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ADUBOS E FERTILIZANTES

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1
 
 
ADUBOS E FERTILIZANTES 
 
1 Histórico 
 
Desde que o homem deixou de ser nômade, passando a viver em 
comunidade, aldeia, clã, ele passou a praticar a agricultura, tempos depois 
observou que se o solo não possuir nutrientes, o mesmo não poderá desenvolver 
as plantas e assim adquirindo o alimento necessário para a vida. 
O homem tem adubado suas terras com estercos, camas animais, 
restos de cultura e outros materiais orgânicos. A adubação orgânica é igualmente 
uma prática agrícola conhecida há milênios e empregada para a manutenção e 
recuperação da fertilidade das terras de cultura. 
No século XIX, o alemão Justus von Liebig, em um de seus 
experimentos com minerais, determinou quais são os elementos essenciais ao 
desenvolvimento completo do ciclo vegetativo de uma planta. Iniciando assim o 
estudo e utilização de minerais na agricultura. 
Com utilização de adubos minerais, havia iniciado uma nova fase da 
agricultura mundial. 
 
1.1 A Evolução da indústria de Adubos no Brasil 
 
No Brasil a indústria de fertilizantes seguiu de perto a industrialização 
brasileira. Este desenvolvimento pode ser devido historicamente em quatro fases 
(CEKINSKI, 1990): 
A) Primeira fase: 1950-1974 
Esta fase representa a estruturação do setor no País. No período a 
produção interna de N-P2O5-K2O aumentou acima de 80 vezes; o consumo 
cresceu apenas 20 vezes. Ampliando-se a capacidade de mistura, de 
 2
armazenagem e de distribuição, operando com matéria-prima importada, 
determinando a localização junto aos portos marítimos. Posteriormente passa-se 
a produção de fertilizantes simples, ainda que utilizando matéria-prima importada. 
Entre os fatores que possibilitaram a expansão do setor, temos a mudança no pa-
drão técnico da agricultura com novas técnicas e novas variedades com maior 
capacidade de resposta à adubação. Também a relação favorável dos adubos e 
produtos agrícolas, e a partir de 1966, um vantajoso sistema de crédito rural, 
contribuíram para a tendência de crescimento do setor. 
B) Segunda fase: 1974-1980 
Caracterizou-se pela ampliação da oferta interna de fertilizantes. O 
PNFCA (1º Plano Nacional de Fertilizantes e Calcário Agrícola), de 1974, traçou 
as diretrizes do setor. Neste período o suprimento interno do setor foi favorecido 
devido à conjuntura internacional, pressionando a balança interna, e favorecendo 
a aumentos nos preços dos fertilizantes, devido à crise do petróleo (1972-1974). 
Outro fator foi descoberta das reservas fosfatadas no Brasil Central, possibilitando 
o suprimento interno de algumas matérias-primas. 
C) Terceira fase: 1980-1983 
Período de grandes dificuldades do setor, devido ao decréscimo no 
consumo aparente de fertilizantes. As empresas estatais com parcela 
considerável do setor, não atuando na comercialização de misturas N-P2O5-K2O. 
A maioria dos fertilizantes fosfatados e quase todos nitrogenados foram supridos 
pelas empresas estatais. Nesta fase o consumo de fertilizantes teve uma queda 
de 18% ao ano, levando aos níveis de consumo de 1975-1976. A queda brusca 
foi motivada pela nova queda dos preços do petróleo, aliada uma crise nacional. 
Problemas como inflação, recessão, desemprego, déficit nas balanças comercial 
e de pagamentos acabaram por limitar drasticamente o crédito rural, deteriorando 
a relação dos preços de fertilizantes e de produtos agrícolas. 
D) Quarta fase: 1984-1989 
A taxa de crescimento da demanda, passa a ser positiva, cerca de 13% 
ao ano. Entendido como resultado da situação econômica internacional e 
nacional. Há queda nos preços do petróleo e nas taxas de juros e algumas 
"commodities" têm seu preço recomposto. Característica, tanto desta fase como 
da anterior, quase ausência de investimentos no setor. Pode-se a curto ou médio 
 3
prazo, como no passado, haver grande desembolso de dólares em importações 
de fertilizantes. 
 
1.1.1 Estágio atual do desenvolvimento do setor de 
fertilizantes 
 
Atualmente as empresas que atuam no setor de fertilizantes, excluídas 
algumas misturadoras, estão ligadas a grandes grupos (nacionais ou 
internacionais). Estas empresas podem ser apresentadas em quatro níveis de 
verticalização (CEKINSKI, 1990): 
a) Primeiro nível: 
Empresas "integradas" aquelas com integração total. Estas empresas, 
Copebrás e Ouimbrasil/Serrana, produzem e comercializam desde matérias-
primas básicas até misturas N-P2O5-K2O (passando por produtos intermediários). 
b) Segundo nível: 
Empresas que não atuam na área de misturas N-P2O5-K2O, como 
empresas do grupo Petrofértil e Arafértil. O grupo Petrofértil detém a produção de 
matérias-primas nitrogenadas, além da parcela da produção de produtos 
intermediários nitrogenados. E também a produção de matérias-primas e produtos 
intermediários fosfatados. Compõem este grupo as seguintes empresas: 
Nitrofértil, Ultratértil, Fosfértil, ICC e Goiasfértil). Quanto à atuação da Arafértil, 
esta limita-se à produção e comercialização de rocha fosfática e fertilizantes 
simples fosfatados. 
c) Terceiro nível: 
Empresas que produzem e comercializam produtos intermediários e/ou 
misturas N-P2O5-K2O. Estas empresas apresentam-se semi-integradas, 
adquirindo suas matérias-primas de terceiros. Compõem este segmento as 
seguintes empresas: Trevo, Manah, Solorrico, Indag, Fertisul, Centralsul, CRA, 
Galvani, Copas, Elequeiroz, Fostanil, Beker e Profértil. 
d) Quarto nível: 
Empresas não integradas, que atuam unicamente na comercialização 
de fertilizantes simples e na produção e comercialização de misturas N-P2O5-K2O, 
 4
adquirindo suas matérias-primas de terceiros. Neste segmento estão mais de 300 
empresas. além das cooperativas de agricultores. 
 
