𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 = 𝑚𝑒𝑡𝑎𝑛𝑜𝑙/𝑚𝑔𝑙𝑖𝑐𝑜𝑠𝑒 𝑌𝑃/𝑆𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 = 29,78/105,12 𝒀𝑷/𝑺𝒆𝒙𝒑𝒆𝒓𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒂𝒍 = 𝟎, 𝟐𝟖𝟑 𝒈𝒆𝒕𝒂𝒏𝒐𝒍 𝒈𝒈𝒍𝒊𝒄𝒐𝒔𝒆 Eficiência da Fermentação: 𝐸𝐹 = ( 𝑌𝑃 𝑆 𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 𝑌𝑃 𝑆 𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 ) ∗ 100 𝐸𝐹 = ( 0,283 0,511 ) ∗ 100 𝑬𝑭 = 𝟓𝟓, 𝟑𝟖% 4) Dados referentes a todos os grupos: Obs: Os dados serão dispostos em tabela, contudo, os cálculos foram realizados utilizando fórmulas do tópico anterior. Tabela 4: Dados obtidos da destilação para todos os grupos Fonte: o autor Grupo D 20°C / 20°C % v/v v etanol (cm³) m etanol (g) n sacarose (mol) m glicose (g) Y p/s exp Y p/s teo Eficiência C sacarose 1 0,99225,46 27,30 21,54 0,73 263,16 0,08 0,51 16,02 0,50 2 0,9888 8,11 40,55 31,99 0,51 184,21 0,17 33,99 0,35 3 0,9884 8,44 42,20 33,30 0,37 131,58 0,25 49,52 0,25 4 0,9895 7,55 37,75 29,78 0,29 105,26 0,28 55,37 0,20 5 0,9886 8,27 41,35 32,63 0,22 78,95 0,41 80,87 0,15 6 0,9902 7,00 35,00 27,62 0,15 52,63 0,52 102,68 0,10 Gráfico 4: Dados obtidos de % volumétrica de etanol obtida após destilação do ensaio 4 – Sacarose Gráfico 5: Eficiência de fermentação (rendimento) em função da concentração de sacarose Fonte: o autor 5) Discussão dos resultados da aula 2: Determinação da eficiência de fermentação alcoólica O aumento da concentração de substrato resulta em um aumento da pressão osmótica dentro da célula causando aumento na morte celular. Logo, a concentração de açúcar influencia diretamente na eficiência da fermentação alcoólica, quanto maior essa concentração, maior a velocidade de fermentação resultando em inibição do transporte de açúcar e produzindo menos álcool. 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 E fi ci ên ci a C sacarose Eficiência de fermentação (rendimento) em função da concentração de sacarose
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