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Seminário Interdisciplinar S3 2020

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Centro Universitário Christus – Unichristus
Curso de Odontologia
Seminário Interdisciplinar S3 2020.2 – NP3
Aluno: Rafael dos Santos Nogueira
Matrícula: 19.1.001495
Perguntas Disparadoras
· Saúde Coletiva II
1. Que recomendações você daria ao Dr. Simplório a respeito dos cuidados que o mesmo deveria ter ao adquirir um equipamento de raios-x?
Antes de mais nada, ele precisa cumprir os requisitos para fazer o licenciamento, pois nenhum serviço de radiodiagnóstico odontológico pode funcionar sem a licença e autorização pela autoridade sanitária local. Assim, o Dr. Precisaria de aprovação do projeto básico de construção das instalações, além do alvará de funcionamento.
Dr. Simplório errou bastante, pois seu consultório não foi projeto para receber o equipamento, assim, ele precisaria de um novo projeto, e requisitar aprovação do projeto de construção das instalações. Assim, o projeto básico de arquitetura das instalações precisa cumprir a norma da RDC/Anvisa n° 50, de 21 de fevereiro de 2002. Nesse projeto, a planta baixa e cortes relevantes devem apresentar o layout das salas de raio x, e salas de controle, posicionamento dos equipamentos, painel de controle, entre outros.
Então, o Doutor do caso precisaria realizar todo o estudo da estrutura do consultório, para que assim elabore projetos de instalação do raio x e solicite a aprovação do mesmo.
2. Sobre a conduta do profissional no que diz respeito ao uso de dentes humanos, este estaria agindo de maneira ética? Que ações ele deveria ter realizado para que estivesse mantendo conduta de acordo com os preceitos éticos atuais?
Não, pois não avisou aos pacientes que estaria armazenando seus dentes como doações. Para estar de acordo com os preceitos éticos, esse profissional deve cria um banco de dentes, onde precisa de infraestrutura adequada, equipamentos próprios e a contratação de pessoal técnico especializado e auxiliar, além do estabelecimento de fluxos e rotinas próprias que direcionem todas as etapas referentes à captação e distribuição dos órgãos dentários, tais como: retirada, classificação, processamento, preparo, controle de qualidade, distribuição, conservação, registros da doação e cessão para os devidos fins.
· Farmacologia
1. Existe alguma base anestésica que deve ser evitada no caso da paciente gestante? Se sim qual e por quê?
Sim, o uso de anestésicos locais em gestantes deve ser tratado com muita cautela, assim deve ser observados alguns aspectos como a técnica anestésica, quantidade da droga administrada, ausência/presença de vasoconstritor e os efeitos citotóxicos. Assim, o tipo evitado seria a Felipressina, pois ela é derivada da vasopressina e, teoricamente, possui a capacidade de levar a contração uterina. Além disso, a prilocaína e a articaína não devem ser usadas, pois ocorre o risco de metahemoglobinemia (diminuição da capacidade das hemácias de transportarem oxigênio) tanto na mãe quanto no feto.
A concentração de noradrenalina também deve ser controlada. As concentrações de 1:25.000 e 1:30.000 não devem ser usadas, pois podem causar complicações cardiovasculares e neurológicas. Assim, a concentração de 1:50.000 é a mais indicada.
2. Considerando o caso do sr. Josué Jose e as múltiplas exodontias realizadas, quais cuidados devem ser tomados na seleção e prescrição de anti-inflamatórios não-esteroidais?
Deve ser tratado com atenção, pois o Sr. Josué José é diabético, e esse tipo de medicamento causa uma potencialização do efeito desses fármacos hipoglicemiantes. Por isso, o uso e a posologia devem ser feitos após análise criteriosa e consulta ao médico responsável pelo paciente.
· Odontogenética 
1. De acordo com a doença cárie identificada na paciente gestante, explique de forma detalhada a etiologia da mesma e como o fator genético está relacionado com esse contexto.
· Fatores determinantes da doença cárie:
1. Hospedeiro: o hospedeiro pode ser entendido como os dentes e a saliva. O dente em si é o local onde a doença se manifesta. Algumas condições dos elementos dentários os tornam mais suscetíveis à doença cárie, como por exemplo a morfologia dental, que compreende anomalias na forma (fusão, geminação) e a macromorfologia (dentes posteriores que possuem saliências e reentrâncias que dificultam o controle do biofilme). A saliva possui capacidade tampão pela presença de íons de bicarbonato e fosfato que neutralizam os ácidos produzidos pelos microrganismos cariogênicos. Ela também tem a função de autolavagem e limpeza das superfícies dentárias e possui ação antibacteriana por conter proteínas e imunoglobulinas que atuam contra os microrganismos cariogênicos. 