2 Conceitos 
 
Adubo ou fertilizante é qualquer substância que contenha um ou mais 
nutrientes de plantas, em forma disponível ou que possa ser absorvido por elas, 
visando o aumento de colheita. 
O conceito difere entre os autores, outra definição para adubo ou 
fertilizante é todo material orgânico ou mineral, contendo um ou mais nutrientes, 
que, aplicado no solo ou diretamente nas plantas, concorre para o aumento das 
colheitas. 
No Brasil a fabricação de fertilizantes é fiscalizada pelo Ministério da 
Agricultura, existindo uma legislação própria para a produção, comercialização e 
utilização de adubos, regida por Leis, Decretos, Portarias, Ofícios e Instruções. 
Segundo esta legislação adubo ou fertilizante é a substância mineral ou 
orgânica, natural ou sintética, fornecedora de um ou mais nutrientes vegetais. 
A definição de nutriente é o elemento essencial para o crescimento e 
produção dos vegetais, sendo eles; 
a) Macronutrientes Primários: o nitrogênio, fósforo e potássio, 
expressos nas formas de Nitrogênio (N), pentóxido de fósforo (P2O5) e óxido de 
potássio (K2O); 
b) Macronutrientes Secundários: o cálcio, magnésio e enxofre, 
expressos nas formas de cálcio (Ca), magnésio (Mg) e enxofre (S); 
c) Micronutrientes: o boro, cloro, cobre, ferro, manganês, molibdênio e 
zinco, expressos nas formas de B, Cl, Cu, Fe, Mn, Mo e Zn, respectivamente; 
Os fertilizantes podem ser divididos em: 
a) Fertilizante Simples - fertilizante formado de um composto químico, 
contendo um ou mais nutrientes das plantas; 
b) Fertilizante Misto - fertilizante resultante da mistura de dois ou mais 
fertilizantes simples; 
 5
c) Fertilizante Orgânico - fertilizante de origem vegetal ou animal 
contendo um ou mais nutrientes das plantas; 
d) Fertilizante Organo-mineral - fertilizante procedente da mistura ou 
combinação de fertilizantes minerais e orgânicos; 
e) Fertilizante Composto - fertilizante obtido por processo bioquímico, 
natural ou controlado com mistura de resíduos de origem vegetal ou animal; 
f) Fertilizante Complexo - fertilizante contendo dois ou mais nutrientes, 
resultante de processo tecnológico em que se formem dois ou mais compostos 
químicos. 
 
3 Classificação dos fertilizantes 
 
Os fertilizantes podem ser classificados quanto à forma, aos nutrientes 
e a concentração.3.1 Quanto a forma 
 
Quanto a forma física os fertilizantes terão as seguintes especificações: 
- em pó ou farelados (elementos simples; elementos compostos); 
- granulados [elementos simples e elementos compostos (mistura 
granulada ou complexa; mistura de granulados)] 
- Fluído - Produto que se apresente no estado de solução, suspensão, 
emulsão ou líquido, em que se indique sua densidade, e garantias em p/p (peso 
de nutrientes por peso de produto). 
- Gasoso - Produto que se apresenta na forma gasosa (gás). 
 
3.2 Quanto aos nutrientes 
 
Quanto aos nutrientes os adubos são classificados em: 
A) Nitrogenados: 
 6
- Amoniacal: amônia anidra. 
- Nítrico: salitre do Chile. 
- Amoniacal e nítrico: nitrato de amônio, nitrocálcio, sulfonitrato de 
cálcio. 
- Amídico: uréia, calciocianamida. 
- Protéico: tortas de sementes de algodão, mamona, amendoim. 
B) Fosfatados: 
- Solúveis em água: superfosfato simples, super 30, superfosfato 
triplo. 
- Pouco solúvel em água, mas totalmente solúvel em ácido cítrico a 
2%: termofosfato, fosfato bicálcico, nitrofosfatos, farinha de ossos, escórias 
básicas. 
- Pouco solúvel em água, mas parcialmente solúvel em solução de 
ácido cítrico a 2%: rochas fosfatadas. 
C) Potássicos: 
- Na forma de cloreto: cloreto de potássio. 
- Na forma de sulfato: sulfato de potássio. 
D) Mistos: 
- Nitrogênio e fósforo: MAP, DAP. 
- Nitrogênio e potássio: nitrato de potássio. 
- Fósforo e potássio: fosfato de potássio. 
- Nitrogênio, fósforo e potássio: nitrophoska. 
 
3.3 Quanto à concentração 
 
Classifica-se em três formas: 
- de baixa concentração - contendo menos que 25% de nutrientes. Ex: 
03-17-00. 
- de média concentração - contendo de 25 à 40% de nutrientes. Ex: 15-
00-15. 
- de alta concentração - contendo mais de 40% de nutrientes. Ex: 04-
30-16. 
 7
 
4 Legislação 
 
A produção de fertilizantes é regida por Leis, Decretos, Portarias, 
Ofícios e Instruções, datadas a partir de 1980, durante o regime militar, no 
governo de João Figueiredo. A fiscalização da produção é realizada pelo 
Ministério da Agricultura. 
Segundo a portaria n.º 01, de 04 de março de 1983 do Ministério da 
Agricultura, temos algumas definições de fertilizantes quanto a forma física: 
- Pó - Produto constituído de partículas que deverão passar 95% em 
peneira de 2 mm (ABNT n.º 10) e 50% em peneira de 0,3 mm (ABNT n.º 50); 
- Farelado - Produto constituído de partículas que deverão passar 
100% em peneira de 4,8 mm (ABNT n.º 4) e 80% em peneira de 2,8 mm (ABNT 
n.º 7); 
- Farelado Grosso - Produto constituído de partículas que deverão 
passar 100% em peneira ABNT 38 mm e 90% em peneira ABNT 25 mm; 
- Granulado e Mistura Granulada - Produto constituído de grânulos que 
deverão passar 100% em peneira de 4 mm (ABNT n.º 5) e até 5% em peneira de 
0,5 mm (ABNT n.º 35), em que cada grânulo contenha os elementos garantidos 
do produto; 
- Mistura de Grânulos - Produto granulado misto, em que os grânulos 
contenham separadamente, os elementos garantidos, e as mesmas dimensões 
especificadas no item anterior; 
Na mesma portaria temos outras definições quanto aos elementos 
constituintes: 
- Macronutrientes primários – onde a garantia de cada macronutriente 
primário constante do certificado de registro, será expressa em percentagem 
sobre o peso do produto tal como é vendido, como segue: 
 Em nitrogênio (N) o teor total; 
 Em pentóxido de fósforo (P2O5). Para os fosfatos acidulados, 
parcialmente acidulados e misturas que os contenham: a) Teor solúvel em citrato 
neutro de amônio mais água; b) Teor solúvel em água, somente para os fosfatos 
 8
acidulados e parcialmente acidulados, quando comercializados isoladamente; c) 
Teor total, somente para os parcialmente acidulados, quando comercializados 
isoladamente. 
 Para os fosfatos naturais, termofosfatos, escórias de 
desfosforação e farinha de ossos: a) Teor total; c) Teor solúvel em ácido cítrico a 
2%, relação 1:100. Para misturas que contenham fosfato natural, termofosfato, 
escórias de desfosforação e farinha de ossos: a) Teor solúvel em ácido cítrico a 
2%, relação 1:100; b) Teor solúvel em água. 
 Em óxido de potássio (K2O), o teor solúvel em água. 
- Macronutrientes secundários ou micronutrientes - Nos produtos com 
macronutrientes secundários ou micronutrientes, estes serão indicados na sua 
forma elementar, com as garantias mínimas expressas em percentagens ou 
partes por milhão, como segue: 
 Cálcio (Ca) 0,0100 ou 100 ppm 
 Magnésio (Mg) 0,0100 ou 100 ppm 
 Enxofre (S) 0,1000 ou 1000 ppm 
 Boro (B) 0,0200 ou 200 ppm 
 Cloro (Cl) 0,1000 ou 1000 ppm 
 Cobalto (Co) 0,0005 ou 5 ppm 
 Cobre (Cu) 0,0500 ou 500 ppm 
 Ferro (Fe) 0,1000 ou 1000 ppm 
 Manganês (Mn) 0,0200 ou 200 ppm 
 Molibdênio (Mo) 0,0005 ou 5 ppm 
 Zinco (Zn) 0,0500 ou 500 ppm 
- Fertilizantes minerais simples - Os fertilizantes minerais simples terão 
as seguintes especificações: 
Suas características e garantias serão, no mínimo, de acordo com as 
constantes da Tabela n.º 1º, anexa. Estas garantias poderão ser expressas com 
uma decimal. 
- Fertilizantes mistos e complexos - Os fertilizantes mistos e 
complexos terão as seguintes especificações e garantias: 
 Produtos que contenham N-P2O5-K2O, N-P2O5, N-K2O ou P2O5-
K2O: 
 9
 As garantias dos teores percentuais de nitrogênio (N) total, 
pentóxido de fósforo (P2O5) e óxido de potássio (K2O) solúvel, serão expressas 
em números inteiros. 
 A soma dos teores percentuais de N total, P2O5 solúvel em 
ácido cítrico ou citrato neutro de amônio mais água e K2O solúvel em água, 
deverá ser igual ou superior a 24%. 
 A percentagem de N, P2O5 e K2O constituirão o índice N-P2O5-
K2O. 
 Produtos que contenham apenas macronutrientes secundários e 
micronutrientes, poderão ter: 
 Dois ou mais macronutrientes secundários. 
 Dois ou mais micronutrientes. 
 Dois ou mais micronutrientes com macronutrientes 
secundários. 
 Produtos que contenham macronutrientes primários com 
micronutrientes: 
 Aos fertilizantes minerais simples, nitrogenados, fosfatados ou 
potássicos poderão ser misturados produtos fornecedores de micronutrientes. 
 As garantias do fertilizante mineral simples, de que trata o item 
anterior, não poderão ser inferiores às garantias mínimas, constantes da Tabela 
01, anexa. 
- Fertilizantes foliares - Os fertilizantes quando destinados à aplicação 
foliar, terão as seguintes especificações e garantias, no estado fluído: 
 As misturas de micronutrientes ou macronutrientes secundários 
com um único macronutriente primário, deverão apresentar as seguintes 
garantias: 
 O macronutriente primário não poderá ser inferior a 10%; 
 A soma das garantias dos macronutrientes secundários e dos 
micronutrientes não poderão ser interior a 4%; 
 A garantia ou a soma das garantias dos micronutrientes 
comercializados isoladamente ou em misturas de micronutrientes deverá ser 
igual ou superior a 4% 
 10
 A garantia ou soma das garantias dos macronutrientes 
secundários comercializados isoladamente ou em misturas de macronutrientes 
secundários deverá ser igual ou superior a 6%; 
 A soma das garantias nas misturas de micronutrientes com 
macronutrientes secundários não poderá ser inferior a 10%; 
 Nas misturas que contenham N-P2O5-K2O, N-P2O5, N-K2O ou 
P2O5-K2O, a soma dos teores percentuais de N Total, P2O5 solúvel em ácido 
cítrico ou citrato neutro de amônio mais água e K2O solúvel em água, será igual 
ou superior a 20%; 
 No caso de fertilizante organo-mineral foliar, deverão ser atendidas 
as especificações da Tabela 02, exceto no que se refere a umidade e pH. 
- Fertilizantes orgânicos - Os fertilizantes orgânicos terão as seguintes 
especificações e garantias: 
 Orgânicos simples, deverão apresentar garantias, no mínimo, de 
acordo com as constantes da Tabela 03, anexa; 
 Organo-minerais e “composto”, deverão apresentar garantias, no 
mínimo, de acordo com as constantes da Tabela 02, anexa; 
 Organo-mineral deverá ser constituído,no mínimo de 50% de 
matérias-primas orgânicas; 
 Na relação C/N o valor do carbono será obtido dividindo-se o teor 
de matéria orgânica total pelo fator 1.8, e o valor do nitrogênio será o do 
nitrogênio total; 
 A matéria orgânica total será determinada pelo método de 
combustão e as determinações analíticas serão referentes à matéria seca, no que 
couber; 
 Além das garantias mínimas estabelecidas, poderão ser 
declarados quaisquer outros componentes e propriedades, tais como ácidos 