2. Microrganismos: a cavidade bucal possui inúmeras espécies de microrganismos. Apesar da diversidade microbiana, poucas espécies estão relacionadas à doença cárie, como Streptococcus mutans, Streptococcus sobrinus e Lactobacillus, pois possuem as características específicas para participar do processo da doença. As bactérias cariogênicas são capazes de produzir ácidos a partir da fermentação dos carboidratos da dieta (acidogênicas) e de sobreviver em meio ácido (acídúricas). Outra característica seria a capacidade de adesão às estruturas dentárias. 
3. Dieta: a dieta exerce, principalmente, um efeito tópico na etiologia da doença, ou seja, sem a sua presença, não há desenvolvimento da doença, pois os microrganismos cariogênicos necessitam da energia proveniente da sua fermentação para sobreviver. A frequência (constante ingestão) e a consistência dos carboidratos também interferem no desenvolvimento da doença: o açúcar consumido entre as refeições e a sua textura favorecem a retenção na cavidade bucal (por exemplo, balas tipo toffle versus pão de sal: as balas possuem uma consistência pegajosa e um tipo de carboidrato mais facilmente fermentável, ou seja, são mais cariogênicas). 
4. Tempo: os três fatores anteriormente citados, quando associados, necessitam de um período de tempo para favorecer a desmineralização (perda de minerais) dos dentes.
· Fatores modificadores:
Além dos fatores determinantes para a doença (interação entre hospedeiro, dieta, biofilme e tempo), é sabe-se também que fatores sociais, econômicos e comportamentais podem influenciar no desenvolvimento da doença cárie. Diversos estudos já demonstraram que as diferenças nos níveis de saúde podem ser explicadas pelas diferenças socioeconômicas. É importante frisar que o conhecimento da epidemiologia da doença cárie é essencial para que possamos determinar o programa de prevenção e tratamento da doença, e também para o planejamento dos serviços odontológicos. A experiência da doença cárie pode ser expressa pela severidade das suas lesões, mensurada por índices como o CPO-D (número de dentes permanentes cariados, perdidos e obturados) e o CEO-D (número de dentes decíduos, com indicação de extração e obturados).
· Fatores genéticos
Estão relacionados com um desequilíbrio entre os genes de resistência daquela doença e os genes de suscetibilidade, onde aliados ao fator ambiental como dieta, atividade física, toxinas, entre outros, podem aumentar ainda mais a suscetibilidade dessas doenças, e posteriormente desencadeando-as.
Existem estudos que analisam esses fatores genéticos, tais como:
- Estudos Observacionais: Esse tipo de estudo visa investigar a existência de casos das doenças em famílias, decorrentes do excesso de semelhança de variações genéticas (mutações/polimorfismos), aliados a fatores ambientais. Foi visto que esses estudos confirmaram a existência de fator genético controlando o desenvolvimento da cárie. Esses estudos são realizados em gêmeos, tanto monozigóticos (compartilham 100% dos genes), quanto dizigóticos (compartilham 50% dos genes).
- Estudos Moleculares: Diferente do anterior, esse tipo de estudo visa o mapeamento de genes envolvidos na doença. Assim, eles tentam localizar regiões cromossômicas com genes relacionados com aquela doença.
· Patologia geral 
1. Considerando as imagens clínicas e a descrição, a lesão provavelmente trata-se de uma neoplasia benigna ou maligna? Quais característicasclínicas são indicativas da sua resposta? 
 Maligna. A lesão ser indolor, além do histórico tabagista do paciente (fumante há 60 anos), a lesão ainda era ulcerada e de borda elevadas.
2. Ao realizar biópsia desta lesão, quais achados microscópicos espera-se encontrar? 
Nucléolos proeminentes; Núcleos alterados; Mitoses aberrantes; Relação núcleo-citoplasma aumentado; Pleomorfismo celular; NÃO apresenta cápsula fibrosa; Invasivo; Necrose devido ao elevado potencial de destruição.
· Pré-clínica I 
1. De posse das informações clínicas do paciente, quais características de doença periodontal são visualizadas no paciente José Josué?
Mobilidade grau III no dente 25, recessão gengival maior que 3mm (12 e 41), lesão de furca grau III (26) e cálculo dental supra e subgengival.
2. Caso o Dr. Simplório resolvesse seguir as orientações corretas quanto aos exames periodontais para verificação de necessidades periodontais, quais exames deveriam ter sido realizados no paciente Josué, e quais os instrumentos utilizaria para realizar cada exame?
O Dr. Simplório deveria realizar o exame diagnóstico ou PSR com o auxílio de uma sonda OMS. Como o paciente apresenta muitos dentes com raízes expostas e recessões gengivais, é interessante realizar outros exames mais específicos, tais como o de profundidade de sondagem, nível de inserção clínica e sangramento à sondagem. Esses últimos exames são feitos com a sonda Carolina do Norte (UNC-15). Além desses exames, também é necessário fazer a verificação de lesão de furca, pois aparentemente as raízes do dente 26 estão praticamente expostas, exibindo um pouco a área de furca, por isso se faz necessário esse exame.

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