húmicos, carbono orgânico determinado pelo método do bicromato, macro ou 
micronutrientes, componentes biológicos, capacidade de retenção de água (CRA) 
e capacidade de troca catiônica (CTC), desde que possam ser medidos 
quantitativamente, seja indicado o método de determinação e garantida a 
quantidade declarada. 
 11
O ministério da Agricultura é o órgão fiscalizador da produção de 
adubos. Este órgão realiza visitas as Empresas Produtoras (EP) de adubos, tanto 
os fabricantes quanto os misturadores, e também as lojas de produtos agrícolas e 
agropecuarias, que por ventura trabalham com adubos e formulados, verificando-
se a qualidade e garantias dos adubos, comercializados, se estes estão dentro 
dos níveis garantidos pelas empresas. 
São realizadas amostragens destes produtos seguindo a legislação 
onde: 
 Produtos sólidos - A coleta de amostras deve ser feita tomando-se 
as frações homogeneizadas e quarteadas, formando amostras representativas 
divididas em quatro partes de aproximadamente 250 g; 
Procedimento para coleta de amostras: 
- Ensacados - Usando uma sonda de tubo duplo perfurado com 
ponta cônica, inserindo totalmente a sonda fechada, segundo diagonal (figura 01), 
abrindo a sonda (figura 02) dentro do saco em seguida retirá-la. O produto a ser 
amostrado deverá ser uma amostra representativa do lote, e o número mínimo 
será o estabelecido pela tabela 04, a seguir: 
Tabela 04 – Quantidade de Sacos a serem amostrados. 
Tamanho do Lote No. Mínimo de Sacos Amostrados 
Até 10 
11 a 50 
51 a 100 
Superior a 100 até 2000 
Totalidade 
10 
20 
20 mais 2% da totalidade 
Quando o lote for superior a 2.000 sacos, deverá ser dividido em 
lotes de 2.000 sacos ou fração. 
- A granel - Usando a sonda da figura 02, introduzida verticalmente, 
até altura total, em lotes de até 100 t, no mínimo 10 porções em pontos diferentes. 
Em lotes superiores a 100 toneladas, deverão ser retiradas 10 porções mais 5 
para cada 100 toneladas ou fração. 
 Fertilizante orgânico “composto” - Em cada lote de 100 t ou fração 
do produto, coleta-se no mínimo 20 pontos de profundidades e locais diferentes 
do lote, até se obter de 50 a 100 quilogramas do produto. A partir de 100 
toneladas ou fração serão coletadas mais dez porções para cada cem toneladas 
 12
ou fração e homogeneizar para obtenção das quatro amostras finais, de 
aproximadamente 1 a 1,5 Kg, obtidas por quarteação, (figura 03). 
 Fluído: 
- Embalados - As porções do produto que comporão a amostra 
deverão ser retiradas do lote em unidades ao acaso, nas seguintes proporções 
mínimas: 
 até cem unidades: em uma única unidade; 
 mais de cem unidades: mais uma unidade para cada 
quinhentas unidades ou fração; 
 retiradas as porções do produto, deve-se compor a amostra: 
após agitar a o produto dividir em 4 partes e colocar em frascos de 
aproximadamente 200 ml. 
- Em depósitos: 
 Soluções límpidas e isentas de amônia anidra - retirar a 
amostra do depósito com o produto já homogeneizado. Desprezar o primeiro litro 
e recolher a amostra em frasco de polietileno ou vidro, e evitar evaporação; 
 Suspensões e soluções com materiais em suspensão: agitar o 
produto armazenado até completa homogeneização. Introduzir um dos tipos de 
frasco pelo alto do depósito até o fundo, erguê-lo lentamente promover seu 
enchimento; 
 Soluções amoniacais: a amostragem baseia-se na purga 
contínua da solução armazenada, colhendo-se a amostra como parte do fluxo de 
purga e diluindo-a imediatamente em água. Preparar a amostra no laboratório, 
com 500 ml de água destilada, tampar e pesar. Conectar o aparelho à saída do 
tanque e com a válvula de amostra fechada, purgar o encanamento abrindo a 
respectiva válvula. Adaptar e arrolhar firmemente no tubo do amostrador o frasco 
de polietileno. Com o tubo de amostragem imerso na água, reduzir a purga até 
um filete, abrindo então a válvula de amostragem até completar cerca de 100 ml 
de amostra. Fechar as válvulas e com o frasco parcialmente pressionado 
desconectar o conjunto e fechar hermeticamente o frasco. Pesar novamente o 
frasco e calcular o peso da amostra. Esfriar a 20ºC e transferir para balão 
volumétrico de 1 a 2 litros, completar o volume, misturar e tomar alíquotas para 
análise; 
 13
 Amônia anidra: abrir as válvulas do ponto de amostragem, 
purgar 1 a 2 litros de amônia, fechar a válvula de amostragem da ponta. Colocar o 
dispositivo de amostragem adaptando o funil à boca do primeiro frasco calibrado 
de 2.000 ml resistente a choques térmicos. Abrir a válvula deixando a amônia fluir 
de modo a se obter os 2.000 ml necessários, em aproximadamente 15 minutos. 
Fechar novamente a válvula e repetir as operações anteriores a fim de se encher 
o segundo frasco de amostragem após fechar a válvula, repetir a operação para 
os frascos pequenos, com capacidade de 100 ml e graduados em subdivisões de 
0,05 ml até 0,5 ml, coletando exatamente l00 ml de amônia nos mesmos. Fechar 
as duas válvulas e retirar o dispositivo de amostragem. Identificar as amostras e 
proceder imediatamente à análise. 
Aos resultados analíticos obtidos serão admitidas tolerâncias em 
relação às garantias do produto, observados os seguintes limites: 
- Fertilizantes simples, mistos e complexos: 
 Em nitrogênio (N), pentóxido de fósforo (P2O5) e óxido de 
potássio (K2O) até 15% quando o teor do elemento for igual ou inferior a 5% e até 
10% quando o teor for superior a 5%, sem exceder a 2 unidades; 
 No caso de fertilizante misto ou complexo a somatória dos 
teores encontrados na análise não poderá ser inferior a 95% da garantia total do 
produto. Macronutrientes secundários - Até 10% sem exceder a 2 unidades 
quando vendidos isoladamente e até 30% quando em misturas para aplicação 
foliar ou no solo; 
 Micronutrientes - Até 10% quando vendidos isoladamente e até 
30% quando em misturas para aplicação no solo ou foliar; 
- Fertilizantes orgânicos: 
 Nitrogênio (N) total, pentóxido de fósforo (P2O5) e óxido de 
potássio (K2O) - Até 10% para menos, isoladamente; 
 Na Soma N-P2O5-K2O, N-P2O5, N-K2O ou P2O5-K2O a variação 
para menos não poderá exceder de 1,0 unidade do teor total garantido; 
 Macronutrientes secundários - Até 10% sem exceder a 2 
unidades quando vendidos isoladamente e até 30% quando em misturas para 
aplicação foliar ou no solo; 
 14
 Micronutrientes - Até 10% quando vendidos isoladamente e até 
30% quando em misturas para aplicação no solo ou foliar; 
 Matéria orgânica - Até 10% para menos; 
 Umidade - Até 10% para mais; 
 pH - Até 10% para menos; 
 Relação C/N - Até 3,0 unidades para mais. 
 
5 Características a observar dos fertilizantes 
 
Algumas características a serem observadas dos fertilizantes tem-se a 
seguir: 
A) Implicações da Salinidade dos fertilizantes: 
Na prática a variação da pressão osmótica provocada pelos adubos no 
solo, faz com que haja uma concorrência em água entre as sementes, plântulas e 
raízes e o solo, e se a salinidade for alta e o adubo estiver mal localizado, pode 
impedir a germinação das sementes ou provocar sérios distúrbios nas plântulas. 
Índice salinos é o aumento da pressão osmótica da solução do solo 
provocada pela salinidade do adubo. Osmose é o caminhamento de solvente 
(água) através de membranas semi-permeáveis, no sentido da solução de menor 
pressão osmótica para a de maior pressão osmótica. Observar a tabela 05 de 
índice salino de diversos fertilizantes, tendo como referencia o nitrato de sódio. 
 
B) Acidificação dos solospelos adubos: 
A acidificação ou a basicidade dos adubos deve ser considerada 
principalmente em programas de adubação de vários anos, porque um adubo 
como o sulfato de amônio usado continuamente irá provocar uma acidificação do 
solo. 
O controle pode ser feito mudando-se a fonte do nutriente ou 
adicionando-se calcário, periodicamente para neutralizar aquela acidificação 
provocada. Observar a tabela 06 de acidez e alcalinidade equivalentes dos 
fertilizantes. 
 
 15
C) Higroscopicidade: 
A higroscopicidade é a propriedade que certos corpos têm de absorver 
o vapor d’água da atmosfera, quando a umidade do ar atinge um valor 
característico, para um deles. 
Um corpo é considerado higroscópico quando absorve vapor d’água de 
uma atmosfera que apresenta valores normais de umidade do ar. Caso contrário 
o corpo não é higroscópico. 
Vários adubos são higroscópicos, eles são capazes de absorver a 
umidade do ar, dissolvendo-se e tornando-se pastosos. Posteriormente, se 
ocorrer uma elevação de temperatura, eles perdem a água absorvida e 
cristalizam-se em massa. 
Os adubos que são higroscópicos exigem cuidados especiais quanto à 
embalagem e armazenamento, normalmente são acondicionados em sacos 
plásticos. 
 
D) Umidade crítica: 
É a umidade relativa do ar, acima da qual uma determinada substância 
começa a absorver a água presente na atmosfera. Observar a figura 04 de 
umidades críticas de sais fertilizantes e misturas a 30º C 
 
E) Compatibilidade e Incompatibilidade entre elementos simples: 
Diz-se que os elementos simples componentes de um fertilizante 
composto são compatíveis, quando a mistura dos mesmos não traz alterações 
nas suas características físicas e/ou químicas. 
A incompatibilidade é dada quando há alterações nas características 
físicas e/ou químicas desta mistura prejudicando a qualidade do adubo, assim 
como suas garantias. Temos a figura 05, que mostra a compatibilidade e 
incompatibilidade entre vários fertilizantes. 
Como exemplo temos de incompatibilidade: 
- A mistura de uréia com o nitrato de amônio que reagem, melando o 
fertilizante pois são altamente higroscópicos; 
- A mistura de uréia com superfosfatos (simples ou Triplo) que 
reagem, liberando água e formando o Aduto; 
 16
- A mistura de DAP e Superfosfatos (simples ou Triplo) que reagem, 
liberando água, formando cristais de Map e diminuindo a solubilidade em água do 
P2O5. 
O Aduto originado da mistura de Fosfato monocálcico 
[Ca(H2PO4)2.H2O] com Uréia [CO(NH2)2) formando [Ca(H2PO4)2.CO(NH2)2] Aduto 
e Água H2O. 
 
F) Compostos nocivos aos vegetais: 
Os fertilizantes podem conter, em espécie e/ou quantidade, compostos 
que são nocivos aos vegetais. 
Como exemplos temos: 
 O biureto na uréia; 
 O tiocianato no sulfato de amônio; 
 O perclorato no salitre do Chile; 
A presença destes elementos nocivos aos vegetais relaciona-se 
principalmente com os micronutrientes. Tais elementos são essenciais a vida das 
plantas em pequenas quantidades, mas, quando presentes em quantidades 
maiores, tornam-se tóxicos. 
 
G) Solubilidade: 
A história do uso de adubos para aumentar as colheitas mostra que os 
primeiros produtos utilizados foram naturais e de origem orgânica, insolúveis em 
água. Com o tempo descobriu-se que os solúveis em água apresentam melhor 
efeito, e sobre essa conceituação, instalou-se e desenvolveu-se toda a industria 
de fertilizantes. A base desta industria é a produção de fertilizantes cujos 
nutrientes sejam solúveis em água. 
 
H) Compactação e Empedramento 
As causas destes problemas são: 
- Má armazenagem (umidade e pressão); 
- Excesso de pó; 
- Adubo sem recobrimento; 
- Matérias primas incompatíveis. 
 17
 
6 Os Fertilizantes 
 
Para a industria de fertilizantes, alguns elementos são muito 
importante, pois são utilizados para produção da maioria dos fertilizantes, e estes 
elementos estão descritos a seguir: 
 
 Amônia (82-00-00) - O gás natural é a matéria-prima mais 
importante na fabricação de amônia. Na presença de catalisador de níquel, e sob 
alta temperatura (cerca de 6600C), o gás reage com vapor, produzindo monóxido 
de carbono e hidrogênio. 
O nitrogênio tirado do ar é adicionado ao hidrogênio, e a mistura 
é passada sobre outro catalisador à alta temperatura e pressão para produzir 
amônia (NH3). A capacidade de produção para fábricas de um trem de produção 
chega até a 1.500 toneladas por dia. Esta reação é representada pela equação: 
N2 + 3H2 2NH3 
A amônia anidra é despachada em carros tanques e vagões 
especiais sob pressão, como um líquido. São necessárias precauções especiais 
para o seu manuseio porque transforma-se rapidamente em um gás pungente, 
em pressão atmosférica normal. 
 
 Uréia (45-00-00) - O monóxido de carbono, produzido pela 
decomposição de gás natural na produção de amônia, é convertido a dióxido de 
carbono. Este reage com amônia para formar uréia, CO(NH2)2, um produto 
orgânico nitrogenado simples. A reação tem efeito à alta temperatura e pressão, e 
a solução precisa ser evaporada para dar uréia. O processo é representado por: 
CO2 + 2NH3 CO (NH2)2 + H20 
A uréia tem o teor mais alto de nitrogênio (45%) do que qualquer 
outro fertilizante nitrogenado sólido, e seu uso está crescendo rapidamente. A 
uréia líquida é um dos principais componentes dos fertilizantes fluidos. 
 
 Nitrato de Amônia (33,5-00-00) - Amônia é o único material 
 18
necessário para a fabricação de nitrato de amônia. Uma parte da amônia é 
queimada para produzir ácido nítrico, que então reage com a amônia para dar 
nitrato de amônia, em solução. Este é evaporado até um licor concentrado 
fundido, e então granulado por vários métodos. A reação é: 
NH3 + HNO3 NH4NO3 
O nitrato de amônia foi o principal fertilizante nitrogenado sólido 
da indústria de fertilizantes por um longo tempo. É fácil de ser fabricado e tem um 
teor de nitrogênio relativamente alto (33,5%). 
 
 Sulfato de Amônia (21-00-00) - Até mais ou menos 1947, o 
sulfato de amônia era o principal fertilizante nitrogenado sólido dos EUA. Sua 
importância relativa declinou entretanto, por causa de seu baixo teor de 
nitrogênio, cerca de 21%. Uma das maiores fontes de sulfato de amônia é a 
indústria de aço, onde o ácido sulfúrico é usado para fixar a amônia que se evolve 
do carvão (que contém 2 a 3% de N). A reação é a seguinte: 
2NH3 + H2S04 (NH4)2 S04 
O produto resultante, o sulfato de amônia, é usado 
principalmente pela indústria de fertilizantes. O sulfato de amônia também é 
subproduto da indústria de caprolactanas, e uma certa quantidade é ainda 
produzida diretamente a partir de amônia e ácido sulfúrico, embora este método 
de produção tenha caído a uma posição relativamente baixa. 
 
 Soluções Nitrogenadas - As soluções nitrogenadas, resultantes 
da combinação de sais, como amônia e nitrato de amônia, uréia e amônia, ou de 
uréia e nitrato de amônia, tornaram-se uma das principais fontes de nitrogênio. As 
soluções contendo amônia são usadas principalmente para reação com 
superfosfatos na produção de fertilizantes granulados. 
As soluções de uréia e nitrato de amônia variam em concentração 
de 19 a 58,5%. 0 teor de nitrogênio cai à medida que se aumenta o teor de nitrato 
de amônia anidra (mas às custas de pressões de vapor mais altas). A 
combinação mais popular é uma mistura de uréia e nitrato de amônia em pro-
porções que dêem o máximo de solubilidade. Ela contém em peso, cerca de 45% 
de nitrato de amônia, 35% de uréia e 20% de água. Sua temperatura de 
 19
cristalização é de zero grau centígrado, e contém 32% de nitrogênio. 
 
 Superfosfato Simples (de 00-18-00 a 00-20-00) - É o fertilizante 
mais antigo comercialmente, fabricado pela primeira vez em torno de 1840. Ainda 
é muito vendido, havendo perdido apenas recentemente o primeiro lugar entre os 
fertilizantes fosfatados, na indústria de fertilizantes. 
Uma razão para sua longa existência é que é muito fácil de ser 
fabricado. Tudo que se necessitaé misturar rocha fosfatada moída com ácido 
sulfúrico, e esperar até que a mistura se solidifique e cure (completando a 
reação), e então quebrar a massa. 
O uso do superfosfato simples está diminuindo por causa da 
pressão para que se produzam materiais de análise mais alta, barateando o 
transporte. Cerca de metade do peso do superfosfato simples é de gesso (sulfato 
de cálcio). 
 
 Ácido Fosfórico (00-52-00 até 00-55-00) - Usando-se uma 
proporção maior de ácido sulfúrico no tratamento da rocha fosfatada, obtém-se 
ácido fosfórico e sulfato de cálcio (gesso) sólido em suspensão. O sulfato de 
cálcio é separado por filtração, dando uma grande quantidade de gesso como 
subproduto (obtém-se quase 5 toneladas de gesso por tonelada de P2O5 do ácido 
fosfórico). 
O ácido fosfórico (H3P04), fabricado desse modo é chamado 
“processo úmido” e contém de 52 a 55% de P205. É usado na produção de 
superfosfato triplo, fosfatos de amônia, e fertilizantes líquidos compostos. 
Existe, também, ácido de forno elétrico. É produzido fundindo-se a 
rocha fosfatada com carvão coke e silica em um forno elétrico. O fósforo 
elementar obtido (229% em P205) é queimado e convertido em ácido fosfórico. 
Este ácido relativamente puro é usado principalmente nas indústrias 
de detergentes e alimentícia. 
 
 Ácido Superfosfórico (00-67-00 até 00-76-00) - Um dos produtos 
mais novos no mercado de fertilizantes é o ácido super-fosfórico, obtido pela 
concentração do ácido fosfórico via úmida, ou por redução do teor de água no 
 20
obtido via forno elétrico. 
Sua composição difere radicalmente da composição do ácido 
fosfórico normal; ele contém muitos polifosfatos no lugar de ortofosfatos. É fluido 
em temperatura ambiente, mesmo que tenha pouca ou nenhuma água presente. 
Os polifosfatos apresentam certas vantagens (solubilidade mais alta) e 
solubilizam algumas impurezas, quando usados na produção de fertilizantes 
fluidos. 
 
 Superfosfato Triplo (00-42-00 a 00-50-00) - Quando uma rocha 
fosfatada é tratada com ácido fosfórico, obtém-se superfosfato triplo ou 
concentrado. A operação é muito semelhante àquela que se usa para a produção 
de superfosfato simples, mas o produto obtido tem mais do dobro da 
concentração do super simples, porque se usa ácido fosfórico no lugar de ácido 
sulfúrico. 
 
 Superfosfatos Amoniados - Tanto os superfosfatos simples como 
os triplos podem ser tratados com amônia para se produzir superfosfatos 
amoniados. A tonelagem vendida destes produtos é pequena, quando comparada 
com os fosfatos de amônia. 
 
 Fosfatos de Amônia - O ácido fosfórico quando tratado com 
amônia produz fosfatos de amônia. As características de alta concentração, alta 
solubilidade em água, boas propriedades físicas e baixo custo de produção, 
colocaram os fosfatos de amônia em uma posição de liderança na indústria de 
fertilizantes. 
O tipo mais popular é o diamônio fosfato (18-46-00) produzido 
em grandes fábricas, e usado em larga escala em mistura de ingredientes. Outros 
tipos são o 16-48-00, 10-50-00 (monoamônio fosfato) e o 16-20-00 (fosfato de 
amônia mais sulfato de amônia). 
 
 Fertilizantes Granulados Complexos - A granulação de 
fertilizantes tomou-se tão complexa que é difícil de resumir. A operação básica é a 
amoniação dos superfosfatos. O processo de granulação, entretanto, usualmente 
 21
inclui outras operações, tais como reação de soluções amoniacais com ácido 
sulfúrico ou fosfórico, e algumas vezes, em um pré neutralizador ou em reator 
tubular. 
O objetivo é liquefazer a mistura dentro do tambor, até um ponto 
em que ela “embole” as partículas finas em grânulos, mas com o mínimo volume 
de água, pois esta terá que ser removida pela secagem. A economia do processo 
pode ser melhorada fornecendo-se a maior parte do nitrogênio como solução 
amoniacal. Mas como o superfosfato tem capacidade de reagir com uma 
quantidade limitada de amônia, adicionam-se ácidos para aumentar a quantidade 
de soluções amoniacais que possam ser usadas, na formulação. 
 
 Fertilizantes Líquidos Complexos - A produção de misturas 
fertilizantes líquidas é relativamente simples. O ácido fosfórico é neutralizado com 
amônia e soluções nitrogenadas, e o potássio é adicionado em quantidade ade-
quada à formulação. 
O ácido fosfórico tipo forno elétrico é bastante usado, porque as 
impurezas no ácido tipo “úmido” precipitam-se quando este é neutralizado. Existe 
uma tendência em se usar mais ácido superfosfórico fabricado a partir de ácido 
via úmida, porque os polifosfatos conservam as impurezas em suspensão, 
evitando sua precipitação. 
 
 Misturas - As fábricas que fazem misturas de sólidos e de 
líquidos, são em geral pequenas, servindo apenas áreas limitadas. Essas fábricas 
consistem simplesmente em um armazém para matérias-primas e um misturador. 
Adicionalmente, a maioria dessas fábricas tem equipamentos para ensaque ou 
uma pequena capacidade de estocagem de fluidos em tanques. 
 
6.1 Fertilizantes Nitrogenados 
 
Os principais adubos nitrogenados estão contidos na Tabela nº 07, e os 
fertilizantes mais utilizados na fabricação de misturas e na agricultura são: 
- Amônia; 
 22
- Nitrocálcio; 
- Nitrato de Amônio; 
- Nitrato de cálcio; 
- Sulfato de amônio e 
- Uréia. 
Na figura 06 temos os fertilizantes nitrogenados produzidos no Brasil, e 
figura 07 temos os principais fertilizantes simples que contém nitrogênio no Brasil, 
temos a tabela 08 com os fertilizantes nitrogenados mais utilizados na agricultura. 
 
6.2 Fertilizantes Fosfatados 
 
Na figura 08 temos as rotas de fabricação de fertilizantes fosfatados no 
Brasil. 
Os principais adubos fosfatados utilizados na fabricação de misturas e 
na agricultura são: 
- Diamônio Fosfato; 
- Fosfato Natural Parcialmente Acidulado; 
- Monoamônio Fosfato; 
- Superfosfato Simples; 
- Superfosfato Triplo; 
- Termosfosfato. 
A tabela 09 traz os fertilizantes fosfatados mais utilizados na 
agricultura. 
 
6.3 Fertilizantes Potássicos 
 
As fontes de potássio mais utilizadas tanto na fabricação de adubos, 
como na agricultura, são o Cloreto de Potássio e o Sulfato de Potássio, outras 
fontes de potássio são: 
- Nitrato de Potássio (46% de K2O e também fonte de N 13%); 
- Salitre do Chile (14% de K2O e também fonte de N 15%); 
 23
- Sulfato duplo de potássio e magnésio (20-22% de K2O e também 
fonte de S 22% e Mg 11%); 
Na figura 09 temos o Diagrama de produção de KCl por dissolução e 
cristalização. 
A tabela 10 traz os fertilizantes potassícos mais utilizados na 
agricultura. 
 
6.4 Macronutrientes Secundários 
 
Assim como os macronutrientes primários os macronutrientes 
secundários são essenciais as plantas cultivadas. 
Estão relacionadas, abaixo, as principais fontes de cálcio, enxofre e 
magnésio. 
Cálcio (CaO) 
Matérias – primas Teor do elemento (%) 
Escórias de aciaria 29 
Calcário calcítico 30-32 
Calcário dolomítico 20-21 
Gesso 22 
Cal hidratada 46 
Cal viva (óxido de cálcio) 60 
Rocha fosfatada 30-33 
Superfosfato simples 20 
Superfosfato triplo 13-14 
Nitrocálcio 7 
Termofosfato magnesiano 20-26 
 Enxofre (S) 
Enxofre 30-99,6 
Sulfato de amônio 23 
Sulfato de cobre 12-13 
Sulfato de magnésio (7H2O) 14 Gesso/sulfato de cálcio (2H2O) 16 Superfosfato 12 
Sulfato duplo de potássio e magnésio 22 
Sulfato de zinco 18 
Magnésio (MgO) 
Sulfato de magnésio (7H2O) 9-10 Sulfato duplo de potássio e magnésio 4,5-10 
Calcário dolomitico 11-12 
Termofosfato magnésiano 17-18 
 
 24
 
6.5 Micronutrientes 
 
Nas tabelas 11 a 13 há as principais fontes de micronutrientes 
utilizados na agricultura. 
A aplicação de micronutrientes na agricultura pode ser realizada como 
segue: 
- No solo; 
- Corretiva a lanço 
- Anual ( separadamente; adicionado ao N-P2O5-K2O) 
- Corretiva + anual 
- Foliar ou Fertirrigação (sistematicamente em culturas perenes; 
preventiva; complementar); 
- Aplicação nas sementes (para micronutriente exigidos em pequenas 
quantidades; como start metabólico). 
Na figura 10 há as formas de aplicaçãode micronutrientes. 
 
6.6 Mistura de adubos 
 
A mistura de adubo segue o mesmo esquema, representado pelas 
figuras 11 e 12. Primeiramente coloca-se os elementos de peso maior e por último 
os de menores peso. 
 
6.7 Fertilizante Foliar 
 
O que é adubação foliar: o crescimento de uma planta significa 
produção e transformação de matéria. Para tanto ela precisa além da água, 
energia solar e gás carbônico, também de catorze diferentes nutrientes. Eles são 
os macronutrientes primários; macronutrientes secundários e micronutrientes. 
 25
Fatores que influenciam a absorção foliar existem vários fatores que 
podem aumentar ou diminuir a capacidade de absorção foliar, tanto relacionados 
à própria planta como aos fatores externos. 
Fatores que afetam a eficiência da adubação foliar 
Planta Meio ambiente Solução 
- Tipo de cutícula 
- Idade da folha 
- Numero de estômatos 
- Presença de tricomas 
- Turgor 
- Umidade superficial 
- Capacidade de troca 
catiônica 
- Estado nutricional 
- Cultivar 
- Estádio de crescimento 
- Temperatura 
- Luz 
- Fotoperiodo 
- Ventos 
- Umidade relativa seca 
- Horas do dia 
- Estresse nutricional 
 
- Concentração 
- Dose 
- Técnica de aplicação 
- Formas químicas 
- Adjuvantes 
- Ph 
- Polaridade 
- Higroscopicidade 
- Açucares 
- Interações 
- Quelato 
- Grau de quelatização 
Vantagens: 
- Doses menores de nutrientes; 
- Uniformidade; 
- Resposta quase imediata. 
Desvantagens: 
- Plantas pequenas tem pouca área foliar; 
- Possibilidade de queima das folhas; 
- Pode ser tarde para corrigir deficiência; 
- Pequeno efeito residual; 
- Custos extras 
Os fertilizantes fluidos podem ser reunidos nos seguintes grupos: 
A) Amônia anidra com 82% de nitrogênio 
B) Soluções nitrogenadas: - água amônia 20-25% de nitrogênio; - 
solução de nitrato de amônio e uréia 28-32% de nitrogênio; 
C) Misturas finas: - misturas liquidas (límpidas); - suspensões 
 Amônia anidra é o mais antigo dos fertilizantes fluidos. Como 
vantagens é a sua alta concentração de nitrogênio, e portanto o seu baixo custo 
por unidade de nutriente. Uma das suas grandes desvantagens é a necessidade 
de ser mantido sob pressão o que dificulta o seu manuseio. 
 Soluções nitrogenadas: 
 26
 Água amônia é a amônia anidra dissolvida em água. Deve 
também ser mantido sob baixa pressão dependendo do volume de amônia que foi 
diluída. Não é muito utilizado e a sua aplicação deve ser feita em profundidade, 
pois a amônia volatiliza-se facilmente; 
 Solução de nitrato de amônio e uréia: Trata-se da mistura de 
nitrato de amônio com uréia originando uma solução nitrogenada sem pressão. E 
largamente usada em aplicação pois não necessita ser diluída ne3m mantida sob 
pressão. 
 Misturas fluidas: dentro dos fertilizantes líquidos, destacam-se as 
misturas fluidas que são as que apresentam melhores condições de crescimento 
no mercadop de fertilizantes 
 Tipos de misturas fluidas 
- Misturas liquidas 
- Misturas em suspensão 
A diferença básica entre elas é que nas misturas liquidas o produto 
final é límpido e transparente e nas suspensões existem produtos em suspensão. 
Estes produtos geralmente são pequenos cristais dos seus componentes e argila. 
Nas misturas liquidas existe um problema de solubilização dos sais 
de potássio não permitindo a concentração de nutrientes superiores a 30-32%, 
nas misturas que possuem só N e P2O5, estas concentrações totais são mais 
elevadas. 
 
6.8 Fertilizantes Orgânicos 
 
Fertilizante Orgânico - fertilizante de origem vegetal ou animal 
contendo um ou mais nutrientes das plantas; algumas características dos 
fertilizantes orgânicos devem ser bem avaliados antes de sua utilização, assim 
como suas qualidades sobre as propriedades químicas, físicas e biológicas 
(Tabela 14). A composição típica do lodo de esgoto utilizado para produção de 
organo mineral, está na tabela 15. Na tabela 16 há relação de microorganismos 
patogênicos, que são comumente encontrados em resíduos orgânicos. 
 
 27
 
 
 
 
 
7 Bibliografia 
 
CEKINSKI, EFRAIN. Tecnologia de produção de fertilizantes. São 
Paulo: Instituto de pesquisas tecnológicas, 1990. 237p. 
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Micronutrientes e elementos tóxicos na agricultura. Jaboticabal: CNPq / FAPESP / 
POTAFOS, 2001. 600p. 
GROS, A. Abonos: guia practica de la fertilizacion. 5. ed. Madrid: 
Ediciones Mundi – Prensa, 1971. 526p. 
INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLOGICAS DO ESTADO DE SÃO 
PAULO S.A. Manual de fertilizantes. São Paulo: CEFER / IPT, 1980. 229p. 
KIEHL, E. J. Fertilizantes orgânicos. Piracicaba: Editora Agronômica 
Ceres ltda, 1985. 492p. 
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agropecuaria. Zaragoza: Editorial Acribia, 1965. 206p. 
VITTI, G. C.; BOARETTO, A. E. Fertilizantes fluidos. Piracicaba: 
POTAFOS, 1994. 343p. 
 
 
 
 
 
 
 
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Anexos 
 
 
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